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domingo, 20 de dezembro de 2015

Barbosa diz ao Estadão que irá “aperfeiçoar" a política econômica

Barbosa diz ao Estadão que irá “aperfeiçoar" a política econômica
domingo, 20 de dezembro de 2015
(Reuters) - O novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, prometeu aperfeiçoar a política econômica do governo para promover uma retomada mais rápida do crescimento da economia, e disse que espera a aprovação da CPMF no Congresso até maio, apesar da crise política, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada neste domingo.

Barbosa, que deixou o Ministério do Planejamento para substituir Joaquim Levy no comando da Fazenda na sexta-feira, disse ainda que a reforma da Previdência será uma das prioridades para 2016, e garantiu que, com tempo, irá "resolver todos os problemas".

"Vamos aperfeiçoar a política econômica. Promover uma estabilização mais rápida e uma retomada mais rápida do crescimento. Com aprovação das medidas que estão no Congresso e com a adoção de medidas institucionais e regulatórias que melhorem o funcionamento da economia", disse o ministro na entrevista.

"Os desafios continuam os mesmos. Todos defendem a recuperação do crescimento com geração de emprego. Para que tenhamos uma recuperação sustentável do crescimento é preciso ter estabilidade fiscal e controle da dívida pública, que passa pela elevação do resultado primário", acrescentou.

Barbosa tem um pensamento mais alinhado com o da presidente Dilma Rousseff, desejosa de um discurso e uma política econômica mais voltados para o crescimento, do que seu antecessor Levy, que deixou o cargo após menos de um ano.

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sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Nelson Barbosa é o novo ministro da Fazenda



Nelson Barbosa é o novo ministro da Fazenda

Fernando Rodrigues 18/12/2015

Ele sai do Planejamento para o lugar de Levy

Indicação agrada ao PT e aos desenvolvimentistas

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Nelson Barbosa (esq.) com Renan Calheiros: novo titular da Fazenda tem trânsito no PMDB

A presidente Dilma Rousseff definiu na tarde desta 6ª feira (18.dez.2015) que Nelson Barbosa vai substituir Joaquim Levy no Ministério da Fazenda.

Barbosa tem 46 anos e até agora era o titular do Ministério do Planejamento. No segundo mandato de Dilma Rousseff, travou uma batalha constante com o seu colega da Fazenda.

Enquanto Levy buscava sempre uma política econômica mais contracionista, Barbosa defendia alguma flexibilidade na meta fiscal (a economia que o governo faz).

Levy sempre quis uma meta fiscal de 0,7% do PIB para 2016. Barbosa defendia algo perto de zero ou uma banda na qual a meta poderia variar. O Congresso acabou aprovando, com anuência do Planalto, uma meta de 0,5%.

Barbosa foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda de 2011 a 2013, quando se desentendeu com o então titular, Guido Mantega, e deixou a função.

Por ter uma visão mais flexível sobre como cortar gastos, Barbosa desfrutou nos últimos meses de boa relação com políticos no Congresso. Tem ótimo trânsito na ala governista do PMDB, liderada por Renan Calheiros, o presidente do Senado.

Joaquim Levy já havia decidido sair do governo há algum tempo. Foi convencido pelo seu ex-patrão, Luiz Carlos Trabuco (presidente do Bradesco), a permanecer na cadeira até o final deste ano.

A nomeação de Levy para a Fazenda se deu depois de uma extensa procura por parte de Dilma Rousseff no final de 2014, quando ela havia decidido substituir o então titular, Guido Mantega.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pressionou para que o nomeado fosse Henrique Meirelles, que havia comandado o Banco Central nos primeiros 8 anos do PT no poder. Dilma rejeitou Meirelles.

A segunda opção foi o nome de Luiz Carlos Trabuco, um consenso entre Dilma e Lula. Mas aí o próprio Trabuco não demonstrou muito interesse e ofereceu um de seus funcionários no lugar –Joaquim Levy.

