Konstantinos - Uranus
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Homens que marcaram O Século XX: Jimmy Carter
Jimmy Carter
39º Presidente dos Estados Unidos Estados Unidos, Mandato: 20 de janeiro de 1977 a 20 de janeiro de 1981
James Earl "Jimmy" Carter, Jr. (Plains, 1 de outubro de 1924), é um político e ex-militar norte-americano – tendo sido o 39° presidente dos Estados Unidos1 , e vencedor do prêmio Nobel da Paz de 2002, o único presidente de seu país a ter vencido o prêmio após deixar o cargo, Carter serviu como oficial da Marinha dos Estados Unidos, era um fazendeiro de amendoins, serviu dois mandatos como senador do estado da Geórgia e um como governador da Geórgia (1971-1975). Condecorações: Nobel da Paz (2002), 39º Presidente dos Estados Unidos Estados Unidos, Mandato: 20 de janeiro de 1977 a 20 de janeiro de 1981
Biografia
Jimmy Carter nasceu em uma família batista, que viveu no estado da Geórgia por gerações. Seu bisavô, Private L.B. Walker Carter (1832–1874), serviu ao Exército dos Estados Confederados, que defendia a causa escravagista. Sendo oriundo de uma família sulista tradicional, ela tinha interesses no setor agrícola e plantadora de amendoins - negócio no qual ele prosperaria .
Após se formar pela Academia Naval de Annapolis em 1946, casou-se com Rosalynn Smith, depois Rosalynn Carter. Deste matrimônio nasceram quatro filhos: John William (Jack), James Earl II (Chip), Donnel Jeffrey (Jeff) e Amy Lynn.
Jimmy Carter iniciou sua carreira servindo em vários conselhos locais, que rege as entidades como escolas, hospitais e bibliotecas, entre outros. Na década de 1960, ele cumpriu dois mandatos no Senado da Geórgia a partir do décimo quarto distrito da Geórgia. Foi governador do seu estado natal, de 1971 a 1974.
Eleição presidencial
Venceu o republicano Gerald Ford na eleição presidencial de 1976, por pequena margem no voto popular e no Colégio Eleitoral. Esteve à frente do governo dos Estados Unidos entre 1977 e 1981, convertendo-se no mediador do primeiro acordo de paz entre um país árabe e Israel. O acordo de Camp David, de 1978, selou uma paz duradoura entre Israel e Egito. Assinado por Menachem Begin, primeiro-ministro israelense, e por Anwar Sadat, presidente do Egito, possibilitou ao líder egípcio a reconquista da península do Sinai, território ocupado pelas tropas israelenses desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Begin e Sadat foram, inclusive, agraciados com o Nobel da Paz por esse acordo. Sadat, inclusive, acabaria sendo assassinado por radicais islâmicos contrários à paz com Israel.
Política de paz
O presidente dos Estados Unidos da América George W. Bush convidou os ex-presidentes George H.W. Bush, Bill Clinton, Jimmy Carter (à direita) e então presidente eleito Barack Obama para uma reunião e almoço na Casa Branca. Foto tirada quarta-feira, 7 de janeiro de 2009 no Salão Oval na Casa Branca.
Carter assinou um tratado com o Panamá, segundo o qual os EUA devolveriam o canal em 2000 ao controle panamenho. O tratado foi assinado com presidente panamenho Omar Torrijos. Carter adotou uma política de distensão com os países comunistas, estabeleceu relações diplomáticas com a China, assinou tratados de SALT-2 com a antiga União Soviética, sobre a redução de armas nucleares e reduziu as tensões diplomáticas de seu país com Cuba, governada por Fidel Castro.
Alguns acordos com Cuba resultaram no estabelecimento de Seção de Interesses (embaixada) dos EUA em Havana e uma cubana em Washington. Também houve acordo pesqueiro com Cuba sobre a delimitação das águas territoriais para a pesca. Carter autorizou que turistas dos EUA visitassem Cuba (Reagan vetaria essa lei), amenizando, além disso, o embargo contra Cuba. Mais de vinte anos depois de sua gestão, em 2002, ele faria visita histórica a Cuba.
Direitos Humanos
Jimmy Carter, ao contrário dos seus antecessores republicanos, influenciou o processo de abertura democrática de países da América Latina, quase todos então governados por ditaduras militares. Em 1977, Carter encontrou-se com o então presidente brasileiro Ernesto Geisel e influenciou a ala de militares brasileiros ligados a Geisel para um processo de abertura, que seria continuado por João Figueiredo.
Controvérsias
Antes de Carter projetar-se mundialmente como o presidente dos EUA, fôra governador da Geórgia, um estado tradicionalmente governado por democratas. Este partido, no sul, foi responsável por impor as leis Jim Crow. Durante a eleições em 1970, questões raciais era alvo de debates, e Carter, nas primárias, criticou seu adversário Carl Sanders por apoiar Martin Luther King Jr., em um esforço para tirar votos brancos de Sanders. Carter disse: "Eu posso vencer esta eleição sem um único voto negro" . Carter foi eleito governador, com visões progressistas, pró-aborto e contra a pena de morte. Não recebeu quase nenhum apoio da comunidade Afro-americana. Entretanto, em 2008, defendeu a candidatura de Barack Obama, chamando seus oposicionistas de racistas.
Embora seu governo tenha sido marcado pelo uso da diplomacia para garantir a paz mundial, diminuindo o tom beligerante da Guerra Fria, e pela prioridade dada a questões sociais, Carter adquiriu reputação de parcimônia e indecisão - características que não foram bem recebidas pelo eleitorado americano.
Após a Revolução Iraniana de 1979 e o sequestro de 52 funcionários da embaixada norte-americana em Teerã, foi acusado de ineficiência na administração do caso.
Também em 1979 a União Soviética ocupou militarmente o Afeganistão por razões políticas, e muitos americanos acreditaram que Carter poderia ter agido com mais dureza para evitar esta crise. O gesto mais significativo de Carter contra a intervenção soviética foi o de boicotar os Jogos Olímpicos de 1980, que seriam disputados em Moscou. Além disso, uma recessão na economia estadunidense no período contribuiu para que as suas chances de reeleição fossem praticamente nulas.
Derrotado pelo republicano Ronald Reagan nas eleições de 1980, o ex-presidente retornou à Geórgia e criou o Carter Center para promover os direitos humanos, o avanço das democracias e a busca de soluções pacíficas para conflitos internacionais. Também foi observador internacional de muitas eleições em países que voltavam ao regime democrático ou que tentavam implantar tal regime em substituição a ditaduras.
Por suas ações no intuito de promover a paz mundial, direitos humanos, democracia e tendo sido mediador em diversas questões conflitivas ao redor do globo, foi agraciado, no ano de 2002, com o Nobel da Paz.
No Brasil
Em 1972, ainda como governador do estado da Geórgia, Jimmy visitou o Brasil. Nesta ocasião visitou a cidade de Americana, SP tendo se interessado pelos descendentes de americanos que lutaram pela confederação. No dia 3 de maio de 2009, Jimmy foi agraciado pelo governador do estado de São Paulo, José Serra, com a Ordem do Ipiranga.
Wikipédia, a enciclopédia livre
Economia dos EUA tem forte recuperação e cresce 4% no 2º tri
Economia dos EUA tem forte recuperação e cresce 4% no 2º tri
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Traders na Bolsa de Nova York. 28/07/2014 REUTERS/Lucas Jackson
Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - O crescimento da economia dos Estados Unidos acelerou mais que o esperado no segundo trimestre e a contração no período anterior foi menos severa do que o relatado anteriormente, fortalecendo as perspectivas de um desempenho mais forte nos últimos seis meses do ano.
O Produto Interno Bruto (PIB) expandiu a uma taxa anual de 4,0 por cento no segundo trimestre após encolher 2,1 por cento no primeiro trimestre, segundo número revisado, informou o Departamento do Comércio nesta quarta-feira.
Isso levou o PIB para acima da tendência de crescimento potencial da economia, que analistas colocam em algo entre 2 por cento e 2,5 por cento. Economistas consultados pela Reuters esperavam que a economia cresceria a uma taxa de 3,0 por cento no segundo trimestre, depois da contração relatada anteriormente de 2,9 por cento.
Após os dados, as bolsas norte-americanas abriram em alta e os rendimentos dos Treasuries dos EUA subiram. O dólar atingiu máxima de sete semanas contra o iene e recorde de oito meses ante o euro. A economia cresceu 0,9 por cento no primeiro semestre deste ano e o crescimento em 2014 como um todo pode ficar em média acima de 2 por cento. A contração no primeiro trimestre, que foi em grande parte relacionada ao clima, foi a maior em cinco anos.
O crescimento do emprego, cuja criação de vagas superou a marca de 200 mil em cada um dos últimos cinco meses, e leituras fortes sobre os setores industrial e de serviços do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) sustentam as expectativas altistas para o resto do ano.
O governo também publicou revisões de dados anteriores do PIB que vão até 1999, mostrando que a economia teve um desempenho muito mais forte na segunda metade de 2013 e para aquele ano como um todo do que relatado anteriormente.
DE OLHO NO FED Economia dos EUA tem forte recuperação e cresce 4% no 2º tri
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Traders na Bolsa de Nova York. 28/07/2014 REUTERS/Lucas Jackson
Os dados do PIB, que foram divulgados horas antes das autoridades do Federal Reserve concluírem dois dias de reunião, podem alimentar o debate sobre se o banco central norte-americano pode precisar elevar a taxa de juros um pouco antes do era esperado.
O crescimento no segundo trimestre deveu-se principalmente aos gastos de consumidores e a uma guinada nos estoques de empresas.
O crescimento dos gastos de consumidores, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, acelerou a um ritmo de 2,5 por cento, uma vez que consumidores norte-americanos compraram bens manufaturados duráveis e gastaram um pouco mais em serviços.
Os gastos dos consumidores haviam desacelerado para 1,2 por cento no primeiro trimestre devido a gastos fracos com saúde.
Os estoques por sua vez contribuíram com 1,66 ponto percentual ao crescimento do PIB, após terem tirado 1,16 ponto no primeiro trimestre.
A economia também recebeu um impulso de investimentos de empresas, gastos do governo e investimentos em construção de moradias.
O comércio, no entanto, pesou pelo segundo trimestre consecutivo uma vez que parte do aumento na demanda doméstica foi atendida por um salto nas importações. A demanda doméstica cresceu a uma taxa de 2,8 por cento, ritmo mais rápido desde o terceiro trimestre de 2011, ante um crescimento de 0,7 por cento no primeiro trimestre.
A demanda sólida, que ressalta o fortalecimento dos fundamentos da economia, levou à aceleração das pressões de preços no segundo trimestre, uma consequência comemorada por autoridades do Fed que há muito se preocupam com o nível muito baixo da inflação.
Um índice de preços no relatório subiu a uma taxa de 2,3 por cento no segundo trimestre, o mais rápido em três anos, após ter avançado 1,4 por cento no período anterior.
O núcleo de preços, que desconsidera custos de alimentos e energia, avançou 2,0 por cento, nível mais alto desde o primeiro trimestre de 2012, contra 1,2 por cento no primeiro trimestre.
(Reportagem de Richard Leong em Nova York)
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Traders na Bolsa de Nova York. 28/07/2014 REUTERS/Lucas Jackson
Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - O crescimento da economia dos Estados Unidos acelerou mais que o esperado no segundo trimestre e a contração no período anterior foi menos severa do que o relatado anteriormente, fortalecendo as perspectivas de um desempenho mais forte nos últimos seis meses do ano.
