Gleb Garanich/Reuters
Konstantinos - Uranus
segunda-feira, 27 de julho de 2015
Artista faz retrato de Putin com cartuchos de bala recolhidos na Ucrânia chamado de "The Face of War"
Gleb Garanich/Reuters
Economistas veem alta de 0,50 p.p. no juro agora e pioram projeções de PIB e inflação
Economistas veem alta de 0,50 p.p. no juro agora e pioram projeções de PIB e inflação
segunda-feira, 27 de julho de 2015
Sede do Banco Central, em Brasília. 15/01/2014 REUTERS/Ueslei Marcelino
SÃO PAULO (Reuters) - Economistas de instituições financeiras pioraram suas estimativas econômicas para este ano e o próximo após o governo reduzir as metas de superávit primário, ao mesmo tempo em que cravaram a aposta de que a taxa básica de juros será elevada em 0,50 ponto percentual na reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
A pesquisa Focus do BC mostrou ainda que a perspectiva para o fim do ano da Selic --atualmente em 13,75 por cento-- caiu a 14,25 por cento, sobre 14,50 por cento anteriormente.
No entanto, essas projeções foram feitas até sexta-feira, e podem ainda não refletir as mudanças nas expectativas provocadas pelas declarações do diretor de Política Econômica do BC, Luiz Awazu Pereira da Silva feitas no mesmo dia.
Ele afirmou ser primordial que o BC continue vigilante diante de novos riscos à convergência da inflação ao centro da meta, numa indicação, segundo especialistas, às novas metas de primário. Com isso, o mercado futuro de juros passou a mostrar chances majoritárias de alta de 0,50 ponto nesta semana e outra elevação de 0,25 ponto em setembro.
Sobre o final de 2016, não houve mudanças na pesquisa Focus, com expectativa de que a Selic ficará em 12,00 por cento.
Na semana passada, o governo reduziu a meta para a economia feita para o pagamento de juros da dívida pública em 2015 para 8,747 bilhões de reais, ou 0,15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Também anunciou redução da meta fiscal de 2016 e 2017 para, respectivamente, 0,7 e 1,3 por cento do PIB.
Analistas consideraram que a política fiscal menos contracionista deve dificultar a missão do BC de trazer a inflação para o centro da meta de 4,5 por cento pelo IPCA até o fim de 2016.
Os especialistas consultados no Focus elevaram a projeção de alta do IPCA para 2015 em 0,08 ponto percentual, a 9,23 por cento, na 15ª semana seguida de piora. Para o final do próximo ano, a estimativa permaneceu em 5,40 por cento.
Em julho, a prévia da inflação oficial brasileira desacelerou a 0,59 por cento, mas em 12 meses o IPCA-15 ultrapassou 9 por cento pela primeira vez em 11 anos e meio, chegando a 9,25 por cento. O Focus mostrou também que a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) neste anos passou para contração de 1,76 por cento, contra queda de 1,70 por cento na pesquisa anterior. Para 2016, a expectativa de crescimento caiu em 0,13 ponto percentual, a 0,20 por cento.
Os especialistas consultados no Focus mantiveram em 37 por cento do PIB a projeção para a dívida líquida do setor público neste ano, mas para 2016 a expectativa subiu a 38,50 por cento, contra 38,35 por cento.
(Por Camila Moreira; Edição de Alexandre Caverni e Patrícia Duarte)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
segunda-feira, 27 de julho de 2015
Sede do Banco Central, em Brasília. 15/01/2014 REUTERS/Ueslei Marcelino
SÃO PAULO (Reuters) - Economistas de instituições financeiras pioraram suas estimativas econômicas para este ano e o próximo após o governo reduzir as metas de superávit primário, ao mesmo tempo em que cravaram a aposta de que a taxa básica de juros será elevada em 0,50 ponto percentual na reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
A pesquisa Focus do BC mostrou ainda que a perspectiva para o fim do ano da Selic --atualmente em 13,75 por cento-- caiu a 14,25 por cento, sobre 14,50 por cento anteriormente.
No entanto, essas projeções foram feitas até sexta-feira, e podem ainda não refletir as mudanças nas expectativas provocadas pelas declarações do diretor de Política Econômica do BC, Luiz Awazu Pereira da Silva feitas no mesmo dia.
Ele afirmou ser primordial que o BC continue vigilante diante de novos riscos à convergência da inflação ao centro da meta, numa indicação, segundo especialistas, às novas metas de primário. Com isso, o mercado futuro de juros passou a mostrar chances majoritárias de alta de 0,50 ponto nesta semana e outra elevação de 0,25 ponto em setembro.
Sobre o final de 2016, não houve mudanças na pesquisa Focus, com expectativa de que a Selic ficará em 12,00 por cento.
Na semana passada, o governo reduziu a meta para a economia feita para o pagamento de juros da dívida pública em 2015 para 8,747 bilhões de reais, ou 0,15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Também anunciou redução da meta fiscal de 2016 e 2017 para, respectivamente, 0,7 e 1,3 por cento do PIB.
Analistas consideraram que a política fiscal menos contracionista deve dificultar a missão do BC de trazer a inflação para o centro da meta de 4,5 por cento pelo IPCA até o fim de 2016.
Os especialistas consultados no Focus elevaram a projeção de alta do IPCA para 2015 em 0,08 ponto percentual, a 9,23 por cento, na 15ª semana seguida de piora. Para o final do próximo ano, a estimativa permaneceu em 5,40 por cento.
Em julho, a prévia da inflação oficial brasileira desacelerou a 0,59 por cento, mas em 12 meses o IPCA-15 ultrapassou 9 por cento pela primeira vez em 11 anos e meio, chegando a 9,25 por cento. O Focus mostrou também que a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) neste anos passou para contração de 1,76 por cento, contra queda de 1,70 por cento na pesquisa anterior. Para 2016, a expectativa de crescimento caiu em 0,13 ponto percentual, a 0,20 por cento.
Os especialistas consultados no Focus mantiveram em 37 por cento do PIB a projeção para a dívida líquida do setor público neste ano, mas para 2016 a expectativa subiu a 38,50 por cento, contra 38,35 por cento.
(Por Camila Moreira; Edição de Alexandre Caverni e Patrícia Duarte)
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domingo, 26 de julho de 2015
sábado, 25 de julho de 2015
sexta-feira, 24 de julho de 2015
Capiba
Capiba
Origem: Wikipédia
Lourenço da Fonseca Barbosa, mais conhecido como Capiba (Surubim, 28 de outubro de 1904 — Recife, 31 de dezembro de 1997) foi um músico e compositor brasileiro. Tornou-se o mais conhecido compositor de frevos do Brasil.
Biografia
Capiba nasceu em uma família de músicos (Severino Atanásio de Souza Barbosa, seu pai, foi maestro da banda municipal de Surubim1 ), e aos oito anos de idade já tocava trompa. Ainda pequeno mudou-se com a família para o estado da Paraíba. Lá, ainda criança trabalhava como músico pianista em cinemas.
Chegou a jogar como zagueiro no Campinense Clube, porém abandonou os gramados e aos 20 anos de idade gravou seu primeiro disco com a valsa "Meu Destino".
Torcedor declarado do Santa Cruz
Com 26 anos de idade, mudou-se para o Recife. Aprovado em concurso, tornou-se funcionário do Banco do Brasil. O que lhe rendeu sustento financeiro e lhe deu tempo para se aprimorar como músico.
1931, Funda a Jazz Band Acadêmica e, com Hermeto Pascoal (incoerência com a pagina de Hermeto Pascoal que informa que ele nasceu em 1936) e Sivuca, funda o trio "O Mundo Pegando Fogo".
1934, Consolidou-se como autor, vencendo uma disputa de músicas carnavalescas, com o frevo-canção É de amargar. Uma de suas obras mais conhecidas.
1938, termina o curso de Direito da Faculdade de Direito do Recife, mas nunca apanharia o diploma e nunca seguiu carreira.
1945 Teve seu primeiro sucesso nacional com a canção Maria Betânia, gravada por Nelson Gonçalves, em 1945.
Falecido em 31 de dezembro de 1997, de infecção generalizada, depois de passar dez dias na UTI.
Atuações
Fundador e diretor da orquestra Jazz Band Acadêmica e protagonista do primeiro galo da madrugada
Diretor do Teatro do Estudante e do Tearro Popular do Nordeste.
