Konstantinos - Uranus
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
domingo, 6 de dezembro de 2015
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
Súplica – Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao comtemplar-vos de braços abertos derramando graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés para vos expor, durante esta oração, as nossas mais prementes necessidades (momento de silêncio e de pedir a graça desejada).
Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa, este favor que confiantes vos solicitamos, para maior glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem de nossas almas.
E para melhor servirmos ao vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre verdadeiros cristãos. Amém.
Rezar 3 Ave-Marias.
– Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.
Oração Final – Santíssima Virgem, eu creio e confesso vossa Santa e Imaculada Conceição, pura e sem mancha. Ó puríssima Virgem Maria, por vossa Conceição Imaculada e gloriosa prerrogativa de Mãe de Deus, alcançai-me de vosso amado Filho a humildade, a caridade, a obediência, a castidade, a santa pureza de coração, de corpo e espírito, a perseverança na prática do bem, uma santa vida e uma boa morte. Amém.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
Oração a Deus Pai
Oração a Deus Pai
Ó MEU PAI DOS CÉUS, como é doce e suave saber que Vós sois meu PAI e que
eu sou Vossa filha(o). É, sobretudo, quando o céu da minha alma é negro e a
minha cruz mais pesada, que sinto a necessidade de Vos dizer: PAI, eu creio no
Vosso Amor por mim!
Sim, eu creio que Vós sois meu PAI e que eu sou Vossa filha! Eu creio
que Vós me amais com um amor infinito!
Eu creio que Vós velais dia e noite por mim, e que nem um cabelo cai da
minha cabeça, sem o Vosso consentimento!
Eu creio que, infinitamente Sábio, Vós sabeis muito melhor do que eu o
que me convém!
Eu creio que, infinitamente Poderoso, Vós tirais o bem do mal; creio que
infinitamente Bom, Vós fazeis que tudo concorra para o bem daqueles que Vos
amam; por detrás das mãos que ferem eu beijo a Vossa Mão que cura!
Eu creio, mas aumentai a minha Fé e, sobretudo, a minha Esperança e a
minha Caridade! Ensinai-me a saber ver o Vosso Amor dirigir todos os
acontecimentos da minha vida. Ensinai-me a abandonar-me à Vossa condução, como
urna criança nos braços de sua mãe.
Pai. Vós sabeis tudo. Vós vedes tudo. Vós conheceis-me melhor que eu
mesma. Vós podeis tudo e Vós amais-me! Oh meu Pai, já que desejais que nós Vos
peçamos tudo, eu venho com confiança pedir-Vos, com Jesus e Maria: dai-Vos a
conhecer a todos os homens!
Dai-me a Luz, a Força e a Graça do Vosso Espírito!
Confirmai-me neste Espírito, para que nunca O perca, não O entristeça,
nem O enfraqueça em mim.
Meu Pai, é em Nome de Jesus Cristo, Vosso Filho, que eu Vo-lo peço. E
Vós, ó Jesus, abri o Vosso Coração e colocai n'Ele o meu e, com o de Maria,
oferecei-o ao nosso Divino Pai. Em troca, obtende-me esta graça de que temos
tanta necessidade!
Meu Divino Pai, dai-Vos a conhecer a todos os homens!
Que todo mundo proclame a Vossa Bondade e a Vossa Misericórdia! Sede o
meu terno Pai e protegei-me em toda a parte como a pupila dos Vossos Olhos. Que
eu seja para sempre a Vosso digna filha. Tende piedade de mim! Pai Divino, doce
esperança das nossas almas, sede conhecido, honrado e amado pelos homens!
Pai Divino, Bondade infinita que se exerce para com todos os povos, sede
conhecido, honrado e amado pelos homens!
Pai Divino, orvalho benfazejo da humanidade, sede conhecido, honrado e
amado pelos homens.
Amém.
Madre Eugénia
+ João Cardeal Verdier + Girard. Vie. Apost. Arcebispo de Paris 9 de
Outubro de 1935 8 de Maio de 1936
Obs: Deus Pai concede muitas graças por intercessão de Madre Eugénia,
rezando-se a oração DEUS É MEU PAI, que o próprio Pai lhe transmitiu.
O Próprio Pai disse à Madre Eugénia que todas as vezes que as pessoas
lessem a Sua Mensagem, Ele estaria presente com o seu Amor e a Sua Presença
Viva, para comunicar à alma.
Oração enviada por: Maria Filomena
Senhor Deus,
Criador do céu e da terra,
poderoso é o Vosso nome,
grande é a Vossa misericórdia.
Em nome de Vosso Filho Jesus Cristo,
recorro a Vós, neste momento, para pedir benção para a minha vida.
Que a divina luz incida sobre mim.
Com Vossas mãos retirai todo o mal,
todos os problemas e todos os perigos
que estejam ao meu redor.
Que as forças negativas que me abatem e
me entristecem se desfaçam ao sopro da Vossa benção.
O Vosso poder destrua todas as barreiras que impedem o meu progresso,
E do céu Vossas virtudes encham meu ser, dando paz, saúde e prosperidade
abra senhor, os meus caminhos.
Que meus passos sejam dirigidos para que eu não tropece na caminhada da vida.
Meu viver, meu lar e meu trabalho sejam por vós abençoados.
Entrego-me em Vossas mãos na certeza de que tudo vou alcançar.
Agradeço em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo.
AMÉM!!
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
Planalto reage e embate com Cunha se acirra
Planalto reage e embate com Cunha se acirra
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, deixa sua residência oficial em Brasília. 03/12/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O governo abriu mais um capítulo no embate com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apesar dos conselhos do vice-presidente da República, Michel Temer, de que a presidente Dilma Rousseff não deveria comprar uma briga pública com o parlamentar, aque aceitou na quarta-feira a abertura de processo de impeachmente contra a presidente.
No final desta manhã, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, chamou uma entrevista para dizer que Cunha, que havia acusado a presidente de mentir ao negar que houvesse barganha para salvá-lo no Conselho de Ética em troca do arquivamente dos pedidos de impeachment, foi quem mentiu.
Segundo Cunha, o deputado André Moura (PSC-SE) teria sido levado por Wagner até o gabinete de Dilma, que teria proposto que houvesse um "comprometimento com a aprovação da CPMF", em troca de apoio no Consehlho de Ética, onde o presidente da Câmara enfrenta processo por falta de decoro parlamentar.
Wagner admitiu ter estado na quarta-feira com o deputado André Moura, mas que discutiu com ele pautas econômicas e não o levou à presidente.
O ministro acusou Cunha de usar sempre a ameaça como ferramenta e ter tentado apoio do governo quando não o teve mais na oposição.
“Quando ficou feio para a oposição ele veio tentar conosco, e também não levou. Vai ter que enfrentar sem ameaças um Conselho de Ética”, disse o ministro.
“Ele não conquistou aquilo que ele alardeia e que foi o motivo de chantagem. Eu não sou obrigado a ser verdadeiro com alguém que usa seu próprio poder para paralisar um país e a vida do Congresso.”