O Produto Interno Bruto (PIB) expandiu a uma taxa anual de 4,0 por cento no segundo trimestre após encolher 2,1 por cento no primeiro trimestre, segundo número revisado, informou o Departamento do Comércio nesta quarta-feira.
Isso levou o PIB para acima da tendência de crescimento potencial da economia, que analistas colocam em algo entre 2 por cento e 2,5 por cento. Economistas consultados pela Reuters esperavam que a economia cresceria a uma taxa de 3,0 por cento no segundo trimestre, depois da contração relatada anteriormente de 2,9 por cento.
Após os dados, as bolsas norte-americanas abriram em alta e os rendimentos dos Treasuries dos EUA subiram. O dólar atingiu máxima de sete semanas contra o iene e recorde de oito meses ante o euro. A economia cresceu 0,9 por cento no primeiro semestre deste ano e o crescimento em 2014 como um todo pode ficar em média acima de 2 por cento. A contração no primeiro trimestre, que foi em grande parte relacionada ao clima, foi a maior em cinco anos.
O crescimento do emprego, cuja criação de vagas superou a marca de 200 mil em cada um dos últimos cinco meses, e leituras fortes sobre os setores industrial e de serviços do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) sustentam as expectativas altistas para o resto do ano.
O governo também publicou revisões de dados anteriores do PIB que vão até 1999, mostrando que a economia teve um desempenho muito mais forte na segunda metade de 2013 e para aquele ano como um todo do que relatado anteriormente.
DE OLHO NO FED Economia dos EUA tem forte recuperação e cresce 4% no 2º tri
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Traders na Bolsa de Nova York. 28/07/2014 REUTERS/Lucas Jackson
Os dados do PIB, que foram divulgados horas antes das autoridades do Federal Reserve concluírem dois dias de reunião, podem alimentar o debate sobre se o banco central norte-americano pode precisar elevar a taxa de juros um pouco antes do era esperado.
O crescimento no segundo trimestre deveu-se principalmente aos gastos de consumidores e a uma guinada nos estoques de empresas.
O crescimento dos gastos de consumidores, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, acelerou a um ritmo de 2,5 por cento, uma vez que consumidores norte-americanos compraram bens manufaturados duráveis e gastaram um pouco mais em serviços.
Os gastos dos consumidores haviam desacelerado para 1,2 por cento no primeiro trimestre devido a gastos fracos com saúde.
Os estoques por sua vez contribuíram com 1,66 ponto percentual ao crescimento do PIB, após terem tirado 1,16 ponto no primeiro trimestre.
A economia também recebeu um impulso de investimentos de empresas, gastos do governo e investimentos em construção de moradias.
O comércio, no entanto, pesou pelo segundo trimestre consecutivo uma vez que parte do aumento na demanda doméstica foi atendida por um salto nas importações. A demanda doméstica cresceu a uma taxa de 2,8 por cento, ritmo mais rápido desde o terceiro trimestre de 2011, ante um crescimento de 0,7 por cento no primeiro trimestre.
A demanda sólida, que ressalta o fortalecimento dos fundamentos da economia, levou à aceleração das pressões de preços no segundo trimestre, uma consequência comemorada por autoridades do Fed que há muito se preocupam com o nível muito baixo da inflação.
Um índice de preços no relatório subiu a uma taxa de 2,3 por cento no segundo trimestre, o mais rápido em três anos, após ter avançado 1,4 por cento no período anterior.
O núcleo de preços, que desconsidera custos de alimentos e energia, avançou 2,0 por cento, nível mais alto desde o primeiro trimestre de 2012, contra 1,2 por cento no primeiro trimestre.
(Reportagem de Richard Leong em Nova York)
terça-feira, 29 de julho de 2014
História No Século XX: Em 1979 Egito e Israel assinam o Acordo de Camp David
Sadat, Carter e Begin selaram o acordo histórico
1979: Egito e Israel assinam o Acordo de Camp David
No dia 26 março de 1979, em cerimônia na Casa Branca, é assinado o primeiro acordo de paz entre um país árabe e Israel. O documento é um dos mais importantes marcos no processo de paz no Oriente Médio.
O acordo entrou para a história como a Paz de Camp David, em referência à residência de verão dos presidentes dos Estados Unidos. As negociações de novembro de 1978 duraram doze dias e removeram os últimos obstáculos à assinatura do documento.
Para o então presidente do Egito, Anwar Al Sadat, a paz com Israel teve significado histórico, quase divino. "Aqueles entre nós que se sentem unidos nesta visão não podem negar a dimensão sagrada de nossa missão. O povo egípcio, com sua compreensão histórica e herança única, entendeu desde o início o valor e o significado deste empreendimento ousado", declarou.
Preparativos
Um ano e meio antes, em contatos secretos, Sadat começara a preparar a paz com os israelenses. Tanto o Egito quanto Israel consideravam-se vencedores da Guerra do Yom Kippur (o Dia do Perdão, na religião judaica), que durara 19 dias, em outubro de 1973. Esse sentimento possibilitava negociações em pé de igualdade entre os dois países.
Em Israel, Menachem Begin vencera surpreendentemente as eleições. Dele não se esperava uma adesão ao processo de paz, já que, como líder nacionalista, sempre sonhara com um grande Estado de Israel.
Talvez Sadat tenha tomado a iniciativa justamente por causa da piora das chances de paz. O líder egípcio declarou no parlamento que iria "até o fim do mundo, até mesmo ao Knesset (Parlamento israelense)", em busca da solução pacífica para o conflito no Oriente Médio.
Seu discurso foi aplaudido por deputados e visitantes, entre eles o líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Yasser Arafat, mas para a maioria não passava de mera retórica.
Israel corresponde
Pressionado, Begin acabou convidando Sadat para uma visita de surpresa a Jerusalém, em novembro de 1977, num gesto que abriu definitivamente o caminho para o acordo de paz.
Após esse primeiro contato, sucederam-se negociações aparentemente fáceis sobre a retirada das tropas israelenses da península do Sinai e a criação de uma autonomia para os territórios palestinos.
Os acordos de paz egípcio-israelenses foram negociados em 1978 e completados no ano seguinte em Camp David, com mediação decisiva do então presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter.
Árabes isolam Egito.
Perplexo, o mundo árabe rompeu relações com o Egito e transferiu a sede da Liga Árabe para a Tunísia. A OLP rejeitou a ideia de autonomia que, 15 anos mais tarde, aceitaria em Oslo, como primeiro passo rumo à almejada independência.
Sadat sequer chegou a ver completada a retirada das tropas israelenses do Sinai. Em outubro de 1981, foi assassinado por fundamentalistas muçulmanos, que o acusavam de "haver traído o mundo árabe com o acordo de paz".
Mesmo sob resistência interna da direita, Israel devolveu o Sinai aos egípcios em 1982 e os dois estados estabeleceram relações diplomáticas. O destino da Faixa de Gaza ficou indefinido, à espera de uma solução para a questão palestina.
Acordo rende Nobel
A paz entre Egito e Israel foi avaliada internacionalmente como sinal de tanta esperança que os signatários do acordo de 26 de março de 1979 receberam o Prêmio Nobel da Paz.
Um acordo histórico de devolução dos territórios palestinos só seria assinado entre a OLP e Israel em setembro de 1993. O conflito na região, porém, prossegue, apesar das inúmeras tentativas de mediação de paz no Oriente Médio.
http://www.dw.de/
1979: Egito e Israel assinam o Acordo de Camp David
No dia 26 março de 1979, em cerimônia na Casa Branca, é assinado o primeiro acordo de paz entre um país árabe e Israel. O documento é um dos mais importantes marcos no processo de paz no Oriente Médio.
O acordo entrou para a história como a Paz de Camp David, em referência à residência de verão dos presidentes dos Estados Unidos. As negociações de novembro de 1978 duraram doze dias e removeram os últimos obstáculos à assinatura do documento.
Para o então presidente do Egito, Anwar Al Sadat, a paz com Israel teve significado histórico, quase divino. "Aqueles entre nós que se sentem unidos nesta visão não podem negar a dimensão sagrada de nossa missão. O povo egípcio, com sua compreensão histórica e herança única, entendeu desde o início o valor e o significado deste empreendimento ousado", declarou.
Preparativos
Um ano e meio antes, em contatos secretos, Sadat começara a preparar a paz com os israelenses. Tanto o Egito quanto Israel consideravam-se vencedores da Guerra do Yom Kippur (o Dia do Perdão, na religião judaica), que durara 19 dias, em outubro de 1973. Esse sentimento possibilitava negociações em pé de igualdade entre os dois países.
Em Israel, Menachem Begin vencera surpreendentemente as eleições. Dele não se esperava uma adesão ao processo de paz, já que, como líder nacionalista, sempre sonhara com um grande Estado de Israel.
Talvez Sadat tenha tomado a iniciativa justamente por causa da piora das chances de paz. O líder egípcio declarou no parlamento que iria "até o fim do mundo, até mesmo ao Knesset (Parlamento israelense)", em busca da solução pacífica para o conflito no Oriente Médio.
Seu discurso foi aplaudido por deputados e visitantes, entre eles o líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Yasser Arafat, mas para a maioria não passava de mera retórica.
Israel corresponde
Pressionado, Begin acabou convidando Sadat para uma visita de surpresa a Jerusalém, em novembro de 1977, num gesto que abriu definitivamente o caminho para o acordo de paz.
Após esse primeiro contato, sucederam-se negociações aparentemente fáceis sobre a retirada das tropas israelenses da península do Sinai e a criação de uma autonomia para os territórios palestinos.
Os acordos de paz egípcio-israelenses foram negociados em 1978 e completados no ano seguinte em Camp David, com mediação decisiva do então presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter.
Árabes isolam Egito.
Perplexo, o mundo árabe rompeu relações com o Egito e transferiu a sede da Liga Árabe para a Tunísia. A OLP rejeitou a ideia de autonomia que, 15 anos mais tarde, aceitaria em Oslo, como primeiro passo rumo à almejada independência.
Sadat sequer chegou a ver completada a retirada das tropas israelenses do Sinai. Em outubro de 1981, foi assassinado por fundamentalistas muçulmanos, que o acusavam de "haver traído o mundo árabe com o acordo de paz".
Mesmo sob resistência interna da direita, Israel devolveu o Sinai aos egípcios em 1982 e os dois estados estabeleceram relações diplomáticas. O destino da Faixa de Gaza ficou indefinido, à espera de uma solução para a questão palestina.
Acordo rende Nobel
A paz entre Egito e Israel foi avaliada internacionalmente como sinal de tanta esperança que os signatários do acordo de 26 de março de 1979 receberam o Prêmio Nobel da Paz.
Um acordo histórico de devolução dos territórios palestinos só seria assinado entre a OLP e Israel em setembro de 1993. O conflito na região, porém, prossegue, apesar das inúmeras tentativas de mediação de paz no Oriente Médio.
http://www.dw.de/
Homens que marcaram O Século XX: Anwar Al Sadat
Anwar Al Sadat
3º Presidente do Egito Egito
Mandato :2 de setembro de 1971
a 6 de outubro de 1981
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Muhammad Anwar Al Sadat (Mit Abu al-Kum, Monufia, 25 de dezembro de 1918 — Cairo, 6 de outubro de 1981) foi um militar e político egípcio, presidente do seu país de 1970 a 1981. Recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1978.
