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domingo, 18 de abril de 2021

Covid-19: governadores pedem ajuda à ONU para obter vacinas



                         


Covid-19: governadores pedem ajuda à ONU para obter vacinas


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Até agora Brasil recebeu apenas 1 milhão de doses do Covax Facility

 

Publicado em 16/04/2021 - 20:46 Por Jonas Valente - Repórter da Agência Brasil - Brasília


O Fórum de Governadores se reuniu hoje (16) com representantes da secretária-geral adjunta da Organização das Nações Unidas (ONU), Amina Mohamed, e com representantes da Organização Mundial de Saúde (OMS) para solicitar auxílio na viabilização de mais doses de vacinas. Os governantes estaduais defenderam um tratamento especial ao Brasil como uma “ajuda humanitária” diante do reconhecimento dos órgãos internacionais de que o país é o novo centro da pandemia.


Os governadores solicitaram apoio das instituições internacionais para destravar o repasse de doses previstas no acordo do mecanismo Covax Facility, consórcio coordenado pela OMS. Segundo o coordenador do Fórum, o governador do Piauí, Wellington Dias, o Brasil teria direito a 9,1 milhões de doses oriundas do mecanismo, mas só recebeu até o momento 1 milhão.


“Haverá esforço para que uma entrega que estava prevista para maio possa ser antecipada para até o fim de abril, de 4 milhões de doses. Vamos tratar com Coreia, Índia e China, que estão neste esforço de produção [dos imunizantes]. Até o mês de maio completa essa entrega e maio-junho tem perspectiva de regularização”, declarou Dias em entrevista coletiva após a reunião.


Outro pleito foi a participação de tratativas junto à Índia para enviar 15 milhões de Ingredientes Farmacêuticos Ativos (IFAs) – as matérias-primas chave da fabricação de uma vacina - para a produção e novas doses da vacina CoronaVac, desenvolvida a partir de uma parceria entre Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac.


Os 15 milhões de IFAs foram prometidos e seriam disponibilizados pelo laboratório Serum, da Índia. Contudo, com a explosão de casos nesse país os insumos e produção de imunizantes estão sendo voltados para atender ao mercado interno.


A demanda dos governadores é que sejam entregues até o fim de abril pelo menos 10 milhões de IFAs ou de doses prontas da Coronavac pela China. Isso porque eles alertam para o risco da falta desta quantidade deixar pessoas desprotegidas sem a aplicação da 2ª dose ainda no mês de abril.


Transferência de tecnologia

Tanto no caso da CoronaVac quanto no da vacina de Oxford/AstraZeneca, o Fórum defendeu a atuação da ONU e OMS na interlocução com as farmacêuticas para antecipar a transferência de tecnologia aos laboratórios brasileiros: o Instituto Butantan e a Fiocruz, respectivamente.


Tal antecipação permitiria que as duas instituições passassem a produzir novas doses inteiramente no Brasil, sem dependência do envio de insumos de outros países, o que agilizaria o atendimento do mercado interno.


Os governadores requisitaram aos representantes dos dois organismos internacionais ajuda na intermediação também junto ao governo e Congresso dos Estados Unidos para alterar a proibição de exportação do excedente de vacinas produzidas no país.


A expectativa do governo estadunidense é imunizar toda a sua população até maio. A previsão de é que sobrem doses. Os governadores querem que a venda ou empréstimo de parte deste excedente sejam autorizados ao Brasil como uma situação excepcional de “ajuda humanitária”.


Insumos e patentes

Os governadores também trataram do colapso no sistema de saúde nacional e da falta de insumos, especialmente dos medicamentos que fazem parte do chamado “kit intubação”, usado no suporte ventilatório de pacientes com covid-19. Eles requisitaram à secretária-geral adjunta da ONU auxílio no diálogo com países que possuam estoques desses medicamentos que que possam disponibilizá-los.


Outra proposta apresentada foi que, a exemplo do que ocorreu no caso das drogas para tratamento de pessoas com HIV/AIDS, ocorra uma quebra das patentes para que outros laboratórios possam também produzir as vacinas.


 


Edição: Claudia Felczak

D. Pedro I ( Imperador do Brasil de 1822 a 1831)


 Dom Pedro I foi imperador do Brasil de 1822 a 1831


D. Pedro I


HISTÓRIA DO BRASIL

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Dom Pedro I é um dos grandes nomes da história do Brasil. Foi um dos condutores do processo de independência, além de ter sido imperador brasileiro de 1822 a 1831. Filho de d. João VI, rei de Portugal, Dom Pedro I ficou conhecido ao longo de sua vida por ser impulsivo e mulherengo.


Durante seu reinado sobre o Brasil, a sua grande marca foi o autoritarismo e, por esse motivo, sua relação com as elites do Brasil desgastou-se ao ponto de d. Pedro renunciar ao trono, em 1831. Depois disso, retornou a Portugal, onde lutou na Guerra Civil Portuguesa, em defesa do direito de sua filha d. Maria assumir o trono português.


Biografia]

D. Pedro foi uma das figuras mais importantes da história brasileira e esteve envolvido em acontecimentos marcantes. Herdeiro da dinastia Bragança, abriu mão do seu direito de ocupar o trono português para assumir o trono brasileiro.


Nome completo de D. Pedro I

Uma das maiores curiosidades que envolvem d. Pedro I é o seu nome completo, que ficou bastante famoso por ser um nome consideravelmente longo: Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon.


Juventude


Pedro de Alcântara nasceu em Lisboa, no dia 12 de outubro de 1798. Era filho de d. João VI e d. Carlota Joaquina, príncipe e princesa de Portugal na ocasião do nascimento de Pedro (d. João VI e Carlota Joaquina só se tornaram rei e rainha em 1816). O menino era o quarto filho do casal (o segundo filho homem), mas acabou tornando-se o herdeiro do trono português quando d. Antônio de Bragança, seu irmão mais velho, morreu.


Ainda na infância, d. Pedro veio para o Brasil em decorrência da transferência da Corte portuguesa para cá. Isso aconteceu porque Portugal seria invadido por tropas francesas e, para evitar ser prisioneiro de Napoleão, d. João VI decidiu por mudar-se para o Rio de Janeiro. Quando isso aconteceu, d. Pedro tinha nove anos de idade.


No Rio de Janeiro, d. Pedro ficou instalado no Palácio de São Cristóvão, local que abrigava o Museu Nacional – recentemente destruído por um incêndio. Teve uma instrução de qualidade, como era de praxe para membros da realeza, embora os biógrafos afirmem que d. Pedro era pouco dedicado aos estudos. Um de seus mestres, d. Antônio de Arábida, acompanhou-o durante sua vida.


Na passagem da infância para a adolescência, d. Pedro demonstrava uma provável hiperatividade, uma vez que não conseguia ficar sem ter algum tipo de ocupação. Os biógrafos de d. Pedro também reportam que ele sofria com eventuais ataques de convulsão, causados por epilepsia. A historiadora Isabel Lustosa afirma que existem registros de 1811 que detalham convulsões sofridas por d. Pedro |1|.


Casamentos

Pedro de Alcântara casou-se com Leopoldina da Áustria em 13 de maio de 1817. Sua esposa era filha do imperador austríaco Francisco I, e o casamento dos dois visava a assegurar um acordo muito importante tanto para Portugal quanto para a Áustria.


Para Portugal, era a oportunidade de assegurar a aliança de uma nação que saía vitoriosa na luta contra Napoleão e que tinha grande influência na Santa Aliança (coligação das monarquias absolutistas europeias que lutaram contra Napoleão).


Para os austríacos, havia a garantia de um acordo com uma nação que possuía vastos territórios na América – principalmente pelo fato de que o Brasil tinha acabado de ser elevado à condição de Reino Unido. Com isso, as duas nações buscavam alinhar seus interesses e criar laços para um desenvolvimento comercial mútuo.


Apesar de o casamento ter acontecido em maio, Leopoldina só conheceu d. Pedro em novembro de 1817, na ocasião de sua mudança para o Rio de Janeiro. Os relatos dos historiadores contam que a princesa austríaca encantou-se rapidamente pelo seu marido. Desse casamento, nasceram sete filhos: Maria, Miguel, João Carlos, Januária, Paula, Francisca e Pedro.


