Governo descarta saída de Levy, que volta atrás e irá a reunião do G20
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
Ministro da Fazenda, Joaquim Levy. 31/08/2015. REUTERS/Ueslei Marcelino
Por Lisandra Paraguassu e Luciana Otoni
BRASÍLIA (Reuters) - O governo fez nesta quinta-feira um esforço concentrado para demonstrar que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ainda está na condução da economia brasileira, apesar de intensas especulações de perda de espaço e de que deixaria o cargo, após inicialmente cancelar viagem à Turquia para reunião do G20.
“O ministro Levy fica no governo. É um ministro forte. As diretrizes da macroeconomia são do ministro Levy. As diretrizes são de um governo que busca autoridade, equilíbrio fiscal e persegue superávit (primário)”, disse à Reuters o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva.
Levy, que chegou mais cedo a cancelar sua viagem para a reunião do G20 na Turquia, voltou atrás após participar de reunião da Junta Orçamentária no Palácio do Planalto.
A convocação de Levy para a reunião liderada pela presidente Dilma Rousseff foi outro gesto para mostrar que o titular da Fazenda continua forte. O encontro estava previsto apenas com
os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Nelson Barbosa (Planejamento).
Em entrevista após a reunião da Junta Orçamentária, Mercadante enfatizou ser "evidente" que Levy fica.
"Ele tem compromisso com o Brasil, tem compromisso com esse projeto, sabe a importância que ele tem para a sétima economia do mundo como ministro da Fazenda", afirmou.
Segundo Mercadante, a permanência de Levy no cargo não foi tratada na reunião. "Tratamos de coisas objetivas e construtivas”, garantiu. Nos últimos dias, especulações de que o ministro da Fazenda poderia deixar o governo foram apontadas entre as razões para a disparada do dólar ante o real, que chegou nesta quinta-feira a 3,8175 reais durante os negócios, sua cotação mais alta em quase 13 anos. A moeda norte-americana encerrou o dia estável em relação ao fechamento anterior, a 3,7598 reais na venda.
O aparente enfraquecimento do ministro, que perdeu o debate interno sobre o Orçamento de 2016 --Levy defendia um corte maior dos gastos e o envio da proposta sem déficit primário-- deixou investidores nervosos.
TURBULÊNCIA
O grau de especulação em torno de uma possível saída de Levy deixou o governo extremamente preocupado, daí a reação feita nesta quinta-feira. “Tem gente especulando e tentando ganhar dinheiro com turbulência. Pode ter certeza que isso não está na pauta do governo", afirmou Mercadante, acrescentando que aqueles que apostarem na saída de Levy do governo irão perder.
Segundo o ministro Edinho, muita especulação é ruim para o país, especialmente em um momento de instabilidade econômica internacional.
Na quarta-feira, a própria presidente saiu em defesa de Levy. Em entrevista a jornalistas, afirmou que o ministro da Fazenda não estava isolado ou desgastado.
“O ministro Levy não está desgastado dentro do governo. Ele participou conosco de todas as etapas da construção desse Orçamento. Ele tem o respeito de todos nós. Não contribui para o país esse tipo de fala de que o ministro Levy está desgastado", disse a presidente.
As declarações de Dilma foram feitas depois que o próprio ministro reclamou que estava sendo desgastado pelos colegas, em uma tentativa de debelar as especulações. Edinho afirmou, ao ser questionado sobre o fato de as posições de Levy não terem prevalecido no Orçamento de 2016, que o governo debate muito. “O ministro (Levy) participa de todos (debates). Mas a presidente arbitra e decide”, respondeu.
Duas fontes do governo garantiram à Reuters mais cedo que o ministro não tinha intenção de deixar o governo, mas precisava de apoio claro do Planalto para seguir trabalhando.
Sepultamento em massa na Síria: mais de 100 pessoas mortas em massacre na cidade de Houla, metade dos quais eram crianças. (Foto reprodução)
Quando vejo a desumanidade que está acontecendo na Síria, fruto das decisões do cruel e sanguinário presidente Bashar al-Assad, pergunto para mim mesmo, para Deus e para os cidadãos de bem, homens e mulheres: será se o mundo evoluiu tanto quanto parece?
O Presidente Bashar al-Assad reina com mão de ferro, como se o país e a população fossem animais irracionais pertencentes a ele. Talvez ele pense assim, porque a nação e suas riquezas foram herdadas de seu pai, o general Hafez AL-Assad que tomou o poder através de um golpe militar, em 1971 e morreu em 10 de junho de 2000.
E é claro, como a nação é formada também por pessoas, fazem parte da sua herança, e assim o presidente Bashar al-Assad se acha no direito de matar a todos que discordam dele. Diariamente, dezenas de pessoas são assassinadas da forma mais cruel possível. É como se os civis não fossem seres humanos e sim animais da propriedade de Bashar AL-Assad. Ele nem sequer considera que até mesmo animais têm o direito a uma morte digna.
Em pleno século 21, as tropas Sírias, sob o comando de Bashar al-Assad, torturam e executam algumas crianças, outras são estupradas e outras torturadas.
Mas nem todas as crianças passam por este tipo de crime. As que escapam e estão na faixa etária entre 8 e 15 anos são utilizadas como “escudo humano”, durante as incursões militares contra os rebeldes.
Segundo grupos de direitos humanos cerca de 1.200 crianças morreram durante os 15 meses de revolta contra o monstruoso presidente Bashar AL-Assad.
“Raramente tenho visto tamanha brutalidade contra crianças como na Síria, onde meninas e meninos são presos, torturados, executados e utilizados como escudos humanos”, disse Radhika Coomaraswamy, representante especial da ONU para crianças em conflitos armados.
As Nações Unidas marcaram o governo sírio como um dos mais criminosos da história da humanidade e o incluiu em sua “lista da vergonha”.
Fica a pergunta: até quando este monstro continuará torturando e matando?
Tomara que termine logo este conflito, a justiça seja feita e o cruel e sanguinário presidente Bashar al-Assad pague todo mal que está fazendo. Tomara!
O cruel e sanguinário presidente Bashar al-Assad
Quando vejo a desumanidade que está acontecendo na Síria, fruto das decisões do cruel e sanguinário presidente Bashar al-Assad, pergunto para mim mesmo, para Deus e para os cidadãos de bem, homens e mulheres: será se o mundo evoluiu tanto quanto parece?
O Presidente Bashar al-Assad reina com mão de ferro, como se o país e a população fossem animais irracionais pertencentes a ele. Talvez ele pense assim, porque a nação e suas riquezas foram herdadas de seu pai, o general Hafez AL-Assad que tomou o poder através de um golpe militar, em 1971 e morreu em 10 de junho de 2000.
E é claro, como a nação é formada também por pessoas, fazem parte da sua herança, e assim o presidente Bashar al-Assad se acha no direito de matar a todos que discordam dele. Diariamente, dezenas de pessoas são assassinadas da forma mais cruel possível. É como se os civis não fossem seres humanos e sim animais da propriedade de Bashar AL-Assad. Ele nem sequer considera que até mesmo animais têm o direito a uma morte digna.
Em pleno século 21, as tropas Sírias, sob o comando de Bashar al-Assad, torturam e executam algumas crianças, outras são estupradas e outras torturadas.
Mas nem todas as crianças passam por este tipo de crime. As que escapam e estão na faixa etária entre 8 e 15 anos são utilizadas como “escudo humano”, durante as incursões militares contra os rebeldes.
Segundo grupos de direitos humanos cerca de 1.200 crianças morreram durante os 15 meses de revolta contra o monstruoso presidente Bashar AL-Assad.
“Raramente tenho visto tamanha brutalidade contra crianças como na Síria, onde meninas e meninos são presos, torturados, executados e utilizados como escudos humanos“, disse Radhika Coomaraswamy, representante especial da ONU para crianças em conflitos armados.
As Nações Unidas marcaram o governo sírio como um dos mais criminosos da história da humanidade e o incluiu em sua “lista da vergonha”.
Fica a pergunta: até quando este monstro continuará torturando e matando?
Tomara que termine logo este conflito, a justiça seja feita e o cruel e sanguinário presidente Bashar al-Assad pague todo mal que está fazendo. Tomara!
A imagem que chocou o mundo sobre a questão dos refugiados sírios. Corpo de garotinho morto afogado encontrado na Turquia.
