Konstantinos - Uranus

quinta-feira, 29 de abril de 2021

Tumulto em festival religioso deixa 38 mortos no Norte de Israel


 Tumulto em festival religioso deixa 38 mortos no Norte de Israel

Extra

qui., 29 de abril de 2021 //https://br.noticias.yahoo.com/


JERUSALÉM — Serviços de saúde de Israel afirmaram que 38 pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas durante um evento religioso superlotado no Norte do país, na noite desta quinta-feira. Pelo menos 20 pessoas estão internadas em estado grave. O jornal Jerusalem Post afirmou, contudo, que o número de feridos passa de 100.


O acidente ocorreu no Monte Meron, na região da Alta Galileia, onde cerca de 100 mil pessoas se reuniram para o festival do Lag Ba’Omer. Segundo testemunhas ouvidas pelo jornal Haaretz, o tumulto começou depois que algumas pessoas escorregaram em degraus, sendo pisoteadas pela multidão que vinha atrás. Inicialmente havia sido informado que o acidente fora provocado pelo desabamento de uma arquibancada.


“Estávamos na entrada, decidimos que queríamos sair e então a polícia bloqueou o portão, então quem queria sair não podia mais. Nessa confusão , começamos a cair uns sobre os outros. Pensei que ia morrer. Eu vi pessoas mortas perto de mim”, declarou uma testemunha ao jornal Maariv.


O acidente ocorreu no Monte Meron, na região da Alta Galileia, onde cerca de 100 mil pessoas se reuniram para o festival do Lag Ba’Omer. Segundo testemunhas ouvidas pelo jornal Haaretz, o tumulto começou depois que algumas pessoas escorregaram em degraus, sendo pisoteadas pela multidão que vinha atrás. Inicialmente havia sido informado que o acidente fora provocado pelo desabamento de uma arquibancada.


“Estávamos na entrada, decidimos que queríamos sair e então a polícia bloqueou o portão, então quem queria sair não podia mais. Nessa confusão , começamos a cair uns sobre os outros. Pensei que ia morrer. Eu vi pessoas mortas perto de mim”, declarou uma testemunha ao jornal Maariv.


Por conta da grande quantidade de pessoas, as equipes de resgate encontram dificuldades de chegar até as vítimas, muitas das quais estão sendo levadas de helicóptero para hospitais próximos. No Twitter, o premier Benjamin Netanyahu afirmou que esse era um “grande desastre”, e que “está rezando pela recuperação das vítimas”. Duas pessoas acusadas de atrapalhar o trabalho das equipes de resgate foram presas.


A festividade ocorre mesmo diante de alertas das autoridades sanitárias, preocupadas com possíveis novas infecções por Covid-19, justamente quando o país começa a retomar a normalidade com a vacinação acelerada e depois de uma série de longos lockdowns. Por sinal, essa é a maior aglomeração ocorrida em Israel desde o início da pandemia.

Primeira Guerra Mundial - " Fim de uma Era" - Edição

Documentário: Primeira Guerra Mundial - Dublado (Parte 1) Para os Alunos do 9º Ano UI/ Performance. Professor: Alarcon José

HÁ 53 ANOS, A ATIVISTA LIN ZHAO ERA EXECUTADA PELO GOVERNO DE MAO TSE -TUNG. Presa, ela entrou para a História como a mulher que escreveu 'cartas de sangue'


 A poeta e jornalista Lin Zhao - Wikimedia Commons/Domínio Público



HÁ 53 ANOS, A ATIVISTA LIN ZHAO ERA EXECUTADA PELO GOVERNO DE MAO TSE -TUNG

Presa, ela entrou para a História como a mulher que escreveu 'cartas de sangue'


REDAÇÃO PUBLICADO EM 29/04/2021, https://aventurasnahistoria.uol.com.br/ 


A história da China é repleta de mártires. Muitos deles, porém, permaneceram apenas na narrativa oculta do país, esquecidos ou escondidos por governos autoritários. Ainda assim, pesquisadores continuam buscando esses personagens para colocar suas histórias à luz novamente. 


Como repercutido pelo portal de notícias United Methodist News Service em 2018, o autor Lian Xi publicou naquele ano uma obra que conta um desses casos. Em tradução livre, ‘Cartas de sangue: a história não contada de Lin Zhao, um mártir na China de Mao’ expõe a vida e morte de Lin Zhao, uma poeta e jornalista.


A moça, nascida Peng Lingzhao, atingiu a fama sob seu pseudônimo Lin Zhao, sendo inicialmente uma militante comunista contra a vigente República Chinesa. No entanto, ela não permaneceu muito tempo na ideologia, se desiludindo com o movimento e  virando uma dissidente. 


A poeta, que estudou no Departamento de Literatura da Universidade de Pequim, se tornou uma das mais ferrenhas críticas à corrupção do governo comunista de Mao Zedong durante a época do Desabrochar de Cem Flores, principalmente entre os anos de 1956 e 1957.


Como explicado no site da Encyclopædia Britannica, o movimento, criado pelo governante comunista, tinha como objetivo incentivar a liberdade de expressão de intelectuais, acabando com as restrições de pensamento.


A ideia era incentivar a disseminação de ideias e ideologias diferentes (inclusive contrárias ao comunismo) para, através do debate, chegar ao progresso científico. Mas, quando as críticas começaram a “chegar longe demais”, o Partido Comunista voltou atrás.


Pouco tempo depois, muitos críticos do regime sofreram com retaliações, perdendo seus empregos ou, em casos mais extremos, sendo condenados à prisão ou trabalhos manuais forçados. 


Foi o que aconteceu com Lin. Ela foi condenada a fazer trabalhos braçais para a faculdade, como matar insetos, parte da Campanha das Quatro Pragas, um dos braços do Grande Salto Adiante, plano governista que pretendia tornar a China uma potência mundial em tempo recorde, falhando.



Em 1960, ela foi presa enquanto colaborava com outros dissidentes na criação de uma revista que criticava as políticas do Grande Salto, responsáveis pela morte de milhões de cidadãos chineses pela fome.


Condenada a 20 anos de prisão, Lin era constantemente torturada. Mesmo assim, conforme descrito pelo Wall Street Journal, ela continuava escrevendo coisas contrárias ao regime usando grampos de cabelo ou farpas de bambu como caneta e o seu próprio sangue, quando faltava tinta. Cristã convertida, ela se apegou ainda mais a sua fé nesse período.


Após seis anos dessa rotina, ela foi condenada à execução, considerada culpada de inúmeros hediondos crimes que variavam de ofensas ao Partido Comunista Chinês até a incitação de rebelião na cadeia.