Foi membro fundador da Movimento dos Oficiais Livres, com Gamal Abdel Nasser. Comprometido com o nacionalismo egípcio, foi feito prisioneiro pelos britânicos por ser agente alemão em 1942, e novamente, em (1946-9), por atos terroristas.
Participou do golpe de 1952, que derrubou o rei Farouk e que levou Nasser ao poder. Sucedeu a Nasser como presidente do Egito (1970-1981). Em 1972, dispensou a missão soviética em seu país e, em 1974, após perder militarmente a guerra de Iom Kippur (1973), recuperou, no acordo de separação de forças, o canal de Suez das mãos de Israel.
Em um esforço para acelerar um acordo no Oriente Médio, visitou Israel, em 1977, fato que marcou o primeiro reconhecimento daquele país por um país árabe, tendo gerado fortes condenações de grande parte do mundo árabe. Encontrou-se novamente com o primeiro-ministro israelense Menachem Begin em Camp David, Maryland, Estados Unidos (1978), sob a chancela do então presidente americano Jimmy Carter e assinou um tratado de paz com Israel em 1979, em Washington, DC.
Trajetória
Nascido numa família egipto-sudanesa pobre, de treze filhos e filhas, formou-se na Academia Real Militar no Cairo, diplomando-se em 1938 e atuando no corpo de telecomunicações. Participou do Movimento dos Oficiais Livres, cujo objetivo era libertar o Egito do controle britânico.
Durante a Segunda Guerra Mundial, em 1942, foi aprisionado pelos britânicos pois, em suas atividades contra a ocupação britânica, havia procurado obter ajuda do Eixo, participando de uma rede de espionagem em favor do Afrika Korps. Em 1944, consegue fugir, mas, em 1946, é preso novamente, após ser implicado na morte do ministro pró-britânico Amīn ʿUthmān, permanecendo na prisão até 1948.
Em 1952, participou do golpe de Estado que destronou o Rei Farouk I. Mais tarde, em 1969, depois de exercer várias posições no governo egípcio, foi escolhido para vice-presidente do presidente Gamal Abdal Nasser. Quando este morreu, no ano seguinte, Sadat tornou-se presidente.
Em 1973, Sadat, junto com a Síria, liderou o Egito na Guerra do Yom Kippur contra Israel, tentando recuperar partes da Península do Sinai, que fora conquistada por Israel durante a Guerra dos Seis Dias. Quando Israel prevalecia nesse conflito, a primeira vitória de Sadat guiou a restauração da moral egípcia, preparando o terreno para um acordo de paz que viria muitos anos depois. Por este motivo, Sadat ficou conhecido como o "Herói da Cruzada".
Em 19 de Novembro de 1977, Sadat torna-se o primeiro líder árabe a visitar oficialmente Israel, altura em que se encontrou com o primeiro-ministro israelense Menachem Begin e falou perante o Knesset, em Jerusalém. Fez a visita a convite de Begin, na tentativa de obter um acordo de paz permanente, enquanto muitos do mundo árabe se sentiram ultrajados por essa aproximação com Israel. Em 1978, tal tentativa resulta no Acordo de Camp David, pelo qual Sadat e Begin recebem o Prêmio Nobel da Paz.
Entretanto, a ação foi extremamente impopular no Mundo Árabe, e especialmente entre os fundamentalistas muçulmanos, que acreditavam que apenas a ameaça ou o uso da força faria Israel negociar a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, e o acordo de Camp David removia as possibilidades do Egito, maior potência militar árabe, ser parte dessa ameaça. Como parte do acordo, Israel retirou-se da Península do Sinai, retornando a área inteira para o Egito em 1983.
Assassinato
Em 6 de Outubro de 1981, Sadat é assassinado durante uma parada militar no Cairo por membros da Jihad Islâmica Egípcia infiltrados no exército e que eram parte da organização egípcia que se opunha ao acordo de paz com Israel e a entrega da Faixa de Gaza para o Estado Judeu. Foi sucedido pelo seu vice-presidente Hosni Mubarak. Encontra-se sepultado no Monumento ao Soldado Desconhecido, Cairo no Egito.
Família
Sadat foi casado duas vezes. Divorciado de Ehsan Madi, casou com Jehan Raouf (mais tarde conhecida como Jihan Sadat), que tinha apenas 16 anos, em 29 de Maio de 1949. Tiveram três filhas e um filho. Jihan Sadat recebeu o prêmio Pearl S. Buck de 2001.
A autobiografia de Anwar Sadat, Em Busca da Identidade foi publicado nos Estados Unidos em 1977.
3º Presidente do Egito Egito
Mandato :2 de setembro de 1971
a 6 de outubro de 1981
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Muhammad Anwar Al Sadat (Mit Abu al-Kum, Monufia, 25 de dezembro de 1918 — Cairo, 6 de outubro de 1981) foi um militar e político egípcio, presidente do seu país de 1970 a 1981. Recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1978.
Foi membro fundador da Movimento dos Oficiais Livres, com Gamal Abdel Nasser. Comprometido com o nacionalismo egípcio, foi feito prisioneiro pelos britânicos por ser agente alemão em 1942, e novamente, em (1946-9), por atos terroristas.
Participou do golpe de 1952, que derrubou o rei Farouk e que levou Nasser ao poder. Sucedeu a Nasser como presidente do Egito (1970-1981). Em 1972, dispensou a missão soviética em seu país e, em 1974, após perder militarmente a guerra de Iom Kippur (1973), recuperou, no acordo de separação de forças, o canal de Suez das mãos de Israel.
Em um esforço para acelerar um acordo no Oriente Médio, visitou Israel, em 1977, fato que marcou o primeiro reconhecimento daquele país por um país árabe, tendo gerado fortes condenações de grande parte do mundo árabe. Encontrou-se novamente com o primeiro-ministro israelense Menachem Begin em Camp David, Maryland, Estados Unidos (1978), sob a chancela do então presidente americano Jimmy Carter e assinou um tratado de paz com Israel em 1979, em Washington, DC.
Trajetória
Nascido numa família egipto-sudanesa pobre, de treze filhos e filhas, formou-se na Academia Real Militar no Cairo, diplomando-se em 1938 e atuando no corpo de telecomunicações. Participou do Movimento dos Oficiais Livres, cujo objetivo era libertar o Egito do controle britânico.
Durante a Segunda Guerra Mundial, em 1942, foi aprisionado pelos britânicos pois, em suas atividades contra a ocupação britânica, havia procurado obter ajuda do Eixo, participando de uma rede de espionagem em favor do Afrika Korps. Em 1944, consegue fugir, mas, em 1946, é preso novamente, após ser implicado na morte do ministro pró-britânico Amīn ʿUthmān, permanecendo na prisão até 1948.
Em 1952, participou do golpe de Estado que destronou o Rei Farouk I. Mais tarde, em 1969, depois de exercer várias posições no governo egípcio, foi escolhido para vice-presidente do presidente Gamal Abdal Nasser. Quando este morreu, no ano seguinte, Sadat tornou-se presidente.
Em 1973, Sadat, junto com a Síria, liderou o Egito na Guerra do Yom Kippur contra Israel, tentando recuperar partes da Península do Sinai, que fora conquistada por Israel durante a Guerra dos Seis Dias. Quando Israel prevalecia nesse conflito, a primeira vitória de Sadat guiou a restauração da moral egípcia, preparando o terreno para um acordo de paz que viria muitos anos depois. Por este motivo, Sadat ficou conhecido como o "Herói da Cruzada".
Em 19 de Novembro de 1977, Sadat torna-se o primeiro líder árabe a visitar oficialmente Israel, altura em que se encontrou com o primeiro-ministro israelense Menachem Begin e falou perante o Knesset, em Jerusalém. Fez a visita a convite de Begin, na tentativa de obter um acordo de paz permanente, enquanto muitos do mundo árabe se sentiram ultrajados por essa aproximação com Israel. Em 1978, tal tentativa resulta no Acordo de Camp David, pelo qual Sadat e Begin recebem o Prêmio Nobel da Paz.
Entretanto, a ação foi extremamente impopular no Mundo Árabe, e especialmente entre os fundamentalistas muçulmanos, que acreditavam que apenas a ameaça ou o uso da força faria Israel negociar a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, e o acordo de Camp David removia as possibilidades do Egito, maior potência militar árabe, ser parte dessa ameaça. Como parte do acordo, Israel retirou-se da Península do Sinai, retornando a área inteira para o Egito em 1983.
Assassinato
Em 6 de Outubro de 1981, Sadat é assassinado durante uma parada militar no Cairo por membros da Jihad Islâmica Egípcia infiltrados no exército e que eram parte da organização egípcia que se opunha ao acordo de paz com Israel e a entrega da Faixa de Gaza para o Estado Judeu. Foi sucedido pelo seu vice-presidente Hosni Mubarak. Encontra-se sepultado no Monumento ao Soldado Desconhecido, Cairo no Egito.
Família
Sadat foi casado duas vezes. Divorciado de Ehsan Madi, casou com Jehan Raouf (mais tarde conhecida como Jihan Sadat), que tinha apenas 16 anos, em 29 de Maio de 1949. Tiveram três filhas e um filho. Jihan Sadat recebeu o prêmio Pearl S. Buck de 2001.
A autobiografia de Anwar Sadat, Em Busca da Identidade foi publicado nos Estados Unidos em 1977.
ne10/ GREVE DOS RODOVIÁRIOS Motoristas param ônibus na Avenida Agamenon Magalhães
http://jconline.ne10.uol.com.br/
GREVE DOS RODOVIÁRIOS
Motoristas param ônibus na Avenida Agamenon Magalhães
Com ônibus estacionados nas ruas, passageiros enfrentam atrasos e grandes filas nos terminais
Publicado em 29/07/2014,
Do JC Online
Trânsito lento na Avenida Agamenon Magalhães / Foto: Nigro / JC Imagem
Trânsito lento na Avenida Agamenon Magalhães
Foto: Nigro / JC Imagem
A frota de ônibus circulando na manhã desta terça-feira, segundo dia de greve dos rodoviários chegou a 71%, de acordo com informações do sindicato dos empresários de ônibus (Urbana-PE). O que muitos passageiros temiam aconteceu, em meio a uma manhã chuvosa, ônibus pararam e os usuários foram obrigados a descer dos veículos em plena Avenida Agamenon Magalhães. Representantes do sindicato dos rodoviários pretendiam seguir em direção ao Parque Treze de maio, na área central, para bloquear a passagem dos ônibus, mas desistiram.
Terça começa com chuva e motoristas de ônibus fazendo operação tartaruga
Cerca de 50 veículos pararam na Avenida Agamenon Magalhães, área central do Recife e estão ocupando da faixa da direita tanto da via local quanto da principal. Os passageiros são obrigados a saltar, uma vez que os veículos não seguem viagem. De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Benício Grilo, o sindicato marcou essa mobilização, no cruzamento da avenida com a Praça do Derby, para fazer concentração porque às 15h a categoria vai participar de audiencia de conciliação no TRT.
