Diretor da Petrobras diz que acionistas têm razão de estarem insatisfeitos
Daniel Mello
Agência Brasil 22/05/2015
http://economia.uol.com.br/
Carol Carmo/Agência O Dia/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
O diretor de Gás e Energia da Petrobras, Hugo Repsold Júnior, indicou que entende a insatisfação dos acionistas da empresa com os resultados da companhia.
"Os nossos acionistas têm razão de não estarem muito felizes com a gente", disse ao explicar a situação da empresa em um seminário promovido pela revista "Carta Capital".
"Esse tombo nos preços [do petróleo], junto com os projetos [trouxe prejuízos]. A gente fez essas refinarias e a produção não veio. A gente tinha uma expectativa de aumento da produção e a geração de caixa seria maior", explicou sobre os resultados do último ano.
O balanço da estatal indicou que o resultado líquido de 2014 ficou negativo em R$ 21,6 bilhões. Estão incluídos nesse cálculo os R$ 6,2 bilhões de perdas estimadas com a corrupção na petroleira. A desvalorização dos ativos da empresa chegou a R$ 44,6 bilhões.
Repsold atribuiu as perdas ao volume excessivo de investimentos nos últimos anos, que acabou fazendo com que a empresa se arriscasse mais do que o necessário. "Obviamente, não era para ter acontecido. Em um ritmo mais adequado a gente teria superado a barra", admitiu.
Apesar dos problemas, o diretor disse que a companhia tem todas as condições de se recuperar das perdas. "Essa empresa não tem um problema operacional ou técnico. A produtividade dos empregados da Petrobras é cada vez maior", ressaltou.
Para reduzir o endividamento, Repsold disse que a empresa deverá se desfazer de US$ 10 bilhões de ativos em 2016. "Ninguém pode viver com esse grau de alavancagem e endividamento crescente", justificou.
Os investimentos para o próximo ano estão estimados em US$ 25 bilhões. "A gente amadureceu em várias áreas e a gente pode agora buscar mais rentabilidade, liquidez e caixa. Substituindo alguns ativos, por outros que gerem mais caixa", acrescentou.
Konstantinos - Uranus
sexta-feira, 22 de maio de 2015
quinta-feira, 21 de maio de 2015
Livro de Martinho Lutero é descoberto na França com anotações manuscritas
Retrato de Martinho Lutero (1483-1546) feito pelo artista plástico Lucas Cranach
AFP De Estrasburgo, na França 21/05/2015
http://entretenimento.uol.com.br/
Um livro do teólogo alemão Martinho Lutero (1483-1546), uma das figuras centrais da Reforma Protestante, no século 16, foi descoberto na Biblioteca Humanista de Sélestat, no nordeste da França, escondido na coleção de um estudioso da Renascença, chamado Beatus Rhenanus. A publicação "Tratado da Liberdade Cristã", escrita em 1520 em latim, contém 50 anotações escritas em vermelho à mão por Lutero, que foram autenticadas por especialistas.
A descoberta permitiu identificar um "elo perdido", porque "como ignorávamos a existência dessas correções manuscritas de Martinho Lutero, não considerávamos sua vontade para uma edição definitiva", explicou à AFP o professor universitário em Estrasburgo James Hirstein, que encontrou o livro.
Trata-se de um "rascunho para impressão" de uma segunda edição, que chegou às mãos do sábio Beatus Rhenanus (1485-1547) por meio de um cânone de Augsburgo, no sul da Alemanha, antes de ser impresso em Basileia, na Suíça, no início de 1521, incorporando quase inteiramente as modificações do "pai do protestantismo", explicou o pesquisador Hirstein, que também é professor de latim.
Rhenanus e os impressores anônimos da Basileia também contribuíram para a impressão. Ao longo dos séculos e das reedições, 15 notas de Lutero acabaram desaparecendo, "porque ninguém sabia que eram suas", disse Hirstein.
As notas do reformista alemão "apontam sua forte relação individual com Deus", disse o pesquisador.
A descoberta também lança nova luz sobre os pensamentos de Rhenanus, amigo de Erasmo de Rotterdam, muito influente na época e favorável a uma reforma da Igreja Católica, sem querer, contudo, abandonar o catolicismo.
terça-feira, 19 de maio de 2015
Brasil e China firmam acordos que podem superar US$53 bi e criarão fundo para infraestrutura
Brasil e China firmam acordos que podem superar US$53 bi e criarão fundo para infraestrutura
terça-feira, 19 de maio de 2015
19/05/2015. REUTERS/Ueslei Marcelino
Por Leonardo Goy e Anthony Boadle
BRASÍLIA (Reuters) - Brasil e China anunciaram nesta terça-feira um amplo conjunto de acordos de comércio, investimentos e cooperação financeira que podem superar os 53 bilhões de dólares, potencialmente assegurando um fluxo de capital importante no momento em que a economia brasileira busca se recuperar.
Durante a primeira visita do premiê chinês, Li Keqiang, à América Latina, também foi anunciada a criação de um fundo de 50 bilhões de dólares destinados à infraestrutura no Brasil, pela Caixa Econômica Federal e o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC, na sigla em inglês), confirmando reportagem da Reuters da semana passada.
Segundo o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Cláudio Puty, os 53 bilhões de dólares representam uma soma das intenções de investimentos dos chineses no Brasil, sendo que parte deles pode vir ou não a ser financiada pelo fundo.
Esse fundo não necessariamente vai financiar investimentos chineses, segundo um representante da Caixa, que explicou que o objetivo é financiar projetos de infraestrutura, sendo eles tocados ou não por empresas chinesas.
Em 60 dias a Caixa a o banco chinês devem apresentar a modelagem dos empréstimos e os projetos que podem vir a ser financiados, que podem incluir algumas das concessões em infraestrutura que o governo pretende lançar mês que vem.
Talvez o projeto mais importante a ser financiado pelo fundo será uma ferrovia para ligar os oceanos Atlântico ao Pacífico, reduzindo o custo do frete de exportações para a China.
"A infraestrutura será beneficiada com um projeto de grande alcance para o Brasil, para a integração sul-americana via o Peru e para o comércio com a China", disse a presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de assinatura de atos ao lado de Li.
Os estudos de viabilidade da ferrovia devem ser apresentados aos governos do Brasil, Peru e China em maio de 2016, segundo o governo brasileiro. Os acordos assinados, no que foi chamado de Plano de Ação Conjunta 2015-2021, vão da venda de jatos regionais da Embraer a novas linhas de crédito chinesas à Petrobras, passando pelo fim do embargo à carne brasileira pela China.
A injeção de capital da China não poderia vir em melhor momento para o Brasil, que está entrando em uma recessão e ainda ressente o fim do boom dos preços das commodities da década passada, que impulsionou a demanda chinesa por seus principais produtos de exportação, como minério de ferro e soja.
Os investimentos em infraestrutura são a principal aposta da equipe do governo Dilma para retomar a atividade econômica. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve ter contração de 1,20 por cento em 2015, segundo boletim Focus do Banco Central, depois de ter apresentado variação positiva de 0,1 por cento no ano passado.
Para a China, os acordos no Brasil representam uma oportunidade para suas empresas que buscam novas oportunidades de investimentos no exterior, à medida que a economia asiática desacelera.
Li disse que as empresas de construção e siderúrgicas chinesas estão prontas para ajudar em projetos de infraestrutura no Brasil, para reduzir os custos do frete nas exportações de commodities.
No passado recente, porém, maciços investimentos prometidos pela China ao Brasil acabaram em sua maioria por não se confirmarem. No fim de 2013, menos de um terço dos investimentos de cerca de 70 bilhões de dólares prometidos pela China no Brasil de 2007 até aquele ano tinha sido executado, com o restante em compasso de espera ou cancelado.
GRANDES EMPRESAS
Alguns dos acordos de cooperação firmados nesta manhã com a China envolvem grandes empresas brasileiras. No caso da Petrobras, foram firmados dois acordos para financiamento de projetos somando 7 bilhões de dólares.
O maior deles, no valor de 5 bilhões de dólares, é com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB). Não está claro se a cifra é inteiramente nova ou se inclui um contrato de financiamento de 3,5 bilhões de dólares da petroleira com o CDB anunciado no começo de abril.
Já a Vale fechou nesta terça a venda de quatro navios Valemax, para transporte de minério de ferro, à China Merchantz Energy Shipping (CMES).
A mineradora brasileira também firmou acordo com o chinês ICBC para linhas de crédito de até 4 bilhões de dólares sob a forma de empréstimos sindicalizados, bilaterais, crédito à exportação e trade finance, entre outros instrumentos financeiros.
A Embraer, por sua vez, formalizou um contrato já conhecido para vender 22 aviões regionais a uma companhia aérea chinesa, em um negócio de 1,1 bilhão de dólares a preços de tabela. Há previsão de que o acordo seja ampliado adiante para incluir outras 18 aeronaves da fabricante brasileira.
Em outra frente, o chinês Bank of Communications anunciou a compra de cerca de 80 por cento do banco brasileiro BBM por estimados 525 milhões de reais, marcando a primeira aquisição do grupo no exterior.
"A proposta de aquisição do Banco BBM é a primeira compra do Bank of Communications no exterior. Também marca o primeiro passo da expansão do banco na América Latina", disse o banco chinês em comunicado, lembrando que a China vem sendo o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009.
Na pecuária, o Ministério da Agricultura brasileiro informou a habilitação para a exportação à China de oito unidades de abate de bovinos no Brasil que estavam suspensas, com a assinatura de compromisso para a habilitação de mais nove plantas em junho, quando a ministra Kátia Abreu irá ao país asiático.
terça-feira, 19 de maio de 2015
19/05/2015. REUTERS/Ueslei Marcelino
Por Leonardo Goy e Anthony Boadle
BRASÍLIA (Reuters) - Brasil e China anunciaram nesta terça-feira um amplo conjunto de acordos de comércio, investimentos e cooperação financeira que podem superar os 53 bilhões de dólares, potencialmente assegurando um fluxo de capital importante no momento em que a economia brasileira busca se recuperar.
Durante a primeira visita do premiê chinês, Li Keqiang, à América Latina, também foi anunciada a criação de um fundo de 50 bilhões de dólares destinados à infraestrutura no Brasil, pela Caixa Econômica Federal e o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC, na sigla em inglês), confirmando reportagem da Reuters da semana passada.
Segundo o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento, Cláudio Puty, os 53 bilhões de dólares representam uma soma das intenções de investimentos dos chineses no Brasil, sendo que parte deles pode vir ou não a ser financiada pelo fundo.
