A Empresa
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), empresa pública federal, é hoje o principal instrumento de financiamento de longo prazo para a realização de investimentos em todos os segmentos da economia, em uma política que inclui as dimensões social, regional e ambiental.
Desde a sua fundação, em 1952, o BNDES se destaca no apoio à agricultura, indústria, infraestrutura e comércio e serviços, oferecendo condições especiais para micro, pequenas e médias empresas. O Banco também vem implementando linhas de investimentos sociais, direcionados para educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e transporte urbano.
O apoio do BNDES se dá por meio de financiamentos a projetos de investimentos, aquisição de equipamentos e exportação de bens e serviços. Além disso, o Banco atua no fortalecimento da estrutura de capital das empresas privadas e destina financiamentos não reembolsáveis a projetos que contribuam para o desenvolvimento social, cultural e tecnológico.
Em seu Planejamento Corporativo 2009/2014, o BNDES elegeu a inovação, o desenvolvimento local e regional e o desenvolvimento socioambiental como os aspectos mais importantes do fomento econômico no contexto atual, e que devem ser promovidos e enfatizados em todos os empreendimentos apoiados pelo Banco.
Assim, o BNDES reforça o compromisso histórico com o desenvolvimento de toda a sociedade brasileira, em alinhamento com os desafios mais urgentes da dinâmica social e econômica contemporânea.
Konstantinos - Uranus
quarta-feira, 8 de abril de 2015
Começa processo de beatificação de Dom Hélder Câmara
Começa processo de beatificação de Dom Hélder Câmara
Publicado por Anneliese Pires
Com informações da Rádio Jornal
LANÇAMENTO Elias Roma Filho lança livro sobre Dom Hélder Câmara
Dom Helder Câmara, arcebispo emérito de Olinda e Recife, falecido em 1999, agora é um Servo de Deus. Este título foi concedido pelo Vaticano e marca o início do processo de beatificação e canonização do “Dom da Paz”. Os detalhes sobre os procedimentos para que o religioso seja considerado Santo oficialmente pela Igreja foram divulgados, nesta quarta-feira (8), em coletiva de imprensa, na sede da Cúria Metropolitana do Recife.
O processo deve ser oficialmente aberto com uma missa, marcada para o dia 3 de maio, na Catedral da Sé, em Olinda, às 9h. Na ocasião, vai ser instalado um tribunal com o objetivo de receber e analisar os textos e depoimentos de pessoas que tiveram contato com Dom Hélder. De acordo com o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, qualquer um pode entregar ao tribunal materiais, a exemplo de fotos ou cartas.
Concluídos, os relatórios devem ser enviados ao Vaticano e analisados. Com o aval do Papa Francisco, o Dom da Paz recebe o título de Venerável Servo do Senhor. Só depois de anexadas outras provas de santidade, o religioso torna-se Beato para ainda ser considerado Santo. Tudo isso não tem prazo para ser concluído e pode durar anos.
O frei Jociel Gomes foi escolhido pela arquidiocese como o organizador do processo no Recife. Ele aponta que outros dois nomes marcantes para a história de Pernambuco também estão com processo de beatificação e canonização em andamento no Estado: Frei Damião e Dom Vital.
Dom Hélder Câmara era cearense e ficou conhecido pela luta em defesa dos pobres. Os restos mortais dele estão na Catedral da Sé, em Olinda.
http://blogs.ne10.uol.com.br/
Publicado por Anneliese Pires
Com informações da Rádio Jornal
LANÇAMENTO Elias Roma Filho lança livro sobre Dom Hélder Câmara
Dom Helder Câmara, arcebispo emérito de Olinda e Recife, falecido em 1999, agora é um Servo de Deus. Este título foi concedido pelo Vaticano e marca o início do processo de beatificação e canonização do “Dom da Paz”. Os detalhes sobre os procedimentos para que o religioso seja considerado Santo oficialmente pela Igreja foram divulgados, nesta quarta-feira (8), em coletiva de imprensa, na sede da Cúria Metropolitana do Recife.
O processo deve ser oficialmente aberto com uma missa, marcada para o dia 3 de maio, na Catedral da Sé, em Olinda, às 9h. Na ocasião, vai ser instalado um tribunal com o objetivo de receber e analisar os textos e depoimentos de pessoas que tiveram contato com Dom Hélder. De acordo com o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, qualquer um pode entregar ao tribunal materiais, a exemplo de fotos ou cartas.
Concluídos, os relatórios devem ser enviados ao Vaticano e analisados. Com o aval do Papa Francisco, o Dom da Paz recebe o título de Venerável Servo do Senhor. Só depois de anexadas outras provas de santidade, o religioso torna-se Beato para ainda ser considerado Santo. Tudo isso não tem prazo para ser concluído e pode durar anos.
O frei Jociel Gomes foi escolhido pela arquidiocese como o organizador do processo no Recife. Ele aponta que outros dois nomes marcantes para a história de Pernambuco também estão com processo de beatificação e canonização em andamento no Estado: Frei Damião e Dom Vital.
Dom Hélder Câmara era cearense e ficou conhecido pela luta em defesa dos pobres. Os restos mortais dele estão na Catedral da Sé, em Olinda.
http://blogs.ne10.uol.com.br/
terça-feira, 7 de abril de 2015
Polícia e manifestantes entram em confronto no Congresso em protesto contra lei de terceirização
Polícia e manifestantes entram em confronto no Congresso em protesto contra lei de terceirização
terça-feira, 7 de abril de 2015
BRASÍLIA (Reuters) - Manifestantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e de outros movimentos sindicais entraram em confronto com a polícia em frente ao Congresso Nacional nesta terça-feira, durante protesto contra votação da lei de terceirização no mercado de trabalho.
Policiais utilizaram spray de pimenta e bombas de gás para responder a manifestantes que lançavam objetos como pedaços de madeira e bandeiras contra um cordão de isolamento montado pela polícia em frente ao Congresso.
Um manifestante foi encaminhado ao departamento médico da Câmara para receber atendimento após sofrer ferimentos na cabeça, de acordo com a Agência Câmara Notícias. Outros dois manifestantes e um policial também ficaram feridos, e o deputado Vicentinho (PT-SP) precisou receber atendimento depois de ser atingido por spray de pimenta, segundo a agência.
Ao menos um manifestante foi detido pela polícia, de acordo com imagens de TV.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e a Central dos Movimentos Populares (CMP), entre outros movimentos, convocaram protestos nesta terça em diversas cidades.
A principal reivindicação é contra a votação do projeto de lei no Congresso que libera a contratação de terceirizados para todas as empresas.
De acordo com os grupos contrários ao projeto de lei, a proposta "tira dos trabalhadores direitos duramente conquistados e dá aos patrões segurança jurídica para contratar do jeito que quiser", segundo nota no site da CUT, que lidera o movimento.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), descartou mais cedo nesta terça-feira adiar a votação do projeto sobre a terceirização em análise no Plenário e disse que seria analisado assim que a pauta da Casa for destrancada por uma medida provisória. [nL2N0X412J]
O projeto de lei que regulamenta a terceirização permite que empresas contratem trabalhadores terceirizados para exercer qualquer função na companhia, e não apenas para a chamada atividade-meio, como ocorre atualmente. Empresários e indústria defendem o projeto, enquanto alguns sindicatos e o PT são contra.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
terça-feira, 7 de abril de 2015
BRASÍLIA (Reuters) - Manifestantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e de outros movimentos sindicais entraram em confronto com a polícia em frente ao Congresso Nacional nesta terça-feira, durante protesto contra votação da lei de terceirização no mercado de trabalho.
Policiais utilizaram spray de pimenta e bombas de gás para responder a manifestantes que lançavam objetos como pedaços de madeira e bandeiras contra um cordão de isolamento montado pela polícia em frente ao Congresso.
Um manifestante foi encaminhado ao departamento médico da Câmara para receber atendimento após sofrer ferimentos na cabeça, de acordo com a Agência Câmara Notícias. Outros dois manifestantes e um policial também ficaram feridos, e o deputado Vicentinho (PT-SP) precisou receber atendimento depois de ser atingido por spray de pimenta, segundo a agência.
Ao menos um manifestante foi detido pela polícia, de acordo com imagens de TV.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e a Central dos Movimentos Populares (CMP), entre outros movimentos, convocaram protestos nesta terça em diversas cidades.
A principal reivindicação é contra a votação do projeto de lei no Congresso que libera a contratação de terceirizados para todas as empresas.
De acordo com os grupos contrários ao projeto de lei, a proposta "tira dos trabalhadores direitos duramente conquistados e dá aos patrões segurança jurídica para contratar do jeito que quiser", segundo nota no site da CUT, que lidera o movimento.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), descartou mais cedo nesta terça-feira adiar a votação do projeto sobre a terceirização em análise no Plenário e disse que seria analisado assim que a pauta da Casa for destrancada por uma medida provisória. [nL2N0X412J]
O projeto de lei que regulamenta a terceirização permite que empresas contratem trabalhadores terceirizados para exercer qualquer função na companhia, e não apenas para a chamada atividade-meio, como ocorre atualmente. Empresários e indústria defendem o projeto, enquanto alguns sindicatos e o PT são contra.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
segunda-feira, 6 de abril de 2015
Lula reforça apelo por nova articulação
Lula reforça apelo por nova articulação
Estadão Estadão
VERA ROSA / BRASÍLIA
Preocupado com os novos protestos previstos para o dia 12, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva intensificou as cobranças sobre o governo e quer que Dilma Rousseff mude com urgência a articulação política do Palácio do Planalto, sob pena de trilhar um caminho sem volta. Para ele, a presidente não pode mais esperar e precisa mexer nos interlocutores com o Congresso, que se transformou em uma trincheira contra o governo após a Operação Lava Jato.
"Mercadante vive falando de rating para cá, rating para lá. Que rating que nada! A crise é política e o governo tem que resgatar a confiança. O resto acontece naturalmente", disse Lula, em recente conversa com um senador do PT, numa referência ao ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante.
Nos últimos dias, tanto Mercadante como o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmaram que o ajuste fiscal é necessário para manter o grau de investimento no País, com uma nota de crédito (rating) elevada. Lula, porém, escolheu Mercadante como alvo das críticas.
O ex-presidente não esconde a contrariedade com o fato de Dilma manter o chefe da Casa Civil no comando da articulação com o Congresso. No varejo das negociações com os parlamentares está Pepe Vargas, titular da Secretaria de Relações Institucionais, mas é Mercadante quem dá a linha política.
Rearranjo
Em mais de uma ocasião, Lula aconselhou Dilma a transferir essa função para Jaques Wagner, hoje ministro da Defesa, e pôr no lugar de Pepe um nome do PMDB, como o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, ligado ao vice-presidente Michel Temer. Dilma, no entanto, resiste à troca. Diante desse quadro, o PMDB entende que o atual modelo da articulação deixa o ocupante da Secretaria de Relações Institucionais como uma "rainha da Inglaterra" e não quer assumir a tarefa.
Na avaliação de Lula, a raiz da crise é política, mas, como o governo não consegue dissipar as turbulências com os aliados, o problema contamina a economia. A instabilidade se agravou com a inclusão dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), ambos do PMDB, na lista de investigados por denúncias de corrupção na Petrobrás, no rastro da Lava Jato.