Obra
Capiba escreveu mais de 200 canções, em sua maioria de frevo, mas também de samba e música erudita. Várias são sempre lembradas nos carnavais de Pernambuco.
Também musicou poemas de Carlos Drummond de Andrade, Vinício de Morais e outros poetas brasileiros.
Autor de mais de 200 canções, não apenas frevo, como também outros vários gêneros: de samba à música erudita. Entre os seus sucessos, estão: Maria Batânia (canção); A Mesma Rosa Amarela (samba); Serenata Suburbana (guarânia); Verde Mar de Navegar (maracatu) e vários outros. No gênero frevo, compôs mais de cem canções.
Uma de suas canções carnavalescas mais famosas é É de Amargar. Ela foi vencedora de um festival de frevo em Pernambuco, em 1934. Entre outros prêmios, em 1967 conquistou o 5° lugar no Segundo Festival Internacional da Canção, com a música São os do Norte que Vêm.
Capiba produziu uma obra caudalosa, tanto gravada, quanto inédita (neste último item, estima-se que tenha deixado mais de quatro centenas de composições, entre frevos, peças eruditas).3
Parceiros
Capiba teve diversos parceiros nas suas composições. Alguns deles:
Carlos Pena Filho
Fernando Lobo
Carlos Drummond de Andrade
Manuel Bandeira
Vinícius de Moraes
Ariano Suassuna
João Cabral de Mello Neto
Ascenso Ferreira
Jorge de Lima.
Algumas composições
Valsa Verde (1931) 4
É de Tororó (1932)
É de Amargar (1934)
Quem Vai Pro Farol é o Bonde de Olinda (1937)
Guerreiro de Cambinda (1938)
Gosto de te Ver Cantando (1940)
Linda Flor da Madrugada (1941)
Quem Dera (1942)
Maria Betânia (1944)
Não Agüento Mais (1945)
Que Bom Vai Ser (1945)
E… Nada Mais (1947)
É Luanda (1949)
Olinda Cidade Eterna (1950)
Madeira que Cupim Não Roi (1963)
MPF denuncia CEOs da Odebrecht e Andrade Gutierrez e pede de R$7 bi em ressarcimento
sexta-feira, 24 de julho de 2015
Coordenador da força-tarefa da Lava Jato, o promotor Deltan Dallagnol anuncia propostas do Ministério Público Federal para combater a corrupção no Brasil, em Brasília, em março. 20/03/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
1 de 1Versão na íntegra
Por Sérgio Spagnuolo
CURITIBA (Reuters) - O Ministério Público Federal denunciou nesta sexta-feira executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez no âmbito da operação Lava Jato, que investiga um escândalo de corrupção na Petrobras PETR4.SA, e pediu o ressarcimento de mais de 7 bilhões de reais aos acusados.
Os presidentes-executivos da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Marques Azevedo, presos preventivamente desde junho, foram denunciados por corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro, junto com outras 20 pessoas.
Em uma apresentação detalhada sobre remessas de dinheiro, contratos de empresas e ligações entre executivos, o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, promotor Deltan Dallagnol, apresentou evidências coletadas pelos investigadores.
As acusações envolvendo a Odebrecht, um dos maiores grupos da América Latina, atingem 13 pessoas --seis executivos, três operadores e quatro funcionários da Petrobras-- e 389 milhões de reais em corrupção.
Investigadores disseram que os acusados lavaram mais de 1 bilhão de reais, e que eles seriam responsáveis por um dano de 6 bilhões de reais causado por um contrato de fornecimento de nafta pela Petrobras PETR4.SA à Braskem BRKM5.SA, controlada pela Odebrecht.
Promotores buscam ressarcimento pelas pessoas físicas envolvidas no caso da Odebrecht de 6,7 bilhões de reais aos cofres públicos.
"Nesse momento foram oferecidas acusações em relação a pessoas físicas... virão certamente ações de improbidade administrativa, e aí, sim, envolvendo pessoas jurídicas", disse Dallagnol.
No caso da Andrade Gutierrez, o Ministério Público pede o ressarcimento de 486 milhões de reais e calcula que a corrupção teria envolvido 243 milhões de reais. A lavagem de dinheiro da empreiteira teria totalizado, ainda segundo o Ministério Público, 6,8 milhões de reais e 1 milhão de dólares. Assim, o MPF busca uma compensação por alegadas irregularidades vinculadas às duas companhias de cerca de 7,2 bilhões de reais.
Durante entrevista coletiva em Curitiba, Dallagnol disse ainda que, até o momento, a força-tarefa da Lava Jato já conseguiu a restituição de 870 milhões de reais aos cofres públicos, além de obter o bloqueio de outros 2 bilhões de reais.
"Vivemos um momento histórico em que a impunidade de poderosos grupos econômicos e políticos que se enriquecem às custas da sociedade brasileira é rompida ao longo de um grande caso e uma grande investigação", disse.
Também presente à entrevista coletiva, o delegado da Polícia Federal Eduardo Mauat da Silva afirmou que as investigações apontam que tanto Marcelo Odebrecht quanto Otávio Azevedo tinham conhecimento das irregularidades praticadas nas empreiteiras que comandavam.
Em entrevista coletiva em São Paulo, os advogados da Odebrecht criticaram a denúncia do Ministério Público e o juiz da 13ª Vara Federal, Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato. Afirmaram ainda que a apresentação da denúncia pelo MPF é o "marco zero" do trabalho da defesa e questionaram a continuidade da prisão dos executivos da empreiteira.
"Hoje começa o marco zero da defesa, porque o Ministério Público ofereceu a denúncia e podemos ter acesso aos autos", disse a advogada Dora Cavalcanti, acrescentando que os pedidos de habeas corpus feitos em favor dos executivos serão mantidos, apesar da decretação de nova prisão preventiva contra eles nesta sexta-feira.
Em nota, a Braskem afirmou que comprou nafta da Petrobras nas mesmas condições dadas à época para sua então concorrente Quattor, posteriormente adquirida pela própria Braskem.
A Braskem disse ainda que ela e a Quattor eram as únicas consumidoras de nafta do país, e a Petrobras a única produtora e, por isso, o preço acertado era "a melhor alternativa de comercialização desse produto" para todas as partes envolvidas.
A Braskem acrescentou que, em depoimento no âmbito da Lava Jato, um executivo do grupo técnico da Petrobras disse à Polícia Federal que o valor acordado não trazia prejuízos à estatal. Já a Andrade Gutierrez declarou em nota que seus advogados ainda estão estudando a denúncia do MPF, mas que pelo que se viu na entrevista coletiva, a peça "parece não trazer elementos novos além dos temas já discutidos anteriormente, e que já foram devidamente esclarecidos no inquérito".
"A empresa entende que o campo adequado para as discussões, a partir desse momento, é o processo judicial, onde concentrará essa discussão, buscando a liberdade dos executivos e a conclusão pela improcedência das acusações. A empresa reitera que não pretende participar dessas discussões através da mídia", segundo a nota.
(Reportagem adicional de Alberto Alerigi Jr. e Aluísio Alves, em São Paulo)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
Coordenador da força-tarefa da Lava Jato, o promotor Deltan Dallagnol anuncia propostas do Ministério Público Federal para combater a corrupção no Brasil, em Brasília, em março. 20/03/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
1 de 1Versão na íntegra
Por Sérgio Spagnuolo
CURITIBA (Reuters) - O Ministério Público Federal denunciou nesta sexta-feira executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez no âmbito da operação Lava Jato, que investiga um escândalo de corrupção na Petrobras PETR4.SA, e pediu o ressarcimento de mais de 7 bilhões de reais aos acusados.
Os presidentes-executivos da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Marques Azevedo, presos preventivamente desde junho, foram denunciados por corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro, junto com outras 20 pessoas.
Em uma apresentação detalhada sobre remessas de dinheiro, contratos de empresas e ligações entre executivos, o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, promotor Deltan Dallagnol, apresentou evidências coletadas pelos investigadores.
As acusações envolvendo a Odebrecht, um dos maiores grupos da América Latina, atingem 13 pessoas --seis executivos, três operadores e quatro funcionários da Petrobras-- e 389 milhões de reais em corrupção.
