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domingo, 31 de agosto de 2014

Marina diz que alteração em programa sobre LGBT é para deixar texto “como acordado”

Marina diz que alteração em programa sobre LGBT é para deixar texto “como acordado”

Por Maria Pia Palermo

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, afirmou neste sábado que as alterações realizadas no seu programa de governo no dia seguinte à divulgação foram feitas pela coordenação da campanha para apresentar o texto que foi acordado.

Um dia depois de apresentar o programa de governo na sede do partido, em São Paulo, o PSB divulgou nota de esclarecimento com novo texto no que se refere ao capítulo LGBT e menção ao programa de energia nuclear.

"Porque o texto que foi publicado não era o texto que havia sido acordado. O que fizemos é apenas retornar ao texto da mediação, da mesma forma que aconteceu com a questão nuclear", justificou Marina.

Na nota da campanha de Marina, a mudança foi justificada por uma “falha processual na editoração”.

Marina negou que o programa tenha sido corrigido. "Não foi uma revisão. Na verdade, nós tivemos dois problemas no programa", disse a jornalistas após caminhada na Rocinha, no Rio de Janeiro.

Segundo Marina, no que se refere ao trecho de energia nuclear, era "uma questão que não havia sido acordada com Eduardo". Marina, que era candidata a vice, assumiu a chapa após a morte de Eduardo Campos em um acidente aéreo no dia 13. A ex-senadora vinha reiterando que o programa que apresentaria já havia sido revisado com Campos e seria respeitado.

"Na parte do LGBT, a parte que foi para redação foi a parte apresentada pelos movimentos sociais" , disse, acrescentando que todos fizeram propostas e foram contempladas todas as propostas. “O que fizemos é apenas retornar ao texto da mediação."

Evangélica, Marina tem sido questionada sobre suas posições em relação ao aborto e ao casamento entre homossexuais, mas voltou a dizer que defende um Estado laico.
"Estado laico é para defender os interesses de todos, de quem crê e de quem não crê, independentemente da cor, orientação sexual ou religião."

A nova versão do programa de governo da candidata do PSB retira a menção ao programa de energia nuclear como um dos que devem ter sua escala aperfeiçoada e aumentada e que são considerados pela candidata como "fundamentais" e "vitais para a sociedade do futuro.

No capítulo sobre lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), a nova versão do programa marineiro tira do texto original o apoio a projetos de lei e emendas à Constituição que "garantem o direito ao casamento civil igualitário na Constituição e no Código Civil".

Em vez disso, a versão, agora considerada a correta pela campanha de Marina, se compromete a "Garantir os direitos oriundos da união civil entre pessoas do mesmo sexo" sem, no entanto, mencionar o apoio à aprovação de leis neste sentido.

Além disso, a nova versão do programa, divulgado na sexta-feira, retira a defesa da aprovação do projeto de lei em tramitação no Congresso que equipara a discriminação por orientação sexual à discriminação por raça e etnia.

O novo texto também deixa de se comprometer com a eliminação de "obstáculos à adoção de crianças por casais homoafetivos" e passa a se comprometer a "adotada, dar tratamento igual aos casais adotantes, com todas as exigências e cuidados iguais para ambas as modalidades de união, homo ou heterossexual".

Por fim, a versão revisada do programa de Marina deixa de se comprometer a "dar efetividade" ao Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos LGBT e passa a falar em "considerar as proposições" do plano na elaboração de políticas para esse segmento da população.

MUITO CHÃO PELA FRENTE

Depois do salto dado nas pesquisas eleitorais nesta semana, Marina foi cautelosa ao comentar uma possível vitória já no dia 4 de outubro e disse que há um longo caminho pela frente.

Marina, que assumiu a candidatura após a morte de Campos, já aparece empatada em primeiro lugar com Dilma Rousseff (PT), derrotando com folga a presidente numa segunda rodada, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira.

Dilma e Marina têm 34 por cento das intenções de voto cada uma no primeiro turno, mais do que o dobro de votos do terceiro colocado, Aécio Neves (PSDB), que aparece com 15 por cento. Num segundo turno, a candidata do PSB venceria com 50 por cento dos votos, contra 40 por cento de Dilma.

"Ainda temos muito chão pela frente, queremos é que esse movimento continue, tenho muita esperança que esse movimento cresça", afirmou a candidata em visita à Rocinha, no Rio de Janeiro.

Marina reafirmou seu discurso de conciliação ao dizer que busca mostrar que é possível unir o Brasil. "Em lugar do embate, o debate; em lugar da separação, a união em torno do Brasil que queremos", disse. E voltou à carga na questão econômica: "Para que nosso país não entre na recessão como começou a entrar, volte a crescer e controle a inflação."

Sobre a estratégia do partido para alcançar uma vitória no primeiro turno, o presidente do PSB, Roberto Amaral, disse que é aumentar a campanha. "Mais rua, mais rua e mais rua", afirmou à Reuters.

Marina fez caminhada pela Rocinha acompanhada do deputado federal Romário (PSB-RJ), que concorre ao Senado, e do presidente do partido. No Rio o PSB é coligado ao PT, mas Marina já havia decidido que não subiria ao palanque do senador Lindbergh Farias, que concorre ao governo do Estado.

(Reportagem adicional de Eduardo Simões)

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Governo eleva projeção do salário mínimo para 2015 a R$788,06

Governo eleva projeção do salário mínimo para 2015 a R$788,06

Por Luciana Otoni

BRASÍLIA (Reuters) - O governo brasileiro elevou para 788,06 reais a previsão do valor do salário mínimo a vigorar em 2015, 1,1 por cento acima do valor de 779,79 reais projetado anteriormente, após a revisão para cima das premissas que compõem o reajuste.

O novo valor consta no projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) divulgado nesta quinta-feira, na única alteração em relação aos parâmetros macroeconômicos apresentados em abril na proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

O salário mínimo para o próximo ano é 8,8 por cento superior ao valor do mínimo nacional deste ano, de 724 reais. A mudança na comparação com o previsto anteriormente é resultado da revisão para cima do crescimento de 2013 e de estimativa maior para inflação neste ano.

As premissas para correção do salário mínimo são a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior.

