Konstantinos - Uranus
sábado, 5 de abril de 2014
José Wilker morre aos 66, vítima de infarto fulminante
José Wilker morre aos 66, vítima de infarto fulminante645
Do UOL, no Rio de Janeiro
1976 - Mauro Mendonça, Sônia Braga e José Wilker em cena de "Dona Flor e Seus Dois Maridos", filme dirigido por Bruno Barreto Divulgação
O ator José Wilker, 66, morreu na casa da namorada, a jornalista Claudia Montenegro, no Rio de Janeiro, na manhã deste sábado (5), vítima de um infarto fulminante, enquanto dormia. A informação foi confirmada ao UOL pelo produtor de teatro Cláudio Rangel. "Nós percebemos hoje de manhã. Graças a Deus, ele não sofreu nada", afirmou Rangel.
O socorro foi chamado por Claudia, que mora em Ipanema, Zona Sul do Rio, por volta das 10h, mas os médicos não conseguiram reanimar o ator. Na noite da última sexta, o ator estava aparentemente bem, ensaiando para uma peça que ia dirigir, disse Rangel.
Wilker deixa as filhas Isabel e Mariana. Ele foi casado três vezes, com as atrizes Renée de Vielmond, Mônica Torres e Guilhermina Guinle, e namorava Claudia Montenegro há três anos.
Jc Pereira e Sá Barreto/Agnews
5.abr.2014 - Ex-mulher de José Wilker, a atriz Renée de Vielmond vai ao apartamento da jornalista Claudia Montenegro, onde Wilker morreu
A atriz Renée de Vielmond e a filha Mariana foram pela manhã até o apartamento de Claudia, onde aguardaram a remoção do corpo. Este sábado é aniversário da Mariana, e uma festa estava programada no apartamento onde ela morava com Wilker, no Jardim Botânico.
O corpo de José Wilker será velado no Teatro Ipanema, na Zona Sul do Rio, hoje às 23h. A cerimônia será aberta ao público. No domingo, às 15h, o corpo será cremado no Cemitério Memorial do Carmo, na zona portuária da cidade.
O último trabalho do ator foi na novela "Amor à Vida", em que ele interpretou o médico Herbert. Antes disso, ele havia atuado em outra novela de Walcyr Carrasco, "Gabriela". Ao todo, Wilker atuou em 29 novelas, incluindo sucessos como "Roque Santeiro", "O Salvador da Pátria", "Anos Rebeldes" e "A Próxima vítima".
Pegos de surpresa, colegas e amigos de Wilker estão chocados. "O Zé é vivo ainda. Agora não adianta dizer o que fica dele. Não se pensou nisso. Ninguém pensou. Ele é muito vivo, presente, risonho, brincalhão", disse Vera Holtz ao UOL. Betty faria, Tony Ramos, Arlette Salles, Antônio Calloni e Maitê Proença também lembraram do como era a convivência com ele.
Nascido em Juazeiro do Norte, no Ceará, no dia 20 de agosto de 1947, José Wilker começou sua carreira como locutor de rádio no Ceará. Aos 19 anos, porém, ele se mudou para o Rio de Janeiro, onde começou a atuar. Um de seus primeiros trabalhos foi o filme "A Falecida", de 1965, protagonizado por Fernanda Montenegro.
Com uma extensa carreira também no cinema, Wilker atuou em 49 filmes, como "Bye Bye Brasil", "Dona Flor e Seus Dois Maridos", "Jango" e "Giovanni Improtta" - baseado em seu famoso personagem da novela "Senhora do Destino".
Na TV, atuou em mais de 30 novelas, a primeira foi em "Gabriela" (1979), como Mundinho Falcão. Em 2012, interpretou o Coronel Jesuíno Mendonça no remake da novela e ficou marcado pelo bordão "vou lhe usar".
Wilker também trabalhou como diretor, tendo sido o responsável por "Giovanni Improtta" e pelo seriado "Sai de Baixo", da Globo. Ele ainda dirigiu as novelas "Louco Amor", de 1983, e "Transas e Caretas", de 1984, assim como a peça de teatro "Rain Man".
sexta-feira, 4 de abril de 2014
Júlio César
Político e militar romano
Júlio César
13/7/100 a.C., Roma
15/3/44 a.C., Roma
Além de militar, César foi um intelectual ativo em Roma
"Alea jacta est.", isto é, "a sorte está lançada", disse Júlio César ao atravessar o rio Rubicão, voltando da Gália para Roma. Sabia que, a partir dali, não havia caminho de volta, ou tomava poder ou sua carreira política estaria encerrada.
