Konstantinos - Uranus
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
domingo, 21 de setembro de 2014
Conheça um pouco da Albânia
sábado, 20 de setembro de 2014
G20 busca crescimento, mas membros divergem sobre estratégia
G20 busca crescimento, mas membros divergem sobre estratégia
sábado, 20 de setembro de 2014
(Reuters) - Líderes financeiros do G20 continuam empenhados em perseguir o crescimento global mais elevado, mas estão divididos sobre como alcançá-lo, com a Alemanha contrária aos pedidos dos Estados Unidos e de outros para mais estímulo imediatos.
Ao abrir um encontro de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais das principais economias do mundo neste, o ministro do Tesouro da Austrália, Joe Hockey, delineou neste sábado uma ambiciosa agenda para impulsionar o crescimento global, deixar o sistema bancário mundial à prova de fogo e fechar brechas fiscais para grandes multinacionais.
"Temos a oportunidade de mudar o destino da economia global", disse Hockey, que em fevereiro lançou uma campanha para adicionar 2 pontos percentuais para o crescimento mundial em 2018 como parte da presidência da Austrália do G20.
Tal meta tem parecido cada vez mais distante, com membros da China ao Japão, Alemanha e Rússia tendo falhado nos últimos meses. Ainda essa semana, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu suas previsões de crescimento para a maioria das principais economias.
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jack Lew, pediu para a zona euro e o Japão fazerem mais para incrementar a demanda e revitalizar a atividade, sinalizando que a Alemanha tem escopo para fazer muito mais, graças ao seu superávit comercial crescente.
Berlim não ficou feliz.
"Nós não vamos concordar com estímulos míopes", disse um representante alemão no G20, argumentando que na maioria dos países a dívida ainda era demasiadamente elevada para permitir o aumento dos gastos.
A Alemanha tem estado sob intensa pressão para permitir que a zona do euro alivie a austeridade fiscal para impulsionar sua economia por meio de mais gastos do governo ou cortes de impostos.
Mais de 900 propostas individuais de crescimento foram submetidas e analisados pelas autoridades, disse o ministro das Finanças canadense, Joe Oliver, o co-chefe de um grupo de trabalho do G20 sobre o crescimento.
"Acreditamos que essas ações no total - e se implementadas, e que é fundamental - viriam muito perto de 2 por cento", disse ele à Reuters.
O ministro das Finanças francês Michel Sapin estava certamente colocar ênfase no estímulo de curto prazo.
"Eu quero repetir e repetir que a preocupação imediata com o curto prazo é muito evidenciada", disse, afirmando que era a sua mensagem aos seus colegas do G20.
"A preocupação imediata é realmente recuperar o crescimento, enquanto o crescimento global em 2014 ainda está deprimido."
(Por Lincoln Feast e Gernot Heller, com reportagem adicional de Leika Kihara, Ian Chua, Byron Kaye e Cecile Lefort)
sábado, 20 de setembro de 2014
(Reuters) - Líderes financeiros do G20 continuam empenhados em perseguir o crescimento global mais elevado, mas estão divididos sobre como alcançá-lo, com a Alemanha contrária aos pedidos dos Estados Unidos e de outros para mais estímulo imediatos.
Ao abrir um encontro de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais das principais economias do mundo neste, o ministro do Tesouro da Austrália, Joe Hockey, delineou neste sábado uma ambiciosa agenda para impulsionar o crescimento global, deixar o sistema bancário mundial à prova de fogo e fechar brechas fiscais para grandes multinacionais.
"Temos a oportunidade de mudar o destino da economia global", disse Hockey, que em fevereiro lançou uma campanha para adicionar 2 pontos percentuais para o crescimento mundial em 2018 como parte da presidência da Austrália do G20.
Tal meta tem parecido cada vez mais distante, com membros da China ao Japão, Alemanha e Rússia tendo falhado nos últimos meses. Ainda essa semana, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu suas previsões de crescimento para a maioria das principais economias.
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jack Lew, pediu para a zona euro e o Japão fazerem mais para incrementar a demanda e revitalizar a atividade, sinalizando que a Alemanha tem escopo para fazer muito mais, graças ao seu superávit comercial crescente.
Berlim não ficou feliz.
"Nós não vamos concordar com estímulos míopes", disse um representante alemão no G20, argumentando que na maioria dos países a dívida ainda era demasiadamente elevada para permitir o aumento dos gastos.
A Alemanha tem estado sob intensa pressão para permitir que a zona do euro alivie a austeridade fiscal para impulsionar sua economia por meio de mais gastos do governo ou cortes de impostos.
Mais de 900 propostas individuais de crescimento foram submetidas e analisados pelas autoridades, disse o ministro das Finanças canadense, Joe Oliver, o co-chefe de um grupo de trabalho do G20 sobre o crescimento.
"Acreditamos que essas ações no total - e se implementadas, e que é fundamental - viriam muito perto de 2 por cento", disse ele à Reuters.
O ministro das Finanças francês Michel Sapin estava certamente colocar ênfase no estímulo de curto prazo.
"Eu quero repetir e repetir que a preocupação imediata com o curto prazo é muito evidenciada", disse, afirmando que era a sua mensagem aos seus colegas do G20.
"A preocupação imediata é realmente recuperar o crescimento, enquanto o crescimento global em 2014 ainda está deprimido."
(Por Lincoln Feast e Gernot Heller, com reportagem adicional de Leika Kihara, Ian Chua, Byron Kaye e Cecile Lefort)
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Dilma diz que não muda direitos trabalhistas "nem que a vaca tussa"
Dilma diz que não muda direitos trabalhistas "nem que a vaca tussa"
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, fala à imprensa em Madureira, Rio de Janeiro. REUTERS/Pilar Olivares
(Reuters) - A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, afirmou nesta quarta-feira que não muda "nem que a vaca tussa" os direitos trabalhistas como férias, 13º salário e fundo de garantia dos trabalhadores.
Ao ser questionada sobre a possibilidade de alterações na legislação trabalhista, Dilma disse que é possível se fazer certas adaptações, mas garantiu que não mudará os direitos principais.
"Eu não mudo direitos na legislação trabalhista. O que nós podemos fazer, por exemplo, no caso da lei do menor aprendiz, nós fizemos adaptações", disse em entrevista coletiva, após encontro com empresário em Campinas (SP).
"Agora, lei de férias, 13º, fundo de garantia, hora-extra, isso não mudo nem que a vaca tussa."
A presidente também foi perguntada sobre a pesquisa Ibope divulgada na terça-feira, na qual manteve a liderança no primeiro turno, mas perdeu pontos. Dilma reiterou que não comenta os resultados de levantamentos eleitorais.
A presidente permaneceu em primeiro lugar nas intenções de voto no primeiro turno, mas caiu de 39 para 36 por cento, enquanto a principal rival, Marina Silva (PSB), passou de 31 por para 30 por cento. Na simulação de segundo turno, Dilma e Marina continuam em empate técnico, mas a vantagem numérica da candidata do PSB aumentou para 43, contra 40 por cento de Dilma. Na semana passada, o placar estava em 43 a 42 por cento.
Em Campinas, Dilma participou ainda de uma caminhada por ruas da cidade e fez um breve discurso em comício. A candidata à reeleição pediu que as "mentiras" ditas durante a campanha eleitoral sejam rebatidas.
"Tem muita mentira, muito ódio, nessa eleição. Quando vocês virem a mentira ser falada, vocês respondam com a verdade, e a verdade é uma só, é que esse país mudou. Hoje as pessoas têm muito mais oportunidades", afirmou.
Mais cedo, Dilma se reuniu com empresários na Associação Comercial e Industrial de Campinas, ocasião em que discorreu sobre as medidas já tomadas por seu governo em favor de micro e pequenas empresas.
A presidente aproveitou o evento para reafirmar seu compromisso em "suavizar" a transição entre as tabelas de tributação para evitar que sejam "penalizadas" ao crescerem, defendendo a simplificação e a unificação de impostos para desburocratizar o ambiente para as empresas. A presidente citou como exemplo a lei sancionada neste ano que amplia abrangência do Supersimples, regime de tributação simplificada para pequenas e micro empresas
"Eu acredito que a única reforma tributária que teve sucesso no país, a única real foi essa", disse, durante o encontro. "Ela abre caminho, como exemplo, para outras reformas."
(Por Pedro Fonseca e Maria Carolina Marcello)
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, fala à imprensa em Madureira, Rio de Janeiro. REUTERS/Pilar Olivares
(Reuters) - A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, afirmou nesta quarta-feira que não muda "nem que a vaca tussa" os direitos trabalhistas como férias, 13º salário e fundo de garantia dos trabalhadores.
Ao ser questionada sobre a possibilidade de alterações na legislação trabalhista, Dilma disse que é possível se fazer certas adaptações, mas garantiu que não mudará os direitos principais.
"Eu não mudo direitos na legislação trabalhista. O que nós podemos fazer, por exemplo, no caso da lei do menor aprendiz, nós fizemos adaptações", disse em entrevista coletiva, após encontro com empresário em Campinas (SP).
"Agora, lei de férias, 13º, fundo de garantia, hora-extra, isso não mudo nem que a vaca tussa."
A presidente também foi perguntada sobre a pesquisa Ibope divulgada na terça-feira, na qual manteve a liderança no primeiro turno, mas perdeu pontos. Dilma reiterou que não comenta os resultados de levantamentos eleitorais.
A presidente permaneceu em primeiro lugar nas intenções de voto no primeiro turno, mas caiu de 39 para 36 por cento, enquanto a principal rival, Marina Silva (PSB), passou de 31 por para 30 por cento. Na simulação de segundo turno, Dilma e Marina continuam em empate técnico, mas a vantagem numérica da candidata do PSB aumentou para 43, contra 40 por cento de Dilma. Na semana passada, o placar estava em 43 a 42 por cento.
Em Campinas, Dilma participou ainda de uma caminhada por ruas da cidade e fez um breve discurso em comício. A candidata à reeleição pediu que as "mentiras" ditas durante a campanha eleitoral sejam rebatidas.
"Tem muita mentira, muito ódio, nessa eleição. Quando vocês virem a mentira ser falada, vocês respondam com a verdade, e a verdade é uma só, é que esse país mudou. Hoje as pessoas têm muito mais oportunidades", afirmou.
Mais cedo, Dilma se reuniu com empresários na Associação Comercial e Industrial de Campinas, ocasião em que discorreu sobre as medidas já tomadas por seu governo em favor de micro e pequenas empresas.
A presidente aproveitou o evento para reafirmar seu compromisso em "suavizar" a transição entre as tabelas de tributação para evitar que sejam "penalizadas" ao crescerem, defendendo a simplificação e a unificação de impostos para desburocratizar o ambiente para as empresas. A presidente citou como exemplo a lei sancionada neste ano que amplia abrangência do Supersimples, regime de tributação simplificada para pequenas e micro empresas
"Eu acredito que a única reforma tributária que teve sucesso no país, a única real foi essa", disse, durante o encontro. "Ela abre caminho, como exemplo, para outras reformas."
(Por Pedro Fonseca e Maria Carolina Marcello)
sábado, 13 de setembro de 2014
Dilma Rousseff Presidenta do Brasil
Dilma Rousseff
14 de dezembro de 1947, Belo Horizonte (MG)
Filha do engenheiro e poeta búlgaro Pétar Russév (naturalizado brasileiro como Pedro Rousseff) e da professora brasileira Dilma Jane Silva, Dilma Vana Rousseff faz a pré-escola no Colégio Isabela Hendrix e, a seguir, ingressa em um dos colégios mais tradicionais do Brasil, o Sion, de influência católica, ambos em Belo Horizonte.
Aos 16 anos, transfere-se para uma escola pública, o Colégio Estadual Central (hoje Escola Estadual Governador Milton Campos). Começa, então, a militar como simpatizante na Organização Revolucionária Marxista - Política Operária, conhecida como Polop, organização de esquerda contrária à linha do PCB (Partido Comunista Brasileiro), formada por estudantes simpáticos ao pensamento de Rosa Luxemburgo e Leon Trotski.
Mais tarde, em 1967, já cursando a Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Dilma passou a militar no Colina (Comando de Libertação Nacional), organização que defendia a luta armada. Esse comportamento, de passar de um grupo político a outro, era comum nos movimentos de esquerda que atuavam durante o período da ditadura iniciada com o Golpe de 1964.
Veja a biografia de Dilma Rousseff no UOL Eleições 2010
Em 1969, já vivendo na clandestinidade, Dilma usa vários codinomes para não ser encontrada pelas forças de repressão aos opositores do regime. No mesmo ano, o Colina e a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) se unem, formando a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Em julho, a VAR-Palmares rouba o "cofre do Adhemar", que teria pertencido ao ex-governador de São Paulo Adhemar de Barros. A ação ocorreu no Rio de Janeiro e teria rendido à guerrilha US$ 2,4 milhões. Dilma nega ter participado dessa operação, mas há quem afirme que ela teria, pelo menos, ajudado a planejar o assalto.
Em setembro de 1969, a VAR-Palmares sofre um racha. Volta a existir a VPR. Dilma escolhe permanecer na VAR-Palmares - e ainda teria organizado três ações de roubo de armas no Rio de Janeiro, sempre em unidades do Exército.