No fim de maio, o PIB de 2013 foi revisado de alta de 2,3 para avanço de 2,5 por cento. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, as expectativas para o INPC no fechado de 2014 também subiram sobre o previsto em abril, mas ele não forneceu detalhes sobre a revisão.

O governo manteve a expectativa de crescimento de 3 por cento do PIB no próximo ano, bem acima da mediana das previsões de economistas de instituições financeiras do Boletim Focus, do Banco Central, que estimam expansão de 1,20 por cento.

Questionado sobre essa visão otimista já que 2014 deverá registrar baixo crescimento, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que em 2015 o Brasil não enfrentará problemas decorrentes da seca e que espera uma melhora da economia mundial. "Vai haver mudança fundamental o cenário".

O ministro, no entanto, deixou em aberto a possibilidade de revisão da estimativa. "Provalvemente previsões serão revistas e nossa previsão poderá ser revista também."
Entre os principais parâmetros da proposta da LOA, o superávit primário ajustado foi mantido em 114,7 bilhões de reais, equivalente a 2 por cento do PIB, já considerando o abatimento de 28,7 bilhões de reais em gastos com investimentos, como previsto no projeto da LDO.

Ao fixar a meta fiscal para o próximo ano, os ministérios da Fazenda e do Planejamento projetaram que a dívida líquida setor público ficará em 32,9 por cento do PIB.

A política fiscal do governo da presidente Dilma Rousseff, que tenta a reeleição, foi marcada por ajustes e descumprimento de metas e vem sendo duramente criticada por agentes do mercado.

Para este ano, a meta foi ajustada para 99 bilhões de reais (1,9 por cento do PIB), mas com a arrecadação crescendo menos que o previsto e as altas desonerações, o governo já reconhece internamente que o alvo em 2014 não será atingido.

Sobre inflação, a proposta de orçamento do próximo ano estima o IPCA em 5 por cento, igual à estimativa que consta na proposta de LDO.

Em termos globais, o governo estimou a receita em 1,466 trilhão de reais e fixou a despesa em 1,149 trilhão de reais. Para o próximo ano, as desonerações foram calculadas entre 50 bilhões de reais e 60 bilhões de reais.

INVESTIMENTOS

O governo reduziu a projeção dos investimentos totais para o próximo ano em 1,8 por cento ante a estimativa de abril, para 183,3 bilhões de reais em 2015.   Ao comentar a piora, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse ao longo de 2014 foram entregues várias obras, algumas das quais relacionadas à Copa do Mundo, e que a entrega desses empreendimentos é um fator de redução da previsão de investimentos.

Do total previsto, as estatais federais vão responder por 105,7 bilhões de reais, praticamente mesmo montante deste ano, sendo que 83,4 bilhões de reais referem-se a investimentos previstos da Petrobras e 10,7 bilhões de reais da Eletrobras.

Os investimentos diretos do governo serão de 77,6 bilhões de reais, 4,2 por cento menor que os 81 bilhões de reais previstos para este ano. Dentro do previsto para 2015, os empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foram reservados 65 bilhões de reais, incluindo os gastos com o programa Minha Casa, Minha Vida.

Entre as pastas que serão afetadas pelo corte está o Ministério dos Transportes, cujo orçamento para o próximo ano ficará em 15,270 bilhões de reais ante 16,997 bilhões de reais este ano. Em contraposição, o orçamento do Ministério da Saúde teve aumento de 8 bilhões de reais, indo a 91 bilhões de reais em 2015

domingo, 24 de agosto de 2014

Homens que marcaram O Século XX: Mao Tsé-Tung

Mao Tsé-Tung
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Mao Tsé-Tung; Shaoshan, 26 de dezembro de 1893 - Pequim, 9 de setembro de 1976) foi um político, teórico, líder comunista, ditador e revolucionário chinês. Liderou a Revolução Chinesa e foi o arquiteto e fundador da República Popular da China, governando o país desde a sua criação em 1949 até sua morte em 1976 . Sua contribuição teórica para o marxismo-leninismo, estratégias militares, e suas políticas comunistas são conhecidas coletivamente como maoísmo.

Mao chegou ao poder comandando a Longa Marcha, formando uma frente unida com Kuomintang (KMT) durante a Guerra Sino-Japonesa para repelir uma invasão japonesa, e posteriormente conduzindo o Partido Comunista Chinês até à vitória contra o generalíssimo Chiang Kai-shek do KMT na Guerra Civil Chinesa. Mao restabeleceu o controle central sobre os territórios fraturados da China, com exceção de Taiwan, e com sucesso suprimiu os opositores da nova ordem. Ele promulgou uma reforma agrária radical, usando a violência e o terror para derrubar latifundiários antes de tomar suas grandes propriedades e dividir as terras em comunas populares.  O triunfo definitivo do Partido Comunista aconteceu depois de décadas de turbulência na China, que incluiu uma invasão brutal pelo Japão e uma prolongada guerra civil. O Partido Comunista de Mao finalmente atingiu um grau de estabilidade na China, apesar do reinado de Mao ser marcado pela crise de eventos como o Grande Salto em Frente e a Revolução Cultural, e seus esforços para fechar a China ao comércio de mercado, e erradicar a cultura tradicional chinesa, que tem sido amplamente rejeitado pelos seus sucessores .

Mao se intitulava "O Grande Timoneiro" e partidários continuam a sustentar que ele foi responsável por uma série de mudanças positivas que vieram à China durante seu governo de três décadas. Estas incluíram a duplicação da população escolar, proporcionando a habitação universal, abolindo o desemprego e a inflação, aumentando o acesso dos cuidados a saúde, e elevando drasticamente a expectativa de vida. O seu Partido Comunista ainda domina na China continental, detém o controle dos meios de comunicação e da educação e oficialmente celebra o seu legado. Como resultado desses fatores, Mao ainda possui alta consideração por muitos chineses como um grande estrategista político, mentor militar e "salvador da nação". Os maoístas também divulgam seu papel como um teórico, estadista, poeta e visionário,6 e os anti-revisionistas continuam a defender a maioria de suas políticas1 . Em 1950, ele enviou o Exército de Libertação Popular para o Tibete para impor a reivindicação da China na região do Himalaia; esmagou uma revolta ali em 1959; e em 1962, Mao lançou a Guerra sino-indiana. Na política externa, Mao apoiou "revolução mundial" e, inicialmente, procurou alinhar a China com a União Soviética de Josef Stalin, o envio de forças para a Guerra da Coreia e a Primeira Guerra da Indochina, bem como auxiliando movimentos comunistas na Birmânia, Camboja, e em outros países. A China e União Soviética divergiram após a morte de Stalin, e pouco antes da morte de Mao, a China começou sua abertura comercial com o Ocidente.