Apesar do encantamento inicial, o casamento de d. Pedro e d. Maria Leopoldina (como foi nomeada depois da independência) foi extremamente difícil para a austríaca. Os historiadores contam das traições cometidas por d. Pedro, sendo o caso com a Marquesa de Santos o mais famoso. Também existem historiadores que apontam evidências de que a imperatriz teria sido agredida por d. Pedro.


Em 1826, d. Maria Leopoldina faleceu, e d. Pedro resolveu casar-se novamente somente em 1829. Depois da morte da imperatriz, d. Pedro I afastou-se de sua amante, a Marquesa de Santos, e passou a procurar uma nova esposa na realeza europeia. Em 1829, casou-se com d. Amélia de Leuchtenberg, princesa da Baviera. Desse casamento, nasceu uma filha, chamada Maria Amélia.



Morte

Depois de abdicar do trono brasileiro, em 1831, d. Pedro I retornou a Portugal e lá se envolveu na Guerra Civil Portuguesa. Esse conflito foi resultado da crise de sucessão que estourou no país depois que o pai de d. Pedro I faleceu, em 1826. Uma disputa foi iniciada entre liberais (defendiam uma monarquia constitucional) e absolutistas (defendiam uma monarquia absolutista).


Nos últimos anos de sua vida, d. Pedro I envolveu-se com a Guerra Civil Portuguesa para garantir que a filha, d. Maria, assumisse o trono de Portugal.


Dom Pedro I liderou tropas liberais na defesa do direito de sua filha, d. Maria II, a governar Portugal. Os liberais acabaram vencendo e, com isso, o adversário e também irmão de d. Pedro, chamado d. Miguel, foi derrotado e expulso de Portugal. Durante a guerra, d. Pedro I ficou doente e, em 24 de setembro de 1834, acabou falecendo por conta de uma tuberculose.


Independência do Brasil


A relação de d. João VI e d. Pedro I enfrentava alguns problemas. D. Pedro respeitava seu pai, mas como sabia que d. João VI era advertido por seus conselheiros a manter seu filho afastado do governo, acabava criticando o comentava de seu pai. Essa situação acabou sendo radicalmente modificada por acontecimentos que se iniciaram em Portugal.


Em 1820, eclodiu em Portugal a Revolução Liberal do Porto, uma revolução de caráter liberal, organizada pela burguesia portuguesa, para recolocar Portugal como o centro administrativo do reino. Uma das exigências das Cortes portuguesas (instituição política surgida com essa revolução) foi o retorno imediato do rei para Portugal.


Por causa da pressão dos portugueses sobre d. João VI, o rei jurou lealdade à Constituição portuguesa em 26 de fevereiro de 1821. Nesse dia, o rei também pôs fim ao afastamento de d. Pedro dos assuntos do governo, e isso marcou o envolvimento do príncipe, politicamente falando, com a crise que levou à independência do Brasil.


Em 7 de março, um decreto determinou que d. Pedro seria regente do Brasil. No dia 23 de abril de 1821, outro decreto estipulou quais eram as suas atribuições nessa função. Esse decreto determinou que:


Ficava o príncipe com o direito de conferir cargos, postos e condecorações. Estava autorizado até, em caso urgente, a fazer a guerra ou a admitir tréguas. D. Pedro deliberaria com o auxílio de quatro ministérios, do Reino e Estrangeiros, da Guerra, da Marinha e da Fazenda […]. Em caso de morte do regente, governaria d. Leopoldina, com um Conselho de Regência.


Desse momento em diante, d. Pedro foi uma peça-chave no decorrer dos acontecimentos que levaram à independência do Brasil. Em 1821, a ideia de independência não estava muito consolidada ainda, mas a intransigência das Cortes e as tentativas de recolonizar o Brasil mudaram esse quadro.


O acontecimento decisivo que mobilizou o movimento de independência aconteceu em 29 de setembro de 1821, quando ordens de Portugal exigiam o retorno do regente para Lisboa e revogavam uma série de medidas implementadas por d. João VI. Pedro de Alcântara estava convicto de seu retorno a Portugal, mas sua esposa, d. Leopoldina, atuou consideravelmente para convencê-lo a ficar.


Paralelamente à ação da princesa, um grupo de brasileiros – defensores da independência – começou a se organizar em um movimento que exigia a permanência do regente. Esse grupo, chamado Clube da Resistência, formulou um documento argumentando o porquê de o regente permanecer no Brasil e entregou a d. Pedro em 1º de janeiro de 1822.


Entre os dias 8 e 9 de janeiro, d. Pedro recebeu um abaixo-assinado com 8 mil assinaturas de pessoas que defendiam sua permanência no Brasil. Motivado por isso, d. Pedro supostamente anunciou a frase que marcou o Dia do Fico:


“Como é para bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto; diga ao povo que fico.”

A relação com Portugal foi desgastando-se com o passar dos meses. Entre agosto e setembro de 1822, existiam três grupos com propostas diferentes para os rumos do Brasil.


Os portugueses instalados aqui eram o primeiro grupo e queriam que d. Pedro retornasse a Portugal e que as decisões tomadas pelas Cortes fossem implantadas aqui. O segundo grupo era liderado por Joaquim Gonçalves Ledo e defendia a independência e a implantação de um modelo republicano no país. O terceiro grupo era apoiado por José Bonifácio de Andrada e Silva, pessoa de grande influência sobre d. Pedro, e defendia a instalação de um regime monárquico constitucional.


Dom Pedro acabou declarando a independência do Brasil em 7 de setembro de 1822, às margens do Rio Ipiranga, em São Paulo. Nessa ocasião, d. Pedro estava em uma viagem para negociar com lideranças políticas de São Paulo o apoio ao movimento de independência. Durante a viagem, uma carta com novas ordens de Portugal chegou.


A regência do Brasil, na ausência de d. Pedro, era transmitida para d. Leopoldina. Ela, após atualizar-se, convocou um conselho em caráter de emergência e, nesse conselho, decidiu-se pela independência. Na sequência, cartas foram enviadas para d. Pedro, e o mensageiro, chamado Paulo Bregaro, encontrou-o na altura do Rio Ipiranga.


A ocasião da declaração de independência do Brasil, no entanto, não foi nada pomposa. Os relatos contam que d. Pedro estava sofrendo severamente de disenteria na viagem a São Paulo.


Primeiro Reinado


Após a independência, seguiu-se uma guerra interna contra aqueles que ainda eram leais a Portugal. Dom Pedro foi aclamado como imperador do Brasil, e sua coroação aconteceu em 1º de dezembro de 1822. Era necessário organizar o novo país, assegurar o reconhecimento internacional e derrotar os que ainda se recusavam a aceitar a independência.


O Primeiro Reinado ficou marcado pela vontade excessiva do imperador de centralizar o poder. O autoritarismo de d. Pedro I foi um problema que desgastou sua relação com as elites do país, criou conflitos internos e levou-o a renunciar ao trono em favor de seu filho em 7 de abril de 1831.


Os grandes acontecimentos que marcaram o Primeiro Reinado foram:


Outorga da Constituição de 1824: d. Pedro não aceitou o texto original da Constituição, que tinha ficado pronto em 1823. Ele queria ter poderes amplos e, por isso, ordenou o cercamento e dissolução da Constituinte.


Confederação do Equador: revolta separatista e republicana que eclodiu no Nordeste e foi duramente reprimida a mando do imperador.


Guerra da Cisplatina: declarou guerra às Províncias Unidas (atual Argentina) por conta da Revolta da Cisplatina, que se iniciou em 1825. O envolvimento do Brasil nessa guerra foi um erro, pois prejudicou a economia, já bastante fraca do país, e aumentou o número de insatisfeitos com o reinado de d. Pedro I.


O envolvimento de d. Pedro I com os assuntos a respeito da sucessão do trono português e a sua vida privada agitada reforçavam a insatisfação de muitos com seu reinado. A situação ficou insustentável em 1831, quando, durante uma viagem a Minas Gerais, espalhou-se um boato de que o imperador planejava dissolver novamente o Congresso.