A CTTU se encontra no local, com 4 agente e 4 orientadores, para orientar os condutores e tentar conversar com os motoristas dos ônibus para que os mesmos sigam caminho. O trânsito na Avenida se encontra lento, mas sem retenções. O ponto mais crítico é o cruzumento entre a Rua Buenos Aires e a Avenida Agamenon Magalhães, sentido Boa Viagem. A Polícia Militar também está no local para organizar o trânsito e impedir incidentes.
Benício se mostrou satisfeito com a adesão dos motoristas e cobradores. "Estamos lutando pelo bem deles, da categoria", afirmou. Sindicato reinvidica aumento salarial de 10%, como proposto pelo MPT, e aumento no valor do tíquete-refeição de R$ 171 para R$ 180, para motoristas, cobradores e fiscais de ônibus.
A decisão liminar expedida na última semana pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinava que 100% das frotas deveriam circular. De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Benilson Grilo, a categoria tentou, desde o início da manhã de ontem, cumprir a determinação do TRT, mas as próprias companhias de ônibus impediram os grevistas de trabalhar, reduzindo o número de veículos que saíam das garagens e contratando motoristas e cobradores terceirizados.
Cerca de 2 milhões de passageiros utilizam o transporte diariamente na Região Metropolitana e devem sofrer com a greve. O sistema de ônibus conta, hoje, com frota de aproximadamente 3 mil veículos, divididos em 385 linhas e 18 empresas operadoras de ônibus. Em média, são feitas 25 mil viagens por dia, nos mais 15 terminais integrados.
(Reuters) Israel intensifica ataques em Gaza; Egito revisa plano de trégua
Israel intensifica ataques em Gaza; Egito revisa plano de trégua
terça-feira, 29 de julho de 2014
Por Nidal al-Mughrabi e Maayan Lubell
GAZA/JERUSALÉM (Reuters) - Israel destruiu a única usina de energia de Gaza e atingiu dezenas de outros alvos prioritários nesta terça-feira, enquanto mediadores egípcios preparavam uma nova proposta para pôr fim à guerra contra os militantes islâmicos no enclave.
A rede de TV israelense Channel Two informou que tem havido progresso em um acordo no Cairo, onde uma delegação palestina é esperada no final desta terça-feira, embora a emissora tenha negado um relato anterior de que uma trégua tinha sido acordada provisoriamente.
Autoridades de saúde disseram que pelo menos 85 palestinos morreram em alguns dos piores bombardeios por terra, mar e ar desde o início da ofensiva de Israel, em 8 de julho, em resposta aos foguetes disparados pelo Hamas e por seus aliados.
Funcionários de hospitais locais afirmaram que o número total de palestinos mortos no conflito subiu para 1.200, a maioria civis. Do lado israelense, 53 soldados e três civis morreram.
A ofensiva israelense se intensificou após a morte de 10 soldados em ataques palestinos na fronteira na segunda-feira, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, alertou que antevê um longo conflito.
Mas os militares disseram precisar de cerca de uma semana para finalizar sua missão principal – destruir os túneis na fronteira que os militantes do Hamas usam para se infiltrar e atacar israelenses.
Já Mohammed Deif, líder do braço armado do Hamas, disse em uma mensagem de voz que os palestinos continuarão enfrentando Israel até que o bloqueio a Gaza - que é apoiado pelo vizinho Egito - seja retirado.
"A entidade ocupante não poderá desfrutar de segurança, a menos que o nosso povo viva em liberdade e dignidade", disse Deif. "Não haverá cessar-fogo até que a agressão (israelense) pare e o bloqueio acabe. Nós não vamos aceitar soluções provisórias.
FOGUETES OU TRÉGUA
Os palestinos lançaram 54 foguetes em direção ao sul e ao centro de Israel, incluindo a área de Tel Aviv, afirmaram os militares, acrescentando que cinco deles foram abatidos pelos interceptadores do Domo de Ferro e o resto errou o alvo, sem causar danos ou baixas.
A pressão externa para que Netanyahu contenha suas forças vem aumentando. Tanto o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, quanto o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) pediram um cessar-fogo imediato para permitir o envio de ajuda aos 1,8 milhão de palestinos de Gaza, seguido por negociações para se chegar a um encerramento mais duradouro das hostilidades.
Os esforços do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, na semana passada não obtiveram nenhum avanço, e a escalada na violência pareceu pôr fim às esperanças internacionais de transformar uma breve pausa para o feriado muçulmano de Eid al-Fitr em um cessar-fogo de longo prazo.
Uma autoridade egípcia declarou que o Cairo está revisando uma proposta de trégua que a princípio Israel havia aceitado, mas o Hamas rejeitado, e que a nova oferta será apresentada à delegação palestina. Uma autoridade israelense disse que Israel pode mandar seu próprio enviado ao Egito também nesta terça-feira.
“Estamos ouvindo que Israel aprovou um cessar-fogo, mas o Hamas não”, afirmou o funcionário egípcio à Reuters, relato que o governo de Netanyahu não confirmou nem negou.
Dizendo falar pelo Hamas e ainda pela Jihad Islâmica na Faixa de Gaza, a liderança palestina, sediada na Cisjordânia, expressou apoio a um cessar-fogo de 24 a 72 horas.
O porta-voz do Hamas Sami Abu Zuhri declarou à Reuters que o comunicado de Yasser Abed Rabbo, da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), não reflete a posição de seu grupo, mas confirmou "contatos intensos“ sobre uma trégua.
Fumaça e chamas são vistas na Cidade de Gaza, no que testemunhas disseram ter sido ataques aéreos de Israel nesta terça-feira. REUTERS/Ahmed Zakot
1 de 1Versão na íntegra
O governo de Israel, que defende o desarmamento do Hamas, parece ter o apoio de seus cidadãos. Uma pesquisa da Universidade de Tel Aviv publicada nesta terça-feira mostrou que 95 por cento da maioria judaica de Israel acreditam que a ofensiva é justificada. Apenas 4 por cento consideram que está sendo utilizada muita força.
Os militares de Israel disseram que soldados mataram cinco atiradores que abriram fogo depois de emergir de um túnel dentro da Faixa de Gaza, e que 110 alvos no bastião palestino foram atingidos na terça-feira, entre eles quatro esconderijos de armas que os militares afirmaram estarem ocultos em mesquitas e um lançador de foguetes perto de outra mesquita. Moradores relataram que 20 casas foram demolidas e duas mesquitas atingidas.
Autoridades de hospitais locais disseram que disparos de tanques israelenses e ataques aéreos mataram 10 pessoas no campo de refugiados de Jabalya e nos arredores, no norte da Faixa de Gaza, e que um médico do Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e seu irmão foram mortos em outro ataque nas imediações.
O Acnur, principal agência da ONU em Gaza, informou que mais de 200 mil palestinos deslocados se abrigaram em suas escolas e seus edifícios depois dos pedidos de Israel para que os civis deixassem vizinhanças inteiras antes de operações militares. Outros milhares foram acolhidos por amigos ou familiares.
A agência ainda disse ter encontrado um esconderijo de foguetes em uma de suas escolas no centro de Gaza nesta terça-feira, o terceiro incidente do gênero.
“Esta é mais uma violação flagrante da neutralidade de nossas instalações. Pedimos às partes em guerra que respeitem a inviolabilidade das propriedades da ONU”, declarou o porta-voz Chris Gunness.
SEM ELETRICIDADE
Uma densa fumaça preta se erguia dos tanques de combustível em chamas na estação de energia responsável por dois terços do consumo elétrico em Gaza. A autoridade de energia local disse que a avaliação de danos inicial mostrou que a usina pode ficar sem funcionar durante um ano.
A eletricidade foi cortada na Cidade de Gaza e em muitas outras partes do território dominado pelo Hamas depois do que autoridades afirmaram ter sido um bombardeio israelense dos tanques.
“A usina de energia está destruída”, declarou seu diretor, Mohammed al-Sharif. Uma porta-voz dos militares israelenses não fez comentários imediatos e disse estar verificando o relato.
A prefeitura da Cidade de Gaza disse que os danos na estação podem interromper muitas das bombas de água da área, e exortou o racionamento entre os moradores, que só tiveram poucas horas de eletricidade por dia desde o início do conflito e agora podem passar meses sem energia.
O sul de Gaza recebe algum abastecimento do vizinho Egito, mas as linhas de transmissão foram danificadas durante a guerra.
(Reportagem adicional de Michelle Nichols em Nova York e Yasmine Saleh no Cairo)
terça-feira, 29 de julho de 2014
Por Nidal al-Mughrabi e Maayan Lubell
GAZA/JERUSALÉM (Reuters) - Israel destruiu a única usina de energia de Gaza e atingiu dezenas de outros alvos prioritários nesta terça-feira, enquanto mediadores egípcios preparavam uma nova proposta para pôr fim à guerra contra os militantes islâmicos no enclave.
A rede de TV israelense Channel Two informou que tem havido progresso em um acordo no Cairo, onde uma delegação palestina é esperada no final desta terça-feira, embora a emissora tenha negado um relato anterior de que uma trégua tinha sido acordada provisoriamente.
Autoridades de saúde disseram que pelo menos 85 palestinos morreram em alguns dos piores bombardeios por terra, mar e ar desde o início da ofensiva de Israel, em 8 de julho, em resposta aos foguetes disparados pelo Hamas e por seus aliados.
Funcionários de hospitais locais afirmaram que o número total de palestinos mortos no conflito subiu para 1.200, a maioria civis. Do lado israelense, 53 soldados e três civis morreram.
A ofensiva israelense se intensificou após a morte de 10 soldados em ataques palestinos na fronteira na segunda-feira, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, alertou que antevê um longo conflito.
Mas os militares disseram precisar de cerca de uma semana para finalizar sua missão principal – destruir os túneis na fronteira que os militantes do Hamas usam para se infiltrar e atacar israelenses.
Já Mohammed Deif, líder do braço armado do Hamas, disse em uma mensagem de voz que os palestinos continuarão enfrentando Israel até que o bloqueio a Gaza - que é apoiado pelo vizinho Egito - seja retirado.
"A entidade ocupante não poderá desfrutar de segurança, a menos que o nosso povo viva em liberdade e dignidade", disse Deif. "Não haverá cessar-fogo até que a agressão (israelense) pare e o bloqueio acabe. Nós não vamos aceitar soluções provisórias.
FOGUETES OU TRÉGUA
Os palestinos lançaram 54 foguetes em direção ao sul e ao centro de Israel, incluindo a área de Tel Aviv, afirmaram os militares, acrescentando que cinco deles foram abatidos pelos interceptadores do Domo de Ferro e o resto errou o alvo, sem causar danos ou baixas.
A pressão externa para que Netanyahu contenha suas forças vem aumentando. Tanto o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, quanto o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) pediram um cessar-fogo imediato para permitir o envio de ajuda aos 1,8 milhão de palestinos de Gaza, seguido por negociações para se chegar a um encerramento mais duradouro das hostilidades.
Os esforços do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, na semana passada não obtiveram nenhum avanço, e a escalada na violência pareceu pôr fim às esperanças internacionais de transformar uma breve pausa para o feriado muçulmano de Eid al-Fitr em um cessar-fogo de longo prazo.
Uma autoridade egípcia declarou que o Cairo está revisando uma proposta de trégua que a princípio Israel havia aceitado, mas o Hamas rejeitado, e que a nova oferta será apresentada à delegação palestina. Uma autoridade israelense disse que Israel pode mandar seu próprio enviado ao Egito também nesta terça-feira.