Ela foi morta com um tiro no dia 29 de abril de 1968, há exatos 53 anos. Para adicionar requintes de crueldade à uma história já triste, os pais da jovem só souberam de sua morte quando um oficial do governo foi cobrar uma taxa de cinco centavos pela bala usada em sua execução.


Em 1981, já sob o governo de Deng Xiaoping, ela foi exonerada de seus crimes e reabilitada. Em 2004, o cineasta Hu Jie fez um documentário sobre ela, chamado, em tradução livre, À Procura da Alma de Lin Zhao.


Anvisa: replicação de adenovírus na Sputnik é comprovada em documentos. Agência fez pronunciamento para responder ao laboratório russo


 Anvisa: replicação de adenovírus na Sputnik é comprovada em documentos

Agência fez pronunciamento para responder ao laboratório russo


Publicado em 29/04/2021 - 18:58 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, fez um pronunciamento hoje (24) por meio das redes sociais do órgão questionando críticas feitas pelos laboratórios e instituições responsáveis pelo desenvolvimento da vacina Sputnik V.


O pedido de importação de 66 milhões de doses do imunizante foi negado na segunda-feira (26). A Anvisa apontou uma série de problemas, entre eles, a presença ou não de adenovírus com capacidade de replicação no corpo dos pacientes que receberem doses da vacina.


Hoje pela manhã, a conta oficial dos responsáveis pela vacina no Twitter comunicou a intenção de judicializar a análise feita pela agência brasileira. “Após a admissão do regulador brasileiro Anvisa de que não testou a vacina Sputnik V, a Sputnik V está iniciando um processo judicial de difamação no Brasil contra a Anvisa por espalhar informações falsas e imprecisas intencionalmente”, diz a mensagem.


No pronunciamento, a Anvisa buscou rebater o argumento da Sputnik V e reforçar a análise realizada por sua equipe técnica, bem como a decisão de negativa da importação. O presidente da agência e o gerente-geral de Medicamentos do órgão, Gustavo Mendes, disseram que a informação da presença de adenovírus com capacidade de replicação foi admitida nos documentos entregues pelo laboratório.


“A Anvisa foi acusada de mentir, de atuar de maneira antiética e de produzir fake news sobre a identificação do adenovírus replicante em documentos que tratam da vacina Sputnik V. As informações sobre a presença de adenovírus replicantes constam dos documentos entregues à Anvisa pelo desenvolvedor da vacina Sputnik V”, disse Barra Torres.


Equipe experiente

Gustavo Mendes defendeu a equipe responsável pela análise de vacinas, que, segundo ele, tem experiência no assunto. O gerente-geral argumentou que o exame das propostas é orientado sobretudo pela avaliação acerca da segurança da vacina. Na análise, a equipe teria encontrado nos documentos e durante testes sinais da presença de adenovírus com possibilidade de replicação.


“A sequência da avaliação começa quando a empresa atesta que o processo de fabricação das partículas RAD5SCov2, uma das partículas importantes neste caso, pode produzir partículas replicantes, aquelas que vão se espalhar pelo corpo, o que não é esperado de uma vacina. A vacina é composta de dois tipos de adenovírus. Para um é apresentada justificativa para não replicação, para outro não”, disse Mendes.


Reunião com Instituto Gamaleya

O gerente-geral acrescentou que a detecção de adenovírus replicante ocorreu no produto acabado, e não em fases intermediárias da fabricação. O índice de presença teria sido 300 vezes superior ao maior limite permitido por uma autoridade sanitária, no caso a dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês).


Mendes relatou que no dia 23 de abril foi realizada uma reunião entre a equipe técnica da Anvisa e do Instituto Gamaleya, responsável pelo desenvolvimento da vacina Sputnik V. No pronunciamento, foi exibido vídeo em que os técnicos da Anvisa questionam o ponto do adenovírus replicante e por que não houve correção da questão.


O vídeo mostra o que seria a voz de representantes do instituto russo admitindo que o ajuste levaria muito tempo. No diálogo registrado, os representantes da Sputnik V se colocam à disposição para responder a questionamentos dos técnicos da Anvisa. Segundo Gustavo Mendes, a agência enviou por escrito as dúvidas, mas as respostas recebidas do Instituto Gamaleya não teriam contemplado os questionamentos.


Equipe da Sputnik V

Em sua conta no Twitter, a equipe responsável pela vacina Sputnik V interpretou o pronunciamento como uma admissão de não ter encontrado presença de adenovírus replicante no imunizante, mas que estava preocupada com o limite regulatório teórico russo para esse parâmetro.


Em entrevista coletiva a jornalistas após o pronunciamento, o diretor-presidente da Anvisa rebateu as mensagens da Sputnik V. “Não há interpretação. Está escrito e foi falado no vídeo apresentado. Não, eles apresentam documentos [sobre o] que seria o valor máximo aceitável, que é entendimento que conflita com o FDA e o que foi encontrado nas amostras, e o que foi encontrado é superior ao valor zero”, disse Barra Torres. Ele acrescentou que, se não houver mudanças na vacina, não há como autorizar seu uso no Brasil.


União Química

A União Química, empresa brasileira que firmou parceria para produção da Sputnik V, divulgou carta enviada ao presidente da Anvisa ontem (28). No documento, a farmacêutica questiona que doses da vacina foram analisadas e coloca que nenhuma vacina Sputnik V foi oficialmente fornecida à Anvisa nem por ela e nem pelo parceiro russo.


Na carta, a União Química alega que o Instituto Gamaleya negou ter encontrado qualquer presença de adenovírus replicante em qualquer lote do imunizante. A companhia considera que as afirmações da Anvisa sobre a presença de adenovírus replicante são falsas e reitera a informação de que uma subsidiária do Fundo de Investimento Direto Russo (outra instituição participante no consórcio de produção da vacina) vai entrar com processo judicial.


Sobre o assunto, Barra Torres declarou na entrevista coletiva que a agência não se utiliza de laboratório. “Houve circulação na mídia de que a Anvisa teria analisado em seus laboratórios vacina falsificada. A análise é feita em cima de documentos enviados pelo desenvolvedor. Há várias questões para além do adenovírus”, pontuou o diretor-presidente.


Vírus replicante  

Em sua apresentação na segunda-feira (26) o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, argumentou que os lotes analisados mostram a presença de adenovírus com capacidade de reprodução no composto da vacina, o que traz riscos à saúde. A tecnologia utilizada na fabricação da Sputnik V é a do adenovírus vetor. Por meio dessa técnica, o código genético do Sars-Cov-2, que é o vírus da covid-19, é inserido no adenovírus e este, ao ser administrado em seres humanos por meio da vacina, estimula as células do organismo a produzir uma resposta imune. 