Investigadores disseram que os acusados lavaram mais de 1 bilhão de reais, e que eles seriam responsáveis por um dano de 6 bilhões de reais causado por um contrato de fornecimento de nafta pela Petrobras PETR4.SA à Braskem BRKM5.SA, controlada pela Odebrecht.
Promotores buscam ressarcimento pelas pessoas físicas envolvidas no caso da Odebrecht de 6,7 bilhões de reais aos cofres públicos.
"Nesse momento foram oferecidas acusações em relação a pessoas físicas... virão certamente ações de improbidade administrativa, e aí, sim, envolvendo pessoas jurídicas", disse Dallagnol.
No caso da Andrade Gutierrez, o Ministério Público pede o ressarcimento de 486 milhões de reais e calcula que a corrupção teria envolvido 243 milhões de reais. A lavagem de dinheiro da empreiteira teria totalizado, ainda segundo o Ministério Público, 6,8 milhões de reais e 1 milhão de dólares. Assim, o MPF busca uma compensação por alegadas irregularidades vinculadas às duas companhias de cerca de 7,2 bilhões de reais.
Durante entrevista coletiva em Curitiba, Dallagnol disse ainda que, até o momento, a força-tarefa da Lava Jato já conseguiu a restituição de 870 milhões de reais aos cofres públicos, além de obter o bloqueio de outros 2 bilhões de reais.
"Vivemos um momento histórico em que a impunidade de poderosos grupos econômicos e políticos que se enriquecem às custas da sociedade brasileira é rompida ao longo de um grande caso e uma grande investigação", disse.
Também presente à entrevista coletiva, o delegado da Polícia Federal Eduardo Mauat da Silva afirmou que as investigações apontam que tanto Marcelo Odebrecht quanto Otávio Azevedo tinham conhecimento das irregularidades praticadas nas empreiteiras que comandavam.
Em entrevista coletiva em São Paulo, os advogados da Odebrecht criticaram a denúncia do Ministério Público e o juiz da 13ª Vara Federal, Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato. Afirmaram ainda que a apresentação da denúncia pelo MPF é o "marco zero" do trabalho da defesa e questionaram a continuidade da prisão dos executivos da empreiteira.
"Hoje começa o marco zero da defesa, porque o Ministério Público ofereceu a denúncia e podemos ter acesso aos autos", disse a advogada Dora Cavalcanti, acrescentando que os pedidos de habeas corpus feitos em favor dos executivos serão mantidos, apesar da decretação de nova prisão preventiva contra eles nesta sexta-feira.
Em nota, a Braskem afirmou que comprou nafta da Petrobras nas mesmas condições dadas à época para sua então concorrente Quattor, posteriormente adquirida pela própria Braskem.
A Braskem disse ainda que ela e a Quattor eram as únicas consumidoras de nafta do país, e a Petrobras a única produtora e, por isso, o preço acertado era "a melhor alternativa de comercialização desse produto" para todas as partes envolvidas.
A Braskem acrescentou que, em depoimento no âmbito da Lava Jato, um executivo do grupo técnico da Petrobras disse à Polícia Federal que o valor acordado não trazia prejuízos à estatal. Já a Andrade Gutierrez declarou em nota que seus advogados ainda estão estudando a denúncia do MPF, mas que pelo que se viu na entrevista coletiva, a peça "parece não trazer elementos novos além dos temas já discutidos anteriormente, e que já foram devidamente esclarecidos no inquérito".
"A empresa entende que o campo adequado para as discussões, a partir desse momento, é o processo judicial, onde concentrará essa discussão, buscando a liberdade dos executivos e a conclusão pela improcedência das acusações. A empresa reitera que não pretende participar dessas discussões através da mídia", segundo a nota.
(Reportagem adicional de Alberto Alerigi Jr. e Aluísio Alves, em São Paulo)
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quarta-feira, 22 de julho de 2015
Popularidade do governo Dilma cai e apoio a impeachment aumenta, diz CNT/MDA
terça-feira, 21 de julho de 2015
Presidente Dilma Rousseff durante encontro do Mercosul, em Brasília. 17/07/2015
REUTERS/Ueslei Marcelino
Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - A avaliação do governo Dilma Rousseff sofreu nova queda devido principalmente à piora do quadro econômico, mostrou pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira, que apontou ainda um aumento do percentual de entrevistados favoráveis ao impeachment da presidente.
Segundo a pesquisa, a economia teve papel central na percepção que a população tem do governo, mas a instabilidade política e as denúncias de corrupção também tiveram peso. Para 60,4 por cento, a crise econômica é a mais grave, enquanto 36,2 por cento consideram que a crise política está mais séria.
“A crise econômica elege, a crise econômica derrota, isso é histórico para todo mundo”, disse a jornalistas o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade. “A economia vai eleger, a economia vai derrotar.”
Apenas 7,7 por cento dos entrevistados veem o governo Dilma como ótimo ou bom, enquanto 70,9 por cento têm uma avaliação negativa. Em março os números eram, respectivamente 10,8 e 64,8 por cento.
A avaliação positiva do governo atual é a pior da série histórica das pesquisas de opinião da CNT, ficando abaixo dos 8 por cento registrados para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em setembro de 1999.
O levantamento apontou, por exemplo, que apenas 6,8 por cento consideram que será possível resolver a crise econômica em até um ano. A maioria dos entrevistados, 61,7 por cento, responderam que a resolução da crise levará pelo menos três anos.
Metade dos consultados, exatos 50 por cento, respondeu que teme ficar desempregado, enquanto 43,7 por cento negaram ter essa preocupação. LAVA JATO
A fragilidade econômica e as turbulências na seara política provocaram o aumento do apoio a um eventual impeachment de Dilma. De acordo com o levantamento, agora são 62,8 por cento a favor, ante 59,7 por cento na pesquisa anterior. A margem de erro da pesquisa divulgada nesta terça-feira é de 2,2 pontos percentuais.
As investigações conduzidas pela Polícia Federal para apurar denúncias de corrupção na Petrobras contam com o conhecimento de boa parte da população, segundo a sondagem – 78,3 por cento responderam que “têm acompanhado” ou que “ouviram falar” da operação Lava Jato. Segundo o presidente da CNT, as denúncias ajudaram a puxar para baixo a avaliação do governo.
Andrade, que foi vice do senador Aécio Neves (PSDB-MG) quando o parlamentar governou Minas Gerais, cita ainda a dificuldade de articulação de Dilma com o Legislativo e as turbulências que enfrenta no Congresso como fatores que contribuem para que as pessoas tenham uma avaliação negativa do governo no âmbito político.
Entre os que têm acompanhado ou ouviram falar do noticiário sobre a Lava Jato, 69,2 por cento consideram a presidente Dilma culpada pela corrupção investigada pela Polícia Federal. Na pergunta seguinte, se consideravam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva culpado pelas irregularidades, 65 por cento responderam afirmativamente.
Em seguida, o MDA perguntou ao universo de entrevistados que têm acompanhado a Lava Jato quem consideram "o maior responsável" pela corrupção. A maior parte, 40,4 por cento, apontou o governo, enquanto outros 34,4 por cento acreditam que os maiores responsáveis são os partidos políticos.
AÉCIO À FRENTE DE LULA
A pesquisa simula ainda cenários eleitorais. Em um deles, Aécio teria uma liderança folgada sobre Lula se a eleição presidencial fosse hoje O senador mineiro teria 35,1 por cento das intenções de voto, contra 22,8 por cento de Lula e 15,6 por cento da ex-senadora e terceira colocada na disputa de 2014, Marina Silva.
Segundo a sondagem, 44,8 por cento acreditam que se Aécio tivesse vencido no ano passado seu governo estaria melhor do que o de Dilma. Mas 36,5 por cento acham que o governo do tucano estaria igual ao da petista, enquanto apenas 10,9 por cento imaginam que estaria pior.
O instituto MDA ouviu 2.002 pessoas entre os dias 12 e 16 de julho, na pesquisa encomendada pela CNT.
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Presidente Dilma Rousseff durante encontro do Mercosul, em Brasília. 17/07/2015
REUTERS/Ueslei Marcelino
Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - A avaliação do governo Dilma Rousseff sofreu nova queda devido principalmente à piora do quadro econômico, mostrou pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira, que apontou ainda um aumento do percentual de entrevistados favoráveis ao impeachment da presidente.