Presa em 16 de janeiro de 1970, em São Paulo, o promotor militar responsável pela acusação a qualificou de "papisa da subversão". Fica detida na Oban (Operação Bandeirantes), onde é torturada. Depois, é enviada ao Dops. Condenada em 3 Estados, em 1973 já está livre, depois de ter conseguido redução de pena no STM (Superior Tribunal Militar). Muda-se, então, para Porto Alegre, onde cursa a Faculdade de Ciências Econômicas, na Universidade Federal do RS.
Do PDT ao PT
Filia-se, então, ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), fundado por Leonel Brizola em 1979, depois que o governo militar concedeu anistia política a todos os envolvidos nos anos duros da ditadura.
Dilma Rousseff ocupou os cargos de secretária da Fazenda da Prefeitura de Porto Alegre (1986-89), presidente da Fundação de Economia e Estatística do Estado do Rio Grande do Sul (1991-93) e secretária de estado de Energia, Minas e Comunicações em dois governos: Alceu Collares (PDT) e Olívio Dutra (PT).
Filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT) desde 2001, coordenou a equipe de Infra-Estrutura do Governo de Transição entre o último mandato de Fernando Henrique Cardoso e o primeiro de Luiz Inácio Lula da Silva, tornando-se membro do grupo responsável pelo programa de Energia do governo petista.
Ministérios
Dilma Rousseff foi ministra da pasta das Minas e Energia entre 2003 e junho de 2005, passando a ocupar o cargo de Ministra-Chefe da Casa Civil desde a demissão de José Dirceu de Oliveira e Silva, em 16 de junho de 2005, acusado de corrupção.
Em 2008, a Casa Civil foi envolvida em duas denúncias. Primeiro, a da montagem de um provável dossiê contendo gastos pessoais do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O dossiê seria uma suposta tentativa de silenciar a oposição, que, diante do escândalo dos gastos com cartões de créditos corporativos realizados por membros do governo federal, exigia a divulgação dos gastos pessoais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua esposa. Depois, em junho, a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, acusou a Casa Civil de ter pressionado a agência durante o processo de venda da empresa Varig ao fundo de investimentos norte-americano Matlin Patterson e seus três sócios brasileiros. Dilma Rousseff negou enfaticamente todas as acusações.
Em 9 de agosto de 2009, a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, disse ao jornal Folha de S. Paulo que, num encontro com Dilma, a ministra teria pedido que uma investigação realizada em empresas da família Sarney fosse concluída rapidamente. Dilma negou a declaração de Lina, que, por sua vez, reafirmou a acusação em depoimento no Senado Federal, mas não apresentou provas.
Apesar de, em diferentes períodos, ter cursado créditos no mestrado e no doutorado de Economia, na Unicamp, Dilma Rousseff jamais defendeu a dissertação ou a tese.
De guerrilheira na década de 1970 a participante da administração pública em diferentes governos, Dilma Vana Rousseff tornou-se uma figura pragmática, de importância central no governo Lula. No dia 20 de fevereiro de 2010, durante o 4º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores, Dilma foi aclamada pré-candidata do PT à presidência da República. Em 31 de março, obedecendo à lei eleitoral, afastou-se do cargo de ministra-chefe da Casa Civil. Durante a cerimônia de transferência do cargo, assumido por Erenice Guerra, Dilma afirmou, referindo-se ao governo Lula: "Com o senhor nós vencemos. Vencemos a miséria, a pobreza ou parte dela, vencemos a submissão, a estagnação, o pessimismo, o conformismo e a indignidade".
Dilma Rousseff venceu as eleições presidenciais de 2010, no segundo turno, com 56,05% dos votos válidos (derrotou o candidato José Serra, que obteve 43,95% dos votos válidos), tornando-se a primeira mulher na presidência da República Federativa do Brasil. Ao tomar posse, no dia 1º de janeiro de 2011, discursando no Congresso Nacional, Dilma afirmou: “Meu compromisso supremo [...] é honrar as mulheres, proteger os mais frágeis e governar para todos! [...] A luta mais obstinada do meu governo será pela erradicação da pobreza extrema e a criação de oportunidades para todos”
14 de dezembro de 1947, Belo Horizonte (MG)
Filha do engenheiro e poeta búlgaro Pétar Russév (naturalizado brasileiro como Pedro Rousseff) e da professora brasileira Dilma Jane Silva, Dilma Vana Rousseff faz a pré-escola no Colégio Isabela Hendrix e, a seguir, ingressa em um dos colégios mais tradicionais do Brasil, o Sion, de influência católica, ambos em Belo Horizonte.
Aos 16 anos, transfere-se para uma escola pública, o Colégio Estadual Central (hoje Escola Estadual Governador Milton Campos). Começa, então, a militar como simpatizante na Organização Revolucionária Marxista - Política Operária, conhecida como Polop, organização de esquerda contrária à linha do PCB (Partido Comunista Brasileiro), formada por estudantes simpáticos ao pensamento de Rosa Luxemburgo e Leon Trotski.
Mais tarde, em 1967, já cursando a Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Dilma passou a militar no Colina (Comando de Libertação Nacional), organização que defendia a luta armada. Esse comportamento, de passar de um grupo político a outro, era comum nos movimentos de esquerda que atuavam durante o período da ditadura iniciada com o Golpe de 1964.
Veja a biografia de Dilma Rousseff no UOL Eleições 2010
Em 1969, já vivendo na clandestinidade, Dilma usa vários codinomes para não ser encontrada pelas forças de repressão aos opositores do regime. No mesmo ano, o Colina e a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) se unem, formando a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Em julho, a VAR-Palmares rouba o "cofre do Adhemar", que teria pertencido ao ex-governador de São Paulo Adhemar de Barros. A ação ocorreu no Rio de Janeiro e teria rendido à guerrilha US$ 2,4 milhões. Dilma nega ter participado dessa operação, mas há quem afirme que ela teria, pelo menos, ajudado a planejar o assalto.
Em setembro de 1969, a VAR-Palmares sofre um racha. Volta a existir a VPR. Dilma escolhe permanecer na VAR-Palmares - e ainda teria organizado três ações de roubo de armas no Rio de Janeiro, sempre em unidades do Exército.
Presa em 16 de janeiro de 1970, em São Paulo, o promotor militar responsável pela acusação a qualificou de "papisa da subversão". Fica detida na Oban (Operação Bandeirantes), onde é torturada. Depois, é enviada ao Dops. Condenada em 3 Estados, em 1973 já está livre, depois de ter conseguido redução de pena no STM (Superior Tribunal Militar). Muda-se, então, para Porto Alegre, onde cursa a Faculdade de Ciências Econômicas, na Universidade Federal do RS.
Do PDT ao PT
Filia-se, então, ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), fundado por Leonel Brizola em 1979, depois que o governo militar concedeu anistia política a todos os envolvidos nos anos duros da ditadura.
Dilma Rousseff ocupou os cargos de secretária da Fazenda da Prefeitura de Porto Alegre (1986-89), presidente da Fundação de Economia e Estatística do Estado do Rio Grande do Sul (1991-93) e secretária de estado de Energia, Minas e Comunicações em dois governos: Alceu Collares (PDT) e Olívio Dutra (PT).
Filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT) desde 2001, coordenou a equipe de Infra-Estrutura do Governo de Transição entre o último mandato de Fernando Henrique Cardoso e o primeiro de Luiz Inácio Lula da Silva, tornando-se membro do grupo responsável pelo programa de Energia do governo petista.
Ministérios
Dilma Rousseff foi ministra da pasta das Minas e Energia entre 2003 e junho de 2005, passando a ocupar o cargo de Ministra-Chefe da Casa Civil desde a demissão de José Dirceu de Oliveira e Silva, em 16 de junho de 2005, acusado de corrupção.
Em 2008, a Casa Civil foi envolvida em duas denúncias. Primeiro, a da montagem de um provável dossiê contendo gastos pessoais do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O dossiê seria uma suposta tentativa de silenciar a oposição, que, diante do escândalo dos gastos com cartões de créditos corporativos realizados por membros do governo federal, exigia a divulgação dos gastos pessoais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua esposa. Depois, em junho, a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, acusou a Casa Civil de ter pressionado a agência durante o processo de venda da empresa Varig ao fundo de investimentos norte-americano Matlin Patterson e seus três sócios brasileiros. Dilma Rousseff negou enfaticamente todas as acusações.
Em 9 de agosto de 2009, a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, disse ao jornal Folha de S. Paulo que, num encontro com Dilma, a ministra teria pedido que uma investigação realizada em empresas da família Sarney fosse concluída rapidamente. Dilma negou a declaração de Lina, que, por sua vez, reafirmou a acusação em depoimento no Senado Federal, mas não apresentou provas.
Apesar de, em diferentes períodos, ter cursado créditos no mestrado e no doutorado de Economia, na Unicamp, Dilma Rousseff jamais defendeu a dissertação ou a tese.
De guerrilheira na década de 1970 a participante da administração pública em diferentes governos, Dilma Vana Rousseff tornou-se uma figura pragmática, de importância central no governo Lula. No dia 20 de fevereiro de 2010, durante o 4º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores, Dilma foi aclamada pré-candidata do PT à presidência da República. Em 31 de março, obedecendo à lei eleitoral, afastou-se do cargo de ministra-chefe da Casa Civil. Durante a cerimônia de transferência do cargo, assumido por Erenice Guerra, Dilma afirmou, referindo-se ao governo Lula: "Com o senhor nós vencemos. Vencemos a miséria, a pobreza ou parte dela, vencemos a submissão, a estagnação, o pessimismo, o conformismo e a indignidade".
Dilma Rousseff venceu as eleições presidenciais de 2010, no segundo turno, com 56,05% dos votos válidos (derrotou o candidato José Serra, que obteve 43,95% dos votos válidos), tornando-se a primeira mulher na presidência da República Federativa do Brasil. Ao tomar posse, no dia 1º de janeiro de 2011, discursando no Congresso Nacional, Dilma afirmou: “Meu compromisso supremo [...] é honrar as mulheres, proteger os mais frágeis e governar para todos! [...] A luta mais obstinada do meu governo será pela erradicação da pobreza extrema e a criação de oportunidades para todos”
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
A Vida Quer É Coragem. A Trajetória de Dilma Rousseff, a Primeira Presidenta do Brasil
A trajetória de vida e da política de uma das mais importantes mulheres do mundo à frente da presidência de uma das nações mais emergentes da contemporaneidade Dilma Rousseff no livro,
A Vida Quer É Coragem
Editora Sextante
A Trajetória de Dilma Rousseff, a Primeira Presidenta do Brasil
Ricardo Batista Amaral
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Saiba mais
De: R$39,90
Por R$33,90
Sinopse
A trajetória pessoal da presidente Dilma Rousseff e a história do Brasil moderno se entrelaçam numa grande reportagem. Do suicídio de Getúlio Vargas, quando era criança, ao golpe de 1964, quando se aproxima das organizações de esquerda. Da clandestinidade, prisão e tortura na ditadura militar, à luta pela anistia e pela redemocratização. O encontro de Dilma com Leonel Brizola, na fundação do PDT, e sua aproximação com Lula, durante o apagão e na campanha eleitoral de 2002. A chefia da Casa Civil, que assume em plena crise do mensalão, os bastidores da reeleição, a luta contra o câncer e a vitória nas eleições de 2010: uma história de resistência, esperança e coragem.
Leia mais
Da ditadura à presidência, autor refaz caminhos de Dilma
Autor de biografia de Dilma comenta a obra; leia trecho
Dilma sentiu solidão ao sair da cadeia, diz biografia
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
Moody's muda perspectiva e ameaça rebaixar Brasil por economia fraca
Moody's muda perspectiva e ameaça rebaixar Brasil por economia fraca
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Foto da sede da agência Moody's em Nova York. REUTERS/Brendan McDermid
SÃO PAULO (Reuters) - A agência de classificação de risco Moody's alterou nesta terça-feira a perspectiva de rating soberano do Brasil de "estável" para "negativa", ameaçando rebaixar a nota do país por ver maior risco do crescimento econômico continuar baixo e de piora nas métricas de dívida.
Ao mesmo tempo, a agência de classificação de risco reafirmou o rating brasileiro em "Baa2", a segunda menor classificação dentro da faixa considerada como grau de investimento.
Foi a segunda vez em menos de um ano em que a Moody's piorou a perspectiva da nota soberana do Brasil: no começo de outubro do ano passado, a agência já tinha mudado a sinalização de "positiva" para "estável".
A decisão agora acontece a menos de um mês da eleição e coloca ainda mais pressão sobre o próximo presidente. Para a Moody's, se a deterioração nos principais indicadores de crédito permanecerem inalterados nos dois primeiros anos do futuro governo, a qualidade do crédito soberano será prejudicada.
A Moody's disse que a piora na perspectiva reflete uma economia que mostra poucos sinais de retorno no curto prazo ao potencial de crescimento de 3 por cento. A sua projeção é de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescerá menos de 1 por cento em 2014 e abaixo de 2 por cento em 2015.