O adenovírus é um vírus que possui uma capacidade natural de replicação no corpo humano, mas quando utilizado como imunizante, essa capacidade de reprodução deve estar neutralizada, o que não teria ocorrido no caso dos lotes da Sputnik avaliados pela Anvisa.    


"Um dos pontos críticos, cruciais, foi a presença de adenovírus replicante na vacina. Isso significa que o vírus, que deve ser utilizado apenas para carregar o material genético do coronavírus para as células humanas e promover a resposta imune, ele mesmo se replica. Isso é uma não conformidade grave", disse Mendes na segunda-feira. "Esse adenovírus replicante foi detectado em todos os lotes apresentados da vacina Sputnik", 


Esse procedimento, explicou o gerente-geral, está em desacordo com o desenvolvimento de qualquer vacina de vetor viral, de acordo com os parâmetros de autoridades regulatórias dos Estados Unidos e da União Europeia. Ele alertou que, uma vez no organismo humano, o adenovírus replicante poderia causar viroses e se acumular em tecidos específicos do corpo, como nos rins. 


*Matéria alterada às 19h24 para acréscimo de informações sobre o adenovírus replicante


Edição: Fábio Massalli

https://agenciabrasil.ebc

Homens Que Marcaram O Século XX: Michel Foucault

 



Homens Que Marcaram O Século XX: Michel Foucault 


Michel Foucault foi filósofo, professor, psicólogo e escritor francês. Dono de um estilo literário único, Foucault revolucionou as estruturas filosóficas do século XX ao analisá-las por meio de uma nova ótica. Profundamente influenciado por Nietzsche, Marx e Freud, o filósofo contemporâneo também recebeu influências do filósofo e amigo Gilles Deleuze, da medicina e da psiquiatria.


Podemos dividir o trabalho de Foucault em três partes distintas: uma produção que perdurou até a década de 1960, em que ele faz o que chamou de "arqueologia" das ciências humanas, da literatura, da escrita e do pensamento em geral; uma segunda fase, já nos anos 70, na qual o pensador preocupou-se com as formas de subjetivação e poder, tecendo análises filosóficas mediante o método genealógico; por último, a fase em que escreveu O cuidado de si, como o terceiro volume publicado da coletânea História da Sexualidade.



Biografia

Um dos mais importantes filósofos do século XX, Foucault modificou as estruturas metodológicas da filosofia e das ciências humanas. 


Paul-Michel Foucault nasceu no dia 15 de outubro de 1926, em Poitiers, na França. Seus pais chamavam-se Paul Foucault e Anna Malapert. O pai de Foucault era cirurgião e professor de anatomia, e os seus avôs (tanto o paterno quando o materno) também eram cirurgiões, o que mostra que a medicina sempre esteve presente na sua educação e formação. Porém, o jovem passou a interessar-se por história, o que decidiu o restante de sua carreira.


O interesse pela filosofia apareceu ainda na juventude de Foucault, o que o levou a uma busca precoce por leituras na área. Apesar dos anseios paternos para que o filho se tornasse médico, o jovem decidiu, a contragosto do pai, estudar Filosofia, posição apoiada por sua mãe, pessoa com quem o filósofo nutria uma relação muito afetuosa. Com seu pai, ao contrário, Foucault não se dava muito bem.


Foucault mudou-se para Paris, em 1945, e iniciou os seus preparos para ingressar no ensino superior. Nessa época, conheceu o filósofo e professor Jean Hyppolite, que apresentou ao novo aluno o pensamento de Hegel. Ingressou na École Normale da rue d'Ulm para estudar Filosofia no ano de 1946. Sua personalidade introspectiva foi acentuando-se ao longo do tempo no centro de estudos, pois o filósofo recusava cada vez mais o contato com os colegas, por conta do clima de disputa do local.



Ele tentou suicídio pela primeira vez em 1948 e passou a ser acompanhado por avaliações psiquiátricas constantes. Uma das causas que levaram ao problema psiquiátrico do filósofo foi a sua homossexualidade, ainda em fase de descoberta e em dificuldade de aceitação de si mesmo.


No ano de 1948, o filósofo licenciou-se em Filosofia e, no ano seguinte, em Psicologia. Tornou-se assistente de ensino na Universidade de Lille e terminou seu curso de Psicologia Patológica, em 1952. O filósofo lecionou e proferiu conferências e palestras em diversas universidades na França, Alemanha, Estados Unidos e Suíça, estando, inclusive, na Universidade de São Paulo (USP), em 1965 e 1975.


Foucault também trabalhou como psicólogo patologista em diversos hospitais psiquiátricos e presídios, o que forneceu elementos empíricos para a constituição de algumas de suas obras, como Vigiar e punir e História da loucura.


A publicação de As palavras e as coisas, em 1966, abriu portas para que o jovem professor de Filosofia e Psicologia se tornasse conhecido no cenário intelectual mundial. Ele ministrou cursos, palestras e conferências, participou de debates e desenvolveu uma vasta obra filosófica. Em 1968, Foucault, assim como Deleuze, Marcuse, Sartre e tantos outros professores universitários ilustres, envolveu-se com a luta estudantil deflagrada no mês de maio daquele ano na França, a qual atingiu setores educacionais no mundo todo. Na época, Foucault lecionava na Tunísia.


Logo após, em 1969, o pensador publicou A arqueologia do saber, livro que restaurou e encerrou a sua primeira fase de pensamento. Já em 1970, Foucault foi aceito em processo seletivo para ocupar a cátedra de Jean Hyppolite, no Collège de France, com a aula inaugural A ordem do discurso, publicada no mesmo ano.


Em 1975, ele publicou Vigiar e Punir - a história da violência nas prisões. No ano seguinte, publicou o primeiro volume da coletânea História da Sexualidade, intitulado A vontade de saber. Em 1984, publicou os dois últimos volumes da série, que deveria conter seis volumes, intitulados O uso dos Prazeres e Cuidado de Si. O motivo da interrupção do trabalho foi a morte do pensador aos 57 anos de idade. A sua morte decorreu de complicações causadas pela aids.


Amado por uns e odiado por outros, por conta de seus escritos, de sua visibilidade nos anos 70 e de sua atuação política, sempre voltada para a esquerda (mas sempre recebendo, também, duras críticas de pensadores e ativistas da esquerda), Foucault foi um dos filósofos mais aclamados do século XX.


Influenciado, principalmente, por filósofos e escritores como Marx, Freud, Bachelard, Lacan, Heidegger, Nietzsche, Blanchot, Sade, Kafka, entre outros, o seu tipo de escrita e de método filosófico, junto ao de pensadores como Nietzsche, Deleuze e Derrida, começou a ser chamado, por detratores, de pós-moderno.