Quando o imperador retornou ao Rio de Janeiro, os ânimos estavam tão acirrados que uma briga generalizada entre os defensores do imperador e seus opositores iniciou-se e estendeu-se por dias, em março de 1831. O imperador, pressionado, acabou renunciado ao trono no dia 7 de abril de 1831 em favor de seu filho, Pedro de Alcântara, futuro d. Pedro II.


A VERDADE POR TRÁS DA FOTO DE ELIZABETH II SAUDANDO HITLER NA DÉCADA DE 1930


Jornal The Sun estampa a imagem / Crédito: Divulgação



Imagem de 1933, na qual Elizabeth II faz a saudação nazista 


Imagem de 1933, na qual Elizabeth II faz a saudação nazista 


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A VERDADE POR TRÁS DA FOTO DE ELIZABETH II SAUDANDO HITLER NA DÉCADA DE 1930

Divulgada pelo The Sun em 2015, a imagem criou polêmica e irritou a família real britânica


ALANA SOUSA PUBLICADO EM 18/04/2021, ÀS 12H00


Imagem de 1933, na qual Elizabeth II faz a saudação nazista - Divulgação/Youtube

Ainda que não tenha tido nenhuma ligação direta com o nazismo, a rainha Elizabeth II sempre se viu rodeada de pessoas que tinham simpatia pelo partido de Adolf Hitler. Desde as irmãs de seu falecido marido, o príncipe Philip, ao seu tio Edward VIII, a monarca em si jamais havia se envolvido em qualquer polêmica do tipo.


Evitando a presença das irmãs e de seus respectivos maridos em seu casamento, no ano de 1947, ainda que a guerra já tivesse terminado, Elizabeth se preocupava com sua corte sendo referenciada como uma aliada dos nazistas.


Seu tio Edward VIII foi um exemplo fatídico. O homem, que abdicou do trono para se casar com a americana Wallis Simpson, apresentava um certo gosto pelo partido alemão desde cedo. Segundo apontado pela BBC Internacional, o rei britânico enxergava nos nazistas a maneira ideal para combater o tão ameaçador comunismo.


A ideologia do monarca ficou ainda mais clara — e controversa — quando, na década de 1930, visitou pessoalmente o Führer. Em 1937, Hitler convidou Edward e Simpson para uma estadia em seu chalé, que ficava localizado na Áustria.


Para o ex-rei do Reino Unido, "Hitler era o líder certo e lógico para o povo alemão", conforme repercutiu a BBC Brasil, anos mais tarde. Embora tenha tentado esconder a ligação com o nazismo, uma fotografia escapou e gerou polêmica no ano de 2015


A monarquia britânica jamais falou diretamente sobre a aliança que Edward queria fazer com Hitler, alegando que "Sua Alteza real nunca afastou sua lealdade da causa britânica". Elizabeth, por sua vez, também se mostrou discreta sobre o assunto.


Até que uma foto ressurgiu da década de 1930 para atormentar a monarquia. Divulgado pelo jornal The Sun em julho de 2015, uma imagem retirada de um vídeo de cerca de 20 segundos mostra Elizabeth com seis anos, ao lado de sua irmã mais nova Margaret, sua mãe e seu infame tio Edward.


Na cena divulgada, ainda em preto e branco, é possível observar a pequena fazendo a famosa saudação nazista, na qual se levanta o braço direito para mostrar lealdade a figura do ditador alemão.


A captura retirada da gravação saiu na primeira página do jornal inglês, com uma chamada na qual afirma que Edward VIII ensinou as sobrinhas a repetirem a terrível saudação. Acredita-se que a ocasião tenha ocorrido entre 1933 e 1934, no Castelo de Balmoral, onde a família real passa as férias.


A realeza rapidamente se manifestou, dizendo através de um porta-voz do Palácio de Buckingham estar profundamente decepcionada; uma maneira de amenizar o impacto na reputação do reino. “É desapontador que o filme, capturado oito décadas atrás e aparentemente do arquivo pessoal da Sua Majestade tenha sido obtido e explorado dessa maneira”, dizia trecho de comunicado.


Dias depois, o editor executivo do The Sun, Stig Abell, reportou o assunto: "É uma imagem fascinante. Não só porque tem Edward VIII que tornou-se rei em 1936. E em 1937 ele foi para a Alemanha. E em 1940 houve uma conspiração para levá-lo de volta ao trono. E ele se matou em 1970 dizendo que Hitler não foi um mau sujeito na Segunda Guerra Mundial". Acrescentando que a divulgação da imagem foi feita de “de maneira apropriada e responsável a serviço do interesse público”, como reportou na época o G1.


Paulo Cacela e os encantos de Cabo Verde. Vídeo :Os artesãos da Boavista - Cabo Verde 🇨🇻 2021



Gente esse ai é o Paulo Cacela um Youtuber que anda produzindo vídeos fantásticos, mostrando as belezas  raras desse belo país africano chamado Cabo Verde. Paulo Cacela  é natural de Portugal, mas por algum motivo  se encantou com  as belezas desse pitoresco e apaixonante país formado por dez ilhas encantadoras.

Paulo mostra ter uma grande afinidade com a sua câmera e além de uma resistência física que nos surpreende tem produzido belas matérias que encantam e prende qualquer telespectador aos seus maravilhosos vídeos. Para mim o que mais me  chama a atenção em seus vídeos é a preocupação que o Paulo tem com os seus assinantes. Pois além de passar informações precisas de cada pedacinho do país, visitando cada lugar mágico da ilha e de ter uma boa relação com os nativos da região. Ele ainda  é capaz de dar umas pitadas críticas sobre o passado colonial de Portugal. Ele ainda tem uma preocupação de responder com carinho cada comentário que seus assinantes fazem ao assistir os seus encantadores vídeos. Pessoal não deixem de acessar o Canal de Paulo Cacela no Youtube e compartilhar, pois um trabalho tão grandioso como este não pode passar despercebido. Conto com vocês. Alarcon Morais.

Link do canal: https://www.youtube.com/results?search_query=paulo+cacela
Instagram: Paulo Cacela



sábado, 17 de abril de 2021

Homens Que Marcaram O Século XX: François Mitterrand


 Homens Que Marcaram O Século XX: François Mitterrand


https://www.britannica.com

 

Os editores da Encyclopaedia Britannica


Os editores da Encyclopaedia Britannica supervisionam as áreas de conhecimento nas quais possuem amplo conhecimento, seja por anos de experiência adquirida trabalhando com esse conteúdo ou por meio do estudo para um grau avançado.


Presidente da França, François Mitterrand , na íntegra François-maurice-marie Mitterrand , (nascido em 26 de outubro de 1916, Jarnac, França - morreu em 8 de janeiro de 1996, Paris), político que cumpriu dois mandatos (1981-95) como presidente da França , liderando seu país para uma integração política e econômica mais estreita com a Europa Ocidental. O primeiro socialista a ocupar o cargo, Mitterrand abandonou as políticas econômicas de esquerda no início de sua presidência e geralmente governou como um centrista pragmático .


França: primeiro mandato de Mitterrand


Mitterrand agiu imediatamente para cumprir o que parecia ser o mandato dos eleitores. Ele nomeou primeiro-ministro um militante socialista de longa data, ...

Filho de um chefe de estação, Mitterrand estudou direito e ciências políticas em Paris . Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial , ele se alistou na infantaria e em junho de 1940 foi ferido e capturado pelos alemães. Depois de escapar de um campo de prisioneiros no final de 1941, ele trabalhou com o governo colaboracionista de Vichy - um fato que não se tornou conhecido publicamente até 1994 - antes de se juntar à Resistência em 1943.

Em 1947 ele se tornou ministro do gabinete da Quarta República no governo de coligação de Paul Ramadier , tendo sido eleito para a Assembleia Nacional no ano anterior. Nos 12 anos seguintes, Mitterrand ocupou cargos de gabinete em 11 governos de curta duração da Quarta República.


Originalmente um tanto centrista em suas opiniões, ele se tornou mais esquerdista na política e, a partir de 1958, cristalizou a oposição ao regime de Charles de Gaulle . Em 1965, ele se opôs a De Gaulle como o único candidato da esquerda socialista e comunista à presidência francesa, obtendo 32% dos votos e forçando De Gaulle a um segundo turno.