Pai de crianças que morreram afogadas vai levar corpos de volta para Síria
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
Abdullah Kurdi, pai de menino sírio de 3 anos que morreu afogado, deixa necrotério de Mugla. 03/09/2015 REUTERS/Murad Sezer
Por Ece Toksabay
MUGLA, Turquia (Reuters) - O pai de duas crianças sírias que morreram afogadas junto com a mãe e diversos outros imigrantes enquanto tentavam chegar à costa grega identificou os corpos nesta quinta-feira e se preparou para levá-los de volta à cidade natal de Kobani.
Abdullah Kurdi chorava ao sair de um necrotério na cidade de Mugla, perto de Bodrum, onde o corpo do seu filho de 3 anos de idade, Aylan, foi achado, na Turquia.
Uma fotografia do corpo do menino, vestindo uma camiseta vermelha e bermuda, com o rosto afundado na areia, estampou jornais de todo o mundo nesta quinta-feira, gerando indignação pela falta de ação de países desenvolvidos na ajuda a refugiados.
O irmão de Aylan, Galip, de 5 anos, e sua mãe, Rehan, de 35, também estão entre as ao menos 12 pessoas, incluindo outras crianças, que morreram depois que dois barcos colidiram enquanto tentavam chegar à ilha grega de Kos.
"As coisas que nos aconteceram aqui, no país onde nos refugiamos para fugir da guerra no nosso país natal, queremos que o mundo inteiro veja isto", disse Abdullah a repórteres.
"Queremos a atenção do mundo sobre nós, para prevenir que isto aconteça com outros. Que esta seja a última vez", disse.
Em declaração à polícia obtida pelo jornal Hurriyet, Abdullah disse que pagou duas vezes a traficantes para levar ele e sua família à Grécia, mas as tentativas falharam. Ele então decidiu encontrar um barco e remar sozinho, mas então o barco começou a encher de água e virou quando as pessoas entraram em pânico.
"Eu estava segurando a mão de minha esposa. Meus filhos escaparam das minhas mãos. Tentamos segurá-los no barco", disse na declaração. "Todos estavam gritando no escuro. Não consegui fazer com que minha voz fosse ouvida por minha esposa e filhos".
Entenda a crise de migrantes e refugiados na Europa
A crise dos refugiados e migrantes que chegam à Europa criou divisão entre os países europeus sobre a forma de gerir o fluxo de pessoas deslocadas, em sua maioria pessoas que fogem da guerra na Síria.
Além do grande número de refugiados que chegaram na Europa, o uso de novas rotas além do Mediterrâneo levou a União Europeia a convocar uma reunião especial para discutir a crise.
Abaixo estão algumas perguntas e respostas sobre a maior crise de refugiados enfrentada pela Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Por que este êxodo?
A situação na Síria, país de origem da maior parte dos refugiados, agravou-se pela ofensiva do grupo jihadista Estado Islâmico e pela longa duração da guerra.
A maioria dos deslocados viaja para a Europa diretamente, em vez de esperar em campos de refugiados lotados nos países vizinhos, explica Melissa Fleming, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur).
A decisão da Alemanha de não enviar de volta para os países por onde eles entraram na UE os refugiados sírios tem levado muitas pessoas a fazer a viagem.
Além disso, muitos deslocados decidiram fazer a viagem antes que muitas rotas sejam fechadas pela pressão da UE para que Grécia e Itália criem centros de acolhida em seus territórios.
Até agora, ambos os países tendem a "fechar os olhos" e deixam muitos migrantes passar para os Estados vizinhos.
Quantas pessoas chegaram e de ondem procedem?
Desde janeiro, cerca de 330.000 refugiados e migrantes chegaram à Europa depois de atravessar o Mediterrâneo, uma viagem que custou a vida de quase 2.500 pessoas, de acordo com dados do Acnur e Frontex.
A Alemanha prevê receber 800.000 pedidos de asilo em 2015, ou seja, quatro vezes mais do que em 2014 e mais do que qualquer outro país da UE.
De acordo com dados da Eurostat, 185.000 pedidos de asilo foram recebidos no primeiro trimestre de 2015, metade deles feitos por cidadãos do Kosovo, Síria e Afeganistão.
Em 2014 apenas 162 mil pessoas obtiveram asilo na Europa, ao passo que foram analisados 359.000 registros.
Este ano tramitaram cerca de 652.000 pedidos de asilo, 20% dos quais foram apresentadas por cidadãos sírios.
Para onde vão?
Os três destinos mais solicitados pelos migrantes são a Alemanha, a Suécia e o Reino Unido. Mas metade dos pedidos de asilo apresentados no primeiro trimestre de 2015 foram depositados na Alemanha, o que representa 73.000 (40% do total), enquanto a Hungria recebeu 32.000 (18%), Itália 5.000 (8%), França 14.800 (8%), Suécia 11.400 (6%), Áustria 9.700 (5%) e Grã Bretanha 7.300 (4%).
De acordo com a ONU, cerca de 200.000 pessoas chegaram na Grécia este ano, enquanto a Itália recebeu cerca de 110.000 pessoas.
Na região dos Balcãs também houve um aumento do trânsito, com a abertura de uma rota aberta pelos deslocados dos conflitos no Oriente Médio, fugindo para a Turquia e, em seguida, para a Grécia.
O que faz a UE?
A UE enviou uma operação marítima após o naufrágio de um barco com migrantes em abril que deixou 700 mortos.
O bloco também identificou vários pontos na fronteira para registrar os recém-chegados e estabelecer quantas pessoas são refugiados e quantos são migrantes econômicos.
Mas a tentativa de distribuir 40.000 pessoas para aliviar a Grécia e Itália mostrou as divisões entre os parceiros europeus.
Bruxelas também tentou dissuadir os migrantes de empreender a viagem, organizando uma cúpula em La Valette com líderes africanos programada para 11 e 12 de novembro.
Regina, filha de Jesus Duarte (militar) e Dulce Blois (professora de piano), nasceu na cidade de Franca, interior de São Paulo, mas viveu dos seis aos dezoito anos em Campinas. Tem cinco irmãos: Maria Lúcia, Cláudio, José, Flávio e Tereza.
Sua carreira teve início aos 14 anos de idade como atriz amadora no grupo TEC (Teatro do Estudante de Campinas). Estreou interpretando a Compadecida em A Compadecida, de Ariano Suassuna. Participou da montagem de Pluft, o Fantasminha, de Maria Clara Machado, Rapunzel, Natal na Praça e O Tempo e os Conways, de Priestley, e Via Sacra, de Ghéon.
Em 1964 apareceu em cartazes para uma campanha de sorvetes. Em seguida, fez anúncio para a televisão de uma marca de refrigeradores.
Sua formação inclui aulas de balé clássico com Mozart Xavier, declamação com Maria Silvia Ferraz Silva e um curso de três meses com Eugênio Kusnet sobre o método Stanislavski.
Vida profissional
Profissionalmente estreou em 1965 na TV Excelsior, atuando na telenovela A Deusa Vencida, de Ivani Ribeiro, sob a direção de Walter Avancini, e no teatro, no mesmo ano, sob a direção de Antunes Filho na montagem de "A Megera Domada", de Shakespeare.
Chegou a fazer um ano do curso de Comunicação da USP, mas trancou matrícula em função do convite de Boni para estrelar Véu de Noiva na Rede Globo, em 1969, sob a direção de Daniel Filho.
Ganhou a alcunha de Namoradinha do Brasil quando fez a telenovela Minha Doce Namorada, em 1971, na TV Globo. Em seguida recebeu o convite para participar da montagem brasileira da peça Hair, mas não aceitou o papel porque não ficaria nua no palco, mas em 1976 fez um ensaio sensual para a revista Playboy.
A imagem de Namoradinha só seria esmaecida aos poucos. Começou com a atuação na telenovela Nina, em 1977, consolidando-se de vez o fim da imagem de Namoradinha do Brasil com o seriado Malu Mulher, de 1979, onde interpretava uma mulher divorciada e independente, levando diversos grupos conservadores a protestarem.
Regina Duarte participou de vários programas históricos da televisão brasileira, desde a década de 1960, quando surgiram os especiais do Festival de Música Popular Brasileira (TV Record) até o final da década de 1980, onde a televisão brasileira era marcada pelo sucesso dos espetáculos transmitidos que apresentavam os novos talentos da MPB, registravam índices recordes audiência.
Um desses momentos marcantes da televisão foi Mulher 80, na Rede Globo. O programa exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a mulher e a discussão do papel feminino na sociedade de então abordando esta temática no contexto da música nacional e da inegável preponderância das vozes femininas na MPB, com Gal Costa, Maria Bethânia, Zezé Motta, Elis Regina, Joanna, Rita Lee, Marina Lima, Simone e as participações especiais de Regina Duarte e Narjara Turetta, que protagonizavam o seriado Malu Mulher à época.