Esse fundo não necessariamente vai financiar investimentos chineses, segundo um representante da Caixa, que explicou que o objetivo é financiar projetos de infraestrutura, sendo eles tocados ou não por empresas chinesas.
Em 60 dias a Caixa a o banco chinês devem apresentar a modelagem dos empréstimos e os projetos que podem vir a ser financiados, que podem incluir algumas das concessões em infraestrutura que o governo pretende lançar mês que vem.
Talvez o projeto mais importante a ser financiado pelo fundo será uma ferrovia para ligar os oceanos Atlântico ao Pacífico, reduzindo o custo do frete de exportações para a China.
"A infraestrutura será beneficiada com um projeto de grande alcance para o Brasil, para a integração sul-americana via o Peru e para o comércio com a China", disse a presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de assinatura de atos ao lado de Li.
Os estudos de viabilidade da ferrovia devem ser apresentados aos governos do Brasil, Peru e China em maio de 2016, segundo o governo brasileiro. Os acordos assinados, no que foi chamado de Plano de Ação Conjunta 2015-2021, vão da venda de jatos regionais da Embraer a novas linhas de crédito chinesas à Petrobras, passando pelo fim do embargo à carne brasileira pela China.
A injeção de capital da China não poderia vir em melhor momento para o Brasil, que está entrando em uma recessão e ainda ressente o fim do boom dos preços das commodities da década passada, que impulsionou a demanda chinesa por seus principais produtos de exportação, como minério de ferro e soja.
Os investimentos em infraestrutura são a principal aposta da equipe do governo Dilma para retomar a atividade econômica. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve ter contração de 1,20 por cento em 2015, segundo boletim Focus do Banco Central, depois de ter apresentado variação positiva de 0,1 por cento no ano passado.
Para a China, os acordos no Brasil representam uma oportunidade para suas empresas que buscam novas oportunidades de investimentos no exterior, à medida que a economia asiática desacelera.
Li disse que as empresas de construção e siderúrgicas chinesas estão prontas para ajudar em projetos de infraestrutura no Brasil, para reduzir os custos do frete nas exportações de commodities.
No passado recente, porém, maciços investimentos prometidos pela China ao Brasil acabaram em sua maioria por não se confirmarem. No fim de 2013, menos de um terço dos investimentos de cerca de 70 bilhões de dólares prometidos pela China no Brasil de 2007 até aquele ano tinha sido executado, com o restante em compasso de espera ou cancelado.
GRANDES EMPRESAS
Alguns dos acordos de cooperação firmados nesta manhã com a China envolvem grandes empresas brasileiras. No caso da Petrobras, foram firmados dois acordos para financiamento de projetos somando 7 bilhões de dólares.
O maior deles, no valor de 5 bilhões de dólares, é com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB). Não está claro se a cifra é inteiramente nova ou se inclui um contrato de financiamento de 3,5 bilhões de dólares da petroleira com o CDB anunciado no começo de abril.
Já a Vale fechou nesta terça a venda de quatro navios Valemax, para transporte de minério de ferro, à China Merchantz Energy Shipping (CMES).
A mineradora brasileira também firmou acordo com o chinês ICBC para linhas de crédito de até 4 bilhões de dólares sob a forma de empréstimos sindicalizados, bilaterais, crédito à exportação e trade finance, entre outros instrumentos financeiros.
A Embraer, por sua vez, formalizou um contrato já conhecido para vender 22 aviões regionais a uma companhia aérea chinesa, em um negócio de 1,1 bilhão de dólares a preços de tabela. Há previsão de que o acordo seja ampliado adiante para incluir outras 18 aeronaves da fabricante brasileira.
Em outra frente, o chinês Bank of Communications anunciou a compra de cerca de 80 por cento do banco brasileiro BBM por estimados 525 milhões de reais, marcando a primeira aquisição do grupo no exterior.
"A proposta de aquisição do Banco BBM é a primeira compra do Bank of Communications no exterior. Também marca o primeiro passo da expansão do banco na América Latina", disse o banco chinês em comunicado, lembrando que a China vem sendo o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009.
Na pecuária, o Ministério da Agricultura brasileiro informou a habilitação para a exportação à China de oito unidades de abate de bovinos no Brasil que estavam suspensas, com a assinatura de compromisso para a habilitação de mais nove plantas em junho, quando a ministra Kátia Abreu irá ao país asiático.
Abdicação de Dom Pedro I
Por Tiago Ferreira da Silva
Após a Declaração da Independência, em 1822, esperava-se que D. Pedro I tivesse um reinado no Brasil cada vez mais distanciado dos interesses de Portugal. Todavia, no fundo tudo continuava do mesmo jeito de antes: os negros continuariam na condição de escravos e as elites agrárias ainda eram favorecidas pelo governo monarquista.
D. Pedro I arriscou várias tentativas de, pelo menos, mostrar que estava fazendo serviço a favor da independência do Brasil. Mas fracassou ao criar a Assembleia Constituinte em 1823 e não obedeceu à risca os termos da Constituição de 1824, que exigia um governo liberal do império; durante seu mandato, o governo sempre fora autoritário.
Neste momento, Portugal vivia uma crise financeira estarrecedora, graças às fraquezas administrativas do reinado de D. Miguel. A imprensa argumentava que D. Pedro estava preocupado com o antigo país colonizador e cogitava assumir o trono por lá também. Para os brasileiros, esse ato era impensável pois, se o imperador estava comprometido com a independência do país, tinha o dever de deixar Portugal de lado.
Os rumores da sucessão do trono em Portugal ganharam amplitude quando o jornalista oposicionista, Líbero Badaró, foi assassinado em 1830. Sua morte foi atribuída ao regime autoritário de D. Pedro I, o que causou mais desgaste na população brasileira acerca de seu mandato.
Revoltados com a decepcionante condução política do imperador, os opositores do Rio de Janeiro se organizam e travam uma violenta batalha contra os portugueses, em março de 1831, no episódio que ficou conhecido como Noite das Garrafadas.
A aversão à D. Pedro I se intensifica ainda mais, com opositores desafiando as leis políticas implantadas por ele e o aumento dos tumultos de moradores contrários ao regime nas ruas.
Esses atos enfraquecem o alicerce político do imperador, que foi perdendo apoio dos ministros e pressionado a sair do cargo. No dia 7 de abril de 1831, D. Pedro abdica do cargo de imperador, retorna à Europa e deixa o trono para seu filho Pedro, de 5 anos.
http://www.historiabrasileira.com/
segunda-feira, 18 de maio de 2015
Lava Jato abre espaço para investimento chinês no Brasil
Lava Jato abre espaço para investimento chinês no Brasil
BBC
Mariana Schreiber
Da BBC Brasil em Brasília 18/05/201508h17 > Atualizada 18/05/2015
O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, e uma missão de empresários de seu país desembarcam nesta segunda-feira (18) em Brasília com a promessa de investir dezenas de bilhões de dólares em diversos setores da economia --de ferrovias a hidrelétricas, passando por autopeças, agronegócios, mineração, siderurgia e TI (tecnologia da informação).
O momento é visto como especialmente favorável a esses investimentos.
De um lado, o governo tem sido obrigado a cortar gastos em infraestrutura devido às restrições orçamentárias.
De outro, os setores de construção e óleo e gás passam por um cenário difícil por causa da Operação Lava Jato, que investiga esquemas de corrupção envolvendo Petrobras, grandes obras públicas e empreiteiras nacionais.
O contexto complicado acaba sendo uma oportunidade para o capital chinês, nota Maria Luisa Cravo, gerente Executiva de Investimentos da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
"Com certeza, cria uma oportunidade. Empresas estrangeiras, quando estão avaliando um país para investir, levam em conta todo tipo de fator. Certamente, empresa de óleo e gás que não estava atuando no Brasil, não eram fornecedores da Petrobras, têm interesse e sabem que há uma oportunidade (agora)".
Segundo Charles Tang, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil China (CCIBC), um estaleiro chinês ganhou neste ano parte da concorrência internacional aberta pela Petrobras para construção de módulos de compressão, cujo contrato original de US$ 750 milhões foi cancelado com a brasileira Iesa, após citações na Lava Jato. O grupo Inepar, ao qual pertence a Iesa, está em recuperação judicial.
"Como se sabe, os grandes projetos de infraestrutura e de petróleo e gás sempre foram dominados por grandes empreiteiras brasileiras que ora têm dificuldade de concluir as suas obras. Nossa Câmara têm se esforçado para trazer investimentos de grandes empresas chinesas para ajudar a recuperar a economia do Brasil e manter empregos brasileiros", afirma.
"O empréstimo de US$ 3,5 bilhões (R$ 10,5 bilhões) feito recentemente à Petrobras demonstra a confiança que a China deposita no Brasil e demonstra a importância que a China dá a essa aliança estratégica e comercial. Um amigo em hora de necessidade é um amigo verdadeiro", acrescenta Tang.
O financiamento, obtido junto ao Banco de Desenvolvimento Chinês no início de abril, chega em um momento que a Petrobras está com o endividamento elevado e enfrenta dificuldade de obter recursos emitindo títulos e ações.
Agenda
Li Keqiang reúne-se com a presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira de manhã e no dia seguinte cumpre agenda no Rio e Janeiro, antes de seguir viagem para Colômbia, Peru e Chile.
A China vem ampliando sua presença na região e tem laços próximos também com Venezuela e Argentina.
Durante a passagem da comitiva chinesa pelo Brasil serão assinados mais de 30 documentos, entre acordos governamentais, empresariais e outros atos, sinalizando intenções novas de investimentos de US$ 50 bilhões (R$ 150 bilhões), segundo o embaixador José Alfredo Graça Lima, atualmente à frente da Subsecretaria-Geral de Assuntos Políticos 2, área responsável pelas relações políticas e econômicas do Brasil com a Ásia.
Segundo informações da agência de notícias Reuters, será anunciado também a criação de um fundo na Caixa de US$ 50 bilhões com recursos do Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) para investimento em infraestrutura --não está claro em que medida essas duas cifras se sobrepõem.
Enquanto maior parceiro comercial do país, a China já tem hoje peso importante na economia brasileira. Para Graça Lima, o crescente interesse chinês em investir aqui traz o relacionamento dos dois países a um novo patamar.
"A visita do primeiro-ministro Li Keqiang segue um histórico de visitas de alto nível que se iniciaram em 2004 e que vêm contribuindo para adensar a relações bilaterias entre Brasil e China. E (essas relações) estão tomando outro vulto, ou subindo de patamar, na forma de uma cooperação mais voltada para investimentos, tanto em infraestrutura, como em capacidade produtiva, que são duas áreas de especial interesse para o Brasil de hoje", disse Graça Lima, em apresentação a jornalistas na semana passada.