Após sua eleição como primeiro secretário do Partido Socialista em 1971


Após sua eleição como primeiro secretário do Partido Socialista em 1971, Mitterrand deu início a uma grande reorganização partidária, o que aumentou muito seu apelo eleitoral. Embora Mitterrand tenha sido derrotado em sua segunda candidatura presidencial, em 1974, sua estratégia de fazer do Partido Socialista o partido majoritário da esquerda enquanto ainda aliado do Partido Comunista levou à vitória socialista frustrada em 10 de maio de 1981, quando ele derrotou o presidente presidente, Valéry Giscard d'Estaing . Mitterrand convocou eleições legislativas logo após sua vitória, e uma nova maioria de esquerda na Assembleia Nacional permitiu que seu primeiro-ministro , Pierre Mauroy, realizasse as reformas que Mitterrand havia prometido. Essas medidas incluíram a nacionalização de instituições financeiras e empresas industriais importantes, aumentando o salário mínimo, aumentando os benefícios sociais e abolindo a pena de morte . Na política externa, Mitterrand defendeu uma posição relativamente dura em relação à União Soviética e cultivou boas relações com os Estados Unidos .


As políticas econômicas socialistas de Mitterrand 


As políticas econômicas socialistas de Mitterrand causaram aumento da inflação e outros problemas, então em 1983 o governo começou a cortar gastos. No final do primeiro mandato de Mitterrand, o Partido Socialista abandonou as políticas socialistas em tudo, exceto no nome, e essencialmente adotou o liberalismo de livre mercado . Em 1986, os partidos de direita conquistaram a maioria dos assentos na Assembleia Nacional e, portanto, Mitterrand teve que pedir a um dos líderes da maioria de direita,Jacques Chirac , para ser seu primeiro ministro. Sob esse arranjo de divisão de poder sem precedentes, conhecido como “coabitação”, Mitterrand manteve a responsabilidade pela política externa. Ele derrotou Chirac nas eleições presidenciais de 1988 e, assim, assegurou outro mandato de sete anos.


O recém-reeleito Mitterrand 


O recém-reeleito Mitterrand novamente convocou eleições e os socialistas recuperaram a maioria de trabalho na Assembleia Nacional. Seu segundo mandato foi marcado por esforços vigorosos para promover a unidade europeia e evitar a dominação econômica alemã sobre a França, unindo ambos os países em instituições europeias fortes. Mitterrand foi, portanto, um dos principais proponentes do Tratado da União Europeia (1991), que previa um sistema bancário europeu centralizado, uma moeda comum e uma política externa unificada.


Mitterrand teve menos sucesso em questões domésticas, particularmente em lidar com a persistentemente alta taxa de desemprego da França , que havia subido para 12 por cento em 1993. Em 1991, ele nomeou o socialista Edith Cresson para ser primeira-ministra; ela se tornou a primeira mulher na história da França a ocupar esse cargo. O Partido Socialista sofreu uma derrota esmagadora nas eleições legislativas de 1993, e Mitterrand passou os últimos dois anos de seu segundo mandato trabalhando com um governo de centro-direita sob o primeiro-ministro Edouard Balladur 

Covid-19: Brasil tem 13,8 milhões de casos e 368,7 mil mortes https://agenciabrasil.ebc.com.br/




Covid-19: Brasil tem 13,8 milhões de casos e 368,7 mil mortes


Segundo Ministério da Saúde, 12.298.863 pessoas já se recuperaram


Publicado em 16/04/2021 - 20:22 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília


Nova atualização do Ministério da Saúde trouxe um total de 368.749 vidas perdidas para a pandemia do novo coronavírus. Já a soma de diagnósticos positivos de covid-19 subiu para 13.832.455.


Em 24 horas, foram registradas 3.305 novas mortes em decorrência do vírus. Já o número de casos confirmados pelas autoridades sanitárias foi 85.774. O resultado é maior que os novos diagnósticos confirmados no balanço de ontem (15), que ficaram em 73.174.


Há ainda 3.647 mortes em investigação por equipes de saúde. Isso porque há casos em que o diagnóstico sobre a causa só sai após o óbito do paciente.


O número de pessoas recuperadas está em 12.298.863. Já a quantidade de pacientes com casos ativos, em acompanhamento por equipes de saúde, ficou em 1.164.843.


De acordo com novo boletim epidemiológico da pasta, as mortes e os casos de covid-19 registrados entre os dias 4 e 10 de abril aumentaram, respectivamente, 8% e 6%.


Estados

O ranking de estados com mais mortes por covid-19 é liderado por São Paulo (87.326), Rio de Janeiro (40.716), Minas Gerais (29.538), Rio Grande do Sul (22.977) e Paraná (20.182). Já as unidades da federação com menos óbitos são Acre (1.395), Roraima (1.435), Amapá (1.456), Tocantins (2.348) e Sergipe (3.903).


 

Internações de pessoas entre 20 e 39 anos triplicam em Pernambuco


 Internações de pessoas entre 20 e 39 anos triplicam em Pernambuco


Números indicam rejuvenescimento da covid-19 no estado


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Publicado em 17/04/2021 - 15:26 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

As internações de pessoas com covid-19 com idades entre 20 e 39 anos quase triplicaram entre o início do ano e abril. A informação foi divulgada esta semana pelo governo do estado em boletim sobre a situação da pandemia.Quando comparadas as duas primeiras semanas epidemiológicas de janeiro com as duas mais recentes de abril, o aumento das hospitalizações de jovens e adultos com até 29 anos teve uma variação de 197%.


As semanas epidemiológicas são formas de registro temporal utilizadas pelas autoridades de saúde para acompanhar as evoluções de pandemias. Os boletins epidemiológicos dos estados e do governo federal analisam o avanço e retração das curvas de casos e mortes a partir dessas semanas.


Já na faixa entre 40 e 59 anos, a alta foi de 205%, o que significa também um incremento expressivo, de três vezes os casos registrados no início do ano. Os aumentos indicam um rejuvenescimento da pandemia no estado, o que ocorre também em âmbito nacional. O fenômeno ocorre também entre os idosos, que passaram a viver uma situação inversa, de queda das internações. Na faixa de mais de 85 anos, as hospitalizações caíram 33% no mesmo período.


Esta foi a primeira faixa etária dos grupos prioritários da vacinação. Assim, segundo o governo de Pernambuco, a redução das internações está associada ao impacto positivo da campanha de imunização. Já na faixa etária de 60 a 69 anos, onde há muitas pessoas que ainda não foram vacinadas, o aumento de internações foi de 134% entre o início do ano e as duas últimas semanas epidemiológicas de abril.


Edição: Kleber Sampaio

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Organização Setembro Negro "Setembro Negro" dos Jogos Olímpicos de 1972 ( Postagem destinada há um questionamento sobre Olimpíadas do aluno Vinícius Cássio do 1º Ano Medio UI /Performance)








Organização Setembro Negro

 Se procura os confrontos de setembro de 1970, entre a OLP e o exército da Jordânia, veja Setembro Negro.

Memorial placa na Embaixada de Israel em Londres.
A Organização Setembro Negro (em árabe: منظمة أيلول الأسود‎, transl. Munaẓẓamat Aylūl al-Aswad) foi um grupo militante secular palestino, fundado em 1970. O nome do grupo vem de uma série de conflitos entre militantes da OLP e o exército da Jordânia, conhecida como Setembro Negro, que teve início em 16 de setembro de 1970, quando, em resposta a uma tentativa de golpe de estado por parte dos fedayin, o exército do rei Hussein da Jordânia começou a eliminar a presença da militantes palestinos no país, o que resultou na expulsão de milhares deles e provocou a morte de 10.000 pessoas.

A organização começou como uma pequena célula dos homens da Fatah determinados a se vingar do rei Hussein e do exército da Jordânia. Grupos ligados à Organização para a Libertação da Palestina, como As-Sa'iqa e outros juntaram-se ao movimento.