O filósofo alemão Friedrich Nietzsche foi a maior influência do pensamento de Michel Foucault.

No âmbito acadêmico, alguns classificaram Foucault como pós-estruturalista, título que ele mesmo recusava. É fato que sua obra, assim como a de tantos outros, como a de seu amigo Deleuze, de Sartre, de Beauvoir e, como início de tudo, a de Nietzsche, rompeu com as estruturas tradicionais da Filosofia feita até o século XIX, essencial e dogmaticamente voltada para a análise estruturada da racionalidade e de suas formas.


Leia também: Filosofia contemporânea: período da filosofia que confronta os avanços tecnológicos


Principais ideias

Como foi dito, a obra foucaultiana pode ser dividida em três períodos: o Foucault arqueológico, o Foucault genealógico e o último Foucault. Os períodos apresentam ideias e temas diferentes sobre os quais o filósofo debruçou-se.


Período arqueológico

Ficou marcado por uma busca de estabelecer um estudo utilizando o que ele chamou de método "arqueológico" das estruturas das ciências humanas, em especial da História e das Ciências Sociais. Também foram examinadas à exaustão, nesse período, a Filosofia, a Linguística e a Literatura. As principais obras do período arqueológico são As palavras e as coisas e Arqueologia do saber.


Período genealógico

Esse período foi marcado, essencialmente, pela publicação das obras A verdade e as formas jurídicas, Vigiar e punir e Vontade de saber (esse último como o primeiro volume de História da Sexualidade). Nesse momento, o filósofo francês passou a se preocupar com as formas de poder e subjetivação na sociedade.


Profundamente influenciado por seus anos de clínica psicológica em manicômios e prisões e pelo método genealógico de Nietzsche (ferramenta intelectual adaptada e aprimorada por Foucault para o seu trabalho), o filósofo passou a tentar estudar, por meio de uma complexa reconstrução histórica e cultural de cenários complexos, a formação do que ele denominou de sociedade disciplinar.


Segundo o filósofo, a humanidade seria organizada em formas diferentes e em momentos diferentes mediante o modo que ela lida politicamente com elementos relacionados à vida (biopolítica). Entre esses modos de organização, o filósofo encontrou, entre as sociedades modernas e a sociedade contemporânea, uma diferença crucial, em especial o modo de domínio político nas antigas monarquias e nos sistemas políticos recentes. O pensador caracterizou essas diferenças como relações microfísicas e macrofísicas, descritas a seguir:


Macrofísica do poder: o poder existia e era exercido em grande escala (macro) por meio do monarca, que era o único responsável por aplicar, pelo medo, a atividade necessária para controlar as vontades díspares mediante sua própria vontade.


Microfísica do poder: relacionada ao poder exercido pelo que ele chamou de sociedade disciplinar, era uma rede de poderes pequenos, exercidos em pequenos núcleos sociais por meio da aplicação de técnicas disciplinares que docilizariam os corpos das pessoas, treinando-os para as atividades diversas. A escola, a igreja, o quartel, a fábrica, a cadeia e o hospital seriam instituições disciplinares que aplicam a disciplinarização dos corpos, enquanto os líderes de pequenos núcleos de poder, como os pais na família patriarcal, exercem algum tipo de poder microfísico em cima das pessoas subjugadas a ele.


Período final ou o último Foucault

Nietzsche aparece mais uma vez na teoria foucaultiana, dessa vez com mais força. O filósofo francês utilizou as teorias de seu influenciador alemão, sobretudo nas análises dele sobre os gregos antigos, para imergir na cultura grega em O uso dos prazeres e desvendar o modo como a sociedade grega encarava a sexualidade.


Nesse último período, uma nova maneira ética também apareceu e deu nome, “Cuidado de si”, ao seu último escrito publicado. Os dois últimos volumes de História da Sexualidade, além de artigos acadêmicos, compõem a totalidade da obra publicada no último Foucault.


Obras de Michel Foucault

História da loucura: utilizando-se do método arqueológico, o filósofo buscou a compreensão de como se chegou a tratar e a entender a loucura como fizeram os psiquiatras e manicômios até o século XX. O livro levantou um debate, há muito tempo necessário, sobre a crueldade dos manicômios e a necessidade do entendimento mais profundo das desordens psiquiátricas como, muitas vezes, desordens sociais.


As palavras e as coisas: Foucault entende que o que dissemos ser "o homem" surgiu recentemente no âmbito do saber. Nesse livro, ele analisa o modo como as ciências, sobretudo as humanidades, constituem-se e modificam-se, tornando-se outras ciências ou outros modos de pensar, entre os séculos XVI e XVIII, partindo, inicialmente, da linguagem.


A Arqueologia do saber: livro que trata de uma resposta às críticas do livro anterior e explica, de maneira mais detalhada, o chamado método arqueológico de entendimento das ciências humanas.


Vigiar e punir: livro sobre a história das instituições disciplinares, da punição, do poder disciplinar do corpo e das cadeias como formas de aplicação da disciplina por excelência. É nessa obra que o filósofo apresenta o pan-óptico, proposto por Jehremy Bentham no século XVIII, relacionando-o à vigilância constante de nossa sociedade, e faz uma comparação entre a cadeia e as demais instituições disciplinares, como a escola, a fábrica e o hospital.


História da sexualidade: a série de livros, quando anunciada, prometia um total de seis publicações. No entanto, a interrupção da coletânea ocorreu quando ela estava pela metade em decorrência da morte precoce de Foucault. Os volumes dessa obra atestam a mudança de foco do filósofo, de um método genealógico no entendimento das formas de poder a um pensamento voltado para entender as questões biopolíticas relacionadas ao corpo e da relação das pessoas com as subjetividades mediante a questão corpórea.


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quarta-feira, 28 de abril de 2021

Homens Que Marcaram o Século XX: Marcello Mastroianni




 Marcello Mastroianni

Ator italiano nascido a 28 de setembro de 1924, em Fontana Liri, e falecido a 19 de dezembro de 1996, em Paris, vítima de cancro no pâncreas.


Durante a Segunda Grande Guerra, foi capturado pelo exército nazi e enviado para um campo de concentração. Conseguiu fugir, instalando-se em Veneza, onde esperou pelo fim do conflito.


Juntou-se a uma compania de teatro amador itinerante e, durante uma representação, chamou a atenção de Luchino Visconti que o convidou a protagonizar a peça teatral Um Elétrico Chamado Desejo.


Gradualmente, tornou-se um dos atores mais promissores do panorama artístico italiano e começaram a surgir os primeiros convites para fazer cinema.