Ao saber na quarta-feira da acentuada queda na taxa de aprovação de Dilma, apontada pela pesquisa CNI/Ibope, a reação de Lula foi de quem já esperava o resultado. O levantamento mostra que 64% dos brasileiros consideram a gestão de Dilma "ruim ou péssima". Para piorar, outras pesquisas em poder do PT indicam que o desgaste de Dilma e a Lava Jato também atingem a imagem do ex-presidente, hoje o principal nome do partido para a eleição de 2018.
No diagnóstico de Lula, somente uma forte reação do Planalto, com ações que dialoguem com a sociedade, é capaz de reverter o mau humor da população e evitar um quadro irreversível para a presidente.
Sem dinheiro para novos programas, Dilma anunciou que enxugará os gastos, apostando na atração de investimentos privados com a concessão de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. O corte no Orçamento pode atingir R$ 80 bilhões.
O temor de Lula e do PT é de que um ajuste nessas proporções paralise a economia e afaste ainda mais o partido de sua base social. Com esse argumento, parlamentares pressionam a equipe econômica a suavizar as medidas que endurecem as regras para o seguro desemprego.
"É problema que a sociedade não tenha sido consultada sobre as medidas e que o peso do 'ajuste' proposto tenha recaído mais sobre os trabalhadores do que sobre outros setores das classes dominantes", diz manifesto da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária no PT e integrada por Lula.
Escrito para nortear os debates do 5.º Congresso do PT, em junho, o documento endossa críticas de alas radicais às ações do governo para pôr a economia nos trilhos. "Essas práticas foram em grande parte responsáveis pelo mal-estar de muitos movimentos sociais que lutaram pela eleição de Dilma e que, hoje, se encontram perplexos e frustrados com as primeiras medidas do governo", diz o texto.
Para a tendência Mensagem ao Partido - grupo do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo -, o Planalto precisa superar o impasse provocado por promessas não cumpridas. "O segundo governo Dilma se iniciou com clara inflexão conservadora na gestão macroeconômica, contraditória com o programa eleito", destaca o documento, escrito pelo ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro.
http://www.msn.com/
Estadão Estadão
VERA ROSA / BRASÍLIA
Preocupado com os novos protestos previstos para o dia 12, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva intensificou as cobranças sobre o governo e quer que Dilma Rousseff mude com urgência a articulação política do Palácio do Planalto, sob pena de trilhar um caminho sem volta. Para ele, a presidente não pode mais esperar e precisa mexer nos interlocutores com o Congresso, que se transformou em uma trincheira contra o governo após a Operação Lava Jato.
"Mercadante vive falando de rating para cá, rating para lá. Que rating que nada! A crise é política e o governo tem que resgatar a confiança. O resto acontece naturalmente", disse Lula, em recente conversa com um senador do PT, numa referência ao ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante.
Nos últimos dias, tanto Mercadante como o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmaram que o ajuste fiscal é necessário para manter o grau de investimento no País, com uma nota de crédito (rating) elevada. Lula, porém, escolheu Mercadante como alvo das críticas.
O ex-presidente não esconde a contrariedade com o fato de Dilma manter o chefe da Casa Civil no comando da articulação com o Congresso. No varejo das negociações com os parlamentares está Pepe Vargas, titular da Secretaria de Relações Institucionais, mas é Mercadante quem dá a linha política.
Rearranjo
Em mais de uma ocasião, Lula aconselhou Dilma a transferir essa função para Jaques Wagner, hoje ministro da Defesa, e pôr no lugar de Pepe um nome do PMDB, como o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, ligado ao vice-presidente Michel Temer. Dilma, no entanto, resiste à troca. Diante desse quadro, o PMDB entende que o atual modelo da articulação deixa o ocupante da Secretaria de Relações Institucionais como uma "rainha da Inglaterra" e não quer assumir a tarefa.
Na avaliação de Lula, a raiz da crise é política, mas, como o governo não consegue dissipar as turbulências com os aliados, o problema contamina a economia. A instabilidade se agravou com a inclusão dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), ambos do PMDB, na lista de investigados por denúncias de corrupção na Petrobrás, no rastro da Lava Jato.
Ao saber na quarta-feira da acentuada queda na taxa de aprovação de Dilma, apontada pela pesquisa CNI/Ibope, a reação de Lula foi de quem já esperava o resultado. O levantamento mostra que 64% dos brasileiros consideram a gestão de Dilma "ruim ou péssima". Para piorar, outras pesquisas em poder do PT indicam que o desgaste de Dilma e a Lava Jato também atingem a imagem do ex-presidente, hoje o principal nome do partido para a eleição de 2018.
No diagnóstico de Lula, somente uma forte reação do Planalto, com ações que dialoguem com a sociedade, é capaz de reverter o mau humor da população e evitar um quadro irreversível para a presidente.
Sem dinheiro para novos programas, Dilma anunciou que enxugará os gastos, apostando na atração de investimentos privados com a concessão de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. O corte no Orçamento pode atingir R$ 80 bilhões.
O temor de Lula e do PT é de que um ajuste nessas proporções paralise a economia e afaste ainda mais o partido de sua base social. Com esse argumento, parlamentares pressionam a equipe econômica a suavizar as medidas que endurecem as regras para o seguro desemprego.
"É problema que a sociedade não tenha sido consultada sobre as medidas e que o peso do 'ajuste' proposto tenha recaído mais sobre os trabalhadores do que sobre outros setores das classes dominantes", diz manifesto da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária no PT e integrada por Lula.
Escrito para nortear os debates do 5.º Congresso do PT, em junho, o documento endossa críticas de alas radicais às ações do governo para pôr a economia nos trilhos. "Essas práticas foram em grande parte responsáveis pelo mal-estar de muitos movimentos sociais que lutaram pela eleição de Dilma e que, hoje, se encontram perplexos e frustrados com as primeiras medidas do governo", diz o texto.
Para a tendência Mensagem ao Partido - grupo do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo -, o Planalto precisa superar o impasse provocado por promessas não cumpridas. "O segundo governo Dilma se iniciou com clara inflexão conservadora na gestão macroeconômica, contraditória com o programa eleito", destaca o documento, escrito pelo ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro.
http://www.msn.com/
Dilma garante que ajustes na economia não afetarão programas de educação
Dilma garante que ajustes na economia não afetarão programas de educação
segunda-feira, 6 de abril de 2015
Presidente Dilma Rousseff na posse do novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, no Palácio do Planalto. 06.04.2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff garantiu nesta segunda-feira que os ajustes na economia brasileira não afetarão os programas "essenciais" do Ministério da Educação e aproveitou para defender o regime de partilha para exploração do pré-sal como uma fonte de financiamento para o setor.
Ao discursar na posse do novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, a presidente disse que o Fies (programa federal de financiamento a universitários) terá continuidade com ganhos de qualidade e todos contratos existentes até 2014 serão renovados.
"Eu garanto às brasileiras e brasileiros que a necessidade imperiosa de promover ajustes na nossa economia, reduzindo despesas do governo, não afetará os programas essenciais e estruturantes do Ministério da Educação", disse a presidente na cerimônia.
"O Fies terá continuidade com ganhos de qualidade e mais controle pelo Estado", acrescentou.
O governo federal vem promovendo mudanças nas regras de financiamento. A própria Dilma afirmou, no fim de março, que houve "distorções" no programa e que o governo irá bancar o reajuste das mensalidades em até 6,5 por cento.
O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou no fim de março que o governo iria revisar os contratos do Fies para evitar reajustes abusivos nas mensalidades.
Renato Janine Ribeiro assumiu o Ministério da Educação no lugar de Cid Gomes, que deixou o cargo após tensão com parlamentares e uma sessão conturbada na Câmara dos Deputados.
RECUPERAÇÃO DA PETROBRAS Dilma aproveitou o evento para defender o regime de partilha para exploração do petróleo da camada do pré-sal, como uma forma de garantir recursos para a educação, e defendeu a recuperação da Petrobras PETR4.SA, envolvida em um escândalo de corrupção.
"Eu tenho certeza que a luta para recuperação da Petrobras que está em curso... é minha, é do meu governo e eu tenho certeza interessa a todo povo brasileiro", disse.
Segundo a presidente, o que está em jogo nessa luta pela Petrobras e pelo controle do pré-sal é a soberania, o futuro do país e a educação.
A presidente aproveitou para afirmar que a exploração do pré-sal já não é mais uma "promessa, é uma realidade", servindo de fonte para o financiamento de investimentos na área da educação. Segundo as regras desse regime de exploração, recursos dos royalties e do rendimento do Fundo Social serão destinados à educação e saúde.
"Não é coincidência que à medida que cresce a produção do pré-sal ressurjam ainda algumas vozes que defendem a modificação do marco regulatório que assegura ao povo brasileiro a posse de uma parte das riquezas", disse.
"Nós não podemos nos iludir. O que está em disputa é a forma de exploração desse patrimônio e quem fica com a maior parte", afirmou.
A oposição tem questionado o modelo de partilha e defendido que exploração do pré-sal ocorra sob o regime de concessão.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
segunda-feira, 6 de abril de 2015
Presidente Dilma Rousseff na posse do novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, no Palácio do Planalto. 06.04.2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff garantiu nesta segunda-feira que os ajustes na economia brasileira não afetarão os programas "essenciais" do Ministério da Educação e aproveitou para defender o regime de partilha para exploração do pré-sal como uma fonte de financiamento para o setor.
Ao discursar na posse do novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, a presidente disse que o Fies (programa federal de financiamento a universitários) terá continuidade com ganhos de qualidade e todos contratos existentes até 2014 serão renovados.
"Eu garanto às brasileiras e brasileiros que a necessidade imperiosa de promover ajustes na nossa economia, reduzindo despesas do governo, não afetará os programas essenciais e estruturantes do Ministério da Educação", disse a presidente na cerimônia.
"O Fies terá continuidade com ganhos de qualidade e mais controle pelo Estado", acrescentou.
O governo federal vem promovendo mudanças nas regras de financiamento. A própria Dilma afirmou, no fim de março, que houve "distorções" no programa e que o governo irá bancar o reajuste das mensalidades em até 6,5 por cento.
O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou no fim de março que o governo iria revisar os contratos do Fies para evitar reajustes abusivos nas mensalidades.
Renato Janine Ribeiro assumiu o Ministério da Educação no lugar de Cid Gomes, que deixou o cargo após tensão com parlamentares e uma sessão conturbada na Câmara dos Deputados.
RECUPERAÇÃO DA PETROBRAS Dilma aproveitou o evento para defender o regime de partilha para exploração do petróleo da camada do pré-sal, como uma forma de garantir recursos para a educação, e defendeu a recuperação da Petrobras PETR4.SA, envolvida em um escândalo de corrupção.
"Eu tenho certeza que a luta para recuperação da Petrobras que está em curso... é minha, é do meu governo e eu tenho certeza interessa a todo povo brasileiro", disse.
Segundo a presidente, o que está em jogo nessa luta pela Petrobras e pelo controle do pré-sal é a soberania, o futuro do país e a educação.