“Estamos ouvindo que Israel aprovou um cessar-fogo, mas o Hamas não”, afirmou o funcionário egípcio à Reuters, relato que o governo de Netanyahu não confirmou nem negou.
Dizendo falar pelo Hamas e ainda pela Jihad Islâmica na Faixa de Gaza, a liderança palestina, sediada na Cisjordânia, expressou apoio a um cessar-fogo de 24 a 72 horas.
O porta-voz do Hamas Sami Abu Zuhri declarou à Reuters que o comunicado de Yasser Abed Rabbo, da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), não reflete a posição de seu grupo, mas confirmou "contatos intensos“ sobre uma trégua.
Fumaça e chamas são vistas na Cidade de Gaza, no que testemunhas disseram ter sido ataques aéreos de Israel nesta terça-feira. REUTERS/Ahmed Zakot
1 de 1Versão na íntegra
O governo de Israel, que defende o desarmamento do Hamas, parece ter o apoio de seus cidadãos. Uma pesquisa da Universidade de Tel Aviv publicada nesta terça-feira mostrou que 95 por cento da maioria judaica de Israel acreditam que a ofensiva é justificada. Apenas 4 por cento consideram que está sendo utilizada muita força.
Os militares de Israel disseram que soldados mataram cinco atiradores que abriram fogo depois de emergir de um túnel dentro da Faixa de Gaza, e que 110 alvos no bastião palestino foram atingidos na terça-feira, entre eles quatro esconderijos de armas que os militares afirmaram estarem ocultos em mesquitas e um lançador de foguetes perto de outra mesquita. Moradores relataram que 20 casas foram demolidas e duas mesquitas atingidas.
Autoridades de hospitais locais disseram que disparos de tanques israelenses e ataques aéreos mataram 10 pessoas no campo de refugiados de Jabalya e nos arredores, no norte da Faixa de Gaza, e que um médico do Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e seu irmão foram mortos em outro ataque nas imediações.
O Acnur, principal agência da ONU em Gaza, informou que mais de 200 mil palestinos deslocados se abrigaram em suas escolas e seus edifícios depois dos pedidos de Israel para que os civis deixassem vizinhanças inteiras antes de operações militares. Outros milhares foram acolhidos por amigos ou familiares.
A agência ainda disse ter encontrado um esconderijo de foguetes em uma de suas escolas no centro de Gaza nesta terça-feira, o terceiro incidente do gênero.
“Esta é mais uma violação flagrante da neutralidade de nossas instalações. Pedimos às partes em guerra que respeitem a inviolabilidade das propriedades da ONU”, declarou o porta-voz Chris Gunness.
SEM ELETRICIDADE
Uma densa fumaça preta se erguia dos tanques de combustível em chamas na estação de energia responsável por dois terços do consumo elétrico em Gaza. A autoridade de energia local disse que a avaliação de danos inicial mostrou que a usina pode ficar sem funcionar durante um ano.
A eletricidade foi cortada na Cidade de Gaza e em muitas outras partes do território dominado pelo Hamas depois do que autoridades afirmaram ter sido um bombardeio israelense dos tanques.
“A usina de energia está destruída”, declarou seu diretor, Mohammed al-Sharif. Uma porta-voz dos militares israelenses não fez comentários imediatos e disse estar verificando o relato.
A prefeitura da Cidade de Gaza disse que os danos na estação podem interromper muitas das bombas de água da área, e exortou o racionamento entre os moradores, que só tiveram poucas horas de eletricidade por dia desde o início do conflito e agora podem passar meses sem energia.
O sul de Gaza recebe algum abastecimento do vizinho Egito, mas as linhas de transmissão foram danificadas durante a guerra.
(Reportagem adicional de Michelle Nichols em Nova York e Yasmine Saleh no Cairo)
segunda-feira, 28 de julho de 2014
Reuters, Dilma rejeita ter cometido erros na condução da economia e reclama de pessimismo
Dilma rejeita ter cometido erros na condução da economia e reclama de pessimismo
segunda-feira, 28 de julho de 2014
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff rechaçou nesta segunda-feira ter cometido erros na condução da economia na sua gestão e reclamou do clima de pessimismo na área, mas admitiu que houve uma avaliação equivocada do governo sobre os impactos da crise financeira internacional no Brasil.
“O mesmo pessimismo que houve com a Copa está havendo com a economia. E como economia é na expectativa, é muito mais grave”, disse Dilma ao participar de sabatina organizada conjuntamente pelo jornal Folha de S.Paulo, portal UOL, rádio Jovem Pan e Rede SBT, realizada no Palácio da Alvorada.
O Brasil vem enfrentando um baixo crescimento com a inflação em 12 meses perto do teto da meta do governo --de 4,5 por cento mais 2 pontos percentuais de tolerância. E o mercado de trabalho começa a demonstrar sinais de fraqueza.
"Minimizamos os efeitos da crise sobre a economia brasileira", disse a presidente, repetindo que a inflação "não está descontrolada."
Questionada sobre se manteria Guido Mantega no Ministério da Fazenda e Alexandre Tombini como presidente do Banco Central num eventual segundo mandato, a petista não quis responder. “Não é hora de falar sobre ministério.”
A presidente também demonstrou irritação com a divulgação de um relatório do banco Santander na semana passada, que disse aos seus clientes mais ricos que a reeleição de Dilma poderia agravar o cenário econômico.
“Acho muito perigoso especular em períodos eleitorais”. E considerou a postura do banco como "lamentável", dizendo ser "inadmissível" aceitar qualquer interferência de um setor na economia e nas eleições. E achou "muito protocolar"o pedido de desculpas do banco após o episódio.
A coluna mensal para clientes ricos, intitulado "Você e seu dinheiro", do Banco Santander Brasil SA, observou que uma queda na popularidade de Dilma ajudou a desencadear uma alta recente no mercado de ações brasileiro, uma visão comum entre os economistas e investidores que acreditam que políticas intervencionistas do governo têm contribuído para a atual fraqueza econômica no Brasil.
A nota dizia ainda que o mercado poderia reverter parte dessa alta recente se a popularidade da presidente se estabilizasse ou melhorasse nas pesquisas de opinião, o que irritou membros do governo e do PT.
Perguntada se pretende processar o banco, disse que vai "conversar", acrescentando, que conhece "bastante bem" o presidente-executivo do Santander, Emilio Botín.
(Reportagem de Jeferson Ribeiro; Edição de Alexandre Caverni)
segunda-feira, 28 de julho de 2014
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff rechaçou nesta segunda-feira ter cometido erros na condução da economia na sua gestão e reclamou do clima de pessimismo na área, mas admitiu que houve uma avaliação equivocada do governo sobre os impactos da crise financeira internacional no Brasil.
“O mesmo pessimismo que houve com a Copa está havendo com a economia. E como economia é na expectativa, é muito mais grave”, disse Dilma ao participar de sabatina organizada conjuntamente pelo jornal Folha de S.Paulo, portal UOL, rádio Jovem Pan e Rede SBT, realizada no Palácio da Alvorada.
O Brasil vem enfrentando um baixo crescimento com a inflação em 12 meses perto do teto da meta do governo --de 4,5 por cento mais 2 pontos percentuais de tolerância. E o mercado de trabalho começa a demonstrar sinais de fraqueza.
"Minimizamos os efeitos da crise sobre a economia brasileira", disse a presidente, repetindo que a inflação "não está descontrolada."
Questionada sobre se manteria Guido Mantega no Ministério da Fazenda e Alexandre Tombini como presidente do Banco Central num eventual segundo mandato, a petista não quis responder. “Não é hora de falar sobre ministério.”
A presidente também demonstrou irritação com a divulgação de um relatório do banco Santander na semana passada, que disse aos seus clientes mais ricos que a reeleição de Dilma poderia agravar o cenário econômico.
“Acho muito perigoso especular em períodos eleitorais”. E considerou a postura do banco como "lamentável", dizendo ser "inadmissível" aceitar qualquer interferência de um setor na economia e nas eleições. E achou "muito protocolar"o pedido de desculpas do banco após o episódio.
A coluna mensal para clientes ricos, intitulado "Você e seu dinheiro", do Banco Santander Brasil SA, observou que uma queda na popularidade de Dilma ajudou a desencadear uma alta recente no mercado de ações brasileiro, uma visão comum entre os economistas e investidores que acreditam que políticas intervencionistas do governo têm contribuído para a atual fraqueza econômica no Brasil.
A nota dizia ainda que o mercado poderia reverter parte dessa alta recente se a popularidade da presidente se estabilizasse ou melhorasse nas pesquisas de opinião, o que irritou membros do governo e do PT.
Perguntada se pretende processar o banco, disse que vai "conversar", acrescentando, que conhece "bastante bem" o presidente-executivo do Santander, Emilio Botín.
(Reportagem de Jeferson Ribeiro; Edição de Alexandre Caverni)
Israel alerta para guerra longa em Gaza e combatentes palestinos cruzam fronteira
Reuters
Israel alerta para guerra longa em Gaza e combatentes palestinos cruzam fronteira
segunda-feira, 28 de julho de 2014
Uma unidade de artilharia móvel israelense dispara contra a Faixa de Gaza nesta segunda-feira. 28/07/2014 REUTERS/Baz Ratner
Por Nidal al-Mughrabi e Crispian Balmer
GAZA/JERUSALÉM (Reuters) - Com uma expressão sombria, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, advertiu nesta segunda-feira que a guerra na Faixa de Gaza será prolongada, encerrando qualquer esperança de um fim rápido do conflito que já dura três semanas, enquanto combatentes palestinos lançaram um ataque audacioso na fronteira.
O Exército israelense disse que cinco de seus soldados morreram em dois incidentes separados, incluindo quatro em um ataque com morteiros.
"Tem sido um dia difícil, doloroso", disse Netanyahu em um discurso televisionado à nação.
"Precisamos estar preparados para uma campanha prolongada. Vamos continuar a agir com força e discrição até que nossa missão esteja cumprida", afirmou ele, acrescentando que as tropas israelenses não deixarão Gaza até que consigam destruir uma rede de túneis do Hamas.
Nesta segunda-feira, combatentes palestinos vindos da Faixa de Gaza se infiltraram em um vilarejo israelense e travaram uma batalha com soldados, desmoronando uma trégua durante o feriado muçulmano do Eid al-Fitr.
Segundo a televisão israelense, o confronto resultou na morte de cinco militantes, mas o movimento islâmico Hamas diz ter causado a morte de 10 soldados de Israel.
Depois da infiltração em Nahal Oz, numa vila formada por um kibutz, a leste da Cidade de Gaza, o Exército israelense emitiu um alerta para que milhares de palestinos abandonem suas casas no entorno da Cidade de Gaza. Esse tipo de aviso normalmente precede ataques retaliatórios.
Ao cair da noite em Gaza, fachos de luz do Exército iluminaram o céu, e o som de intenso bombardeio podia ser ouvido.
O incidente não foi a única brecha na frágil trégua. Oito crianças palestinas e dois adultos foram mortos em uma explosão num jardim ao norte da Faixa de Gaza.
Moradores culparam os bombardeios de Israel pela explosão no parque, na qual também ficaram feridos 40 pessoas, mas o governo israelense disse que se tratou de um foguete lançado pelo Hamas que errou o alvo e atingiu o jardim num campo de refugiados.