A agência de risco, que no começo de agosto enviou um time seu para reuniões com integrantes da equipe econômica em Brasília, também destacou a forte deterioração do sentimento do investidor e seu impacto na formação bruta de capital fixo.
"As baixas taxas de investimento no Brasil refletem principalmente o sentimento negativo do investidor, conduzido por uma percepção de mercado generalizada sobre a abordagem intervencionista da administração atual", escreveu o analista de crédito soberano da Moody's Mauro Leos.
Além disso, a Moody's citou os desafios fiscais resultantes da economia fraca, impedindo a reversão da tendência de elevação nos indicadores da dívida do governo. Para Leos, se o crescimento fraco não for revertido, a posição fiscal do Brasil pode ser ainda mais corroída e prejudicar consideravelmente o perfil de crédito.
Em nota à imprensa, o Ministério da Fazenda disse que a decisão da Moody's reflete a realidade da primeira metade do ano e não a recuperação esperada para o atual semestre. Segundo a Fazenda, os problemas enfrentados no primeiro semestre --como a demora da recuperação internacional e uma das secas mais intensas da história no Brasil-- "estão sendo superados".
"O Brasil é uma economia sólida e já iniciou, neste segundo semestre, uma trajetória de gradual recuperação que terá continuidade ao longo do ano que vem", disse o ministério.
SEQUÊNCIA DE REVISÕES
A Moody's foi a última das três grandes agências de risco a concluir uma revisão do rating do Brasil neste ano.
Em julho, a Fitch manteve o rating "BBB" do Brasil, com perspectiva "estável", citando diversidade da economia, instituições relativamente desenvolvidas e forte capacidade de absorção de choques.
Em março, por outro lado, a Standard and Poor's rebaixou a nota brasileira para "BBB-", a mais baixa da categoria de grau de investimento em sua escala, mencionando a deterioração das contas públicas do país. Foi a primeira vez desde 2002, ano da primeira eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que uma das principais agências de rating rebaixou a classificação do país.
PREOCUPAÇÃO FISCAL
A Moody's alertou nesta terça que pode rebaixar o rating do Brasil caso se torne aparente que "a tendência dos indicadores fiscais e de dívida do governo provavelmente não será interrompida e revertida" e que "o crescimento do PIB permanecerá abaixo da tendência, evidenciando uma mudança mais enraizada em sentido declinante no crescimento".
O rebaixamento da nota pode causar mais problemas para o Brasil e aumentar os custos de financiamento do governo.
"O rebaixamento virá no começo do próximo ano", disse Marcos Casarin, economista da Oxford Economics em Londres.
Logo após a Moody's divulgar sua decisão, o dólar acelerou o passo ante o real e chegou a subir 1 por cento, enquanto os juros futuros mais longos ampliaram a alta. O movimento, contudo, perdeu força rapidamente. Na Bovespa a reação inicial foi neutra.
"Não foi inteiramente inesperado. O momento também é questionável, uma vez que estamos tão perto da eleição, cujo resultado tem grande papel em determinar o curso da perspectiva. Não deve ser uma grande coisa, mas obviamente não está ajudando o sentimento hoje", escreveu o estrategista do Citi Kenneth Lam em nota.
O analista da Moody's Mauro Leos rebateu as críticas sobre o momento do anúncio, ao dizer que no início do ano ele não poderia antecipar o fraco desempenho econômico e fiscal.
"Nós não contemplávamos que haveria uma recessão este ano", disse ele.
A coligação do presidenciável tucano Aécio Neves disse, em nota, que a decisão da Moody's "confirma a infeliz deterioração do quadro econômico do nosso país".
"Mostra que as conquistas econômicas e sociais do Brasil estão em risco por decisões equivocadas da política econômica, com exagerada flexibilização fiscal, que abalaram de maneira significativa a confiança dos investidores", afirmou a coligação encabeçada pelo PSDB.
As campanhas de Marina Silva (PSDB) e da presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição, ainda não se pronunciaram sobre a piora da perspectiva do rating do país pela Moody's.
(Por Camila Moreira, reportagem adicional de Walter Brandimarte)
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Foto da sede da agência Moody's em Nova York. REUTERS/Brendan McDermid
SÃO PAULO (Reuters) - A agência de classificação de risco Moody's alterou nesta terça-feira a perspectiva de rating soberano do Brasil de "estável" para "negativa", ameaçando rebaixar a nota do país por ver maior risco do crescimento econômico continuar baixo e de piora nas métricas de dívida.
Ao mesmo tempo, a agência de classificação de risco reafirmou o rating brasileiro em "Baa2", a segunda menor classificação dentro da faixa considerada como grau de investimento.
Foi a segunda vez em menos de um ano em que a Moody's piorou a perspectiva da nota soberana do Brasil: no começo de outubro do ano passado, a agência já tinha mudado a sinalização de "positiva" para "estável".
A decisão agora acontece a menos de um mês da eleição e coloca ainda mais pressão sobre o próximo presidente. Para a Moody's, se a deterioração nos principais indicadores de crédito permanecerem inalterados nos dois primeiros anos do futuro governo, a qualidade do crédito soberano será prejudicada.
A Moody's disse que a piora na perspectiva reflete uma economia que mostra poucos sinais de retorno no curto prazo ao potencial de crescimento de 3 por cento. A sua projeção é de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescerá menos de 1 por cento em 2014 e abaixo de 2 por cento em 2015.
A agência de risco, que no começo de agosto enviou um time seu para reuniões com integrantes da equipe econômica em Brasília, também destacou a forte deterioração do sentimento do investidor e seu impacto na formação bruta de capital fixo.
"As baixas taxas de investimento no Brasil refletem principalmente o sentimento negativo do investidor, conduzido por uma percepção de mercado generalizada sobre a abordagem intervencionista da administração atual", escreveu o analista de crédito soberano da Moody's Mauro Leos.
Além disso, a Moody's citou os desafios fiscais resultantes da economia fraca, impedindo a reversão da tendência de elevação nos indicadores da dívida do governo. Para Leos, se o crescimento fraco não for revertido, a posição fiscal do Brasil pode ser ainda mais corroída e prejudicar consideravelmente o perfil de crédito.
Em nota à imprensa, o Ministério da Fazenda disse que a decisão da Moody's reflete a realidade da primeira metade do ano e não a recuperação esperada para o atual semestre. Segundo a Fazenda, os problemas enfrentados no primeiro semestre --como a demora da recuperação internacional e uma das secas mais intensas da história no Brasil-- "estão sendo superados".
"O Brasil é uma economia sólida e já iniciou, neste segundo semestre, uma trajetória de gradual recuperação que terá continuidade ao longo do ano que vem", disse o ministério.
SEQUÊNCIA DE REVISÕES
A Moody's foi a última das três grandes agências de risco a concluir uma revisão do rating do Brasil neste ano.
Em julho, a Fitch manteve o rating "BBB" do Brasil, com perspectiva "estável", citando diversidade da economia, instituições relativamente desenvolvidas e forte capacidade de absorção de choques.
Em março, por outro lado, a Standard and Poor's rebaixou a nota brasileira para "BBB-", a mais baixa da categoria de grau de investimento em sua escala, mencionando a deterioração das contas públicas do país. Foi a primeira vez desde 2002, ano da primeira eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que uma das principais agências de rating rebaixou a classificação do país.
PREOCUPAÇÃO FISCAL
A Moody's alertou nesta terça que pode rebaixar o rating do Brasil caso se torne aparente que "a tendência dos indicadores fiscais e de dívida do governo provavelmente não será interrompida e revertida" e que "o crescimento do PIB permanecerá abaixo da tendência, evidenciando uma mudança mais enraizada em sentido declinante no crescimento".
O rebaixamento da nota pode causar mais problemas para o Brasil e aumentar os custos de financiamento do governo.
"O rebaixamento virá no começo do próximo ano", disse Marcos Casarin, economista da Oxford Economics em Londres.
Logo após a Moody's divulgar sua decisão, o dólar acelerou o passo ante o real e chegou a subir 1 por cento, enquanto os juros futuros mais longos ampliaram a alta. O movimento, contudo, perdeu força rapidamente. Na Bovespa a reação inicial foi neutra.
"Não foi inteiramente inesperado. O momento também é questionável, uma vez que estamos tão perto da eleição, cujo resultado tem grande papel em determinar o curso da perspectiva. Não deve ser uma grande coisa, mas obviamente não está ajudando o sentimento hoje", escreveu o estrategista do Citi Kenneth Lam em nota.
O analista da Moody's Mauro Leos rebateu as críticas sobre o momento do anúncio, ao dizer que no início do ano ele não poderia antecipar o fraco desempenho econômico e fiscal.
"Nós não contemplávamos que haveria uma recessão este ano", disse ele.
A coligação do presidenciável tucano Aécio Neves disse, em nota, que a decisão da Moody's "confirma a infeliz deterioração do quadro econômico do nosso país".
"Mostra que as conquistas econômicas e sociais do Brasil estão em risco por decisões equivocadas da política econômica, com exagerada flexibilização fiscal, que abalaram de maneira significativa a confiança dos investidores", afirmou a coligação encabeçada pelo PSDB.
As campanhas de Marina Silva (PSDB) e da presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição, ainda não se pronunciaram sobre a piora da perspectiva do rating do país pela Moody's.
(Por Camila Moreira, reportagem adicional de Walter Brandimarte)
domingo, 7 de setembro de 2014
INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
Independência do Brasil.
A Independência do Brasil, comemorada em 7 de setembro, foi um dos acontecimentos que mudou os rumos de nossa nação.
Vários eventos desencadearam a necessidade de ficar independente de Portugal, portanto é importante entender a história desde o começo:
A Família Real chega ao Brasil
Com a chegada da Família Real ao Brasil, começa a se delinear uma nova condição econômica, pois, em 1808 com a abertura dos portos, o Brasil deixava de ser colônia, atendendo assim aos interesses da elite agrária brasileira. Apesar de ainda ser um momento inicial da história, esse episódio, que marca a política de D. João VI no Brasil, é considerada a primeira medida formal em direção à independência.
Revolução Constitucionalista e Revolução Liberal do Porto
É claro que os aristocratas portugueses não gostaram nada dessa situação, pois perdiam cada vez mais espaço no cenário político, assim, passam a alimentar um movimento de mudanças que culminou em uma revolução constitucionalista em Portugal.
A Revolução Liberal do Porto foi outro movimento marcante da época que tinha como objetivo reestruturar a soberania política portuguesa por meio de uma reforma liberal que limitaria os poderes do rei e reconduziria o Brasil novamente à condição de colônia.
Decorrente desse movimento os revolucionários lusitanos formaram uma espécie de Assembleia Nacional que ganhou o nome de “Cortes” que tem como protagonistas as principais figuras políticas lusitanas exigindo que o rei Dom João VI retornasse à terra natal para e legitimasse as transformações políticas em andamento.
Temendo perder sua autoridade real, D. João saiu do Brasil em 1821 e nomeou seu filho, Dom Pedro I, como príncipe regente do Brasil.
Príncipe Regente e novas diretrizes
Durante um tempo, D.Pedro seguiu ordens da corte portuguesa, mas acabou percebendo que as leis vindas de Portugal pretendiam transformar o Brasil novamente em uma simples colônia.
Então pouco depois que assumiu, Dom Pedro I passou a tomar medidas em favor da população e começou a ganhar prestígio. Suas primeiras medidas foram baixar os impostos e equipar as autoridades militares nacionais às lusitanas. Inicia-se um dos momentos mais conturbados desse período, pois essas ações desagradaram muito as Cortes de Portugal que exigiram que o príncipe retornasse para Portugal e entregasse o Brasil ao controle de uma junta administrativa formada pelas Cortes. No Brasil, os defensores da independência iniciaram uma campanha pedindo que o príncipe regente permanecesse em nossa terra.
A pressão portuguesa despertou a elite econômica brasileira para o risco que de um novo domínio e o retorno ao estado de colônia. Assim, os grandes fazendeiros e comerciantes passaram a defender a ascensão política de Dom Pedro I e incentivá-lo a ser líder da independência brasileira.
No final de 1821, quando as pressões das Cortes atingiram seu auge, os defensores da independência organizaram um grande abaixo-assinado solicitando a permanência e Dom Pedro no Brasil.
Neste contexto e atendendo a demonstração de apoio, no dia 9 de janeiro de 1822, D. Pedro recebeu um abaixo-assinado pedindo-lhe que ficasse. Ele atendeu ao desejo do povo declarando: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação diga ao povo que fico". Dom Pedro I reafirmou sua permanência no cenário político brasileiro e atendeu aos interesses dos ricos fazendeiros brasileiros e esse dia passou a ser conhecido em nossa história como o Dia do Fico.
Finalmente a Independência!
Dom Pedro I logo teve a iniciativa de incorporar figuras políticas brasileiras que eram a favor da independência aos quadros administrativos de seu governo. Ele também decretou que nenhuma ordem vinda de Portugal poderia ser adotada sem sua autorização prévia.
Foi justamente essa medida que tornou sua relação política com as Cortes praticamente insustentável e, em uma última tentativa, a assembleia lusitana enviou um novo documento para o Brasil exigindo o retorno do príncipe para Portugal sob a ameaça de invasão militar, caso a exigência não fosse imediatamente cumprida.