A presidente aproveitou para afirmar que a exploração do pré-sal já não é mais uma "promessa, é uma realidade", servindo de fonte para o financiamento de investimentos na área da educação. Segundo as regras desse regime de exploração, recursos dos royalties e do rendimento do Fundo Social serão destinados à educação e saúde.
"Não é coincidência que à medida que cresce a produção do pré-sal ressurjam ainda algumas vozes que defendem a modificação do marco regulatório que assegura ao povo brasileiro a posse de uma parte das riquezas", disse.
"Nós não podemos nos iludir. O que está em disputa é a forma de exploração desse patrimônio e quem fica com a maior parte", afirmou.
A oposição tem questionado o modelo de partilha e defendido que exploração do pré-sal ocorra sob o regime de concessão.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
sábado, 4 de abril de 2015
sexta-feira, 3 de abril de 2015
O Clube de Mães dos Moradores do Alto do Refúgio um exemplo de solidariedade cidadã
Fundada em 30 de agosto de 2012
O Clube de Mães dos Moradores do Alto do Refúgio é uma instituição (ONG) sem fins lucrativos criada há 30 anos, presidida atualmente por Maria Gomes (Maria Pequena).
O Clube de Mães dos Moradores do Alto do Refúgio é uma instituição (ONG) sem fins lucrativos criada há 30 anos. Fundado no dia 07 de julho de 1982 pela senhora Maria Francisca da Conceição, mais conhecida como Maria Grande.
Atualmente o Clube de Mães atende mais de 2000 mil crianças e adolescentes na comunidade do Alto do Refúgio e comunidades próximas no bairro de Nova Descoberta em Recife-PE. Atualmente a ONG é presidida pela senhora Maria Gomes, mas conhecida como Maria pequena.
Missão
Acreditamos em uma sociedade mais justa para todos, por isso, estamos há 30 anos lutando para que essa justiça transforme de fato nossa sociedade, para crianças adolescentes e famílias de nossa e outras comunidade, onde temos alcançados ótimos resultados.
Vocês são um exemplo de solidariedade e ajuda mútua, Eu estou comovido com o seu trabalho. Saber que no mundo de hoje existe pessoas preocupadas com o bem-estar de irmãos menos favorecidos é brilhante é um grande mérito um gesto de humanidade tem todo o meu apoio (Professor Alarcon)
Telefone
(081) 3265-7561
maesdoreffugio@gmail.com
Site
http://clubedemaesdoaltodorefugio.blogspot.com.br/
LIVRO DE JÓ
"Por que sofrem os justos, se Deus é um Deus de amor e misericórdia?"
Este trabalho tem por objetivo mostrar a importância em conhecer a história de Jó, pois é uma das mais comoventes da Bíblia. Nela descobrimos a origem e a finalidade dos sofrimentos. Ensina claramente a soberania divina e a necessidade humana de reconhecê-la.
A história de Jó tem sido um motivo de consolação para os que sofrem. Não se trata de um mito, e sim de um fato real que serviu de referência para os outros autores bíblicos, como Ezequiel (Ez. 14.14) e Tiago (Tg. S. 10, 11).
E, indubitavelmente, ao concluir esta pesquisa estaremos mais informados que há sofrimentos que não são conseqüência de pecados cometidos pela pessoa, mas que são permitidos por Deus para fortalecer a nossa fé, revelar o verdadeiro caráter cristão e depurá-lo.
INTRODUÇÃO
O maior exemplo de sofrimento na Bíblia é o de Jó. Homem materialmente próspero, sincero, reto e temente a Deus, predicados de fazer inveja aos arautos da doutrina da prosperidade. No entanto, ele é a maior prova de que o crente pode experimentar o sofrimento e perder todos os seus bens sem que esteja amaldiçoado, como insinuaram os seus amigos e apregoam alguns que em tudo vêem pecado, maldição e rebeldia contra Deus.
Jó não contou sequer com o apoio da esposa, que, olhando sob a ótica humana, não entendia a razão de tamanha dor.
Ele permaneceu fiei, ainda que não soubesse que por trás de tudo Deus contendia com o Diabo para provar a sua fidelidade. Para Jó, sofrimento; para Deus, prova de sua absoluta confiança no patriarca.
Muitos acham que quando Deus não cura é simplesmente falta de fé (teologia da prosperidade). Mas a palavra de Deus ensina o contrário. A fé aceita a cura, mas também produz segurança para passar pelo vale da sombra da morte, se esta for à vontade de Deus. Sabendo-se que até os fios de cabelo de vossa cabeça está sob a potente mão de Deus.
AUTORIA E TÍTULO
A etimologia do nome de Jó é um tanto incerta. Conforme JUNIOR, Gleason L. Archer "deríva-se do hebraico 'lyyõb', que significa provavelmente 'voltar' ou 'arrepender-se', ou ainda' quem volta para Deus".
Esta interpretação é baseada no árabe abã, "arrepender-se", ou "voltar para trás". A ortografia árabe do nome seria awwãbun.
Outra etimologia possível para SILVA, José Apolônio da (1986:13) 21 edição: "ãyeb, que significa 'odiar', 'estar em inimizade, ou objeto de inimizade" (segundo o autor Lexicon de Brown - Driver - Briggs).
Autor
O texto desse livro não indica o seu autor, e não há nenhuma tradição consistente quanto ao compositor desta obra, nem sequer nos círculos rabínicos.
Conforme MEARS, Henrietta C. (1991:32) 31 edição: "A tradição judaica admite Moisés como seu autor, e afirma que ele o escreveu quando estava em Midiã, pois este país limitava-se com a terra em que Jó residia"
De acordo com ELLISEN, Staniley A. (2000:151): "Não podemos afirmar que foi Moisés nem Salomão, Elifaz ou Bildade. O que importa, é que os ensinamentos do livro são obras magníficas e esplêndidas de um grande filósofo e poeta".
Cenário Histórico
Data dos acontecimentos registrados - período patriarcal
1) Como algumas vezes os acontecimentos de Jó são questionados quanto à sua base histórica, vejamos as razões fundamentais para manter a sua historicidade:
a) Jó é identificado como habitante de Uz, e não de um lugar fictício (1.1);
b) a Palavra de Deus através de Ezequiel e Tiago refere-se várias vezes à historicidade de Jó, bem como de Noé e Daniel (Ez. 14.14,20; Tg. 5.11);
c) ele está incluído entre os "justos e pacientes". Não é uma pessoa imaginária como pensam alguns racionalistas. Sendo as escrituras a Palavra de Deus, todos os argumentos contrários são sem valor (Mt. 24.35).
2) O cenário patriarcal dos acontecimentos (entre Abraão e Moisés) é geralmente aceito devido às seguintes considerações:
a) O chefe da família que oferece sacrifícios, ao invés dum sacerdócio oficial, indicaria uma época pré-mosaica;
b) o livro indica um tipo de organização patriarcal de famílias e clãs que faz lembrar a época de Abraão muito mais do que as condições após o êxodo;
c) a citação de qesitah (hebraico) como valor em dinheiro (Jó 42.11) sugere uma data que remonta até no mínimo Josué (cf. Js. 24.32), ou talvez o período dos patriarcas (cf. Gn. 33.19).
AS CATÁSTROFES DE JÓ
Para RYRIE, Charles Caldwell (1991:191) 11 edição: "As catástrofes que ocorreram tinha como objetivo expor os verdadeiros motivos pelos quais Jó servia a Deus, que Satanás alegava serem egoistas".
O personagem em questão era o maior de todos do Oriente, possuía 7.000 ovelhas, 3.000 camelos, 500 juntas de bois e 500 juntas de ovelhas. Além disso, tinha Jó uma vasta criadagem a seu serviço (cf. Jó 1.3).
Segundo SOARES, R. R. (líder da teologia da prosperidade): "A riqueza é um sinal das bênçãos divinas, se há lucro é porque tudo está bem, e havendo contratempos e prejuízos, é porque há pecado e julgamento". Ou seja, sofrimento e derrota.
Nem sempre a prosperidade material é sinal de que há um relacionamento direito para com Deus. Jacó, enganando seu sogro no caso das ovelhas prosperou muito (Gn. 30.37-43).
Para RYRIE, Charles Caldwell (1991:187) la edição: "Jacó colocou ramos parcialmente descascados de certas árvores em frente dos bebedouros para estimular os animais à atividade produtiva reprodutora. Jacó, pastor experiente, também praticou reprodução seletiva (Gn. 30.40-42)" Atribuiu, todavia, a sua prosperidade à intervenção de Deus (cf. 313,9).
No caso de Jó, suas qualidades eram invejáveis, pois ele era: temente a Deus desviava do mal e era íntegro.
Porém, de repente a tempestade desabou sem qualquer aviso. Foi uma série de golpes tão rápidos que mal um ocorria logo um outro se lhe sucedia.
Jó na Adversidade
Ao ter a retidão apontada por Deus, Satanás disse que se devia ao fato de ele possuir bens materiais, os quais, se fosse tirado, ele logo blasfemaria de Deus. Jó perdeu toda a sua riqueza (Jó 1. 12).
Os sabeus: beduínos nômades que viviam na região de Uz e ao sul mataram os servos de Jó e lavaram os bois (Jó 1.15);
os caldeus: levaram os camelos de Jó (1.17);
um raio (1.16);
um grande vento da banda do deserto, derrubou a casa em que se encontrava seus filhos, morrendo todos (1.18,19). Nem bem havia descansado das informações da perda dos bens materiais, logo chegou a péssima notícia da morte de todos os seus filhos. Tais acontecimentos não levaram Jó a blasfemar contra Deus. Ele adorou a Deus (1.21)
Perda da Saúde Física (Jó 2.1-17)
Deus apontou a Satanás a justiça inalterada de Jó diante dos fatos ocorridos, ao que o acusador disse que isso se devia à saúde física que ele possuía (cf. v.6),
A Bíblia não diz o nome da enfermidade, e que de acordo com SILVA, José Apolônio da (1986:15) 2a edição: “... seria uma espécie de úlcera, que geralmente resultava em morte". O que sabemos é que ele foi ferido de uma chaga maligna por todo o corpo.
Para RYRIE, Charles Caldwell (1991:193) 1ª edição: “... seria algum tipo especialmente maligno de câncer ou elefantíase..." O que o registro sagrado revela é que a doença tinha vários sintomas:
toda a sua pele foi afetada (2.7);
sofreu de prurido generalizado (2.8);
foi acometido de intensas dores (2.13);
sua pele putrefata atraía vermes e acabava criando uma crosta e purulenta (7.5; 30.30)
sentia febre e dor nos ossos (30.17,30)
Segundo BICEGO, Valdir (1996) lições do 2º trimestre: "nem todos os males são de origem satânica",
Referindo-se às enfermidades a Palavra de Deus é categórica e nos apresenta, pelo menos quatro causas:
1) Para glória de Deus, como o cego de nascença que Jesus curou (Jo. 9. 1-7);
2) perturbação maligna, como a mulher encurvada, liberta por Jesus (Lc. 13.10-16); 3) por participação indigna na ceia do Senhor (I Co. 11.28-30);
4) provação, como foi no caso de Jó.