Se tudo que está sendo anunciado vai sair do papel é outra história.
Segundo o embaixador, são projetos que estão em diferentes estágios de negociação e planejamento. Um dos mais importantes para os dois países é a construção de uma ferrovia transoceânica, que cortará Brasil e Peru, facilitando o escoamento de grãos e outros produtos da região Centro-Oeste para o Oceano Pacífico.
Infraestrutura
Segundo o diretor executivo da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Bruno Batista, é justamente essa preocupação com escoamento de produtos brasileiros para a China, "questão de segurança alimentar", que tem elevado a disposição do país em investir na logística brasileira.
Até hoje, observa Batista, a presença do capital chinês na infraestrutura de transportes do Brasil é pequena, mas a expectativa é que isso mude nos próximos anos.
Em junho, o governo federal pretende anunciar um novo pacote de concessão de obras em infraestrutura, e, segundo o diretor da CNT, há grande interesse chinês nas ferrovias.
Para os investimentos se confirmarem, porém, é preciso clareza nos detalhes técnicos e na taxa de retorno desses investimentos, afirma ele.
Batista lembra que nenhuma das ferrovias anunciadas no pacote de concessões de 2012 saiu do papel até hoje, porque essas incertezas afastaram investidores.
Naquele ano, o governo anunciou que as concessões significariam investimentos de R$ 91 bilhões em ferrovias - os projetos estão sendo revisados para entrar no novo pacote previsto para junho.
"A insfraestrutura de transportes está num momento de crise de recursos, com a redução dos investimentos públicos e dos financiamentos liberados pelo BNDES. O capital privado ganha mais importância agora e a única sinalização clara de interesse (em investir) é do governo chinês", destaca Batista.
Interesse brasileiro
Em entrevista à imprensa chinesa na semana passada, Dilma sinalizou que o interesse brasileiro nessa parceria também é grande.
"O Brasil passa por um momento em que todo o conhecimento e a expertise da China na área de investimento em infraestrutura nós podemos aproveitar, tanto na área de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos", disse ela ao China Business News, ressaltando que a participação chinesa em ferrovias vai ser "essencial" para o Brasil.
Monitoramento da Apex indica que, entre 2004 e 2014, a China investiu US$ 50 bilhões no Brasil. Maria Luisa Cravo explica que antes esses investimentos eram mais concentrados em fábricas e que agora o escopo está se ampliando para obras de infraestrutura, que são mais caras.
Entre as empresas chinesas que investiram no Brasil nos últimos dez anos, destacam-se JAC Motors e Chery (montadoras), Sinopec (petróleo e gás), Huawei (telecomunicações), Foxconn (eletrônicos), Banco da China (financeiro) e a Companhia Nacional da Rede Elétrica da China (energia). Recentemente, a Apex mediou a instalação da uma empresa de ônibus elétricos em Campinas - a primeira fábrica na América Latina da gigante chinesa BYD.
Mas o que estaria por trás do apetite bilionário chinês pelo Brasil?
Certamente, é de interesse do país melhorar a logística das nossas exportação, reduzindo os custos de produtos comprados em grande quantidade pela China, como soja e minério de ferro.
Apesar de a queda nos preços das commodities ter provocado um recuo no valor das vendas brasileiras para a China, o país manteve-se como principal parceiro comercial do Brasil em 2014, quando a corrente de comércio (soma de importações e exportações) foi de US$ 78 bilhões.
Questionado sobre se haveria também uma estratégia geopolítica da China no sentindo de ampliar sua influência na América do Sul, o embaixador Graça Lima descartou a existência de "uma agenda secreta" e minimizou uma possível perda de protagonismo do Brasil na região.
"Interessa ao Brasil que seus 11 vizinhos progridam, que tenham uma grau de desenvolvimento que sirva para mais estabilidade, mais paz, mais segurança (na região). Nesse ponto, a China é vista como uma parceiro bem vindo", argumentou.
Geopolítica
Para Charles Tang, porém, há sim uma intenção geopolítica, na medida em que a China busca a se contrapor aos Estados Unidos como potência global.
Esse é o entendimento também de Renato Baumann, diretor da área de Relações Econômicas e Políticas Internacionais do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada). "A China quer expandir sua áreas de influência e tornar o yuan uma moeda de referência global", afirma ele.
Com enorme volume de reservas internacionais, da ordem de US$ 4 trilhão, a China também busca diversificar suas aplicações.
Há anos já vem investindo na África, não sem alguma controvérsia, como por exemplo na construção de ferrovias cuja bitola só serve para trens chineses ou devido à prática de importar mão de obra chinesa para essas obras.
Investidores chineses já tentaram trazer mão de obra nacional na construção de umas das linhas de transmissão de energia da usina de Belo Monte, no Pará, mas foram barrados pela legislação trabalhista brasileira.
Sobre essas polêmicas, o embaixador Graça Lima disse que o Brasil "não é totalmente ignorante" e que o país estará atento aos riscos.
"Para isso que são requeridos mecanismo de acompanhamento, memorandos de entendimentos, que deixem muito claro que o se busca é um benefício equilibrado", garantiu.
http://economia.uol.com.br/
BBC
Mariana Schreiber
Da BBC Brasil em Brasília 18/05/201508h17 > Atualizada 18/05/2015
O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, e uma missão de empresários de seu país desembarcam nesta segunda-feira (18) em Brasília com a promessa de investir dezenas de bilhões de dólares em diversos setores da economia --de ferrovias a hidrelétricas, passando por autopeças, agronegócios, mineração, siderurgia e TI (tecnologia da informação).
O momento é visto como especialmente favorável a esses investimentos.
De um lado, o governo tem sido obrigado a cortar gastos em infraestrutura devido às restrições orçamentárias.
De outro, os setores de construção e óleo e gás passam por um cenário difícil por causa da Operação Lava Jato, que investiga esquemas de corrupção envolvendo Petrobras, grandes obras públicas e empreiteiras nacionais.
O contexto complicado acaba sendo uma oportunidade para o capital chinês, nota Maria Luisa Cravo, gerente Executiva de Investimentos da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
"Com certeza, cria uma oportunidade. Empresas estrangeiras, quando estão avaliando um país para investir, levam em conta todo tipo de fator. Certamente, empresa de óleo e gás que não estava atuando no Brasil, não eram fornecedores da Petrobras, têm interesse e sabem que há uma oportunidade (agora)".
Segundo Charles Tang, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil China (CCIBC), um estaleiro chinês ganhou neste ano parte da concorrência internacional aberta pela Petrobras para construção de módulos de compressão, cujo contrato original de US$ 750 milhões foi cancelado com a brasileira Iesa, após citações na Lava Jato. O grupo Inepar, ao qual pertence a Iesa, está em recuperação judicial.
"Como se sabe, os grandes projetos de infraestrutura e de petróleo e gás sempre foram dominados por grandes empreiteiras brasileiras que ora têm dificuldade de concluir as suas obras. Nossa Câmara têm se esforçado para trazer investimentos de grandes empresas chinesas para ajudar a recuperar a economia do Brasil e manter empregos brasileiros", afirma.
"O empréstimo de US$ 3,5 bilhões (R$ 10,5 bilhões) feito recentemente à Petrobras demonstra a confiança que a China deposita no Brasil e demonstra a importância que a China dá a essa aliança estratégica e comercial. Um amigo em hora de necessidade é um amigo verdadeiro", acrescenta Tang.
O financiamento, obtido junto ao Banco de Desenvolvimento Chinês no início de abril, chega em um momento que a Petrobras está com o endividamento elevado e enfrenta dificuldade de obter recursos emitindo títulos e ações.
Agenda
Li Keqiang reúne-se com a presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira de manhã e no dia seguinte cumpre agenda no Rio e Janeiro, antes de seguir viagem para Colômbia, Peru e Chile.
A China vem ampliando sua presença na região e tem laços próximos também com Venezuela e Argentina.
Durante a passagem da comitiva chinesa pelo Brasil serão assinados mais de 30 documentos, entre acordos governamentais, empresariais e outros atos, sinalizando intenções novas de investimentos de US$ 50 bilhões (R$ 150 bilhões), segundo o embaixador José Alfredo Graça Lima, atualmente à frente da Subsecretaria-Geral de Assuntos Políticos 2, área responsável pelas relações políticas e econômicas do Brasil com a Ásia.
Segundo informações da agência de notícias Reuters, será anunciado também a criação de um fundo na Caixa de US$ 50 bilhões com recursos do Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) para investimento em infraestrutura --não está claro em que medida essas duas cifras se sobrepõem.
Enquanto maior parceiro comercial do país, a China já tem hoje peso importante na economia brasileira. Para Graça Lima, o crescente interesse chinês em investir aqui traz o relacionamento dos dois países a um novo patamar.
"A visita do primeiro-ministro Li Keqiang segue um histórico de visitas de alto nível que se iniciaram em 2004 e que vêm contribuindo para adensar a relações bilaterias entre Brasil e China. E (essas relações) estão tomando outro vulto, ou subindo de patamar, na forma de uma cooperação mais voltada para investimentos, tanto em infraestrutura, como em capacidade produtiva, que são duas áreas de especial interesse para o Brasil de hoje", disse Graça Lima, em apresentação a jornalistas na semana passada.
Se tudo que está sendo anunciado vai sair do papel é outra história.
Segundo o embaixador, são projetos que estão em diferentes estágios de negociação e planejamento. Um dos mais importantes para os dois países é a construção de uma ferrovia transoceânica, que cortará Brasil e Peru, facilitando o escoamento de grãos e outros produtos da região Centro-Oeste para o Oceano Pacífico.
Infraestrutura
Segundo o diretor executivo da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Bruno Batista, é justamente essa preocupação com escoamento de produtos brasileiros para a China, "questão de segurança alimentar", que tem elevado a disposição do país em investir na logística brasileira.
Até hoje, observa Batista, a presença do capital chinês na infraestrutura de transportes do Brasil é pequena, mas a expectativa é que isso mude nos próximos anos.
Em junho, o governo federal pretende anunciar um novo pacote de concessão de obras em infraestrutura, e, segundo o diretor da CNT, há grande interesse chinês nas ferrovias.
Para os investimentos se confirmarem, porém, é preciso clareza nos detalhes técnicos e na taxa de retorno desses investimentos, afirma ele.
Batista lembra que nenhuma das ferrovias anunciadas no pacote de concessões de 2012 saiu do papel até hoje, porque essas incertezas afastaram investidores.
Naquele ano, o governo anunciou que as concessões significariam investimentos de R$ 91 bilhões em ferrovias - os projetos estão sendo revisados para entrar no novo pacote previsto para junho.