REAÇÃO
Cedo na manhã desta quinta-feira, Michel Temer, em reunião com Dilma e o próprio Jaques Wagner, aconselhou a presidente a não entrar em embate público com Cunha, e a agir de “forma institucional” para diminuir a temperatura política, informou à Reuters fonte ligada ao vice-presidente.
Mas, depois da entrevista de Cunha, o Planalto resolveu responder. Além da entrevista de Wagner, o governo estuda uma nota oficial.
A avaliação foi de que o Planalto não poderia deixar passar as pesadas acusações do presidente da Casa.
O próprio Jaques Wagner informou que Dilma ligou para Temer esta manhã para chamá-lo para uma reunião de coordenação política ampliada na tarde desta quinta-feira. O vice-presidente estava na Base Aérea, onde embarcaria para São Paulo, mas voltou para se reunir por cerca de meia hora com a presidente.
Na conversa, os dois analisaram os cenários daqui para a frente, e Temer se prontificou a ajudar, como jurista, na construção da defesa de Dilma no processo de impeachment. E Temer fez a recomendação de que o Planalto evitasse subir o tom.
Nesta tarde, a presidente chamou uma reunião da coordenação política ampliada, cerca de 12 ministros, para preparar o governo, de acordo com Wagner, para o embate dos próximos meses. Devem estar presentes representantes de todos os partidos.
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, deixa sua residência oficial em Brasília. 03/12/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O governo abriu mais um capítulo no embate com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apesar dos conselhos do vice-presidente da República, Michel Temer, de que a presidente Dilma Rousseff não deveria comprar uma briga pública com o parlamentar, aque aceitou na quarta-feira a abertura de processo de impeachmente contra a presidente.
No final desta manhã, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, chamou uma entrevista para dizer que Cunha, que havia acusado a presidente de mentir ao negar que houvesse barganha para salvá-lo no Conselho de Ética em troca do arquivamente dos pedidos de impeachment, foi quem mentiu.
Segundo Cunha, o deputado André Moura (PSC-SE) teria sido levado por Wagner até o gabinete de Dilma, que teria proposto que houvesse um "comprometimento com a aprovação da CPMF", em troca de apoio no Consehlho de Ética, onde o presidente da Câmara enfrenta processo por falta de decoro parlamentar.
Wagner admitiu ter estado na quarta-feira com o deputado André Moura, mas que discutiu com ele pautas econômicas e não o levou à presidente.
O ministro acusou Cunha de usar sempre a ameaça como ferramenta e ter tentado apoio do governo quando não o teve mais na oposição.
“Quando ficou feio para a oposição ele veio tentar conosco, e também não levou. Vai ter que enfrentar sem ameaças um Conselho de Ética”, disse o ministro.
“Ele não conquistou aquilo que ele alardeia e que foi o motivo de chantagem. Eu não sou obrigado a ser verdadeiro com alguém que usa seu próprio poder para paralisar um país e a vida do Congresso.”
REAÇÃO
Cedo na manhã desta quinta-feira, Michel Temer, em reunião com Dilma e o próprio Jaques Wagner, aconselhou a presidente a não entrar em embate público com Cunha, e a agir de “forma institucional” para diminuir a temperatura política, informou à Reuters fonte ligada ao vice-presidente.
Mas, depois da entrevista de Cunha, o Planalto resolveu responder. Além da entrevista de Wagner, o governo estuda uma nota oficial.
A avaliação foi de que o Planalto não poderia deixar passar as pesadas acusações do presidente da Casa.
O próprio Jaques Wagner informou que Dilma ligou para Temer esta manhã para chamá-lo para uma reunião de coordenação política ampliada na tarde desta quinta-feira. O vice-presidente estava na Base Aérea, onde embarcaria para São Paulo, mas voltou para se reunir por cerca de meia hora com a presidente.
Na conversa, os dois analisaram os cenários daqui para a frente, e Temer se prontificou a ajudar, como jurista, na construção da defesa de Dilma no processo de impeachment. E Temer fez a recomendação de que o Planalto evitasse subir o tom.
Nesta tarde, a presidente chamou uma reunião da coordenação política ampliada, cerca de 12 ministros, para preparar o governo, de acordo com Wagner, para o embate dos próximos meses. Devem estar presentes representantes de todos os partidos.
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2015
Próximos passos do processo de impeachment: o que acontece agora?
Próximos passos do processo de impeachment: o que acontece agora?
Gabriela Voskelis
Do UOL, no Rio 02/12/2015
Ueslei Marcelino/Reuters
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), anunciou no início da noite desta quarta-feira (2) que acolheu o principal pedido de impeachment protocolado por partidos de oposição contra a presidente Dilma Rousseff (PT). O processo, no entanto, pode durar vários meses até que haja uma definição, o que deve ocorrer somente em 2016.
Veja o passo a passo do pedido de impeachment da presidente:
1 Leitura da denúncia
A decisão deverá ser publicada ainda nesta quarta-feira (2) no Diário da Câmara dos Deputados, e deverá ser lida no plenário na quinta-feira (3). Em seguida, será entregue a uma comissão especial, com representantes de todos os partidos, de acordo com a devida proporção
2 Defesa
Caso a denúncia seja acolhida, a presidente Dilma terá até dez sessões da Câmara para se manifestar
3 Parecer
Depois de a presidente apresentar sua defesa, a comissão especial terá até cinco sessões de prazo para apresentar o seu parecer. O parecer deverá ser lido na íntegra no plenário da Câmara
4 Votação nominal
Quarenta e oito horas depois da apresentação do parecer sobre a denúncia, o documento deverá ser incluído na "ordem do dia" da Câmara. Só então, ele será votado, nominalmente, pelos 513 deputados. A abertura do processo de impeachment será autorizada pela Câmara caso o pedido tenha pelo menos dois terços dos votos da Câmara, ou 342 votos. Se os deputados decidirem que a denúncia não deve ser objeto de deliberação, o pedido de impeachment é arquivado
5 Afastamento
Se a Câmara instaurar o processo de impeachment, a presidente é automaticamente afastada de suas funções e terá seu salário reduzido pela metade. Ela deve deixar suas atribuições e as residências oficiais em Brasília
6 Envio ao Senado
Se a Câmara decidir pela instauração do processo, o pedido será encaminhado ao Senado, que é a Casa responsável pela sua tramitação. Na prática, a Câmara decidirá se o processo deve ser ou não aberto, mas é no Senado que ele irá tramitar
7 Processo
O Senado tem 180 dias para finalizar o processo, durante os quais Dilma terá oportunidade de se manifestar a respeito. Se o processo não for finalizado em 180 dias, a presidente retorna às suas funções enquanto o processo termina de tramitar
8 Votação
Para que o impeachment seja aprovado, pelo menos dois terços dos 81 senadores precisam votar a favor
9 Se inocentada
Se for considerada "inocente", a presidente retoma suas funções imediatamente
10 Se culpada
Se for considerada "culpada", Dilma Rousseff será novamente afastada e impedida de concorrer a cargos eletivos por oito anos
11 Vice assume
No caso de culpa, a partir do momento em que a presidente Dilma for afastada de suas funções, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assume o cargo
12 Novas eleições
Se Temer estiver definitivamente impedido de exercer a função (em caso de cassação, morte ou renúncia, por exemplo), novas eleições serão convocadas em até 90 dias. Como o processo de impeachment ocorre nos dois primeiros anos do mandato, as eleições serão diretas.