Estrear-se-ia em I Miserabili (Os Miseráveis, 1948), mas só ganhou alguma projeção quando protagonizou ao lado de Sophia Loren a comédia Peccato Che Sia una Canaglia (Que Pena Seres Vigarista, 1955).


Mas o filme que lhe deu maior notoriedade a nível internacional foi La Doce Vita (A Doce Vida, 1960) de Fellini. O seu retrato de jornalista desiludido com a vida tornou-o extremamente popular entre os cinéfilos.


Dois anos depois, era apresentado a Hollywood, obtendo a nomeação para o Óscar de Melhor Ator com o seu trabalho na comédia Divorzio All'Italiana (Divórcio à Italiana, 1962).


O seu retrato de aristocrata siciliano falido tornou-o no primeiro ator europeu a ser nomeado para o Óscar de Melhor Ator por um trabalho num filme falado em língua que não a inglesa.


Continuou a demonstrar o seu talento em filmes de culto como Otto e Mezzo (Fellini Oito e Meio, 1963), Lo Staniero (O Estrangeiro, 1967) e La Grande Bouffe (A Grande Farra, 1973).


Em 1972, iniciou uma longa relação afetiva com Catherine Deneuve de quem viria a ter uma filha, Chiara Mastroianni, que seguiria a carreira dos progenitores.


Mastroianni viria a ser nomeado por mais duas vezes para o Óscar de Melhor Ator: pelo seu trabalho em Una Giornata Particulare (Um Dia Inesquecível, 1977) de Ettore Scola, onde incorporou um atormentado homossexual, e por Oci Ciornie (Olhos Negros, 1987) de Nikita Mikhalkov onde interpretou o papel de um rico arquiteto que se arrepende de ter traído as convicções idealistas que defendera quando novo para embarcar num casamento por interesse com a filha de um banqueiro.


Trabalharia ainda com Federico Fellini em La Città Delle Donne (A Cidade das Mulheres, 1980) e Ginger e Fred (1986) e com Ettore Scola em La Nuit de Varennes (A Noite de Varennes, 1982). Marcou também presença em dois filmes portugueses: Sostiene Pereira (Afirma Pereira, 1996) e Viagem ao Princípio do Mundo (1997), que viria a ser o seu último filme.

Homenagem aos 90 anos de Marcello Mastroianni


https://www.infopedia.pt/

Um dos maiores colunistas de Pernambuco: João Alberto: 50 anos de muitas histórias


 João Alberto: 50 anos de muitas histórias

Publicado em 29/01/2020 por Revista algomais 


Foto: Tom Cabral

Quando João Alberto assinou sua primeira coluna social no Diario de Pernambuco, o Brasil e o Estado viviam um cenário completamente diferente. O País estava sob o comando da ditadura militar. No esporte, a seleção de futebol se preparava ainda para o tricampeonato mundial. O Porto de Suape, uma das âncoras da nossa economia atual, nem estava no papel. Enquanto isso, no jornalismo, era o mais antigo impresso da América Latina quem estava inovando. O jovem repórter, que começou a escrever no Jornal da AABB e passou na redação do Diario pelas mais variadas coberturas, começava a se posicionar no colunismo social com o destaque que carrega por 50 anos. Nesse jubileu de ouro da sua atividade profissional, ele coleciona boas histórias.


Responsável por uma das mais antigas colunas na imprensa brasileira, João Alberto começou a escrever um tanto por acaso, quando ainda era aluno da Escola de Cadetes no Ceará. Com facilidade nas disciplinas exatas, após um desentendimento com um professor, ele o desafiou: “o senhor ainda me dará uma nota 10 em redação”. O professor topou o desafio. Sua turma se mobilizou para ajudar o “caçulinha” (era o mais novo do grupo) a atingir a meta. Ele foi aprovado com a nota máxima.

Essa brincadeira na escola rendeu outros frutos, como o emprego no Banco do Brasil. Sim, João Alberto foi bancário por alguns anos. No concurso que ele prestou, o tema da redação foi o mesmo do desafio sobre a frase “Ordem e Progresso”. Aprovado, veio para o Recife, onde criou um jornal da classe, produzido com um mimeógrafo. Em um período que a AABB (clube dos funcionários do banco) tinha uma alta atividade social, João Alberto levava aquelas publicações para as grandes redações da cidade.


Da circulação dos jornais na redação, surgiu o convite para um estágio no Diario e os primeiros passos da nova carreira. Por anos, dividiu a atividade jornalística com a de bancário. “Não tinha repórter setorizado. Eu fazia polícia, economia, corpo consular, muito aeroporto, onde entrevistávamos as pessoas importantes que desciam no Recife”, conta João Alberto. Aos 18 anos, chegou a ser preso numa pauta no terminal aéreo dos Guararapes, por furar um bloqueio estabelecido pela política aeronáutica.


“O jornalismo na minha época era muito diferente. Havia muita gente nas redações. As matérias eram batidas na máquina de escrever, em uns papéis pautados. Era um jornalismo muito artesanal. Tudo mudou rapidamente com as novas tecnologias. Fui o primeiro jornalista a usar o computador em Pernambuco. Na época era uma coisa horrorosa! Um amigo prometeu me ensinar. Fiz um curso com ele e isso mudou muito nosso trabalho”, relatou.

Antes da Era WhatsApp, ele chegou a fazer mais de 40 ligações por dia para fechar sua coluna. “E era uma dificuldade para conseguir linha para fazer um telefonema. Às vezes esperávamos até 15 minutos. Por isso, muito do nosso trabalho era ainda de um jornalismo pé no chão. Circulávamos pela cidade caminhando ou pelo Jeep do jornal”. Desse tempo, ele afirma sentir falta da convivência com as equipes. “Tinha mais calor humano.”

Uma das pautas que ele não esquece foi quando colocou na cabeça que queria ganhar o Prêmio Esso. Ele reportou uma viagem de caminhão de uma transportadora do Recife até São Paulo levando cargas. “Foram 10 dias. Uma miséria, o caminhão atolava, não tinha onde dormir. Era uma verdadeira aventura. A reportagem foi bonita. Mas recebeu uma mísera menção honrosa (risos). Na época eram muitas menções honrosas”.


Ele conviveu muito tempo também com a censura. Um major acompanhava a redação, que não permitia nenhuma publicação relacionada a Dom Helder Camara, por exemplo. Um período cheio de tensões, mas também de “causos”. João Alberto conta que certa vez um fotógrafo colocou esporas, feitas com papel fotográfico, na bota do militar. “Esse major foi para o Cinema São Luiz sem perceber. À noite chegou decidido a prender o autor da brincadeira. Mas ninguém entregou”, contou entre risos.