Em novelas, Regina Duarte é a atriz que obteve os maiores índices de audiência no Ibope ao longo da carreira.
Viveu personagens antológicos na TV como a Simone Marques de Selva de Pedra (1972), a Malu do seriado Malu Mulher (1979/1980), a dupla personalidade Luana Camará/Priscila Capricce em Sétimo Sentido (1982), a politicamente correta Raquel Accioli em Vale Tudo (1988), a espalhafatosa Maria do Carmo de Rainha da Sucata (1990), além de ter sido a atriz que mais deu vida às Helenas de Manoel Carlos, nas novelas História de Amor (1995), Por Amor (1997) e Páginas da Vida (2006). Em 2008 viveu a cômica Waldete Maria, uma mulher despachada, divertida, pragmática e sem papas na língua, na novela Três Irmãs. Mas sem dúvida seu maior sucesso foi a extravagante Viúva Porcina em Roque Santeiro (1985).
Em 2011, Regina retornou à TV em um papel de destaque, a enigmática e fútil ricaça Clô Hayalla no remake de O Astro. De acordo com a própria Regina, Clô é um dos papéis mais marcantes e importantes de sua carreira, já que foi uma das poucas vilãs que a atriz interpretou em novelas.
Em 2014, a atriz é anunciada no elenco de Boogie Oogie, porém desiste do papel na novela. A expectativa era que a atriz interpretasse a avó da protagonista (papel de Ísis Valverde) e repetisse par romântico com Lima Duarte, com quem contracenou em Roque Santeiro. No mesmo ano, faz uma participação especial em Império, novela de Aguinaldo Silva, no papel de Maria Joaquina, uma compradora de diamantes que participa dos quatro primeiros capítulos da trama. Ainda em 2014, é anunciada no elenco de Sete Vidas, no papel de uma homossexual.
Política e polêmica
Regina Duarte é simpatizante do PSDB e tem apoiado candidatos tucanos em várias eleições presidenciais. Nas eleições de 1985 para prefeito de São Paulo, ao apoiar Fernando Henrique Cardoso, a atriz Regina Duarte gravou um comercial pedindo a união da esquerda para combater o então candidato conservador Jânio Quadros. Na prática, isso representou uma campanha pelo voto útil, em desfavor de Eduardo Suplicy, do Partido dos Trabalhadores, terceiro colocado na disputa.
Em 2002, Regina, ao lado de Raul Cortez e outros artistas, apoiou o candidato José Serra. Causou polêmica quando gravou depoimento, usado no horário eleitoral gratuito, afirmando ter medo do que o candidato adversário, Lula, faria na presidência, caso fosse vitorioso.Ela mencionava um suposto retrocesso para com a economia brasileira e um aumento na inflação devido a notória oposição do PT ao Plano Real. O seu medo era também sentido por outros setores da sociedade, em especial o empresariado e o mercado financeiro, apesar de o candidato Lula ter assinado documento em que se comprometia a não fazer grandes mudanças na área econômica. Por causa desse depoimento, Regina foi duramente criticada por outros artistas, alguns dos quais apoiavam Lula.
Em 2006 Regina Duarte ratificou sua posição e, em entrevista à revista IstoÉ Gente, afirmou: "Nunca me arrependi do que disse. O PT foi muito agressivo, dono da verdade. Hoje, estou profundamente triste, porque amo o meu país. As pessoas devem pensar melhor no voto com esta nova chance (em referência às eleições presidenciais daquele ano).
Atualmente, Regina Duarte tem atuado publicamente a favor dos ruralistas, na questão de demarcação de terras indígenas e quilombolas no Estado de São Paulo. Ela e o marido, Eduardo Lippincott, são criadores de gado da raça Brahman, em Barretos, na região de Ribeirão Preto, no norte de São Paulo.
Vida pessoal
Regina Duarte tem três filhos (André, Gabriela e João Ricardo) e quatro netos (Manuela e Frederico, filhos de Gabriela e Jairo, Théo, filho de André e Bettina, João Gabriel, filho de João Ricardo com a atriz Regiane Alves). Apenas sua filha Gabriela seguiu a carreira artística. Ela e sua mãe atuaram juntas na telenovela Por Amor, de Manoel Carlos, e na minissérie Chiquinha Gonzaga.
Gabriela, nascida em 1974 e André, nascido em 1970, são filhos de Regina com o engenheiro Marcos Franco, com quem ela se casou em 1969, divorciando-se alguns anos depois. João Ricardo, nascido em 1981, é filho da atriz com seu segundo marido, o publicitário argentino Daniel Gómez.
Atualmente, Regina é casada com o pecuarista Eduardo Lippincott.
Carreira
Televisão
1965 - A Deusa Vencida - Malu
1965 - A Grande Viagem - Isabel
1966 - As Minas de Prata - Inesita
1966 - Anjo Marcado - Lilian
1967 - Os Fantoches - Bete
1968 - Legião dos Esquecidos - Regina
1968 - O Terceiro Pecado - Carolina
1969 - Os Estranhos - Melissa
1969 - Dez Vidas - Pom Pom
1969 - Véu de Noiva - Andréa / Roberta / Maria Célia
1970 - Irmãos Coragem - Ritinha (Rita de Cássia Maciel Coragem)
1971 - Minha Doce Namorada - Patrícia
1971/74 - Caso Especial - episódio "Nº1" (1971) e "A Cartomante" (1974), na direção
1972 - Selva de Pedra - Simone Marques / Rosana Reis
1973 - Carinhoso - Cecília
1974 - Fogo Sobre Terra - Bárbara
1977 - Nina - Nina
1979/80 - Malu Mulher - Maria Luíza ou Malu
1980 - Mulher 80 - Especial de TV (apresentação)
1982 - Sétimo Sentido - Luana Camará / Priscila Capricce
1983 - Guerra dos Sexos - Alma (participação especial)
1984/85 - Joana (Manchete / SBT) - Joana Martins
1985 - Roque Santeiro - Viúva Porcina
1987 - O Outro - Clara (participação especial)
1988 - Vale Tudo - Raquel Accioli
1989 - Top Model - Florinda (participação especial)
1990 - Rainha da Sucata - Maria do Carmo Pereira
1993 - Retrato de Mulher - uma personagem por episódio, num total de nove
1994 - Incidente em Antares - Shirley Terezinha
1995 - História de Amor - Helena Soares
1995 - Irmãos Coragem - participação especial como mulher na rua
1997 - Por Amor - Helena Viana
1999 - Chiquinha Gonzaga - Chiquinha Gonzaga
1999 - O Belo e as Feras - Lídia
2001 - Estrela-Guia - participação especial como ela mesma
2002 - Desejos de Mulher - Andréa Vargas
2003 - Kubanacan - Maria Félix (participação especial)
2005 - Sob Nova Direção - no episódio "A Mensalista"
2006 - Páginas da Vida - Helena Camargo Varela
2008 - Três Irmãs - Waldete Maria de Nascimento Bezerra / Verônica Ramos
2010 - Araguaia - Antoninha (participação especial)
2010 - As Cariocas - Maria Elisa (Malu) no episódio "A Adúltera da Urca"
2011 - O Astro - Clotilde Sampaio Hayalla (Clô)
2012 - A Grande Família - Noêmia (participação especial)
2014 - Império - Maria Joaquina Braga (participação especial)
2015 - Tá no Ar: a TV na TV - Ela Mesma (participação 2ª temporada)
2015 - Sete Vidas - Esther Viana
Cinema
1968 - Lance Maior - Cristina
1969 - A Compadecida - Compadecida
1976 - Chão Bruto - Sinhana
1977 - Parada 88, o Limite de Alerta - Ana
1978 - Daniel, Capanga de Deus - Beatriz / Sandra
1981 - El Hombre del Subsuelo - Luisa dos Santos
1982 - O Homem do Pau-Brasil - Lalá
1983 - O Cangaceiro Trapalhão - Aninha
1984 - São Bernardo - Madalena
1985 - Além da Paixão - Fernanda
1995 - La Lona
2000 - Um Anjo Trapalhão
2003 - Olga Del Volga - inacabado até hoje
2012 - Astro - Uma fábula urbana em um Rio de Janeiro mágico
2014 - Gata Velha Ainda Mia - Glória Polk
Teatro
1966 - A Megera Domada
1967 - Black-Out - uma adolescente
1969 - Romeu e Julieta - Julieta Capuleto
1971 - Dom Quixote, Mula Manca e seu Fiel Companheiro
1975 - Réveillon - Janete
1978 - O Santo Inquérito - Branca Dias
1986 - Miss Banana - musical
1992 - A Vida É Sonho - Segismundo
2001 - Honra - Norah
2005 - Coração Bazar
2012 - Raimunda, Raimunda
2013 - Bem Vindo, Estranho
2014 - diretora da peça " A volta para casa"
Prêmios[editar | editar código-fonte]
Prêmio Contigo
1997 - pelo conjunto da obra (na atuação em "Por Amor")
Prêmio Qualidade Profissional
2002 - pelo conjunto da obra (na atuação em "Desejos de Mulher")
Prêmio Globo de Melhor Atriz
1971 - por "Patrícia", de Minha Doce Namorada
Troféu Imprensa de Melhor Atriz
1965 - por "Malu", de A Deusa Vencida (Atriz Revelação)
1967 - por "Bete", de Os Fantoches
1970 - por "Ritinha", de Irmãos Coragem
1972 - por "Simone" e "Rosana", de Selva de pedra
1973 - recusou o prêmio de Melhor Atriz pela atuação em Carinhoso e o ofereceu a Eva Wilma.