Caio Júlio César nasceu em Roma, de uma família de patrícios, a elite romana. Segundo a lenda, sua antepassada mais remota era a própria deusa Vênus, mãe de Enéas, o primeiro povoador da península Itálica.
César viveu seus primeiros anos no bairro popular de Suburra, onde aprendeu, entre outras línguas, o hebraico e dialetos gálicos. Em 82 a.C. escapou às perseguições do ditador Lúcio Cornélio Sila, inimigo de sua família. Entre 81 a.C. e 79 a.C. Julio César prestou serviço militar na Ásia e na Cilícia (na atual Turquia).
Em 78 a.C., com a morte de Sila, regressou a Roma, iniciando carreira de advogado no fórum romano. Era o início de sua carreira política. Em 69 a.C., César foi eleito questor (magistrado encarregado de questões financeiras) pela Assembléia do povo. Foi-lhe designada a província romana da Hispania Ulterior.
Quatro anos mais tarde, foi eleito edil (encarregado dos serviços e obras públicas), e em 63 a.C. , "pontifex maximus" (sumo sacerdote - a religião romana estava ligada ao Estado). Neste mesmo ano, tornou-se pretor (juiz). Depois de um ano no cargo, assumiu o posto de governador da Hispania Ulterior.
Em 59 a.C. Júlio César tornou-se cônsul (chefe de governo) pela primeira vez. Em 58 a.C. iniciou a campanha militar pela conquista da Gália, que duraria até 52 a.C. O historiador Plutarco apontou como saldo dessas guerras 800 cidades capituladas, 300 tribos submetidas, um milhão de gauleses escravizados e outros três milhões mortos nos campos de batalha.
Em 50 a.C., o senado liderado por Pompeu ordenou o regresso de César e a desmobilização das suas legiões na Gália. Júlio César não cumpriu a ordem e, atravessando o Rubicão, no norte da Itália, deu início a uma guerra civil que duraria dois anos. Em 48 a.C. derrotou definitivamente Pompeu, em Farsala. Regressou a Roma, tornando-se ditador (na Roma antiga, o governante com plenos poderes, embora nomeado pelo Senado e por um período previamente estabelecido).
César consolidou seu domínio do mundo conhecido na época, através de uma série de campanhas complementares: no Egito, na África , na Espanha (48-45 a.C.). Em Roma sua posição tornou-se cada vez mais monárquica, à medida que assumia sucessivamente o consulado e estendia a duração de seus poderes ditatoriais. Por fim, assumiu não somente a realeza (convertendo a República romana em Império), mas também a condição de deus vivo.
Entre o povo e as legiões romanas, sua popularidade era imensa, devido aos triunfos militares que enriqueciam a cidade e eram generosamente distribuídos, embora de forma desigual, aos cidadãos romanos. Durante o período em que esteve à frente do Estado romano, introduziu importantes reformas administrativas e estendeu a cidadania romana a outras regiões do império. Também reformou o calendário, introduzindo um que encerrava os séculos de confusão causados pela defasagem entre o ano lunar e o solar.
Nesse meio tempo, teve a célebre relação amorosa com Cleópatra, a quem fez rainha do Egito - então uma das mais ricas províncias romanas. Mas em Roma os senadores não só desaprovavam essa união como usavam-na como pretexto para difamá-lo. Percebendo sua intenção de acabar definitivamente com a República e centralizar em suas mãos o poder, bem como transmiti-lo a um descendente, os senadores conspiraram para matar César, o que aconteceu em 44 a.C.
Em seu testamento, porém, ele deixou todos os seus bens para a população de Roma. Esta, também incitada por Marco Antônio, reagiu contra os conspiradores, forçando-os a fugir da cidade. Alguns historiadores contemporâneos levantam a tese de que Júlio César, sentindo-se velho e sofrendo de epilepsia, deixou-se matar, acreditando que com isso, seu sucessor no governo romano seria seu herdeiro legal, Otaviano Augusto, como aconteceu de fato.
Destaque-se que, além do talento militar, César teve também uma grande atuação intelectual em Roma. Foi um orador elogiado por Cícero - o maior dos oradores romanos. Escreveu poesia e dois livros sobre gramática latina. Sua obra principal chama-se "Comentários" que abrange sete livros sobre a guerra da Gália e sobre a guerra civil, em que, com um estilo supostamente objetivo e imparcial, defende-se das muitas acusações que lhe foram feitas por seus críticos.