Também conta de forma humorada que os maiores problemas, quando editava um suplemento do Diario, eram os artigos de Ricardo Noblat, . “Noblat colocava nas entrelinhas tudo que era safadeza e toda segunda-feira eu ia para a Polícia Federal me explicar. Fui várias vezes graças a ele”, recordou.


Se tem repórter que é resistente a novidades, João Alberto diz que sempre procurou ficar antenado com as tendências do que acontecia na comunicação. Sempre que viajava, comprava jornais, mesmo quando não conhecia o idioma. O objetivo era conhecer os formatos que estavam sendo testados mundo à fora. “Estou sempre me atualizando.”

Além do jornal impresso e colunista da Algomais, ele buscou uma atuação multimídia. Escreve o blog, está nas redes sociais e na TV. Para o futuro, João Alberto revela que não tem mais sonhos. Realizado, ele diz que já cumpriu tudo o que sonhava para sua carreira.


Ouça a nossa conversa com João Alberto, repleta de histórias engraçadas (uma inédita sobre um ex-governador do Estado), no primeiro episódio de 2020 do Pernambucast, o podcast da Revista Algomais.


https://revista.algomais.com

8 filmes para conhecer Federico Fellini, mestre do cinema italiano. O cineasta icônico completaria 101 anos em 2021

Federico Fellini (Foto: Reprodução)

 8 filmes para conhecer Federico Fellini, mestre do cinema italiano 


O cineasta icônico completaria 101 anos em  2021


CAMILLA MILLAN I @CAMILLAMILLAN 


Diretor e roteirista, o italiano Federico Fellini lançou obras aclamadas que continuam a inspirar novos cineastas e admiradores da sétima arte. Os filmes - mistura de memórias, sonhos e desejo - fizeram de Fellini um ícone da fantasia, e conseguiram transportar para a telona uma visão pessoal do cineasta acerca da sociedade. 


Não à toa o termo “Fellienesco” se instaurou no cinema. Usada para descrever cenas com imagens alucinógenas que invadam uma situação comum, a expressão representa a influência de Fellini no modo de fazer e pensar as produções. 


A Estrada (1955)

Fellini dirigiu 20 filmes, entre eles os famosos La Dolce Vita e 8 e Meio. A filmografia do cineasta rendeu mais de 12 indicações ao Oscar, além de 4 vitórias na categoria Melhor Filme em Língua Estrangeira e do Prêmio Honorário da Academia.


O diretor morreu de ataque cardíaco em 1993, aos 73 anos, mas continua como uma grande referência, eternizado nas próprias obras. Cineastas como David Lynch, Stanley Kubrick, Martin Scorsese, Tim Burton e Pedro Almodóvar já citaram Fellini como inspiração para grandes trabalhos.


Em 20 de Janeiro de 2021 , Fellini completaria 101 anos - e a Rolling Stone Brasil separou 8 filmes para conhecer melhor o cineasta: 

Filmes de Fellini


A Estrada (1955)


Noites de Cabíria (1957)


La Dolce Vita (1960)


Oito e Meio (1963)


Satyricon (1969)


Roma (1972)


Amarcord (1973)


Casanova (1976)



https://rollingstone.uol.

Primeiro lote de vacinas da Pfizer chega amanhã ao Brasil. As doses serão distribuídas para os 26 estados e o Distrito Federal


 Primeiro lote de vacinas da Pfizer chega amanhã ao Brasil

As doses serão distribuídas para os 26 estados e o Distrito Federal


Publicado em 28/04/2021 - 16:51 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

https://agenciabrasil.ebc.com.br/

O primeiro lote de vacinas da Pfizer chega amanhã (29) ao Brasil. No total, 1 milhão de doses serão transportadas em voo que chegará ao Aeroporto de Viracopos, com aterrissagem prevista para as 19h.


As doses serão distribuídas para os 26 estados e o Distrito Federal. Segundo o Ministério da Saúde, a orientação é que sejam priorizadas as capitais devido às condições de armazenamento da vacina, que demanda temperaturas muito baixas.


Conforme o Ministério da Saúde, os entes federados receberão de forma proporcional e igualitária. Os frascos serão entregues em temperaturas entre -25ºC e -15ºC, cuja conservação pode ser feita apenas durante 14 dias. Após entrar na rede de frio, com temperaturas de armazenamento entre 2ºC e 8ºC, o prazo para aplicação é de cinco dias.


Por essa razão, o Ministério informou que enviará duas remessas diferentes. Cada uma delas terá 500 mil doses e será referente, respectivamente, às primeira e segunda doses que cada cidadão deverá receber.  


O Ministério da Saúde comprou 100 milhões de doses do imunizante. Em março, em reunião com a farmacêutica, a pasta apresentou a previsão de que até junho seriam entregues 13,5 milhões de doses.


 


Edição: Fernando Fraga

Extraordinária: você acredita que até o véu desta escultura é de mármore? A "Virgem Velada", (Sugestão dos alunos da 3ª Série do Ensino Médio Giovana e Cauã Rafael) UI/Performance



Extraordinária: você acredita que até o véu desta escultura é de mármore?


  Fontes :https://pt.aleteia.org

              https://pt.wikipedia.org/


A "Virgem Velada", busto de Nossa Senhora, dá a impressão de que há um véu transparente sobre a estátua; na verdade, toda esta obra-prima é uma peça única

A“Virgem Velada” é uma escultura em mármore de Carrara que retrata o busto da Virgem Maria sob um véu. Talhada em peça única pelo escultor italiano Giovanni Strazza (1815–1878) no início da década de 1850, a obra-prima feita em Roma foi transportada para a então colônia de Terra Nova, no Canadá, em 1856, conforme foi registrado em 4 de dezembro daquele ano pelo bispo dom John Thomas Mullock:


“Foi recebida de Roma, com segurança, uma bela estátua da Santíssima Virgem Maria, em mármore, de Strazza. O rosto está velado e é possível ver a sua feição e as suas características. É uma perfeita obra de arte”.

A “Virgem Velada” foi mantida no palácio episcopal, próximo à catedral de St. John’s , até 1862, quando dom Mullock a presenteou à madre Maria Madalena O’Shaughnessy, superiora do Convento da Apresentação de Maria, sob cujos cuidados permanece.

O nacionalismo italiano estava em ascensão em meados do século XIX. A Virgem Velada de Strazza é um notável exemplo do movimento de arte nacionalista italiano chamado Risorgimento. A imagem da mulher velada pretendia simbolizar a Itália, assim como Britânia simbolizava a Grã-Bretanha, Hibernia simbolizava a Irlanda e a Estátua da Liberdade simbolizava os Estados Unidos. Pietro Rossi e Raffaelle Monti foram os mais importantes contemporâneos italianos de Strazza, que também esculpiram mulheres veladas.