Mao continua sendo uma figura controversa na atualidade, com um legado importante e igualmente contestado e constante. Muitos chineses acreditam também que, através de suas políticas, ele lançou os fundamentos econômicos, tecnológicos e culturais da China moderna, transformando o país de uma ultrapassada sociedade agrária em uma grande potência mundial. Além disso, Mao é visto por muitos como um poeta, filósofo e visionário. Como conseqüência, seu retrato continua a ser caracterizado na Praça Tiananmen e em todos as notas Renminbi.

Inversamente, no Ocidente, Mao é acusado de com seus programas sociais e políticos, como o Grande Salto Adiante e a Revolução Cultural, causar grave fome e danos a cultura, sociedade e economia da China. Embora Mao tenha incentivado o crescimento populacional e a população chinesa quase tenha duplicado durante o período de sua liderança (de cerca de 550 a mais de 900 milhões), suas políticas e os expurgos políticos de seu governo entre 1949 a 1975, provocaram a morte de 50 a 70 milhões de pessoas.  A fome severa durante a Grande Fome Chinesa, o suicídio em massa, como resultado das Campanhas Três-Anti e Cinco-Anti, e perseguição política durante a Campanha Antidireitista, expurgos e sessões de luta, todos resultaram destes programas. Suas campanhas e suas variadas consequências catastróficas são posteriormente culpadas por danificar a cultura chinesa e a sociedade, como as relíquias históricas que foram destruídas e os locais religiosos que foram saqueados. Apesar dos objetivos declarados de Mao de combater a burocracia, incentivar a participação popular e sublinhar na China a auto-confiança serem geralmente vistos como louváveis e a rápida industrialização, que começou durante o reinado de Mao, é reconhecida por estabelecer bases para o desenvolvimento da China no final do século XX, os duros métodos que ele usou para persegui-los, incluindo tortura e execuções, têm sido amplamente repreendidos como sendo cruéis e auto-destrutivos.  Desde que Deng Xiaoping assumiu o poder em 1978, muitas políticas maoístas foram abandonadas em favor de reformas econômicas.

Mao é visto como uma das figuras mais influentes na história do mundo moderno, e foi nomeado pela revista Time como uma dos cem personalidades mais influentes do século XX.

Mao Tsé-Tung nasceu na aldeia de Shaoshan, província de Hunan, China, filho de camponeses, freqüentou a escola até os 13 anos de idade, quando foi trabalhar como lavrador. Por conflitos com seu pai, saiu de casa para estudar em Changsha, capital da província15 .

Conheceu as ideias políticas ocidentais e especialmente as do líder nacionalista Sun Yat Sen.

Em 1911, no mês de outubro iniciou-se a Revolução de Xinhai contra a dinastia Manchu que dominava o país. As lutas estenderam-se até Hunan. Mao Tsé-Tung alistou-se como soldado no exército revolucionário até o início da república chinesa em 1912.

De 1913 a 1918 estudou na Escola Normal de Hunan, aprendeu filosofia; história e literatura chinesa. Continuou estudando e assimilando o pensamento ocidental e política. Tornou-se líder estudantil com participação em várias associações, mudou-se para Pequim em 1919, onde iniciou seus estudos universitários em Filosofia e Pedagogia, trabalhou na Biblioteca Universitária, conheceu Chen Tu Hsiu e Li Ta Chao fundadores do Partido Comunista Chinês .

Participou do Movimento Quatro de Maio contra a entrega ao império do Japão de regiões chinesas que até então tinham estado sob domínio alemão. Em função deste acontecimento, aderiu ao marxismo-leninismo. Em 1921, Mao Tsé-Tung participou na fundação do Partido Comunista Chinês. Nos primeiros anos à frente do partido, insistiu, contra a linha pró-soviética dos seus aliados, no potencial revolucionário dos camponeses (Inquérito sobre o Movimento Camponês em Hunan, 1927) .

Guerra
Em 1927, Chiang Kai Shek assumiu o poder e virou-se contra os comunistas. Após a ruptura com o Kuomintang, Mao Tsé-Tung organizou um movimento revolucionário em Hunan e Jiangxi, fundando, em 1931, um soviete que se defendeu dos ataques dos aliados, adaptando tácticas de guerrilha.

Em Outubro de 1934, Mao Tsé-Tung e seu exército rompem o cerco das tropas do Kuomintang e seguem para o noroeste do país, iniciando a Grande Marcha (1934-1935) até Yanan, na província de Saanxi, transformada em nova região sob controle comunista. Essa ação espetacular reafirmou sua independência do Kuomintang e tornou Mao uma personalidade dominante do Partido Comunista Chinês.

Em 7 de julho de 1937, os japoneses invadem a China após o Incidente Lugouqiao (Incidente da Ponte de Marco Polo), o que demarca o início da II Guerra Mundial na Ásia. De 1936 a 1940, Mao Tsé-Tung fez oposição à tese dos comunistas pró-soviéticos, e conseguiu impôr o seu ponto de vista, afastando do partido os seus oponentes.

Em 1945, Mao Tsé-Tung foi confirmado oficialmente como chefe do partido, sendo nomeado presidente do Comitê Central.

Após a invasão japonesa, e no término da guerra o exército revolucionário tinha em torno de um milhão de soldados; os comunistas controlavam politicamente noventa milhões de chineses.

Após o ataque japonês à China (1937), o Partido Comunista Chinês e o Kuomintang se aliam novamente, mas com o fim da guerra, estourou, em 1946, uma guerra civil entre comunistas e nacionalistas que durou até 1949 quando o Kuomintang é finalmente derrotado.