Poças de sangue se espalhavam no jardim do campo de refugiados, depois de uma das explosões. "Nós saíamos da mesquita quando vimos as crianças brincando com seus brinquedos. Segundos depois, o foguete caiu", disse Munther Al-Derbi, morador do campo. "Que Deus puna... Netanyahu", completou ele.
MAIS DE MIL MORTOS
As forças israelenses disseram que só estavam disparando para revidar os projéteis vindos de Gaza, enquanto engenheiros vasculham a fronteira leste do território em busca de túneis por onde se infiltram militantes.
Israel e os militantes palestinos em Gaza estão há três semanas envolvidos em confrontos nos quais 1.060 pessoas morreram em Gaza, na maioria civis, atingidos por bombardeios israelenses. Morreram também 48 soldados e três civis de Israel.
Os militantes islamitas do Hamas, a força dominante em Gaza, pediram uma pausa nas hostilidades nesta segunda-feira, no 21º dia do conflito com Israel, para a celebração do Eid, que marca o fim do mês do jejum do Ramadã.
Inicialmente Israel recusou, tendo abandonado a sua própria oferta de estender uma trégua de 12 horas iniciada no sábado, já que os militantes palestinos continuavam lançando foguetes. No entanto, a calma imperou gradualmente durante a noite, com apenas troca ocasional de fogo, até que uma série de explosões sacudiu Gaza no período da tarde.
Em seu discurso na televisão, Netanyahu disse que qualquer solução para a crise teria que incluir o desarmamento do Hamas.
"O processo para evitar o armamento da organização terrorista e desmilitarização da Faixa de Gaza deve ser parte de qualquer solução. E a comunidade internacional deve exigir isso vigorosamente", declarou ele.
O Hamas disse que suas forças se infiltraram em Israel para retaliar a morte das crianças no acampamento.
"Suas ameaças não assustam nem o Hamas nem o povo palestino, e a ocupação (israelense) pagará o preço pelos massacres contra crianças e civis", disse o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, à Reuters.
Falando em Nova York, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, lamentou o que ele descreveu como uma falta de vontade de todas as partes envolvidas no conflito.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, visitou a região na semana passada para tentar conter o derramamento de sangue, tendo o contato com o Hamas - o qual os EUA oficialmente não reconhecem - facilitado por Egito, Turquia, Catar e pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, apoiado pelo Ocidente.
Israel quer que o Egito, que também tem fronteira com a Faixa de Gaza e vê o Hamas como uma ameaça à sua segurança, assuma a liderança para conter os militantes islâmicos palestinos, preocupado com que o Catar e a Turquia cedam às pressões do Hamas para abrir as fronteiras do território bloqueado.
Israel alerta para guerra longa em Gaza e combatentes palestinos cruzam fronteira
segunda-feira, 28 de julho de 2014
Uma unidade de artilharia móvel israelense dispara contra a Faixa de Gaza nesta segunda-feira. 28/07/2014 REUTERS/Baz Ratner
Por Nidal al-Mughrabi e Crispian Balmer
GAZA/JERUSALÉM (Reuters) - Com uma expressão sombria, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, advertiu nesta segunda-feira que a guerra na Faixa de Gaza será prolongada, encerrando qualquer esperança de um fim rápido do conflito que já dura três semanas, enquanto combatentes palestinos lançaram um ataque audacioso na fronteira.
O Exército israelense disse que cinco de seus soldados morreram em dois incidentes separados, incluindo quatro em um ataque com morteiros.
"Tem sido um dia difícil, doloroso", disse Netanyahu em um discurso televisionado à nação.
"Precisamos estar preparados para uma campanha prolongada. Vamos continuar a agir com força e discrição até que nossa missão esteja cumprida", afirmou ele, acrescentando que as tropas israelenses não deixarão Gaza até que consigam destruir uma rede de túneis do Hamas.
Nesta segunda-feira, combatentes palestinos vindos da Faixa de Gaza se infiltraram em um vilarejo israelense e travaram uma batalha com soldados, desmoronando uma trégua durante o feriado muçulmano do Eid al-Fitr.
Segundo a televisão israelense, o confronto resultou na morte de cinco militantes, mas o movimento islâmico Hamas diz ter causado a morte de 10 soldados de Israel.
Depois da infiltração em Nahal Oz, numa vila formada por um kibutz, a leste da Cidade de Gaza, o Exército israelense emitiu um alerta para que milhares de palestinos abandonem suas casas no entorno da Cidade de Gaza. Esse tipo de aviso normalmente precede ataques retaliatórios.
Ao cair da noite em Gaza, fachos de luz do Exército iluminaram o céu, e o som de intenso bombardeio podia ser ouvido.
O incidente não foi a única brecha na frágil trégua. Oito crianças palestinas e dois adultos foram mortos em uma explosão num jardim ao norte da Faixa de Gaza.
Moradores culparam os bombardeios de Israel pela explosão no parque, na qual também ficaram feridos 40 pessoas, mas o governo israelense disse que se tratou de um foguete lançado pelo Hamas que errou o alvo e atingiu o jardim num campo de refugiados.
Poças de sangue se espalhavam no jardim do campo de refugiados, depois de uma das explosões. "Nós saíamos da mesquita quando vimos as crianças brincando com seus brinquedos. Segundos depois, o foguete caiu", disse Munther Al-Derbi, morador do campo. "Que Deus puna... Netanyahu", completou ele.
MAIS DE MIL MORTOS
As forças israelenses disseram que só estavam disparando para revidar os projéteis vindos de Gaza, enquanto engenheiros vasculham a fronteira leste do território em busca de túneis por onde se infiltram militantes.
Israel e os militantes palestinos em Gaza estão há três semanas envolvidos em confrontos nos quais 1.060 pessoas morreram em Gaza, na maioria civis, atingidos por bombardeios israelenses. Morreram também 48 soldados e três civis de Israel.
Os militantes islamitas do Hamas, a força dominante em Gaza, pediram uma pausa nas hostilidades nesta segunda-feira, no 21º dia do conflito com Israel, para a celebração do Eid, que marca o fim do mês do jejum do Ramadã.
Inicialmente Israel recusou, tendo abandonado a sua própria oferta de estender uma trégua de 12 horas iniciada no sábado, já que os militantes palestinos continuavam lançando foguetes. No entanto, a calma imperou gradualmente durante a noite, com apenas troca ocasional de fogo, até que uma série de explosões sacudiu Gaza no período da tarde.
Em seu discurso na televisão, Netanyahu disse que qualquer solução para a crise teria que incluir o desarmamento do Hamas.
"O processo para evitar o armamento da organização terrorista e desmilitarização da Faixa de Gaza deve ser parte de qualquer solução. E a comunidade internacional deve exigir isso vigorosamente", declarou ele.
O Hamas disse que suas forças se infiltraram em Israel para retaliar a morte das crianças no acampamento.
"Suas ameaças não assustam nem o Hamas nem o povo palestino, e a ocupação (israelense) pagará o preço pelos massacres contra crianças e civis", disse o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, à Reuters.
Falando em Nova York, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, lamentou o que ele descreveu como uma falta de vontade de todas as partes envolvidas no conflito.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, visitou a região na semana passada para tentar conter o derramamento de sangue, tendo o contato com o Hamas - o qual os EUA oficialmente não reconhecem - facilitado por Egito, Turquia, Catar e pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, apoiado pelo Ocidente.
Israel quer que o Egito, que também tem fronteira com a Faixa de Gaza e vê o Hamas como uma ameaça à sua segurança, assuma a liderança para conter os militantes islâmicos palestinos, preocupado com que o Catar e a Turquia cedam às pressões do Hamas para abrir as fronteiras do território bloqueado.
Homens que marcaram o Século XX : Henry Kissinger / 56º Secretário de Estado dos Estados Unidos Mandato 22 de setembro de 1973 a 20 de janeiro de 1977
56º Secretário de Estado dos Estados Unidos
Mandato 22 de setembro de 1973
a 20 de janeiro de 1977
Henry Alfred Kissinger (nascido Heinz Alfred Kissinger; Fürth, 27 de maio de 1923) é um diplomata americano, de origem judaica, que teve um papel importante na política estrangeira dos Estados Unidos entre 1968 e 1976.
Em 1938, devido às perseguições anti-semitas na Alemanha nazista, emigra com seus pais para os EUA, obtendo a cidadania americana em 19 de junho de 1943.
Depois de servir na Segunda Guerra Mundial, fez o seu doutoramento pela Universidade Harvard em 1954, tornando-se imediatamente instrutor na mesma instituição; depois de alguns anos, obteve o título de professor.
Kissinger foi conselheiro para a política estrangeira de todos os presidentes dos EUA de Eisenhower a Gerald Ford, sendo o secretário de Estado dos Estados Unidos (cargo equivalente a ministro das Relações Exteriores, no Brasil e de Ministro dos Negócios Estrangeiros, em Portugal), conselheiro político e confidente de Richard Nixon.
Em 1973 ganhou, com Le Duc Tho, o Prêmio Nobel da Paz, pelo seu papel na obtenção do acordo de cessar-fogo na Guerra do Vietnam. Le Duc Tho recusou o prêmio.
Henry Kissinger esteve envolvido numa intensa actividade diplomática com a República Popular da China, o Vietnam, a União Soviética e com África.
Ainda hoje uma figura polemica e controversa, alguns dos críticos de Kissinger acusam-no de ter cometido crimes de guerra durante sua longa estadia no governo como dar luz verde para a invasão indonésia de Timor (1975) e a golpes de estado no Chile e no Uruguai (1973), sendo que por diversas vezes Kissinger usava de uma política tortuosa, em que parecia jogar com um "pau de dois bicos" ; entre tais críticos incluem-se o jornalista Christopher Hitchens (no livro The Trial of Henry Kissinger) e o analista Daniel Ellsberg (no livro Secrets). Apesar de essas alegações ainda não terem sido provadas em uma corte de justiça, considera-se perigoso para Kissinger entrar em diversos países da Europa e da América do Sul.
Obras
Kissinger escreveu as seguintes obras:
Nuclear Weapons and Foreign Policy (1957)
A World Restored (1957)
The White House Years (1979)
Years of Upheaval (1982)
Diplomacy (1994)
Sobre a China / On China (2011)
Henry Kissinger
56º Secretário de Estado dos Estados Unidos
Mandato 22 de setembro de 1973
a 20 de janeiro de 1977
Presidentes Richard Nixon (1973–1974)
Gerald Ford (1974–1977)
Antecessor(a) William P. Rogers
Sucessor(a) Cyrus Vance
8º Conselheiro Nacional de Segurança
Mandato 20 de janeiro de 1969
a 3 de novembro de 1975
Presidentes Richard Nixon (1969–1974)
Gerald Ford (1974–1975)
Antecessor(a) Walt Whitman Rostow
Sucessor(a) Brent Scowcroft
Vida
Nome completo Heinz Alfred Kissinger
Henry Alfred Kissinger
Nascimento 27 de maio de 1923 (91 anos)
Fürth, Baviera, Alemanha
Progenitores Mãe: Paula Stern
Pai: Louis Kissinger
Dados pessoais
Alma mater Universidade Harvard
Nobel da Paz (1973)
Esposas Ann Fleischer (1949–1964)
Nancy Maginnes (1974–presente)
Partido Republicano
Religião Judaísmo
Serviço militar
Lealdade Estados Unidos
Serviço/ramo Exército dos Estados Unidos
Graduação Sargento
Unidade 970º Corpo de Contra-Inteligência
Trégua pedida por Conselho da ONU negligencia segurança de Israel, diz Netanyahu
Trégua pedida por Conselho da ONU negligencia segurança de Israel, diz Netanyahu
segunda-feira, 28 de julho de 2014
JERUSALÉM (Reuters) - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou nesta segunda-feira o pedido do Conselho de Segurança da ONU de uma trégua humanitária imediata na Faixa de Gaza, alegando que o posicionamento atendia às necessidades dos militantes islamitas do Hamas enquanto negligenciava a segurança de Israel.