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CPI da Espionagem aponta Brasil vulnerável e propõe nova legislação
CPI da Espionagem aponta Brasil vulnerável e propõe nova legislação
Por Karla Mendes, especial para a Reuters
BRASÍLIA, 4 Abr (Reuters) - O relatório final da CPI da Espionagem confirma a vulnerabilidade do Brasil e sugere uma lei que determine o fornecimento de dados de cidadãos e empresas nacionais a organismos no exterior apenas mediante autorização judicial, segundo mostra documento obtido com exclusividade pela Reuters.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi instalada no Senado Federal em setembro de 2013, após uma série de revelações de espionagem no Brasil pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA), com base em documentos vazados pelo ex-prestador de serviços da agência norte-americana Edward Snowden.
"Os acontecimentos que motivaram esta CPI assinalam... o despreparo do poder público no Brasil para fazer frente às ações de inteligência de outros governos e organizações", atesta o relatório de 301 páginas, que será divulgado oficialmente na próxima quarta-feira, 9 de abril.
O relatório da CPI --que foi presidida pela autora do requerimento de criação da comissão, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), e que teve como relator o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES)-- vai na contramão de declarações da presidente Dilma Rousseff em setembro passado na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, quando afirmou que "o Brasil sabe proteger-se".
Até comunicações de Dilma com seus assessores diretos teriam sido monitoradas pela NSA, de acordo com as denúncias de Snowden.
Ao apontar que há "profunda vulnerabilidade do Estado brasileiro e de nossa população a ações de espionagem" e que isso continuará a ocorrer, a CPI conclama que o país "desenvolva mecanismos de proteção do conhecimento e de segurança cibernética".
Segundo o relatório, algumas das vulnerabilidades são consequências da própria infraestrutura de comunicações que o Brasil tem adotado ao longo dos anos. A maioria dos cabos submarinos para ligações internacionais passa por Miami, mesmo que os EUA não sejam o destino final da chamada.
"Estamos entregando informação para eles (os norte-americanos)", alertou o especialista em segurança cibernética Paulo Pagliusi, um dos ouvidos pela CPI, em uma entrevista no Rio de Janeiro.
Uma integrante do grupo Code Pink protesta contra o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a Agência de Segurança Nacional (NSA) antes da chegada dele no Departamento de Justiça em Washington, nos EUA, em janeiro. 17/01/2014 REUTERS/Larry Downing
Há ainda limitações do próprio sistema de inteligência brasileiro. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin), por exemplo, não pode interceptar ligações e tem orçamento apertado. Dos quase 530 milhões de reais previstos para a Abin em 2012, 467,2 milhões de reais tinham como destinação gastos com pessoal e encargos sociais, 55,7 milhões de reais para outras despesas correntes e apenas 4,9 milhões de reais para investimentos.
"Não há interesse em investir em inteligência. E se tem medo da inteligência", ressaltou o consultor legislativo do Senado e ex-agente da Abin, Joanisval Brito Gonçalves.
O relatório final da CPI sugere mudanças que aumentem a segurança cibernética do Brasil em quatro grandes linhas de atuação: tecnológica, pessoal, processual e institucional.
A construção de cabos submarinos que não passem pelos EUA, o lançamento de satélite brasileiro e o desenvolvimento de tecnologia nacional são algumas das recomendações. Investimentos em sistemas de inteligência, inteligência de sinais e criptografia também devem ser priorizados.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) recomenda, entre outras coisas, que o governo crie mecanismos de controle para monitorar o ciclo completo de desenvolvimento e produção de hardware e software no país.
SEM INDÍCIOS DE AUTORIA
O relatório da CPI mostra que não foi possível confirmar a "materialidade de crime" relacionada às denúncias de espionagem divulgadas pela imprensa em 2013, com investigações inconclusivas sob essa ótica.
A CPI avalia que a Polícia Federal terá dificuldade para comprovar delito e indícios de autoria.
"Os depoimentos colhidos nos autos do inquérito são todos, infelizmente, muito evasivos, de modo que até então a PF sequer tinha ideia de onde teria sido efetuada a interceptação clandestina: se no território brasileiro, nos cabos submarinos, nos satélites geoestacionários ou se as informações foram simplesmente cedidas pelas empresas de serviços de Internet, a partir de servidores localizados nos EUA", destaca o relatório.
Uma integrante do grupo Code Pink protesta contra o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a Agência de Segurança Nacional (NSA) antes da chegada dele no Departamento de Justiça em Washington, nos EUA, em janeiro. 17/01/2014 REUTERS/Larry Downing
PROJETO DE LEI
O relatório da CPI traz em anexo um projeto de lei que exige autorização judicial prévia para o acesso por autoridades e organismos internacionais a dados de brasileiros e empresas nacionais.
Ao mesmo tempo em que destaca que os brasileiros têm direito à inviolabilidade e ao sigilo do fluxo de suas comunicações, salvo por ordem judicial, a CPI reconhece que "faz-se necessário assegurar o livre fluxo de informações entre autoridades governamentais e tribunais estrangeiros para a investigação de atos ilícitos".