Liderança da China

Mao Tse-tung proclamando a fundação da República Popular da China em 1 de outubro de 1949 em Pequim.
Em 1 de Outubro de 1949, proclama na Praça Tiananmen, em Pequim, a República Popular da China; em Dezembro foi proclamado presidente da república .

Em 1954, após a promulgação da nova Constituição, Mao Tsé-Tung é reconduzido à presidência da República.

Após a consolidação do poder comunista, contrariando a linha soviética, Mao Tsé-Tung manteve-se fiel à ideia do desenvolvimento da luta de classes, tentando em vão, entre 1956 e 1957, na chamada Campanha das Cem Flores, dar-lhe novo impulso, através da liberdade de expressão16 , o que acabou em perseguição àqueles que criticaram o regime durante o breve período em que foram instados a fazê-lo.

Entre 1957 e 1958, iniciou uma política de desenvolvimento chamada de Grande Salto, baseado na industrialização associada à coletivização agrária. O "Grande Salto" traduziu-se num desastre econômico que mergulhou a China numa epidemia de fome que vitimou milhões de chineses. Em virtude disso Mao Tsé-Tung foi destituído de alguns cargos e, em 1959, Liu Shaoqi assumiu a chefia do Estado16 . Apesar disso, Mao Tsé-Tung continuou influente, como ficou claro na ruptura com a União Soviética, devido a profundas diferenças nas políticas interna e externa1 . O prestígio internacional de Mao Tsé-Tung não foi afetado, tornando-se, após a morte de Stálin, em 1953, a personalidade mais influente do comunismo internacional .

Muitos dos programas sociais de Mao são indicados por críticos, tanto internos quanto externos à China, como causadores de danos severos à cultura, sociedade, economia e relações exteriores da China, como também pela morte de 42 a 70 milhões de pessoas.

A Revolução Cultural
A polêmica Revolução Cultural (1966-1969), empreendida por Mao Tsé-Tung com o apoio de sua esposa, Jiang Qing, destituiu os quadros do Partido Comunista Chinês, que queriam uma linha política e econômica mais moderada. Em 1968, Mao Tsé-tung destituiu Liu Shaoqi e, em 1971, tirou do poder seu sucessor, Lin Biao. Foram criados os guardas vermelhos, que se fundamentavam no chamado Livro Vermelho, que continha citações de Mao .

Mais tarde, apoiou a política de Zhou Enlai, consolidando o crescimento econômico e ultrapassando o isolamento da China. Em 1972, recebeu o presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, em Pequim. Nos últimos anos de vida, com a saúde seriamente afetada, caiu sob a influência da facção radical do partido (Bando dos Quatro), organizada em torno de Jiang Qing . Apesar da desmaoização iniciada após sua morte, Mao Tsé-Tung teve especial aceitação nos países do Terceiro Mundo como teórico da guerra popular revolucionária.

Vida pessoal
A primeira experiência sexual de Mao ocorreu ainda na adolescência, no vilarejo de Shaoshan, na província de Huan. Teve um romance juvenil com uma garota de doze anos. Em seus últimos anos, Mao gostava de relembrar essa iniciação e, em 1962, até providenciou para encontrar de novo a mulher com quem havia perdido a virgindade. Ela envelhecera, seus cabelos haviam branqueado. Mao lhe deu 2 mil iuanes e, depois que a idosa senhora se foi, comentou com melancolia: "Como está mudada!"

Mao casou-se pela primeira vez em 1908, aos 15 anos de idade, com uma mulher seis anos mais velha. Ela morreu em 1910, de causas desconhecidas.

Em 1921 Mao casou-se pela segunda vez, com Yang Kai-hui, que lhe deu dois filhos. Nenhum deles teve um final feliz: em 1930, Yang foi executada por partidários de Chiang Kai-shek. Os dois meninos escaparam para Xangai, onde tiveram que cuidar da própria sobrevivência pelas ruas. O mais novo, Anqing, desenvolveu uma doença mental que foi atribuída às pancadas que levou da policia de Xangai, quando o prenderam por vadiagem. O mais velho, Anying, foi morto num ataque aéreo norte-americano durante a Guerra da Coreia.

Mao casou-se com Ho Tzu-chen logo após a morte de Yang, que lhe deu ao todo seis filhos. Apenas uma menina, Lin Min, sobreviveu. Mao divorciou-se de Ho em 1939, para casar-se com Chiang Ch'ing.

Em 1953, quando Mao completou 60 anos, ficou estéril. À medida que envelhecia, preferia mulheres cada vez mais jovens. Frequentemente dormia com três, quatro ou cinco jovens e incentivava as amantes a apresentá-lo a outras mulheres. Como resultado dessa intensa promiscuidade, em 1967 contraiu herpes genital.

A intensa actividade sexual de Mao fez-lhe contrair também tricomoníase, doença assintomática no homem mas desconfortável para a mulher. Muitas de suas concubinas se orgulhavam de ter a doença como prova de intimidade com o líder da revolução, contudo, com certeza, sofriam com a situação. Calculam-se em centenas as infectadas com a tricomoníase entre as cerca de 3 mil mulheres com as quais ele se relacionou.

Segundo o livro A Vida Privada do Camarada Mao (tradução de Gabriel Zide Neto; Civilização Brasileira; 842 páginas), escrito por Li Zhisui, médico pessoal de Mao de 1954 até sua morte, em 1976, ele teve várias concubinas. Mao acreditava que fazer sexo prolongava a vida e não escovava os dentes, alegando que o tigre não precisa escová-los. Também não gostava de tomar banho e devido à sua falta de higiene com os dentes, acabou por perdê-los todos na velhice.

Encontra-se sepultado no Mausoléu de Mao Tsé-Tung, em Pequim, na China.

Vizinho do Palácio do Catete lembra morte de Getúlio: não podíamos entrar na rua

Vizinho do Palácio do Catete lembra morte de Getúlio: não podíamos entrar na rua
Gustavo Maia
Do UOL, no Rio 24/08/2014

Ao passar pelo portão da pequena vila de casas onde mora desde a adolescência, o economista aposentado mineiro João Bouhid, 86, se depara com o Palácio do Catete, ex-sede do governo federal, na zona sul do Rio de Janeiro. Daquele lugar, há exatas seis décadas, ele presenciou a comoção popular gerada pelo suicídio do presidente Getúlio Vargas, na manhã do dia 24 de agosto de 1954.