Levy foi nomeado com duas missões principais. Primeiro, reequilibrar as contas públicas (que apresentavam déficit por causa das políticas compensatórias adotadas por Lula, na crise econômica de 2008/2009, e depois ampliadas por Dilma). A segunda meta de Levy era convencer as agências classificadoras de risco a não tirarem do Brasil o selo de bom pagador. O ex-funcionário do Bradesco falhou nas duas tarefas.

Para Levy, foi difícil atuar num governo no qual não havia consenso a respeito do que ele fazia. Mais de uma vez a presidente Dilma Rousseff não o apoiou em disputas internas. Mas, ao mesmo tempo, o agora ex-ministro da Fazenda tinha dificuldades no relacionamento com deputados e senadores, que são os que ao final decidem como deve ser aprovado o Orçamento.

GUINADA NA ECONOMIA
Ao escolher Nelson Barbosa, a presidente Dilma Rousseff faz um agrado na ala mais à esquerda do PT e em grande parte de seus aliados no Congresso, sobretudo os que defendem uma política mais desenvolvimentista e menos ortodoxa.

O PMDB, principal partido no apoio ao Planalto, está há meses reclamando com Dilma Rousseff a respeito da atuação de Levy. Numa reunião ontem (17.dez.2015) à noite, Renan Calheiros e outros senadores listaram o que a presidente deveria fazer a partir de agora. Uma das recomendações é dar uma “guinada na economia” para promover algum alívio para os brasileiros no início de 2016.
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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Lula é intimado a depor em investigação da Operação Zelotes envolvendo seu filho

Lula é intimado a depor em investigação da Operação Zelotes envolvendo seu filho
sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
 Lula durante reunião com governador do Rio, Luiz Fernando Pezão.
REUTERS/Ricardo Moraes

BRASÍLIA (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi intimado pela Polícia Federal a depor em uma investigação de suborno envolvendo seu filho Luís Cláudio, de acordo com um documento de intimação obtido pela Reuters.

Lula não está sob investigação, mas será interrogado sobre a suspeita da polícia de que um pagamento de 2,5 milhões de reais para uma empresa de Luís Cláudio poderia ter sido suborno para influenciar a aprovação de legislação favorecendo empresas do setor automotivo.

A intimação de 1º de dezembro determina que Lula compareça à sede da PF em Brasília na próxima quinta-feira para "prestar esclarecimentos". A intimação foi entregue à Reuters por uma fonte próxima da investigação.

O Instituto Lula informou que ele não foi notificado oficialmente a depor, mas que estará "à disposição das autoridades".

"A Medida Provisória em questão foi editada e aprovada pelo Congresso em 2013, quando ele não era mais presidente da República", disse o instituto em nota.

A PF fez buscas nos escritórios de uma empresa de propriedade de Luís Cláudio em 26 de outubro, como parte da Operação Zelotes, que investiga fraudes em julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

De acordo com declarações da PF na época, evidência de suborno, extorsão e tráfico de influência levou à operação.

"O ex-presidente não tem qualquer relação com tais fatos, mas se notificado irá prestar esclarecimentos", disse o advogado Cristiano Zanin Martins do escritório Teixeira, Martins & Advogados, que representa a família Lula.     O ex-presidente é alvo de investigação da Procuradoria da República no Distrito Federal por suposto tráfico de influência depois que deixou o cargo em 2010 como o presidente mais popular do Brasil.

Na quarta-feira, um juiz autorizou um pedido da polícia para quebrar os sigilos bancário e fiscal da empresa LFT Marketing Esportivo, de Luís Cláudio, e do ex-ministro do governo Lula Gilberto Carvalho.