Ao tomar conhecimento do documento, Dom Pedro I fez uma declaração oficial afirmando assim seu acordo com os brasileiros. Declarou a independência do país no dia 7 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga, em São Paulo.
Nos meses seguintes, os brasileiros venceram facilmente o ataque das tropas portuguesas, com apoio inglês principalmente na Bahia onde um português chamado Madeira de Melo não reconhecia a independência do Brasil. Em pouco tempo, vários países da América, que já haviam se libertado do domínio europeu, apoiaram oficialmente nossa independência.
D.Pedro tornou-se o primeiro imperador do Brasil, com o título de D.Pedro I.
O Brasil passou a ser uma monarquia, uma forma de governo em que os poderes são exercidos pelo imperador ou rei, retrocedendo em relação a América espanhola que tinham adotado o regime republicano.
Curiosidade
Um dos primeiros a reconhecer o Brasil como uma nação foram os Estados Unidos em 1824 . O reconhecimento de Portugal só veio em 1825, em troca de uma indenização de 2 milhões de libras intermediada por parte da Inglaterra ou seja o Brasil foi o único país a pagar por sua independência.
Somos 12000, somos Pedro Serafim Neto o deputado estadual do novo Pernambuco.
Somos 12000, somos Pedro Serafim Neto o deputado estadual do novo Pernambuco.
Somos 12000, Sempre Preocupado com as qualificações profissionais dos jovens do Estado, Pedro Serafim Neto é um dos Deputados Estaduais mais atuantes e destacados com mais de 38 projetos de lei,172 indicações,além de 86 requerimentos nos últimos 4 anos de atuação e 35 audiência públicas no ano. É por estes trabalhos brilhantes de autêntica transparência de Pedro Serafim que vemos um político compromissado com inovações e mudanças para Pernambuco tanto no campo social como no econômico. Na hora de votar para deputado estadual acerte no número 12000, Pedro Serafim Neto o deputado do novo Pernambuco. O blog historianews21 apoia este grande candidato. Alarcon
Dilma tenta reduzir mal-estar com Mantega por declaração sobre equipe nova
Dilma tenta reduzir mal-estar com Mantega por declaração sobre equipe nova
domingo, 7 de setembro de 2014
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Roussseff tentou amenizar neste domingo mal-estar criado após declarar durante a semana, ao ser perguntada sobre a permanência do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que se reeleita teria uma equipe nova.
Embora tenha afirmado que não iria "escalar" um eventual novo governo antecipadamente, a presidente e candidata à reeleição pelo PT afirmou que uma nova equipe poderia ser composta por integrantes da atual gestão.
"Um governo novo fará uma equipe nova. As pessoas que vão compor essa equipe, elas podem vir do governo anterior, mas é uma nova equipe", disse Dilma, em entrevista coletiva no Alvorada, após reunião com representantes de movimentos sociais ligados à juventude e depois de participar de desfile do 7 de Setembro.
Na quinta-feira, Dilma afirmou, ao ser questionada sobre a permanência de Guido Mantega, que "governo novo, equipe nova, não tenha dúvida disso".
Perguntada neste domingo sobre a manutenção do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, a presidente se negou a indicar sua equipe antecipadamente.
"Eu não vou discutir a minha equipe nem vou escalá-la a esta altura do campeonato", disse. "Acho que isso é sentar na cadeira antes do tempo... E eu não sento na cadeira, primeiro, porque eu acho que dá azar."
A condução econômica do governo tem sido foco de críticas à petista devido ao baixo crescimento e à inflação elevada.
domingo, 7 de setembro de 2014
Dilma tenta reduzir mal-estar com Mantega por declaração sobre equipe nova
domingo, 7 de setembro de 2014
Na entrevista deste domingo, Dilma afirmou ainda que sua intenção não é agredir a principal adversária na corrida eleitoral, a ex-senadora Marina Silva, que disputa o Planalto pelo PSB.
"Sinto muito, não é esse o nosso interesse... Nós não queremos agredir. Nós queremos fazer um debate qualificado", disse. "Lamento que debate qualificado seja visto como agressão."
A candidata do PT reafirmou suas posições em defesa do pré-sal e da política de conteúdo nacional, pontos que têm apresentado em seu programa para se contrapor a Marina, sob o argumento de que a ex-senadora não daria a mesma prioridade a esses temas.
Em outra alfinetada à adversária, Dilma defendeu a atuação dos bancos públicos nos financiamentos de programas do governo, caso do Minha Casa, Minha Vida.
DENÚNCIAS
Questionada sobre a permanência no atual governo de Edison Lobão no comando do Ministério de Minas e Energia, Dilma afirmou que tomará as "providências cabíveis" apenas após ter acesso às informações oficiais sobre denúncias envolvendo o ministro.
"Eu gostaria muito de ter acesso a essas informações de forma oficial... eu não posso tomar nenhuma providência enquanto eu não tiver todos os dados oficialmente", afirmou, referindo-se às recentes denúncias de um suposto esquema de corrupção na Petrobras.
Reportagem da revista Veja desta semana afirma que o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa teria citado em depoimento à Polícia Federal dezenas de parlamentares da base aliada do governo, três governadores e o ministro Lobão como envolvidos.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
domingo, 7 de setembro de 2014
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Roussseff tentou amenizar neste domingo mal-estar criado após declarar durante a semana, ao ser perguntada sobre a permanência do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que se reeleita teria uma equipe nova.
Embora tenha afirmado que não iria "escalar" um eventual novo governo antecipadamente, a presidente e candidata à reeleição pelo PT afirmou que uma nova equipe poderia ser composta por integrantes da atual gestão.
"Um governo novo fará uma equipe nova. As pessoas que vão compor essa equipe, elas podem vir do governo anterior, mas é uma nova equipe", disse Dilma, em entrevista coletiva no Alvorada, após reunião com representantes de movimentos sociais ligados à juventude e depois de participar de desfile do 7 de Setembro.
Na quinta-feira, Dilma afirmou, ao ser questionada sobre a permanência de Guido Mantega, que "governo novo, equipe nova, não tenha dúvida disso".
Perguntada neste domingo sobre a manutenção do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, a presidente se negou a indicar sua equipe antecipadamente.
"Eu não vou discutir a minha equipe nem vou escalá-la a esta altura do campeonato", disse. "Acho que isso é sentar na cadeira antes do tempo... E eu não sento na cadeira, primeiro, porque eu acho que dá azar."
A condução econômica do governo tem sido foco de críticas à petista devido ao baixo crescimento e à inflação elevada.
domingo, 7 de setembro de 2014
Dilma tenta reduzir mal-estar com Mantega por declaração sobre equipe nova
domingo, 7 de setembro de 2014
Na entrevista deste domingo, Dilma afirmou ainda que sua intenção não é agredir a principal adversária na corrida eleitoral, a ex-senadora Marina Silva, que disputa o Planalto pelo PSB.
"Sinto muito, não é esse o nosso interesse... Nós não queremos agredir. Nós queremos fazer um debate qualificado", disse. "Lamento que debate qualificado seja visto como agressão."
A candidata do PT reafirmou suas posições em defesa do pré-sal e da política de conteúdo nacional, pontos que têm apresentado em seu programa para se contrapor a Marina, sob o argumento de que a ex-senadora não daria a mesma prioridade a esses temas.
Em outra alfinetada à adversária, Dilma defendeu a atuação dos bancos públicos nos financiamentos de programas do governo, caso do Minha Casa, Minha Vida.
DENÚNCIAS
Questionada sobre a permanência no atual governo de Edison Lobão no comando do Ministério de Minas e Energia, Dilma afirmou que tomará as "providências cabíveis" apenas após ter acesso às informações oficiais sobre denúncias envolvendo o ministro.
"Eu gostaria muito de ter acesso a essas informações de forma oficial... eu não posso tomar nenhuma providência enquanto eu não tiver todos os dados oficialmente", afirmou, referindo-se às recentes denúncias de um suposto esquema de corrupção na Petrobras.
Reportagem da revista Veja desta semana afirma que o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa teria citado em depoimento à Polícia Federal dezenas de parlamentares da base aliada do governo, três governadores e o ministro Lobão como envolvidos.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
domingo, 31 de agosto de 2014
Marina diz que alteração em programa sobre LGBT é para deixar texto “como acordado”
Marina diz que alteração em programa sobre LGBT é para deixar texto “como acordado”
Por Maria Pia Palermo
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, afirmou neste sábado que as alterações realizadas no seu programa de governo no dia seguinte à divulgação foram feitas pela coordenação da campanha para apresentar o texto que foi acordado.
Um dia depois de apresentar o programa de governo na sede do partido, em São Paulo, o PSB divulgou nota de esclarecimento com novo texto no que se refere ao capítulo LGBT e menção ao programa de energia nuclear.
"Porque o texto que foi publicado não era o texto que havia sido acordado. O que fizemos é apenas retornar ao texto da mediação, da mesma forma que aconteceu com a questão nuclear", justificou Marina.
Na nota da campanha de Marina, a mudança foi justificada por uma “falha processual na editoração”.
Marina negou que o programa tenha sido corrigido. "Não foi uma revisão. Na verdade, nós tivemos dois problemas no programa", disse a jornalistas após caminhada na Rocinha, no Rio de Janeiro.
Segundo Marina, no que se refere ao trecho de energia nuclear, era "uma questão que não havia sido acordada com Eduardo". Marina, que era candidata a vice, assumiu a chapa após a morte de Eduardo Campos em um acidente aéreo no dia 13. A ex-senadora vinha reiterando que o programa que apresentaria já havia sido revisado com Campos e seria respeitado.
"Na parte do LGBT, a parte que foi para redação foi a parte apresentada pelos movimentos sociais" , disse, acrescentando que todos fizeram propostas e foram contempladas todas as propostas. “O que fizemos é apenas retornar ao texto da mediação."
Evangélica, Marina tem sido questionada sobre suas posições em relação ao aborto e ao casamento entre homossexuais, mas voltou a dizer que defende um Estado laico.
"Estado laico é para defender os interesses de todos, de quem crê e de quem não crê, independentemente da cor, orientação sexual ou religião."
A nova versão do programa de governo da candidata do PSB retira a menção ao programa de energia nuclear como um dos que devem ter sua escala aperfeiçoada e aumentada e que são considerados pela candidata como "fundamentais" e "vitais para a sociedade do futuro.
No capítulo sobre lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), a nova versão do programa marineiro tira do texto original o apoio a projetos de lei e emendas à Constituição que "garantem o direito ao casamento civil igualitário na Constituição e no Código Civil".
Em vez disso, a versão, agora considerada a correta pela campanha de Marina, se compromete a "Garantir os direitos oriundos da união civil entre pessoas do mesmo sexo" sem, no entanto, mencionar o apoio à aprovação de leis neste sentido.
Além disso, a nova versão do programa, divulgado na sexta-feira, retira a defesa da aprovação do projeto de lei em tramitação no Congresso que equipara a discriminação por orientação sexual à discriminação por raça e etnia.
O novo texto também deixa de se comprometer com a eliminação de "obstáculos à adoção de crianças por casais homoafetivos" e passa a se comprometer a "adotada, dar tratamento igual aos casais adotantes, com todas as exigências e cuidados iguais para ambas as modalidades de união, homo ou heterossexual".
Por fim, a versão revisada do programa de Marina deixa de se comprometer a "dar efetividade" ao Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos LGBT e passa a falar em "considerar as proposições" do plano na elaboração de políticas para esse segmento da população.
MUITO CHÃO PELA FRENTE
Depois do salto dado nas pesquisas eleitorais nesta semana, Marina foi cautelosa ao comentar uma possível vitória já no dia 4 de outubro e disse que há um longo caminho pela frente.
Marina, que assumiu a candidatura após a morte de Campos, já aparece empatada em primeiro lugar com Dilma Rousseff (PT), derrotando com folga a presidente numa segunda rodada, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira.
Dilma e Marina têm 34 por cento das intenções de voto cada uma no primeiro turno, mais do que o dobro de votos do terceiro colocado, Aécio Neves (PSDB), que aparece com 15 por cento. Num segundo turno, a candidata do PSB venceria com 50 por cento dos votos, contra 40 por cento de Dilma.
"Ainda temos muito chão pela frente, queremos é que esse movimento continue, tenho muita esperança que esse movimento cresça", afirmou a candidata em visita à Rocinha, no Rio de Janeiro.
Marina reafirmou seu discurso de conciliação ao dizer que busca mostrar que é possível unir o Brasil. "Em lugar do embate, o debate; em lugar da separação, a união em torno do Brasil que queremos", disse. E voltou à carga na questão econômica: "Para que nosso país não entre na recessão como começou a entrar, volte a crescer e controle a inflação."
Sobre a estratégia do partido para alcançar uma vitória no primeiro turno, o presidente do PSB, Roberto Amaral, disse que é aumentar a campanha. "Mais rua, mais rua e mais rua", afirmou à Reuters.
Marina fez caminhada pela Rocinha acompanhada do deputado federal Romário (PSB-RJ), que concorre ao Senado, e do presidente do partido. No Rio o PSB é coligado ao PT, mas Marina já havia decidido que não subiria ao palanque do senador Lindbergh Farias, que concorre ao governo do Estado.