O Setembro Negro é muito conhecido pelo sequestro e assassinato de onze atletas israelenses, e pelo assassinato de um agente policial alemão, durante o ataque à Vila Olímpica dos Jogos Olímpicos de Munique na Alemanha, em 1972, fato que ficou conhecido como o Massacre de Munique.

Outros actos atribuídos ao grupo Setembro Negro foram a tentativa de assassinato do embaixador jordano em Londres (dezembro de 1971), a sabotagem de uma instalação eléctrica na Alemanha Ocidental e de uma fábrica de gás holandesa (fevereiro de 1972), o sequestro de um avião comercial belga que voava de Viena para Tel Aviv (maio de 1972) e o atentado contra a embaixada saudita no Sudão (março de 1973), que custou a vida de três diplomatas - o embaixador e o embaixador-delegado dos Estados Unidos e o encarregado de negócios belga. Após este último atentado, a organização foi desmantelada, supostamente por pressão da OLP, segundo a qual os actos terroristas seriam prejudiciais à causa palestiniana. Mas, além disso, os assassinatos selectivos da Mossad, durante a operação conhecida como "Cólera de Deus", acabaram com a vida de muitos líderes da organização. Entre 1972 e 1979 mais de doze palestinos foram assassinados.

A partir de 1974, outros grupos como Abu Nidal e a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) começaram a relacionar o nome de Setembro Negro com alguns dos seus próprios actos; porém, o mais provável é que estes grupos não tenham nada a ver com a organização original.1

Setembro Negro continua a fazer parte da lista de organizações consideradas como terroristas pela União Europeia.

Massacre de Munique

O prédio onde o Massacre de Munique aconteceu esta quase inalterado hoje.
Local Munique,  Alemanha Ocidental
Data 5 de setembro de 1972
Tipo de ataque Assassínio em massa
Mortes 17 total
6 treinadores israelenses
5 atletas israelenses
5 membros do Setembro Negro
1 policial da Alemanha Ocidental
Responsável(is) Organização Setembro Negro

O Massacre de Munique, também conhecido como Tragédia de Munique, teve lugar durante os Jogos Olímpicos de Verão de 1972, em Munique, quando, a 5 de Setembro, 11 membros da equipe olímpica de Israel foram tomados de reféns pelo grupo terrorista palestino denominado Setembro Negro.

O governo da RFA, então liderado pelo primeiro-ministro Willy Brandt, recusou-se a permitir a intervenção de uma equipe de operações especiais do Tzahal, conforme proposta da premiê de Israel, Golda Meir.

Memorial placa na frente dos quartos dos atletas israelenses. A inscrição, em alemão e hebraico, lê-se: A equipe do Estado de Israel permaneceu neste edifício durante os Jogos Olímpicos de Verão de 21 agosto - 5 setembro 1972. Em 5 de setembro, teve uma morte violenta. Honra de sua memória.
Os onze desportistas israelitas acabaram sendo assassinados em vários momentos do sequestro. Foram eles:

David Berger
Ze'ev Friedman
Joseph Gottfreund
Eliezer Halfin
Joseph Romano
Andrei Schpitzer
Amitsur Shapira
Kahat Shor
Mark Slavin
Yaakov Springer
Moshe Weinberg

A operação policial

Como se viria a constatar depois, as forças policiais alemãs estavam muito mal preparadas e a situação fugiu do seu controle. Uma tentativa de libertação dos reféns levou à morte de todos os atletas, além de cinco terroristas e um agente da polícia alemã.

Os três terroristas que sobreviveram ao ataque foram encarcerados. O governo alemão federal ficou altamente embaraçado pelo fracasso e pela demonstração de incompetência da sua polícia. A operação foi mal planejada e foi executada por agentes sem qualquer preparação especial.

A idéia da operação era eliminar os terroristas num aeroporto próximo de Munique, o Fürstenfeldbruck. No entanto, os poucos políciais colocados nas torres do aeroporto não tinham capacidade de fogo suficiente para executar a tarefa, não dispunham de comunicações de rádio entre si para coordenar os disparos e foram surpreendidos por um número de terroristas superior ao esperado.

Após um tiroteio que durou 45 minutos, entre a polícia e os terroristas, os terroristas fuzilaram os atletas israelenses que estavam amarrados uns aos outros dentro de dois helicópteros. Os atletas morreram fuzilados e carbonizados. A divulgação dos pormenores do atentado, seguida atentamente pela mídia internacional, causou um forte abalo na imagem da Alemanha Federal no exterior. Os três prisioneiros não chegaram a ser julgados.

A 29 de Outubro de 1972 foi desviado um avião da Lufthansa por um outro grupo terrorista, sendo exigida a libertação dos três terroristas aprisionados. Curiosamente, entre os passageiros desse misterioso vôo da Lufthansa não havia nenhuma mulher nem criança. Os reféns eram todos homens adultos. Soldados alemães conseguiram libertar os reféns e matar os sequestradores.

Consequências


Pouco depois do massacre dos atletas, o governo alemão decidiu fundar uma unidade policial contra-terrorista, o GSG 9, para lidar melhor com situações semelhantes no futuro. Esta unidade se transformou num exemplo mundial no combate ao terrorismo.

Os três terroristas sobreviventes passaram a ser perseguidos pela Mossad e crê-se que dois deles foram assassinados. Esta operação chamou-se Cólera de Deus. Mohammed Oudeh, o terceiro terrorista e líder do sequestro, conseguiu sobreviver a um atentado contra sua vida em 1981, na cidade de Varsóvia, mas faleceu dia 3 de Julho de 2010, em Damasco (capital da Síria), de falência renal.

Filme


Foi lançado em 2005 o filme Munique, dirigido por Steven Spielberg, tendo sido indicado a 5 Oscars, incluindo melhor filme e melhor diretor. O filme conta a história da suposta operação de retaliação do governo israelense lançada logo após o massacre contra os responsáveis pelo atentado.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


PÂNICO E CADÁVERES: HÁ 80 ANOS, ACONTECIA O TÉTRICO BOMBARDEIO DE BELFAST


 Cidade de Belfast destruída depois de bombardeio - Divulgação


PÂNICO E CADÁVERES: HÁ 80 ANOS, ACONTECIA O TÉTRICO BOMBARDEIO DE BELFAST

Em 1941, a cidade irlandesa estava pouco preparada para lidar com as aeronaves alemães


INGREDI BRUNATO, SOB SUPERVISÃO DE THIAGO LINCOLINS PUBLICADO EM 15/04/2021, ÀS 00H00


“Eu estava subindo a estrada quando ouvi o som de aviões. Logo em seguida as sirenes de ataque aéreo dispararam e eu soube pelo som peculiar de ‘phut, phut, phut’ que aqueles eram os alemães vindo e era o fim”, relatou Jimmy Kelly à BBC em uma reportagem de 2001. 


O homem se referia a um evento vivido por ele décadas antes, na cidade de Belfast, localizada na Irlanda do Norte. Era então o ano de 1941, em meio à Segunda Guerra Mundial, e até então a localidade irlandesa havia permanecido distante do conflito. Na noite de 15 de abril, todavia, tudo mudou. 


Ainda de acordo com a BBC, o bombardeio de Belfast se tornou o pior ataque fora de Londres realizado pelos alemães. 


Noite catastrófica 

As sirenes citadas por Jimmy, que serviam para avisar quando os caças inimigos estavam se aproximando, começaram a soar às 22h45, segundo o site WartimeNI. Para as pessoas da época, esse foi, naturalmente, o momento que o ataque começou.  


Porém, a preparação para esse bombardeio já aterrorizava desde semana anterior, quando um avião alemão havia soltado uma bomba sobre o reservatório de água central da cidade.


Essa ação anterior tornou o ataque a Belfast muito mais mortal, uma vez que prejudicou o trabalho de extinção das chamas dos muitos focos de incêndio que tomaram a área. 


Outro detalhe, que colaborou para a perda de vidas durante esse capítulo da Segunda Guerra, foi o fato de a Irlanda do Norte não ter direcionado recursos suficientes para proteger os civis no caso de uma investida inimiga como essa, o que foi também documentado pela matéria de 2001 da BBC. 