1985 - por "Viúva Porcina", de Roque Santeiro
Prêmio APCA/TV de Melhor atriz
1979 - por Malu Mulher
1980 - por Malu Mulher
1985 - por Roque Santeiro
Homenagens especiais[editar | editar código-fonte]
2006 - Prêmio IstoÉ Gente ... Personalidade do ano em Televisão (IstoÉ Gente)
2011 - Troféu Mário Lago (entregue no Domingão do Faustão) ... Conjunto da Obra
2012 - O que vi da Vida ( Fantástico ) ... Grande Atriz
2015 - homenagem da revista Quem pelos 50 anos de carreira
Ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, após reunião no Senado. 25/8/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
BRASÍLIA (Reuters) - A proposta do Orçamento da União de 2016 apresentada nesta segunda-feira prevê um déficit primário consolidado equivalente a 0,34 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e aumento da dívida bruta até 2017, ameaçando o selo do país de bom pagador junto a investidores internacionais.
O rombo nas contas públicas previsto para o ano que vem é resultado da fraca arrecadação em meio à uma economia anêmica e do fracasso do Executivo em ressuscitar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), ideia que foi abortada diante da resistência do Congresso e do empresariado.
O governo federal sozinho deverá ter no ano que vem um saldo negativo entre receitas e despesas de 30,5 bilhões de reais, ou 0,5 por cento do PIB. O dado fiscal consolidado inclui o resultado de Estados e municípios.
"Não será possível cumprir nossa meta de primário de 2016", disse o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, referindo-se ao objetivo até então de gerar um superávit primário consolidado, a economia feita pelo governo para pagamento de juros da dívida pública, de 0,7 por cento do PIB no próximo ano.
O déficit da União projetado para 2016, num cenário de crescimento modesto da economia de 0,2 por cento, considera uma receita líquida total de 1,18 trilhão de reais e uma despesa de 1,21 trilhão de reais. É a primeira vez que o Executivo entrega ao Congresso uma proposta orçamentária com previsão de fechar as contas no vermelho.
O déficit no regime geral da Previdência deve saltar a 124,9 bilhões de reais em 2016, contra resultado negativo de 88,9 bilhões de reais projetado para o atual exercício.
Os investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para o ano que vem são estimados em 42,4 bilhões de reais, dos quais 15,6 bilhões de reais no Minha Casa, Minha Vida.
DÍVIDA ASCENDENTE A proposta de Orçamento da União para o ano que vem prevê ainda que a dívida bruta subirá a 68,4 por cento do PIB em 2016 e atingirá 68,8 por cento do PIB em 2017, antes de começar a recuar no ano seguinte. Para 2015, a previsão é que a dívida bruta fique em 65,5 por cento do PIB.
Representantes da equipe econômica vinham afirmando que a dívida bruta se estabilizaria no ano que vem e em seguida começaria a cair como percentual do PIB, contestando cálculos de economistas de que se aproximaria dos 70 por cento do PIB.
O déficit nominal, segundo a proposta orçamentária, deve representar 7 por cento do PIB neste ano, 5,86 por cento em 2016 e 3,54 por cento em 2017.
Os dados divulgados nesta segunda-feira ampliam o risco de o Brasil perder o chamado grau de investimento. Entre as três principais agências de classificação de risco, a Standard & Poor's é a que está mais próxima disso, ao atribuir a nota mais baixa dentro dessa faixa, "BBB-", com perspectiva negativa.
"Se não tivermos um nível de cooperação política que melhore as políticas fiscais no médio prazo, a chance de um rebaixamento do rating (brasileiro) é praticamente inevitável nos próximos três meses", disse o co-responsável por dívidas de países emergentes na Schroders, James Barrineau.
O ministro do Planejamento afirmou ainda que o governo pode enfrentar o cenário de déficit primário de 2016 com propostas que precisam ser construídas com o Congresso Nacional, relacionadas a gastos obrigatórios.
"O mais importante é ter um Orçamento realista... e tomar as ações necessárias para melhorar esse Orçamento", disse Barbosa, ao ser questionado sobre o risco de o país perder o grau de investimento.
União Europeia se reunirá em 14 de setembro para discutir crise migratória
domingo, 30 de agosto de 2015
BRUXELAS (Reuters) - Os ministros da União Europeia foram convocados para reunião extraordinária em 14 de setembro para discutir o forte aumento da imigração irregular, enquanto líderes da UE tentam dar uma resposta coerente para a crise dos refugiados.
Luxemburgo, que mantém a presidência rotativa do bloco e pediu a reunião, disse neste domingo que "a situação do fenômeno da imigração dentro e fora da União Europeia, tem tomado ultimamente proporções sem precedentes".
O Conselho de Justiça e Assuntos de Interior, integrado pelos ministros de interior e justiça dos 28 países membros da UE, se reúne usualmente a cada três meses.
Luxembrugo disse que a reunião terá foco na política de retorno, cooperação internacional e investigação e em medidas para evitar o tráfico de pessoas.
Shirley Temple Black (Santa Mônica, 23 de abril de 1928 — Woodside, 10 de fevereiro de 2014[1] [2] ) foi uma atriz, dançarina, cantora e diplomata norte-americana. Já com mais de quarenta anos de idade, concorreu a cargos políticos, sem sucesso. Em 1974, foi nomeada pelo presidente Gerald Ford embaixadora dos Estados Unidos na extinta Checoslováquia, posto que ocupou até 1976. De 1989 a 1992 foi embaixadora no Gana nomeada por George H. W. Bush.[3]
Uma das estrelas mais importantes de Hollywood, Shirley estrelou filmes como A Pequena Princesa e A Pequena Órfã. Ao longo da carreira fez 43 longas metragens. Ela morreu de causas naturais.
Biografia
Shirley Temple nasceu em 23 de abril de 1928, em Santa Monica, Califórnia. Era filha de Gertrudes Amelia Temple (nascida Krieger), uma dona de casa, e George Francis Temple, um funcionário de banco. A família era de ascendência inglesa, alemã e holandesa. Ela tinha dois irmãos, George Francis, Jr. e John Stanley. A mãe de Temple incentivou sua filha desde recém-nascida a cantar, dançar e atuar, e em setembro de 1931 matriculou-a na Meglin's Dance School em Los Angeles. Por esse tempo, a mãe de Temple começou a pentear o cabelo de sua filha em cachos semelhantes aos da estrela de cinema mudo Mary Pickford.
Autógrafo e impressões das mãos e dos pés de Shirley Temple na calçada do Teatro Chinês em Hollywood.
Shirley começou a ter aula de dança com três anos de idade e foi contratada para participar de uma série de curtas chamadas "Baby Burlesks", que parodiavam estrelas e astros adultos, mais notadamente Marlene Dietrich. No mesmo ano, atuou numa sucessão de curta metragens e filmes, incluindo "Little Miss Marker", "Change of Heart", "Now I'll Tell", "Now and Forever" e "Bright Eyes" (no qual cantou seu mais popular sucesso, a canção "On The Good Ship Lollipop").
Vencedora de um Óscar especial aos seis anos de idade, Temple foi a salvadora da Fox e do público na época da Grande Depressão. Inclusive o presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt sucumbiu a seus encantos e lhe agradeceu por "ter feito a América atravessar a Grande Depressão com um sorriso".