Pelo projeto, o Poder Judiciário deverá elaborar e publicar semestralmente relatório com os pedidos formulados por organismos estrangeiros a respeito de dados de comunicações de brasileiros ou de empresas nacionais, "indicando o número, a natureza das requisições e se os dados foram ou não fornecidos".
domingo, 30 de março de 2014
Forças policiais ocupam favelas da Maré sem violência
Forças policiais ocupam favelas da Maré sem violência
RIO DE JANEIRO, 30 Mar (Reuters) - Em cerca de vinte minutos e sem nenhum disparo de arma de fogo, tropas militares do Rio de Janeiro, com apoio das Forças Armadas, ocuparam neste domingo o conjunto de favelas da Maré, na zona norte da cidade, local próximo a importantes vias expressas da capital fluminense e do aeroporto internacional da cidade.
A ocupação já havia sido anunciada na última sexta-feira e moradores das comunidades da Maré informaram que traficantes já tinham fugido. Por isso, não houve resistência à ocupação. Operações rotineiras já vinham sendo feitas pela Polícia Militar em algumas comunidades da Maré e um dos chefes do tráfico de drogas, conhecido como Menor P, foi preso na última quarta-feira.
Aproximadamente 1,5 mil militares foram empregados na dominação da Maré. Vinte e um blindados da Marinha deram apoio logístico e operacional à ocupação. "É um local estratégico para nós, uma cidade dentro da cidade e com a presença de traficantes durante anos", disse a jornalistas o secretário de segurança pública do Estado, José Mariano Beltrame.
O complexo da Maré reúne cerca de 15 favelas onde moram aproximadamente 130 mil pessoas. O conjunto de favelas é um dos locais mais perigosos da cidade e um importante entreposto de armas, drogas e munições.
Ali perto, passam vias expressas como Avenida Brasil, Linha Vermelha e Linha Amarela. Todas foram interditadas ainda de madrugada para a passagem das forças de segurança que entraram na Maré. O aeroporto internacional do Rio de Janeiro também fica a poucos quilômetros da comunidade.
Operações paralelas foram feitas pela PM do Rio em favelas do Rio de Janeiro e Grande Rio, onde foram apreendidos armas, drogas e suspeitos. Na Maré, também houve prisão de suspeitos e apreensão de drogas.
A ocupação do conjunto de favelas ocorre após uma onda de ataques de traficantes a policiais e bases de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em diversos pontos da cidade.
"Fomos provocados e intimidados nos últimos dois, três meses pelo poder paralelo em uma tentativa de enfraquecer uma política de segurança. É uma resposta que o povo do Rio de Janeiro e do Brasil reconhece", disse a jornalistas o Governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB).
A ideia do governo estadual é manter temporariamente os policiais militares na Maré por um tempo e depois transferir o controle da região às Forças Armadas, que devem permanecer no local até que a secretaria de segurança tenha efetivo suficiente para implantar uma UPP no complexo de favelas no segundo semestre.
Especula-se que o Exército entrará na Maré a partir da primeira semana de abril com ao menos 4 mil pessoas.
(Por Rodrigo Viga Gaier)
Van Gogh, Pintor holandês
Pintor holandês
Van Gogh
30/03/1853, Groot-Zundert, Holanda
29/07/1890, Auvers-sur-Oise, França
Auto-retrato do pintor holandês Vincent Van Gogh
A genialidade de Vincent Van Gogh somente foi reconhecida após a sua morte. Em vida, o artista holandês, que passou fome e frio, viveu em barracos e conheceu a miséria, vendeu apenas uma pintura _ "O Vinhedo Vermelho". Em maio de 1990, uma de suas mais conhecidas obras, "O Retrato de Dr. Gachet", pintado um século antes, justamente no ano de sua morte, foi comercializado por US$ 82,5 milhões.
Maior expoente do pós-impressionismo, ao lado de Paul Gauguin e Paul Cézanne, Vicent Willen Van Gogh, foi sempre sustentado pelo irmão Theodorus, com quem trocou mais de 750 correspondências, documentos fundamentais para um estudo mais aprofundado de sua arte. Na sua fase mais produtiva (1880/90), Van Gogh foi completamente ignorado pela crítica e pelos artistas. Atualmente, os seus quadros estão entre os mais caros do mundo.
Na infância, Van Gogh aprendeu inglês, francês e alemão. Mas, com apenas 15 anos, deixou os estudos para trabalhar na loja de um tio, em Haia (Holanda). Com 24 anos, achou que a sua vocação era trabalhar com a evangelização, chegando a estudar teologia, em Amsterdã. Pouco tempo depois, dividiu os seus poucos bens com os pobres e passou a ser sustentado pelo irmão, ao mesmo tempo em que iniciava a carreira profissional como pintor.