A Perda do Incentivo da Esposa
Conforme SILVA, José Apolônio (1986:16): "Parece que a esposa de Jó não era temente a Deus". Em todo o livro, uma única vez se faz referência a ela, sem mencionar seu nome.
Se não fosse as suas palavras de impiedade contra Deus e seu marido. A esposa de Jó, olhando, exclama: "Alguma coisa está errada. Sua religião é um fracasso. Amaldiçoa a Deus e morre". Esta é a voz do desespero. Esta, em vez de compartilhar com ele a perda de tudo, e ser solidária em sua doença, o incentivou a amaldiçoar Deus e morrer; ao que ele respondeu que ela falava como uma doida (2.9,10).
De acordo com MEARS, Henrietta C. (1991:34): "O companheirismo é importante para vitória do casal" Muitas vezes a natureza humana incentiva os homens, a serem incompreensíveis nos momentos da adversidade. No entanto, a Palavra de Deus recomenda-nos em Eclesiastes 4.9-12, o contrário.
Perda dos Parentes e Amigos
Diante de terrível situação em que Jó se encontra, tanto os parentes como os amigos afastaram-se dele (17.6; 19.13-19; 30.9-12). Nesta ocasião, seus amigos o cercaram com palavras que tentassem explicar a origem do seu sofrimento. Embora estes homens dissessem muitas coisas certas, não disseram a verdade completa.
Atualmente, existem os falsos de Jó, fazendo as mesmas críticas aos crentes fiéis quando estes sofrem. Podemos resumir em quatro pontos os discursos dos amigos de Jó:
Afirmam que o sofrimento é o resultado do pecado. Assim sendo uma pessoa estiver aflita, deve-se concluir que está em pecado;
a medida da aflição indica o grau de pecado. Argumentam que, sendo Jó o homem que mais sofria, devia ser ele o maior dos pecadores;
dizem a Jó que, se ele se arrependesse dos seus pecados, Deus lhe restauraria a felicidade;
admitem que algumas vezes os ímpios prosperam, mas que esta prosperidade é passageira, porém, a retidão divina permanece.
Conforme GILBERTO, Antônio (1986:34): "...se um dia viéssemos nos encontrar na situação de Jó, como seria o nosso comportamento? É fácil julgar os outros, mas é melhor que, enquanto temos tempo, façamos a nossa autocrítica".
A RESIGNAÇÃO DE JÓ
Jó deve servir de exemplo para todos nós. Tomemos o conselho de Tiago 5.11: "Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu".
A prosperidade material de Jó foi destruída para provar a correção ou incorreção das insinuações satânicas acerca da sinceridade e da piedade de Jó.
Embora ele desconhecesse os motivos que levaram a perdas profundas, aceitou tudo como vindo da parte do Senhor. Conservou a sua fé viva em Deus (Jó 19.25,26), teve paciência (Tg. 1. 10, 11). Aceitou tudo com resignação, não pecando em coisa alguma contra o seu criador (Jó 1. 22; 2. 10).
Deus muda o cativeiro de Jó, proporcionando:
Restabelecimento da sua saúde (Jó 42.10);
restabelecimento de seus bens (42.10-12);
restabelecimento de seus filhos (42.13-15);
restabelecimento de seus amigos e parentes (42.11).
CONCLUSÃO
A visão linear da história faz com que o homem só enxergue no sentido horizontal e só veja o momento presente, não compreendendo, portanto, em que poderá resultar o sofrimento pessoal.
Ele não vê o tudo. Mas a visão de Deus é global. Ele vê o fim desde o princípio e sabe que mais adiante o sofrimento produzirá um peso de glória para aquele que o experimentou, mesmo que circunstancialmente não o entenda.
O sofrimento, para o cristão, tem como propósito exercitar a disciplina e moldar o seu caráter espiritual, assim como o ouro é refinado no fogo.
Vale salientar que, não foi Deus quem introduziu o sofrimento no mundo, como alguns na sua revolta afirmam, Há ocasiões em que sua origem poderá ser fruto de atitudes erradas, isto é, a lei da semeadura, ela é inexorável. O que se planta, colhe-se.
Uma outra fonte poderá ser um fruto da negligência, exemplificando: se alguém por descuido, resvalar no abismo, vai esborrachar-se no chão porque está infringindo a lei da natureza. E em determinadas circunstâncias pode ser uma intervenção de Deus para a manifestação da sua glória, o caso de Jó.
BIBLIOGRAFIA
JUNIOR, Gleason L. Archer. Merece Confiança o Antigo Testamento. 3ª edição. São
Paulo: Vida Nova, 1984.
MCNAIR, S. E. A Bíblia Explicada. 9ª edição. Rio de Janeiro: CPAD, 1987.
MEARS, Henrietta C. Estudo Panorâmico da Bíblia. 3a edição. São Paulo: Vida,
1991.
RYRIE, Charles Caldweli. A Bíblia Anotada. 1ª edição. São Paulo: Mundo Cristão,
1991.
SILVA, José Apolônio da. Síntese Bíblica do Velho Testamento. 2ª edição. Rio de
Janeiro: CPAD, 1986.
http://professorpauloandrade.blogspot.com.br/
Crucificação de Nosso Senhor Jesus Cristo
"Cristo crucificado entre dois ladrões", pintura de Peter Paul Rubens [Public domain], via Wikimedia Commons
Crucificação de Jesus Cristo
Por Ana Lucia Santana
O período que antecede a morte de Jesus na Cruz é conhecido como Paixão. Nestes instantes ele verte sobre a Humanidade seu sacrifício maior, em corpo e alma, talvez mais no sentido espiritual do que físico, ao perceber a incompreensão daqueles a quem veio salvar de seus pecados. Os ensinamentos de Jesus não foram bem recebidos pela hierarquia judaica, principalmente pelos sacerdotes do Templo, em grande parte fariseus, pois suas pregações contrariavam profundamente seus interesses. Um exemplo disso é o incidente ocorrido no Templo de Jerusalém, na época da Páscoa.
Era costume dos judeus realizar oferendas a Deus durante as celebrações pascais. Estas ofertas incluíam basicamente animais ou dinheiro. Parte delas era incinerada em louvor ao Pai, a outra era repartida entre os sacerdotes e os pobres. Muitos adquiriam suas oblações na entrada do templo, além de realizar operações de câmbio, trocando moedas gregas e romanas por judaicas. Isto significa que um lugar considerado sagrado, um símbolo hebraico, estava sendo profanado por intensas transações comerciais. Obviamente os religiosos lucravam com essas negociações. Jesus protestou contra esse estado de coisas, denunciando a corrupção sacerdotal. Seu gesto atingiu em cheio esta classe, desencadeando a partir deste momento uma maior perseguição e praticamente assinando sua sentença de morte, pois seus inimigos, que eram muitos, não descansariam até vê-lo pretensamente eliminado.
Antes de sua prisão, Jesus fez uma entrada vitoriosa em Jerusalém, sendo bem recepcionado pelo povo, que revestia seu caminho com panos e ramos de palmeira, e realizou a Última Ceia. Neste momento histórico ele prepara seus apóstolos para os futuros acontecimentos, reparte entre todos o pão e o vinho, deixando seu gesto de humildade e comunhão como herança para a Humanidade. É durante este ritual também que ele demonstra conhecer as intenções de Judas e lhe sinaliza que deve seguir adiante com seus propósitos. Na mesma noite Jesus vai para o Getsêmani, um jardim no Monte das Oliveiras, diante do Templo. Nesse instante começa sua agonia, quando ao orar a Deus ele transpira suor e sangue. Segundo o médico C. Trunan Davis, este sintoma é raro, mas pode ocorrer, em decorrência de um forte stress, que provoca um rompimento das glândulas sudoríparas, unindo o sangue ao suor. As conseqüências são fraqueza, choque e até hipotermia.
Neste local Jesus é preso, denunciado por Judas Iscariotes com um beijo. Segundo alguns, a sua prisão teria sido ilegal, pois durante as festividades da Páscoa, o Sinédrio – corte judaica – não podia se reunir e também não era permitido condenar ninguém ao longo da noite. Por este motivo o Mestre foi levado para a residência do Sumo Sacerdote. Sexta-feira pela manhã, Cristo foi conduzido até Pôncio Pilatos, governador da Judéia. A princípio, este o transferiu para Herodes Antipas, governante da Galiléia, pois Jesus era Galileu, mas ninguém queria ser diretamente responsável por sua condenação, então Ele voltou a ser enviado para Pilatos, que diante dos acontecimentos lavou suas mãos, ato que entrou para a História, e permitiu que o povo escolhesse entre Jesus e Barrabás qual seria o prisioneiro a ser libertado, tradição durante a Páscoa judaica. A multidão então condenou Jesus, deixando Pilatos sem saída, e assim foi decretado que Cristo morreria na cruz, pena comum entre os romanos.
A crucificação era inicialmente restrita aos escravos. Este tipo de execução tinha como objetivo incutir no prisioneiro vergonha e dor, e provocava profundo horror entre as pessoas. Ela tinha início com a flagelação do pretenso criminoso despido de suas vestes. Os soldados pregavam pregos e tudo que pudesse intensificar a tortura no azorrague - instrumento de tortura utilizado na Roma Antiga, composto de elementos cortantes - e muitos não resistiam ao açoitamento, não passando, portanto, desta primeira etapa. Jesus foi submetido a cada estágio desta condenação, o tempo todo humilhado, com uma coroa de espinhos improvisada na cabeça, o que provocava intensa dor e fortes sangramentos; na mão lhe colocaram um cetro de bambu, tudo aludindo à sua realeza, que foi interpretada como um reinado terreno, material. Ele suportou pancadas e zombarias, cuspiram nele e o obrigaram a levar sua própria cruz até o Monte Gólgota – que significa ‘Calvário’ -, onde seria crucificado. Esta caminhada representa o seu Calvário e, simbolicamente, o de toda a Humanidade.
Quando Jesus parece perder as forças, os soldados forçam um homem chamado Simão Cireneu a carregar este fardo ao longo de um trecho da jornada. O Messias chega ao seu destino, e no alto de sua cruz um dizer latino está inscrito INRI – Iesus Nazarenus Rex Iudeorum, Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus, reproduzido em grego e hebraico. Ela foi posicionada entre outras duas cruzes, nas quais estavam sendo executados dois ladrões. Os soldados ofereceram vinho e mirra para amenizar as dores de Jesus, mas ele não aceitou. O Mestre morreu três horas depois, sob intenso sofrimento físico, sem poder respirar, com terríveis cãibras por todos os seus músculos, em conseqüência da posição de seus braços; só consegue recuperar o fôlego por alguns momentos, quando pronuncia suas frases famosas na Cruz, pedindo a Deus que perdoe seus ofensores, pois não sabem o que fazem, e perguntando ao Criador porque o abandonou, mas logo depois se entregando incondicionalmente em Suas Mãos. A elite hebraica conseguiu matar o homem, mas não logrou eliminar seus pensamentos e ensinamentos, que se perpetuaram ao longo de milênios e resistem até hoje, apesar de todas as intempéries do caminho.