(Reportagem de Anthony Boadle)

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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Dilma diz ter combinado com Temer relação "profícua" e considerando os interesses do país

Dilma diz ter combinado com Temer relação "profícua" e considerando os interesses do país
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
SÃO PAULO (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff disse em nota, nesta quarta-feira, após encontro com o vice-presidente Michel Temer, que ambos combinaram ter uma relação pessoal e institucional "profícua" e que leve em conta os interesses do país.

A nota divulgada pelo Palácio do Planalto veio em linha com declaração dada minutos antes por Temer, quando afirmou ter combinado com a presidente que ambos teriam uma relação pessoal e institucional "que será a mais fértil possível".

(Por Eduardo Simões)

domingo, 6 de dezembro de 2015

Mary J. Blige - Have Yourself A Merry Little Christmas

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS




ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

 Súplica – Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao comtemplar-vos de braços abertos derramando graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés para vos expor, durante esta oração, as nossas mais prementes necessidades (momento de silêncio e de pedir a graça desejada).
         Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa, este favor que confiantes vos solicitamos, para maior glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem de nossas almas.
         E para melhor servirmos ao vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre verdadeiros cristãos. Amém.

Rezar 3 Ave-Marias.

– Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.

Oração Final – Santíssima Virgem, eu creio e confesso vossa Santa e Imaculada Conceição, pura e sem mancha. Ó puríssima Virgem Maria, por vossa Conceição Imaculada e gloriosa prerrogativa de Mãe de Deus, alcançai-me de vosso amado Filho a humildade, a caridade, a obediência, a castidade, a santa pureza de coração, de corpo e espírito, a perseverança na prática do bem, uma santa vida e uma boa morte. Amém.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Oração a Deus Pai





Oração a Deus Pai

Ó MEU PAI DOS CÉUS, como é doce e suave saber que Vós sois meu PAI e que eu sou Vossa filha(o). É, sobretudo, quando o céu da minha alma é negro e a minha cruz mais pesada, que sinto a necessidade de Vos dizer: PAI, eu creio no Vosso Amor por mim!

Sim, eu creio que Vós sois meu PAI e que eu sou Vossa filha! Eu creio que Vós me amais com um amor infinito!
Eu creio que Vós velais dia e noite por mim, e que nem um cabelo cai da minha cabeça, sem o Vosso consentimento!
Eu creio que, infinitamente Sábio, Vós sabeis muito melhor do que eu o que me convém!
Eu creio que, infinitamente Poderoso, Vós tirais o bem do mal; creio que infinitamente Bom, Vós fazeis que tudo concorra para o bem daqueles que Vos amam; por detrás das mãos que ferem eu beijo a Vossa Mão que cura!
Eu creio, mas aumentai a minha Fé e, sobretudo, a minha Esperança e a minha Caridade! Ensinai-me a saber ver o Vosso Amor dirigir todos os acontecimentos da minha vida. Ensinai-me a abandonar-me à Vossa condução, como urna criança nos braços de sua mãe.

Pai. Vós sabeis tudo. Vós vedes tudo. Vós conheceis-me melhor que eu mesma. Vós podeis tudo e Vós amais-me! Oh meu Pai, já que desejais que nós Vos peçamos tudo, eu venho com confiança pedir-Vos, com Jesus e Maria: dai-Vos a conhecer a todos os homens!

Dai-me a Luz, a Força e a Graça do Vosso Espírito!

Confirmai-me neste Espírito, para que nunca O perca, não O entristeça, nem O enfraqueça em mim.

Meu Pai, é em Nome de Jesus Cristo, Vosso Filho, que eu Vo-lo peço. E Vós, ó Jesus, abri o Vosso Coração e colocai n'Ele o meu e, com o de Maria, oferecei-o ao nosso Divino Pai. Em troca, obtende-me esta graça de que temos tanta necessidade!

Meu Divino Pai, dai-Vos a conhecer a todos os homens!

Que todo mundo proclame a Vossa Bondade e a Vossa Misericórdia! Sede o meu terno Pai e protegei-me em toda a parte como a pupila dos Vossos Olhos. Que eu seja para sempre a Vosso digna filha. Tende piedade de mim! Pai Divino, doce esperança das nossas almas, sede conhecido, honrado e amado pelos homens!