 

terça-feira, 27 de abril de 2021

COMO A SEGUNDA MULHER A VENCER O OSCAR DE MELHOR DIREÇÃO ENFURECEU A CHINA



Chlóe Zhao com suas duas estatuetas do Oscar - Getty Images

COMO A SEGUNDA MULHER A VENCER O OSCAR DE MELHOR DIREÇÃO ENFURECEU A CHINA

Chloé Zhao foi homenageada como melhor diretora pela Academia, mas sua conquista inédita na premiação foi ignorada em seu país natal

ALANA SOUSA PUBLICADO EM 27/04/2021


A edição de 2021 do Oscar foi marcada pela diversidade. A premiação da indústria cinematográfica, conhecida por agraciar principalmente artistas brancos, fez história ao homenagear negros e asiáticos — alguns pela primeira vez desde a criação, no ano de 1929, como foi o caso de Youn Yuh-jung, primeira atriz sul-coreana a vencer como 'Melhor Atriz Coadjuvante'.

Entre um dos maiores premiados pela Academia, no último domingo, 25, está a produção Nomadland, lançada em 2020. O filme acompanha a história de uma mulher que perde tudo na Grande Recessão e passa a viver como uma nômade moderna no Oeste americano. O roteiro foi adaptado da obra Nomadland: Surviving America in the Twenty-First Century (Nomadland: Sobrevivendo à América no século 21, em tradução livre para o português), de Jessica Bruder. 

Com seis indicações, Nomadland venceu nas categorias ‘Melhor Filme’, ‘Melhor Atriz’, pela atuação de Frances McDormand e, uma das mais relevantes do Oscar: ‘Melhor Direção’ para Chloé Zhao. A cineasta se tornou a segunda mulher a receber a honraria e a primeira asiática a vencer na categoria.  

Em seu discurso de aceitação, Zhao dedicou o prêmio para as pessoas corajosas: "Sempre achei bondade nas pessoas que conheci — em todos os lugares do mundo. Esse Oscar é para qualquer pessoa que tem a coragem de se manter boa e ver o que há de bom nos outros”. 

A diretora ainda enfatizou detalhes de sua crença pessoal na bondade. “Eu me lembro de um chamado 'The Three Character Classic', e ele dizia: 'As pessoas, ao nascer, são boas'. Essas palavras tinham muito impacto quando eu era criança, e ainda acredito nelas”, disse ela. 

A vitória inédita da cineasta repercutiu mundo afora, nos mais importantes veículos midiáticos, dando destaque à relevância de ter uma mulher com descendência asiática em uma plataforma de tamanha abrangência. Porém, um lugar específico optou por abafar a conquista de Chloé: seu país natal, a China.  

A censura da China 

Ainda que, na época do Globo de Ouro, a China tenha repercutido com orgulho o sucesso de Zhao e de Nomadland com publicações que incentivavam o povo a ir assistir a produção nos cinemas, quando comentários feitos pela cineasta, em 2013, ressurgiram, a história mudou completamente. 

Zhao nasceu em Pequim, onde viveu até os 14 anos; então foi viver na Inglaterra, e depois se formou em Los Angeles. Ao comentar sobre o período de mudança da China para Londres em entrevista à revista Filmmaker, a chinesa afirmou: “Isso remonta a quando eu era adolescente na China, em um lugar onde há mentiras por toda parte”. 

“Você sentiu que nunca seria capaz de sair. Muitas informações que recebi quando era mais jovem não eram verdadeiras e tornei-me muito rebelde em relação à minha família e ao meu passado. Fui para a Inglaterra de repente e reaprendi minha história. Estudar Ciência Política em uma faculdade de artes liberais foi uma maneira de descobrir o que é real. Arme-se com informações e, em seguida, desafie-as também”, acrescentou Zhao na época. 

Ao se deparar com tais comentários, as autoridades da China decidiram retirar do ar todas as matérias que mencionavam as conquistas da diretora, incluindo sua vitória no Oscar. Segundo o The Guardian, 40 mil reportagens despareceram do Weibo, uma das redes sociais mais usadas pela população chinesa. 

A Reuters também anunciou a censura do país asiático com o trabalho de Chloé Zhao. Conforme informou a agência de notícias, uma transmissão ao vivo do Oscar foi bloqueada pelo Grande Firewall chinês por cerca de duas horas. A justificativa em ambas as ocasiões foi de que o conteúdo havia sido removido “de acordo com as leis, regulamentos e políticas pertinentes”. 

Embora tenha se lembrado de sua infância e dos poemas chineses no palco principal do Oscar, parece que os comentários de 2013 tiveram um peso maior para o governo chinês. Ainda assim, é impossível negar a conquista não só de Zhao, mas de seu país, na Academia. 

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Cinema Expressionista alemão: Filme: Nosferatu (1922) -




Cinema Expressionista alemão: Filme: Nosferatu (1922) -

  “Nosferatu - Uma Sinfonia do Horror” (Nosferatu, eine Symphonie des Grauens), de F.W. Murnau (1922) Nosferatu é um filme clássico do expressionismo alemão. Produzido em 1922, suas imagens de horror ainda conseguem nos surpreender. Foi baseado em Drácula, de Bram Stoker (1897). 

O diretor F. W. Murnau não conseguindo os direitos autorais com a viúva de Stoker, acabou produzindo uma versão independente, cuja narrativa preserva o enredo original de Stoker (uma das versões de Nosferatu apresenta o nome de cada personagem com seu equivalente no romance de Stoker). 

Ao invés de Conde Drácula, Nosferatu é Conde Orlok, uma das mais fiéis representações filmicas do vampiro. Alto, esguio, esquálido, com orelhas, nariz e dentes pontiagudos, Murnau consegue representar com sucesso a figura do personagem macabro de Stoker. Na verdade, o horror se transfigura em Nosferatu. 

É a própria representação (e expressão imagética) do Mal e do estranhamento sugerido pela figura mítica do vampiro. O conteúdo do Mal se exprime com vigor na forma de apresentação do personagem. De fato, nunca o cinema de horror conseguiu expressar com tanta fidelidade a dimensão macabra da lenda do vampiro como em Nosferatu, de F.W. Murnau.

 

EM ENTREVISTA, BILL GATES AFIRMA QUE FIM DA PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS ESTÁ PRÓXIMO


 Fotografia do bilionário Bill Gates - Wikimedia Commons


EM ENTREVISTA, BILL GATES AFIRMA QUE FIM DA PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS ESTÁ PRÓXIMO

Para o magnata, a preparação para futuras pandemias é uma ‘prioridade máxima’. Confira!