Gabriela Voskelis
Do UOL, no Rio 02/12/2015
Ueslei Marcelino/Reuters
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), anunciou no início da noite desta quarta-feira (2) que acolheu o principal pedido de impeachment protocolado por partidos de oposição contra a presidente Dilma Rousseff (PT). O processo, no entanto, pode durar vários meses até que haja uma definição, o que deve ocorrer somente em 2016.
Veja o passo a passo do pedido de impeachment da presidente:
1 Leitura da denúncia
A decisão deverá ser publicada ainda nesta quarta-feira (2) no Diário da Câmara dos Deputados, e deverá ser lida no plenário na quinta-feira (3). Em seguida, será entregue a uma comissão especial, com representantes de todos os partidos, de acordo com a devida proporção
2 Defesa
Caso a denúncia seja acolhida, a presidente Dilma terá até dez sessões da Câmara para se manifestar
3 Parecer
Depois de a presidente apresentar sua defesa, a comissão especial terá até cinco sessões de prazo para apresentar o seu parecer. O parecer deverá ser lido na íntegra no plenário da Câmara
4 Votação nominal
Quarenta e oito horas depois da apresentação do parecer sobre a denúncia, o documento deverá ser incluído na "ordem do dia" da Câmara. Só então, ele será votado, nominalmente, pelos 513 deputados. A abertura do processo de impeachment será autorizada pela Câmara caso o pedido tenha pelo menos dois terços dos votos da Câmara, ou 342 votos. Se os deputados decidirem que a denúncia não deve ser objeto de deliberação, o pedido de impeachment é arquivado
5 Afastamento
Se a Câmara instaurar o processo de impeachment, a presidente é automaticamente afastada de suas funções e terá seu salário reduzido pela metade. Ela deve deixar suas atribuições e as residências oficiais em Brasília
6 Envio ao Senado
Se a Câmara decidir pela instauração do processo, o pedido será encaminhado ao Senado, que é a Casa responsável pela sua tramitação. Na prática, a Câmara decidirá se o processo deve ser ou não aberto, mas é no Senado que ele irá tramitar
7 Processo
O Senado tem 180 dias para finalizar o processo, durante os quais Dilma terá oportunidade de se manifestar a respeito. Se o processo não for finalizado em 180 dias, a presidente retorna às suas funções enquanto o processo termina de tramitar
8 Votação
Para que o impeachment seja aprovado, pelo menos dois terços dos 81 senadores precisam votar a favor
9 Se inocentada
Se for considerada "inocente", a presidente retoma suas funções imediatamente
10 Se culpada
Se for considerada "culpada", Dilma Rousseff será novamente afastada e impedida de concorrer a cargos eletivos por oito anos
11 Vice assume
No caso de culpa, a partir do momento em que a presidente Dilma for afastada de suas funções, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assume o cargo
12 Novas eleições
Se Temer estiver definitivamente impedido de exercer a função (em caso de cassação, morte ou renúncia, por exemplo), novas eleições serão convocadas em até 90 dias. Como o processo de impeachment ocorre nos dois primeiros anos do mandato, as eleições serão diretas.
Dilma diz estar "indignada" com pedido de impeachment
Dilma diz estar "indignada" com pedido de impeachment
Do UOL, em Brasília 02/12/2015
A presidente Dilma Rousseff (PT) se disse "indignada" com a abertura de um processo de impeachment contra ela na Câmara dos Deputados, conforme anunciado nessa quarta-feira (2) pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara.
"Ainda hoje recebi com indignação a decisão do senhor presidente da Câmara de processar pedido impeachment contra mandato democraticamente concedido a mim pelo povo brasileiro", declarou a presidente em pronunciamento no Palácio do Planalto.
Dilma disse ainda nunca ter cometido "ato ilícito" e disse crer no arquivamento do pedido. Ela aproveitou o pronunciamento para criticar Cunha. "Não possuo contas no exterior e nem ocultei do conhecimento público a existência de bens pessoais. Não paira contra mim nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público", disse, em referência às investigações da Operação Lava Jato sobre Cunha, suspeito de ter ocultado contas na Suíça.
A abertura do processo de impeachment ocorre no mesmo dia em que deputados do PT anunciaram que votarão contra o peemedebista no Conselho de Ètica da Câmara, onde ele é investigado por suposta participação no escândalo da Lava Jato. Segundo o líder do PT na Câmara, deputado Sibá Machado (AC), houve uma pressão externa para que os petistas votassem contra o peemedebista. O presidente da Câmara disse ainda que não conversou "com ninguém do Planalto" e negou que seja uma retaliação.
"Nos últimos tempos, a imprensa noticiou que haveria interesse na barganha dos votos de membros da base governista no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Em troca, haveria o arquivamento dos pedidos de impeachment. Eu jamais aceitaria quaisquer tipos de barganha, muito menos aquelas que atentem contra o funcionamento das livres instituições democráticas deste país", disse a presidente sobre o processo contra Cunha no Conselho de Ética da Câmara. O Palácio do Planalto foi acusado de orientar os deputados do PT a votarem pela improcedência do processo contra o peemedebista.
"Não podemos deixar as conveniências abalarem a democracia e a estabilidade de nosso país", disse a presidente, que declarou ainda que é necessário "confiar em nossas instituições e no Estado Democrático de Direito".
Leia a íntegra do pronunciamento de Dilma:
"Eu dirijo agora uma palavra de esclarecimento a todas as brasileiras e a todos os brasileiros.
No dia de hoje, foi aprovado pelo Congresso Nacional o projeto de lei que atualiza a meta fiscal, permitindo a continuidade dos serviços públicos fundamentais para todos os brasileiros.
Ainda hoje, recebi com indignação a decisão do senhor presidente da Câmara dos Deputados de processar pedido de impeachment contra mandato democraticamente conferido a mim pelo povo brasileiro.
São inconsistentes e improcedentes as razões que fundamentam este pedido. Não existe nenhum ato ilícito praticado por mim. Não paira contra mim, nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público. Não possuo conta no exterior, nem ocultei do conhecimento público a existência de bens pessoais.
Nunca coagi ou tentei coagir instituições ou pessoas na busca de satisfazer meus interesses. Meu passado e meu presente atestam a minha idoneidade e meu inquestionável compromisso com as leis e a coisa pública.
Nos últimos tempos, em especial nos últimos dias, a imprensa noticiou que haveria interesse na barganha dos votos de membros da base governista do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Em troca, haveria o arquivamento dos pedidos de impeachment.
Eu jamais aceitaria ou concordaria com quaisquer tipo de barganha, muito menos aquelas que atentam contra o livre funcionamento das instituições democráticas do meu país, bloqueiam a justiça ou ofendam os princípios morais e éticos que devem governar a vida pública.
Tenho convicção e absoluta tranquilidade quanto à improcedência desse pedido, bem como quanto ao seu justo arquivamento. Não podemos deixar as conveniências e os interesses indefensáveis abalarem a democracia e a estabilidade de nosso país. Devemos ter tranquilidade e confiar nas nossas instituições e no Estado Democrático de Direito. Obrigado a todos vocês e muito boa noite."