InfoEscola
Crucificação de Jesus Cristo
Por Ana Lucia Santana
O período que antecede a morte de Jesus na Cruz é conhecido como Paixão. Nestes instantes ele verte sobre a Humanidade seu sacrifício maior, em corpo e alma, talvez mais no sentido espiritual do que físico, ao perceber a incompreensão daqueles a quem veio salvar de seus pecados. Os ensinamentos de Jesus não foram bem recebidos pela hierarquia judaica, principalmente pelos sacerdotes do Templo, em grande parte fariseus, pois suas pregações contrariavam profundamente seus interesses. Um exemplo disso é o incidente ocorrido no Templo de Jerusalém, na época da Páscoa.
Era costume dos judeus realizar oferendas a Deus durante as celebrações pascais. Estas ofertas incluíam basicamente animais ou dinheiro. Parte delas era incinerada em louvor ao Pai, a outra era repartida entre os sacerdotes e os pobres. Muitos adquiriam suas oblações na entrada do templo, além de realizar operações de câmbio, trocando moedas gregas e romanas por judaicas. Isto significa que um lugar considerado sagrado, um símbolo hebraico, estava sendo profanado por intensas transações comerciais. Obviamente os religiosos lucravam com essas negociações. Jesus protestou contra esse estado de coisas, denunciando a corrupção sacerdotal. Seu gesto atingiu em cheio esta classe, desencadeando a partir deste momento uma maior perseguição e praticamente assinando sua sentença de morte, pois seus inimigos, que eram muitos, não descansariam até vê-lo pretensamente eliminado.
Antes de sua prisão, Jesus fez uma entrada vitoriosa em Jerusalém, sendo bem recepcionado pelo povo, que revestia seu caminho com panos e ramos de palmeira, e realizou a Última Ceia. Neste momento histórico ele prepara seus apóstolos para os futuros acontecimentos, reparte entre todos o pão e o vinho, deixando seu gesto de humildade e comunhão como herança para a Humanidade. É durante este ritual também que ele demonstra conhecer as intenções de Judas e lhe sinaliza que deve seguir adiante com seus propósitos. Na mesma noite Jesus vai para o Getsêmani, um jardim no Monte das Oliveiras, diante do Templo. Nesse instante começa sua agonia, quando ao orar a Deus ele transpira suor e sangue. Segundo o médico C. Trunan Davis, este sintoma é raro, mas pode ocorrer, em decorrência de um forte stress, que provoca um rompimento das glândulas sudoríparas, unindo o sangue ao suor. As conseqüências são fraqueza, choque e até hipotermia.
Neste local Jesus é preso, denunciado por Judas Iscariotes com um beijo. Segundo alguns, a sua prisão teria sido ilegal, pois durante as festividades da Páscoa, o Sinédrio – corte judaica – não podia se reunir e também não era permitido condenar ninguém ao longo da noite. Por este motivo o Mestre foi levado para a residência do Sumo Sacerdote. Sexta-feira pela manhã, Cristo foi conduzido até Pôncio Pilatos, governador da Judéia. A princípio, este o transferiu para Herodes Antipas, governante da Galiléia, pois Jesus era Galileu, mas ninguém queria ser diretamente responsável por sua condenação, então Ele voltou a ser enviado para Pilatos, que diante dos acontecimentos lavou suas mãos, ato que entrou para a História, e permitiu que o povo escolhesse entre Jesus e Barrabás qual seria o prisioneiro a ser libertado, tradição durante a Páscoa judaica. A multidão então condenou Jesus, deixando Pilatos sem saída, e assim foi decretado que Cristo morreria na cruz, pena comum entre os romanos.
A crucificação era inicialmente restrita aos escravos. Este tipo de execução tinha como objetivo incutir no prisioneiro vergonha e dor, e provocava profundo horror entre as pessoas. Ela tinha início com a flagelação do pretenso criminoso despido de suas vestes. Os soldados pregavam pregos e tudo que pudesse intensificar a tortura no azorrague - instrumento de tortura utilizado na Roma Antiga, composto de elementos cortantes - e muitos não resistiam ao açoitamento, não passando, portanto, desta primeira etapa. Jesus foi submetido a cada estágio desta condenação, o tempo todo humilhado, com uma coroa de espinhos improvisada na cabeça, o que provocava intensa dor e fortes sangramentos; na mão lhe colocaram um cetro de bambu, tudo aludindo à sua realeza, que foi interpretada como um reinado terreno, material. Ele suportou pancadas e zombarias, cuspiram nele e o obrigaram a levar sua própria cruz até o Monte Gólgota – que significa ‘Calvário’ -, onde seria crucificado. Esta caminhada representa o seu Calvário e, simbolicamente, o de toda a Humanidade.
Quando Jesus parece perder as forças, os soldados forçam um homem chamado Simão Cireneu a carregar este fardo ao longo de um trecho da jornada. O Messias chega ao seu destino, e no alto de sua cruz um dizer latino está inscrito INRI – Iesus Nazarenus Rex Iudeorum, Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus, reproduzido em grego e hebraico. Ela foi posicionada entre outras duas cruzes, nas quais estavam sendo executados dois ladrões. Os soldados ofereceram vinho e mirra para amenizar as dores de Jesus, mas ele não aceitou. O Mestre morreu três horas depois, sob intenso sofrimento físico, sem poder respirar, com terríveis cãibras por todos os seus músculos, em conseqüência da posição de seus braços; só consegue recuperar o fôlego por alguns momentos, quando pronuncia suas frases famosas na Cruz, pedindo a Deus que perdoe seus ofensores, pois não sabem o que fazem, e perguntando ao Criador porque o abandonou, mas logo depois se entregando incondicionalmente em Suas Mãos. A elite hebraica conseguiu matar o homem, mas não logrou eliminar seus pensamentos e ensinamentos, que se perpetuaram ao longo de milênios e resistem até hoje, apesar de todas as intempéries do caminho.
InfoEscola
terça-feira, 31 de março de 2015
Universidade Infantil 8º Anos A e B na Primeira Sinagoga das Américas Recife Antigo.
Hoje foi um dia muito especial para os alunos das séries 8º anos A e B da Universidade Infantil ao visitarem a primeira Sinagoga das Américas no Recife Antigo. Ambos ficaram impressionados com a riqueza da História Pernambucana e da importância da Comunidade Judaica no nosso estado em tempos áureos da produção açucareira na capitania durante o domínio holandês no século XVII. A extra classe se destacou como uma das mais completas já realizadas pela instituição pela clareza das informações e dos recursos históricos-documentais apresentados aos alunos. O destaque ficou para a genialidade das explicações bem fundamentadas das professoras Amanda e Lilian em parceria com o professor Alarcon e do grande entusiasmo do nosso alunado. Alarcon
segunda-feira, 30 de março de 2015
BNDES perde R$ 2,6 bi com Petrobrás e balanço é aprovado com ressalvas
BNDES perde R$ 2,6 bi com Petrobrás e balanço é aprovado com ressalvas
VINÍCIUS NEDER - O ESTADO DE S. PAULO
30 Março 2015
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido de R$ 8,594 bilhões em 2014, alta de 5,4% em relação a 2013, mas a KPMG, auditoria independente que aprovou o balanço financeiro, fez a ressalva que o valor está aumentado em R$ 1,6 bilhão. Os dados estão em relatório publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União.
As ressalvas da KPMG devem-se ao registro de perdas de R$ 2,6 bilhões com a participação societária do banco na Petrobras. O BNDES diz no relatório sobre o investimento na Petrobras: "em 31 de dezembro de 2014, seu valor de mercado, apurado com base na cotação das ações em bolsa de valores, apresentava desvalorização em relação ao respectivo custo de aquisição".
Assim, a administração do BNDES estimou os R$ 2,6 bilhões como "perda permanente", mas não abateu o total do valor de seu lucro, valendo-se de uma brecha aberta pela Resolução 4.175, editada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em dezembro de 2012. A resolução isenta o BNDES de fazer a baixa contábil em ações transferidas pela União "para aumento de capital", permitindo que seja feita somente quando os papéis forem vendidos. Pelas regras contábeis, todo o valor das perdas deveria ser reduzido do lucro.
Segundo o relatório publicado hoje, "parcela da perda de R$ 2,6 bilhões por redução ao valor recuperável, no montante de R$ 1,0 bilhão líquido dos efeitos tributários, foi reconhecida no resultado do exercício de 2014 e R$ 1,6 bilhão, líquido dos efeitos tributários, relativo às ações abrangidas por essa resolução, foi mantido no Patrimônio Líquido na conta de ajuste de avaliação patrimonial".
Diante disso, a KPMG registrou a ressalva de que "o lucro líquido individual e consolidado do semestre e exercício findos em 31 de dezembro de 2014, está aumentado em R$ 1,6 bilhão, líquido de efeitos tributários".
Além disso, os auditores independentes fizeram a ressalva de que a perda de R$ 2,6 bilhões foi determinada pelo BNDES por intermédio de "avaliação econômico-financeira" e, devido "à falta de divulgação, pelo emissor das ações, de demonstrações financeiras revisadas ou auditadas", não foi possível "obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para algumas premissas utilizadas".
O ativo total do BNDES encerrou o ano em R$ 877,219 bilhões. A carteira de participações societárias, administrada pela BNDESPar, alcançou R$ 63,360 bilhões, queda de 27,8% em relação a 2013.
O banco de fomento detém 17,24% de participação no capital da Petrobras. Essa fatia encerrou 2014 valendo R$ R$ 22,483 bilhões, queda de 40,4% em relação aos R$ 37,725 bilhões de 2013 e um tombo de 44,2% ante o valor de setembro do ano passado (R$ 40,310).
Com a queda do patrimônio, o Índice de Basileia do BNDES recuou para 15,9% em 2014, ante 18,7% em dezembro de 2013, ainda dentro dos limites definidos pelo Banco Central (BC)..
Veja a íntegra do comunicado do BNDES sobre o balanço:
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido de R$ 8,594 bilhões no exercício de 2014, apresentando crescimento de 5,4% em relação aos R$ 8,150 bilhões obtidos em 2013. É o terceiro maior lucro alcançado na história do Banco.
O desempenho foi influenciado positivamente pelo resultado com financiamentos a projetos de investimentos (intermediação financeira), que passou de R$ 11,7 bilhões em 2013 para R$ 13,4 bilhões em 2014. Tal resultado, associado à manutenção do índice de inadimplência no mais baixo nível de sua história, 0,01%, reflete a boa gestão operacional do BNDES, alinhada às prioridades estratégicas do Governo.
Os demais indicadores, no período, também foram positivos. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio do Sistema BNDES alcançou 13,05% no exercício corrente, e o índice de Basileia atingiu 15,9%, situação confortável diante dos 11,0% exigidos pelo Banco Central.
Outro importante fator que contribuiu para o lucro de 2014 foi o resultado com participações societárias, que passou de R$ 2,5 bilhões em 2013 para R$ 2,9 bilhões em 2014. Cabe destacar que tal crescimento foi realizado num cenário de intensa volatilidade no mercado de capitais, o que elevou o montante de provisões para perdas em investimentos de R$ 2,04 bilhões em 2013 para R$ 2,8 bilhões em 2014.