"A insfraestrutura de transportes está num momento de crise de recursos, com a redução dos investimentos públicos e dos financiamentos liberados pelo BNDES. O capital privado ganha mais importância agora e a única sinalização clara de interesse (em investir) é do governo chinês", destaca Batista.
Interesse brasileiro
Em entrevista à imprensa chinesa na semana passada, Dilma sinalizou que o interesse brasileiro nessa parceria também é grande.
"O Brasil passa por um momento em que todo o conhecimento e a expertise da China na área de investimento em infraestrutura nós podemos aproveitar, tanto na área de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos", disse ela ao China Business News, ressaltando que a participação chinesa em ferrovias vai ser "essencial" para o Brasil.
Monitoramento da Apex indica que, entre 2004 e 2014, a China investiu US$ 50 bilhões no Brasil. Maria Luisa Cravo explica que antes esses investimentos eram mais concentrados em fábricas e que agora o escopo está se ampliando para obras de infraestrutura, que são mais caras.
Entre as empresas chinesas que investiram no Brasil nos últimos dez anos, destacam-se JAC Motors e Chery (montadoras), Sinopec (petróleo e gás), Huawei (telecomunicações), Foxconn (eletrônicos), Banco da China (financeiro) e a Companhia Nacional da Rede Elétrica da China (energia). Recentemente, a Apex mediou a instalação da uma empresa de ônibus elétricos em Campinas - a primeira fábrica na América Latina da gigante chinesa BYD.
Mas o que estaria por trás do apetite bilionário chinês pelo Brasil?
Certamente, é de interesse do país melhorar a logística das nossas exportação, reduzindo os custos de produtos comprados em grande quantidade pela China, como soja e minério de ferro.
Apesar de a queda nos preços das commodities ter provocado um recuo no valor das vendas brasileiras para a China, o país manteve-se como principal parceiro comercial do Brasil em 2014, quando a corrente de comércio (soma de importações e exportações) foi de US$ 78 bilhões.
Questionado sobre se haveria também uma estratégia geopolítica da China no sentindo de ampliar sua influência na América do Sul, o embaixador Graça Lima descartou a existência de "uma agenda secreta" e minimizou uma possível perda de protagonismo do Brasil na região.
"Interessa ao Brasil que seus 11 vizinhos progridam, que tenham uma grau de desenvolvimento que sirva para mais estabilidade, mais paz, mais segurança (na região). Nesse ponto, a China é vista como uma parceiro bem vindo", argumentou.
Geopolítica
Para Charles Tang, porém, há sim uma intenção geopolítica, na medida em que a China busca a se contrapor aos Estados Unidos como potência global.
Esse é o entendimento também de Renato Baumann, diretor da área de Relações Econômicas e Políticas Internacionais do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada). "A China quer expandir sua áreas de influência e tornar o yuan uma moeda de referência global", afirma ele.
Com enorme volume de reservas internacionais, da ordem de US$ 4 trilhão, a China também busca diversificar suas aplicações.
Há anos já vem investindo na África, não sem alguma controvérsia, como por exemplo na construção de ferrovias cuja bitola só serve para trens chineses ou devido à prática de importar mão de obra chinesa para essas obras.
Investidores chineses já tentaram trazer mão de obra nacional na construção de umas das linhas de transmissão de energia da usina de Belo Monte, no Pará, mas foram barrados pela legislação trabalhista brasileira.
Sobre essas polêmicas, o embaixador Graça Lima disse que o Brasil "não é totalmente ignorante" e que o país estará atento aos riscos.
"Para isso que são requeridos mecanismo de acompanhamento, memorandos de entendimentos, que deixem muito claro que o se busca é um benefício equilibrado", garantiu.
http://economia.uol.com.br/
sábado, 16 de maio de 2015
Operação dos EUA na Síria mata líder do Estado Islâmico
Operação dos EUA na Síria mata líder do Estado Islâmico
Do UOL, em São Paulo 16/05/2015
Os EUA afirmaram neste sábado (16) que um dos principais líderes do grupo Estado Islâmico (EI) foi morto em uma operação antiterrorista na Síria durante a madrugada.
Em nota, o Pentágono informou que forças especiais americanas foram infiltradas no leste da Síria para conduzir a operação que matou Abu Sayyaf. Ele detinha controle sobre as reservas de petróleo e de gás em parte da Síria -- a principal fonte de renda do EI.
A Casa Branca afirmou que o presidente Barack Obama ordenou o ataque, na capacidade de comandante-em-chefe das Forças Armadas americanas.
Sayyaf e cerca de dez outros militantes morreram na troca de tiros. Nenhum soldado americano morreu no incidente, disse a Casa Branca.
A mulher dele, Umm Sayyaf, descrita como cúmplice em "atividades terroristas" e possivelmente na escravização de uma jovem da etnia yazidi resgatada durante a operação, foi capturada e levada para um centro de detenção no Iraque.
A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca Bernadette Meehan afirmou em comunicado que uma equipe dos EUA fora do Iraque conduziu a operação em al-Amr, no leste da Síria.
"Durante o curso das operações, Abu Sayyaf foi morto quando confrontou as forças norte-americanas", disse Meehan.
"O presidente autorizou esta operação sob recomendação unânime de seu time de segurança nacional assim que fosse desenvolvida inteligência suficiente e estivéssemos confiantes de que a missão poderia ser executada com sucesso e consistente com as exigências para tais operações", disse Meehan.
Meehan afirmou que a operação foi conduzida "com total consentimento das autoridades iraquianas" e "consistente com as leis doméstica e internacional". (Com agências internacionais e da BBC)
http://noticias.uol.com.br/
Do UOL, em São Paulo 16/05/2015
Os EUA afirmaram neste sábado (16) que um dos principais líderes do grupo Estado Islâmico (EI) foi morto em uma operação antiterrorista na Síria durante a madrugada.
Em nota, o Pentágono informou que forças especiais americanas foram infiltradas no leste da Síria para conduzir a operação que matou Abu Sayyaf. Ele detinha controle sobre as reservas de petróleo e de gás em parte da Síria -- a principal fonte de renda do EI.
A Casa Branca afirmou que o presidente Barack Obama ordenou o ataque, na capacidade de comandante-em-chefe das Forças Armadas americanas.
Sayyaf e cerca de dez outros militantes morreram na troca de tiros. Nenhum soldado americano morreu no incidente, disse a Casa Branca.
A mulher dele, Umm Sayyaf, descrita como cúmplice em "atividades terroristas" e possivelmente na escravização de uma jovem da etnia yazidi resgatada durante a operação, foi capturada e levada para um centro de detenção no Iraque.
A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca Bernadette Meehan afirmou em comunicado que uma equipe dos EUA fora do Iraque conduziu a operação em al-Amr, no leste da Síria.
"Durante o curso das operações, Abu Sayyaf foi morto quando confrontou as forças norte-americanas", disse Meehan.
"O presidente autorizou esta operação sob recomendação unânime de seu time de segurança nacional assim que fosse desenvolvida inteligência suficiente e estivéssemos confiantes de que a missão poderia ser executada com sucesso e consistente com as exigências para tais operações", disse Meehan.
Meehan afirmou que a operação foi conduzida "com total consentimento das autoridades iraquianas" e "consistente com as leis doméstica e internacional". (Com agências internacionais e da BBC)
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quinta-feira, 14 de maio de 2015
REAÇÕES AO CAPITALISMO
Durante o século XIX, em meio as turbulências, houve um notável desenvolvimento industrial em grande parte dos países europeus, surgindo assim uma nova classe social, o operariado. Assim pode-se afirmar que o socialismo nasceu das contradições surgidas nas sociedades industriais.
A palavra operária a partir do século XVIII passou a ser relacionado ao trabalhador assalariado. No século XIX, o termo foi empregado no termo socialista e marxista, para demarcar o lugar do trabalhador em posição à burguesia.
Proletários, referia-se aos que só têm uma propriedade e as vendem aos donos do capital e dos meios de produção. Configurou-se, então, uma posição entre capital e trabalho.
Nos primeiros tempos da revolução industrial na Inglaterra e em outros países do mundo, a industrialização ampliou assustadoramente o numero de trabalhadores. O estado não interferiu nas relações patrão e empregado, deixando-os livres para estabelecê-las. Foi a partir principalmente das revoltas populares e operárias do século XIX que os trabalhadores conseguiram fazer voltar em seus respectivos países leis trabalhistas que lhes permitiam algumas garantias,as precárias condições de vida e de trabalho motivaram movimentos reivindicatórios, por vezes marcadas por grande violência e destruição de maquinas. Lentamente os movimentos foram ganhando força.
Socialismo, foi empregado com o objetivo de aumentar a produção de suas empresas. Acreditava-se que a cooperação e o bom tratamento oferecido aos seus empregados poderiam servir de base para a construção de uma sociedade mais solidária, em que operários e trabalhadores pudessem viver em harmonia.
Formularam os principais conceitos de uma nova doutrina social operária, socialismo cientifico, criaram uma sociedade sem classes, sem exploração do homem pelo homem, e uma nova forma de interpretação.
Para Marx, o desenvolvimento histórico sempre foi pautado por conflito entre classes dominantes e dominado. De acordo com seu pensamento, a sociedade ideal não teria nenhuma classe social, cuja existência faz surgirem antagonismo que levam a exploração de uma pela a outra, Marx chamou de comunismo.
Aprofundando o estudo do sistema capitalista, Marx desvendou um mecanismo de exploração do trabalho pelo capital, que ele considerou o mais importante instrumento de acumulação, a mais-valia.
Para desencadear a transição do capitalismo para o socialismo e comunismo, Marx defendeu a organização dos operários a fim de tomar o poder político (revolução social), isto é, substituição da burguesia pelo operariado, em seguida, deveria instaurar um ditadura do proletariado.
Anarquismo ou socialismo libertário propunha a supressão de qualquer forma de autoridade que eles considerassem violenta.
QUESTÕES
(UERJ 2012) O capitalismo do século XIX tropeçou de desastre em desastre nas bolsas de valores e nos investimentos empresariais irracionais. Após a Segunda Guerra Mundial, essa desordem foi de algum modo posta sob controle na maioria das economias avançadas: sindicatos fortes, garantias trabalhistas e empresas de grande escala combinaram-se e produziram uma era, de mais ou menos trinta anos, de relativa estabilidade.
Adaptado de SENNETT, Richard. A corrosão do caráter: as consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 2010.