Do UOL, em Brasília 02/12/2015
A presidente Dilma Rousseff (PT) se disse "indignada" com a abertura de um processo de impeachment contra ela na Câmara dos Deputados, conforme anunciado nessa quarta-feira (2) pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara.
"Ainda hoje recebi com indignação a decisão do senhor presidente da Câmara de processar pedido impeachment contra mandato democraticamente concedido a mim pelo povo brasileiro", declarou a presidente em pronunciamento no Palácio do Planalto.
Dilma disse ainda nunca ter cometido "ato ilícito" e disse crer no arquivamento do pedido. Ela aproveitou o pronunciamento para criticar Cunha. "Não possuo contas no exterior e nem ocultei do conhecimento público a existência de bens pessoais. Não paira contra mim nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público", disse, em referência às investigações da Operação Lava Jato sobre Cunha, suspeito de ter ocultado contas na Suíça.
A abertura do processo de impeachment ocorre no mesmo dia em que deputados do PT anunciaram que votarão contra o peemedebista no Conselho de Ètica da Câmara, onde ele é investigado por suposta participação no escândalo da Lava Jato. Segundo o líder do PT na Câmara, deputado Sibá Machado (AC), houve uma pressão externa para que os petistas votassem contra o peemedebista. O presidente da Câmara disse ainda que não conversou "com ninguém do Planalto" e negou que seja uma retaliação.
"Nos últimos tempos, a imprensa noticiou que haveria interesse na barganha dos votos de membros da base governista no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Em troca, haveria o arquivamento dos pedidos de impeachment. Eu jamais aceitaria quaisquer tipos de barganha, muito menos aquelas que atentem contra o funcionamento das livres instituições democráticas deste país", disse a presidente sobre o processo contra Cunha no Conselho de Ética da Câmara. O Palácio do Planalto foi acusado de orientar os deputados do PT a votarem pela improcedência do processo contra o peemedebista.
"Não podemos deixar as conveniências abalarem a democracia e a estabilidade de nosso país", disse a presidente, que declarou ainda que é necessário "confiar em nossas instituições e no Estado Democrático de Direito".
Leia a íntegra do pronunciamento de Dilma:
"Eu dirijo agora uma palavra de esclarecimento a todas as brasileiras e a todos os brasileiros.
No dia de hoje, foi aprovado pelo Congresso Nacional o projeto de lei que atualiza a meta fiscal, permitindo a continuidade dos serviços públicos fundamentais para todos os brasileiros.
Ainda hoje, recebi com indignação a decisão do senhor presidente da Câmara dos Deputados de processar pedido de impeachment contra mandato democraticamente conferido a mim pelo povo brasileiro.
São inconsistentes e improcedentes as razões que fundamentam este pedido. Não existe nenhum ato ilícito praticado por mim. Não paira contra mim, nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público. Não possuo conta no exterior, nem ocultei do conhecimento público a existência de bens pessoais.
Nunca coagi ou tentei coagir instituições ou pessoas na busca de satisfazer meus interesses. Meu passado e meu presente atestam a minha idoneidade e meu inquestionável compromisso com as leis e a coisa pública.
Nos últimos tempos, em especial nos últimos dias, a imprensa noticiou que haveria interesse na barganha dos votos de membros da base governista do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Em troca, haveria o arquivamento dos pedidos de impeachment.
Eu jamais aceitaria ou concordaria com quaisquer tipo de barganha, muito menos aquelas que atentam contra o livre funcionamento das instituições democráticas do meu país, bloqueiam a justiça ou ofendam os princípios morais e éticos que devem governar a vida pública.
Tenho convicção e absoluta tranquilidade quanto à improcedência desse pedido, bem como quanto ao seu justo arquivamento. Não podemos deixar as conveniências e os interesses indefensáveis abalarem a democracia e a estabilidade de nosso país. Devemos ter tranquilidade e confiar nas nossas instituições e no Estado Democrático de Direito. Obrigado a todos vocês e muito boa noite."
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
Líderes mundiais se mobilizam em busca de avanço em cúpula do clima em Paris
Líderes mundiais se mobilizam em busca de avanço em cúpula do clima em Paris
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
Presidente dos EUA, Barack Obama, discursa durante a COP 21, em Paris. 30/11/2015 REUTERS/Stephane Mahe
Por Bruce Wallace e Alister Doyle
PARIS (Reuters) - Líderes de todo o globo lançaram nesta segunda-feira uma iniciativa ambiciosa para conter o aumento das temperaturas da Terra, e o presidente da França, François Hollande, disse que o mundo está em um "ponto de ruptura" na luta contra o aquecimento global.
Cerca de 150 chefes de Estado e governo, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o líder chinês, Xi Jinping, a presidente Dilma Rousseff incitaram uns aos outros a abraçar a causa comum nas duas semanas de negociações de forma a distanciar a economia global da dependência de combustíveis fósseis.
Os líderes chegaram para a cúpula do clima da Organização das Nações Unidas (ONU) em Paris acompanhados de grandes expectativas e armados com promessas de ação. Após décadas de tratativas penosas e do fracasso da cúpula de Copenhague seis anos atrás, alguma modalidade de acordo histórico parece quase assegurada até meados de dezembro.
Alertas de cientistas do clima, as exigências de ativistas e as exortações de líderes religiosos, como o papa Francisco, se uniram aos avanços significativos nas fontes de energia limpa, como a solar, para aumentar a pressão por cortes nas emissões de carbono, responsabilizadas pelo aquecimento do planeta.
A maioria dos cientistas afirma que um fracasso na adoção de medidas rígidas no encontro da capital francesa condenaria o mundo a temperaturas médias cada vez mais elevadas, que trariam junto tempestades devastadoras, secas mais frequentes e a elevação do nível dos mares em decorrência do derretimento das calotas polares.
Diante de projeções tão alarmantes, os líderes das nações responsáveis por cerca de 90 por cento das emissões de gases de efeito estufa foram à cúpula munidos de compromissos para reduzir sua produção nacional de carbono através de medidas diferentes em ritmos diferentes.
Para algumas delas, a mudança climática se tornou um assunto premente em casa. Na abertura do encontro parisiense, as capitais de dois dos países mais populosos do mundo, China e Índia, estavam cobertas por um nevoeiro nocivo e sufocante – Pequim estava sob alerta de poluição "laranja", o segundo nível de maior gravidade.
DESAFIO "URGENTE"
Ao longo da próxima quinzena, os negociadores irão firmar o pacto climático internacional mais robusto da história e que irá marcar um progresso impactante na busca frequentemente frustrante por um acordo global, embora por si só ele não baste para evitar que as temperaturas ultrapassem um patamar desastroso.
"O que nos deveria dar esperança de que este é um divisor de águas, de que este é o momento em que finalmente determinamos que iremos salvar nosso planeta, é o fato de que nossas nações compartilham a noção da urgência deste desafio e uma compreensão crescente de que está no nosso poder fazer algo a respeito dele", afirmou Obama, um dos primeiros líderes a discursar na cúpula.