Dessa forma, Belfast contava apenas quatro abrigos antiaéreos públicos, por exemplo, e alguns desses refúgios eram, ainda por cima, mal construídos. Em um deles, localizado na Hallidays Road, o impacto direto de uma bomba foi o suficiente para que não houvesse sobreviventes. 


Às 4h55 do dia 16 de abril, novas sirenes soaram, dessa vez para avisar que as aeronaves alemãs haviam partido, e já era seguro deixar os esconderijos. Era então de manhã, mas para os moradores de Belfast não houve noite, com a luz emitida pelas constantes explosões criando um dia artificial, e todos acordados em pavor, precisando encarar a possibilidade da morte iminente. 


Sequelas 


No total, o ataque fez cerca de 900 mortos, e deixou mais 1500 feridos. O site WartimeNI revela que a capacidade do necrotério da cidade foi superada em muito, com cadáveres precisando ser amontoados no mercado local, para serem posteriormente sepultados em valas coletivas. O hospital da região enfrentou lotação semelhante, sem ser capaz de dar atendimento a todos. 


Brigadas de incêndio vieram de Dublin e outras cidades irlandesas para ajudar a enfrentar o fogo. "Quando chegamos à cidade, os incêndios se espalhavam por toda parte. O oxigênio era tão curto que era difícil respirar”, contou para a BBC um homem que fez parte das equipes de bombeiros que vieram acudir Belfast. 


Os lares destruídos ainda fizeram com que cerca de cem mil irlandeses se tornassem refugiados da noite para o dia, de forma que vários dos moradores do local bombardeado acabaram indo para regiões vizinhas. 


Demorou vários anos para que Belfast pudesse se reconstruir, recuperando os danos causados pelo bombardeio. Ainda que a herança visível do conflito já tinha sido apagada, todavia, a Irlanda ainda guarda o doloroso capítulo na memória.


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Projeto da LDO prevê crescimento de 2,5% para o próximo ano ( https://agenciabrasil.ebc.com.br/)



 Projeto da LDO prevê crescimento de 2,5% para o próximo ano


Inflação deve cair para 3,5% em 2022, depois de alcançar 4,4% em 2021


Publicado em 15/04/2021 - 16:48 Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília

A economia brasileira deverá crescer 2,5% no próximo ano, depois de crescer 3,2% em 2021. A estimativa consta do Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) 2022, enviado hoje (15) ao Congresso Nacional.


Pelas estimativas oficiais, a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) cairá para 3,5% em 2022 e para 3,2% em 2023 e 2024. As projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado na correção do salário mínimo, serão 3,5% em 2022, 3,4% em 2023 e 3,5% em 2024.


O projeto também prevê uma média de 4,7% ao ano para a taxa Selic (juros básicos da economia), taxa de câmbio média a R$ 5,10 e preço médio do barril do petróleo (usado para estimar receitas da União com royalties) em US$ 60,9.


Com data determinada pela Constituição, o envio do PLDO de 2022 ocorre em um momento em que o Orçamento Geral da União de 2021 não foi sequer sancionado. Nas últimas semanas, o governo e o Congresso têm negociado vetos parciais ao Orçamento aprovado no fim de março para remanejar dinheiro de emendas parlamentares para gastos obrigatórios, como Previdência Social e seguro-desemprego.


Como o Orçamento de 2021 ainda não entrou em vigor, o Ministério da Economia não alterou as projeções para este ano. A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) continuou em 3,2%.


As estimativas para a inflação foram mantidas em 4,4% para o IPCA e em 4,3% para o INPC. A taxa de câmbio média em 2021 permaneceu em R$ 5,30.


O Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias traz parâmetros que orientam a elaboração do Orçamento do ano seguinte. Em tese, o projeto precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional até o fim do semestre legislativo, na metade de julho. Caso contrário, a pauta do Congresso fica trancada.


Edição: Nádia Franco

quarta-feira, 14 de abril de 2021

MUNDO ISOLADO: A QUARENTENA DURANTE A PESTE NEGRA


 Vestimenta utilizada por médicos durante o surto de Peste Negra / Crédito: Wikimedia Commons



MUNDO ISOLADO: A QUARENTENA DURANTE A PESTE NEGRA

Durante a Idade Média, a pandemia da doença dizimou uma grande parte da população da Europa com uma força assustadora


PENÉLOPE COELHO E PAMELA MALVA 

Há pouco mais de um ano, o primeiro caso de Coronavírus foi registrado no Brasil. Depois disso, semanas se passaram até que o lockdown fosse instaurado no país, a fim de conter uma doença que já estava se espalhando por todo o mundo.


Atualmente, em 2021, o número de mortos pela doença em território nacional já passa dos 259 mil. Ao mesmo tempo, novas variantes da Covid-19 são descobertas em diversos países — inclusive no Brasil, onde uma cepa foi registrada no Amazonas.


Com isso em mente, muitas pessoas passam a questionar o verdadeiro poder da quarentena na contenção de uma pandemia. Registros da Peste Negra, uma epidemia que dizimou grande parte da população europeia no século 14, no entanto, nos mostram que o lockdown pode ser essencial para a redução dos impactos de uma doença.


Herança do passado


Ainda que as gerações modernas não estejam acostumadas com o conceito de uma quarentena geral, não é a primeira vez que o mundo recorre à medida. Em casos de doenças como a SARS e a Gripe Espanhola, por exemplo, o lockdown foi um dos recursos mais usados para tentar evitar a disseminação da enfermidade.


Em meados do século 14, no entanto, foi a Peste Negra que gerou uma onda de pânico em diversos países da Europa e da Ásia. Originário de uma bactéria disseminada através de pulgas e era carregado por ratos em embarcações.


No total, estima-se que a pandemia da Peste Negra resultou na morte de cerca de 50 milhões de pessoas. Acometidos pela doença, os enfermos faleceram rapidamente, em um processo agressivo que durava, no máximo, cinco dias.

 


Sistema de quarentena


Durante a Idade Média, no entanto, o método do isolamento social era bastante precário e levou muito tempo para acontecer da forma recomendada. Por isso, a luta para tentar reduzir a força, potência e letalidade da doença durou anos.


Na Europa, as medidas de quarentena foram pioneiras. Frente ao número assustador de mortes diárias, cada cidade estipulou uma organização baseada nas informações e condições presentes na época. Assim, o continente tornou-se uma referência.


Em entrevista ao History Extra, a historiadora Helen Carr explica que a cidade italiana de Veneza, por exemplo, foi a primeira a definir medidas de isolamento em uma tentativa de controlar o caos. Inicialmente, os venezianos determinaram o fechamento de seus portos para os navios que chegavam. 


Modelo de quarentena


Segundo a historiadora, sempre que uma nova tripulação chegava na cidade, era obrigatório o cumprimento de um período de 30 dias em isolamento, o que logo se tornou 40 dias. Foi assim que nasceu a quarentena, como conhecemos hoje.


Mais tarde, no entanto, “os venezianos chegaram ao ponto de estabelecer uma ilha de quarentena”. Naquela época, a região de Lazzaretto Vecchio recebeu um hospital de emergência, erguido especificamente para cuidar das vítimas.


De acordo com a historiadora, tais medidas ajudaram a diminuir alguns impactos da doença e, sem elas, eventualmente, mais mortes ocorreriam. Apesar delas, cerca de 100 mil pessoas faleceram em decorrência da enfermidade na cidade italiana.


Muito por isso, cemitérios foram construídos de última hora para enterrar as centenas de vítimas da peste. Séculos mais tarde, em 2007, uma escavação realizada na cidade revelou mais de 1.500 esqueletos de pessoas que supostamente faleceram com a peste.


Além das fronteiras


Ainda em entrevista ao portal da BBC, Helen Carr lembra que Londres, a capital da Inglaterra, também aderiu a algumas medidas de contenção. Acontece que, em 1377, a população local foi brutalmente dizimada pela doença, porque as medidas tomadas até então não foram o suficiente para controlar a Peste.


Com tantas mortes, as autoridades locais buscaram uma nova forma de se comportar e, quando a doença voltou a assolar Londres, o prefeito criou diversas exigências. Em 1563, por exemplo, passou a ser obrigatório que cruzes na cor azul fossem ser colocadas nas portas das casas de pessoas portadoras da doença.