Conforme citado nas Demonstrações Financeiras do BNDES, o principal componente das perdas registradas no ano passado foi o investimento na Petrobras. Em função do declínio prolongado e significativo no valor de mercado dessas ações, foi realizada uma análise qualitativa do investimento, a fim de quantificar a existência de eventual montante não recuperável do ativo.
Foram levadas em conta, as características específicas de atuação do BNDES; as características específicas do ativo, considerando-se que a empresa não descumpriu qualquer obrigação financeira; e o valor justo apurado com base em avaliação econômico-financeira.
Com base nessa análise, foi estimada uma perda passível de não recuperação no âmbito da Circular do Banco Central 3.068/01 no montante de R$ 2,6 bilhões, líquidos dos efeitos tributários.
No entanto, no âmbito da Resolução Nº 4.175/12 do Conselho Monetário Nacional, tendo em vista a característica das ações detidas pelo Banco (transferência da União para aumento de capital do Banco), em que existem condições específicas como restrição de venda, as perdas desta natureza são reclassificadas para o resultado apenas quando da venda ou transferência do respectivo ativo.
Consequentemente, sobre o total de R$ 2,6 bilhões de perda no valor recuperável, já líquido dos efeitos tributários, parcela no montante de R$ 1 bilhão foi reconhecida no resultado do exercício de 2014, permanecendo o saldo residual no Patrimônio Líquido, na rubrica de ajuste de avaliação patrimonial (Outros Resultados Abrangentes).
Esse fato, assim como a pendência na divulgação das demonstrações financeiras recentes da Petrobras, foi mencionado no relatório dos auditores independentes no balanço do BNDES.
Posição financeira – O patrimônio líquido do Sistema BNDES totalizou R$ 66,3 bilhões em dezembro de 2014, acima dos R$ 60,6 bilhões de dezembro de 2013.
Os ativos totais do Sistema BNDES somaram R$ 877,3 bilhões em 31 de dezembro de 2014, apresentando crescimento de R$ 42,5 bilhões (5,1%) em relação a 30 de setembro de 2014 e de R$ 95,2 bilhões em relação a 31 de dezembro de 2013.
O saldo da carteira de crédito e repasse, líquido de provisão para risco de crédito, atingiu R$ 651,2 bilhões no encerramento de 2014, dos quais, 81,4% correspondiam a créditos de longo prazo.
Inadimplência – A baixa inadimplência, de 0,01%, reflete a boa gestão e a alta qualidade da carteira de crédito e repasses — acima da média do Sistema Financeiro Nacional (SFN) —, a consistência das políticas operacionais do BNDES e, sobretudo, o bom desempenho no seu papel de banco de desenvolvimento, ao conceder financiamentos com taxas de juros reduzidas e prazos compatíveis aos projetos de longa maturação.
A título de comparação, a inadimplência média do Sistema Financeiro Nacional em dezembro de 2014 era de 2,9%, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central, considerando que os critérios do BNDES são mais conservadores. No Sistema BNDES, são considerados inadimplentes os devedores com parcelas em atraso há mais de 30 dias, enquanto nas estatísticas do BC considera-se o prazo de 90 dias.
http://economia.estadao.com.br/
VINÍCIUS NEDER - O ESTADO DE S. PAULO
30 Março 2015
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido de R$ 8,594 bilhões em 2014, alta de 5,4% em relação a 2013, mas a KPMG, auditoria independente que aprovou o balanço financeiro, fez a ressalva que o valor está aumentado em R$ 1,6 bilhão. Os dados estão em relatório publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União.
As ressalvas da KPMG devem-se ao registro de perdas de R$ 2,6 bilhões com a participação societária do banco na Petrobras. O BNDES diz no relatório sobre o investimento na Petrobras: "em 31 de dezembro de 2014, seu valor de mercado, apurado com base na cotação das ações em bolsa de valores, apresentava desvalorização em relação ao respectivo custo de aquisição".
Assim, a administração do BNDES estimou os R$ 2,6 bilhões como "perda permanente", mas não abateu o total do valor de seu lucro, valendo-se de uma brecha aberta pela Resolução 4.175, editada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em dezembro de 2012. A resolução isenta o BNDES de fazer a baixa contábil em ações transferidas pela União "para aumento de capital", permitindo que seja feita somente quando os papéis forem vendidos. Pelas regras contábeis, todo o valor das perdas deveria ser reduzido do lucro.
Segundo o relatório publicado hoje, "parcela da perda de R$ 2,6 bilhões por redução ao valor recuperável, no montante de R$ 1,0 bilhão líquido dos efeitos tributários, foi reconhecida no resultado do exercício de 2014 e R$ 1,6 bilhão, líquido dos efeitos tributários, relativo às ações abrangidas por essa resolução, foi mantido no Patrimônio Líquido na conta de ajuste de avaliação patrimonial".
Diante disso, a KPMG registrou a ressalva de que "o lucro líquido individual e consolidado do semestre e exercício findos em 31 de dezembro de 2014, está aumentado em R$ 1,6 bilhão, líquido de efeitos tributários".
Além disso, os auditores independentes fizeram a ressalva de que a perda de R$ 2,6 bilhões foi determinada pelo BNDES por intermédio de "avaliação econômico-financeira" e, devido "à falta de divulgação, pelo emissor das ações, de demonstrações financeiras revisadas ou auditadas", não foi possível "obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para algumas premissas utilizadas".
O ativo total do BNDES encerrou o ano em R$ 877,219 bilhões. A carteira de participações societárias, administrada pela BNDESPar, alcançou R$ 63,360 bilhões, queda de 27,8% em relação a 2013.
O banco de fomento detém 17,24% de participação no capital da Petrobras. Essa fatia encerrou 2014 valendo R$ R$ 22,483 bilhões, queda de 40,4% em relação aos R$ 37,725 bilhões de 2013 e um tombo de 44,2% ante o valor de setembro do ano passado (R$ 40,310).
Com a queda do patrimônio, o Índice de Basileia do BNDES recuou para 15,9% em 2014, ante 18,7% em dezembro de 2013, ainda dentro dos limites definidos pelo Banco Central (BC)..
Veja a íntegra do comunicado do BNDES sobre o balanço:
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido de R$ 8,594 bilhões no exercício de 2014, apresentando crescimento de 5,4% em relação aos R$ 8,150 bilhões obtidos em 2013. É o terceiro maior lucro alcançado na história do Banco.
O desempenho foi influenciado positivamente pelo resultado com financiamentos a projetos de investimentos (intermediação financeira), que passou de R$ 11,7 bilhões em 2013 para R$ 13,4 bilhões em 2014. Tal resultado, associado à manutenção do índice de inadimplência no mais baixo nível de sua história, 0,01%, reflete a boa gestão operacional do BNDES, alinhada às prioridades estratégicas do Governo.
Os demais indicadores, no período, também foram positivos. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio do Sistema BNDES alcançou 13,05% no exercício corrente, e o índice de Basileia atingiu 15,9%, situação confortável diante dos 11,0% exigidos pelo Banco Central.
Outro importante fator que contribuiu para o lucro de 2014 foi o resultado com participações societárias, que passou de R$ 2,5 bilhões em 2013 para R$ 2,9 bilhões em 2014. Cabe destacar que tal crescimento foi realizado num cenário de intensa volatilidade no mercado de capitais, o que elevou o montante de provisões para perdas em investimentos de R$ 2,04 bilhões em 2013 para R$ 2,8 bilhões em 2014.
Conforme citado nas Demonstrações Financeiras do BNDES, o principal componente das perdas registradas no ano passado foi o investimento na Petrobras. Em função do declínio prolongado e significativo no valor de mercado dessas ações, foi realizada uma análise qualitativa do investimento, a fim de quantificar a existência de eventual montante não recuperável do ativo.
Foram levadas em conta, as características específicas de atuação do BNDES; as características específicas do ativo, considerando-se que a empresa não descumpriu qualquer obrigação financeira; e o valor justo apurado com base em avaliação econômico-financeira.
Com base nessa análise, foi estimada uma perda passível de não recuperação no âmbito da Circular do Banco Central 3.068/01 no montante de R$ 2,6 bilhões, líquidos dos efeitos tributários.
No entanto, no âmbito da Resolução Nº 4.175/12 do Conselho Monetário Nacional, tendo em vista a característica das ações detidas pelo Banco (transferência da União para aumento de capital do Banco), em que existem condições específicas como restrição de venda, as perdas desta natureza são reclassificadas para o resultado apenas quando da venda ou transferência do respectivo ativo.
Consequentemente, sobre o total de R$ 2,6 bilhões de perda no valor recuperável, já líquido dos efeitos tributários, parcela no montante de R$ 1 bilhão foi reconhecida no resultado do exercício de 2014, permanecendo o saldo residual no Patrimônio Líquido, na rubrica de ajuste de avaliação patrimonial (Outros Resultados Abrangentes).
Esse fato, assim como a pendência na divulgação das demonstrações financeiras recentes da Petrobras, foi mencionado no relatório dos auditores independentes no balanço do BNDES.
Posição financeira – O patrimônio líquido do Sistema BNDES totalizou R$ 66,3 bilhões em dezembro de 2014, acima dos R$ 60,6 bilhões de dezembro de 2013.
Os ativos totais do Sistema BNDES somaram R$ 877,3 bilhões em 31 de dezembro de 2014, apresentando crescimento de R$ 42,5 bilhões (5,1%) em relação a 30 de setembro de 2014 e de R$ 95,2 bilhões em relação a 31 de dezembro de 2013.
O saldo da carteira de crédito e repasse, líquido de provisão para risco de crédito, atingiu R$ 651,2 bilhões no encerramento de 2014, dos quais, 81,4% correspondiam a créditos de longo prazo.
Inadimplência – A baixa inadimplência, de 0,01%, reflete a boa gestão e a alta qualidade da carteira de crédito e repasses — acima da média do Sistema Financeiro Nacional (SFN) —, a consistência das políticas operacionais do BNDES e, sobretudo, o bom desempenho no seu papel de banco de desenvolvimento, ao conceder financiamentos com taxas de juros reduzidas e prazos compatíveis aos projetos de longa maturação.
A título de comparação, a inadimplência média do Sistema Financeiro Nacional em dezembro de 2014 era de 2,9%, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central, considerando que os critérios do BNDES são mais conservadores. No Sistema BNDES, são considerados inadimplentes os devedores com parcelas em atraso há mais de 30 dias, enquanto nas estatísticas do BC considera-se o prazo de 90 dias.
http://economia.estadao.com.br/
quinta-feira, 26 de março de 2015
Revolução Francesa 1789/1799
Revolução Francesa
Por Me. Cláudio Fernandes
A Revolução Francesa, que se deu no ano de 1789, no qual se desenrolam seus acontecimentos decisivos é o evento que, segundo alguns autores, inaugura a chamada Idade Contemporânea. Os historiadores do século XIX, que fizeram a linha divisória da História, imputaram a este acontecimento o caráter de marco divisor entre a Idade Moderna e a Contemporânea, por conta da radicalização política que o caracterizou. Para se entender a Revolução Francesa é necessário conhecer um pouco da situação econômica e social da França do século XVIII.