A cúpula acontece sob clima de tensão. A segurança foi reforçada depois dos ataques de militantes islâmicos em 13 de novembro que deixaram 130 mortos em Paris, e Hollande disse que não se pode separar "a luta contra o terrorismo da luta contra o aquecimento global".
Os líderes globais devem enfrentar ambos os desafios, deixando para suas crianças "um mundo livre do terror", assim como "protegido de catástrofes", disse.
Em seu pronunciamento na conferência, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil não está alheio aos problemas das mudanças climáticas, tendo enfrentado secas no Nordeste e chuvas fortes e inundações no Sul e no Sudeste.
"O fenômeno El Niño nos tem golpeado com força", afirmou a presidente, que também abordou o rompimento de barragem de rejeitos da mineradora Samarco em Mariana (MG), que definiu como "o maior desastre ambiental da história do país", provocado por "ação irresponsável de uma empresa".
(Reportagem adicional de Jeff Mason e John Irish)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
Presidente dos EUA, Barack Obama, discursa durante a COP 21, em Paris. 30/11/2015 REUTERS/Stephane Mahe
Por Bruce Wallace e Alister Doyle
PARIS (Reuters) - Líderes de todo o globo lançaram nesta segunda-feira uma iniciativa ambiciosa para conter o aumento das temperaturas da Terra, e o presidente da França, François Hollande, disse que o mundo está em um "ponto de ruptura" na luta contra o aquecimento global.
Cerca de 150 chefes de Estado e governo, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o líder chinês, Xi Jinping, a presidente Dilma Rousseff incitaram uns aos outros a abraçar a causa comum nas duas semanas de negociações de forma a distanciar a economia global da dependência de combustíveis fósseis.
Os líderes chegaram para a cúpula do clima da Organização das Nações Unidas (ONU) em Paris acompanhados de grandes expectativas e armados com promessas de ação. Após décadas de tratativas penosas e do fracasso da cúpula de Copenhague seis anos atrás, alguma modalidade de acordo histórico parece quase assegurada até meados de dezembro.
Alertas de cientistas do clima, as exigências de ativistas e as exortações de líderes religiosos, como o papa Francisco, se uniram aos avanços significativos nas fontes de energia limpa, como a solar, para aumentar a pressão por cortes nas emissões de carbono, responsabilizadas pelo aquecimento do planeta.
A maioria dos cientistas afirma que um fracasso na adoção de medidas rígidas no encontro da capital francesa condenaria o mundo a temperaturas médias cada vez mais elevadas, que trariam junto tempestades devastadoras, secas mais frequentes e a elevação do nível dos mares em decorrência do derretimento das calotas polares.
Diante de projeções tão alarmantes, os líderes das nações responsáveis por cerca de 90 por cento das emissões de gases de efeito estufa foram à cúpula munidos de compromissos para reduzir sua produção nacional de carbono através de medidas diferentes em ritmos diferentes.
Para algumas delas, a mudança climática se tornou um assunto premente em casa. Na abertura do encontro parisiense, as capitais de dois dos países mais populosos do mundo, China e Índia, estavam cobertas por um nevoeiro nocivo e sufocante – Pequim estava sob alerta de poluição "laranja", o segundo nível de maior gravidade.
DESAFIO "URGENTE"
Ao longo da próxima quinzena, os negociadores irão firmar o pacto climático internacional mais robusto da história e que irá marcar um progresso impactante na busca frequentemente frustrante por um acordo global, embora por si só ele não baste para evitar que as temperaturas ultrapassem um patamar desastroso.
"O que nos deveria dar esperança de que este é um divisor de águas, de que este é o momento em que finalmente determinamos que iremos salvar nosso planeta, é o fato de que nossas nações compartilham a noção da urgência deste desafio e uma compreensão crescente de que está no nosso poder fazer algo a respeito dele", afirmou Obama, um dos primeiros líderes a discursar na cúpula.
A cúpula acontece sob clima de tensão. A segurança foi reforçada depois dos ataques de militantes islâmicos em 13 de novembro que deixaram 130 mortos em Paris, e Hollande disse que não se pode separar "a luta contra o terrorismo da luta contra o aquecimento global".
Os líderes globais devem enfrentar ambos os desafios, deixando para suas crianças "um mundo livre do terror", assim como "protegido de catástrofes", disse.
Em seu pronunciamento na conferência, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil não está alheio aos problemas das mudanças climáticas, tendo enfrentado secas no Nordeste e chuvas fortes e inundações no Sul e no Sudeste.
"O fenômeno El Niño nos tem golpeado com força", afirmou a presidente, que também abordou o rompimento de barragem de rejeitos da mineradora Samarco em Mariana (MG), que definiu como "o maior desastre ambiental da história do país", provocado por "ação irresponsável de uma empresa".
(Reportagem adicional de Jeff Mason e John Irish)
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sexta-feira, 27 de novembro de 2015
Dilma cancela viagem por problema orçamentário; Planalto vai contingenciar mais de R$10 bi
Dilma cancela viagem por problema orçamentário; Planalto vai contingenciar mais de R$10 bi
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
Presidente Dilma Rousseff chega a cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília. 24/11/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino?
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff cancelou a viagem que faria ao Japão e ao Vietnã em dezembro por problema orçamentário, informou o Palácio do Planalto em nota nesta sexta-feira, acrescentando que será publicado na segunda-feira decreto com um contingenciamento de mais de 10 bilhões de reais.
Na nota, o Planalto afirmou que a partir de dezembro "o governo não pode mais empenhar novas despesas discricionárias, exceto às essenciais ao funcionamento do Estado e ao interesse público".
"Não se trata de um problema financeiro, mas orçamentário... Pelo mais recente posicionamento do Tribunal de Contas da União, a não aprovação da revisão da meta (fiscal) obriga o governo a contingenciar as verbas discricionárias", informou o Planalto.
O contingenciamento é necessário pois o Congresso Nacional ainda não votou a alteração da meta de resultado primário para este ano.
A votação estava prevista para quarta-feira, mas foi afetada pela prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado, por suspeita de obstrução no andamento da operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras. A sessão acabou sendo adiada para terça-feira da próxima semana.
A meta de resultado primário que ainda está valendo determina que o setor público consolidado faça superávit de 66,3 bilhões de reais em 2015, sendo 55,3 bilhões de reais para o governo central (governo federal, Banco Central e INSS).
O governo solicitou ao Congresso uma revisão desse alvo, diante da economia em recessão e queda nas receitas. O projeto que aguarda aval dos parlamentares prevê déficit do setor público entre 48,9 bilhões e 117 bilhões de reais. Para o governo central, o rombo poderá ir a 119,9 bilhões de reais, contando, no pior dos cenários, com o pagamento das chamadas pedaladas fiscais e com frustração de ingresso de receitas neste ano com o leilão de hidrelétricas.