(Reportagem adicional de Eduardo Simões)
Por Maria Pia Palermo
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, afirmou neste sábado que as alterações realizadas no seu programa de governo no dia seguinte à divulgação foram feitas pela coordenação da campanha para apresentar o texto que foi acordado.
Um dia depois de apresentar o programa de governo na sede do partido, em São Paulo, o PSB divulgou nota de esclarecimento com novo texto no que se refere ao capítulo LGBT e menção ao programa de energia nuclear.
"Porque o texto que foi publicado não era o texto que havia sido acordado. O que fizemos é apenas retornar ao texto da mediação, da mesma forma que aconteceu com a questão nuclear", justificou Marina.
Na nota da campanha de Marina, a mudança foi justificada por uma “falha processual na editoração”.
Marina negou que o programa tenha sido corrigido. "Não foi uma revisão. Na verdade, nós tivemos dois problemas no programa", disse a jornalistas após caminhada na Rocinha, no Rio de Janeiro.
Segundo Marina, no que se refere ao trecho de energia nuclear, era "uma questão que não havia sido acordada com Eduardo". Marina, que era candidata a vice, assumiu a chapa após a morte de Eduardo Campos em um acidente aéreo no dia 13. A ex-senadora vinha reiterando que o programa que apresentaria já havia sido revisado com Campos e seria respeitado.
"Na parte do LGBT, a parte que foi para redação foi a parte apresentada pelos movimentos sociais" , disse, acrescentando que todos fizeram propostas e foram contempladas todas as propostas. “O que fizemos é apenas retornar ao texto da mediação."
Evangélica, Marina tem sido questionada sobre suas posições em relação ao aborto e ao casamento entre homossexuais, mas voltou a dizer que defende um Estado laico.
"Estado laico é para defender os interesses de todos, de quem crê e de quem não crê, independentemente da cor, orientação sexual ou religião."
A nova versão do programa de governo da candidata do PSB retira a menção ao programa de energia nuclear como um dos que devem ter sua escala aperfeiçoada e aumentada e que são considerados pela candidata como "fundamentais" e "vitais para a sociedade do futuro.
No capítulo sobre lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), a nova versão do programa marineiro tira do texto original o apoio a projetos de lei e emendas à Constituição que "garantem o direito ao casamento civil igualitário na Constituição e no Código Civil".
Em vez disso, a versão, agora considerada a correta pela campanha de Marina, se compromete a "Garantir os direitos oriundos da união civil entre pessoas do mesmo sexo" sem, no entanto, mencionar o apoio à aprovação de leis neste sentido.
Além disso, a nova versão do programa, divulgado na sexta-feira, retira a defesa da aprovação do projeto de lei em tramitação no Congresso que equipara a discriminação por orientação sexual à discriminação por raça e etnia.
O novo texto também deixa de se comprometer com a eliminação de "obstáculos à adoção de crianças por casais homoafetivos" e passa a se comprometer a "adotada, dar tratamento igual aos casais adotantes, com todas as exigências e cuidados iguais para ambas as modalidades de união, homo ou heterossexual".
Por fim, a versão revisada do programa de Marina deixa de se comprometer a "dar efetividade" ao Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos LGBT e passa a falar em "considerar as proposições" do plano na elaboração de políticas para esse segmento da população.
MUITO CHÃO PELA FRENTE
Depois do salto dado nas pesquisas eleitorais nesta semana, Marina foi cautelosa ao comentar uma possível vitória já no dia 4 de outubro e disse que há um longo caminho pela frente.
Marina, que assumiu a candidatura após a morte de Campos, já aparece empatada em primeiro lugar com Dilma Rousseff (PT), derrotando com folga a presidente numa segunda rodada, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira.
Dilma e Marina têm 34 por cento das intenções de voto cada uma no primeiro turno, mais do que o dobro de votos do terceiro colocado, Aécio Neves (PSDB), que aparece com 15 por cento. Num segundo turno, a candidata do PSB venceria com 50 por cento dos votos, contra 40 por cento de Dilma.
"Ainda temos muito chão pela frente, queremos é que esse movimento continue, tenho muita esperança que esse movimento cresça", afirmou a candidata em visita à Rocinha, no Rio de Janeiro.
Marina reafirmou seu discurso de conciliação ao dizer que busca mostrar que é possível unir o Brasil. "Em lugar do embate, o debate; em lugar da separação, a união em torno do Brasil que queremos", disse. E voltou à carga na questão econômica: "Para que nosso país não entre na recessão como começou a entrar, volte a crescer e controle a inflação."
Sobre a estratégia do partido para alcançar uma vitória no primeiro turno, o presidente do PSB, Roberto Amaral, disse que é aumentar a campanha. "Mais rua, mais rua e mais rua", afirmou à Reuters.
Marina fez caminhada pela Rocinha acompanhada do deputado federal Romário (PSB-RJ), que concorre ao Senado, e do presidente do partido. No Rio o PSB é coligado ao PT, mas Marina já havia decidido que não subiria ao palanque do senador Lindbergh Farias, que concorre ao governo do Estado.
(Reportagem adicional de Eduardo Simões)
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
Governo eleva projeção do salário mínimo para 2015 a R$788,06
Governo eleva projeção do salário mínimo para 2015 a R$788,06
Por Luciana Otoni
BRASÍLIA (Reuters) - O governo brasileiro elevou para 788,06 reais a previsão do valor do salário mínimo a vigorar em 2015, 1,1 por cento acima do valor de 779,79 reais projetado anteriormente, após a revisão para cima das premissas que compõem o reajuste.
O novo valor consta no projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) divulgado nesta quinta-feira, na única alteração em relação aos parâmetros macroeconômicos apresentados em abril na proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
O salário mínimo para o próximo ano é 8,8 por cento superior ao valor do mínimo nacional deste ano, de 724 reais. A mudança na comparação com o previsto anteriormente é resultado da revisão para cima do crescimento de 2013 e de estimativa maior para inflação neste ano.
As premissas para correção do salário mínimo são a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior.
No fim de maio, o PIB de 2013 foi revisado de alta de 2,3 para avanço de 2,5 por cento. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, as expectativas para o INPC no fechado de 2014 também subiram sobre o previsto em abril, mas ele não forneceu detalhes sobre a revisão.
O governo manteve a expectativa de crescimento de 3 por cento do PIB no próximo ano, bem acima da mediana das previsões de economistas de instituições financeiras do Boletim Focus, do Banco Central, que estimam expansão de 1,20 por cento.
Questionado sobre essa visão otimista já que 2014 deverá registrar baixo crescimento, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que em 2015 o Brasil não enfrentará problemas decorrentes da seca e que espera uma melhora da economia mundial. "Vai haver mudança fundamental o cenário".
O ministro, no entanto, deixou em aberto a possibilidade de revisão da estimativa. "Provalvemente previsões serão revistas e nossa previsão poderá ser revista também."
Entre os principais parâmetros da proposta da LOA, o superávit primário ajustado foi mantido em 114,7 bilhões de reais, equivalente a 2 por cento do PIB, já considerando o abatimento de 28,7 bilhões de reais em gastos com investimentos, como previsto no projeto da LDO.
Ao fixar a meta fiscal para o próximo ano, os ministérios da Fazenda e do Planejamento projetaram que a dívida líquida setor público ficará em 32,9 por cento do PIB.
A política fiscal do governo da presidente Dilma Rousseff, que tenta a reeleição, foi marcada por ajustes e descumprimento de metas e vem sendo duramente criticada por agentes do mercado.
Para este ano, a meta foi ajustada para 99 bilhões de reais (1,9 por cento do PIB), mas com a arrecadação crescendo menos que o previsto e as altas desonerações, o governo já reconhece internamente que o alvo em 2014 não será atingido.
Sobre inflação, a proposta de orçamento do próximo ano estima o IPCA em 5 por cento, igual à estimativa que consta na proposta de LDO.
Em termos globais, o governo estimou a receita em 1,466 trilhão de reais e fixou a despesa em 1,149 trilhão de reais. Para o próximo ano, as desonerações foram calculadas entre 50 bilhões de reais e 60 bilhões de reais.
INVESTIMENTOS
O governo reduziu a projeção dos investimentos totais para o próximo ano em 1,8 por cento ante a estimativa de abril, para 183,3 bilhões de reais em 2015. Ao comentar a piora, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse ao longo de 2014 foram entregues várias obras, algumas das quais relacionadas à Copa do Mundo, e que a entrega desses empreendimentos é um fator de redução da previsão de investimentos.
Do total previsto, as estatais federais vão responder por 105,7 bilhões de reais, praticamente mesmo montante deste ano, sendo que 83,4 bilhões de reais referem-se a investimentos previstos da Petrobras e 10,7 bilhões de reais da Eletrobras.
Os investimentos diretos do governo serão de 77,6 bilhões de reais, 4,2 por cento menor que os 81 bilhões de reais previstos para este ano. Dentro do previsto para 2015, os empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foram reservados 65 bilhões de reais, incluindo os gastos com o programa Minha Casa, Minha Vida.
Entre as pastas que serão afetadas pelo corte está o Ministério dos Transportes, cujo orçamento para o próximo ano ficará em 15,270 bilhões de reais ante 16,997 bilhões de reais este ano. Em contraposição, o orçamento do Ministério da Saúde teve aumento de 8 bilhões de reais, indo a 91 bilhões de reais em 2015
Por Luciana Otoni
BRASÍLIA (Reuters) - O governo brasileiro elevou para 788,06 reais a previsão do valor do salário mínimo a vigorar em 2015, 1,1 por cento acima do valor de 779,79 reais projetado anteriormente, após a revisão para cima das premissas que compõem o reajuste.
O novo valor consta no projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) divulgado nesta quinta-feira, na única alteração em relação aos parâmetros macroeconômicos apresentados em abril na proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
O salário mínimo para o próximo ano é 8,8 por cento superior ao valor do mínimo nacional deste ano, de 724 reais. A mudança na comparação com o previsto anteriormente é resultado da revisão para cima do crescimento de 2013 e de estimativa maior para inflação neste ano.
As premissas para correção do salário mínimo são a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior.
No fim de maio, o PIB de 2013 foi revisado de alta de 2,3 para avanço de 2,5 por cento. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, as expectativas para o INPC no fechado de 2014 também subiram sobre o previsto em abril, mas ele não forneceu detalhes sobre a revisão.
O governo manteve a expectativa de crescimento de 3 por cento do PIB no próximo ano, bem acima da mediana das previsões de economistas de instituições financeiras do Boletim Focus, do Banco Central, que estimam expansão de 1,20 por cento.
Questionado sobre essa visão otimista já que 2014 deverá registrar baixo crescimento, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que em 2015 o Brasil não enfrentará problemas decorrentes da seca e que espera uma melhora da economia mundial. "Vai haver mudança fundamental o cenário".
O ministro, no entanto, deixou em aberto a possibilidade de revisão da estimativa. "Provalvemente previsões serão revistas e nossa previsão poderá ser revista também."
Entre os principais parâmetros da proposta da LOA, o superávit primário ajustado foi mantido em 114,7 bilhões de reais, equivalente a 2 por cento do PIB, já considerando o abatimento de 28,7 bilhões de reais em gastos com investimentos, como previsto no projeto da LDO.
Ao fixar a meta fiscal para o próximo ano, os ministérios da Fazenda e do Planejamento projetaram que a dívida líquida setor público ficará em 32,9 por cento do PIB.
A política fiscal do governo da presidente Dilma Rousseff, que tenta a reeleição, foi marcada por ajustes e descumprimento de metas e vem sendo duramente criticada por agentes do mercado.
Para este ano, a meta foi ajustada para 99 bilhões de reais (1,9 por cento do PIB), mas com a arrecadação crescendo menos que o previsto e as altas desonerações, o governo já reconhece internamente que o alvo em 2014 não será atingido.
Sobre inflação, a proposta de orçamento do próximo ano estima o IPCA em 5 por cento, igual à estimativa que consta na proposta de LDO.
Em termos globais, o governo estimou a receita em 1,466 trilhão de reais e fixou a despesa em 1,149 trilhão de reais. Para o próximo ano, as desonerações foram calculadas entre 50 bilhões de reais e 60 bilhões de reais.
INVESTIMENTOS
O governo reduziu a projeção dos investimentos totais para o próximo ano em 1,8 por cento ante a estimativa de abril, para 183,3 bilhões de reais em 2015. Ao comentar a piora, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse ao longo de 2014 foram entregues várias obras, algumas das quais relacionadas à Copa do Mundo, e que a entrega desses empreendimentos é um fator de redução da previsão de investimentos.
Do total previsto, as estatais federais vão responder por 105,7 bilhões de reais, praticamente mesmo montante deste ano, sendo que 83,4 bilhões de reais referem-se a investimentos previstos da Petrobras e 10,7 bilhões de reais da Eletrobras.
Os investimentos diretos do governo serão de 77,6 bilhões de reais, 4,2 por cento menor que os 81 bilhões de reais previstos para este ano. Dentro do previsto para 2015, os empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foram reservados 65 bilhões de reais, incluindo os gastos com o programa Minha Casa, Minha Vida.