Ainda mais, caso conhecessem alguma vítima da Peste, as pessoas eram obrigadas a permanecer em casa por um mês. Só quem não tinha nenhum tipo de contato com pacientes infectados tinham a permissão para sair de casa.


Em casos de pessoas não afetadas pela Peste Negra, os indivíduos eram aconselhados a carregar algo branco consigo. E todos na cidade seguiam a regra: quem se esquecesse das obrigações era multado no ato e até mesmo preso pelos oficiais locais.


Por fim, segundo a historiadora, algumas medidas no esquema de migração também foram tomadas, visto que viajantes de regiões contaminadas eram proibidos de entrar na cidade. Embora as medidas de contenção não tenham sido suficientes para evitar mortes, os impactos foram, de fato, menores.


Cicatrizes eternas


Levou mais de 200 anos, entretanto, até que a Europa conseguisse se restabelecer após as inúmeras perdas causadas pela temida Peste Negra. Por sorte, a letal versão da doença que assolou o mundo no passado já não existe mais.


Ainda assim, estudos divulgados pela Organização Mundial da Saúde, a OMS, indicam algumas informações inquietantes. De acordo com os dados, entre os anos de 2010 e 2015, cerca de 3.248 casos da peste foram registrados no mundo, com 584 mortes.


Todavia, devido ao avanço da medicina, a doença tornou-se mais fácil de controlar e de tratar. De qualquer forma, o risco por contágio ainda existe, apesar de ser pequeno. A maioria dos casos aconteceram na República Democrática do Congo e no Peru.


Fonte:https://aventurasnahistoria.uol.com.br/


Thomas Skidmore, historiador que morreu mês de junho de 2016, explicou muito bem o Brasil para os brasileiros ( Por Euler de França Belém )



Thomas Skidmore, historiador que morreu  mês de junho de 2016, explicou muito bem o Brasil para os brasileiros

Por Euler de França Belém  

O brasilianista, em dois livros de excelente qualidade, interpretou a história do país de 1930 a 1985 a partir de uma pesquisa exaustiva e não ideologizada. Ele tinha Alzheimer e morreu aos 83 anos


Thomas Skidmore 10

Histórias gerais de qualidade são raras. No geral, por abarcar períodos longos e até muito longos, tendem à simplificação. Aspectos cruciais às vezes são contados rapidamente e, até, negligenciados. Escritas para não especialistas, se não úteis para estudantes fazerem provas e passarem de ano, raramente ajudam a compreender, de maneira ampla, certas passagens históricas, com suas clivagens, contradições. Poucos historiadores se aventuraram a escrever sobre a história do século 20 de modo amplo. O norte-americano Thomas Skidmore — falecido no sábado, 11, aos 83 anos (com Alzheimer e síndrome do pânico, vivia num asilo) — escreveu duas sínteses apreciáveis.


Em 1982, há 34 anos, o brasilianista Thomas Skidmore publicou “Brasil — De Getúlio a Castelo: 1930-1964” (na verdade, Castello), pela Editora Paz e Terra, com tradução de Ismênia Tunes Dantas e apresentação de Francisco de Assis Barbosa (que teria sido o criador da palavra brasilianista). Com uma pesquisa exaustiva, escreveu uma história decente do período, examinando com percuciência tanto a política quanto a economia. Os governos de Getúlio Vargas, Eurico Dutra, Juscelino Kubitschek e João Goulart e, seguida, a chegada da ditadura civil-militar, com Castello Branco, são analisados com rigor e sem politização e ideologização (frequentes em período de conturbação política).



Por seu caráter inovador, quase único, com a apresentação de uma espécie de nova história, Thomas Skidmore não agradou inteiramente a academia. No momento em que publicava seu livro, o país estava conflagrado, começando a sair da ditadura instaurada em 1964. Portanto, uma obra que escarafunchava a história de 1930 a 1964 (a ditadura não é examinada de maneira ampla, o que ficou para outro livro), mas sem as condenações adjetivadas de fatos e indivíduos, só poderia ser uma espécie de porta-voz de interesses nebulosos. Diziam, e não só nos bastidores, que o pesquisador era agente da CIA e, por isso, teria obtido acesso a documentos inacessíveis aos estudiosos brasileiros. De fato, era amigo de Lincoln Gordon, embaixador americano que apoiou o golpe de 1964, mas, até onde sabe, não era um agente do governo americano (teve acesso a militares, é fato, porque não era partícipe do processo político patropi). Quando oportuno, chegou a fazer críticas à ditadura, mas não era radical. Na verdade, era um scholar especializado por Harvard, um pesquisador criterioso que queria mais entender o país, explicando-o para os próprios brasileiros e para outros povos, do que criticá-lo de maneira politizada e ideologizada. Pessoalmente, do ponto de vista político, era um moderado.


Procede que “Brasil — De Getúlio a Castelo” está datado, parcialmente, pois a pesquisa histórica, com a descoberta de novos documentos e a apresentação de novas pesquisas e interpretações, avançou e continua avançando. No geral, permanece como uma pesquisa interessantíssima e vívida do período. A biografia em três volumes de Getúlio Vargas, do jornalista Lira Neto — que pesquisa como verdadeiro historiador, com meticulosidade rara —, revisa em parte o trabalho de Thomas Skidmore, embora não seja a sua intenção.


Thomas Skidmore 

A biografia escrita por Lira Neto, também autor de uma ótima biografia de Castello Branco, não cuida tão-somente de Getúlio Vargas, embora o presidente seja o centro de sua atenção. É um exame preciso da história do país, do início do século ao suicídio de Getúlio Vargas em 1954. Suicídio que abortou o golpe que civis da UDN e militares já haviam “colocado” nas ruas e na imprensa.


(Na esteira de Thomas Skidmore, o brasilianista Stanley Hilton escreveu um livro notável: “Oswaldo Aranha — Uma Biografia”. Aquilo que parece consenso, como o apoio total de Getúlio Vargas à movimentação pró-Revolução de 1930, ganha novos contornos. O pesquisador americano mostra que inicialmente Getúlio Vargas tentou conciliar com o presidente Washington Luís e só aderiu aos revolucionários um pouco mais tarde. Oswaldo Aranha pressionou-o pelo rompimento com o político de São Paulo e para que se unisse aos mineiros. Histórias específicas, como a de Stanley Hilton, costumam acrescentar informações para a história geral.)


Thomas Skidmore

Em 1988, há 28 anos, Thomas Skidmore voltou às livrarias com outro portento — uma história geral de um período menos longo. “Brasil — De Castelo a Tancredo: 1964-1985”, publicado pela Editora Paz e Terra, com tradução de Mário Salviano Silva. Seu livro deve ser lido (mas não comparado, pois não tinha como obter as informações apresentadas pelos historiadores posteriores), com algumas perdas, com o acompanhamento das obras de Carlos Fico, Daniel Aarão Reis, Ronaldo Costa Couto (autor de excelente livro sobre a Abertura) e Elio Gaspari. E outros, é claro.


Thomas Skidmore vasculhou arquivos, conversou com historiadores e políticos, examinou livros e jornais e revistas. O resultado é uma excelente síntese sobre os governos civis-militares. Como os fatos do pós-1964, acontecidos “ontem”, ainda estão quentes e os arquivos ainda estão sendo vasculhados, a obra está ligeiramente datada. Mas a movimentação do jogo político, a análise das ações que levaram à distensão e à abertura e a apresentação do sucesso econômico e das crises econômicas, muitos bem examinados, permanecem vívidos. O brasilianista tinha um “olho bom” para o papel dos indivíduos na história, sem perder a dimensão do quadro geral. O operário-político Lula da Silva, por exemplo, é citado em onze páginas. Petrônio Portella é mencionado como articulador de primeira linha, ainda que falte um livro que registre com mais atenção seu papel no processo de distensão e Abertura. O historiador Luís Mir está preparando sua esperada e necessária biografia.