Até o século XVIII, a França era um estado em que vigia o modelo do absolutismo monárquico. O então rei francês, Luís XVI, personificava o Estado, reunindo em sua pessoa os poderes legislativo, executivo e judiciário. Os franceses então não eram cidadãos de um Estado Democrático Constitucional, como hoje é comum em todo o mundo ocidental, mas eram súditos do rei. O rei personificava o Estado.
Dentro da estrutura do Estado Absolutista, havia três diferentes estados nos quais a população se enquadrava: o primeiro estado era representado pelos bispos do Alto Clero; o segundo estado tinha como representantes a nobreza, ou a aristocracia francesa – que desempenhava funções militares (nobreza de espada) ou funções jurídicas (nobreza de toga); o terceiro estado, por sua vez, era representado pela burguesia, que se dividia entre membros do Baixo Clero, comerciantes, banqueiros, empresários, os sans-cullotes (“sem calções”), trabalhadores urbanos, e os camponeses, totalizando cerca de 97% da população.
Ao logo da segunda metade do século XVIII, a França se envolveu em inúmeras guerras, como a Guerra do Sete Anos (1756-1763), contra a Inglaterra, e o auxílio dado aos Estados Unidos na Guerra de Independência (1776). Ao mesmo tempo, a Corte absolutista francesa, que possuía um alto custo de vida, era financiada pelo estado, que, por sua vez, já gastava bastante seu orçamento com a burocracia que o mantinha em funcionamento. Soma-se a essa atmosfera duas crises que a França teria que enfrentar: 1) uma crise no campo, em razão das péssimas colheitas das décadas de 1770 e 1780, o que gerou uma inflação 62%; e 2) uma crise financeira, derivada da dívida pública que se acumulava, sobretudo pela falta de modernização econômica – principalmente a falta de investimento no setor industrial.
Os membros do terceiro estado (muitos deles influenciados pelo pensamento iluminista e pelos panfletos que propagavam as ideias de liberdade e igualdade, disseminados entre a população) passaram a ser os mais afetados pela crise. No fim da década de 1780, a burguesia, os trabalhadores urbanos e os camponeses começaram a exigir uma resposta do rei e da Corte à crise que os afetava, bem como passaram a reivindicar direitos mais amplos e maior representação dentro da estrutura política francesa. Em julho de 1788, houve a convocação dos Estados Gerais, isto é, uma reunião para deliberação sobre assuntos relacionados à situação política da França. Nessa convocação, o conflito entre os interesses do terceiro estado e os da nobreza e do Alto Clero, que apoiavam o rei, se acirraram. O rei então estabeleceu a Assembleia dos Estados Gerais em 5 de maio de 1789, com o objetivo de decidir pelo voto os rumos do país. Entretanto, os votos eram por representação de estado. Sendo assim, sempre o resultado seria dois votos contra um, ou seja: primeiro e segundo estados contra o terceiro. Fato que despertou a indignação de burgueses e trabalhadores.
A burguesia, que liderava o terceiro estado, propôs em 10 de junho uma Assembleia Nacional, isto é, uma assembleia para se formular uma nova constituição para a França. Essa proposta não obteve resposta por parte do rei, da nobreza e do Alto Clero. Em 17 de junho, burgueses, trabalhadores e demais membros do terceiro estado se declararam em reunião para formulação de uma constituição, mesmo sem a resposta do primeiro e do segundo estado. Ao mesmo tempo, começava um levante popular em Paris e outro entre os camponeses. A Revolução se iniciou.
Em 14 de julho de 1789, a massa de populares tomou a Bastilha, a prisão que era símbolo do Antigo Regime e, em 4 de agosto, a Assembleia Nacional instituiu uma série de decretos que, dentre outras coisas, cortava os privilégios da nobreza, como a isenção de impostos e o monopólio sobre terras cultiváveis. A Assembleia institui a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, que reivindicava a condição de cidadãos aos franceses e não mais de súditos do rei. Em setembro de 1791 foi promulgada a nova constituição francesa, assegurando a cidadania para todos e pressionando o monarca Luís XVI a aceitar os seus critérios. Essa constituição previa ainda a igualdade de todos perante a lei, o voto censitário, a confiscação das terras eclesiásticas, o fim do dízimo, a constituição civil do clero, detre outros pontos. A partir deste momento, a França revolucionária esboçou o seu primeiro tipo de novo governo, a Monarquia Constitucional, que durou de 1791 a 1792.
A ala mais radical da Revolução, os jacobinos (que haviam participado da Assembleia Constituinte, sentando-se à esquerda do plenário e opondo-se aos girondinos que se posicionavam à direita), defendiam uma ampliação da perspectiva revolucionária, cuja proposta era não se submeter às decisões da alta burguesia, que se articulava com a nobreza e o monarca. Os jacobinos queriam radicalizar a pressão contra os nobres e o clero, e instituir uma República Revolucionária, sem nenhum resquício da Monarquia.
Prevendo a ameaça que vinha dos rumos que a Revolução tomava, o rei Luís XVI articulou um levante contrarrevolucionário com o apoio das monarquia austríaca e prussiana. Em 1792, a Áustria invadiu a França e essa declarou guerra àquela. A população parisiense, após saber dos planos do rei, invadiu o palácio real de Tulleries e prendeu o rei e sua família. O Rei e sua esposa, Maria Antonieta, tiveram suas cabeças decepadas pela guilhotina em 1793 e a Monarquia Constitucional chegou ao seu fim no mesmo ano.
Com o fim da Monarquia Constitucional, houve também a dissolução da Assembleia Constituinte e a Convenção Nacional de um novo parlamento. O período da convenção se caracterizou pela forte presença do radicalismo jacobino comandando a Revolução, momento que se tornou conheciso como a fase do Terror (sobretudo por conta do uso indiscriminado da guilhotina como máquina da morte). Nomes como Robespierre, Saint-Just e Danton figuram entre os principais líderes jacobinos. Foi neste período também que a Áustria e Prússia prosseguiram sua guerra contra a França, temendo que a Revolução se espalhasse por seus territórios. No processo de confronto contra essas duas monarquias, nasceu o exército nacional francês, isto é: um exército que, pela primeira vez, não era composto de mercenários e aristocratas, mas do povo de uma nação que se via como nação.
Em 1795, a burguesia conseguiu retomar o poder e, através de uma nova constituição, instituir uma nova fase à Revolução, chamada o Diretório, órgão composto por cinco membros indicados pelos deputados. Mas a partir deste mesmo ano a crise social se tornou muito ampla na França, o que exigiu um contorno político mais eficaz, sob pena da volta da radicalização jacobina.
Um dos mais jovens e destacados generais da Revolução, Napoleão Bonaparte, era o nome esperado pela burguesia para dar ordem à situação política francesa. Em 1799, ao regressar do Egito à França, Napoleão encontrou um cenário conspiratório contra o governo do Diretório. Foi neste cenário que ele passou a figurar como ditador, inicialmente, dando o golpe de 18 de Brumário (segundo o calendário revolucionário), e depois como imperador da França. O Período Napoleônico durou de 1800 a 1815 e mudou o cenário político do continente europeu, ao passo que expandiu o ideal nacionalista para várias regiões do mundo.
http://www.historiadomundo.com.br/
Graça: Lula foi enfático sobre a necessidade de construção de refinarias
Graça: Lula foi enfático sobre a necessidade de construção de refinarias
Estadão 26/03/2015
Brasília - A ex-presidente da Petrobrás disse à CPI da Petrobras que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era enfático sobre a necessidade de construir refinarias no Brasil.
"Ele deu várias broncas na diretoria da Petrobras, sempre empurrando a Petrobras para frente", desse. Ela afirmou que, em encontro com conselheiros da estatal, Lula destacou a importância da construção do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), posteriormente aprovado pelo conselho.
Graça foi questionada pelo deputado Nilson Leitão (PSDB-MT) se estaria encobrindo alguém e se preferia o PT à Petrobras. Ela respondeu: "Mil vezes Petrobras, Petrobras, Petrobras". A gestora também afirmou não saber quem indicou Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa e Renato Duque para postos de comando na estatal. Ela disse ainda que nunca viu João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, acusado de participar no esquema de desvios.
Sobre sua saída da estatal, Graça Foster ressaltou que não foi demitida, mas pediu demissão com outros colegas, que chamou de "meus diretores". " Meus diretores não estão se defendendo ou fazendo delação premiada", justificou.
Segundo ela, o momento pedia a indicação de Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil, para a presidência da Petrobras. "Tem horas que a Petrobras precisa de um economista, de um engenheiro. Tem horas que um financista é o nome do momento", avaliou. "Certamente, a Petrobras merecia um gestor muito melhor do que eu", disse Graça.
Governança
Graça disse que não acredita em governança perfeita. "Nossa governança precisava ser melhor", disse. Ela reafirmou que o sistema da Petrobras não detectou ações externas à estatal e, por esse motivo, ela criou a diretoria de Governança e Compliance.
Sobre a transferência de bens para parentes, Graça afirmou que passou um apartamento no Rio de Janeiro para a filha, uma casa na Ilha do Governador para dois filhos, além de um apartamento em Búzios, que ainda até em processo. Ela disse que mora em um apartamento no Rio de Janeiro e queria fazer uma divisão entre os filhos. Ressaltou ainda, em depoimento à CPI da Petrobras, que as transferências começaram em 2012.
Corrupção
A ex-presidente da Petrobras disse Que não pode caracterizar a corrupção como sistêmica e institucionalizada na companhia. Ela afirmou não poder fazer essa avaliação porque não sabia dos fatos e só teve informação quando foi deflagrada a operação Lava Jato.
Ela informou que uma investigação interna, com a participação duas empresas privadas independentes, está em curso e levará até dois anos para ser concluída. A medida, segundo ela, foi uma exigência da empresa de auditoria PricewaterhouseCoopers. "A partir daí, teremos mais informações para colaborar com a Polícia Federal e com os órgãos de controle", disse.
Graça também afirmou que é a Petrobras quem paga a conta da corrupção e do pagamento de propinas. Para ela, se uma empresa paga propina para fechar um contrato, esse valor será incluído no próximo contrato.
"A empresa que pega sua margem e paga propina, na próxima licitação que fizer, vai jogar isso no preço", afirmou, em depoimento à CPI da Petrobras.
A gestora afirmou que tem informações pela imprensa sobre o esquema de corrupção. "O que eu tenho lido o ouvido é que essas práticas eram intensas até 2012 e que depois esse cartel se desfez", disse.
Lava Jato
Graça Foster disse que a operação Lava Jato muda a estatal para melhor. "Não tenho dúvidas em relação ao bem que a operação Lava Jato já vem causando na Petrobras", avaliou.
"Não vamos esquecer nunca o ano de 2014", disse Graça, antes de afirmar que a operação da Polícia Federal é uma lição que não deve ser esquecida. A gestora voltou a falar da competência técnica de Paulo Roberto Costa, Renato Duque e, especialmente, Pedro Barusco. "Eu tenho vergonha, muita vergonha", disse, se referindo ao envolvimento dos ex-colegas no esquema de corrupção.
Estadão 26/03/2015
Brasília - A ex-presidente da Petrobrás disse à CPI da Petrobras que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era enfático sobre a necessidade de construir refinarias no Brasil.