Segundo a pesquisa, a economia teve papel central na percepção que a população tem do governo, mas a instabilidade política e as denúncias de corrupção também tiveram peso. Para 60,4 por cento, a crise econômica é a mais grave, enquanto 36,2 por cento consideram que a crise política está mais séria.
“A crise econômica elege, a crise econômica derrota, isso é histórico para todo mundo”, disse a jornalistas o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade. “A economia vai eleger, a economia vai derrotar.”
Apenas 7,7 por cento dos entrevistados veem o governo Dilma como ótimo ou bom, enquanto 70,9 por cento têm uma avaliação negativa. Em março os números eram, respectivamente 10,8 e 64,8 por cento.
A avaliação positiva do governo atual é a pior da série histórica das pesquisas de opinião da CNT, ficando abaixo dos 8 por cento registrados para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em setembro de 1999.
O levantamento apontou, por exemplo, que apenas 6,8 por cento consideram que será possível resolver a crise econômica em até um ano. A maioria dos entrevistados, 61,7 por cento, responderam que a resolução da crise levará pelo menos três anos.
Metade dos consultados, exatos 50 por cento, respondeu que teme ficar desempregado, enquanto 43,7 por cento negaram ter essa preocupação. LAVA JATO
A fragilidade econômica e as turbulências na seara política provocaram o aumento do apoio a um eventual impeachment de Dilma. De acordo com o levantamento, agora são 62,8 por cento a favor, ante 59,7 por cento na pesquisa anterior. A margem de erro da pesquisa divulgada nesta terça-feira é de 2,2 pontos percentuais.
As investigações conduzidas pela Polícia Federal para apurar denúncias de corrupção na Petrobras contam com o conhecimento de boa parte da população, segundo a sondagem – 78,3 por cento responderam que “têm acompanhado” ou que “ouviram falar” da operação Lava Jato. Segundo o presidente da CNT, as denúncias ajudaram a puxar para baixo a avaliação do governo.
Andrade, que foi vice do senador Aécio Neves (PSDB-MG) quando o parlamentar governou Minas Gerais, cita ainda a dificuldade de articulação de Dilma com o Legislativo e as turbulências que enfrenta no Congresso como fatores que contribuem para que as pessoas tenham uma avaliação negativa do governo no âmbito político.
Entre os que têm acompanhado ou ouviram falar do noticiário sobre a Lava Jato, 69,2 por cento consideram a presidente Dilma culpada pela corrupção investigada pela Polícia Federal. Na pergunta seguinte, se consideravam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva culpado pelas irregularidades, 65 por cento responderam afirmativamente.
Em seguida, o MDA perguntou ao universo de entrevistados que têm acompanhado a Lava Jato quem consideram "o maior responsável" pela corrupção. A maior parte, 40,4 por cento, apontou o governo, enquanto outros 34,4 por cento acreditam que os maiores responsáveis são os partidos políticos.
AÉCIO À FRENTE DE LULA
A pesquisa simula ainda cenários eleitorais. Em um deles, Aécio teria uma liderança folgada sobre Lula se a eleição presidencial fosse hoje O senador mineiro teria 35,1 por cento das intenções de voto, contra 22,8 por cento de Lula e 15,6 por cento da ex-senadora e terceira colocada na disputa de 2014, Marina Silva.
Segundo a sondagem, 44,8 por cento acreditam que se Aécio tivesse vencido no ano passado seu governo estaria melhor do que o de Dilma. Mas 36,5 por cento acham que o governo do tucano estaria igual ao da petista, enquanto apenas 10,9 por cento imaginam que estaria pior.
O instituto MDA ouviu 2.002 pessoas entre os dias 12 e 16 de julho, na pesquisa encomendada pela CNT.
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MACHADO DE ASSIS
MACHADO DE ASSIS
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu dia 21 de junho de 1839, na cidade do Rio de Janeiro. O garoto pobre, filho de um operário mestiço chamado Francisco José de Assis e de Maria Leopoldina Machado de Assis, marcou a história da literatura brasileira. Ao contrário do que se imagina, a trajetória de Machado de Assis não o conduziu naturalmente para o mundo das letras. Ainda na infância o jovem “Machadinho”, como era carinhosamente chamado, perdeu sua mãe.
Durante sua infância e adolescência foi criado por Maria Inês, sua madrasta. A falta de recursos financeiros o obrigou a dividir seu tempo entre os estudos e o trabalho de vendedor de doces. Ainda sobre condições não muito favoráveis, Machado de Assis demonstrava possuir grande facilidade de aprendizado. Segundo alguns relatos – no tempo em que morou em São Cristóvão – aprendeu a falar francês com a dona de uma padaria da região.
Já aos 16 anos conseguiu publicar sua primeira obra literária na revista “Marmota Fluminense”, onde registrou as linhas do poema “Ela”. No ano seguinte, Machado conseguiu um cargo como tipógrafo na Imprensa Nacional e dividiu seu tempo com a criação de novos textos. Durante sua estadia na Imprensa Nacional, o escritor iniciante teve a oportunidade de conhecer Manuel Antônio de Almeida, diretor da instituição e autor do romance “Memórias de um sargento de milícias”.
O contato com o diretor lhe concedeu novas oportunidades no campo da literatura e o alcance de outros postos de trabalho. Aos 19 anos de idade, Machado de Assis se tornou colaborador e revisor do Jornal Marmota Fluminense. Nesse período conheceu outros expressivos escritores de seu tempo, como José de Alencar, Gonçalves Dias, Manoel de Macedo e Manoel Antônio de Almeida. Nesse tempo ainda se dedicou à escrita de obras românticas e ao trabalho jornalístico.
Entre 1859 e 1860, conseguiu emprego como colaborador e revisor de diferentes meios de comunicação da época. Entre outros jornais e revistas, Machado de Assis escreveu para o Correio Mercantil, Diário do Rio de Janeiro, O Espelho, A Semana Ilustrada e Jornal das Famílias. A primeira obra impressa de Machado de Assis foi o livro “Queda que as mulheres têm para os tolos”, onde aparece como tradutor. Na década de 1860, consolidou sua carreira profissional como revisor e editor.
Na mesma época conheceu Faustino Xavier de Novais, diretor da revista “O futuro” e irmão de sua futura esposa. Seu casamento com Carolina foi bem sucedido e marcado pela afinidade que sua companheira também possuía com o mundo da literatura. Em 1867, Machado de Assis publicou seu primeiro livro de poesias, intitulado “Crisálidas”. O sucesso da carreira literária teve seqüência com a publicação do romance “Ressurreição”, de 1872.
A vida de intelectual foi amparada por uma promissora carreira constituída no funcionalismo público. A conquista do cargo de primeiro oficial da Secretaria de Estado do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas ofereceu uma razoável condição de vida. No ano de 1874, produziu o romance “A mão e a luva” em uma seqüência de publicações realizadas dentro do jornal O Globo, na época, mantido por Quintino Bocaiúva.
O prestígio artístico de Machado de Assis o tornou um autor de grande popularidade. Durante as comemorações do tricentenário de Luís de Camões, produziu uma peça de teatro encenada no Imperial Teatro Dom Pedro II. Entre 1881 e 1897, o jornal Gazeta de Notícias abrigou grande parte daquelas que seriam consideradas suas melhores crônicas.
O ano de 1881 foi marcante para a carreira artística e burocrática de Machado de Assis. Naquele mesmo ano, Machado tornou-se oficial de gabinete do ministério em que trabalhava e publicou o romance “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, considerado de suma importância para o realismo na literatura brasileira.
A ampla rede de relações e amizades de Machado de Assis lhe abriu portas para um outro importante passo na história da literatura brasileira. Em reuniões com seu amigo, e também escritor, José Veríssimo confabulou as primeiras medidas para a criação da Academia Brasileira de Letras. Participando ativamente das reuniões de escritores que apoiavam tal projeto, Machado de Assis tornou-se o primeiro presidente da instituição. Com a sua morte, em 1908, foi sucedido por Rui Barbosa.
A trajetória de Machado de Assis é alvo de interesse dos apreciadores da literatura e de vários pesquisadores. A sua obra conta com um leque temático e estilístico bastante variado, dificultando bastante o enquadramento de seu legado em um único gênero. O impacto da sua obra chegou a figurá-lo entre os principais nomes da literatura internacional.