A estabilidade mencionada no texto foi proporcionada pela condição socioeconômica e pelo modelo de organização do Estado identificados em:
a) implantação dos sistemas de crédito – moderno
b) estruturação dos impérios coloniais – corporativista
c) organização das redes produtivas globais – autocrático
d) formação das sociedades de consumo de massa – de bem-estar social
Alternativa D
(ENEM – 2010) O movimento operário ofereceu uma nova resposta ao grito do homem miserável no princípio do século XIX. A resposta foi a consciência de classe e a ambição de classe. Os pobres então se organizavam em uma classe específica, a classe operária, diferente da classe dos patrões (ou capitalistas). A Revolução Francesa lhes deu confiança: a Revolução Industrial trouxe a necessidade da mobilização permanente.
(HOBSBAWN, E. J. A era das revoluções. São Paulo: Paz e Terra, 1977.)
No texto, analisa-se o impacto das Revoluções Francesa e Industrial para a organização da classe operária. Enquanto a “confiança” dada pela Revolução Francesa era originária do significado da vitória revolucionária sobre as classes dominantes, a “necessidade da mobilização permanente”, trazida pela Revolução Industrial, decorria da compreensão de que:
a) a competitividade do trabalho industrial exigia um permanente esforço de qualificação para o enfrentamento do desemprego.
b) a completa transformação da economia capitalista seria fundamental para a emancipação dos operários.
c) a introdução das máquinas no processo produtivo diminuía as possibilidades de ganho material para os operários.
d) o progresso tecnológico geraria a distribuição de riquezas para aqueles que estivessem adaptados aos novos tempos industriais.
e) a melhoria das condições de vida dos operários seria conquistada com as manifestações coletivas em favor dos direitos trabalhistas.
Alternativa B
(ENEM 2012) Fugindo à luta de classes, a nossa organização sindical tem sido um instrumento de harmonia e de cooperação entre o capital e o trabalho. Não se limitou a um sindicalismo puramente ‘’operário’’, que conduziria certamente a luta contra o ‘’patrão’’, como aconteceu com outros povos
FALCÃO, W. Cartas Sindicais. In: Boletim do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
Rio de Janeiro, 10 (85), set. 1941 (adaptado).
Nesse documento oficial, à época do Estado Novo (1937-1945), é apresentada uma concepção de organização sindical que:
a) elimina conflitos no ambiente das fábricas.
b) limita os direitos associativos do segmento patronal.
c) orienta a busca do conscenso entre trabalhadores e patrões.
d) proíbe o registro de estrangeiros nas entidades profissionais do país.
e) desobriga o Estado quanto aos direitos e deveres da classe trabalhadora.
Alternativa C
(Ufu 2007) Considere a citação.
“Onde quer que tenha conquistado o Poder, a burguesia calcou aos pés as relações feudais, patriarcais e idílicas. Todos os complexos e variados laços que prendiam o homem feudal a seus “superiores naturais” ela os despedaçou sem piedade, para só deixar subsistir, de homem para homem, o laço do frio interesse, as duras exigências do pagamento à vista.”
MARX, K. & ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista, In:Obras Escolhidas, Vol. 1, São Paulo: Editora Alfa-Omega, s/d., vol. 4, p. 23.
Acerca do fenômeno central destacado nessa citação e conforme a teoria social de Karl Marx, assinale a alternativa correta.
a) O cálculo racional do lucro é a única determinação na sociedade capitalista.
b) A estratificação na sociedade feudal era um processo natural.
c) A conquista do poder político foi o principal objetivo das burguesias que derrotaram a ordem feudal.
d) No capitalismo, a mercantilização não se restringe à esfera econômica, ampliando-se para outras relações sociais.
Alternativa D
(ENEM 2010) “Homens da Inglaterra, por que arar para os senhores que vos mantêm na miséria?
Por que tecer com esforços e cuidado as ricas roupas que vossos tiranos vestem?
Por que alimentar, vestir e poupar do berço até o túmulo esses parasitas ingratos que exploram vosso suor — ah, que bebem vosso sangue?”
(SHELLEY. Os homens da Inglaterra. Apud HUBERMAN, L. História da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.)
A análise do trecho permite identificar que o poeta romântico Shelley (1792-1822) registrou uma contradição nas condições socioeconômicas da nascente classe trabalhadora inglesa durante a Revolução Industrial. Tal contradição está identificada
a)na pobreza dos empregados, que estava dissociada da riqueza dos patrões.
b) no salário dos operários, que era proporcional aos seus esforços nas indústrias.
c) na burguesia, que tinha seus negócios financiados pelo proletariado.
d) no trabalho, que era considerado uma garantia de liberdade.
e) na riqueza, que não era usufruída por aqueles que a produziam.
Alternativa E
(ENEM 1999) A Revolução Industrial ocorrida no final do século XVIII transformou as relações do homem com o trabalho. As máquinas mudaram as formas de trabalhar, e as fábricas concentraram-se em regiões próximas às matérias-primas e grandes portos, originando vastas concentrações humanas. Muitos dos operários vinham da área rural e cumpriam jornadas de trabalho de 12 a 14 horas, na maioria das vezes em condições adversas. A legislação trabalhista surgiu muito lentamente ao longo do século XIX e a diminuição da jornada de trabalho para oito horas diárias concretizou-se no início do século XX.
Pode-se afirmar que as conquistas no início deste século, decorrentes da legislação trabalhista, estão relacionadas com:
a) a expansão do capitalismo e a consolidação dos regimes monárquicos constitucionais.
b) a expressiva diminuição da oferta de mão-de-obra, devido à demanda por trabalhadores especializados.
c) a capacidade de mobilização dos trabalhadores em defesa dos seus interesses.
d) o crescimento do Estado ao mesmo tempo que diminuía a representação operária nos parlamentos.
e) a vitória dos partidos comunistas nas eleições das principais capitais européias.
Alternativa C
(Unicentro 2010) Para Karl Marx o conceito de Classes Sociais se desenvolve com a formação da sociedade capitalista. Dessa forma, é correto afirmar que:
a) as classes sociais formadas no capitalismo estabelecem intransponíveis desigualdades entre os homens, relações de exploração e antagonismo.
b) para Marx, a história humana é a história passiva da luta de classes e da aceitação do antagonismo entre burgueses e proletários.
c) as classes sociais são independentes entre si de tal forma que a diferenças entre elas não são sentidas pelos indivíduos de uma sociedade.
d) o capitalista divide com a classe de trabalhadores a mais-valia produzida por seu trabalho sem que haja a exploração de mão de obra.
e) as classes sociais não são opostas entre si, mais sim complementares e interdependentes.
Alternativa A
(UFAL- 2009) O capitalismo modificou os costumes das sociedades tradicionais e incentivou a competição social. Com o crescimento da sociedade capitalista, as relações de mobilidade social:
a) ganharam um espaço importante para se compreender as crises existentes na produção dos valores econômicos.
b) construíram uma hierarquia definidora das relações de poder, destruindo as possibilidades de desigualdades.
c) são aceitas sem problemas pelas administrações públicas, não havendo políticas que objetivem alterá-las.
d) revelam situações de conflito entre grupos de valor apenas econômico, sem maiores problemas sociais.
e) mostram a força do capitalismo e das suas verdades que garantem a felicidade humana.
Alternativa A
https://historytellers.wordpress.com/2013/09/29/reacoes-ao-capitalismo/
Confederação do Equador 1824
Confederação do Equador
Por Cristiana Gomes
O absolutismo de D. Pedro I trouxe grande insatisfação à população e isso gerou protestos em Pernambuco, Paraíba e Ceará.
Os jornais “Sentinela da Liberdade na Guarita de Pernambuco” de Cipriano Barata e o “Tífis Pernambuco” de Frei Caneca (ambos liberais) ajudaram ainda mais a preparar o espírito das pessoas para a revolução.
Cipriano Barata era natural da Bahia e tornou-se notável pela sua atividade jornalística defendendo os valores liberais da época. Dedicou a sua vida à luta revolucionária e esteve ligado às camadas mais populares e por essa razão, foi preso várias vezes.
Frei Caneca era um dos discípulos de Cipriano e principal líder da Confederação do Equador contra D. Pedro.
Frei Caneca, preso
Em 1823, as idéias republicanas dominavam o nordeste e se acentuaram em face das ameaças do Imperador que, com a Constituição outorgada em 1824, impôs ao país um estado unitário. Pernambuco não aceitou essa Constituição e em 2 de julho de 1824, seu presidente Manuel de Carvalho Pais de Andrade proclamou a Confederação do Equador (movimento republicano e separatista que uniu Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte). No início a Constituição adotada foi a Colombiana. O objetivo era formar um novo estado completamente separado do Império, cujas bases eram um governo representativo e republicano, garantindo a autonomia das províncias confederadas.
Porém, a repressão ao movimento estava sendo preparada no Rio de Janeiro. Várias tropas foram enviadas para o Nordeste sob o comando do brigadeiro Francisco de Lima e Silva (forças terrestres) e de Lord Cochrane (forças navais).
Em setembro de 1824, as forças de Lima e Silva dominaram Recife e Olinda (principais centros de resistência), e dois meses depois foi a vez do Ceará.
As penas impostas aos revoltosos foram severas e D. Pedro não atendeu aos pedidos para que elas fossem mudadas. Frei Caneca foi condenado à forca, contudo, acabou sendo fuzilado, diante da recusa do carrasco em executar a sentença. Muitos companheiros de Caneca receberam a mesma condenação, outros tiveram mais sorte e conseguiram fugir.
Mesmo com o fim da Confederação do Equador, a insatisfação contra o absolutismo do Imperador continuava e crescia cada vez mais.
O jornal “A Aurora Fluminense” de Evaristo Veiga era o principal porta-voz da oposição e seu líder mais destacado era o deputado mineiro Bernardo Pereira de Vasconcelos.
Ambos defendiam a monarquia constitucional, criticavam a autocracia do Imperador e a distribuição de cargos públicos às pessoas de origem aristocrática (pregavam a conquista desses mesmos cargos por mérito próprio).
Arquivado em: Brasil Imperial
http://www.infoescola.com/historia/confederacao-do-equador/
Dólar cai abaixo de R$3 após novos dados fracos sobre economia dos EUA
Dólar cai abaixo de R$3 após novos dados fracos sobre economia dos EUA
quinta-feira, 14 de maio de 2015
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou abaixo de 3 reais nesta quinta-feira, reagindo à inesperada queda dos preços ao produtor nos Estados Unidos, que corroborou outros indicadores norte-americanos mais fracos que o esperado, reduzindo o temor de uma elevação em breve dos juros na maior economia do mundo.
A moeda norte-americana recuou 1,51 por cento, a 2,9927 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,2 bilhão de dólares.