PENÉLOPE COELHO PUBLICADO 



De acordo com informações publicadas pelo portal Exame, recentemente, o filantropo e bilionário Bill Gates, deu uma entrevista para a rede de televisão Sky News. Na ocasião, o homem se mostrou esperançoso para o final da pandemia do novo coronavírus, à medida que a vacinação avança no mundo.


Quando questionado se acredita na possibilidade de que o mundo esteja ‘completamente de volta ao normal’ até o final de 2022, o cofundador da Microsoft deu uma resposta positiva. Anteriormente, no final de 2020, Gates havia dito que tudo estaria melhor em abril de 2021.


Na recente entrevista, Billpontuou a importância da vacinação em âmbito mundial e afirmou que mesmo que a doença não seja erradicada, os números de casos devem diminuir consideravelmente:


"Alguns dos países ricos, incluindo os EUA e o Reino Unido, mesmo neste verão chegarão a altos níveis de vacinação e que ficaremos liberados para que possamos distribuir vacinas para todo o mundo no final de 2021 e até 2022 e, portanto, não teremos erradicado essa doença, mas seremos capazes de reduzi-la a números muito pequenos no final de 2022”, afirmou o empresário.


O norte-americano também pontuou a importância de se preparar para futuras pandemias, de acordo com Gates essa é uma “prioridade máxima”. Em decorrência dos problemas econômicos e psicológicos causados pelo novo coronavírus, o homem acredita que a geração que vivencia essa pandemia irá se lembrar disso.


Sobre a Covid-19

De acordo com as últimas informações divulgadas pelos órgãos de saúde, atualmente, o Brasil registra 14,4 milhões de pessoas infectadas, e as mortes em decorrência da doença já chegam em 392 mil no país.  


Em 1º de dezembro de 2019, o primeiro paciente apresentava sintomas do novo coronavírus em Wuhan, epicentro da doença na China, apontou um estudo publicado na revista científica The Lancet em fevereiro deste ano. 


De lá pra cá, a doença já infectou 148 milhões de pessoas ao redor do mundo, totalizando mais de 3,12 milhões de mortes


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O Cinema Expressionista: Filme O HOMEM QUE RI (1928)



 Por Luiz Santiago


O Homem Que Ri (1928), adaptação da obra homônima de Victor Hugo, foi o penúltimo filme do diretor Paul Leni, já em sua fase americana. Leni vinha da escola expressionista alemã, onde dirigiu 18 filmes (curtas e longa-metragens), dentre os quais, O Gabinete das Figuras de Cera (1924), ao lado de Leo Birinsky.


Além de dirigir filmes, Paul Leni trabalhou como diretor de arte para muitos cineastas na Alemanha, o que explica o cuidado estético, tanto em cenários quanto em fotografia, de suas próprias produções. Ele esteve à frente da equipe artística de diretores como Ernst Lubitsch (Rausch, 1919); Alexander Korda (O Dançarino de Minha Esposa, 1925); e Michael Curtiz (Fiaker Nº13 e A Borboleta Dourada, 1926).


A estreia do diretor nos Estados Unidos foi com o filme O Gato e o Canário (1927), produzido por Paul Kohner, para a Universal Pictures, o mesmo produtor e o mesmo Estúdio que um ano depois lançariam O Homem Que Ri. O filme conta a história de Gwynplaine, uma criança que é entregue pelo rei James II a um grupo de ciganos. A atitude do monarca é para vingar-se do pai de Gwynplaine, acusado de trair o rei. Nas mãos dos ciganos, Gwynplaine passa pela mesa de operações do Dr. Hardquanonne, que corta-lhe os cantos da boca a fim de dar-lhe um eterno sorriso e transformá-lo em uma atração circense.


Quando os ciganos “comprachicos” são expulsos da Inglaterra, Gwynplaine é deixado para trás. Na mesma noite, encontra Dea, um pequeno bebê cego; e Ursus, o homem que o irá acolher, alimentar e criar. A história segue com os protagonistas já adultos e traz intrigas da Corte, fortes sentimentos e um final emocionante, porém distinto da obra de Hugo, que finaliza de maneira trágica a trama do casal protagonista.


Como não podia deixar de ser, os cenários do filme e toda a equipe técnica são admiráveis aqui. A construção de salões e quartos reais, feiras, atrações circenses e docas da cidade recebem tantos detalhes que é difícil não ficar admirado. Com a fotografia belíssima de Gilbert Warrenton e elenco afinado, o longa consegue trazer de maneira impactante os sentimentos do “Homem que Ri”, o homem que, apesar de sua aparência, é amado mas se recusa a aceitar esse amor, por julgar-se indigno dele.


A maldade humana é um dos elementos mais presentes em toda a narrativa. Desde a primeira sequência do rei James II com o bobo Barkilphedro, percebemos o forte contraste moral entre os grupos de personagens, contraste que se arrasta até o desfecho. Essa característica vinda da obra literária é explorada exageradamente pelo texto, o que acaba conferindo a uma parte do filme uma atmosfera melodramática, indo na direção contrária ao realismo e críticas sociais presentes no restante da narrativa.


Conrad Veidt dá vida ao personagem principal e brilha imensamente em sua interpretação. O ator já tinha trabalhado algumas vezes com Paul Leni e já tinha vivido um personagem bastante parecid com Gwynplaine (o Cesare, de O Gabinete do Dr. Caligari), mas o que ele realiza em O Homem Que Ri vai bem mais além. A difícil caracterização do personagem, que o obrigava a atuar com uma prótese para que os cantos da boca fossem esticados em um sorriso permanente, e sua emotiva interpretação (com direito a lágrimas verdadeiras) são responsáveis por nos presentear com uma das personificações mais inesquecíveis do cinema silencioso.


Em 1943, Bill Finger e Bob Kane fizeram uso de uma foto de Conrad Veidt em O Homem Que Ri para criar o mais notável inimigo do Batman: o Coringa, que muitas décadas depois protagonizaria uma história com esse mesmo nome.


O Homem Que Ri é o representante de um momento único do cinema hollywoodiano, um dos pioneiros a utilizar o som no cinema (o filme é mudo na maior parte do tempo, tendo apenas sons gravados de ajuntamento de pessoas e alguns sons do ambiente), além de dar vida a uma poderosa história de Victor Hugo. Um verdadeiro clássico.


O Homem Que Ri (The Man Who Laughs) — EUA, 1928

Direção: Paul Leni

Roteiro: J. Grubb Alexander (baseado na obra de Victor Hugo)

Elenco: Mary Philbin, Conrad Veidt, Julius Molnar, Olga Baclanova, Brandon Hurst, Cesare Gravina, Stuart Holmes, Sam De Grasse, George Siegmann, Josephine Crowell

Duração: 110 min.


https://www.planocritico.com/