Van Gogh, que também morou na França e na Bélgica (onde conviveu com mineiros extremamente pobres), pintou mais de 400 telas _os três anos anteriores à sua morte foram os mais produtivos. Uma mudança fundamental na vida do pintor holandês aconteceu quando Van Gogh trocou Paris por Arles, mais ao sul da França. Na pequena cidade, Van Gogh aluga uma casa e intensifica o seu trabalho, ao lado de Gauguin.
Após um período de ótima convivência, os dois pintores começam a discutir muito e Van Gogh ataca Gauguin com uma navalha em dezembro de 1888. Inconformado com o fracasso do ataque e completamente transtornado, Van Gogh corta o lóbulo de sua orelha esquerda com a própria arma. Em seguida, embrulha o lóbulo e o entrega a uma prostituta. Internado em um hospital, recebe a visita do irmão Theodorus. No começo de janeiro de 1889, Van Gogh deixa o hospital, mas apresenta sinais evidentes de disfunção mental _às vezes, aparenta tranqüilidade, em outras oportunidades, demonstra alucinações.
Internado pelo irmão em um asilo, Van Gogh não deixa de pintar. Por ironia, à medida que a sua saúde fica ainda mais deteriorara, a classe artística começa a reconhecer o seu talento, expondo alguns de seus trabalhos em museus. Quando deixou o asilo, o pintor holandês foi morar nas imediações da casa de seu irmão. Nesta época, pinta, em média, um quadro por dia. Depois de ver os seus problemas mentais serem agravados, Theodorus decide que Van Gogh será tratado pelo médico Paul Gachet. Em maio de 1890, aparentando estar recuperado, Van Gogh passa a morar em Auvers-sur-Oise, a noroeste de Paris, onde pinta freneticamente.
Em julho, uma nova recaída no estado de saúde do pintor holandês, que também demonstra inconformismo com as dificuldades financeiras enfrentadas pelo seu irmão. No dia 27, Van Gogh sai para fazer um passeio e toma uma decisão drástica _atira contra si mesmo, no tórax. Cambaleando, volta para a sua casa, mas não comenta com ninguém que tinha tentado o suicídio. Encontrado por amigos, Van Gogh passa as últimas 48 horas de sua vida, conversando com o seu irmão _os médicos não conseguiram retirar a bala do tórax. No dia 29, pela manhã, o pintor morreu e o seu caixão foi coberto com girassóis, flor que ele amava. Aliás, a tela "Os Girassóis" é uma das obras-primas de Van Gogh. uol educação
domingo, 23 de março de 2014
Reedição da Marcha da Família pede intervenção militar no País Por Carolina Garcia - iG - São Paulo
Reedição da Marcha da Família pede intervenção militar no País
Por Carolina Garcia - iG - São Paulo
Com o objetivo de "salvar o Brasil do comunismo", manifestantes percorreram as ruas do centro de São Paulo; quatro pessoas foram detidas.
50 anos após o golpe, SP é palco de marchas a favor e contra a ditadura
A reedição da "Marcha da Família com Deus pela Liberdade", em São Paulo, contou com mil pessoas, sendo grande parte formada por curiosos, de acordo com a Polícia Militar. O número de manifestantes neste sábado foi menor do que a página do grupo no Facebook previa. Nas redes sociais, ao menos 2 mil pessoas confirmaram presença. Entre faixas, camisetas e adereços militares, todos gritavam por uma imediata intervenção militar no Brasil, um golpe contra a atual presidente Dilma Rousseff, chamada de terrorista pelos presentes.
Ao menos 150 homens da Polícia Militar, entre a Força Tática e a chamada Tropa do Braço, foram deslocados para fazer a segurança da manifestação. O ato percorreu as ruas do centro da capital. Por volta das 16h, o movimento marchou da Praça da República até a Praça da Sé, que era ponto de encontro para a segunda manifestação do dia, a Antifacista, que relembrou os violentos e crimes contra os direitos humanos da Ditadura.
Já na concentração da Marcha ocorreram os primeiros atritos com manifestantes chamados de "petistas", por usarem peças de roupa vermelhas, cor do Partido dos Trabalhadores (PT). A PM precisou ser acionada para intervir aos gritos de "Lula ladrão" e "PT roubou". Um fotógrafo chegou a ser agredido no tumulto. Outros dois incidentes chamaram a atenção nesta tarde. Um grupo de 30 pessoas que seguia para o show do Metallica passou por apuros. Os metaleiros vestiam preto e foram confundidos com black blocks. Logo, manifestantes da Marcha começaram a gritar "lixo, lixo". Felizmente, o equívoco foi desfeito e não houve embate.