O comunicado emitido pelo Conselho no domingo "refere-se às necessidades de um grupo terrorista assassino, que ataca civis israelenses, e não tem nenhuma resposta para as necessidades de segurança de Israel", disse Netanyahu ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, segundo informações repassadas por seu gabinete.
(Texto de Dan Williams)
segunda-feira, 28 de julho de 2014
JERUSALÉM (Reuters) - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou nesta segunda-feira o pedido do Conselho de Segurança da ONU de uma trégua humanitária imediata na Faixa de Gaza, alegando que o posicionamento atendia às necessidades dos militantes islamitas do Hamas enquanto negligenciava a segurança de Israel.
O comunicado emitido pelo Conselho no domingo "refere-se às necessidades de um grupo terrorista assassino, que ataca civis israelenses, e não tem nenhuma resposta para as necessidades de segurança de Israel", disse Netanyahu ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, segundo informações repassadas por seu gabinete.
(Texto de Dan Williams)
domingo, 27 de julho de 2014
Um dos maiores teólogos da atualidade: LEONARDO BOFF: "ISRAEL USA MÉTODOS DO NAZISMO"
Em entrevista ao Sul 21, o teólogo e escritor Leonardo Boff, diz que a grande contradição de Israel é ter sido vítima do nazismo no passado e hoje, no presente, utilizar seus métodos contra os palestinos; segundo ele, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sem "senso humanitário mínimo", é um dos responsáveis pelo genocídio; "ele e todos os presidentes são vítimas do grande lobby judeu, que tem dois braços: o dos grandes bancos e o da mídia", diz Boff
27 DE JULHO DE 2014
247 - O intelectual Leonardo Boff, um dos mais conhecidos teólogos do Brasil, concedeu uma importante entrevista à jornalista Débora Fogliatto, do portal Sul 21 (leia aqui a íntegra), em que aborda o massacre na Faixa de Gaza, que já deixou mais de mil mortos desde o seu início, há vinte dias. Segundo ele, embora tenha sido vítima do nazismo, Israel hoje adota os mesmos métodos. E Gaza, diz ele, é um imenso "campo de concentração".
Na entrevista, ele responzabiliza diretamente os Estados Unidos pelo conflito. "Eu acho que grande parte da culpa é do Obama, que é um criminoso. Porque nenhum ataque com drones (avião não tripulados) pode ser feito sem licença pessoal dele. Estão usando todo tipo de armas de destruição, fecharam Gaza totalmente, ficou um campo de concentração, e vão destruindo. Então eles têm um país que foi vítima do nazismo e utiliza os métodos do nazismo para criar vítimas. Essa é a grande contradição", diz Boff.
O teólogo menciona ainda a força do sionismo nos Estados Unidos. "Os Estados Unidos apoiam, o Obama e todos os presidentes são vítimas do grande lobby judeu, que tem dois braços: o braço dos grandes bancos e o braço da mídia. Eles têm um poder enorme em cima dos presidentes, que não querem se indispor e seguem o que dizem esses judeus radicais, extremistas e que se uniram à direita religiosa cristã. Isso está aliado a um presidente como Obama que não tem senso humanitário mínimo, compaixão para dizer ´acabem a matança´", diz ele
Segundo Boff, apenas uma pessoa teria autoridade para conduzir o processo de paz: o papa Francisco. "Esse Papa é absolutamente contemporâneo e necessário. Acho que é o único líder mundial que tem audiência e eventualmente poderia mediar essa guerra de massacre criminosa que Israel está movendo contra Gaza."
Ele também falou sobre as eleições presidenciais deste ano no Brasil. "Mesmo com todos os defeitos e violações de ética que houve, erros que o PT cometeu, ainda assim o projeto deles é o mais adequado para levar adiante um avanço. Agora se for ganhar para avançar, porque se for para reproduzir dá no mesmo do que outro ganhar.
http://www.brasil247.com/
Alexander Pope foi um dos maiores poetas britânicos do século XVIII.
Alexander Pope (21 de maio de 1688, Londres — 30 de maio de 1744, Twickenham, hoje parte de Londres) foi um dos maiores poetas britânicos do século XVIII.
Sua mocidade foi pontilhada de contratempos, consequência de ser filho de um comerciante católico. Foi proibido de frequentar escolas e universidades, mas, apesar disso, educou-se com esmero. Suas doenças e a deformidade física fizeram dele um caráter complicado. A principal contribuição de Pope foi nos ensaios e versos, nos quais expõe suas idéias estéticas e filosóficas. São poemas filosóficos ou didáticos, como Essay on Criticism (Ensaio sobre a crítica), obra de doutrina neoclássica, escrita aos 23 anos, na qual defende seus pontos de vista sobre a verdadeira poesia, e Essay on Man (Ensaio sobre o Homem) (1733—34), na qual discute se é ou não possível reconciliar os males deste mundo com a crença no criador justo e misericordioso. Compôs também uma sátira, Dunciad, em que o poeta declara vago o trono da torpeza, do aborrecimento e da estupidez e propõe o nome de seus inimigos para ocupá-los. Foi como satírico e moralista que se caracterizou na segunda parte de sua vida, quando escreveu The Rape of the Lock (O rapto da Madeixa) em que ridiculariza a extrema delicadeza da corte da Inglaterra.
Para muitos, Alexander Pope foi o satirista mais brilhante da era Augustana. Dentro da literatura satirista foi o sucessor natural de John Dryden e também o primeiro poeta inglês a ter fama internacional. Seu nome também é citado no livro da britanica J.K (Os Contos de Beedle o Bardo) Fazendo alusão às pesquisas de um dos maiores bruxos que já existiram (Alvo Dumbledore).
Citações:
Um homem nunca deve sentir vergonha de admitir que errou, o que é apenas dizer, noutros termos, que hoje ele é mais inteligente do que era ontem.
Aquele que diz uma mentira não calcula a pesada carga que põe em cima de si, pois tem de inventar infinidade delas para sustentar a primeira."
"Feliz do homem que não espera nada, pois nunca terá desilusões."
"Um pouco de cultura é uma coisa perigosa."
"Um homem nunca deve sentir vergonha de admitir que errou, o que é apenas dizer, noutros termos, que hoje ele é mais inteligente do que era ontem."
"Uma mente nobre tem vergonha de não se arrepender."
"É impossível que o homem de coração duro se interesse pelo bem público. Como pode amar milhões de homens aquele que não amou um só
"Estar com raiva é vingar-se das falhas dos outros em nós mesmos."
"Suportam melhor a censura os que merecem elogio."
"O divertimento é a felicidade daqueles que não sabem pensar."
"Encantos impressionam a vista, mas o mérito ganha o coração.
Economia Clássica - David Ricardo
http://www.economiabr.net/
nasceu em Londres, em 18 ou 19 de abril de 1772. Terceiro filho de um judeu holandês que fez fortuna na bolsa de valores, entrou aos 14 anos para o negócio do pai, para o qual demonstrou grande aptidão. Aos 21 anos rompeu com a família, converteu-se ao protestantismo unitarista e se casou com uma quacre. Prosseguiu suas atividades na bolsa e em poucos anos ficou rico o bastante para se dedicar à literatura e à ciência, especialmente matemática, q
David Ricardo uímica e geologia.
A leitura das obras do compatriota Adam Smith, principal teórico da escola clássica com The Wealth of Nations (1776; A riqueza das nações), levou-o a interessar-se por economia. Seu primeiro trabalho, The High Price of Bullion, a Proof of the Depreciation of Bank Notes (1810; O alto preço do lingote de ouro, uma prova da depreciação das notas de banco), mostrou que a inflação que então ocorria se devia à política do Banco da Inglaterra, de não restringir a emissão de moeda. Um comitê indicado pela Câmara dos Comuns concordou com os pontos de vista de Ricardo, o que lhe deu grande prestígio
Ricardo fazia distinção entre a noção de valor e a noção de riqueza.
O Valor era considerado como a quantidade de trabalho necessária à produção do bem, contudo não dependia da abundância, mas sim do maior ou menor grau de dificuldade na sua produção.
Já a riqueza era entendida como os bens que as pessoas possuem, bens que eram necessários, úteis e agradáveis.
O preço de um bem era o resultado de uma relação entre o bem e outro bem
Esse preço era representado por uma determinada quantidade de moeda, obviamente que variações no valor da moeda implicam variações no preço do bem.
Ricardo definia o Valor da Moeda como a quantidade de trabalho necessária à produção do metal que servia para fabricar o numerário. Analiticamente
Se o Valor da Moeda variasse, o preço do bem variava mas o seu Valor Não.
A teoria de David Ricardo é válida para bens reproduzíveis (Por exemplo um objecto de arte tem valor pela sua escassez e não pela quantidade de trabalho que lhe está inerente).
Tal Como Adam Smith, Ricardo admitia que a qualidade do trabalho contribuía para o valor de um bem.
Princípio Rendimentos Decrescentes
Sua principal contribuição foi o princípio dos rendimentos decrescentes, devido a renda das terras. Tentou deduzir um teoria do valor a partir da aplicação do trabalho.
Outra contribuição foi a Lei do Custo Comparativo, que demonstrava os benefícios advindos de uma especialização internacional na composição dos commodities do comércio internacional. Este foi o principal argumento do Livre Comércio, aplicado pela Inglaterra, durante o século XIX, exportando manufaturas e importando matérias primas.
A Renda
A Renda deveria ser tal de forma a que permitisse ao rendeiro a conservação do seu lucro à taxa de remuneração normal dos seus capitais.
O seu peso no Rendimento depende das condições de produção. Quem trabalha em melhores condições paga mais renda, contudo, quem acabava por pagar essa renda, era na realidade o consumidor final.
Eis uma grande diferença relativamente a Adam Smith, pois Smith acreditava que a Renda era a diferença entre o Rendimento e o Somatório dos Salários e dos Lucros.
O Salário
O trabalho era visto como uma mercadoria.
Há a distinguir duas noções de preços, a saber:
Preço Corrente à Salário determinado pelo jogo de mercado e pelas forças da procura e da Oferta
Preço Natural à O Salário que permitia subsistir e reproduzir sem crescimento nem diminuição.
O Preço Natural não é constante. Varia de acordo com o caso específico dos países, das épocas, ou seja, depende do ambiente em que se esteja inserido.
Este Preço tende a elevar-se (tomemos em consideração por exemplo, o facto, de o bem estar passar a incluir objectos que antes eram considerados de luxo e que com o progresso tecnológico e principalmente social, se tornam mais baratos e essenciais).