Pai Divino, Bondade infinita que se exerce para com todos os povos, sede conhecido, honrado e amado pelos homens!
Pai Divino, orvalho benfazejo da humanidade, sede conhecido, honrado e amado pelos homens.
Amém.
Madre Eugénia
+ João Cardeal Verdier + Girard. Vie. Apost. Arcebispo de Paris 9 de Outubro de 1935 8 de Maio de 1936

Obs: Deus Pai concede muitas graças por intercessão de Madre Eugénia, rezando-se a oração DEUS É MEU PAI, que o próprio Pai lhe transmitiu.
O Próprio Pai disse à Madre Eugénia que todas as vezes que as pessoas lessem a Sua Mensagem, Ele estaria presente com o seu Amor e a Sua Presença Viva, para comunicar à alma.

Oração enviada por: Maria Filomena



 ORAÇÃO A DEUS PAI TODO PODEROSO


Senhor Deus,
Criador do céu e da terra,
poderoso é o Vosso nome,
grande é a Vossa misericórdia.
Em nome de Vosso Filho Jesus Cristo,
recorro a Vós, neste momento, para pedir benção para a minha vida.
Que a divina luz incida sobre mim.
Com Vossas mãos retirai todo o mal,
todos os problemas e todos os perigos
que estejam ao meu redor.
Que as forças negativas que me abatem e
me entristecem se desfaçam ao sopro da Vossa benção.
O Vosso poder destrua todas as barreiras que impedem o meu progresso,
E do céu Vossas virtudes encham meu ser, dando paz, saúde e prosperidade
abra senhor, os meus caminhos.
Que meus passos sejam dirigidos para que eu não tropece na caminhada da vida.
Meu viver, meu lar e meu trabalho sejam por vós abençoados.
Entrego-me em Vossas mãos na certeza de que tudo vou alcançar.
Agradeço em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo.
AMÉM!!


quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Planalto reage e embate com Cunha se acirra

Planalto reage e embate com Cunha se acirra
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
 Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, deixa sua residência oficial em Brasília. 03/12/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O governo abriu mais um capítulo no embate com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apesar dos conselhos do vice-presidente da República, Michel Temer, de que a presidente Dilma Rousseff não deveria comprar uma briga pública com o parlamentar, aque aceitou na quarta-feira a abertura de processo de impeachmente contra a presidente.

No final desta manhã, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, chamou uma entrevista para dizer que Cunha, que havia acusado a presidente de mentir ao negar que houvesse barganha para salvá-lo no Conselho de Ética em troca do arquivamente dos pedidos de impeachment, foi quem mentiu.

Segundo Cunha, o deputado André Moura (PSC-SE) teria sido levado por Wagner até o gabinete de Dilma, que teria proposto que houvesse um "comprometimento com a aprovação da CPMF", em troca de apoio no Consehlho de Ética, onde o presidente da Câmara enfrenta processo por falta de decoro parlamentar.

Wagner admitiu ter estado na quarta-feira com o deputado André Moura, mas que discutiu com ele pautas econômicas e não o levou à presidente.

O ministro acusou Cunha de usar sempre a ameaça como ferramenta e ter tentado apoio do governo quando não o teve mais na oposição.

“Quando ficou feio para a oposição ele veio tentar conosco, e também não levou. Vai ter que enfrentar sem ameaças um Conselho de Ética”, disse o ministro.

“Ele não conquistou aquilo que ele alardeia e que foi o motivo de chantagem. Eu não sou obrigado a ser verdadeiro com alguém que usa seu próprio poder para paralisar um país e a vida do Congresso.”
REAÇÃO

Cedo na manhã desta quinta-feira, Michel Temer, em reunião com Dilma e o próprio Jaques Wagner, aconselhou a presidente a não entrar em embate público com Cunha, e a agir de “forma institucional” para diminuir a temperatura política, informou à Reuters fonte ligada ao vice-presidente.