O governo deve publicar o decreto de contingenciamento até segunda-feira para não infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal, após ter assumido em relatório de receitas e despesas do 5ª bimestre uma queda expressiva nas receitas no ano. [nL1N13I0C7]
No documento, publicado há uma semana, o governo já tinha assinalado que, para alcançar a meta ainda vigente, deveria contingenciar despesas discricionárias em 107,1 bilhões de reais, o que seria impossível pois só contava com um saldo para contingenciamento de 10,7 bilhões de reais, excluídos os gastos mínimos obrigatórios de saúde e as emendas impositivas. O governo ressaltou ainda que o corte de 10,7 bilhões de reais paralisaria a máquina pública, com "interrupção das atividades essenciais em todos os órgãos federais e da execução de investimentos necessários à manutenção da infraestrutura do país e à retomada do crescimento econômico".
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)
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sexta-feira, 27 de novembro de 2015
Presidente Dilma Rousseff chega a cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília. 24/11/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino?
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff cancelou a viagem que faria ao Japão e ao Vietnã em dezembro por problema orçamentário, informou o Palácio do Planalto em nota nesta sexta-feira, acrescentando que será publicado na segunda-feira decreto com um contingenciamento de mais de 10 bilhões de reais.
Na nota, o Planalto afirmou que a partir de dezembro "o governo não pode mais empenhar novas despesas discricionárias, exceto às essenciais ao funcionamento do Estado e ao interesse público".
"Não se trata de um problema financeiro, mas orçamentário... Pelo mais recente posicionamento do Tribunal de Contas da União, a não aprovação da revisão da meta (fiscal) obriga o governo a contingenciar as verbas discricionárias", informou o Planalto.
O contingenciamento é necessário pois o Congresso Nacional ainda não votou a alteração da meta de resultado primário para este ano.
A votação estava prevista para quarta-feira, mas foi afetada pela prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado, por suspeita de obstrução no andamento da operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras. A sessão acabou sendo adiada para terça-feira da próxima semana.
A meta de resultado primário que ainda está valendo determina que o setor público consolidado faça superávit de 66,3 bilhões de reais em 2015, sendo 55,3 bilhões de reais para o governo central (governo federal, Banco Central e INSS).
O governo solicitou ao Congresso uma revisão desse alvo, diante da economia em recessão e queda nas receitas. O projeto que aguarda aval dos parlamentares prevê déficit do setor público entre 48,9 bilhões e 117 bilhões de reais. Para o governo central, o rombo poderá ir a 119,9 bilhões de reais, contando, no pior dos cenários, com o pagamento das chamadas pedaladas fiscais e com frustração de ingresso de receitas neste ano com o leilão de hidrelétricas.
O governo deve publicar o decreto de contingenciamento até segunda-feira para não infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal, após ter assumido em relatório de receitas e despesas do 5ª bimestre uma queda expressiva nas receitas no ano. [nL1N13I0C7]
No documento, publicado há uma semana, o governo já tinha assinalado que, para alcançar a meta ainda vigente, deveria contingenciar despesas discricionárias em 107,1 bilhões de reais, o que seria impossível pois só contava com um saldo para contingenciamento de 10,7 bilhões de reais, excluídos os gastos mínimos obrigatórios de saúde e as emendas impositivas. O governo ressaltou ainda que o corte de 10,7 bilhões de reais paralisaria a máquina pública, com "interrupção das atividades essenciais em todos os órgãos federais e da execução de investimentos necessários à manutenção da infraestrutura do país e à retomada do crescimento econômico".
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)
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sexta-feira, 20 de novembro de 2015
Levy não vê necessidade de aporte de recursos imediato na Petrobras
Levy não vê necessidade de aporte de recursos imediato na Petrobras
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
Ministro da Fazenda, Joaquim Levy. 04/11/2015. REUTERS/Ueslei Marcelino
Por Rory Carroll
HALF MOON BAY, Califórnia (Reuters) - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta sexta-feira que não vê necessidade imediata de um aporte de capital na Petrobras, embora não tenha descartado que isso venha a ocorrer no futuro, afirmando que a estatal tem dinheiro para uma quantidade de tempo razoável.
Segundo ele, há uma série de aspectos que precisam ser levados em conta antes de se considerar uma injeção de recursos na petroleira brasileira, uma das empresas mais endividadas do mundo.
Os comentários de Levy, feitos nos bastidores de uma conferência sobre infraestrutura na região de San Francisco, foram feitos após reportagens na imprensa brasileira de que haveria discussões preliminares para um socorro da União à Petrobras nos moldes de operações feitas com bancos públicos nos últimos anos, com o uso de instrumentos híbridos de capital e dívida.
"O mais importante sobre a Petrobras é que a companhia está tomando medidas para enfrentar seus desafios", afirmou Levy, citando a estratégia de desinvestimentos, a revisão de contratos e a disciplina de custos.
"Eles têm dinheiro suficiente para trabalhar. O Brasil está no meio de uma consolidação fiscal. Estamos no meio de políticas que realmente estão fortalecendo cada área do setor público. Neste momento, eu não vejo necessidade imediata para isso (injeção de capital na Petrobras)", disse Levy.
"É claro que o governo pode sempre agir como o acionista controlador. Mas não devemos buscar soluções fáceis. Temos restrições orçamentárias... É algo que você precisa evitar neste momento", prosseguiu.
Perguntado quando um aporte de recursos na Petrobras seria necessário, ele disse que isso depende dos acontecimentos e que não há razão para especular sobre o assunto.
A Petrobras encerrou setembro com dívida bruta próxima a 130 bilhões de dólares.
A empresa, no epicentro do escândalo bilionário de corrupção investigado pela operação Lava Jato, terminou o terceiro trimestre com cerca de 26 bilhões de dólares em caixa e prevê acabar 2015 com cerca de 22 bilhões de dólares em disponibilidades.
O diretor financeiro da petroleira, Ivan Monteiro, disse em 12 de novembro que a companhia tem privilegiado manter um nível de liquidez bastante elevado, da ordem de mais de 20 bilhões de dólares em caixa, e que continuará a fazer isso.
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quinta-feira, 19 de novembro de 2015
Presidente francês ordena "intensificação" de ataques contra o EI na Síria e no Iraque
Presidente francês ordena "intensificação" de ataques contra o EI na Síria e no Iraque
Do UOL, em São Paulo 19/11/2015
Stephane de Sakutin/AP
O presidente francês, François Hollande, ordenou a "intensificação" dos ataques contra o grupo EI (Estado Islâmico) na Síria e no Iraque, anunciou a presidência francesa nesta quinta-feira (19) à noite, seis dias após os ataques em Paris, reivindicados pelo EI, que mataram 129 pessoas.
O chefe de Estado deu ao governo "as instruções pertinentes" para esse fim, segundo um comunicado oficial divulgado ao término de um encontro, do qual participaram também o primeiro-ministro, Manuel Valls, e os titulares das pastas de Defesa, Jean-Yves Le Drian, Interior, Bernard Cazeneuve, e Relações Exteriores, Laurent Fabius.
A ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos informou ontem que nos bombardeios de aviões franceses na cidade de Raqqa, efetuados nos três dias anteriores, pelo menos 33 combatentes da organização terrorista morreram.
O objetivo desta nova reunião do governo francês, segundo o Palácio do Eliseu, era fazer um balanço sobre as operações realizadas até o momento para capturar os responsáveis e seus cúmplices dos atentados de 13 de novembro em Paris.