Dois homens não tiveram a mesma sorte dos metaleiros. Carregando cartazes da "Marcha da quase Família" e com vestes de empregadas domésticas, eles não foram bem recebidos pelos manifestantes. Rapidamente tiveram seus cartazes rasgados e foram hostilizados. "Vai para Cuba", gritaram os manifestantes. Muitos jornalistas homens foram hostilizados e chamados de comunistas por participantes porque tinham barba. Durante todo o trajeto a Marcha contou como plano de fundo o Hino Nacional, que foi cantado ao menos dez vezes.
O ato terminou por volta das 18h30 já no seu destino final, a Praça da Sé, com um saldo de quatro pessoas detidas pela PM. Todos teriam sido encaminhados ao 8º DP. Entre os presos, uma jovem que irá responder por crime ambiental, por ter pichado a faixa de um manifestante e outros três homens foram enquadrados por agressão, um deles teria atirado uma pedra na cabeça de um tenente da PM. Outro teria acertado um policial com uma lâmpada.
Marcha para quê?
Os organizadores do evento dizem que há ameaça comunista no Brasil e pedem a volta dos militares ao poder para acabar com a corrupção e moralizar o País. Para tanto, decidiram fazer a reedição da Marcha da Família com Deus pela Liberdade.
Em 19 de março de 1964, a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, convocada por parte da elite paulistana e da classe média, reuniu mais de 200 mil pessoas e protestava contra a "ameaça comunista". O ato virou símbolo do golpe que tirou o presidente eleito João Goulart do poder em 1º de abril.
Às 15 horas deste sábado (22), manifestantes chegaram à Praça da República, no centro de São Paulo, com roupas camufladas que lembravam o Exército e carregando imagens de santos, uma alusão à Igreja. Muitos seguravam cartazes e estavam enrolados em bandeiras do Brasil.
Aos gritos de “um, dois, três, quatro, cinco, mil, queremos os militares no comando do Brasil”, os manifestantes seguiram em direção à Praça da Sé, às 4h20. Foram deslocados 150 homens da PM, Força Tática e Tropa do Braço para fazer a segurança da manifestação.
“O País esta perdendo o seus valores e indo para o ralo. Não podemos suportar isso. Queremos resgatar os valores com os militares no poder”, disse o técnico em enfermagem, Abraão Alberto Silva, 54 anos, durante a reedição da Marcha.
Mesmo com a decepção com o País, o ufanismo era forte entre os manifestantes. Nas duas primeiras horas de evento, foi possível escutar três vezes o hino nacional. No carro que abria a marcha, a imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, agradou religiosos. Um grupo de seminaristas apoiou o uso da imagem já que para eles, ela representa o mais puro sentimento de humanismo e família.
O seminarista Gabriel Piccoli, 20 anos, veio prestar apoio ao movimento e acredita que a intervenção militar pode ser uma opção. Ele só discorda do tom dado ao movimento, como ofensas a presidente Dilma, tratada como terrorista e comunista pela maioria dos manifestantes.
“Ao contrário do que muitos pensam, nós seminaristas estamos muito ligados no que acontece no Brasil. Se os militares resgatarem os valores morais da sociedade eles são uma opção sim. Tudo é bem vindo menos o comunismo e o socialismo que são abomináveis”, disse.
sexta-feira, 21 de março de 2014
quinta-feira, 20 de março de 2014
As Cruzadas
As Cruzadas
As Cruzadas foram expedições organizadas pela nobreza sob a inspiração do Papado para libertar a Terra Santa, isto é, a Palestina, onde Jesus Cristo nascera, pregara e morrera, do domínio dos turcos. Estes, originários do Turquestão, haviam se convertido ao islã, e uma de suas tribos, os Seldjúlcidas ocupara, em meados do século XI, a Mesopotâmia, a Síria, a Palestina e parte da Ásia Menor, proibindo as peregrinações de cristãos.
Para "salvar" a Europa Oriental e a Terra Santa o Papa Urbano II convocou a nobreza européia dando origem em 1095 a 1ª Cruzada, transformava assim a guerra tão comum no Ocidente, em "guerra contra os infiéis". As Cruzadas, que se estenderam até o século XIII, tiveram como principal motivação a fé, seguida do gosto pela aventura e pelo interesse de cidades italianas em incentivarem o comércio, que já existia, com os muçulmanos.