Mas, depois da entrevista de Cunha, o Planalto resolveu responder. Além da entrevista de Wagner, o governo estuda uma nota oficial.

A avaliação foi de que o Planalto não poderia deixar passar as pesadas acusações do presidente da Casa.

O próprio Jaques Wagner informou que Dilma ligou para Temer esta manhã para chamá-lo para uma reunião de coordenação política ampliada na tarde desta quinta-feira. O vice-presidente estava na Base Aérea, onde embarcaria para São Paulo, mas voltou para se reunir por cerca de meia hora com a presidente.

Na conversa, os dois analisaram os cenários daqui para a frente, e Temer se prontificou a ajudar, como jurista, na construção da defesa de Dilma no processo de impeachment. E Temer fez a recomendação de que o Planalto evitasse subir o tom.

Nesta tarde, a presidente chamou uma reunião da coordenação política ampliada, cerca de 12 ministros, para preparar o governo, de acordo com Wagner, para o embate dos próximos meses. Devem estar presentes representantes de todos os partidos.

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Próximos passos do processo de impeachment: o que acontece agora?

Próximos passos do processo de impeachment: o que acontece agora?
Gabriela Voskelis
Do UOL, no Rio 02/12/2015

Ueslei Marcelino/Reuters

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), anunciou no início da noite desta quarta-feira (2) que acolheu o principal pedido de impeachment protocolado por partidos de oposição contra a presidente Dilma Rousseff (PT). O processo, no entanto, pode durar vários meses até que haja uma definição, o que deve ocorrer somente em 2016.

Veja o passo a passo do pedido de impeachment da presidente:

1 Leitura da denúncia

A decisão deverá ser publicada ainda nesta quarta-feira (2) no Diário da Câmara dos Deputados, e deverá ser lida no plenário na quinta-feira (3). Em seguida, será entregue a uma comissão especial, com representantes de todos os partidos, de acordo com a devida proporção

2 Defesa

Caso a denúncia seja acolhida, a presidente Dilma terá até dez sessões da Câmara para se manifestar

3 Parecer

Depois de a presidente apresentar sua defesa, a comissão especial terá até cinco sessões de prazo para apresentar o seu parecer. O parecer deverá ser lido na íntegra no plenário da Câmara

4 Votação nominal

Quarenta e oito horas depois da apresentação do parecer sobre a denúncia, o documento deverá ser incluído na "ordem do dia" da Câmara. Só então, ele será votado, nominalmente, pelos 513 deputados. A abertura do processo de impeachment será autorizada pela Câmara caso o pedido tenha pelo menos dois terços dos votos da Câmara, ou 342 votos. Se os deputados decidirem que a denúncia não deve ser objeto de deliberação, o pedido de impeachment é arquivado

5 Afastamento

Se a Câmara instaurar o processo de impeachment, a presidente é automaticamente afastada de suas funções e terá seu salário reduzido pela metade. Ela deve deixar suas atribuições e as residências oficiais em Brasília

6 Envio ao Senado

Se a Câmara decidir pela instauração do processo, o pedido será encaminhado ao Senado, que é a Casa responsável pela sua tramitação. Na prática, a Câmara decidirá se o processo deve ser ou não aberto, mas é no Senado que ele irá tramitar

7 Processo

O Senado tem 180 dias para finalizar o processo, durante os quais Dilma terá oportunidade de se manifestar a respeito. Se o processo não for finalizado em 180 dias, a presidente retorna às suas funções enquanto o processo termina de tramitar

8 Votação

Para que o impeachment seja aprovado, pelo menos dois terços dos 81 senadores precisam votar a favor

9 Se inocentada

Se for considerada "inocente", a presidente retoma suas funções imediatamente

10 Se culpada

Se for considerada "culpada", Dilma Rousseff será novamente afastada e impedida de concorrer a cargos eletivos por oito anos

11 Vice assume

No caso de culpa, a partir do momento em que a presidente Dilma for afastada de suas funções, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assume o cargo

12 Novas eleições

Se Temer estiver definitivamente impedido de exercer a função (em caso de cassação, morte ou renúncia, por exemplo), novas eleições serão convocadas em até 90 dias. Como o processo de impeachment ocorre nos dois primeiros anos do mandato, as eleições serão diretas.