Duas situações podem ocorrer:
Se o Preço de Mercado for maior que o Preço Natural , existirá a tendência a viver melhor, e com mais condições de vida. Este facto levará a uma tendência para uma maior reprodução. Com a reprodução subirá a população. Essa subida da População levará a um aumento do número de trabalhadores (um aumento da procura de trabalho) e consequentemente os Salário praticado abarão por descer para o nível do Preço Natural
Se O Preço Natural for superior ao Preço de Mercado, a qualidade de vida das populações será menor, estabelecendo-se um raciocínio antagónico ao anterior, isto é, tendência para a menor reprodução, o que baixará a Procura de Trabalho. Essa diminuição da Procura de Trabalho levará a uma subida dos salários
Começa-se aqui a desenhar um dos ciclos viciosos que iremos explorar com maior detalhe na Sétima Parte da História do Pensamento Económico, que será também dedicada ao Pensamento de David Ricardo.
Os Lucros
Smith considerava que as Rendas era a diferença entre o Rendimento e os Salários+Lucros. (Rendas=Rendimento-Salários-Lucros)
Ricardo por outro lado, estabelece que os Lucros são a diferença entre o Rendimento e os Salários+Rendas (Lucros=Rendimentos-Salários-Rendas).
Um Agricultor que é detentor do Capital, guarda um lucro que é o que sobra depois de pagos as rendas e os salários.
Caso o Agricultor seja detentor das Terras, ganha o Lucro e a Renda.
Sendo as Rendas Fixas, os lucros tornam-se cada vez mais importantes, quanto mais baixos sejam os salários. Começa aqui a surgir a noção do Lucro ser um fenómeno inerente à Luta de Classes.
A teoria do Crescimento
Para Ricardo o crescimento depende da acumulação de capital, logo, depende da sua taxa de crescimento, isto é do Lucro.
Para Ricardo a existência de uma taxa de lucro elevada, implica um maior crescimento económico. Esse maior crescimento Económico levará a existência de uma poupança mais abundante, que permitirá a sua canalização para o Investimento.
Desenvolvimento Económico é assegurado pelo aumento do emprego e também pela melhoria das técnicas de produção.
Já o Comércio tem pouca importância no Crescimento Económico, sem contudo deixar de ser necessário. A sua importância releva da teoria das vantagens comparativas, pois permite que com a maior exportação, possamos importar mais e mais barato. Por isso o Comércio é muito importante, sem contudo representar um papel muito relevante para o Crescimento Económico.
Portanto, Ricardo defende que enquanto existir evolução da taxa de lucro, o crescimento estará assegurado. Contudo o Lucro, como vimos na Teoria da Repartição do Rendimento na Sexta Parte da História do Pensamento Económico, depende de outras variáveis, mais concretamente dos Salários e das Rendas, e aqui se começará a desenhar uma das contradições do sistema capitalista, que Marx irá explorar, mais concretamente a tendência para a baixa da taxa de lucro.
Raciocínio de Ricardo é muito simples. De fato, o Mundo apresenta uma tendência para a expansão. Essa expansão tem consequência ao nível da subida da população. A Subida da População levará a que novas terras (as menos férteis) tenham que ser cultivadas.
Como mais terras são cultivas, irá se verificar uma diferenciação no pagamento das rendas para as terras mais ou menos férteis.
Como as rendas aumentam, fruto da subida do preço das rendas das terras mais férteis, obviamente que o lucro diminuirá.
Ricardo explica esta tendência para a baixa da taxa de lucro de uma outra forma.
A acumulação de capital leva a uma subida da população (por exemplo com a existência de uma melhoria das condições de vida, haverá uma maior tendência para a procriação). Isso levará a um aumento da procura de trabalho, que levará a uma subida do nível de salário (consequentemente das condições de vida), existindo a necessidade de se aumentar a produção. Esse aumento da produção é obtido com a utilização de terras menos férteis, o que, como vimos anteriormente, levará a uma subida das rendas. O Lucro irá obviamente descer, e se o preço dos produtos agrícolas sobe, isso irá se repercutir no salário que também ira crescer, em conclusão, mais um factor que corrobora a ideia da tendência para a baixa da taxa de lucro.
Por causa desta lei, o crescimento fica ameaçada. Quanto maior for a taxa de lucro, menor será a apetência para o investimento.
Mais cedo ou mais tarde, o Rendimento Nacional parará de crescer, atingindo-se uma fase estacionária.
Ricardo encontrou duas formas de retardar isto:
1. Pela Importação de Produtos Agrícolas Com a importação de produtos agrícolas, consegue-se impedir que o preço suba e consequentemente os salários e as rendas aumentem.
2. Aumento da Produtividade Agrícola, via mecanização e novas descobertas à Esta mecanização poderá Ter um efeito perverso, obviamente que me refiro ao problema do desemprego. Contudo, Ricardo considerava que o seu desenvolvimento irá ser lento.
Tópicos relacionados:
• História do Pensamento Econômico
• Mercantilismo
• Fisiocracia
• Utilitarismo
• Economia Clássica
• Teoria Marxista
• Teoria Keynesiana
Confrontos em Gaza diminuem, mas esperança de trégua parece frágil
Confrontos em Gaza diminuem, mas esperança de trégua parece frágil
domingo, 27 de julho de 2014
Por Nidal al-Mughrabi e Maayan Lubell
GAZA/JERUSALÉM (Reuters) - Os combates diminuíram em Gaza neste domingo depois que militantes islamistas do Hamas disseram apoiar uma trégua humanitária de 24 horas, mas não havia sinal de qualquer acordo abrangente para acabar com o conflito com Israel.
O Hamas disse que apoiou um pedido da Organização das Nações Unidas (ONU) para uma pausa nos combates em função do feriado muçulmano de Eid al-Fitr, que deve começar nos próximos dias.
Alguns disparos ocorreram depois que o Hamas anunciou que ia colocar suas armas de lado e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, questionou a validade da trégua.
"O Hamas não aceita sequer seu próprio cessar-fogo, está continuando a disparar contra nós enquanto falamos", disse ele em entrevista à CNN, acrescentando que Israel ia "tomar quaisquer medidas necessárias para proteger o nosso povo".
No entanto, moradores da Faixa de Gaza e testemunhas da Reuters disseram que os bombardeios israelenses e o lançamento de mísseis do Hamas diminuíram lentamente durante a tarde, o que sugere que uma trégua de fato pode estar tomando forma, enquanto esforços internacionais para intermediar um cessar-fogo permanente pareciam hesitantes.
Mas militares israelenses disseram que vão precisar de mais tempo para destruir uma rede de túneis que cruzam a fronteira de Gaza, o que eles dizem ser um dos seus principais objetivos.
Israel e islamistas do Hamas que controlam Gaza concordaram em um cessar-fogo de 12 horas no sábado para permitir que os palestinos refaçam seus estoques de suprimentos e recuperem corpos dos escombros.
O gabinete de Netanyahu votou por estender a trégua até meia-noite de domingo a pedido da ONU, mas desistiu quando o Hamas lançou mísseis contra Israel durante a manhã.
Médicos palestinos disseram que pelo menos dez pessoas morreram na onda de ataques subsequentes que atingiu Gaza, incluindo uma mulher cristã, Jalila Faraj Ayyad, cuja casa na cidade de Gaza foi atingida por uma bomba israelense.
Cerca de 1.060 palestinos, a maioria civis e incluindo muitas crianças, foram mortos durante os 20 dias de conflito. Israel diz que 43 dos seus soldados morreram, assim como três civis mortos por mísseis e morteiros lançados do enclave no Mediterrâneo.
Esforços diplomáticos liderados pelo secretário de estado dos EUA, John Kerry, para acabar com o conflito de 20 dias, têm mostrado poucos sinais de progresso. Israel e Hamas estabeleceram condições que parecem inconciliáveis.
O Hamas quer o fim do bloqueio econômico israelense-egípcio de Gaza antes de concordar em interromper hostilidades. Israel sinalizou que poderia fazer concessões nessa direção, mas só se os grupos militantes de Gaza forem despojados de suas armas.
domingo, 27 de julho de 2014
Por Nidal al-Mughrabi e Maayan Lubell
GAZA/JERUSALÉM (Reuters) - Os combates diminuíram em Gaza neste domingo depois que militantes islamistas do Hamas disseram apoiar uma trégua humanitária de 24 horas, mas não havia sinal de qualquer acordo abrangente para acabar com o conflito com Israel.
O Hamas disse que apoiou um pedido da Organização das Nações Unidas (ONU) para uma pausa nos combates em função do feriado muçulmano de Eid al-Fitr, que deve começar nos próximos dias.
Alguns disparos ocorreram depois que o Hamas anunciou que ia colocar suas armas de lado e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, questionou a validade da trégua.
"O Hamas não aceita sequer seu próprio cessar-fogo, está continuando a disparar contra nós enquanto falamos", disse ele em entrevista à CNN, acrescentando que Israel ia "tomar quaisquer medidas necessárias para proteger o nosso povo".
No entanto, moradores da Faixa de Gaza e testemunhas da Reuters disseram que os bombardeios israelenses e o lançamento de mísseis do Hamas diminuíram lentamente durante a tarde, o que sugere que uma trégua de fato pode estar tomando forma, enquanto esforços internacionais para intermediar um cessar-fogo permanente pareciam hesitantes.
Mas militares israelenses disseram que vão precisar de mais tempo para destruir uma rede de túneis que cruzam a fronteira de Gaza, o que eles dizem ser um dos seus principais objetivos.
Israel e islamistas do Hamas que controlam Gaza concordaram em um cessar-fogo de 12 horas no sábado para permitir que os palestinos refaçam seus estoques de suprimentos e recuperem corpos dos escombros.
O gabinete de Netanyahu votou por estender a trégua até meia-noite de domingo a pedido da ONU, mas desistiu quando o Hamas lançou mísseis contra Israel durante a manhã.
Médicos palestinos disseram que pelo menos dez pessoas morreram na onda de ataques subsequentes que atingiu Gaza, incluindo uma mulher cristã, Jalila Faraj Ayyad, cuja casa na cidade de Gaza foi atingida por uma bomba israelense.
Cerca de 1.060 palestinos, a maioria civis e incluindo muitas crianças, foram mortos durante os 20 dias de conflito. Israel diz que 43 dos seus soldados morreram, assim como três civis mortos por mísseis e morteiros lançados do enclave no Mediterrâneo.
Esforços diplomáticos liderados pelo secretário de estado dos EUA, John Kerry, para acabar com o conflito de 20 dias, têm mostrado poucos sinais de progresso. Israel e Hamas estabeleceram condições que parecem inconciliáveis.
O Hamas quer o fim do bloqueio econômico israelense-egípcio de Gaza antes de concordar em interromper hostilidades. Israel sinalizou que poderia fazer concessões nessa direção, mas só se os grupos militantes de Gaza forem despojados de suas armas.
sábado, 26 de julho de 2014
Notícia que mais bombou na internet esta semana. Critica do Brasil a Israel quase extreitam relações diplomáticas
Quinta-feira (24/07) - Israel denunciou Brasil na quinta-feira para retirar seu embaixador em Israel para consultas em protesto contra a operação da IDF na Faixa de Gaza, chamando-o de uma potência econômica, mas uma potência diplomática irrelevante. "Esta é uma demonstração lamentável de por que o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua a ser um anão diplomático", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel. "Essas medidas não contribuem para promover a calma e estabilidade na região. Ao invés disso, eles fornecem vento de cauda com o terrorismo, e, naturalmente, afetar a capacidade do Brasil de exercer influência. Israel espera o apoio de seus amigos em sua luta contra o Hamas, que é reconhecido como um terror organização por muitos países ao redor do mundo ", acrescentou.
Leia mais em: http://zip.net
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