"A notícia da morte dele foi uma catástrofe, uma verdadeira calamidade. O povo se aglomerou ao redor do palácio. A tristeza foi muito grande porque ele era muito querido", recorda. "Todo mundo sentiu um abalo tremendo."

A presença de uma multidão nas ruas que cercam o prédio histórico, hoje sede do Museu da República, quase impediu que João conseguisse entrar na própria casa. "O povo cercou o palácio de tal maneira no dia da morte e no dia seguinte que o Exército teve que interditar a área e nós [moradores] não podíamos entrar na nossa rua, a Silveira Martins. Foi um sacrifício para convencer um policial a me acompanhar até minha casa", conta o aposentado.

A notícia da morte de Getúlio, que disparou um tiro contra o próprio coração, dentro de seu aposento, no terceiro andar do palácio, pegou o país de surpresa e alterou a rotina de toda a população do Rio de Janeiro. Na manhã daquele dia, o estofador aposentado Paulo Senatore, 70, à época um estudante de dez anos de idade, estava dentro de uma sala de aula, na Escola Municipal Deodoro, na Glória, quando a diretora da instituição entrou acompanhada de um policial.

"A diretora anunciou que o presidente havia falecido –não falou em suicídio-- e informou que, por precaução, o policial iria nos escoltar para casa. Eu vi aquele rebuliço na rua, muitos policiais até entrincheirados. Eu, como criança, não entendia direito, mas senti o clima de tristeza", relata Paulo, "nascido e criado no Catete".


Na imagem, à esquerda, vê-se o título eleitoral de Getúlio Vargas que governou o Brasil de 1930 a 1945 e voltou ao poder de 1951 a 1954. Embora deposto, não sofreu punições. Nem sequer a cassação dos direitos políticos. Assim, foi eleito senador por dois Estados, como facultava a legislação, antes de se candidatar de novo à presidência Leia mais Reprodução
"Depois, no velório, formaram filas quilométricas para ver o corpo dele. Eu não pude entrar porque era menor de idade, mas foi até bom porque naquela época eu tinha um medo danado de defunto", conta o vizinho do Palácio. Segundo Paulo, o clima de pesar se instalou em todo o bairro e dentro de casa. "Meu pai era apaixonado pelo Getúlio, era fã número um. Ele ficou consternado."

Morador do Catete há 48 anos, o bancário aposentado Hélio Reis, 81, vivia com os pais em uma casa no bairro da Saúde, Centro do Rio, quando soube que Getúlio havia saído "da vida para entrar para a História". "Foi a maior comoção que eu já presenciei em toda minha vida", declara.

Biografia Getúlio Vargas
 Laércio/Folhapress
Conheça a história de Getúlio Vargas
O presidente suicidou-se em meio à crise política, com um tiro no peito, na madrugada de 24 de agosto de 1954, dentro do Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, deixando uma carta-testamento em que apontava os inimigos da nação como responsáveis por seu suicídio.
Foto: Laércio/Folhapress
"Eu soube da notícia pela voz de Heron Domingues [locutor do Repórter Esso], na Rádio Nacional, e saí de casa para assistir a saída do corpo dele do palácio. O caixão saiu por aqui", relata, apontando para uma das portas do prédio, "e foi carregado pelo povo, todo mundo chorando". Da capital fluminense, o corpo de Getúlio seguiu para sua cidade natal, São Borja, no Rio de Grande do Sul, onde foi enterrado.

Em vida, a presença de Getúlio no Catete conferia prestígio ao bairro, segundo os moradores. João Bouhid se lembra de ter presenciado diversos discursos que o presidente tinha o hábito de fazer da sacada do palácio, voltada para a rua do Catete. "Eu ia pegar o bonde e via ele falando com o povo da sacada", conta.

Depois de 60 anos, a natureza da morte de Vargas ainda levanta questionamentos. "Até hoje duvido desse suicídio, porque eu nunca tive comprovação nenhuma de que ele realmente tivesse se matado. Honestamente eu não acredito que tenha sido suicídio, porque ele era muito tranquilo, muito calmo", afirma João.

E mesmo passadas seis décadas, a mera lembrança daquele dia 24 de agosto parece ainda perturbar quem testemunhou de perto o clamor popular em torno do Palácio do Catete. "Esquece disso, rapaz. Eu morava e ainda moro aqui do lado e não gosto de lembrar disso", diz um senhor de escassos cabelos brancos ao ser informado do motivo da reportagem. "Vocês têm é que procurar um novo Getúlio. Igual a ele, nunca mais teve".


Getúlio Vargas e a República Nova

Na história do Brasil, a República Nova é bem anterior à Nova República. O período registrou choques violentos entre grupos políticos. Também foi uma época de conquistas sociais, como o voto secreto e as leis trabalhistas
http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2014

terça-feira, 19 de agosto de 2014

SALÁRIOS DO BRASIL CRESCEM O DOBRO DA MÉDIA MUNDIAL DURANTE CRISE INTERNACIONAL

SALÁRIOS DO BRASIL CRESCEM O DOBRO DA MÉDIA MUNDIAL DURANTE CRISE INTERNACIONAL
Por: Equipe Dilma Rousseff - 07/08/2014

O desempenho do Brasil durante os anos em que o mundo atravessa uma grave crise econômica tem sido alvo de elogios das organizações mundiais. O Relatório Global sobre os Salários 2012/13, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), mostrou que os salários brasileiros não apenas cresceram o dobro da média mundial, como também foram parcialmente responsáveis pelos dados positivos da América Latina.

"Estas tendências salariais regionais na América Latina e Caribe são fortemente influenciadas por grandes países como o Brasil, onde o crescimento dos salários se manteve positivo ao longo do período", diz o documento da OIT, divulgado nesta terça (5).

No cenário pós-crise de 2008, os salários no mundo cresceram 1,3% em 2009, menos da metade dos 3,1% brasileiros do mesmo período. Em 2010, o os salários brasileiros cresceram 3,8%, contra 2,1% do mundo; e em 2011, o Brasil teve 2,7% de crescimento salarial contra 1,2% da média mundial.