Shirley foi campeã de bilheteria de 1935 a 1938 com seu eterno otimismo e seu sorriso vencedor. Depois de adulta porém, não teve o mesmo sucesso como atriz, e aposentou-se do cinema em 1949, e em 1967, se candidatou ao cargo de representante do estado da Califórnia no congresso norte-americano, mas não obteve êxito. Nos anos de 1969 e 1970, foi delegada junto às Organização das Nações Unidas (ONU). Além de ter sido nomeada embaixadora por duas vezes, foi chefe de protocolo para o presidente Gerald R. Ford (1976-1977) e membro da delegação americana que tratava dos problemas dos refugiados africanos (1981).
Ela produziu duas obras autobiográficas sobre sua infância "My Young Life" (1945) e "Child Star" (1988).
Vida pessoal
Com 17 anos, Temple casou com o soldado convertido em ator John Agar (1921-2002) em 19 de setembro de 1945. Tiveram uma filha, Linda Susan Agar (mais tarde conhecida como Susan Black) nascida em 20 de janeiro de 1948. Temple entrou com uma ação de divórcio de Agar no final de 1949 por causa do alcoolismo do marido sendo o divórcio efetivado em 5 de dezembro de 1950. No princípio de 1950, enquanto estava de férias no Hawai, Shirley conheceu e se apaixonou pelo executivo Charles Alden Black (1919-2005) e se casaram em 16 de dezembro de 1950. Juntos tiveram dois filhos: Charles Alden Black Jr. nascido em 29 de abril de 1952 e Lori Black nascida em 9 de abril de 1954. Permaneceram casados até à morte dele com 86 anos, por síndrome mielodisplásico, em 4 de agosto de 2005.
Homenagens em desenhos animados
Cartão de Dia de São Valentim da década de 1930, com uma ilustração inspirada em Shirley Temple.
Durante a década de 1930, Shirley Temple recebeu algumas homenagens em desenhos animados famosos, de Walt Disney, Walter Lantz e Warner Bros:
Shirley apareceu em um desenho animado do Pato Donald chamado "The Autograph Hound" ("O Caçador de Autógrafos") de 1939, onde ela e outros conhecidos atores daquela época gravaram as vozes de suas versões em desenho animado.
Em 1934, ela também havia aparecido em um desenho do Coelho Oswald produzido por Walter Lantz, chamado "Toyland Premiere" (no Brasil ganhou o título de "O Desfile de Natal"), porém neste desenho a voz de sua "versão animada" não foi feita por ela própria, mas sim por Mae Questel a dubladora original de Betty Boop e Olívia Palito.
Shirley também tem uma rápida aparição em um episódio do Mickey Mouse de 1936, intitulado "Mickey's Polo Team" ("O Time de Pólo do Mickey"), onde aparecem várias celebridades conhecidas em Hollywood na época. Ela aparece sentada em uma arquibancada junto dos Três Porquinhos, Prático, Heitor e Cícero, provocando o Lobo Mau, que era um dos jogadores de Pólo.
Em um episódio do Pernalonga chamado "What's Cookin Doc" de 1944, aparece as marcas dos pés e mãos de Shirley Temple na calçada da fama.
Citações e referências na cultura popular
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Shirley Temple e Eddie Cantor cortando o bolo de aniversário do presidente Franklin D. Roosevelt em Los Angeles, Califórnia, 1937.
Em 1935, durante a Grande Depressão, o presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt agradeceu Shirley Temple por fazer a América atravessar aquele triste período com um sorriso. Ele declarou: "During this Depression, when the spirit of the people is lower than at any other time, it is a splendid thing that for just 15 cents an American can go to a movie and look at the smiling face of a baby and forget his troubles." ("Durante esta Depressão, quando o espírito do povo está mais triste do que em qualquer outro momento, é uma coisa magnífica que por apenas 15 centavos, um americano pode ir ao cinema e olhar para o rosto sorridente de um bebê e esquecer de seus problemas.").
Shirley Temple é citada no filme Uma Cilada para Roger Rabbit de 1988. Quando Roger encontra o táxi Benny, batido em um poste, há o seguinte diálogo, Roger Rabbit: "Benny! É Você?!", Benny, o Táxi: "Não, é a Shirley Temple!".
No episódio "O Último Sapateado em Springfield" da série Os Simpsons, aparece uma personagem chamada "Vicki Valentine", uma ex-atriz infantil, mais conhecida como "Pequena Vicki", ela é uma sátira de Shirley Temple. Em uma cena do episódio também aparece uma sátira de um dos filmes de Temple, na cena em questão é exibido um filme em preto e branco na TV, estrelado pela Pequena Vicki, onde um homem negro ensina Vicki a dançar sapateado. A cena satiriza o filme "The Little Colonel" (1935), onde o ator Bill Bojangles dança e sapateia com Shirley Temple. No mesmo episódio também há uma paródia de uma das canções mais famosas cantadas por Shirley, "On the Good Ship Lollipop", que no episódio se tornou "On the Spaceship Lollipop".
No filme Shrek Terceiro, há uma cena em que o "Homem-Biscoito" cantarola a música "On The Good Ship Lollipop". Na dublagem brasileira do filme, a música foi substituída por "Pirulito que Bate Bate", pois a outra não era tão conhecida no Brasil.
No livro Memórias da Emília escrito em 1936 pelo escritor brasileiro Monteiro Lobato, a boneca Emília inventa em seu livro de memórias uma viagem à Hollywood, onde ela e o Visconde de Sabugosa se encontram com Shirley Temple, e juntos com a pequena atriz, brincam de encenar um filme sobre Dom Quixote de la Mancha.
A apresentadora mirim Maísa Silva do SBT, teve seu visual inspirado no de Shirley Temple; ao ir para o SBT no final de 2007, ela passou a apresentar desenhos animados dentro do "Sábado Animado" usando vestidos infantis, e penteado curto. Segundo a Revista Veja, a ideia teria sido de Silvio Santos, que teria selecionado fotos de Shirley que, penduradas no camarim, inspiram os figurinistas e cabeleireiros de Maísa; porém, a informação não é totalmente confirmada, já que segundo uma outra matéria da Revista Quem a ideia teria partido não de Silvio, mas de sua filha, Silvia Abravanel, diretora do Sábado Animado. Tanto Maísa quanto Silvio Santos, já mencionaram algumas vezes durante o Programa Silvio Santos, o fato dela se parecer com Shirley quando criança.
A personagem "Darla Dimple", do longa-metragem de animação "Gatos não sabem dançar" ("Cats don't dance"), é o que se pode chamar de "versão cartunizada de Shirley Temple", pois ela fora baseada inteiramente em Shirley, desde o final do nome até à aparência.
Outras curiosidades
Shirley Temple aos 10 anos de idade, junto da primeira-dama Eleanor Roosevelt, em julho de 1938.
Shirley, com apenas 6 anos, ganhou uma mini-estatueta simbólica em 1935 por sua contribuição ao cinema.
Em 2004, a Legend Films restaurou e colorizou todos os filmes de Shirley Temple produzidos originalmente em preto e branco nos anos 30.
Shirley Temple foi a criança mais fotografada no mundo, e estrelou mais de 40 filmes e 50 produções para televisão.
Quando adulta, ela foi a primeira mulher na história a servir como chefe de protocolo.
Em 1972, aos 44 anos, Shirley descobriu que tinha câncer de mama, e foi a primeira celebridade a admitir em público a sua doença. A razão para isso, foi encorajar outras mulheres a previnirem este problema.
No México a voz de Shirley Temple em seus filmes, era dublada pela atriz María Antonieta de las Nieves, a Chiquinha do seriado Chaves.
Shirley contou depois de adulta que deixou de acreditar em Papai Noel aos seis anos de idade, quando a mãe dela a levou em uma loja para o conhecer, e o homem vestido de Papai Noel lhe pediu um autógrafo.
Em Hollywood conta-se que um diretor ao rodar uma cena que exigia muitas lágrimas da pequena atriz, mentiu para Shirley, dizendo que seu cachorrinho de estimação havia morrido. Neste dia o diretor conseguiu rodar só esta cena, porque depois desta notícia, Shirley não conseguiu mais se concentrar nos textos seguintes.
Em um dos primeiros filmes de Shirley Temple, "Baby Take a Bow" de 1934, há cenas que hoje em dia podem ser consideradas fortes para as crianças, que envolvem armas de fogo ou objetos perigosos. Como uma cena em que Shirley Temple ainda com 5 anos, tem que manusear uma grande faca quando vai ajudar a libertar um homem que estava amarrado, e usa a faca para cortar as cordas. Na internet existem alguns screenshots desta cena, que hoje em dia, poucos acreditam que foi tirada realmente de um filme da pequena atriz [1].