Por Rainer Sousa
Equipe Brasil Escola
Obras : (Fonte Wikipedia)
Romances:
Ressurreição, (1872)
A mão e a luva, (1874)
Helena, (1876)
Iaiá Garcia, (1878)
Memórias Póstumas de Brás Cubas, (1881)
Casa Velha, (1885)
Quincas Borba, (1891)
Dom Casmurro, (1899)
Esaú e Jacó, (1904)
Memorial de Aires, (1908)
Coletânea de Poesias
Crisálidas, (1864)
Falenas, (1870)
Americanas, (1875)
Ocidentais, (1880)
Poesias Completas, (1901)
Coletânea de contos
Contos Fluminenses, (1870)
Histórias da Meia-Noite, (1873)
Papéis Avulsos, (1882)
Histórias sem Data, (1884)
Várias Histórias, (1896)
Páginas Recolhidas, (1899)
Relíquias da Casa Velha, (1906)
Peças de teatro:
Hoje Avental, Amanhã Luva, (1860)
Desencantos, (1861)
O Caminho da Porta, (1863)
O Protocolo, (1863)
Teatro, (1863)
Quase Ministro, (1864)
Os Deuses de Casaca, (1866)
Tu, só tu, puro amor, (1880)
Não Consultes Médico, (1896)
Lição de Botânica, (1906)
Traduções:
Queda que as mulheres têm para os tolos, (1861).297
Contos selecionados
"A Cartomante"
"Miss Dollar"
"O Alienista" (†)
"Teoria do Medalhão"
"A Chinela Turca"
"Na Arca"
"D. Benedita"
"O Segredo do Bonzo"
"O Anel de Polícrates"
"O Empréstimo"
"A Sereníssima República"
"O Espelho"
"Um Capricho"
"Brincar com Fogo"
Contos selecionados
"Uma Visita de Alcibíades"
"Verba Testamentária"
"Noite de Almirante"
"Um Homem Célebre"
"Conto de Escola"
"Uns Braços"
"A Cartomante"
"O Enfermeiro"
"Trio em Lá Menor"
"O Caso da Vara"
"Missa do Galo"
"Almas Agradecidas"
"A Igreja do Diabo"
Obras póstumas:
Critica (1910)
Outras Relíquias, contos (1921)
A Semana, Crônica - 3 Vol. (1914, 1937)
Páginas Escolhidas, Contos (1921)
Novas Relíquias, Contos (1932)
Crônicas (1937)
Contos Fluminenses - 2º Vol. (1937)
Crítica Literária (1937)
Crítica Teatral (1937)
Histórias Românticas (1937)
Páginas Esquecidas (1939)
Casa Velha (1944)
Diálogos e Reflexões de um Relojoeiro (1956)
Crônicas de Lélio (1958)
Dilma veta reajuste de salários do Judiciário
Dilma veta reajuste de salários do Judiciário
quarta-feira, 22 de julho de 2015
Presidente Dilma Rousseff. 01/07/2015 REUTERS/Stephen Lam
(Reuters) - A presidente Dilma Rousseff vetou o projeto de lei que dá reajuste de até 78,6 por cento aos servidores do Judiciário até 2017, informou o Diário Oficial da União nesta quarta-feira.
Dilma e a equipe econômica do governo já vinham sinalizando que a medida seria vetada pela presidente devido ao impacto no esforço de ajuste fiscal promovido pelo governo.
Aprovado pelo Congresso no mês passado, o reajuste teria impacto de 25,7 bilhões de reais nos próximos quatro anos, passando depois disso para impacto de 10 bilhões de reais ao ano, de acordo com estimativas do Ministério do Planejamento.
"Um impacto dessa magnitude é contrário aos esforços necessários para o equilíbrio fiscal na gestão de recursos públicos", informou a presidente em despacho publicado no Diário Oficial.
O governo fez uma contraproposta aos servidores do Judiciário de um reajuste da ordem de 21 por cento escalonados por quatro anos a partir de 2016.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
quarta-feira, 22 de julho de 2015
Presidente Dilma Rousseff. 01/07/2015 REUTERS/Stephen Lam
(Reuters) - A presidente Dilma Rousseff vetou o projeto de lei que dá reajuste de até 78,6 por cento aos servidores do Judiciário até 2017, informou o Diário Oficial da União nesta quarta-feira.
Dilma e a equipe econômica do governo já vinham sinalizando que a medida seria vetada pela presidente devido ao impacto no esforço de ajuste fiscal promovido pelo governo.
Aprovado pelo Congresso no mês passado, o reajuste teria impacto de 25,7 bilhões de reais nos próximos quatro anos, passando depois disso para impacto de 10 bilhões de reais ao ano, de acordo com estimativas do Ministério do Planejamento.
"Um impacto dessa magnitude é contrário aos esforços necessários para o equilíbrio fiscal na gestão de recursos públicos", informou a presidente em despacho publicado no Diário Oficial.
O governo fez uma contraproposta aos servidores do Judiciário de um reajuste da ordem de 21 por cento escalonados por quatro anos a partir de 2016.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)
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terça-feira, 21 de julho de 2015
Isso é um absurdo, afirma Dilma sobre investigação do MPF contra Lula
Isso é um absurdo, afirma Dilma sobre investigação do MPF contra Lula
Estadão Conteúdo
Redação Folha Vitória
Brasília - A presidente Dilma Rousseff aproveitou a reunião de hoje da coordenação política de governo para sair em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula é alvo de investigação da Procuradoria da República no Distrito Federal, que apura se ele praticou tráfico de influência em favor da empreiteira Odebrecht.
"Isso é um absurdo. Não tem a menor procedência", disse Dilma, conforme relato de dois participantes da reunião. "Se fosse assim, Barack Obama, Angela Merkel e o rei Juan Carlos, que defendem os interesses dos empresários dos seus países, também seriam processados."
A suspeita do Ministério Público é que Lula tenha obtido vantagens econômicas da Odebrecht, ajudando a empreiteira a conseguir obras financiadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em países da África e da América Latina. Ele nega.
A defesa enfática de Lula marca um gesto de reaproximação de Dilma, que viu sua relação pessoal com o padrinho político estremecer em meio aos desdobramentos da Operação Lava Jato, da deterioração dos indicadores econômicos e da quebra abrupta de sua popularidade.
Dia do amigo
Dilma publicou em sua página no Facebook uma foto com Lula pelo Dia do Amigo, comemorado nesta segunda.
Na imagem, ela aparece abraçada ao padrinho político. A legenda traz até um coraçãozinho, símbolo usado nas redes sociais como demonstração de carinho. "No #DiadoAmigo a homenagem é ao querido companheiro Lula", diz o texto.
Pouco tempo depois, Lula compartilhou a mesma imagem em sua timeline. "À companheira, e antes de tudo amiga Dilma Rousseff, um forte abraço neste #DiadoAmigo. O Brasil e os brasileiros têm certeza de sua dedicação por este país!", afirma a legenda.
Nos últimos meses, o ex-presidente tem feito reiteradas críticas a Dilma, especialmente por causa das medidas do ajuste fiscal patrocinadas pelo governo. Em um dos momentos mais duros, disse a um grupo de religiosos que Dilma e ele estavam "no volume morto" e que o PT estava abaixo desse nível.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, também mandou o seu "abraço" para Dilma pelo Twitter. Mas também circulou durante todo o dia pelas redes sociais uma foto da petista ao lado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com a frase "Feliz Dia do Amigo". Na sexta-feira, 17, Cunha anunciou que faria oposição ao governo, após a revelação de que ele teria recebido uma propina de US$ 5 milhões de um dos delatores da Operação Lava Jato.
Estadão Conteúdo
Redação Folha Vitória
Brasília - A presidente Dilma Rousseff aproveitou a reunião de hoje da coordenação política de governo para sair em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula é alvo de investigação da Procuradoria da República no Distrito Federal, que apura se ele praticou tráfico de influência em favor da empreiteira Odebrecht.
"Isso é um absurdo. Não tem a menor procedência", disse Dilma, conforme relato de dois participantes da reunião. "Se fosse assim, Barack Obama, Angela Merkel e o rei Juan Carlos, que defendem os interesses dos empresários dos seus países, também seriam processados."
A suspeita do Ministério Público é que Lula tenha obtido vantagens econômicas da Odebrecht, ajudando a empreiteira a conseguir obras financiadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em países da África e da América Latina. Ele nega.