Em entrevista à revista Istoé há alguns meses, o presidente da OIT já declarou que, dentro do cenário de crise mundial, o Brasil é uma exceção positiva. "O Brasil é um caso que se destaca. Nos últimos anos, teve um crescimento sólido, às vezes impressionante. Mesmo que esse crescimento tenha diminuído, ficaram frutos importantes", afirmou."Para empregar a lógica da OIT, dizemos que o Brasil conseguiu traduzir o progresso econômico em justiça social". Leia a entrevista completa aqui.

Desde 2003, o valor do mínimo teve crescimento real (já descontada a inflação) de 72,31%, de acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Leia a matéria completa clicando aqui.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

No Jornal Nacional Dilma mostra que é mais capacitada para rumar e avançar com o nosso Brasil.





"Nós queremos continuar sendo um país de classe média.

É por estas e outras grandes atuações dessa grande estadista brasileira que nós brasileiros iremos depositar o nosso voto de confiança nesta grande mulher candidata a reeleição presidencial. Essa mulher é responsável por uma grande revolução social e econômica do nosso país atualmente. É por isso que ela afirma no seu programa de governo "Nós queremos continuar sendo um país de classe média. Dilma você tem o meu voto e espero que os brasileiros não erre no dia 05 de outubro nas urnas. Pois Dilma é a candidata perfeita para o nosso país continuar a crescer. Acerte no 13, acerte com Dilma para presidente.

Marina tem empate técnico com Aécio no 1º turno e com Dilma no 2º turno, diz Datafolha

Marina tem empate técnico com Aécio no 1º turno e com Dilma no 2º turno, diz Datafolha
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
 A ex-senadora Marina Silva aparece em empate técnico na corrida presidencial com Aécio Neves (PSDB) no primeiro turno e com Dilma Rousseff (PT) no segundo turno, nas duas situações à frente dentro da margem de erro, mostrou a primeira pesquisa eleitoral após a trágica morte do candidato Eduardo Campos (PSB). REUTERS/Ueslei Marcelino

SÃO PAULO (Reuters) - A ex-senadora Marina Silva aparece em empate técnico na corrida presidencial com Aécio Neves (PSDB) no primeiro turno e com Dilma Rousseff (PT) no segundo turno, nas duas situações à frente dentro da margem de erro, mostrou a primeira pesquisa eleitoral após a trágica morte do candidato Eduardo Campos (PSB).

Segundo o Datafolha, Marina, que deve ser confirmada candidata do PSB à Presidência da República nesta semana, aparece na disputa com 21 por cento das intenções de voto, acima dos 20 por cento de Aécio e atrás de Dilma, com 36 por cento.

Já na simulação de segundo turno, Marina fica numericamente à frente de Dilma, com 47 por cento contra 43 por cento da presidente que busca a reeleição.

No primeiro turno contra Aécio e no segundo contra Dilma, trata-se de uma situação de empate técnico, considerando a margem de erro da pesquisa de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

De acordo com o Datafolha, em um segundo turno entre Dilma e Aécio, a presidente venceria por 47 por cento a 39 por cento, o que representa uma melhora da petista sobre a sondagem anterior em julho, que mostrava 44 por cento a 40 por cento, com empate técnico naquela ocasião dentro da margem de erro.

Os números do Datafolha afastam a hipótese de conclusão da eleição presidencial no primeiro turno, porque Marina tem quase três vezes as intenções de voto de Campos, que aparecia com 8 por cento.

A ex-senadora atrai eleitores que antes se diziam sem candidato e não tira votos dos dois principais adversários: Dilma aparecia com os mesmos 36 por cento e Aécio com iguais 20 por cento na pesquisa anterior feita pelo Datafolha.

As intenções de voto nulo ou em branco, contudo, caíram de 13 por cento na pesquisa anterior para 8 por cento, enquanto os indecisos recuaram de 14 por cento para 9 por cento agora.

O presidenciável do PSB Campos morreu na última quarta-feira, dia 13, em um acidente de avião no litoral de São Paulo. A morte repentina do socialista colocou Marina, sua vice na chapa, como nome natural para assumir a candidatura pelo partido.
No sábado, o líder da bancada do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), disse à Reuters que Marina "já sinalizou que vai assumir a candidatura". Segundo ele, uma reunião da comissão executiva do partido na quarta-feira definirá também o nome do candidato a vice.

Em um improvável cenário sem manutenção da candidatura do PSB à Presidência, Dilma venceria no primeiro turno com 41 por cento dos votos válidos, oito pontos a mais que a soma de seus rivais. Aécio ficaria com 25 por cento, conforme o Datafolha.

RESPOSTA ESPONTÂNEA E REJEIÇÃO

A entrada de Marina na corrida presidencial acontece no momento que indica alguma recuperação de Dilma. Ela ampliou a vantagem sobre Aécio no segundo turno e a avaliação do governo melhorou, com sua taxa de rejeição caindo de 35 por cento para 34 por cento.

O índice de rejeição de Aécio é de 18 por cento e o de Marina, 11 por cento.

Na resposta espontânea, em que o eleitor diz em quem pretende votar sem ter acesso aos nomes dos candidatos, Dilma foi a resposta dada por 24 por cento dos entrevistados pelo Datafolha, acima dos 22 por cento na pesquisa anterior. Aécio foi mencionado por 11 por cento e Marina por 5 por cento.

O Datafolha ouviu 2.843 eleitores em 176 municípios em 14 e 15 de agosto. Números da pesquisa foram disponibilizados em reportagem no site do jornal Folha de S. Paulo na madrugada desta segunda-feira.

(Por Cesar Bianconi)

domingo, 17 de agosto de 2014

Homenagem póstuma ao nosso líder político Eduardo Campos. Não vamos desistir do Brasil.