Entre as pastas que serão afetadas pelo corte está o Ministério dos Transportes, cujo orçamento para o próximo ano ficará em 15,270 bilhões de reais ante 16,997 bilhões de reais este ano. Em contraposição, o orçamento do Ministério da Saúde teve aumento de 8 bilhões de reais, indo a 91 bilhões de reais em 2015
domingo, 24 de agosto de 2014
Homens que marcaram O Século XX: Mao Tsé-Tung
Mao Tsé-Tung
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mao Tsé-Tung; Shaoshan, 26 de dezembro de 1893 - Pequim, 9 de setembro de 1976) foi um político, teórico, líder comunista, ditador e revolucionário chinês. Liderou a Revolução Chinesa e foi o arquiteto e fundador da República Popular da China, governando o país desde a sua criação em 1949 até sua morte em 1976 . Sua contribuição teórica para o marxismo-leninismo, estratégias militares, e suas políticas comunistas são conhecidas coletivamente como maoísmo.
Mao chegou ao poder comandando a Longa Marcha, formando uma frente unida com Kuomintang (KMT) durante a Guerra Sino-Japonesa para repelir uma invasão japonesa, e posteriormente conduzindo o Partido Comunista Chinês até à vitória contra o generalíssimo Chiang Kai-shek do KMT na Guerra Civil Chinesa. Mao restabeleceu o controle central sobre os territórios fraturados da China, com exceção de Taiwan, e com sucesso suprimiu os opositores da nova ordem. Ele promulgou uma reforma agrária radical, usando a violência e o terror para derrubar latifundiários antes de tomar suas grandes propriedades e dividir as terras em comunas populares. O triunfo definitivo do Partido Comunista aconteceu depois de décadas de turbulência na China, que incluiu uma invasão brutal pelo Japão e uma prolongada guerra civil. O Partido Comunista de Mao finalmente atingiu um grau de estabilidade na China, apesar do reinado de Mao ser marcado pela crise de eventos como o Grande Salto em Frente e a Revolução Cultural, e seus esforços para fechar a China ao comércio de mercado, e erradicar a cultura tradicional chinesa, que tem sido amplamente rejeitado pelos seus sucessores .
Mao se intitulava "O Grande Timoneiro" e partidários continuam a sustentar que ele foi responsável por uma série de mudanças positivas que vieram à China durante seu governo de três décadas. Estas incluíram a duplicação da população escolar, proporcionando a habitação universal, abolindo o desemprego e a inflação, aumentando o acesso dos cuidados a saúde, e elevando drasticamente a expectativa de vida. O seu Partido Comunista ainda domina na China continental, detém o controle dos meios de comunicação e da educação e oficialmente celebra o seu legado. Como resultado desses fatores, Mao ainda possui alta consideração por muitos chineses como um grande estrategista político, mentor militar e "salvador da nação". Os maoístas também divulgam seu papel como um teórico, estadista, poeta e visionário,6 e os anti-revisionistas continuam a defender a maioria de suas políticas1 . Em 1950, ele enviou o Exército de Libertação Popular para o Tibete para impor a reivindicação da China na região do Himalaia; esmagou uma revolta ali em 1959; e em 1962, Mao lançou a Guerra sino-indiana. Na política externa, Mao apoiou "revolução mundial" e, inicialmente, procurou alinhar a China com a União Soviética de Josef Stalin, o envio de forças para a Guerra da Coreia e a Primeira Guerra da Indochina, bem como auxiliando movimentos comunistas na Birmânia, Camboja, e em outros países. A China e União Soviética divergiram após a morte de Stalin, e pouco antes da morte de Mao, a China começou sua abertura comercial com o Ocidente.
Mao continua sendo uma figura controversa na atualidade, com um legado importante e igualmente contestado e constante. Muitos chineses acreditam também que, através de suas políticas, ele lançou os fundamentos econômicos, tecnológicos e culturais da China moderna, transformando o país de uma ultrapassada sociedade agrária em uma grande potência mundial. Além disso, Mao é visto por muitos como um poeta, filósofo e visionário. Como conseqüência, seu retrato continua a ser caracterizado na Praça Tiananmen e em todos as notas Renminbi.
Inversamente, no Ocidente, Mao é acusado de com seus programas sociais e políticos, como o Grande Salto Adiante e a Revolução Cultural, causar grave fome e danos a cultura, sociedade e economia da China. Embora Mao tenha incentivado o crescimento populacional e a população chinesa quase tenha duplicado durante o período de sua liderança (de cerca de 550 a mais de 900 milhões), suas políticas e os expurgos políticos de seu governo entre 1949 a 1975, provocaram a morte de 50 a 70 milhões de pessoas. A fome severa durante a Grande Fome Chinesa, o suicídio em massa, como resultado das Campanhas Três-Anti e Cinco-Anti, e perseguição política durante a Campanha Antidireitista, expurgos e sessões de luta, todos resultaram destes programas. Suas campanhas e suas variadas consequências catastróficas são posteriormente culpadas por danificar a cultura chinesa e a sociedade, como as relíquias históricas que foram destruídas e os locais religiosos que foram saqueados. Apesar dos objetivos declarados de Mao de combater a burocracia, incentivar a participação popular e sublinhar na China a auto-confiança serem geralmente vistos como louváveis e a rápida industrialização, que começou durante o reinado de Mao, é reconhecida por estabelecer bases para o desenvolvimento da China no final do século XX, os duros métodos que ele usou para persegui-los, incluindo tortura e execuções, têm sido amplamente repreendidos como sendo cruéis e auto-destrutivos. Desde que Deng Xiaoping assumiu o poder em 1978, muitas políticas maoístas foram abandonadas em favor de reformas econômicas.
Mao é visto como uma das figuras mais influentes na história do mundo moderno, e foi nomeado pela revista Time como uma dos cem personalidades mais influentes do século XX.
Mao Tsé-Tung nasceu na aldeia de Shaoshan, província de Hunan, China, filho de camponeses, freqüentou a escola até os 13 anos de idade, quando foi trabalhar como lavrador. Por conflitos com seu pai, saiu de casa para estudar em Changsha, capital da província15 .
Conheceu as ideias políticas ocidentais e especialmente as do líder nacionalista Sun Yat Sen.
Em 1911, no mês de outubro iniciou-se a Revolução de Xinhai contra a dinastia Manchu que dominava o país. As lutas estenderam-se até Hunan. Mao Tsé-Tung alistou-se como soldado no exército revolucionário até o início da república chinesa em 1912.
De 1913 a 1918 estudou na Escola Normal de Hunan, aprendeu filosofia; história e literatura chinesa. Continuou estudando e assimilando o pensamento ocidental e política. Tornou-se líder estudantil com participação em várias associações, mudou-se para Pequim em 1919, onde iniciou seus estudos universitários em Filosofia e Pedagogia, trabalhou na Biblioteca Universitária, conheceu Chen Tu Hsiu e Li Ta Chao fundadores do Partido Comunista Chinês .
Participou do Movimento Quatro de Maio contra a entrega ao império do Japão de regiões chinesas que até então tinham estado sob domínio alemão. Em função deste acontecimento, aderiu ao marxismo-leninismo. Em 1921, Mao Tsé-Tung participou na fundação do Partido Comunista Chinês. Nos primeiros anos à frente do partido, insistiu, contra a linha pró-soviética dos seus aliados, no potencial revolucionário dos camponeses (Inquérito sobre o Movimento Camponês em Hunan, 1927) .
Guerra
Em 1927, Chiang Kai Shek assumiu o poder e virou-se contra os comunistas. Após a ruptura com o Kuomintang, Mao Tsé-Tung organizou um movimento revolucionário em Hunan e Jiangxi, fundando, em 1931, um soviete que se defendeu dos ataques dos aliados, adaptando tácticas de guerrilha.
Em Outubro de 1934, Mao Tsé-Tung e seu exército rompem o cerco das tropas do Kuomintang e seguem para o noroeste do país, iniciando a Grande Marcha (1934-1935) até Yanan, na província de Saanxi, transformada em nova região sob controle comunista. Essa ação espetacular reafirmou sua independência do Kuomintang e tornou Mao uma personalidade dominante do Partido Comunista Chinês.
Em 7 de julho de 1937, os japoneses invadem a China após o Incidente Lugouqiao (Incidente da Ponte de Marco Polo), o que demarca o início da II Guerra Mundial na Ásia. De 1936 a 1940, Mao Tsé-Tung fez oposição à tese dos comunistas pró-soviéticos, e conseguiu impôr o seu ponto de vista, afastando do partido os seus oponentes.
Em 1945, Mao Tsé-Tung foi confirmado oficialmente como chefe do partido, sendo nomeado presidente do Comitê Central.
Após a invasão japonesa, e no término da guerra o exército revolucionário tinha em torno de um milhão de soldados; os comunistas controlavam politicamente noventa milhões de chineses.
Após o ataque japonês à China (1937), o Partido Comunista Chinês e o Kuomintang se aliam novamente, mas com o fim da guerra, estourou, em 1946, uma guerra civil entre comunistas e nacionalistas que durou até 1949 quando o Kuomintang é finalmente derrotado.
Liderança da China
Mao Tse-tung proclamando a fundação da República Popular da China em 1 de outubro de 1949 em Pequim.
Em 1 de Outubro de 1949, proclama na Praça Tiananmen, em Pequim, a República Popular da China; em Dezembro foi proclamado presidente da república .
Em 1954, após a promulgação da nova Constituição, Mao Tsé-Tung é reconduzido à presidência da República.
Após a consolidação do poder comunista, contrariando a linha soviética, Mao Tsé-Tung manteve-se fiel à ideia do desenvolvimento da luta de classes, tentando em vão, entre 1956 e 1957, na chamada Campanha das Cem Flores, dar-lhe novo impulso, através da liberdade de expressão16 , o que acabou em perseguição àqueles que criticaram o regime durante o breve período em que foram instados a fazê-lo.
Entre 1957 e 1958, iniciou uma política de desenvolvimento chamada de Grande Salto, baseado na industrialização associada à coletivização agrária. O "Grande Salto" traduziu-se num desastre econômico que mergulhou a China numa epidemia de fome que vitimou milhões de chineses. Em virtude disso Mao Tsé-Tung foi destituído de alguns cargos e, em 1959, Liu Shaoqi assumiu a chefia do Estado16 . Apesar disso, Mao Tsé-Tung continuou influente, como ficou claro na ruptura com a União Soviética, devido a profundas diferenças nas políticas interna e externa1 . O prestígio internacional de Mao Tsé-Tung não foi afetado, tornando-se, após a morte de Stálin, em 1953, a personalidade mais influente do comunismo internacional .
Muitos dos programas sociais de Mao são indicados por críticos, tanto internos quanto externos à China, como causadores de danos severos à cultura, sociedade, economia e relações exteriores da China, como também pela morte de 42 a 70 milhões de pessoas.
A Revolução Cultural
A polêmica Revolução Cultural (1966-1969), empreendida por Mao Tsé-Tung com o apoio de sua esposa, Jiang Qing, destituiu os quadros do Partido Comunista Chinês, que queriam uma linha política e econômica mais moderada. Em 1968, Mao Tsé-tung destituiu Liu Shaoqi e, em 1971, tirou do poder seu sucessor, Lin Biao. Foram criados os guardas vermelhos, que se fundamentavam no chamado Livro Vermelho, que continha citações de Mao .
Mais tarde, apoiou a política de Zhou Enlai, consolidando o crescimento econômico e ultrapassando o isolamento da China. Em 1972, recebeu o presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, em Pequim. Nos últimos anos de vida, com a saúde seriamente afetada, caiu sob a influência da facção radical do partido (Bando dos Quatro), organizada em torno de Jiang Qing . Apesar da desmaoização iniciada após sua morte, Mao Tsé-Tung teve especial aceitação nos países do Terceiro Mundo como teórico da guerra popular revolucionária.
Vida pessoal
A primeira experiência sexual de Mao ocorreu ainda na adolescência, no vilarejo de Shaoshan, na província de Huan. Teve um romance juvenil com uma garota de doze anos. Em seus últimos anos, Mao gostava de relembrar essa iniciação e, em 1962, até providenciou para encontrar de novo a mulher com quem havia perdido a virgindade. Ela envelhecera, seus cabelos haviam branqueado. Mao lhe deu 2 mil iuanes e, depois que a idosa senhora se foi, comentou com melancolia: "Como está mudada!"
Mao casou-se pela primeira vez em 1908, aos 15 anos de idade, com uma mulher seis anos mais velha. Ela morreu em 1910, de causas desconhecidas.
Em 1921 Mao casou-se pela segunda vez, com Yang Kai-hui, que lhe deu dois filhos. Nenhum deles teve um final feliz: em 1930, Yang foi executada por partidários de Chiang Kai-shek. Os dois meninos escaparam para Xangai, onde tiveram que cuidar da própria sobrevivência pelas ruas. O mais novo, Anqing, desenvolveu uma doença mental que foi atribuída às pancadas que levou da policia de Xangai, quando o prenderam por vadiagem. O mais velho, Anying, foi morto num ataque aéreo norte-americano durante a Guerra da Coreia.