A defesa enfática de Lula marca um gesto de reaproximação de Dilma, que viu sua relação pessoal com o padrinho político estremecer em meio aos desdobramentos da Operação Lava Jato, da deterioração dos indicadores econômicos e da quebra abrupta de sua popularidade.
Dia do amigo
Dilma publicou em sua página no Facebook uma foto com Lula pelo Dia do Amigo, comemorado nesta segunda.
Na imagem, ela aparece abraçada ao padrinho político. A legenda traz até um coraçãozinho, símbolo usado nas redes sociais como demonstração de carinho. "No #DiadoAmigo a homenagem é ao querido companheiro Lula", diz o texto.
Pouco tempo depois, Lula compartilhou a mesma imagem em sua timeline. "À companheira, e antes de tudo amiga Dilma Rousseff, um forte abraço neste #DiadoAmigo. O Brasil e os brasileiros têm certeza de sua dedicação por este país!", afirma a legenda.
Nos últimos meses, o ex-presidente tem feito reiteradas críticas a Dilma, especialmente por causa das medidas do ajuste fiscal patrocinadas pelo governo. Em um dos momentos mais duros, disse a um grupo de religiosos que Dilma e ele estavam "no volume morto" e que o PT estava abaixo desse nível.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, também mandou o seu "abraço" para Dilma pelo Twitter. Mas também circulou durante todo o dia pelas redes sociais uma foto da petista ao lado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com a frase "Feliz Dia do Amigo". Na sexta-feira, 17, Cunha anunciou que faria oposição ao governo, após a revelação de que ele teria recebido uma propina de US$ 5 milhões de um dos delatores da Operação Lava Jato.
Justiça condena executivos da Camargo Corrêa e PF indicia Marcelo Odebrecht
Justiça condena executivos da Camargo Corrêa e PF indicia Marcelo Odebrecht
segunda-feira, 20 de julho de 2015
Prédio da construtora Odebrecht, em São Paulo. 19/06/2015 REUTERS/Rodrigo Paiva
Por Eduardo Simões
SÃO PAULO (Reuters) - Executivos ligados a duas das maiores empreiteiras do país, investigadas pela operação Lava Jato, sofreram reveses nesta segunda-feira, com o indiciamento de Marcelo Odebrecht e outros executivos ligados à construtora controlada por sua família e a condenação de pessoas ligadas à construtora Camargo Corrêa.
Marcelo Odebrecht, que exercia o cargo de presidente-executivo da Odebrecht antes de ter sua prisão preventiva decretada, e outras sete pessoas, entre elas quatro executivos ligados à construtora, foram indiciados pela Polícia Federal por corrupção, fraude, lavagem de dinheiro, crime contra a ordem econômica e organização criminosa.
Horas antes do indiciamento dos executivos do Odebrecht, o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, condenou três executivos ligados à Camargo Corrêa por corrupção ativa e organização criminosa, na primeira condenação de executivos de empreiteiras investigadas na Lava Jato. Dois desses executivos também foram condenados por lavagem de dinheiro.
A Polícia Federal indiciou, além de Marcelo Odebrecht, os executivos Rogério Santos de Araújo, Alexandrino Alencar, Márcio Farias da Silva e César Ramos Rocha.
O relatório enviado pela PF à Justiça aponta envolvimento dos executivos em irregularidades em obras da Petrobras, como as da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). O documento menciona o suposto pagamento de propina ao ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco e a participação da empreiteira em cartel para obter contratos de obras da petroleira.
O relatório afirma ainda haver indícios de que Marcelo Odebrecht tinha conhecimento das supostas irregularidades cometidas por executivos da companhia e de que teria tentado atrapalhar as investigações da Lava Jato.
A Polícia Federal pede ainda a manutenção da prisão preventiva de Marcelo Odebrecht e dos demais executivos que têm ligação com a empreiteira "face a necessária garantia da ordem pública e por conveniência da instrução criminal, tanto em face a potencial continuidade delitiva como pela influência negativa que soltos poderiam promover quanto as apurações ainda em curso".
Em nota, a Odebrecht afirmou que, embora sem fundamento sólido, o indiciamento já era esperado e disse que Marcelo Odebrecht e os executivos ligados à companhia "aguardarão a oportunidade de exercer plenamente o contraditório e o direito de defesa". Também foram indiciados pela PF no mesmo procedimento o ex-funcionário da Odebrecht João Bernardi Filho, o ex-funcionário da Petrobras Celso Araripe e o empresário Eduardo de Oliveira Freitas Filho.
Em nota enviada à imprensa, a defesa de Rogério Santos de Araújo afirmou que as provas contra ele não se sustentam, alegando que o cruzamento de dados feito pelo Ministério Público Federal "está repleto de inconsistências".
CAMARGO CORRÊA
Os executivos ligados à Camargo Corrêa condenados nesta segunda-feira pela Justiça, por envolvimento no esquema de bilionário de corrupção na Petrobras, são João Auler, Dalton Avancini e Eduardo Hermelino Leite.
Avancini e Leite foram condenados pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Como ambos fizeram acordo de delação premiada com a Justiça em troca de redução da pena, vão cumprir prisão domiciliar.
Auler, por sua vez, foi condenado pelos crimes de corrupção ativa e organização criminosa. Ele não firmou acordo de delação premiada e foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão.
Os três foram condenados por irregularidades nas obras das refinarias Abreu e Lima e Getúlio Vargas, no Paraná.
Procurada, a Camargo Corrêa informou que, desde que tomou conhecimento das investigações, se colocou à disposição das autoridades e tem "empreendido esforços para identificar e sanar irregularidades, reforçando sua governança corporativa e sistemas de controle". Também foram condenados no mesmo processo o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef. Ambos já foram considerados culpados em outros processos relacionados à Lava Jato e fizeram acordo de delação premiada em troca de redução da pena.
Outro condenado foi Jayme Alves de Oliveira Filho, agora agente afastado da Polícia Federal.
A sentença de Moro determina, ainda, o pagamento de pouco mais de 50 milhões de reais a título de indenização para a Petrobras por conta das irregularidades nas obras das duas refinarias.
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
segunda-feira, 20 de julho de 2015
Prédio da construtora Odebrecht, em São Paulo. 19/06/2015 REUTERS/Rodrigo Paiva
Por Eduardo Simões
SÃO PAULO (Reuters) - Executivos ligados a duas das maiores empreiteiras do país, investigadas pela operação Lava Jato, sofreram reveses nesta segunda-feira, com o indiciamento de Marcelo Odebrecht e outros executivos ligados à construtora controlada por sua família e a condenação de pessoas ligadas à construtora Camargo Corrêa.
Marcelo Odebrecht, que exercia o cargo de presidente-executivo da Odebrecht antes de ter sua prisão preventiva decretada, e outras sete pessoas, entre elas quatro executivos ligados à construtora, foram indiciados pela Polícia Federal por corrupção, fraude, lavagem de dinheiro, crime contra a ordem econômica e organização criminosa.
Horas antes do indiciamento dos executivos do Odebrecht, o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, condenou três executivos ligados à Camargo Corrêa por corrupção ativa e organização criminosa, na primeira condenação de executivos de empreiteiras investigadas na Lava Jato. Dois desses executivos também foram condenados por lavagem de dinheiro.
A Polícia Federal indiciou, além de Marcelo Odebrecht, os executivos Rogério Santos de Araújo, Alexandrino Alencar, Márcio Farias da Silva e César Ramos Rocha.
O relatório enviado pela PF à Justiça aponta envolvimento dos executivos em irregularidades em obras da Petrobras, como as da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). O documento menciona o suposto pagamento de propina ao ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco e a participação da empreiteira em cartel para obter contratos de obras da petroleira.
O relatório afirma ainda haver indícios de que Marcelo Odebrecht tinha conhecimento das supostas irregularidades cometidas por executivos da companhia e de que teria tentado atrapalhar as investigações da Lava Jato.
A Polícia Federal pede ainda a manutenção da prisão preventiva de Marcelo Odebrecht e dos demais executivos que têm ligação com a empreiteira "face a necessária garantia da ordem pública e por conveniência da instrução criminal, tanto em face a potencial continuidade delitiva como pela influência negativa que soltos poderiam promover quanto as apurações ainda em curso".