As Causas das Cruzadas
Vitral de As Cruzadas
A população da Europa Medieval possuía mentalidade profundamente religiosa; vivia apegada a superstições e profecias que prenunciavam o fim do mundo. Eles acreditavam que os problemas que estavam acontecendo eram causados pela ocupação do túmulo de Cristo (o Santo Sepulcro na Terra Santa, ou Jerusalém) pelos mulçumanos. Portanto, em sua mentalidade, a solução para seus problemas era acabar com o poder islâmico sobre a região. Além disso, a Igreja pregava aos fiéis que se lutassem contra a ocupação da Terra Santa estariam agradando a Deus e conquistando um lugar no paraíso.
As Cruzadas representavam vantagens para a nobreza secundogênita, uma vez que apenas os primogênitos teriam direito de herança sobre a terra e os bens da família. Assim, os movimentos cruzadistas davam a esses nobres a chance de possuir terras, motivando-os a lutar contra os "infiéis".
A explosão demográfica foi outro fator para que ocorressem as expedições. A necessidade de obter terras para diminuir a pressão populacional na Europa foi decisiva o início do movimento.
Além disso, a Igreja queria diminuir a violência que era comum na Idade Média e estava presente em festas e banquetes com o intuito de divertir. Para isso, o clero decidiu redirecionar essa violência para causas mais "úteis". No caso, expulsar os mulçumanos de Jerusalém.
Os europeus tinham interesse também nos produtos orientais: especiarias(pimenta, cravo, canela, etc), tecidos, jóias, etc.
1ª Cruzada (1095-1099)
Convocada, na França, como uma guerra santa, pelo papa Urbano II. Teve inicio efetivamente com a partida rumo à Jerusalém em 1096. Obtiveram sucesso, conquistaram a Terra Santa, o principado de Antioquia, e os condados de Trípoli e Edessa, ficando estes praticamente independentes do rei de Jerusalém. Os expedicionários fundaram vários "Estados" no Oriente Próximo, conhecidos, então, pela denominação de Outremer, ou seja, "Além mar". Esses "Estados" estavam organizados segundo os padrões feudais.
2ª Cruzada (1147-1149)
Foi estimulada por São Bernardo, em vista da retomada, pelos islâmicos, da cidade de Edessa. O fracasso só não pode ser considerado pleno, porque Lisboa acabou sendo conquistada dos muçulmanos pelos soldados cruzados que saíram de Flandres e da Inglaterra em direção à Palestina. O resultado ali obtido foi de fundamental importância para a formação do Reino de Portugal. Fora isso, também, conseguiram os cruzados normandos conquistar aos infiéis, possessões anteriormente pertencentes ao Império Bizantino, Corfu, Corinto e Tebas. Na Segunda Cruzada não houve aquele calor ardente nem o empenho da primeira, como conseqüência suas forças pereceram na Ásia Menor e as que alcançaram a Palestina sofreram grave derrota em 1148, quando intentavam tomar Damasco. Foi um desastre total deixando profundo ressentimento no Ocidente contra o Império do Oriente em face do insucesso.
3ª Cruzada (1189-1192)
Decidida pelo papa Gregório VIII, essa Cruzada foi organizada depois que o sultão Saladino retomou Jerusalém, a Cidade Santa. Teve a participação de Ricardo Coração de Leão, da Inglaterra; do imperador Frederico Barbarossa, ou Barba-Ruiva, do Sacro Império Romano Germânico; e Filipe Augusto, de França. Essa Cruzada ficou conhecida como a Cruzada dos Reis. Nela Frederico Barba-Ruiva, então com 67 anos, morreu afogado e Ricardo Coração de Leão assinou com Saladino um acordo que permitia aos cristãos peregrinar com segurança até Jerusalém.
4ª Cruzada (1202-1204)
A Quarta Cruzada teve grandes conseqüências políticas e religiosas. Em vez de se dirigirem para a Terra Santa que era o ponto crucial do conflito entre cristãos e mulçumanos, resolveu se deslocar na direção de Constantinopla. O papa Inocêncio III não gostou desta idéia e proibiu este desvio do propósito inicial, que tinha como meta derrubar o Imperador Aleixo III. Tudo isto por causa da promessa de Aleixo, filho do deposto Isaque II, que prometeu aos cruzados bom pagamento pelo auxílio para que assumisse o Império. O imperador foi derrubado, mas Aleixo não conseguiu cumprir suas promessas, motivo pelo qual os cruzados tomaram Constantinopla em 1204 e saquearam seus tesouros. As relíquias das igrejas foram as mais visadas. O Império Oriental foi dividido. Balduíno de Flandres foi feito imperador e um patriarca latino foi nomeado papa. Esta conquista latina tornou-se um desastre porque enfraqueceu o Império Oriental e agravou o ódio entre a cristandade grega e latina.