Mao casou-se com Ho Tzu-chen logo após a morte de Yang, que lhe deu ao todo seis filhos. Apenas uma menina, Lin Min, sobreviveu. Mao divorciou-se de Ho em 1939, para casar-se com Chiang Ch'ing.
Em 1953, quando Mao completou 60 anos, ficou estéril. À medida que envelhecia, preferia mulheres cada vez mais jovens. Frequentemente dormia com três, quatro ou cinco jovens e incentivava as amantes a apresentá-lo a outras mulheres. Como resultado dessa intensa promiscuidade, em 1967 contraiu herpes genital.
A intensa actividade sexual de Mao fez-lhe contrair também tricomoníase, doença assintomática no homem mas desconfortável para a mulher. Muitas de suas concubinas se orgulhavam de ter a doença como prova de intimidade com o líder da revolução, contudo, com certeza, sofriam com a situação. Calculam-se em centenas as infectadas com a tricomoníase entre as cerca de 3 mil mulheres com as quais ele se relacionou.
Segundo o livro A Vida Privada do Camarada Mao (tradução de Gabriel Zide Neto; Civilização Brasileira; 842 páginas), escrito por Li Zhisui, médico pessoal de Mao de 1954 até sua morte, em 1976, ele teve várias concubinas. Mao acreditava que fazer sexo prolongava a vida e não escovava os dentes, alegando que o tigre não precisa escová-los. Também não gostava de tomar banho e devido à sua falta de higiene com os dentes, acabou por perdê-los todos na velhice.
Encontra-se sepultado no Mausoléu de Mao Tsé-Tung, em Pequim, na China.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mao Tsé-Tung; Shaoshan, 26 de dezembro de 1893 - Pequim, 9 de setembro de 1976) foi um político, teórico, líder comunista, ditador e revolucionário chinês. Liderou a Revolução Chinesa e foi o arquiteto e fundador da República Popular da China, governando o país desde a sua criação em 1949 até sua morte em 1976 . Sua contribuição teórica para o marxismo-leninismo, estratégias militares, e suas políticas comunistas são conhecidas coletivamente como maoísmo.
Mao chegou ao poder comandando a Longa Marcha, formando uma frente unida com Kuomintang (KMT) durante a Guerra Sino-Japonesa para repelir uma invasão japonesa, e posteriormente conduzindo o Partido Comunista Chinês até à vitória contra o generalíssimo Chiang Kai-shek do KMT na Guerra Civil Chinesa. Mao restabeleceu o controle central sobre os territórios fraturados da China, com exceção de Taiwan, e com sucesso suprimiu os opositores da nova ordem. Ele promulgou uma reforma agrária radical, usando a violência e o terror para derrubar latifundiários antes de tomar suas grandes propriedades e dividir as terras em comunas populares. O triunfo definitivo do Partido Comunista aconteceu depois de décadas de turbulência na China, que incluiu uma invasão brutal pelo Japão e uma prolongada guerra civil. O Partido Comunista de Mao finalmente atingiu um grau de estabilidade na China, apesar do reinado de Mao ser marcado pela crise de eventos como o Grande Salto em Frente e a Revolução Cultural, e seus esforços para fechar a China ao comércio de mercado, e erradicar a cultura tradicional chinesa, que tem sido amplamente rejeitado pelos seus sucessores .
Mao se intitulava "O Grande Timoneiro" e partidários continuam a sustentar que ele foi responsável por uma série de mudanças positivas que vieram à China durante seu governo de três décadas. Estas incluíram a duplicação da população escolar, proporcionando a habitação universal, abolindo o desemprego e a inflação, aumentando o acesso dos cuidados a saúde, e elevando drasticamente a expectativa de vida. O seu Partido Comunista ainda domina na China continental, detém o controle dos meios de comunicação e da educação e oficialmente celebra o seu legado. Como resultado desses fatores, Mao ainda possui alta consideração por muitos chineses como um grande estrategista político, mentor militar e "salvador da nação". Os maoístas também divulgam seu papel como um teórico, estadista, poeta e visionário,6 e os anti-revisionistas continuam a defender a maioria de suas políticas1 . Em 1950, ele enviou o Exército de Libertação Popular para o Tibete para impor a reivindicação da China na região do Himalaia; esmagou uma revolta ali em 1959; e em 1962, Mao lançou a Guerra sino-indiana. Na política externa, Mao apoiou "revolução mundial" e, inicialmente, procurou alinhar a China com a União Soviética de Josef Stalin, o envio de forças para a Guerra da Coreia e a Primeira Guerra da Indochina, bem como auxiliando movimentos comunistas na Birmânia, Camboja, e em outros países. A China e União Soviética divergiram após a morte de Stalin, e pouco antes da morte de Mao, a China começou sua abertura comercial com o Ocidente.
Mao continua sendo uma figura controversa na atualidade, com um legado importante e igualmente contestado e constante. Muitos chineses acreditam também que, através de suas políticas, ele lançou os fundamentos econômicos, tecnológicos e culturais da China moderna, transformando o país de uma ultrapassada sociedade agrária em uma grande potência mundial. Além disso, Mao é visto por muitos como um poeta, filósofo e visionário. Como conseqüência, seu retrato continua a ser caracterizado na Praça Tiananmen e em todos as notas Renminbi.
Inversamente, no Ocidente, Mao é acusado de com seus programas sociais e políticos, como o Grande Salto Adiante e a Revolução Cultural, causar grave fome e danos a cultura, sociedade e economia da China. Embora Mao tenha incentivado o crescimento populacional e a população chinesa quase tenha duplicado durante o período de sua liderança (de cerca de 550 a mais de 900 milhões), suas políticas e os expurgos políticos de seu governo entre 1949 a 1975, provocaram a morte de 50 a 70 milhões de pessoas. A fome severa durante a Grande Fome Chinesa, o suicídio em massa, como resultado das Campanhas Três-Anti e Cinco-Anti, e perseguição política durante a Campanha Antidireitista, expurgos e sessões de luta, todos resultaram destes programas. Suas campanhas e suas variadas consequências catastróficas são posteriormente culpadas por danificar a cultura chinesa e a sociedade, como as relíquias históricas que foram destruídas e os locais religiosos que foram saqueados. Apesar dos objetivos declarados de Mao de combater a burocracia, incentivar a participação popular e sublinhar na China a auto-confiança serem geralmente vistos como louváveis e a rápida industrialização, que começou durante o reinado de Mao, é reconhecida por estabelecer bases para o desenvolvimento da China no final do século XX, os duros métodos que ele usou para persegui-los, incluindo tortura e execuções, têm sido amplamente repreendidos como sendo cruéis e auto-destrutivos. Desde que Deng Xiaoping assumiu o poder em 1978, muitas políticas maoístas foram abandonadas em favor de reformas econômicas.
Mao é visto como uma das figuras mais influentes na história do mundo moderno, e foi nomeado pela revista Time como uma dos cem personalidades mais influentes do século XX.
Mao Tsé-Tung nasceu na aldeia de Shaoshan, província de Hunan, China, filho de camponeses, freqüentou a escola até os 13 anos de idade, quando foi trabalhar como lavrador. Por conflitos com seu pai, saiu de casa para estudar em Changsha, capital da província15 .
Conheceu as ideias políticas ocidentais e especialmente as do líder nacionalista Sun Yat Sen.
Em 1911, no mês de outubro iniciou-se a Revolução de Xinhai contra a dinastia Manchu que dominava o país. As lutas estenderam-se até Hunan. Mao Tsé-Tung alistou-se como soldado no exército revolucionário até o início da república chinesa em 1912.
De 1913 a 1918 estudou na Escola Normal de Hunan, aprendeu filosofia; história e literatura chinesa. Continuou estudando e assimilando o pensamento ocidental e política. Tornou-se líder estudantil com participação em várias associações, mudou-se para Pequim em 1919, onde iniciou seus estudos universitários em Filosofia e Pedagogia, trabalhou na Biblioteca Universitária, conheceu Chen Tu Hsiu e Li Ta Chao fundadores do Partido Comunista Chinês .
Participou do Movimento Quatro de Maio contra a entrega ao império do Japão de regiões chinesas que até então tinham estado sob domínio alemão. Em função deste acontecimento, aderiu ao marxismo-leninismo. Em 1921, Mao Tsé-Tung participou na fundação do Partido Comunista Chinês. Nos primeiros anos à frente do partido, insistiu, contra a linha pró-soviética dos seus aliados, no potencial revolucionário dos camponeses (Inquérito sobre o Movimento Camponês em Hunan, 1927) .
Guerra
Em 1927, Chiang Kai Shek assumiu o poder e virou-se contra os comunistas. Após a ruptura com o Kuomintang, Mao Tsé-Tung organizou um movimento revolucionário em Hunan e Jiangxi, fundando, em 1931, um soviete que se defendeu dos ataques dos aliados, adaptando tácticas de guerrilha.
Em Outubro de 1934, Mao Tsé-Tung e seu exército rompem o cerco das tropas do Kuomintang e seguem para o noroeste do país, iniciando a Grande Marcha (1934-1935) até Yanan, na província de Saanxi, transformada em nova região sob controle comunista. Essa ação espetacular reafirmou sua independência do Kuomintang e tornou Mao uma personalidade dominante do Partido Comunista Chinês.
Em 7 de julho de 1937, os japoneses invadem a China após o Incidente Lugouqiao (Incidente da Ponte de Marco Polo), o que demarca o início da II Guerra Mundial na Ásia. De 1936 a 1940, Mao Tsé-Tung fez oposição à tese dos comunistas pró-soviéticos, e conseguiu impôr o seu ponto de vista, afastando do partido os seus oponentes.
Em 1945, Mao Tsé-Tung foi confirmado oficialmente como chefe do partido, sendo nomeado presidente do Comitê Central.
Após a invasão japonesa, e no término da guerra o exército revolucionário tinha em torno de um milhão de soldados; os comunistas controlavam politicamente noventa milhões de chineses.
Após o ataque japonês à China (1937), o Partido Comunista Chinês e o Kuomintang se aliam novamente, mas com o fim da guerra, estourou, em 1946, uma guerra civil entre comunistas e nacionalistas que durou até 1949 quando o Kuomintang é finalmente derrotado.
Liderança da China
Mao Tse-tung proclamando a fundação da República Popular da China em 1 de outubro de 1949 em Pequim.
Em 1 de Outubro de 1949, proclama na Praça Tiananmen, em Pequim, a República Popular da China; em Dezembro foi proclamado presidente da república .
Em 1954, após a promulgação da nova Constituição, Mao Tsé-Tung é reconduzido à presidência da República.
Após a consolidação do poder comunista, contrariando a linha soviética, Mao Tsé-Tung manteve-se fiel à ideia do desenvolvimento da luta de classes, tentando em vão, entre 1956 e 1957, na chamada Campanha das Cem Flores, dar-lhe novo impulso, através da liberdade de expressão16 , o que acabou em perseguição àqueles que criticaram o regime durante o breve período em que foram instados a fazê-lo.
Entre 1957 e 1958, iniciou uma política de desenvolvimento chamada de Grande Salto, baseado na industrialização associada à coletivização agrária. O "Grande Salto" traduziu-se num desastre econômico que mergulhou a China numa epidemia de fome que vitimou milhões de chineses. Em virtude disso Mao Tsé-Tung foi destituído de alguns cargos e, em 1959, Liu Shaoqi assumiu a chefia do Estado16 . Apesar disso, Mao Tsé-Tung continuou influente, como ficou claro na ruptura com a União Soviética, devido a profundas diferenças nas políticas interna e externa1 . O prestígio internacional de Mao Tsé-Tung não foi afetado, tornando-se, após a morte de Stálin, em 1953, a personalidade mais influente do comunismo internacional .
Muitos dos programas sociais de Mao são indicados por críticos, tanto internos quanto externos à China, como causadores de danos severos à cultura, sociedade, economia e relações exteriores da China, como também pela morte de 42 a 70 milhões de pessoas.
A Revolução Cultural
A polêmica Revolução Cultural (1966-1969), empreendida por Mao Tsé-Tung com o apoio de sua esposa, Jiang Qing, destituiu os quadros do Partido Comunista Chinês, que queriam uma linha política e econômica mais moderada. Em 1968, Mao Tsé-tung destituiu Liu Shaoqi e, em 1971, tirou do poder seu sucessor, Lin Biao. Foram criados os guardas vermelhos, que se fundamentavam no chamado Livro Vermelho, que continha citações de Mao .
Mais tarde, apoiou a política de Zhou Enlai, consolidando o crescimento econômico e ultrapassando o isolamento da China. Em 1972, recebeu o presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, em Pequim. Nos últimos anos de vida, com a saúde seriamente afetada, caiu sob a influência da facção radical do partido (Bando dos Quatro), organizada em torno de Jiang Qing . Apesar da desmaoização iniciada após sua morte, Mao Tsé-Tung teve especial aceitação nos países do Terceiro Mundo como teórico da guerra popular revolucionária.