Em nota, a Odebrecht afirmou que, embora sem fundamento sólido, o indiciamento já era esperado e disse que Marcelo Odebrecht e os executivos ligados à companhia "aguardarão a oportunidade de exercer plenamente o contraditório e o direito de defesa". Também foram indiciados pela PF no mesmo procedimento o ex-funcionário da Odebrecht João Bernardi Filho, o ex-funcionário da Petrobras Celso Araripe e o empresário Eduardo de Oliveira Freitas Filho.
Em nota enviada à imprensa, a defesa de Rogério Santos de Araújo afirmou que as provas contra ele não se sustentam, alegando que o cruzamento de dados feito pelo Ministério Público Federal "está repleto de inconsistências".
CAMARGO CORRÊA
Os executivos ligados à Camargo Corrêa condenados nesta segunda-feira pela Justiça, por envolvimento no esquema de bilionário de corrupção na Petrobras, são João Auler, Dalton Avancini e Eduardo Hermelino Leite.
Avancini e Leite foram condenados pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Como ambos fizeram acordo de delação premiada com a Justiça em troca de redução da pena, vão cumprir prisão domiciliar.
Auler, por sua vez, foi condenado pelos crimes de corrupção ativa e organização criminosa. Ele não firmou acordo de delação premiada e foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão.
Os três foram condenados por irregularidades nas obras das refinarias Abreu e Lima e Getúlio Vargas, no Paraná.
Procurada, a Camargo Corrêa informou que, desde que tomou conhecimento das investigações, se colocou à disposição das autoridades e tem "empreendido esforços para identificar e sanar irregularidades, reforçando sua governança corporativa e sistemas de controle". Também foram condenados no mesmo processo o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef. Ambos já foram considerados culpados em outros processos relacionados à Lava Jato e fizeram acordo de delação premiada em troca de redução da pena.
Outro condenado foi Jayme Alves de Oliveira Filho, agora agente afastado da Polícia Federal.
A sentença de Moro determina, ainda, o pagamento de pouco mais de 50 milhões de reais a título de indenização para a Petrobras por conta das irregularidades nas obras das duas refinarias.
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
domingo, 19 de julho de 2015
Oswald de Andrade
Oswald de Andrade
11/1/1890, São Paulo (SP)
22/10/1954, São Paulo (SP)
José Oswald de Souza Andrade era de família abastada. Ingressou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco (São Paulo) em 1909. (Só se formaria em 1919, quando seria o orador da turma.)
Publicou seus primeiros trabalhos em "O Pirralho", semanário paulista de crítica e humor, que ele mesmo fundou em 1911.
Em 1912, viajou para Paris, onde, convivendo com a boemia estudantil, entrou em contato com o futurismo e conheceu Kamiá, mãe de Nonê, seu primeiro filho, nascido em 1914.
De volta a São Paulo, continuou no jornalismo literário. Em 1917, passou a viver com Maria de Lourdes Olzani (a Deise).
Defendeu a pintora Anita Malfatti de uma crítica devastadora de Monteiro Lobato e fundou o jornal "Papel e Tinta". Em seguida, ao lado de Anita, de Mário de Andrade e de outros intelectuais, organizou a Semana de Arte Moderna de 22.
Pelo espírito irreverente e combativo, nenhum outro escritor do modernismo ficou mais conhecido que Oswald. Sua atuação é considerada fundamental na cultura brasileira da primeira metade do século 20.
Publicou "Os Condenados" e "Memórias de João Miramar". Em 1924, iniciou o movimento Pau-Brasil, juntando o nacionalismo às idéias estéticas da Semana de 22. Em 1926, casou com a pintora Tarsila do Amaral, e os dois se tornaram a dupla mais importante das artes brasileiras (Mário de Andrade os apelidou de "Tarsiwald").
Oswald escreveu o "Manifesto Antropofágico", em que propôs que o Brasil devorasse a cultura estrangeira e criasse uma cultura revolucionária própria. Assim fariam Mário de Andrade em "Macunaíma" (1928) e Raul Bopp em "Cobra Norato" (1931).
Com a crise de 29, Oswald teve as finanças abaladas e sofreu uma reviravolta na vida. Rompeu com Mário, separou-se de Tarsila e casou com a escritora e militante política Patrícia Galvão (a Pagu). Da união nasceria Rudá, seu segundo filho.
Filiou-se ao PCB após a revolução de 1930 (romperia com o partido em 1945, embora continuasse sendo de esquerda). Em 1931, quando dirigia o jornal "O Homem do Povo", foi várias vezes detido.
Em 1936, após ter-se separado de Pagu, casou com a poetisa Julieta Bárbara. Em 1944, outro casamento, agora com Maria Antonieta D'Aikmin, com quem permaneceria até o fim da vida.
Além de poemas, já lançara o romance "Serafim Ponte Grande" (1933) e as peças "O Homem e o Cavalo" (1934) e "O Rei da Vela" (1937).
Em 1939, na Suécia, representou o Brasil num congresso do Pen Club (a entidade internacional que congrega os literatos dos diversos países). Prestou concurso para a cadeira de literatura brasileira na Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da USP com a tese "A Arcádia e a Inconfidência" e, em 1945, obteve o título de livre-docente.
Oswald morreu aos 64 anos. Sua poesia seria precursora de dois movimentos distintos que marcariam a cultura brasileira na década de 1960: o concretismo e o tropicalismo.
Renan chama ajuste fiscal de "tacanho" e elogia Cunha em vídeo
Renan chama ajuste fiscal de "tacanho" e elogia Cunha em vídeo
domingo, 19 de julho de 2015
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), criticou duramente o ajuste fiscal proposto pelo Executivo, classificando-o de "tacanho" e "insuficiente", e previu meses "nebulosos" pela frente, em vídeo divulgado pela TV Senado.
Ao prestar contas sobre as atividades do Senado no primeiro semestre, Renan disse que o país vive um "raro momento de protagonismo do legislativo" e elogiou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que anunciou seu rompimento com o governo na sexta-feira.
"Acho que a atuação dele, sua independência, colaborou muito para este momento do Congresso Nacional", disse Renan, ressaltando que a independência do Legislativo é um "caminho sem volta".
Renan dedicou grande parte do pronunciamento de quase 17 minutos a criticar o ajuste econômico e falar sobre a crise política.
"O ajuste fiscal está mesmo se revelando como um desajuste social... Ele verdadeiramente ameaça as conquistas socieconômicas obtidas com tanto sacrifício", disse Renan, ressaltando que o Congresso não está disposto a aprovar aumento de impostos.
"Não vamos concordar com a asfixia da sociedade, enquanto o governo continuar perdulário e não alterar a sua postura diante das cobranças para diminuir gastos."
CRISE POLÍTICA
Renan comparou a situação política brasileira a um "filme de terror sem fim", e disse não saber o que irá acontecer, mas previu meses nebulosos pela frente, com uma agenda bastante pesada.
"Temos uma crise política, uma crise econômica, temos também uma crise de credibilidade, porque o sistema é presidencialista", disse Renan, acrescentando que o Congresso não irá contribuir para aumentar a instabilidade.
Durante o pronunciamento, Renan elogiou o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), e disse que vê com naturalidade a pretensão do PMDB de ter candidato próprio à presidência da República.
"A razão de ser de qualquer agremiação partidária é conquistar o poder pelo voto. Não somos defensores de soluções marginais, que estejam a margem da legalidade. O poder é conquistado nas urnas", disse Renan, em um momento em que cresce os discursos pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff.
(Por Raquel Stenzel)
domingo, 19 de julho de 2015
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), criticou duramente o ajuste fiscal proposto pelo Executivo, classificando-o de "tacanho" e "insuficiente", e previu meses "nebulosos" pela frente, em vídeo divulgado pela TV Senado.
Ao prestar contas sobre as atividades do Senado no primeiro semestre, Renan disse que o país vive um "raro momento de protagonismo do legislativo" e elogiou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que anunciou seu rompimento com o governo na sexta-feira.
"Acho que a atuação dele, sua independência, colaborou muito para este momento do Congresso Nacional", disse Renan, ressaltando que a independência do Legislativo é um "caminho sem volta".
Renan dedicou grande parte do pronunciamento de quase 17 minutos a criticar o ajuste econômico e falar sobre a crise política.
"O ajuste fiscal está mesmo se revelando como um desajuste social... Ele verdadeiramente ameaça as conquistas socieconômicas obtidas com tanto sacrifício", disse Renan, ressaltando que o Congresso não está disposto a aprovar aumento de impostos.