O conselho examinou "todas as medidas destinadas a reforçar a proteção" dos franceses no país e debateu também "as modalidades do tratamento diplomático" da situação na Síria, segundo a nota.
Rússia
O Exército russo anunciou ter realizado nesta quinta-feira uma terceira série de bombardeios "em massa" contra o Estado Islâmico na Síria, onde Moscou atua desde 30 de setembro.
"Hoje (...) a aviação russa realizou uma terceira série de bombardeios maciços contra grupos armados ilegais em território sírio", declarou o ministério da Defesa em um comunicado.
Entre 13h40 e 14h30 GMT (11h40 e 12h30 de Brasília), um "esquadrão de bombardeiros estratégicos de longo alcance Tu-22 realizou um ataque concentrado em 6 alvos nas províncias de Raqqa (nordeste) e Deir Ezzor (leste)", incluindo contra refinarias de petróleo utilizadas pelos "terroristas", um armazém de munições e uma oficina de fabricação de morteiros, informa o comunicado.
Todos os alvos dos ataques realizados foram destruídos, indicou a fonte. O EI controla a maioria dos campos de petróleo na Síria, especialmente na província de Deir Ezzor.
Além disso, entre 6h e 6h20 GMT, bombardeiros estratégicos Tu-95 lançaram a partir do espaço aéreo russo 12 mísseis de cruzeiro contra alvos do EI nas províncias sírias de Aleppo (noroeste) e Idleb (noroeste), segundo o comunicado.
Desde 30 de setembro, a Rússia realiza ataques aéreos diários contra alvos "terroristas" para apoiar as operações militares do regime de Damasco, do qual é aliado.
Na terça-feira, Moscou anunciou a primeira série de bombardeios maciços contra posições do EI na Síria, depois de admitir que a queda de um avião russo em 31 de outubro no Sinai egípcio, que fez 224 mortos, foi de fato devido a um ataque reivindicado pelo EI.
Do UOL, em São Paulo 19/11/2015
Stephane de Sakutin/AP
O presidente francês, François Hollande, ordenou a "intensificação" dos ataques contra o grupo EI (Estado Islâmico) na Síria e no Iraque, anunciou a presidência francesa nesta quinta-feira (19) à noite, seis dias após os ataques em Paris, reivindicados pelo EI, que mataram 129 pessoas.
O chefe de Estado deu ao governo "as instruções pertinentes" para esse fim, segundo um comunicado oficial divulgado ao término de um encontro, do qual participaram também o primeiro-ministro, Manuel Valls, e os titulares das pastas de Defesa, Jean-Yves Le Drian, Interior, Bernard Cazeneuve, e Relações Exteriores, Laurent Fabius.
A ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos informou ontem que nos bombardeios de aviões franceses na cidade de Raqqa, efetuados nos três dias anteriores, pelo menos 33 combatentes da organização terrorista morreram.
O objetivo desta nova reunião do governo francês, segundo o Palácio do Eliseu, era fazer um balanço sobre as operações realizadas até o momento para capturar os responsáveis e seus cúmplices dos atentados de 13 de novembro em Paris.
O conselho examinou "todas as medidas destinadas a reforçar a proteção" dos franceses no país e debateu também "as modalidades do tratamento diplomático" da situação na Síria, segundo a nota.
Rússia
O Exército russo anunciou ter realizado nesta quinta-feira uma terceira série de bombardeios "em massa" contra o Estado Islâmico na Síria, onde Moscou atua desde 30 de setembro.
"Hoje (...) a aviação russa realizou uma terceira série de bombardeios maciços contra grupos armados ilegais em território sírio", declarou o ministério da Defesa em um comunicado.
Entre 13h40 e 14h30 GMT (11h40 e 12h30 de Brasília), um "esquadrão de bombardeiros estratégicos de longo alcance Tu-22 realizou um ataque concentrado em 6 alvos nas províncias de Raqqa (nordeste) e Deir Ezzor (leste)", incluindo contra refinarias de petróleo utilizadas pelos "terroristas", um armazém de munições e uma oficina de fabricação de morteiros, informa o comunicado.
Todos os alvos dos ataques realizados foram destruídos, indicou a fonte. O EI controla a maioria dos campos de petróleo na Síria, especialmente na província de Deir Ezzor.
Além disso, entre 6h e 6h20 GMT, bombardeiros estratégicos Tu-95 lançaram a partir do espaço aéreo russo 12 mísseis de cruzeiro contra alvos do EI nas províncias sírias de Aleppo (noroeste) e Idleb (noroeste), segundo o comunicado.
Desde 30 de setembro, a Rússia realiza ataques aéreos diários contra alvos "terroristas" para apoiar as operações militares do regime de Damasco, do qual é aliado.
Na terça-feira, Moscou anunciou a primeira série de bombardeios maciços contra posições do EI na Síria, depois de admitir que a queda de um avião russo em 31 de outubro no Sinai egípcio, que fez 224 mortos, foi de fato devido a um ataque reivindicado pelo EI.
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
Mulher-bomba instaura nova era de jihad feminina na França
Mulher-bomba instaura nova era de jihad feminina na França
AFP Em Paris 18/11/2015
Joel Saget/AFP
Polícia forense recolhe material onde foi realizada operação policial contra suspeitos de terrorismo em Saint-Denis
Polícia forense recolhe material onde foi realizada operação policial contra suspeitos de terrorismo em Saint-Denis
Ao detonar seu cinturão de explosivos para não ser capturada, a mulher que morreu nesta quarta-feira em ação policial em Saint-Denis instaurou uma nova era na França e se somou a uma longa lista de mulheres-bomba.
Ao amanhecer, quando os policiais derrubaram a porta do apartamento ao norte de Paris em que se encontrava com quatro homens, a jovem optou por se explodir.
"Este caso é, sobretudo, uma prova de determinação", explica à AFP Fatima Lahnait, pesquisadora e autora do relatório "Mulheres-bomba, a jihad no feminino".
"O doutrinamento e recrutamento são tais que ela preferiu morrer antes de ser detida. Fazendo isso, contribuiu para a luta. O sexo pouco importa, mas o fato de ser mulher seguramente multiplicará o impacto de seu ato na sociedade", afirma.
Embora nos últimos anos várias mulheres tenham alcançado as "terras da jihad", na Síria e no Iraque, são poucas as que optam pelo martírio. Entre elas, Muriel Degaugue, uma jovem belga convertida ao islã que se explodiu em novembro de 2005 no Iraque durante a passagem de um comboio americano.
"Desejo de morte"
Ao preferir a morte à redenção, suicida de Saint-Denis não tentou - ao contrário dos que se detonaram na noite de sexta-feira em Paris, deixando ao menos 129 mortes - perpetrar um atentado suicida contra eventuais passantes.
"A participação de mulheres em atos devastadores de assassinato e dor sempre provocou uma mescla de estupefação, repugnância e interesse público", escreveu Lahnait. "Como compreender o desejo de morte destas mulheres que aspiram a morrer, mas também a matar?", prossegue.