Na véspera, números fracos sobre o varejo norte-americano já haviam alimentado expectativas de que o Federal Reserve irá postergar o aumento de juros. Nesta sessão, essas apostas ganharam mais força após os preços ao produtor dos EUA caírem 0,4 por cento em abril, contra estimativas de alta de 0,2 por cento.
"A economia dos EUA teve um início decepcionante no segundo trimestre", escreveram analistas da instituição financeira norte-americana Brown Brothers Harriman (BBH) em nota a clientes. Eles ressaltaram que, embora a taxa de desemprego pareça estar caindo mais rapidamente do que o esperado, o Fed "provavelmente se verá na difícil posição de ter de reduzir suas projeções de crescimento para o ano na reunião de junho".
Nesse contexto, o dólar recuava em escala global, apesar da volatilidade observada nos mercados mundiais de títulos soberanos. Os rendimentos dos juros dos papéis dos Estados Unidos e da Alemanha vêm subindo com força recentemente, o que tende a diminuir a atratividade de ativos de países como o Brasil.
Investidores têm afirmado que o dólar deve mostrar dificuldade para se sustentar abaixo de 3 reais. Pouco após a divisa romper esse patamar pela última vez, o Banco Central sinalizou que deve rolar apenas parcialmente os swaps cambiais que vencem em junho, levando alguns agentes econômicos a apostar que a autoridade monetária aproveitará o alívio no câmbio para diminuir sua posição em swaps.
"Há muita resistência nesse patamar, o quadro teria que mudar bastante para o dólar conseguir se firmar abaixo de 3 reais", afirmou o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de swaps para rolagem dos contratos que vencem em junho. O BC já rolou o equivalente a 3,545 bilhões de dólares, ou cerca de 37 por cento do lote total, que corresponde a 9,656 bilhões de dólares.
Investidores atentavam também para a conclusão da votação na Câmara dos Deputados da Medida Provisória 664, após a Casa contrariar o governo e aprovar na véspera a flexibilização do Fator Previdenciário, mecanismo que limita o valor da aposentadoria de pessoas mais novas. "O impacto sobre as contas públicas não é tão significativo, mas é mais um sinal de que ainda há muitos atritos entre governo e Congresso", afirmou o estrategista de um banco internacional.
(Por Bruno Federowski)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
quinta-feira, 14 de maio de 2015
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou abaixo de 3 reais nesta quinta-feira, reagindo à inesperada queda dos preços ao produtor nos Estados Unidos, que corroborou outros indicadores norte-americanos mais fracos que o esperado, reduzindo o temor de uma elevação em breve dos juros na maior economia do mundo.
A moeda norte-americana recuou 1,51 por cento, a 2,9927 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,2 bilhão de dólares.
Na véspera, números fracos sobre o varejo norte-americano já haviam alimentado expectativas de que o Federal Reserve irá postergar o aumento de juros. Nesta sessão, essas apostas ganharam mais força após os preços ao produtor dos EUA caírem 0,4 por cento em abril, contra estimativas de alta de 0,2 por cento.
"A economia dos EUA teve um início decepcionante no segundo trimestre", escreveram analistas da instituição financeira norte-americana Brown Brothers Harriman (BBH) em nota a clientes. Eles ressaltaram que, embora a taxa de desemprego pareça estar caindo mais rapidamente do que o esperado, o Fed "provavelmente se verá na difícil posição de ter de reduzir suas projeções de crescimento para o ano na reunião de junho".
Nesse contexto, o dólar recuava em escala global, apesar da volatilidade observada nos mercados mundiais de títulos soberanos. Os rendimentos dos juros dos papéis dos Estados Unidos e da Alemanha vêm subindo com força recentemente, o que tende a diminuir a atratividade de ativos de países como o Brasil.
Investidores têm afirmado que o dólar deve mostrar dificuldade para se sustentar abaixo de 3 reais. Pouco após a divisa romper esse patamar pela última vez, o Banco Central sinalizou que deve rolar apenas parcialmente os swaps cambiais que vencem em junho, levando alguns agentes econômicos a apostar que a autoridade monetária aproveitará o alívio no câmbio para diminuir sua posição em swaps.
"Há muita resistência nesse patamar, o quadro teria que mudar bastante para o dólar conseguir se firmar abaixo de 3 reais", afirmou o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de swaps para rolagem dos contratos que vencem em junho. O BC já rolou o equivalente a 3,545 bilhões de dólares, ou cerca de 37 por cento do lote total, que corresponde a 9,656 bilhões de dólares.
Investidores atentavam também para a conclusão da votação na Câmara dos Deputados da Medida Provisória 664, após a Casa contrariar o governo e aprovar na véspera a flexibilização do Fator Previdenciário, mecanismo que limita o valor da aposentadoria de pessoas mais novas. "O impacto sobre as contas públicas não é tão significativo, mas é mais um sinal de que ainda há muitos atritos entre governo e Congresso", afirmou o estrategista de um banco internacional.
(Por Bruno Federowski)
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segunda-feira, 11 de maio de 2015
Constantino e o Cristianismo
Constantino e o Cristianismo
Constantino I ou Constantino, o Grande (272-337), entrou para a história romana como o primeiro imperador romano a se converter ao Cristianismo. Contudo fica em aberto a seguinte questão, será que ele teria feito isso por pura devoção ou fora uma jogada política? Constantino antes de se tornar cristão, era um homem devoto inicialmente ao culto dos deuses romanos, ele próprio se comparava como sendo descendente do herói Héracles (Hércules), posteriormente em suas campanhas militares no Oriente tivera contato com o culto do Deus Sol Invictus, ligado ao Mitraísmo. Contudo sua aparente devoção ao deus dos cristãos só viria no ano de 312, quando este estava prestes a travar uma dura batalha contra o imperador Maxêncio. Nesta época o império romano estava dividido em porção Ocidental e Oriental, assim havia um governo com dois imperadores e dois césares (seus sucessores), no final eram quatro líderes que comandavam o império, algo que não se mostrou tão viável assim. O projeto de uma tetrarquia havia sido concebido poucos anos antes, pelo imperador Diocleciano o qual havia governado de 284 a 305. Diocleciano fora o responsável por reestruturar o império o qual se encontrava em crise e uma de suas medidas fora sua redivisão territorial em duas metades, a criação de novas províncias, dioceses (aqui diocese refere-se a uma organização administrava a qual fora adotada pela Igreja Católica posteriormente), etc.
Assim, após ter abicado do trono em 305 juntamente com Maximiano, imperador do Ocidente, Diocleciano deixou como sucessor Constâncio Cloro (250-306), pai de Constantino. Constâncio tinha como césar, Galério e no Oriente o sucessor de Maximiano fora Maxêncio e o seu césar Lícinio. Constâncio morrera em campanha militar na Bretanha, então seu filho, Constantino fora eleito pelo seu próprio exército sucessor direto de seu pai, indo de encontro ao direito de sucessão deixado para Galério, fato este que o imperador do Oriente Maxêncio não reconheceu Constantino como novo augusto (nome dado ao imperador nessa época) do Ocidente, assim uma guerra entre os quatro monarcas se iniciou.
Oficialmente Galério era o imperador do Ocidente, mas tivera que disputar seu poder com Constantino. Em 311, Galério morrereu e Constantino assumiu o cargo de imperador, contudo Maxêncio ainda não o aceitava como novo monarca. No ano de 312 na noite anterior a Batalha da Ponte Milvio contra as forças de Maxêncio, Constantino tivera um sonho no qual aparecia uma cruz, e nesta estava grafado a seguinte frase: In hoc signo vinces (sob este signo vencerás), com isso antes da batalha começar Constantino ordenou que os seus soldados pintassem o tal símbolo cristão, o lábaro em seus escudos, e de certa forma isso acabou lhe trazendo sorte, e eles venceram a batalha. Outras versões dizem que não fora um sonho, mas sim uma visão. Constantino andando pelo acampamento teria visto uma cruz no céu. Alguns historiadores sugerem que ele teria visto um meteoro ou estrela cadente e considerado como um presságio divino.
O lábaro ou cristograma de Constantino. Símbolo no qual o imperador teria visto em um sonho. Existem outros tipos de cristograma.
Depois desta vitória, Constantino mostrou interesse em se converter ao Cristianismo. Vendo deste ponto pode se dizer que fora um ato de devoção, o qual viria a se reafirmar e a se fortificar quando em 313, Constantino juntamente com Lícinio o novo imperador do Oriente, assinaram o Édito de Milão, no qual proibia-se a perseguição aos cristãos, e legaliza o culto do Cristianismo pelos povos do império. Contudo, tanto Lícinio como outros membros da elite romana ainda se mantiveram ligados as antigas tradições e não enxergaram com bons olhos tal lei.
De qualquer forma, Constantino passou a ser bem quisto pelos cristãos, isso não terminaria por aí, ele ainda era um homem que possuía outras ambições. Nos anos seguintes Constantino governou conjuntamente com Lícinio até ordenar a morte deste em 324, e finalmente passar a ser regente único. Nesse meio tempo, Lícinio havia se tornado cunhado de Constantino, por ter se casado com uma de suas irmãs, mesmo assim isso não impediu que ele ordenasse a morte do cunhado. Além deste crime, Constantino também é acusado de ter ordenado a morte de um dos filhos e de uma das esposas, sobre o acusações de traição e conspiração, de toda forma, mesmo com as mãos sujas de sangue, ele se mantivera como um líder importante.
Em 325 ocorreu sob a organização e convocação do imperador o Concílio de Niceia, o qual fora o Primeiro Encontro Ecumênico da História. Neste concílio, o imperador reuniu os altos bispos do império a fim de reformular a doutrina cristã.
"Esse primeiro concílio em Niceia foi importante não apenas para a formulação da doutrina cristã, mas como o primeiro exemplo de cesaro-papismo. Constantino pretendia que a Igreja Cristã fosse estatal, tendo como chefe o imperador. Em sua gratidão, os cristãos não lhe fizeram objeção". (RUNCIMAN, 1977, p. 21).
"Assim, parecia chegar ao fim o velho antagonismo entre a Igreja Cristã. Não lhe era mais necessário atribuir-se descendência de Hércules ou Apolo: tinha uma nova santidade que redimiria todos os seus pecados. O sangue de seus rivais, de seu filho e até de sua mulher, manchava-lhe as mãos, mas para o mundo ele era o Isapostolos, o igual aos Apóstolos, o Décimo-Terceiro deles". (RUNCIMAN, 1977, p. 21).