Vida pessoal
A primeira experiência sexual de Mao ocorreu ainda na adolescência, no vilarejo de Shaoshan, na província de Huan. Teve um romance juvenil com uma garota de doze anos. Em seus últimos anos, Mao gostava de relembrar essa iniciação e, em 1962, até providenciou para encontrar de novo a mulher com quem havia perdido a virgindade. Ela envelhecera, seus cabelos haviam branqueado. Mao lhe deu 2 mil iuanes e, depois que a idosa senhora se foi, comentou com melancolia: "Como está mudada!"
Mao casou-se pela primeira vez em 1908, aos 15 anos de idade, com uma mulher seis anos mais velha. Ela morreu em 1910, de causas desconhecidas.
Em 1921 Mao casou-se pela segunda vez, com Yang Kai-hui, que lhe deu dois filhos. Nenhum deles teve um final feliz: em 1930, Yang foi executada por partidários de Chiang Kai-shek. Os dois meninos escaparam para Xangai, onde tiveram que cuidar da própria sobrevivência pelas ruas. O mais novo, Anqing, desenvolveu uma doença mental que foi atribuída às pancadas que levou da policia de Xangai, quando o prenderam por vadiagem. O mais velho, Anying, foi morto num ataque aéreo norte-americano durante a Guerra da Coreia.
Mao casou-se com Ho Tzu-chen logo após a morte de Yang, que lhe deu ao todo seis filhos. Apenas uma menina, Lin Min, sobreviveu. Mao divorciou-se de Ho em 1939, para casar-se com Chiang Ch'ing.
Em 1953, quando Mao completou 60 anos, ficou estéril. À medida que envelhecia, preferia mulheres cada vez mais jovens. Frequentemente dormia com três, quatro ou cinco jovens e incentivava as amantes a apresentá-lo a outras mulheres. Como resultado dessa intensa promiscuidade, em 1967 contraiu herpes genital.
A intensa actividade sexual de Mao fez-lhe contrair também tricomoníase, doença assintomática no homem mas desconfortável para a mulher. Muitas de suas concubinas se orgulhavam de ter a doença como prova de intimidade com o líder da revolução, contudo, com certeza, sofriam com a situação. Calculam-se em centenas as infectadas com a tricomoníase entre as cerca de 3 mil mulheres com as quais ele se relacionou.
Segundo o livro A Vida Privada do Camarada Mao (tradução de Gabriel Zide Neto; Civilização Brasileira; 842 páginas), escrito por Li Zhisui, médico pessoal de Mao de 1954 até sua morte, em 1976, ele teve várias concubinas. Mao acreditava que fazer sexo prolongava a vida e não escovava os dentes, alegando que o tigre não precisa escová-los. Também não gostava de tomar banho e devido à sua falta de higiene com os dentes, acabou por perdê-los todos na velhice.
Encontra-se sepultado no Mausoléu de Mao Tsé-Tung, em Pequim, na China.
Vizinho do Palácio do Catete lembra morte de Getúlio: não podíamos entrar na rua
Vizinho do Palácio do Catete lembra morte de Getúlio: não podíamos entrar na rua
Gustavo Maia
Do UOL, no Rio 24/08/2014
Ao passar pelo portão da pequena vila de casas onde mora desde a adolescência, o economista aposentado mineiro João Bouhid, 86, se depara com o Palácio do Catete, ex-sede do governo federal, na zona sul do Rio de Janeiro. Daquele lugar, há exatas seis décadas, ele presenciou a comoção popular gerada pelo suicídio do presidente Getúlio Vargas, na manhã do dia 24 de agosto de 1954.
"A notícia da morte dele foi uma catástrofe, uma verdadeira calamidade. O povo se aglomerou ao redor do palácio. A tristeza foi muito grande porque ele era muito querido", recorda. "Todo mundo sentiu um abalo tremendo."
A presença de uma multidão nas ruas que cercam o prédio histórico, hoje sede do Museu da República, quase impediu que João conseguisse entrar na própria casa. "O povo cercou o palácio de tal maneira no dia da morte e no dia seguinte que o Exército teve que interditar a área e nós [moradores] não podíamos entrar na nossa rua, a Silveira Martins. Foi um sacrifício para convencer um policial a me acompanhar até minha casa", conta o aposentado.
A notícia da morte de Getúlio, que disparou um tiro contra o próprio coração, dentro de seu aposento, no terceiro andar do palácio, pegou o país de surpresa e alterou a rotina de toda a população do Rio de Janeiro. Na manhã daquele dia, o estofador aposentado Paulo Senatore, 70, à época um estudante de dez anos de idade, estava dentro de uma sala de aula, na Escola Municipal Deodoro, na Glória, quando a diretora da instituição entrou acompanhada de um policial.
"A diretora anunciou que o presidente havia falecido –não falou em suicídio-- e informou que, por precaução, o policial iria nos escoltar para casa. Eu vi aquele rebuliço na rua, muitos policiais até entrincheirados. Eu, como criança, não entendia direito, mas senti o clima de tristeza", relata Paulo, "nascido e criado no Catete".
Na imagem, à esquerda, vê-se o título eleitoral de Getúlio Vargas que governou o Brasil de 1930 a 1945 e voltou ao poder de 1951 a 1954. Embora deposto, não sofreu punições. Nem sequer a cassação dos direitos políticos. Assim, foi eleito senador por dois Estados, como facultava a legislação, antes de se candidatar de novo à presidência Leia mais Reprodução
"Depois, no velório, formaram filas quilométricas para ver o corpo dele. Eu não pude entrar porque era menor de idade, mas foi até bom porque naquela época eu tinha um medo danado de defunto", conta o vizinho do Palácio. Segundo Paulo, o clima de pesar se instalou em todo o bairro e dentro de casa. "Meu pai era apaixonado pelo Getúlio, era fã número um. Ele ficou consternado."
Morador do Catete há 48 anos, o bancário aposentado Hélio Reis, 81, vivia com os pais em uma casa no bairro da Saúde, Centro do Rio, quando soube que Getúlio havia saído "da vida para entrar para a História". "Foi a maior comoção que eu já presenciei em toda minha vida", declara.
Biografia Getúlio Vargas
Laércio/Folhapress
Conheça a história de Getúlio Vargas
O presidente suicidou-se em meio à crise política, com um tiro no peito, na madrugada de 24 de agosto de 1954, dentro do Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, deixando uma carta-testamento em que apontava os inimigos da nação como responsáveis por seu suicídio.
Foto: Laércio/Folhapress
"Eu soube da notícia pela voz de Heron Domingues [locutor do Repórter Esso], na Rádio Nacional, e saí de casa para assistir a saída do corpo dele do palácio. O caixão saiu por aqui", relata, apontando para uma das portas do prédio, "e foi carregado pelo povo, todo mundo chorando". Da capital fluminense, o corpo de Getúlio seguiu para sua cidade natal, São Borja, no Rio de Grande do Sul, onde foi enterrado.
Em vida, a presença de Getúlio no Catete conferia prestígio ao bairro, segundo os moradores. João Bouhid se lembra de ter presenciado diversos discursos que o presidente tinha o hábito de fazer da sacada do palácio, voltada para a rua do Catete. "Eu ia pegar o bonde e via ele falando com o povo da sacada", conta.
Depois de 60 anos, a natureza da morte de Vargas ainda levanta questionamentos. "Até hoje duvido desse suicídio, porque eu nunca tive comprovação nenhuma de que ele realmente tivesse se matado. Honestamente eu não acredito que tenha sido suicídio, porque ele era muito tranquilo, muito calmo", afirma João.
E mesmo passadas seis décadas, a mera lembrança daquele dia 24 de agosto parece ainda perturbar quem testemunhou de perto o clamor popular em torno do Palácio do Catete. "Esquece disso, rapaz. Eu morava e ainda moro aqui do lado e não gosto de lembrar disso", diz um senhor de escassos cabelos brancos ao ser informado do motivo da reportagem. "Vocês têm é que procurar um novo Getúlio. Igual a ele, nunca mais teve".
Getúlio Vargas e a República Nova
Na história do Brasil, a República Nova é bem anterior à Nova República. O período registrou choques violentos entre grupos políticos. Também foi uma época de conquistas sociais, como o voto secreto e as leis trabalhistas
http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2014
Gustavo Maia
Do UOL, no Rio 24/08/2014
Ao passar pelo portão da pequena vila de casas onde mora desde a adolescência, o economista aposentado mineiro João Bouhid, 86, se depara com o Palácio do Catete, ex-sede do governo federal, na zona sul do Rio de Janeiro. Daquele lugar, há exatas seis décadas, ele presenciou a comoção popular gerada pelo suicídio do presidente Getúlio Vargas, na manhã do dia 24 de agosto de 1954.
"A notícia da morte dele foi uma catástrofe, uma verdadeira calamidade. O povo se aglomerou ao redor do palácio. A tristeza foi muito grande porque ele era muito querido", recorda. "Todo mundo sentiu um abalo tremendo."
A presença de uma multidão nas ruas que cercam o prédio histórico, hoje sede do Museu da República, quase impediu que João conseguisse entrar na própria casa. "O povo cercou o palácio de tal maneira no dia da morte e no dia seguinte que o Exército teve que interditar a área e nós [moradores] não podíamos entrar na nossa rua, a Silveira Martins. Foi um sacrifício para convencer um policial a me acompanhar até minha casa", conta o aposentado.
A notícia da morte de Getúlio, que disparou um tiro contra o próprio coração, dentro de seu aposento, no terceiro andar do palácio, pegou o país de surpresa e alterou a rotina de toda a população do Rio de Janeiro. Na manhã daquele dia, o estofador aposentado Paulo Senatore, 70, à época um estudante de dez anos de idade, estava dentro de uma sala de aula, na Escola Municipal Deodoro, na Glória, quando a diretora da instituição entrou acompanhada de um policial.
"A diretora anunciou que o presidente havia falecido –não falou em suicídio-- e informou que, por precaução, o policial iria nos escoltar para casa. Eu vi aquele rebuliço na rua, muitos policiais até entrincheirados. Eu, como criança, não entendia direito, mas senti o clima de tristeza", relata Paulo, "nascido e criado no Catete".
Na imagem, à esquerda, vê-se o título eleitoral de Getúlio Vargas que governou o Brasil de 1930 a 1945 e voltou ao poder de 1951 a 1954. Embora deposto, não sofreu punições. Nem sequer a cassação dos direitos políticos. Assim, foi eleito senador por dois Estados, como facultava a legislação, antes de se candidatar de novo à presidência Leia mais Reprodução
"Depois, no velório, formaram filas quilométricas para ver o corpo dele. Eu não pude entrar porque era menor de idade, mas foi até bom porque naquela época eu tinha um medo danado de defunto", conta o vizinho do Palácio. Segundo Paulo, o clima de pesar se instalou em todo o bairro e dentro de casa. "Meu pai era apaixonado pelo Getúlio, era fã número um. Ele ficou consternado."
Morador do Catete há 48 anos, o bancário aposentado Hélio Reis, 81, vivia com os pais em uma casa no bairro da Saúde, Centro do Rio, quando soube que Getúlio havia saído "da vida para entrar para a História". "Foi a maior comoção que eu já presenciei em toda minha vida", declara.
Biografia Getúlio Vargas
Laércio/Folhapress
Conheça a história de Getúlio Vargas
O presidente suicidou-se em meio à crise política, com um tiro no peito, na madrugada de 24 de agosto de 1954, dentro do Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, deixando uma carta-testamento em que apontava os inimigos da nação como responsáveis por seu suicídio.
Foto: Laércio/Folhapress
"Eu soube da notícia pela voz de Heron Domingues [locutor do Repórter Esso], na Rádio Nacional, e saí de casa para assistir a saída do corpo dele do palácio. O caixão saiu por aqui", relata, apontando para uma das portas do prédio, "e foi carregado pelo povo, todo mundo chorando". Da capital fluminense, o corpo de Getúlio seguiu para sua cidade natal, São Borja, no Rio de Grande do Sul, onde foi enterrado.
Em vida, a presença de Getúlio no Catete conferia prestígio ao bairro, segundo os moradores. João Bouhid se lembra de ter presenciado diversos discursos que o presidente tinha o hábito de fazer da sacada do palácio, voltada para a rua do Catete. "Eu ia pegar o bonde e via ele falando com o povo da sacada", conta.
Depois de 60 anos, a natureza da morte de Vargas ainda levanta questionamentos. "Até hoje duvido desse suicídio, porque eu nunca tive comprovação nenhuma de que ele realmente tivesse se matado. Honestamente eu não acredito que tenha sido suicídio, porque ele era muito tranquilo, muito calmo", afirma João.
E mesmo passadas seis décadas, a mera lembrança daquele dia 24 de agosto parece ainda perturbar quem testemunhou de perto o clamor popular em torno do Palácio do Catete. "Esquece disso, rapaz. Eu morava e ainda moro aqui do lado e não gosto de lembrar disso", diz um senhor de escassos cabelos brancos ao ser informado do motivo da reportagem. "Vocês têm é que procurar um novo Getúlio. Igual a ele, nunca mais teve".
Getúlio Vargas e a República Nova
Na história do Brasil, a República Nova é bem anterior à Nova República. O período registrou choques violentos entre grupos políticos. Também foi uma época de conquistas sociais, como o voto secreto e as leis trabalhistas
http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2014
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