"A religião muçulmana condena formalmente o suicídio", acrescentou. "Mas isso vem sido frequentemente ignorado, especialmente por libaneses, palestinos, Al-Qaeda e chechenos", explicou.
Em 1985, uma libanesa de apenas 16 anos, Sana Jyadali, lançou seu carro carregado de explosivos contra um comboio israelense, matando dois soldados. Foi a primeira de uma larga lista de mulheres candidatas ao martírio em seu país. O mesmo já aconteceu em Israel, Turquia, Índia, Paquistão, Uzbequistão, Chechênia e Iraque.
A partir desta data até 2006, "mais de 220 mulheres-bomba se sacrificaram, o que representa quase 15% do número total contabilizado", indicou a investigadora em seu informe.
Inclusive meninas
Entre elas figura a iraquiana Sajida al-Rashawi, que tentou se explodir entre os convidados de um casamento palestino em um grande hotel de Amã, a capital jordana. Os chefes da Al-Qaeda, que a consideraram uma heroína, pediram por sua liberdade. Após a morte do piloto jordano Moaz al-Kasasbeh, queimado vivo em uma jaula pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), foi enforcada em fevereiro passado.
Atualmente é outro grupo jihadista, o nigeriano Boko Haram, o que mais recorre às mulheres-bomba, chegando a enviar meninas à morte, entre as quais a mais jovem teria 7 anos. Nestes casos, frequentemente os chefes têm o controle da exploração da carga que transportam, que ativam à distância mediante telefones móveis.
"Em Maiduguri" (grande cidade do norte da Nigéria), "os atentados suicidas são cotidianos", disse à AFP Marc-Antoine Pérouse de Montclos, investigador do Instituto de Investigação para o Desenvolvimento (IRD). "São especialmente mulheres e meninas que vêm após a morte de seus maridos e pais, abatidos em confrontos com o exército nigeriano", explica.
A vingança pela perda de um parente também tem sido o motivo das suicidas chechenas, as famosas "viúvas negras", que provocaram dezenas de vítimas mortais.
Enquanto ímãs dos grupos jihadistas prometem aos candidatos ao martírio as maravilhas do paraíso, especialmente as famosas 72 virgens, não há nada disso para as mulheres-bomba: "O que podem lhes prometer é o reencontro, no paraíso, com um ente querido, um marido desaparecido, por exemplo", precisa Fatima Lahnait.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Comissão do Congresso autoriza déficit primário do governo de até R$117 bi em 2015
Comissão do Congresso autoriza déficit primário do governo de até R$117 bi em 2015
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Por Marcela Ayres
BRASÍLIA (Reuters) - A Comissão Mista de Orçamento (CMO) deu carta branca nesta terça-feira para o governo registrar rombo primário de até 117 bilhões de reais em 2015 que, se confirmado, será o segundo déficit seguido do setor público, impactado pelo pagamento de pedaladas fiscais e pela queda na arrecadação em meio à fraca atividade econômica.
Após reunião marcada por questionamentos da oposição, a CMO aprovou projeto de lei que altera a meta de superávit primário do setor público consolidado --economia para pagamento de juros da dívida pública-- para déficit de no mínimo 48,9 bilhões de reais e no máximo de 117 bilhões de reais no ano.
No pior dos cenários, o resultado será afetado pelo pagamento de até 57 bilhões de reais das chamadas pedaladas fiscais e pela frustração de receitas de 11,1 bilhões de reais com leilão de hidrelétricas.
O projeto de lei ainda precisará ser aprovado em sessão plenária no Congresso. Segundo a presidente da CMO, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), o governo pediu que a matéria entrasse na pauta da sessão conjunta marcada para esta terça-feira.
Mas ela mesma disse ser contra a votação imediata de um projeto recém-aprovado pela comissão. Por isso, completou ela, o texto deverá ser apreciado pelo Legislativo na próxima quinta ou na terça-feira da semana que vem, se houver consenso entre os líderes para tanto.
Antes da votação ser aberta, parlamentares da oposição criticaram veementemente a revisão de contas proposta pelo governo, chamando o orçamento inicialmente previsto pelo governo de "peça fictícia", "lambança" e "conta de padaria".
Este será o segundo ano consecutivo que o Brasil registrará déficit primário, ou seja, gastos maiores do que as receitas, após saldo negativo de 32,5 bilhões de reais em 2014, o primeiro em mais de dez anos.
Em julho, o governo já havia proposto expressiva redução da meta de superávit primário em 2015 para 8,7 bilhões de reais, ou 0,15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), ante a meta inicial de 66,3 bilhões de reais, ou 1,1 por cento do PIB.
Para não infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o governo deve encerrar o ano com a meta de 2015 já alterada pelo Congresso. Na prática, o texto votado pela CMO nesta terça, abrirá espaço para um rombo do setor público de 0,85 por cento a 2,03 por cento do PIB.
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Por Marcela Ayres
BRASÍLIA (Reuters) - A Comissão Mista de Orçamento (CMO) deu carta branca nesta terça-feira para o governo registrar rombo primário de até 117 bilhões de reais em 2015 que, se confirmado, será o segundo déficit seguido do setor público, impactado pelo pagamento de pedaladas fiscais e pela queda na arrecadação em meio à fraca atividade econômica.
Após reunião marcada por questionamentos da oposição, a CMO aprovou projeto de lei que altera a meta de superávit primário do setor público consolidado --economia para pagamento de juros da dívida pública-- para déficit de no mínimo 48,9 bilhões de reais e no máximo de 117 bilhões de reais no ano.
No pior dos cenários, o resultado será afetado pelo pagamento de até 57 bilhões de reais das chamadas pedaladas fiscais e pela frustração de receitas de 11,1 bilhões de reais com leilão de hidrelétricas.
O projeto de lei ainda precisará ser aprovado em sessão plenária no Congresso. Segundo a presidente da CMO, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), o governo pediu que a matéria entrasse na pauta da sessão conjunta marcada para esta terça-feira.
Mas ela mesma disse ser contra a votação imediata de um projeto recém-aprovado pela comissão. Por isso, completou ela, o texto deverá ser apreciado pelo Legislativo na próxima quinta ou na terça-feira da semana que vem, se houver consenso entre os líderes para tanto.
Antes da votação ser aberta, parlamentares da oposição criticaram veementemente a revisão de contas proposta pelo governo, chamando o orçamento inicialmente previsto pelo governo de "peça fictícia", "lambança" e "conta de padaria".
Este será o segundo ano consecutivo que o Brasil registrará déficit primário, ou seja, gastos maiores do que as receitas, após saldo negativo de 32,5 bilhões de reais em 2014, o primeiro em mais de dez anos.
Em julho, o governo já havia proposto expressiva redução da meta de superávit primário em 2015 para 8,7 bilhões de reais, ou 0,15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), ante a meta inicial de 66,3 bilhões de reais, ou 1,1 por cento do PIB.
Para não infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o governo deve encerrar o ano com a meta de 2015 já alterada pelo Congresso. Na prática, o texto votado pela CMO nesta terça, abrirá espaço para um rombo do setor público de 0,85 por cento a 2,03 por cento do PIB.
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sexta-feira, 13 de novembro de 2015
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