Dilma diz estar "indignada" com pedido de impeachment

Dilma diz estar "indignada" com pedido de impeachment
Do UOL, em Brasília 02/12/2015


A presidente Dilma Rousseff (PT) se disse "indignada" com a abertura de um processo de impeachment contra ela na Câmara dos Deputados, conforme anunciado nessa quarta-feira (2) pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara.

"Ainda hoje recebi com indignação a decisão do senhor presidente da Câmara de processar pedido impeachment contra mandato democraticamente concedido a mim pelo povo brasileiro", declarou a presidente em pronunciamento no Palácio do Planalto.

Dilma disse ainda nunca ter cometido "ato ilícito" e disse crer no arquivamento do pedido. Ela aproveitou o pronunciamento para criticar Cunha. "Não possuo contas no exterior e nem ocultei do conhecimento público a existência de bens pessoais.  Não paira contra mim nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público", disse, em referência às investigações da Operação Lava Jato sobre Cunha, suspeito de ter ocultado contas na Suíça.

A abertura do processo de impeachment ocorre no mesmo dia em que deputados do PT anunciaram que votarão contra o peemedebista no Conselho de Ètica da Câmara, onde ele é investigado  por suposta participação no escândalo da Lava Jato. Segundo o líder do PT na Câmara, deputado  Sibá  Machado (AC), houve uma pressão externa para que os petistas votassem contra o peemedebista.  O presidente da Câmara disse ainda que não conversou "com ninguém do Planalto" e negou que seja uma retaliação.

"Nos últimos tempos, a imprensa noticiou que haveria interesse na barganha dos votos de membros da base governista no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Em troca, haveria o arquivamento dos pedidos de impeachment. Eu jamais aceitaria quaisquer tipos de barganha, muito menos aquelas que atentem contra o funcionamento das livres instituições democráticas deste país", disse a presidente sobre o processo contra Cunha no Conselho de Ética da Câmara. O Palácio do Planalto foi acusado de orientar os deputados do PT a votarem pela improcedência do processo contra o peemedebista.

"Não podemos deixar as conveniências abalarem a democracia e a estabilidade de nosso país", disse a presidente, que declarou ainda que é necessário "confiar em nossas instituições e no Estado Democrático de Direito".

Leia a íntegra do pronunciamento de Dilma:
"Eu dirijo agora uma palavra de esclarecimento a todas as brasileiras e a todos os brasileiros.

No dia de hoje, foi aprovado pelo Congresso Nacional o projeto de lei que atualiza a meta fiscal, permitindo a continuidade dos serviços públicos fundamentais para todos os brasileiros.

Ainda hoje, recebi com indignação a decisão do senhor presidente da Câmara dos Deputados de processar pedido de impeachment contra mandato democraticamente conferido a mim pelo povo brasileiro.

São inconsistentes e improcedentes as razões que fundamentam este pedido. Não existe nenhum ato ilícito praticado por mim. Não paira contra mim, nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público. Não possuo conta no exterior, nem ocultei do conhecimento público a existência de bens pessoais.
Nunca coagi ou tentei coagir instituições ou pessoas na busca de satisfazer meus interesses. Meu passado e meu presente atestam a minha idoneidade e meu inquestionável compromisso com as leis e a coisa pública.

Nos últimos tempos, em especial nos últimos dias, a imprensa noticiou que haveria interesse na barganha dos votos de membros da base governista do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Em troca, haveria o arquivamento dos pedidos de impeachment.