No concílio questões de ordem doutrinária e política foram tratadas. Não me reterei a falar acerca destes devido a extensão do assunto, de qualquer forma alguns dos fatos tratados diziam respeito, a questão do arianismo, o qual punha em debate a essência de Jesus Cristo, se ele fora homem ou deus; a questão sobre o batismo dos heréticos, a perseguição aos cristãos realizadas pelo imperador Diocleciano que levou ao Cisma do bispo Milécio de Licópolis; perseguição aos prisioneiros de Lícinio; definição da data da Páscoa, estatuto sobre questões administrativas e clericais; a organização dos livros que iriam compor a Bíblia, etc.
Alguns fatos como a questão da Páscoa oscilar a cada ano, e preceder um período de quarenta dias desde a quarta-feira de cinzas, a chamada quaresma fora debatida nessa época. Além disso, a organização da Bíblia que hoje temos é basicamente igual a daquela época, onde fora se retirado os chamados evangelhos apócrifos e outros textos.
Outro fato, é que posteriormente também fora decidido, fora a data do Natal, já que no Novo Testamento não se menciona a data de nascimento de Jesus Cristo, assim Constantino decidiu que essa data deveria ser celebrada no dia 25 de dezembro, dia que corresponde ao nascimento do deus Mitra, lembrem-se que o mitraísmo era uma religião influente entre o exército romano, e o próprio imperador fora adepto desta. Além disso, a data 25 de dezembro marca entre alguns povos pagãos a comemoração do solstício de inverno, período em que começa-se a celebrar a espera da vinda da primavera e com esta o início das plantações. Assim, tal data não fora escolhida por mero acaso, os próprios romanos comemoravam a Saturnália no mês de dezembro, festas realizadas ao deus Saturno, deus da agricultura, justiça e do tempo. Embora a Saturnália termina-se antes de 25 de dezembro, alguns aspectos dessa celebração embasaram os primeiros ritos natalinos daquele tempo.
Enfim, Constantino fora o responsável por apaziguar a perseguição aos cristãos por um tempo, essas ainda voltaram a ocorrer anos depois. Ele também fora o primeiro imperador romano a se declarar cristão, organizou um concílio que estruturou questões da doutrina cristã, de sua organização secular, e do livro mais importante da cristandade, a Bíblia. Constantino teve suas contribuições, mesmo assim isso não o tornara um santo, devido a seus atos traiçoeiros. Mas suas iniciativas foram importantes pois deram o ponta-pé para que a Igreja Católica se firma-se de fato em Roma, embora já se encontra-se ali desde o século I, a Igreja nestes primeiros séculos devido a perseguição fora duramente combatida.
NOTA: Fora o imperador Teodósio I que decretou o Cristianismo como religião oficial do Império Romano. Teodósio governou de 378-395.
NOTA 2: A mãe de Constantino, Helena era uma cristã devota, ela chegou a realizar uma peregrinação a Jerusalém e trouxe desta algumas relíquias sagradas. Após a morte desta e de seu filho, ambos ainda eram figuras bem queridas entre alguns cristãos daquela época.
NOTA 3: Em 330, Constantino fundou a cidade de Constantinopla a qual se tornaria a futura capital do Império Bizantino, império que herdaria o legado cristão do Concílio de Niceia, originando o Cisma do Oriente em 1054, o qual separou a Igreja Católica, formando a Igreja Católica Romana e a Igreja Católica Ortodoxa.
NOTA 4: O cesaropapismo tivera origem com Constantino e posteriormente outros imperadores cristãos chegaram ao ponto de deter o poder imperial e pontifico. Negando a autoridade suprema do papa a frente da Igreja.
NOTA 5: Constantino pode ter sugerido a data para o Natal, mas a prova mais antiga que se tem de que o Natal passou a ser celebrado no dia 25 de dezembro, data do governo do imperador bizantino Justiniano, o Grande (483-565).
NOTA 6: Embora se disse-se cristão, Constantino apenas se batizou no final da vida, quando sentia que iria morrer. Por tal fato, alguns historiadores questionam se realmente ele tinha fé nesta religião, assim como sua mãe possuía.
NOTA 7: Constantino chegou a ser chamado por alguns de o "Décimo Terceiro Apóstolo".
Referências Bibliográficas:
MENDES, Norma Musca (Organizadora), Repensando o Império Romano: perspectiva socioecônomica, politica e cultural. Rio de Janeiro, Mauad, 2006.
BALDSON, J. P. V. D. O Mundo Romano. Rio de Janeiro, Zahar, 1968.
GRIMAL, Pierre. A Civilização Romana. Lisboa, Ed. 70, 1988.
RUNCIMAN, Steven. A Civilização Bizantina. 2a edição. Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1977.
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quarta-feira, 6 de maio de 2015
A História dos Hebreus
Os hebreus são conhecidos como israelitas ou judeus.
Antepassados do povo judeu, os hebreus têm uma historia marcada por migrações e pelo monoteísmo.
Muitas informações sobre a história dos hebreus baseiam-se na interpretação de textos do Antigo Testamento, a primeira parte da Bíblia. O Antigo testamento foi escrito com base na tradição oral dos hebreus. Consta dele, por exemplo, a interpretação feita por esse povo da origem do mundo e de muitas das normas éticas e morais de sua sociedade. Convém ressaltar, entretanto, que esses textos são repletos de símbolos e sua interpretação é bastante difícil.
Vestígios da sociedade hebraica continuam sendo encontrados. Eles contribuem para lançar novas luzes sobre a história dos hebreus.
Segundo a tradição, Abraão, o patriarca fundador da nação hebraica, recebeu de Deus a missão de migrar para Canaã, terra dos cananeus, depois chamada de palestina, onde se localiza hoje a Estado de Israel.
Após passarem um período na terra dos cananeus, os hebreus, foram para o Egito, onde viveram em 300 e 400 anos, e acabaram transformados em escravos. Sua historia começa a ganhar destaque a partir do momento em que resolvem sair do Egito e, sob a liderança de Moisés, voltar a Canaã. Na história judaica, esse retorno é chamado de êxodo e aconteceu entre 1300 e 1250 a.C.
Em 70 d.C., a Palestina era uma província do Império Romano; as muitas rebeliões ocorridas na região levaram o governo imperial a expulsar os hebreus da Palestina. Esse acontecimento é denominado de diáspora. Até 1948, quando foi fundado o estado de Israel, os judeus viveram sem pátria, atualmente são os palestinos que não tem pátria, pois suas terras foram tomadas pelos israelenses.
Praticam a agricultura, o pastoreio, o artesanato e o comércio. Têm por base social o trabalho de escravos e servos. As tribos são dirigidas de forma absoluta pelos chefes de família (patriarcas), que acumulam as funções de sacerdote, juiz e chefe militar. Com a unificação destas, a partir de 1010 a.C., elegem juízes para vigiar o cumprimento do culto e da lei. Depois se unem em torno do rei. Produzem uma literatura dispersa, mas importante, contida em parte na Bíblia e no Talmude.
Localização
A Palestina localizava-se em uma estreita faixa a sudoeste do atual Líbano. O rio Jordão divide a região em duas partes: a leste a Transjordânia; e a oeste, a Cisjordânia. Essa região é atualmente ocupada pelo estado de Israel.
Até hoje a região é bastaste árida. O principal rio é o Jordão, e assim mesmo não era suficiente para grandes obras de irrigação. Um solo pouco fértil e um clima bastante seco impediam que a região fosse rica. No entanto, tinha bastante importância, pois era passagem e ligação entre a Mesopotâmia e a Ásia Menor. E foi nessa região que assentou o povo hebreu, um entre os muitos que vagaram e se estabeleceram na Palestina.
Organização social e política dos hebreus
Após a morte de Moisés, os hebreus chegaram à palestina e, sob a liderança de Josué, que cruza o rio Jordão, combate com os cananeus que então habitavam a terra prometida. Vencidos os cananeus, os israelitas se estabelecem na Palestina. Nessa época, o povo hebreu estava dividido em 12 tribos (“os doze filhos de Israel”), que viviam em clãs compostos pelos patriarcas, seus filhos, mulheres e trabalhadores não livres.
O poder e prestígio desses clãs eram personificados pelo patriarca, e os laços entre esses clãs eram muito frágeis. Porém, devido às lutas pelas conquistas de Canaã ou Terra Prometida, surgiu necessidade do poder e do comando estar nas mãos de chefes militares. Estes chefes passaram a ser conhecidos como Juizes.
Com a concentração do poder em suas mãos, os juizes procuraram à união das doze tribos, pois ela possibilitaria a realização do objeto comum: O domínio da Palestina. As principais lideranças deste período foram os juizes: Sansão, Otoniel, Gideão e Samuel, todos eram considerados enviados de Jeová, para comandar os Hebreus.
A união das doze tribos era difícil de ser conseguida e mantida, pois os juizes tinham um poder temporário e mesmo com a unidade cultural, (língua, costumes, e, principalmente religião), havia muita divisão política entre as tribos. Assim foi preciso estabelecer uma unidade política. Isto foi conseguido através da centralização do poder nas mãos de um monarca, Rei, o qual teria sido escolhido por Jeová para governar.
Os reis hebreus
O primeiro rei hebreu foi Saul (1010 a.C.) que liderou guerras contra os filisteus, porém morreu sem conseguir vencê-los. Foi sucedido por Davi (1006 a 966 a.C.), que conseguiu derrotar os filisteus e estabeleceu domínio sobre a Palestina, fundando o Estado Hebreu, cuja a capital passou a ser Jerusalém. E iniciou uma fase marcada pelo expansionismo militar e pela prosperidade.
Em seguida, Salomão ( 966 a 926 a.C.); sábio e pacífico famoso pelo poder e riqueza. Filho de Davi desenvolveu o comércio, aumentando a influência do reinado sem recorrer a guerra. No entanto a fartura e a riqueza que marcaram o seu reinado exigiam o constante aumento de impostos, que empobreciam mais e mais o trabalhador, criando um clima de insatisfação no povo hebreu.
O cisma político-religioso: os reinos de Israel e Judá
Após a morte de Salomão, houve a divisão política e religiosa das tribos e o fim da monarquia unificada.
Os hebreus dividiram-se em Dez tribos do norte e formaram o Reino de Israel, liderados por Jerobaão. Após disputas internas, chegaram a um acordo em 878 a.C., com a escolha de Omri para rei. Apesar de a veneração a Iavé persistir, foi introduzido o culto a vários deuses.
Duas tribos do sul e formaram o Reino Judá, liderados por Reoboão, filho de Salomão (924 a.C.).
A dominação estrangeira
O Reino de Israel, desde o inicio viveu na idolatria; isto fez com que a ira de Deus se manifestasse sobre ele permitindo que no ano 722 a.C., fosse conquistado por Sargão II, da Assíria, e seu povo fosse levado para o cativeiro, sendo seu território habitado por outros povos, ali colocados por ordem do rei da Assíria.