Vai-se o político e fica o mito Eduardo Campos. Não vamos desistir do Brasil.
Homenagem póstuma do bloghistorianews21 a esse grande político e pai de família que com certeza deixará muitas saudades entre os pernambucanos. Que Deus abençoe a alma de Eduardo Campos e dos amigos que foram vitimados junto com ele. Historianews21

sábado, 16 de agosto de 2014

Relembre frases marcantes de Eduardo Campos




O candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB), de 49 anos, morreu em um acidente aéreo em Santos, no litoral paulista, na manhã desta quarta-feira, 13

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

À espera de Marina, campanhas de PT e PSDB analisam novas estratégias

À espera de Marina, campanhas de PT e PSDB analisam novas estratégias
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
 Ex-senadora Marina Silva fala durante entrevista em Brasília. 4/10/2013 REUTERS/Ueslei Marcelino

Por Jeferson Ribeiro

BRASÍLIA (Reuters) - Ainda no aguardo do que ocorrerá com a candidatura presidencial do PSB, que deve indicar Marina Silva para a cabeça de chapa, integrantes das campanhas do PT e do PSDB já começam a analisar que mudanças farão na estratégia para manter a disputa polarizada diante de um quadro que consideram completamente novo.

Estrategistas ouvidos pela Reuters avaliam, no entanto, que é cedo para fazer prognósticos claros e que a nova configuração da disputa não zera o jogo, mas vai exigir mudanças cuja amplitude só será conhecida após a decisão oficial do PSB e algumas rodadas de pesquisas eleitorais.

A trágica morte do candidato socialista e presidente do PSB, Eduardo Campos, num acidente aéreo na quarta-feira ainda é traumática tanto para seus correligionários como para seus adversários, que tinham um histórico de proximidade com o pernambucano. [nL2N0QJ2AL]

A presidente Dilma Rousseff, que concorre à reeleição pelo PT, foi ministra a seu lado no governo Lula e se aproximou de Campos e sua família. Aécio Neves, candidato do PSB, tinha identificação pessoal com o pernambucano, porque os dois eram netos de políticos conhecidos nacionalmente, tinham sido governadores estaduais no mesmo período e chegaram a traçar estratégias eleitorais juntos nos meses iniciais da disputa presidencial.

"Não mudou tudo, mas muda muita coisa", disse à Reuters um dos estrategistas do tucano Aécio Neves.

Ele chegou a comparar que o impacto é semelhante a substituir Aécio por José Serra na disputa ou Dilma pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, hipóteses que chegaram a ser ventiladas no PSDB e no PT, respectivamente.

No ninho tucano, a ordem é manter a estratégia do programa eleitoral no rádio e na TV nos primeiros dias, apresentando Aécio ao eleitorado, mostrando suas realizações no governo de Minas Gerais e sua capacidade de gestão. Pelo menos por enquanto, segundo essa fonte.

"Nosso desafio não muda, temos que apresentar o candidato e torná-lo conhecido. Mas o programa é fruto de avaliação cotidiana", disse o estrategista do PSDB.

PARALISIA

No PT, não há dúvidas de que Marina assumirá a candidatura e a avaliação é que mesmo com esse novo quadro, que precisa ser pesquisado e analisado com mais calma, Dilma segue sendo a favorita para vencer a disputa.

"Estamos num momento de paralisia nas campanhas", disse um dos petistas ouvidos pela Reuters.

Um outro integrante do comitê da campanha petista afirmou que nesse primeiro momento "tudo ficou mais confuso para todos".

Mas essa fonte acredita que Aécio tem mais a perder numa análise imediata, porque ficou sem uma linha auxiliar do discurso que tentava emplacar contra Dilma, apontando-a como má gestora.

"Ele e o Campos, por terem sido governadores e bem avaliados, vinham dizendo e poderiam unir a artilharia nos debates nesse discurso da Dilma má gestora. Com a Marina, ele não terá essa parceria", disse a fonte.

Esse integrante da campanha argumenta ainda que o tucano e o socialista tinham perfis semelhantes que os aproximavam, eram jovens políticos, netos de grandes personalidades da cena política e tinham acertado alianças regionais, que não foram avalizadas por Marina.

Essa fonte avalia, porém, que Dilma ganharia uma adversária com língua mais afiada e mais disposta a fazer críticas mais duras a ela e ao ex-presidente Lula, que Campos poupava.
DECISÃO SOBRE SUBSTITUTO

O PSB tem até dia 23 de agosto para escolher um novo candidato à Presidência e o partido e Marina já avisaram que nesse momento não estão discutindo a sucessão e só farão isso após o enterro de Eduardo Campos, que ainda não tem data marcada.

"Nós não estamos pensando em política. Estamos todos ainda perplexos. Não tem clima para isso”, disse à Reuters uma fonte do partido nesta quinta. “Estamos envolvidos com a burocracia do DNA dos corpos”, acrescentou.

A despeito disso, Antônio Campos, irmão do ex-governador, divulgou uma carta pedindo que Marina assumisse a candidatura. Horas depois, porém, o partido divulgo um comunicado dizendo que tomará essa decisão em "momento oportuno e ao seu exclusivo critério".

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

"É fundamental um novo caminho. Se a gente quer chegar um novo lugar, não podemos ir pelo mesmo caminho" Eduardo Campos EDUARDO CAMPOS (1965-2014)


"É fundamental um novo caminho. Se a gente quer chegar um novo lugar, não podemos ir pelo mesmo caminho" Eduardo Campos


    "É fundamental um novo caminho. Se a gente quer chegar um novo lugar, não podemos ir pelo mesmo caminho" Eduardo Campos            

EDUARDO CAMPOS (1965-2014)

Candidato à Presidência Eduardo Campos morre em acidente de avião

Candidato à Presidência Eduardo Campos morre em acidente de avião
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
 Eduardo Campos, que morreu nesta quarta-feira em acidente de avião em Santos. 30/07/2014 ]
REUTERS/Ueslei Marcelino

Por Gustavo Bonato

SANTOS (Reuters) - O candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, morreu em um acidente de avião na manhã desta quarta-feira em Santos, no litoral de São Paulo.

Campos, 49 anos, foi governador de Pernambuco e tinha cerca de 10 por cento das intenções de voto nas últimas pesquisas para a corrida presidencial. Ele se posicionava como um socialista pró-empresários e foi aliado até o ano passado da presidente Dilma Rousseff, que tenta a reeleição.

O avião com Campos, que cumpriria agenda de campanha em Santos, saiu do aeroporto Santos Dumont, no Rio de janeiro, em direção ao Guarujá.