O penteado que Shirley Temple usava tinha exatamente 52 cachos. A mãe de Shirley, Gertrude, era quem prendia os seus cabelos e os dava forma, e os amarrava pouco antes dela ir dormir. Também aplicava produtos para que ficassem mais loiros. Shirley quando ia nadar não podia mergulhar os cabelos na piscina, podia apenas umedecê-los, usando toucas de banho uma sobre a outra. Ela também tinha que ter cuidado nas ruas com a perseguição de "caçadores de souvenirs", que queriam um cacho de seus cabelos como recordação.
Durante sua infância, em todos os lugares em que ia, Shirley tinha de ser escoltada por um agente federal que o governo mantinha para sua proteção.
Na época da popularidade de Shirley, surgiam vários boatos sobre ela, um deles dizia que seria na verdade uma atriz anã de 30 anos (ou "a 30 year old midget."); outros rumores diziam que ela era uma órfã adotada pelo casal Temple com o propósito de exploração, ou que depois de algum tempo ela já estava tão crescida, que o estúdio tinha que colocar nos cenários móveis especiais em tamanho grande para que ela parecesse menor.
Outro rumor, era que obrigavam-na a lixar os dentes, para os manter sempre pequenos, conservando assim sua aparência infantil. Mas ao contrário do que diziam os boatos, o único trabalho artificial que já foi feito nos dentes de Shirley, foi quando ela perdeu um dente de leite da frente, e os diretores a aconselharam a substituir por um minúsculo dente falso durante as filmagens.
Em 1938 Shirley Temple entregou a Walt Disney um Óscar especial e sete mini-estatuetas, representando a Branca de Neve e Os Sete Anões, uma das maiores obras animadas da história. Durante a entrega, Disney tentou conter a emoção. Mas quando a pequena Shirley lhe disse: "Não são bonitos e brilhantes, não está orgulhoso Sr. Disney?" Ele respondeu: "Sim, estou tão orgulhoso que poderia chorar". Shirley então pediu graciosamente: "Não faça isso!". Os dois foram aplaudidos de pé pelos convidados, admirados.
Shirley chegou a ser escalada para interpretar o papel de Dorothy no filme O Mágico de Oz, mas a 20th. Century Fox negou-se a emprestá-la. Então a atriz de 16 anos Judy Garland, que já havia sido cogitada antes, mas era considerada a princípio velha demais para o papel, acabou protagonizando o filme, após um trabalho de maquiagem que ajudou a disfarçar sua idade.
Ao sair da Fox, Shirley foi contratada pela MGM para ingressar o elenco da série Família Hardy. Seu contrato também previa uma série de filmes anuais em número inferior aos produzidos anualmente com ela pela Fox. No entanto, ela apenas participou de um: Kathleen. Antes, ela foi confirmada no elenco do musical Panama Hattie[4] e Babes On Broadway, onde atuaria com Mickey Rooney e Judy Garland[5] . Nesse filme, foi substituída por Virginia Weidler.
Filmografia selecionada
Shirley com 11 anos no filme "The Little Princess" (1939).
Shirley Temple aos 62 anos como embaixadora.
Filme
AnoTítuloPapelNota
1932Red Haired AlibiGloria SheltonPrimeiro filme
1933Out All NightCriançaCreditada como Shirley Jane Temple
To the Last ManMary StanleyNão creditada
1934CarolinaJoan ConnellyNão creditada
MandalayBetty ShawCenas deletadas
As the Earth TurnsCriançaNão creditada
Stand Up and Cheer!Shirley Dugan
Change of HeartShirley
Little Miss MarkerMarthy 'Marky' Jane
Now I'll TellMary Doran
Baby Take a BowShirley Ellison
Now and ForeverPenelope 'Penny' Day
Bright EyesShirley Blake
1935The Little ColonelLloyd Sherman
Our Little GirlMolly Middleton
Curly TopElizabeth Blair
The Littlest RebelVirginia 'Virgie' Cary
1936Captain JanuaryStar
Poor Little Rich GirlBarbara Barry
DimplesDimples Appleby
StowawayBarbara 'Ching-Ching' Stewart
1937Wee Willie WinkiePriscilla 'Winkie' Williams
HeidiHeidi Kramer
1938Rebecca of Sunnybrook FarmRebecca Winstead
Little Miss BroadwayBetsy Brown Shea
Just Around The CornerPenny Hale
1939The Little PrincessSara Crewe
Susannah of the MountiesSusannah Sheldon
1940The Blue BirdMytyl
Young PeopleWendy Ballantine
1941KathleenKathleen Davis
1942Miss Annie RooneyAnne Rooney
1944Since You Went AwayBridget 'Brig' Hilton
I'll Be Seeing YouBarbara Marshall
1945Kiss and TellCorliss Archer
1947HoneymoonBarbara Olmstead
The Bachelor and the Bobby-SoxerSusan
That Hagen GirlMary Hagen
1948Fort ApachePhiladelphia Thursday
1949Mr. Belvedere Goes to CollegeEllen Baker
Adventure in BaltimoreDinah Sheldon
The Story of SeabiscuitMargareth O'Hara/Knowles
A Kiss for CorlissCorliss Archer
Curta-metragem
AnoTítuloPapelNota
1932Runt PageLuu Parsnips
War BabiesCharmaine
The Pie-Covered WagonShirley
1933New Deal RhythmGarota que detesta espinafreNão creditada
Glad Rags to RichesNell/La Belle Diaperina
Kid in HollywoodMorelegs Sweettrick
The Kid's Last FightShirley
Polly Tix in WashingtonPolly Tix
Dora's Dunking DoughnutsShirley
Merrily YoursMary Lou Rogers
Kid 'in' AfricaMadame Cradlebait
What's to Do?Mary Lou Rogers
1934Pardon My PupsMary Lou Rogers
Managed MoneyMary Lou Rogers
Dólar sobe 1,62% e vai a R$3,55, máxima em mais de 12 anos, por China
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou com alta superior a 1,5 por cento nesta segunda-feira, no patamar de 3,55 reais e no maior nível em 12 anos e meio, reagindo à intensa aversão ao risco nos mercados globais após as bolsas da China derreterem diante dos sinais de desaceleração da segunda maior economia do mundo
A moeda norte-americana avançou 1,62 por cento, a 3,5525 reais na venda, maior cotação de fechamento desde 5 de março de 2003, quando foi negociado a 3,555 reais. No ano até agora, dólar já subiu 33,62 por cento.
"A China deu início ao pânico no mundo hoje. Aliado a isso, a gente tem grande vulnerabilidade por causa das incertezas políticas", disse o especialista em câmbio da Icap Corretora, Ítalo Abucater, para quem o dólar deve chegar a 4 reais ainda este ano, mas encerrará 2015 no patamar entre 3,70 e 3,80 reais.
Na máxima desta sessão, o dólar subiu 2,43 por cento e foi a 3,5809 reais, nível mais alto no intradia desde 27 de fevereiro de 2003, quando alcançou 3,6050 reais, mas a alta acabou perdendo força no fim da manhã.
"São forças de pânico, não há racionalidade. Em um dia como hoje, não há nada a fazer: é esperar e ver o quanto o dólar sobe", disse o economista da 4Cast, Pedro Tuesta.
Ele ressaltou, no entanto, que o avanço visto mais cedo foi exagerado. Além disso, ponderou que, "se não houver recuperação (da China), o Fed preferirá adiar (a alta dos juros). Os danos foram significativos", referindo-se ao Federal Reserve, banco central norte-americano, que está na iminência de elevar os juros nos Estados Unidos.
As bolsas de Xangai e Shenzhen desabaram mais de 8 por cento nesta sessão, reforçando o quadro de preocupações com a China, que vem afetando o apetite por ativos de risco, como aqueles denominados em reais, nos mercados globais.
"Os agentes internacionais esperavam que o banco central chinês anunciasse novas medidas no final de semana para dar suporte ao sistema financeiro. Como nada foi feito, as principais bolsas chinesas fecharam novamente com fortes quedas hoje, arrastando as demais praças para um pregão de perdas", escreveu o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa, em nota a clientes.
Agentes financeiros também buscavam pistas sobre a intervenção do Banco Central brasileiro no câmbio, uma vez que aumentou sua atuação na última vez em que a moeda dos EUA operou em patamares próximos aos atuais. Nesta segunda-feira, uma importante fonte da equipe econômica disse à Reuters que o programa de swap cambial está funcionando "muito bem", e não há necessidade de usar as reservas internacionais no mercado de câmbio.
"O BC não vai mexer nas reservas... Na teoria, ele deve dar sequência às rolagens de 100 por cento (dos contratos de swap) até que se tenha uma luz no fim do túnel", disse Abucater, da Icap.
Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 11 mil contratos de swap cambial tradicional, que equivalem a venda futura de dólares, para a rolagem do lote que vence no próximo mês. Ao todo, o BC já rolou 7,562 bilhões de dólares, ou cerca de 75 por cento, do total de 10,027 bilhões de dólares e, se continuar neste ritmo, vai recolocar o todo o lote.
No Brasil, preocupações políticas também atingiram o ânimo dos agentes financeiros, após o vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, determinar que as contas de campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff e o PT sejam investigados por suposta prática de crimes, argumentando que há "vários indicativos" de que ambos foram financiados por propina desviada da Petrobras.
Além disso, nesta sessão, o vice-presidente da República Michel Temer deixou o comando da articulação política do governo da presidente Dilma Rousseff, disse à Reuters uma fonte próxima ao setor de articulação do Planalto.
Os mercados financeiros têm sido profundamente afetados pelas incertezas em torno da permanência de Dilma no cargo até o fim de seu mandato.
"Está cada vez mais difícil imaginar a luz no fim do túnel", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.
(Por Bruno Federowski; Reportagem adicional de Flavia Bohone)
Cunha reafirma que seguirá no comando da Câmara e nega retaliação após denúncia ao STF
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, em São Paulo. 21/8/2015 REUTERS/Paulo Whitaker
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reafirmou nesta sexta-feira que seguirá no cargo e prometeu que não haverá retaliações, um dia depois de ter sido denunciado pelo Ministério Público Federal por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
"Renúncia não faz parte do meu vocabulário, e não fará, podem ter certeza disso, assim como covardia não faz parte do meu vocabulário e não fará", disse Cunha em evento na sede da Força Sindical, em São Paulo, onde foi recebido aos gritos de "Cunha, guerreiro, do povo brasileiro" e "Cunha é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo".
Cunha ressaltou que não há nenhuma prova contra ele e garantiu que ninguém vai constrangê-lo a abrir mão do cargo para o qual foi eleito pela maioria dos deputados.
Na véspera, deputados de 10 partidos pediram seu afastamento da presidência da Casa após ter sido apresentada a denúncia contra ele ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou na quinta-feira denúncia contra Cunha, que passou a ser o primeiro político com foro privilegiado acusado por envolvimento no escândalo de corrupção apurado pela operação Lava Jato. Se o STF acatar a denúncia em decisão colegiada, ele se tornará réu. [nL1N10V2OT]
Ao iniciar sua fala aos sindicalistas, Cunha fez questão de ressaltar que, por causa da papel institucional do cargo que ocupa, não está alinhado a nenhum movimento de defesa ou de exclusão de quem quer que seja.
Seu comentário inicial ocorreu logo depois de um inflamado discurso contra o governo feito pelo deputado e presidente do partido Solidariedade, Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força, em meio a gritos na plateia de "fora Dilma". Pelo cargo que ocupa, cabe a Cunha aceitar ou não os pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Ao falar sobre a situação política do país, Cunha afirmou que parte da crise que o Brasil está vivendo é devido ao fato de a população ter a percepção de que a palavra não foi cumprida.
"Essa sensação de você não cumprir a palavra é que gera a todos a sensação de repulsa à situação vigente hoje", disse. Perguntado sobre como ficará a relação do PMDB com o PT depois da denúncia formal contra ele, Cunha voltou a dizer que defende que seu partido deixe a aliança com os petistas e que isso será discutido no fórum adequado.
Stephen Bantu Biko (18 de dezembro de 1946 - 12 de setembro de 1977) era um ativista anti-apartheid da África do Sul na década de 1960 e 1970.
Líder estudantil, fundou o Movimento da Conciência Negra (Black Consciousness Movement), que capacitava e mobilizava grande parte da população negra urbana. Desde sua morte sob custódia da polícia, ele foi chamado de mártir de um movimento anti-apartheid. Enquanto vivia, seus escritos e ativismo tentou capacitar as pessoas negras, e era famoso por seu slogan "black is beautiful", que o próprio descreveu como: "você está bem como você é, comece a olhar para si mesmo como um ser humano".
Mesmo que Biko nunca tenha sido um membro do Congresso Nacional Africano (ANC), foi incluído no panteão dos heróis de luta, indo tão longe como a utilização de sua imagem para cartazes de campanha nas primeiras eleições não-raciais da África do Sul em 1994. Nelson Mandela disse a respeito de Biko: "Eles tiveram que matá-lo para prolongar a vida do apartheid".
Início da vida
Stephen Bantu Biko é filho de Mzingayi Mathew e Alice 'Mamcete' Biko, nascido em Ginsberg Township, na atual província do Cabo Oriental da África do Sul. Seu pai era funcionário do governo, enquanto sua mãe fez o trabalho doméstico em casas de brancos. O terceiro de quatro filhos, Biko cresceu com sua irmã mais velha, Bukelwa; seu irmão mais velho, Khaya; e sua irmã mais nova, Bobandile. Em 1950, com 4 anos, Biko sofreu a perda de seu pai, que estava estudando direito.
Steve era um Xjosa. Além de Xhosa, ele falava fluente inglês e africâner. Quando criança, ele estudou na Brownlee Primary School e Charles Morgan Higher Primary School. Foi enviado para Lovedale High School em 1964, um internato de prestígio em Alice Eastern Cape, onde seu irmão mais velho, Khaya, anteriormente havia estudado. Durante a era do apartheid, sem liberdade de associação protetora para Sul-africanos não-brancos, Biko foi expulso de Lovedale por suas opiniões políticas,e seu irmão foi preso por sua suposta associação com Poqo (agora conhecido como Azaniam People's Liberation Army). Depois de ser expulso, se formou mais tarde na St. Francis College, uma instituição católica romana em Miriannhill, Natal.
Ele estudou para ser médico na Universidade Médica de Natal.
Casamento e filhos
Biko se casou com Ntsiki Mashalaba em 1970. Eles tiveram dois filhos juntos: Nkosinathi, nascido em 1971, e Samora.
Ele também tinha dois filhos com a Dra. Mamphela Ramphele, uma ativista de destaque dentro do BCM: a filha, Lerato, nascida em 1974, que morreu de pneumonia quando ela tinha apenas dois meses de idade, e um filho, Hlumelo, que nasceu em 1978 após a morte de seu pai.
Biko também teve uma filha com Lorraine Tabane, chamada Motlatsi, nascida em maio de 1977.
Ativismo
Ele foi envolvido com a multirracial União Nacional dos Estudantes Sul-Africanos, mas depois que se convenceu que era negro, decidiu que precisava de uma organização própria, e ajudou a fundar a Organização dos Estudantes Sul-Africanos (SASO), cuja ageda incluiu auto-suficiência política e da unificação de estudantes universitários em uma "consciência negra". Em 1968, Biko foi o primeiro presidente negro eleir. SASO evoluiu para o Movimento de Consciência Negra influente (BCM) e também estava envolvido com a Federação Mundial dos Estudantes Cristãos.
No início de 1970, Biko tornou-se uma figura-chave no momento Durban. Em 1972, ele foi expulso da Universidade de Natal por causa de suas atividades políticas e tornou-se presidente honorário da Convenção do Povo Negro. Ele foi "banido" pelo governo do apartheid em fevereiro de 1973, ou seja, ele não estava autorizado a falar com mais do que uma pessoa, impossibilitando assim que ele falasse em público, era restrito à cidade distrito judiciário do Rei William e não poderia escrever publicamente ou falar com a mídia. Também foi proibido citar qualquer coisa que ele disse, incluindo discursos ou conversas simples.
Quando Biko foi "banido", o seu movimento dentro do país estava restrito ao Cabo Oriental, onde ele nasceu. Depois de voltar paralá, ele formou uma série de organizações de base com base na noção de auto-suficiência: Zanempilo, o Fundo Fiduciário Zimele (que ajudou a apoiar ex-presos políticos e suas famílias).
Apesar da representação do governo do apartheid, Biko e o BCM desempenharam um papel significativo na organização dos protestos que culminou com a Revolta de Soweto de 16 de junho de 1976. Na sequência da revolta, que foi recebido com uma mão pesada pela força de seguranças, as autoridades começaram a alvejar Biko ainda mais.
Morte e rescaldo
Em 18 de agosto de 1977, Biko foi preso em uma barreira policial e interrogado por oficiais da polícia. Esse interrogatório ocorreu na sala de polícia 619 do Edifício Sanlam em Port Elizabeth. O interrogatório durou 22 horas e incluiu tortura e espancamentos, resultando em coma. Ele sofreu ferimento na cabeça quanto estava sob custódia policial na delegacia Walmer, em um subúrbio de Port Elizabeth, e foi acorrentado a uma grade de uma janela durante um dia.