Fonte: https://www.jornalopcao.com.br/


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Giovanni Boccaccio ( Matéria em homenagem a todos os alunos do 7º ANO B UI/Performance

Giovanni Boccaccio

Poeta italiano

Por Dilva Frazão

https://www.ebiografia.com/boccaccio/

Biografia de Boccaccio

Giovanni Boccaccio (1313-1375) foi um poeta italiano. Sua obra-prima foi "Decameron" – reunião de várias histórias amorosas narradas por sete damas e três cavaleiros. Precursor do Humanismo renascentista era um cronista do mundo palpável, da sensualidade dos sentidos, dos prazeres e dores carnais.


Giovanni Boccaccio nasceu em Paris, França, no dia 16 de junho de 1313. Filho de Boccaccino da Chellino, que saiu de Certaldo, um povoado agrícola da Itália, para trabalhar na casa bancária Bardi, em Florença.


Na Itália, ficou rico e realizou o sonho de viajar pela Europa. Em Paris se apaixonou por uma dama da aristocracia e com ela teve um filho.


Em 1320, ao regressar para a Itália, com seu filho Boccaccio, resolve casar e escolhe Margarida dos Mardoli, parente de Beatriz, a amada de Dante Alighieri.


Giovanni Boccaccio passou sua infância em Florença, onde aprendeu a ler, escrever e calcular com Giovanni da Strada, renomado mestre-escola.


Logo começa a fazer suas primeiras histórias e aos sete anos já escrevia contos e imaginava fábulas.


Em 1327, foi levado para Nápoles, para aprender comércio e finanças. A cidade de Nápoles era um dos centros intelectuais do país, de costumes liberais, e Boccaccio encantou-se.


Estudou direito canônico e línguas clássicas e fez amizades valiosas. O bibliotecário real Paolo de Perúgia lhe proporciona a leitura de manuscritos raros, dos romances franceses e da poesia trovadoresca.


Boccaccio dedicou o seu tempo à atividade literária e para aproveitar os textos clássicos, estudou latim e grego. Abandonou o curso e a universidade.


Admirava a corte e a nobreza. Seu amigo Niccolò, filho de importante banqueiro, tinha livre acesso à corte e foi fácil apresentar Boccaccio. Mais tarde, na obra "Decameron", recorda esses tempos felizes.


Primeiros poemas

Em 1337, Boccaccio iniciou sua produção literária com uma série de poemas amorosos, entre eles: “Il Filóstrato" e “Theseida” que refletiam sua admiração pelo mundo greco-romano e sua paixão pela filha natural do rei Roberto de Nápoles, Fiammetta.


Escreveu também “Il Filocolo”, uma adaptação em prosa do motivo medieval de Florio e Brancaflor, considerada a primeira grande composição novelesca da prosa romanesca.


Nos cinco livros da obra, Boccaccio deu nova orientação ao tema e introduziu elementos autobiográficos.


Neste ano, tem início a guerra entre França e Inglaterra. Os bancos entram em crise, seu pai suspende a mesada. Entre 1339 e 1340, mora em um bairro pobre e deixa de frequentar a corte.


Tudo que escreveu nesse tempo foram queixas e lamentações como nos doze contos do poema "Teséida", e nas cartas que enviou para seus amigos.


Em 1341, retornou à Florença. Escreveu "Ameto" e no ano seguinte escreveu "Amorosa Visão". Em 1344, escreve o romance "Elegia de Madonna Fiammetta", no qual imortaliza sua amada Giovanna e prenuncia a novela psicológica.


DECAMERON A OBRA MAIS FAMOSA DE BOCCACCIO


Em 1348, assola uma peste em Florença e milhares de pessoas morrem, entre elas, sua filha Violante, com sete anos de idade. Boccaccio se refugia em Nápoles.


Começa a escrever sua obra-prima "Decameron" (em grego, que significa "Dez dias"), que reúne uma coleção de cem contos de amor.


Em Decameron, dez personagens, cada um deles responsável por uma narrativa diária, por dez dias, reúne cem "novelas" e carrega a fama de ser uma coletânea de anedotas eróticas e licenciosas.


Há ali uma galeria de clérigos dissolutos e mulheres adúlteras. Há também virtudes insuperáveis como a história de Griselda, modelo extremo de subserviência ao marido.


Há o amor do cavaleiro condenado a perseguir, matar e eviscerar a mulher que desprezara suas investidas apaixonadas - história que, no século XV, serviria de tema ao pintor Sandro Botticelli.


Aliado ao realismo e ao tom frequentemente licencioso e sensual motivou as mais duras críticas das autoridades religiosas e toda espécie de censura.


Por volta de 1350, Boccaccio voltou para Florença e conseguiu estabilidade financeira. Iniciou uma amizade com o poeta Francesco Petrarca.


Nesse mesmo ano foi nomeado embaixador do governo florentino, na cidade de Ravena. Foi o início de uma série de viagens pela Itália. Em 1353, publicou "Decameron".


O Grande Corvo

Em 1355, publicou “Il Carbaccio” (O Grande Corvo), radicalmente oposta a Decameron, no qual ex´bia aversão às mulheres, certamente produzida por algum desencanto amoroso. É uma sátira, agressiva e virulenta.


Últimos Anos

Em 1262, Boccaccio abandonou Florença e instalou-se em Certaldo, aldeia de Toscana, onde escreveu suas últimas obras, a maior parte em latim.


Em 1373, iniciou uma série de conferências sobre "A Divina Comédia" de Dante, na Igreja de Santo Stefano de Badia.


Redigiu o "Comentário", sobre o mesmo assunto, que pretendia fosse a maior obra depois de "Decameron". Mal chegou a comentar o décimo sétimo canto do Inferno. Em 1374, doente, abandona as conferências.


Giovanni Boccaccio faleceu em Certaldo, Itália, no dia 21 de dezembro de 1375.


Última atualização: 21/11/2019


Caixas de comida chegam às favelas brasileiras em um momento de pandemia e onda de fome ( Pela equipe da Reuters)


 Caixas de comida chegam às favelas brasileiras em um momento de pandemia e onda de fome

Pela equipe da Reuters


SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil é um dos produtores agrícolas mais importantes do mundo, mas milhões de pessoas no maior país da América Latina estão lutando para colocar comida na mesa enquanto o surto de COVID-19 está causando estragos na economia.

Para combater a fome crescente, um grupo denominado G-10 Favelas começou a distribuir cestas básicas para favelas da cidade de São Paulo. Até o final deste mês, 30 mil toneladas terão sido entregues, informou.

O grupo distribuiu pacotes para brasileiros que esperavam em longas filas socialmente distantes na favela Heliópolis na quarta-feira. Entre os que receberam o pacote estava Irami Castro, que se disse grata pela ajuda.


“Agradeço a Deus, porque hoje eu preciso. Sou viúva, não tenho ajuda, não tenho nada ”, disse ela.


O Brasil tornou-se um dos países mais afetados pela pandemia no mundo, com cerca de 4.000 pessoas morrendo por dia de COVID-19. O sistema de saúde está à beira do colapso em São Paulo.

O surto criou uma crise política para o presidente Jair Bolsonaro, gerou um polo na economia do Brasil e causou crescente sofrimento para os residentes mais pobres do país.

A Fundação Getulio Vargas estima que 12,8% da população brasileira - cerca de 27 milhões de pessoas - vive agora abaixo da linha de pobreza de 246 reais (US $ 43) por mês, o máximo desde que a série de dados começou, há uma década.

Aproximadamente 66 milhões de brasileiros receberam um programa de transferência de renda do governo no ano passado. Essa explosão de quase $ 60 bilhões de renda básica suavizou o golpe econômico do coronavírus, impulsionou a popularidade do Bolsonaro e combateu a pobreza.

No entanto, ele expirou no final do ano passado. Um novo pacote de ajuda, a partir deste mês, proporcionará quatro transferências mensais de uma média de 250 reais para uma população mais restrita.

“Essa ação de doação de alimentos na favela é muito importante porque está dando a opção de esses moradores poderem comer por pelo menos um mês”, disse Gilson Rodrigues, presidente da associação G-10. “Estamos vivendo em um Brasil de fome.”


Reportagem de Leonardo Benassatto, edição de Rosalba O'Brien