Eu jamais aceitaria ou concordaria com quaisquer tipo de barganha, muito menos aquelas que atentam contra o livre funcionamento das instituições democráticas do meu país, bloqueiam a justiça ou ofendam os princípios morais e éticos que devem governar a vida pública.

Tenho convicção e absoluta tranquilidade quanto à improcedência desse pedido, bem como quanto ao seu justo arquivamento. Não podemos deixar as conveniências e os interesses indefensáveis abalarem a democracia e a estabilidade de nosso país. Devemos ter tranquilidade e confiar nas nossas instituições e no Estado Democrático de Direito. Obrigado a todos vocês e muito boa noite."

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

oração pra prosperar na vida e ganhar muito dinheiro

Líderes mundiais se mobilizam em busca de avanço em cúpula do clima em Paris

Líderes mundiais se mobilizam em busca de avanço em cúpula do clima em Paris
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
 Presidente dos EUA, Barack Obama, discursa durante  a COP 21, em Paris. 30/11/2015 REUTERS/Stephane Mahe

Por Bruce Wallace e Alister Doyle

PARIS (Reuters) - Líderes de todo o globo lançaram nesta segunda-feira uma iniciativa ambiciosa para conter o aumento das temperaturas da Terra, e o presidente da França, François Hollande, disse que o mundo está em um "ponto de ruptura" na luta contra o aquecimento global.

Cerca de 150 chefes de Estado e governo, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o líder chinês, Xi Jinping, a presidente Dilma Rousseff incitaram uns aos outros a abraçar a causa comum nas duas semanas de negociações de forma a distanciar a economia global da dependência de combustíveis fósseis.

Os líderes chegaram para a cúpula do clima da Organização das Nações Unidas (ONU) em Paris acompanhados de grandes expectativas e armados com promessas de ação. Após décadas de tratativas penosas e do fracasso da cúpula de Copenhague seis anos atrás, alguma modalidade de acordo histórico parece quase assegurada até meados de dezembro.

Alertas de cientistas do clima, as exigências de ativistas e as exortações de líderes religiosos, como o papa Francisco, se uniram aos avanços significativos nas fontes de energia limpa, como a solar, para aumentar a pressão por cortes nas emissões de carbono, responsabilizadas pelo aquecimento do planeta.

A maioria dos cientistas afirma que um fracasso na adoção de medidas rígidas no encontro da capital francesa condenaria o mundo a temperaturas médias cada vez mais elevadas, que trariam junto tempestades devastadoras, secas mais frequentes e a elevação do nível dos mares em decorrência do derretimento das calotas polares.

Diante de projeções tão alarmantes, os líderes das nações responsáveis por cerca de 90 por cento das emissões de gases de efeito estufa foram à cúpula munidos de compromissos para reduzir sua produção nacional de carbono através de medidas diferentes em ritmos diferentes.

Para algumas delas, a mudança climática se tornou um assunto premente em casa. Na abertura do encontro parisiense, as capitais de dois dos países mais populosos do mundo, China e Índia, estavam cobertas por um nevoeiro nocivo e sufocante – Pequim estava sob alerta de poluição "laranja", o segundo nível de maior gravidade.
DESAFIO "URGENTE"

Ao longo da próxima quinzena, os negociadores irão firmar o pacto climático internacional mais robusto da história e que irá marcar um progresso impactante na busca frequentemente frustrante por um acordo global, embora por si só ele não baste para evitar que as temperaturas ultrapassem um patamar desastroso.

"O que nos deveria dar esperança de que este é um divisor de águas, de que este é o momento em que finalmente determinamos que iremos salvar nosso planeta, é o fato de que nossas nações compartilham a noção da urgência deste desafio e uma compreensão crescente de que está no nosso poder fazer algo a respeito dele", afirmou Obama, um dos primeiros líderes a discursar na cúpula.