Em 11 de setembro de 1977, a polícia carregou-o nas costas de um Land Rover, nu e contido em algemas para levá-lo para uma prisão com instalações hospitalares. Ele estava quase morto devido às lesões anteriores. Ele morreu logo após a chegada na prisão, em 12 de setembro. A polícia alegou que sua morte foi um resultado de uma greve de fome prolongada, mas a autópsia revelou múltiplas contusões e escoriações e que ele finalmente sucumbiu a uma hemorragia cerebral maciça dos ferimentos na cabeça, que muitos vieram como evidência forte que ele havia sido brutalmente agredido por seus captores. Em seguida, Donald Woods, jornalista, editor e amigo de Biko, junto com Helen Zille, mais tarde líder do partido político da aliança democrática, expuseram a verdade por trás da morte de Steve.
Por causa de sua grande visibilidade, a notícia da morte de Biko se espalhou rapidamente, divulgando a natureza repressiva do governo do apartheid. Seu funeral foi assistido por mais de 10.000 pessoas, incluindo numerosos embaixadores e outros diplomatas dos Estados Unidos e Europa Ocidental. O liberal branco jornalista sul-africano Donald Woods, amigo pessoal de Biko, fotografou seus ferimentos no necrotério. Woods foi mais tarde forçado a fugir da África do Sul para a Inglaterra, e fez campanha contra o apartheid e divulgou mais ainda a vida e a morte de Biko, escrevendo muitos artigos de jornal e autor do livro "Biko" que mais tarde foi transformado em filme de nome "Freedom Cry".
Depois de um inquérito com 15 dias em 1978, um juiz magistrado disse que não havia provas suficientes para acusar os oficiais de homicídio, pois não havia testemunhas. Em 2 de fevereiro de 1978, com base ans provas dadas no inquérito, o procurador-geral do Cabo Oriental declarou que não iria processar os policiais. Em 28 de julho de 1979, o advogado da família Biko anunciou que o governo Sul-Africano teria que pagar 78 milhões de dólares em compensação pela morte de Biko.
Em outubro de 2003, o Ministério da Justiça Sul-Africano anunciou que os cinco policiais acusados de matar Biko não seriam processados judicialmente por causa do limite de tempo para a acusação tinha decorrido e por causa da insuficiência de provas.
Um ano após sua morte, alguns de seus escritos foram recolhidos e lançado sob o título "Eu escrevo o que eu gosto".
Influências e formação da ideologia
Como Frantz Fanon, Biko originalmente estudou medicina e, como Fanon, Biko desenvolveu uma intensa preocupação para o desenvolvimento da consciência negra, como a solução para as lutas existenciais que a existência forma, tanto como um ser humano como um africano. Biko, portanto, pode ser visto como um seguidor de Fanon e Aimé Césaire.
Biko viu a luta pela consciência africana como tendo duas fases: "libertação psicológica" e "libertação física". A influência não-violenta de Gandhi e Martin Luther King sobre Biko é então suspeito, como Biko sabia que por sua luta para dar lugar a libertação física, era necessário que ele existisse dentro das realidades políticas do governo do apartheid, e não-violência a ser bisto mais como uma tática de uma convicção pessoal.
Em sua homenagem, o cantor Peter Gabriel compôs em 1980 a música "Biko".
Citações:
"Um dia nós estaremos em condições de dar à África do Sul o maior dos presentes - uma face mais humana (In time, we shall be in a position to bestow on South Africa the greatest possible gift - a more human face.)
"O gesto de violência de um adulto não merece o sorriso de uma criança".
"O racismo não implica apenas a exclusão de uma raça por outra - ele sempre pressupõe que a exclusão se faz para fins de dominação", contra-argumento em relação ao que os brancos falam sobre o racismo do negro em relação ao branco (o que é cabível, dialeticamente falando).
"Racismo e capitalismo são faces da mesma moeda".
PGR denuncia Cunha e Collor ao STF e pede restituição de US$ 40 milhões
Leandro Prazeres
Do UOL, em Brasília 20/08/2015
Pedro Ladeira - 16.jul.2015 /Folhapress
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
A PGR (Procuradoria Geral da República) denunciou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o senador Fernando Collor (PTB-AL) ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quinta-feira (20). Cunha foi denunciado pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção supostamente praticados dentro do esquema da Lava Jato. A denúncia ainda precisa ser aceita pelo STF para que os parlamentares sejam considerados réu no processo. Novas denúncias ainda poderão ser feitas nos próximos dias.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pede a condenação de Cunha pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e da ex-deputada federal Solange Almeida, atual prefeita de Rio Bonito (RJ), por corrupção passiva.
Além da condenação, Janot pede a restituição do produto e proveito dos crimes no valor de US$ 40 milhões e a reparação dos danos causados à Petrobras e à administração pública também no valor de US$ 40 milhões.
No caso de Collor, a PGR afirma que a denúncia é sigilosa e não há informações sobre por quais crimes o senador foi denunciado.
A operação Lava Jato, deflagrada em março de 2014, investiga um esquema de desvio de recursos da Petrobras estimado em pelo menos R$ 10 bilhões. Segundo as investigações, contratos da Petrobras com empreiteiras eram superfaturados e parte do dinheiro arrecadado por meio do superfaturamento era depois direcionado a políticos e partidos. Entre os partidos investigados estão o PT, PMDB e o PP.
Em março deste ano, a PGR pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura de inquérito para investigar a suposta participação de 54 pessoas no esquema. As investigações conduzidas pela PGR envolvem 37 políticos de seis partidos diferentes, entre eles o PP, PMDB e PT. Entre os políticos com foro privilegiado estão Cunha, 13 senadores, entre eles o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), dois governadores e vários deputados federais.
As penas para o crime de lavagem de dinheiro vão de três a 10 anos de reclusão mais o pagamento de multa. Para o crime de corrupção passiva, as penas variam de dois a 12 anos de reclusão e o pagamento de multa.
Indícios contra Cunha
O principal indício do suposto envolvimento de Cunha no esquema da Lava Jato é o depoimento do lobista Júlio Camargo à Justiça Federal do Paraná. Camargo é um dos principais delatores da Lava Jato.
O lobista disse ter pago US$ 5 milhões em propina a Eduardo Cunha por meio do também lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano e apontado como o principal operador do esquema junto ao PMDB. Cunha negou a alegação feita por Camargo.
Na última segunda-feira (17), o juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava Jato na primeira instância, condenou Fernando Soares a 16 anos de cadeia em um processo relacionado à compra de navios-sonda pela Petrobras.
Os processos da operação Lava Jato serão analisados pela 2ª turma do STF, composta por cinco ministros: Dias Toffoli, Celso de Mello, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Teori Zavascki, relator dos processos. Porém, como Cunha é presidente da Câmara, seu processo seria analisado pelo plenário da Corte, composto por 11 ministros.
Outro indício de um possível envolvimento de Eduardo Cunha no esquema da Lava Jato são os registros do sistema de informática da Câmara que indicam que Cunha foi o verdadeiro autor de requerimentos apresentados pela então deputada Solange Almeida (PMDB), hoje prefeita de Rio Bonito, no Rio de Janeiro.
Os requerimentos pediam ao TCU (Tribunal de Contas da União) informações sobre contratos da empresa Mitsui com a Petrobras em 2011. Segundo as investigações, os requerimentos seria uma forma de pressionar a Mitsui a continuar pagando propinas. Cunha, no entanto, alega que não pediu à deputada que apresentasse os requerimentos e que seu nome só aparece como autor porque seu login era usado por assessores.
Na quarta-feira (19), Cunha disse que não iria pedir afastamento do cargo de presidente da Câmara caso fosse denunciado pela PGR. Ainda na última quarta, um grupo de deputados do PT, PSB, PPS e PSOL preparou um manifesto pedindo o afastamento de Cunha do cargo.
Investigação sobre Collor
Collor foi investigado com a autorização do STF por suspeitas de que ele teria recebido até R$ 26 milhões em pagamento de propinas desviadas da Petrobras entre 2010 e 2014.
Segundo as investigações, os repasses tinham origem em contratos de troca de bandeira de postos de combustíveis entre a Petrobras Distribuidora e a DVDR Derivados do Brasil.
De acordo com as investigações, os três carros de luxo apreendidos do senador e ex-presidente da República durante uma operação da PF em julho deste ano teriam sido comprados por meio de operações de lavagem de dinheiro.
O senador nega participação no esquema investigado pela operação Lava Jato e acusa o MPF (Ministério Público Federal) de perseguição.