"Ele deu várias broncas na diretoria da Petrobras, sempre empurrando a Petrobras para frente", desse. Ela afirmou que, em encontro com conselheiros da estatal, Lula destacou a importância da construção do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), posteriormente aprovado pelo conselho.
Graça foi questionada pelo deputado Nilson Leitão (PSDB-MT) se estaria encobrindo alguém e se preferia o PT à Petrobras. Ela respondeu: "Mil vezes Petrobras, Petrobras, Petrobras". A gestora também afirmou não saber quem indicou Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa e Renato Duque para postos de comando na estatal. Ela disse ainda que nunca viu João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, acusado de participar no esquema de desvios.
Sobre sua saída da estatal, Graça Foster ressaltou que não foi demitida, mas pediu demissão com outros colegas, que chamou de "meus diretores". " Meus diretores não estão se defendendo ou fazendo delação premiada", justificou.
Segundo ela, o momento pedia a indicação de Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil, para a presidência da Petrobras. "Tem horas que a Petrobras precisa de um economista, de um engenheiro. Tem horas que um financista é o nome do momento", avaliou. "Certamente, a Petrobras merecia um gestor muito melhor do que eu", disse Graça.
Governança
Graça disse que não acredita em governança perfeita. "Nossa governança precisava ser melhor", disse. Ela reafirmou que o sistema da Petrobras não detectou ações externas à estatal e, por esse motivo, ela criou a diretoria de Governança e Compliance.
Sobre a transferência de bens para parentes, Graça afirmou que passou um apartamento no Rio de Janeiro para a filha, uma casa na Ilha do Governador para dois filhos, além de um apartamento em Búzios, que ainda até em processo. Ela disse que mora em um apartamento no Rio de Janeiro e queria fazer uma divisão entre os filhos. Ressaltou ainda, em depoimento à CPI da Petrobras, que as transferências começaram em 2012.
Corrupção
A ex-presidente da Petrobras disse Que não pode caracterizar a corrupção como sistêmica e institucionalizada na companhia. Ela afirmou não poder fazer essa avaliação porque não sabia dos fatos e só teve informação quando foi deflagrada a operação Lava Jato.
Ela informou que uma investigação interna, com a participação duas empresas privadas independentes, está em curso e levará até dois anos para ser concluída. A medida, segundo ela, foi uma exigência da empresa de auditoria PricewaterhouseCoopers. "A partir daí, teremos mais informações para colaborar com a Polícia Federal e com os órgãos de controle", disse.
Graça também afirmou que é a Petrobras quem paga a conta da corrupção e do pagamento de propinas. Para ela, se uma empresa paga propina para fechar um contrato, esse valor será incluído no próximo contrato.
"A empresa que pega sua margem e paga propina, na próxima licitação que fizer, vai jogar isso no preço", afirmou, em depoimento à CPI da Petrobras.
A gestora afirmou que tem informações pela imprensa sobre o esquema de corrupção. "O que eu tenho lido o ouvido é que essas práticas eram intensas até 2012 e que depois esse cartel se desfez", disse.
Lava Jato
Graça Foster disse que a operação Lava Jato muda a estatal para melhor. "Não tenho dúvidas em relação ao bem que a operação Lava Jato já vem causando na Petrobras", avaliou.
"Não vamos esquecer nunca o ano de 2014", disse Graça, antes de afirmar que a operação da Polícia Federal é uma lição que não deve ser esquecida. A gestora voltou a falar da competência técnica de Paulo Roberto Costa, Renato Duque e, especialmente, Pedro Barusco. "Eu tenho vergonha, muita vergonha", disse, se referindo ao envolvimento dos ex-colegas no esquema de corrupção.
terça-feira, 24 de março de 2015
EXCLUSIVO-EUA apostam no Brasil e fazem novo convite a Dilma para visita de Estado
EXCLUSIVO-EUA apostam no Brasil e fazem novo convite a Dilma para visita de Estado
terça-feira, 24 de março de 2015
Presidente Dilma Rousseff e vice-presidente dos EUA, Joe Biden, em Brasília. 01/01/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Por Brian Winter
SÃO PAULO (Reuters) - O governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reenviou um convite à presidente Dilma Rousseff para fazer uma visita de Estado a Washington, em um passo diplomático que autoridades norte-americanas esperam que leve a um período de maior comércio entre as duas principais economias das Américas.
Inicialmente, Dilma faria uma visita de Estado em outubro de 2013 aos EUA, que inclui um jantar de gala na Casa Branca e se considera uma das mais fortes expressões de laços de amizade entre países aliados.
Mas a presidente cancelou a viagem após revelações, feitas com base nos vazamentos do ex-colaborador da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) Edward Snowden, de que a agência teria espionado suas comunicações pessoais. Na ocasião, Dilma disse que era "incompatível" com a convivência entre países amigos.
Após mais de um ano de esforços diplomáticos em ambos os países para melhorar as relações, o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, refez o convite a Dilma em um telefonema em 13 de março, de acordo com fontes com conhecimento da conversa, que falaram à Reuters sob condição de anonimato.
Biden ofereceu a Dilma a opção de escolher entre uma visita de Estado em 2016 ou uma viagem de alto nível, porém menos formal, ainda em 2015, disseram as fontes, uma vez que o calendário de visitas de Estado já está lotado este ano com as viagens dos líderes do Japão e da China.
Dilma vai discutir a data da visita com Obama quando os dois líderes se reunirem durante uma cúpula no Panamá no próximo mês, disse uma autoridade brasileira de alto escalão nesta terça-feira.
Dilma ainda não respondeu qual é sua preferência, segundo as fontes, mas tem dito desde junho passado que está interessada em deixar para trás a polêmica da NSA e remarcar a visita.
O convite para a visita de Estado, que seria a primeira de um presidente do Brasil a Washington desde 1995, é uma rara boa notícia atualmente para Dilma, cuja popularidade despencou desde a descoberta de um escândalo bilionário de corrupção na Petrobras e diante dos problemas econômicos enfrentados pelo país. Apesar de nossas relações algumas vezes terem tido problemas, estamos apostando no sucesso e no aumento de importância do Brasil", disse uma autoridade dos EUA.
Dilma já manifestou expectativa de que a visita resulte num relacionamento mais próximo no setor de defesa, incluindo transferências de tecnologia que podem ajudar empresas brasileiras, como a Embraer. O governo também deseja maior acesso da carne brasileira ao mercado norte-americano, segundo uma autoridade.
Os dois países discordaram nos últimos anos sobre várias questões de política externa, com o Brasil evitando por vezes criticar publicamente o governo de esquerda da Venezuela, por exemplo.
Mas os laços econômicos continuaram a crescer.
O consulado dos EUA em São Paulo emite mais vistos do que qualquer outra missão norte-americana no exterior, com quase 600.000 em 2014, cerca do dobro de 2010. Diplomatas costumam brincar que os turistas brasileiros sozinhos recuperaram a economia de Miami e Orlando nos últimos anos.
O comércio bilateral totalizou 72 bilhões de dólares em 2014, alta de 20 por cento em relação a 2010, com superávit de 12 bilhões de dólares a favor dos EUA, de acordo com o Departamento de Comércio norte-americano. Os EUA são o segundo maior mercado de exportação do Brasil, atrás apenas da China.
Líderes empresariais de ambos os países têm feito lobby pelo fim das disputas entre os países.
"Os setores privados dos nossos países estão bem à frente dos setores públicos em termos de integração", disse Susan Segal, presidente do Conselho das Américas, organização com sede em Nova York com laços com empresas norte-americanas. Segundo ela, uma visita de Estado seria "um grande avanço".
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
terça-feira, 24 de março de 2015
Presidente Dilma Rousseff e vice-presidente dos EUA, Joe Biden, em Brasília. 01/01/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Por Brian Winter
SÃO PAULO (Reuters) - O governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reenviou um convite à presidente Dilma Rousseff para fazer uma visita de Estado a Washington, em um passo diplomático que autoridades norte-americanas esperam que leve a um período de maior comércio entre as duas principais economias das Américas.
Inicialmente, Dilma faria uma visita de Estado em outubro de 2013 aos EUA, que inclui um jantar de gala na Casa Branca e se considera uma das mais fortes expressões de laços de amizade entre países aliados.
Mas a presidente cancelou a viagem após revelações, feitas com base nos vazamentos do ex-colaborador da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) Edward Snowden, de que a agência teria espionado suas comunicações pessoais. Na ocasião, Dilma disse que era "incompatível" com a convivência entre países amigos.
Após mais de um ano de esforços diplomáticos em ambos os países para melhorar as relações, o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, refez o convite a Dilma em um telefonema em 13 de março, de acordo com fontes com conhecimento da conversa, que falaram à Reuters sob condição de anonimato.
Biden ofereceu a Dilma a opção de escolher entre uma visita de Estado em 2016 ou uma viagem de alto nível, porém menos formal, ainda em 2015, disseram as fontes, uma vez que o calendário de visitas de Estado já está lotado este ano com as viagens dos líderes do Japão e da China.
Dilma vai discutir a data da visita com Obama quando os dois líderes se reunirem durante uma cúpula no Panamá no próximo mês, disse uma autoridade brasileira de alto escalão nesta terça-feira.
Dilma ainda não respondeu qual é sua preferência, segundo as fontes, mas tem dito desde junho passado que está interessada em deixar para trás a polêmica da NSA e remarcar a visita.
O convite para a visita de Estado, que seria a primeira de um presidente do Brasil a Washington desde 1995, é uma rara boa notícia atualmente para Dilma, cuja popularidade despencou desde a descoberta de um escândalo bilionário de corrupção na Petrobras e diante dos problemas econômicos enfrentados pelo país. Apesar de nossas relações algumas vezes terem tido problemas, estamos apostando no sucesso e no aumento de importância do Brasil", disse uma autoridade dos EUA.
Dilma já manifestou expectativa de que a visita resulte num relacionamento mais próximo no setor de defesa, incluindo transferências de tecnologia que podem ajudar empresas brasileiras, como a Embraer. O governo também deseja maior acesso da carne brasileira ao mercado norte-americano, segundo uma autoridade.
Os dois países discordaram nos últimos anos sobre várias questões de política externa, com o Brasil evitando por vezes criticar publicamente o governo de esquerda da Venezuela, por exemplo.
Mas os laços econômicos continuaram a crescer.
O consulado dos EUA em São Paulo emite mais vistos do que qualquer outra missão norte-americana no exterior, com quase 600.000 em 2014, cerca do dobro de 2010. Diplomatas costumam brincar que os turistas brasileiros sozinhos recuperaram a economia de Miami e Orlando nos últimos anos.
O comércio bilateral totalizou 72 bilhões de dólares em 2014, alta de 20 por cento em relação a 2010, com superávit de 12 bilhões de dólares a favor dos EUA, de acordo com o Departamento de Comércio norte-americano. Os EUA são o segundo maior mercado de exportação do Brasil, atrás apenas da China.
Líderes empresariais de ambos os países têm feito lobby pelo fim das disputas entre os países.
"Os setores privados dos nossos países estão bem à frente dos setores públicos em termos de integração", disse Susan Segal, presidente do Conselho das Américas, organização com sede em Nova York com laços com empresas norte-americanas. Segundo ela, uma visita de Estado seria "um grande avanço".
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