A cúpula acontece sob clima de tensão. A segurança foi reforçada depois dos ataques de militantes islâmicos em 13 de novembro que deixaram 130 mortos em Paris, e Hollande disse que não se pode separar "a luta contra o terrorismo da luta contra o aquecimento global".

Os líderes globais devem enfrentar ambos os desafios, deixando para suas crianças "um mundo livre do terror", assim como "protegido de catástrofes", disse.

Em seu pronunciamento na conferência, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil não está alheio aos problemas das mudanças climáticas, tendo enfrentado secas no Nordeste e chuvas fortes e inundações no Sul e no Sudeste.

"O fenômeno El Niño nos tem golpeado com força", afirmou a presidente, que também abordou o rompimento de barragem de rejeitos da mineradora Samarco em Mariana (MG), que definiu como "o maior desastre ambiental da história do país", provocado por "ação irresponsável de uma empresa".

(Reportagem adicional de Jeff Mason e John Irish)


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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Dilma cancela viagem por problema orçamentário; Planalto vai contingenciar mais de R$10 bi

Dilma cancela viagem por problema orçamentário; Planalto vai contingenciar mais de R$10 bi
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
 Presidente Dilma Rousseff chega a cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília. 24/11/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino?

BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff cancelou a viagem que faria ao Japão e ao Vietnã em dezembro por problema orçamentário, informou o Palácio do Planalto em nota nesta sexta-feira, acrescentando que será publicado na segunda-feira decreto com um contingenciamento de mais de 10 bilhões de reais.

Na nota, o Planalto afirmou que a partir de dezembro "o governo não pode mais empenhar novas despesas discricionárias, exceto às essenciais ao funcionamento do Estado e ao interesse público".

"Não se trata de um problema financeiro, mas orçamentário... Pelo mais recente posicionamento do Tribunal de Contas da União, a não aprovação da revisão da meta (fiscal) obriga o governo a contingenciar as verbas discricionárias", informou o Planalto.

O contingenciamento é necessário pois o Congresso Nacional ainda não votou a alteração da meta de resultado primário para este ano.

A votação estava prevista para quarta-feira, mas foi afetada pela prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado, por suspeita de obstrução no andamento da operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras. A sessão acabou sendo adiada para terça-feira da próxima semana.

A meta de resultado primário que ainda está valendo determina que o setor público consolidado faça superávit de 66,3 bilhões de reais em 2015, sendo 55,3 bilhões de reais para o governo central (governo federal, Banco Central e INSS).

O governo solicitou ao Congresso uma revisão desse alvo, diante da economia em recessão e queda nas receitas. O projeto que aguarda aval dos parlamentares prevê déficit do setor público entre 48,9 bilhões e 117 bilhões de reais. Para o governo central, o rombo poderá ir a 119,9 bilhões de reais, contando, no pior dos cenários, com o pagamento das chamadas pedaladas fiscais e com frustração de ingresso de receitas neste ano com o leilão de hidrelétricas.

O governo deve publicar o decreto de contingenciamento até segunda-feira para não infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal, após ter assumido em relatório de receitas e despesas do 5ª bimestre uma queda expressiva nas receitas no ano. [nL1N13I0C7]

No documento, publicado há uma semana, o governo já tinha assinalado que, para alcançar a meta ainda vigente, deveria contingenciar despesas discricionárias em 107,1 bilhões de reais, o que seria impossível pois só contava com um saldo para contingenciamento de 10,7 bilhões de reais, excluídos os gastos mínimos obrigatórios de saúde e as emendas impositivas.   O governo ressaltou ainda que o corte de 10,7 bilhões de reais paralisaria a máquina pública, com "interrupção das atividades essenciais em todos os órgãos federais e da execução de investimentos necessários à manutenção da infraestrutura do país e à retomada do crescimento econômico".

(Reportagem de Lisandra Paraguassu)

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