"Não vamos concordar com a asfixia da sociedade, enquanto o governo continuar perdulário e não alterar a sua postura diante das cobranças para diminuir gastos."
CRISE POLÍTICA
Renan comparou a situação política brasileira a um "filme de terror sem fim", e disse não saber o que irá acontecer, mas previu meses nebulosos pela frente, com uma agenda bastante pesada.
"Temos uma crise política, uma crise econômica, temos também uma crise de credibilidade, porque o sistema é presidencialista", disse Renan, acrescentando que o Congresso não irá contribuir para aumentar a instabilidade.
Durante o pronunciamento, Renan elogiou o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), e disse que vê com naturalidade a pretensão do PMDB de ter candidato próprio à presidência da República.
"A razão de ser de qualquer agremiação partidária é conquistar o poder pelo voto. Não somos defensores de soluções marginais, que estejam a margem da legalidade. O poder é conquistado nas urnas", disse Renan, em um momento em que cresce os discursos pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff.
(Por Raquel Stenzel)
sábado, 18 de julho de 2015
Cunha rompe com Planalto, põe em xeque pauta governista no Congresso, mas pode se enfraquecer
Cunha rompe com Planalto, põe em xeque pauta governista no Congresso, mas pode se enfraquecer
sexta-feira, 17 de julho de 2015
Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), durante sessão, da Câmara, em Brasília, em março. 26/03/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
Por Eduardo Simões e Maria Carolina Marcello
SÃO PAULO/BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rompeu com o governo da presidente Dilma Rousseff nesta sexta-feira em uma decisão que coloca em xeque a pauta de votações do Executivo, mas também pode enfraquecer o deputado, principal pedra no sapato de Dilma no Congresso Nacional.
Em tom agressivo contra o Palácio do Planalto, Cunha anunciou seu rompimento por conta do que, segundo ele, seria uma ação orquestrada do governo com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para constrangê-lo.
Cunha referiu-se ao que chamou de "devassa fiscal" promovida contra ele e ao depoimento dado pelo empresário Julio Camargo, um dos delatores da operação Lava Jato, que acusa o deputado de lhe pedir pessoalmente propina de 5 milhões de dólares, o que é negado pelo presidente da Câmara.
"Eu formalmente, a partir de hoje, estou rompendo com o governo", disse Cunha em entrevista coletiva na Câmara, em Brasília, negando, entretanto, que sua decisão tenha influência em seu papel institucional como presidente da Câmara.
"Não há nenhum gesto da minha parte que possa dizer: acabou a governabilidade do governo hoje. Mas saibam que o presidente da Câmara a partir de hoje é oposição ao governo."
O deputado disse ainda que defenderá a ida do PMDB para a oposição a Dilma no congresso da legenda, marcado para setembro.
"Vou pregar que a minha posição pessoal possa vir a ser a posição do partido", disse.
O governo reagiu ao rompimento de Cunha enfatizando o caráter pessoal de sua decisão, exaltando a importância do PMDB para o Executivo e afirmando esperar que a posição contrária ao Planalto não reflita na atuação de Cunha na presidência da Câmara "Tanto o vice-presidente da República como os ministros e parlamentares do PMDB tiveram e continuam tendo um papel importante no governo", disse a Presidência da República em nota.
"O governo espera que esta posição (de Cunha) não se reflita nas decisões e nas ações da presidência da Câmara que devem ser pautadas pela imparcialidade e pela impessoalidade", acrescenta o comunicado, que afirma ainda que o Planalto atuou com "total isenção" em relação às investigações em curso.
Em sintonia com a nota da Presidência, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse que o PMDB é um "importante e fundamental aliado do governo".
Exaltado pelo Planalto após o rompimento de Cunha, o PMDB também divulgou nota em que reitera o caráter pessoal da decisão do presidente da Câmara, diz respeitar este posicionamento e afirma que cabe às instâncias decisórias da legenda definir um posicionamento partidário.
E é justamente a essas instâncias que a bancada do PMDB na Câmara, até janeiro liderada por Cunha e que hoje tem como líder um parlamentar próximo a ele, o deputado Leonardo Picciani (RJ), pedirá em agosto uma reunião para definir uma posição partidária após o rompimento anunciado nesta sexta-feira.
O PMDB é presidido pelo vice-presidente e articulador político de Dilma, Michel Temer, e comanda seis ministérios no governo.
CORDA ESTICADA
A decisão de Cunha teve o efeito imediato de deteriorar ainda mais o já debilitado cenário político, em um momento em que o governo precisa do Congresso Nacional para aprovar medidas de reequilíbrio das contas públicas. Diante desse desgaste e indagado no Rio de Janeiro sobre a decisão do presidente da Câmara, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, manifestou confiança na imparcialidade de Cunha ao tomar atitudes no exercício do cargo.
Ainda assim, os mercados financeiros reagiram mal ao anúncio de Cunha. O dólar avançou mais de 1 por cento ante o real e o Ibovespa, índice referência da Bolsa de Valores de São Paulo, caiu mais de 1 por cento.
Além dos possíveis efeitos negativos na economia, o rompimento de Cunha também pode acarretar efeitos colaterais desagradáveis para o próprio deputado, na visão de analistas e pessoas do meio político ouvidas pela Reuters.
Isso porque o tom agressivo do presidente da Câmara contra o Planalto, aliado a um momento de fragilidade política por conta de sua citação na Lava Jato, pode provocar uma debandada de aliados e até mesmo um isolamento de Cunha.
Uma fonte do PMDB que falou à Reuters sob a condição de anonimato avaliou que Cunha agiu individualmente ao anunciar o rompimento e que tem adotado postura mais impulsiva, o que pode afastar alguns aliados.
Outra fonte, essa do PT, também acredita que Cunha pode ficar mais "solitário" com a decisão de romper com o Planalto.
Essa avaliação de integrantes do meio político é compartilhada por analistas ouvidos pela Reuters.
"Eu acredito que o Eduardo Cunha talvez tenha esticado a corda excessivamente", disse à Reuters o cientista político da Fundação Getulio Vargas Claudio Couto.
"Ele também é vulnerável. Ele começou a cobrir demais essas apostas... de enfrentamento com o governo, e aí quando os problemas começam a aparecer para ele também, ...ele começa a se tornar enfraquecido", acrescentou. Ainda assim, numa possível sinalização do estrago que pode fazer da cadeira de presidente da Câmara, Cunha autorizou nesta sexta-feira, horas após romper com o Planalto, a criação de duas comissões parlamentares de inquérito (CPI) que desagradam o governo: uma que pretende investigar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e outra para apurar as atividades de fundos de pensão de estatais, esta última a ser efetivamente criada em agosto.
IMPEACHMENT
Outro fator de incerteza gerada pela decisão de Cunha gira em torno de um pedido de impeachment contra Dilma, já que cabe a ele, como presidente da Câmara, tomar a decisão sobre dar ou não seguimento a um eventual impedimento contra a presidente.
Na quinta-feira, Cunha disse que deve decidir em 30 dias sobre um pedido de impeachment apresentado contra Dilma. Na ocasião, ele afirmou que aguardava um posicionamento da área jurídica da Câmara e de juristas externos.
Além disso, as contas do governo Dilma em 2014 serão em breve analisadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que enviará um parecer ao Congresso, a quem cabe julgar as contas do Executivo.
Um eventual parecer contrário às contas do governo no TCU ou mesmo a rejeição das contas no Parlamento pode abrir caminho para um pedido de impeachment contra Dilma por crime de responsabilidade.
Questionado nesta sexta-feira sobre sua posição acerca de um eventual pedido de impeachment, Cunha manteve a posição manifestada na véspera, de que um processo de impedimento deve ser tratado dentro da Constituição e não do ponto de vista eleitoral.
Após o anúncio de Cunha, a consultoria política Eurasia Group colocou em 30 por cento as chances de impeachment de Dilma e apontou o possível enfraquecimento do presidente da Câmara como um dos motivos para este baixo percentual. "A tendência é que a capacidade dele (Cunha) de agregar aliados é declinante. Reduz a nossa visão de impeachment também em função disso. A capacidade de um presidente da Câmara sendo investigado capitanear o impeachment se reduz", avaliou o analista João Augusto de Castro Neves, da Eurasia.
(Reportagem adicional de Walter Brandimarte, em São Paulo)
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