De acordo com a Aeronáutica, a aeronave arremeteu quando se preparava para o pouso devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com o jato Cessna 560XL.

A candidata à vice na chapa do PSB à Presidência, a ex-senadora Marina Silva, não estava no avião. De acordo com a agenda de Campos, divulgada pela assessoria de imprensa, Marina passaria o "dia gravando em São Paulo".

Campos estava atrás de Dilma e Aécio Neves (PSDB) na corrida presidencial e ainda não tinha conseguido capitalizar a presença ao seu lado de Marina, que na eleição de 2010 teve quase 20 milhões de votos.

A equipe do socialista acreditava que as intenções de voto de Campos subiriam com o início da propaganda gratuita eleitoral, a partir de 19 de agosto, e com maior exposição do candidato na mídia e presença em eventos de campanha.

“É uma tragédia, uma infelicidade. Não só para os amigos e para os correligionários, mas principalmente para o Brasil perder um homem como Eduardo Campos”, disse o presidente do PPS e deputado federal, Roberto Freire (PE).
Candidato à Presidência Eduardo Campos morre em acidente de avião
quarta-feira, 13 de agosto de 2014 14:18 BRT Imprimir | Uma página [-] Texto [+]
 Eduardo Campos, que morreu nesta quarta-feira em acidente de avião em Santos. 30/07/2014 REUTERS/Ueslei Marcelino

O comitê de campanha de Dilma informou que por determinação da presidente "todas as atividades da campanha em Brasília e nos Estados foram suspensas em respeito à morte do candidato do PSB à Presidência Eduardo Campos". O tucano Aécio também cancelou sua agenda de campanha.

ESTRATEGISTA

Campos começou cedo na política, aos 21 anos, quando participou ativamente da eleição de seu avô, Miguel Arraes, um dos ícones da esquerda na resistência à ditadura militar, para o governo de Pernambuco em 1986.

Após ocupar cargos na administração do avô, de ser eleito deputado estadual e federal, ser o ministro mais jovem do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e se eleger governador duas vezes, Campos iniciou 2013 embalado pelo desempenho notável do PSB nas eleições municipais do ano anterior, dizendo a Dilma que não negociaria o apoio do partido à sua reeleição antes de 2014.

Campos convenceu seu partido a abandonar o governo Dilma no ano passado e em outubro, num movimento surpreendente, atraiu Marina para o PSB, colocando juntos dois ex-aliados do PT na disputa contra Dilma nas eleições deste ano.

O posicionamento de Marina no tabuleiro eleitoral era amplamente esperado, depois que o partido que ela buscava criar com vistas às eleições, a Rede Sustentabilidade, teve o pedido de registro negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Marina é agora o nome natural para substituir Campos como candidata à Presidência pelo PSB. Segundo assessoria do TSE, em caso de falecimento do candidato, a substituição pode ser requerida à Justiça Eleitoral a qualquer momento.

Para o diretor da consultoria Eurasia para América Latina, João Augusto de Castro Neves, a visão preliminar é que a potencial ascensão de Marina a candidata pelo PSB tornaria a eleição "muito mais competitiva".

"Isso torna a eleição mais preocupante para Aécio, já que ambos Marina e Aécio têm chances de ir ao segundo turno. Isso torna mais difícil para Dilma, já que ela preferiria ir para um, segundo turno com o Aécio e não com Marina", afirmou Castro Neves à Reuters.

Para o senador petista Eduardo Suplicy (SP), é de se esperar que PSB e Marina "considerem que ela será a candidata a presidente".

"Ela constitui uma força política extraordinária e acredito que possa vir a acontecer de ela vir a substituir o Eduardo Campos como candidata. Certamente ela será um valor importante na disputa presidencial", afirmou Suplicy.

No mercado financeiro, os principais ativos brasileiros inverteram o rumo imediatamente após a notícia do acidente do avião de Campos.

A Bovespa chegou a cair mais de 2 por cento, o dólar anulou a queda ante o real e os contratos de juros futuros mais longos passaram a subir.

(Com reportagem de Jeferson Ribeiro e Maria Carolina Marcello, em Brasília, e Redação Reuters São Paulo)

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Presidente de Israel pede desculpas a Dilma por comentários contra Brasil

Presidente de Israel pede desculpas a Dilma por comentários contra Brasil
Reuters Bruno Marfinati
Em São Paulo 11/08/2014


Abir Sultan/Efe
Reuven Rivlin, novo presidente de Israel, pediu desculpas ao Brasil

SÃO PAULO (Reuters) - O recém-eleito presidente de Israel, Reuven Rivlin, pediu desculpas à presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira depois que o porta-voz da chancelaria israelense criticou o Brasil por ter condenado a sua campanha militar na Faixa de Gaza, informou o Palácio do Planalto.

O porta-voz chamou o Brasil de "anão diplomático" e de ignorar o direito de Israel de se defender, após o Itamaraty considerar "inaceitável" a escalada da violência em Gaza, condenar "energicamente o uso desproporcional da força por Israel" e anunciar a convocação do seu embaixador em Tel Aviv para consultas.

Israel lançou sua ofensiva militar em 8 de julho após um aumento dos disparos de foguetes feitos pelo Hamas, o grupo islâmico que controla a Faixa de Gaza.

De acordo com o Planalto, Rivlin disse que Israel estava se defendendo dos ataques com mísseis e esclareceu que as expressões usadas pelo funcionário não correspondem aos sentimentos da população de Israel em relação ao Brasil.

Dilma condenou os ataques de militantes palestinos contra Israel, mas voltou a manifestar a contrariedade do governo brasileiro ao uso desproporcional da força na Faixa de Gaza em uma incursão militar que matou quase 2 mil pessoas.

Segundo a nota, Dilma "enfatizou que a crise atual não poderá servir de pretexto para qualquer manifestação de caráter racista, seja em relação aos israelenses, seja em relação aos palestinos".

O governo brasileiro reiterou a sua posição histórica de defesa da "coexistência entre Israel e Palestina, como dois Estados soberanos, viáveis economicamente e, sobretudo, seguros".

(Por Bruno Marfinati)
http://noticias.uol.com.br/