O castigo de Deus veio sobre ela através do rei Nabucodonosor, da Babilônia, no ano 586 a.C. A cidade santa, Jerusalém, foi destruída e o Templo queimado e os nobres eram amarrados e levados para o cativeiro.
O cativeiro durou até os dias de Ciro, rei da Pérsia que permitiu que o povo que estava escravizado na Caldéia, regressar a Palestina e reerguer o Templo de Jerusalém (536 a.C.). A seguir a Palestina foi invadida por Alexandre da Macedônia (322 a.C.). Depois passou a seu protetorado egípcio (301 a.C.), Colônia Síria (198 a.C.), e província romana (63 a.C.).
No ano 70 da era cristã, após uma fracassada revolta contra a dominação romana, Jerusalém foi conquistada por Tito e seus exércitos, ocorrendo uma segunda destruição do Templo. Atualmente do templo de Jerusalém resta apenas um muro, conhecido como o Muro das Lamentações.
A religião dos hebreus
Os hebreus foram um dos primeiros povos a cultuar um único deus, isto é, eram monoteístas. No judaísmo, religião professada pelos hebreus, o único deus é Javé, cuja imagem não pode ser representada em pinturas ou estátuas.
O judaísmo é baseado nos Dez Mandamentos supostamente revelados a Moisés no monte Sinai.
Os dois traços característicos da religião dos hebreus são o monoteísmo e o salvacionismo isto é a crença na vinda de um Messias ou Salvador para libertar o povo hebreu.
O Judaísmo constitui uma das bases do cristianismo, com o qual o Islamismo formou tríade das religiões universais.
Aspectos culturais
Da cultura criada pelos hebreus, a religião, é sem dúvida o legado mais importante. A escrita e literatura, entre os hebreus, povo de língua semita, surgiu muito cedo através de uma escrita própria. A arqueologia revelou a existência da escrita a partir de meados do segundo milênios a. C., (época do Êxodo). Aos poucos, porém eles foram substituindo, em sua escrita a sua língua original pelo aramaico, que era a língua comercial e diplomática do Oriente, próximo na antiguidade. O alfabeto hebraico atual é uma variedade do aramaico, que juntamente com a língua aramaica tornou-se muito difundido, suplantando os outros alfabetos e línguas semitas.
Fragmento de pedra com escrita em aramaico
Nas artes o monoteísmo hebraico influenciou todas as realizações culturais dos hebreus. Deve-se destacar a arquitetura, especialmente a construção de Templos, muralhas e fortificações. A maior realização arquitetônica foi o Templo de Jerusalém.
Templo de Jerusalém
Nas ciências, não apresentaram progresso notável. A importância cultural da sociedade hebraica residiu principalmente na esfera religiosa e moral (na lei Mosaica), sua área de influência atingiu o Ocidente e grande parte do oriente.
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terça-feira, 5 de maio de 2015
Costa diz que alertou Dilma sobre atrasos, não sobre irregularidades na Petrobras
Costa diz que alertou Dilma sobre atrasos, não sobre irregularidades na Petrobras
terça-feira, 5 de maio de 2015
BRASÍLIA (Reuters) - O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos principais delatores e envolvidos no esquema de corrupção na estatal, disse nesta terça-feira que alertou a então ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff sobre atrasos em obras da estatal, mas que não chegou a tratar de irregularidades na companhia.
"Nunca falei com ela sobre esse tema", afirmou Costa em depoimento à CPI da Petrobras, esclarecendo não ter tratado de corrupção com Dilma.
Em depoimento anterior a uma outra comissão parlamentar no Congresso, no ano passado, Costa havia afirmado que fez "alerta" sobre "problema".
Mas nesta terça-feira ele explicou que enviou o email à Casa Civil porque estava preocupado com a “paralisação” da obra e buscava, enquanto diretor, evitar problemas de abastecimento.
Ele afirmou ainda que a aprovação de contratos compete à Diretoria Executiva da Petrobras, e não ao Conselho de Administração, que foi integrado por Dilma.
Segundo Costa, a diretoria da estatal aprovou projetos incompletos porque o país importava gasolina e diesel em quantidades excessivas.
"Eu, como diretor de Abastecimento, não estava preocupado com desvio de dinheiro, estava preocupado se houvesse a paralisação da obra, nós teríamos problemas sérios de abastecimento."
Uma das obras que mais sofreu atrasos e está no centro das investigações de corrupção envolvendo a estatal é a Refinaria do Nordeste (Rnest), em Pernambuco, também conhecida como Abreu e Lima.
A Rnest custou 4,2 bilhões de dólares a mais do que deveria, concluiu no final do ano passado a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que apurou denúncias de corrupção na estatal A Petrobras afirma um custo total da Rnest de 18,5 bilhões de dólares, um montante muito acima do orçamento inicial.
Em abril, a Justiça Federal do Paraná condenou Costa, o doleiro Alberto Youssef e outras seis pessoas por crimes como lavagem de dinheiro e por pertencerem a organização criminosa.
A condenação teve como base a denúncia de desvios de dinheiro na construção da Rnest por meio de pagamento de contratos com sobrepreços a empresas que prestaram serviços direta ou indiretamente à Petrobras entre 2009 e 2014.
Costa, que fechou acordo de delação premiada e denunciou o esquema de sobrepreço e corrupção na Petrobras que alimentaria os cofres de partidos políticos, foi sentenciado a sete anos e seis meses de reclusão.
"MAUS POLÍTICOS"
O ex-diretor disse ainda nesta terça-feira, em depoimento à CPI, que "maus políticos" envolveram a companhia em casos de corrupção.
"Nada disso teria acontecido se não fossem alguns maus políticos que levaram a Petrobras a fazer o que fez", afirmou Costa.
Segundo ele, políticos do PP, PMDB e do PT "são responsáveis por esquema de corrupção na Petrobras". Mas ele confirmou ainda que houve o pagamento de propina ao PSDB, ao então senador Sérgio Guerra, já falecido, que teve como objetivo esvaziar uma CPI para investigar a estatal em 2009.
O ex-diretor relatou também um "pedido" de doação à campanha de Eduardo Campos (PSB) --também já falecido-- ao governo de Pernambuco.
Costa citou à CPI o envolvimento de Renan Calheiros (PMDB), Romero Jucá (PMDB), Lindberg Farias (PT) e Humberto Costa (PT) em “situações irregulares” referentes à petroleira. Esses políticos e outros estão entre os investigados pelo Ministério Público Federal, com autorização do Supremo Tribunal Federal.[nL1N0WB0BV]
Costa afirmou ainda ter ouvido de empresários que “vários” repasses de recursos a partidos políticos vinham de esquema de propina e que faziam as doações com intuito de depois “recuperar” o investimento.
Costa reafirmou que só se chega a ser diretor na Petrobras por indicação política, e que isso ocorria desde 1985.
(Por Maria Carolina Marcello)
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terça-feira, 5 de maio de 2015
BRASÍLIA (Reuters) - O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos principais delatores e envolvidos no esquema de corrupção na estatal, disse nesta terça-feira que alertou a então ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff sobre atrasos em obras da estatal, mas que não chegou a tratar de irregularidades na companhia.
"Nunca falei com ela sobre esse tema", afirmou Costa em depoimento à CPI da Petrobras, esclarecendo não ter tratado de corrupção com Dilma.
Em depoimento anterior a uma outra comissão parlamentar no Congresso, no ano passado, Costa havia afirmado que fez "alerta" sobre "problema".
Mas nesta terça-feira ele explicou que enviou o email à Casa Civil porque estava preocupado com a “paralisação” da obra e buscava, enquanto diretor, evitar problemas de abastecimento.
Ele afirmou ainda que a aprovação de contratos compete à Diretoria Executiva da Petrobras, e não ao Conselho de Administração, que foi integrado por Dilma.
Segundo Costa, a diretoria da estatal aprovou projetos incompletos porque o país importava gasolina e diesel em quantidades excessivas.
"Eu, como diretor de Abastecimento, não estava preocupado com desvio de dinheiro, estava preocupado se houvesse a paralisação da obra, nós teríamos problemas sérios de abastecimento."
Uma das obras que mais sofreu atrasos e está no centro das investigações de corrupção envolvendo a estatal é a Refinaria do Nordeste (Rnest), em Pernambuco, também conhecida como Abreu e Lima.
A Rnest custou 4,2 bilhões de dólares a mais do que deveria, concluiu no final do ano passado a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que apurou denúncias de corrupção na estatal A Petrobras afirma um custo total da Rnest de 18,5 bilhões de dólares, um montante muito acima do orçamento inicial.
Em abril, a Justiça Federal do Paraná condenou Costa, o doleiro Alberto Youssef e outras seis pessoas por crimes como lavagem de dinheiro e por pertencerem a organização criminosa.
A condenação teve como base a denúncia de desvios de dinheiro na construção da Rnest por meio de pagamento de contratos com sobrepreços a empresas que prestaram serviços direta ou indiretamente à Petrobras entre 2009 e 2014.
Costa, que fechou acordo de delação premiada e denunciou o esquema de sobrepreço e corrupção na Petrobras que alimentaria os cofres de partidos políticos, foi sentenciado a sete anos e seis meses de reclusão.
"MAUS POLÍTICOS"
O ex-diretor disse ainda nesta terça-feira, em depoimento à CPI, que "maus políticos" envolveram a companhia em casos de corrupção.
"Nada disso teria acontecido se não fossem alguns maus políticos que levaram a Petrobras a fazer o que fez", afirmou Costa.
Segundo ele, políticos do PP, PMDB e do PT "são responsáveis por esquema de corrupção na Petrobras". Mas ele confirmou ainda que houve o pagamento de propina ao PSDB, ao então senador Sérgio Guerra, já falecido, que teve como objetivo esvaziar uma CPI para investigar a estatal em 2009.
O ex-diretor relatou também um "pedido" de doação à campanha de Eduardo Campos (PSB) --também já falecido-- ao governo de Pernambuco.
Costa citou à CPI o envolvimento de Renan Calheiros (PMDB), Romero Jucá (PMDB), Lindberg Farias (PT) e Humberto Costa (PT) em “situações irregulares” referentes à petroleira. Esses políticos e outros estão entre os investigados pelo Ministério Público Federal, com autorização do Supremo Tribunal Federal.[nL1N0WB0BV]
Costa afirmou ainda ter ouvido de empresários que “vários” repasses de recursos a partidos políticos vinham de esquema de propina e que faziam as doações com intuito de depois “recuperar” o investimento.
Costa reafirmou que só se chega a ser diretor na Petrobras por indicação política, e que isso ocorria desde 1985.
(Por Maria Carolina Marcello)
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