A Cruzada das crianças (1212)
Constituída por crianças e adolescentes que acreditavam estarem possuídas do poder Divino e, por isso, alcançariam com facilidade e sucesso a posse de Jerusalém. Multidões de crianças e jovens partiram da França e do Sacro Império em direção aos portos do litoral, querendo dali embarcar em direção a Palestina. Teve fim trágico pois, além de muitos perecerem na viagem, assim que alcançaram o porto de Alexandria, no Egito, foram vendidos, pelos mercadores de Marselha, como escravos para os muçulmanos.
5ª Cruzada (1217-1221)
Essa Cruzada ficou conhecida pelo completo fracasso que conseguiu. Chefiada primeiro por André II, rei da Hungria e depois por João Brienne, não conseguiu suportar as enchentes do rio Nilo, no Egito, e viu-se obrigada a desistir de seus objetivos. Era constituída por austríacos, cipriotas, francos da Síria, frísios, húngaros e noruegueses. Foi motivada pela decisão de Inocêncio III em tomar uma fortaleza muçulmana existente sobre o monte Tambor, no Egito.
6ª Cruzada (1228-1229)
A Sexta Cruzada teve como líder o Imperador Frederico II que partiu em 1227, adoeceu e retornou. Ao chegar o Papa Gregório IX o considerou desertor e, tendo outros motivos para hostilizá-lo, o excomungou. Em 1228 partiu novamente e no ano seguinte, assinou um tratado feito com o sultão do Egito, obteve a posse de Jerusalém, Belém, Nazaré e um ponto da costa. Jerusalém ficou em poder dos cristãos novamente. Mas, em 1244 foi definitivamente perdida mais uma vez. Quando o espírito das Cruzadas estava morrendo o Rei Francês Luís IX, levou uma expedição desastrosa contra o Egito. Foi preso e num ataque em Túnis em 1270 foi morto.
7ª Cruzada (1248-1250)
Foi organizada a partir de pregação de Inocêncio IV feita no Concílio de Lyon (1245). Teve por comandante Luís IX, de França. Também enfrentou problemas com as cheias do Nilo, onde debateu-se e foi eliminada pelo tifo. Luís IX acabou capturado na derrota que sofreu em Mansurá e seus correligionários, para reavê-lo, submeteram-se a pagar um pesado resgate de 500 mil moedas de ouro.
8ª Cruzada (1270)
Também foi comandada por Luís IX. A situação no Oriente Próximo apresentava-se bem mais complicada que em qualquer outro período anterior às demais Cruzadas. As ordens religiosas cristãs existentes na região para defendê-la e auxiliar os peregrinos encontravam-se em discórdia umas com as outras. Os turcos encontravam, além de desunidos, enfrentando a ameaça de outro poderosos inimigo: os mongóis, chefiados por Gêngis Khan. Por outro lado, os cristãos estavam sendo atacados e conduzidos em direção ao mar Mediterrâneo pelos muçulmanos seldjúcidas, ou mamelucos, do Egito. Nem bem desembarcou em Túnis, Luís IX veio a falecer devido à peste. Devido, entre outras coisas, a sua abnegação, Luís IX, mais tarde, passou a ser conhecido como São Luís.
Conclusão
Considerando pelos objetivos as cruzadas foram um fracasso. Não conquistaram de modo permanente a Terra Santa. Não se tem certeza de ter evitado o avanço do Islamismo. O seu custo foi muito caro em vidas e em bens.
Acredita-se porém que as cruzadas motivaram o crescimento da Europa, principalmente no comércio das cidades ao Norte da Itália e a grande rota comercial dos Alpes e do Reno cresceram de importância. A rica civilização do Oriente contribuiu para o enriquecimento da cultura européia.
Por toda a Europa houve melhora do desenvolvimento intelectual. O desenvolvimento teológico através do escolaticismo se desenvolveu. A Igreja presenciou muitos movimentos religiosos populares. As universidades se desenvolveram. Grande desenvolvimento na literatura vernácula e artística. A Europa no período das Cruzadas despertou-se e iluminou-se se comparada com séculos anteriores
Texto Escrito pela Professora Patrícia Barboza da Silva Licenciada pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande – FURG.
Referências Bibliográficas:
FERREIRA, José Roberto Martins, História. São Paulo: FTD; 1997.
MORAES, José Geraldo. Caminho das Civilizações. São Paulo: Atual. 1994. Cola da web
Governo ucraniano ameaça Crimeia após forças russas tomarem base naval
Governo ucraniano ameaça Crimeia após forças russas tomarem base naval
Por Aleksandar Vasovic e Gabriela Baczynska
SEBASTOPOL/KIEV, 19 Mar (Reuters) - O governo central da Ucrânia, em Kiev, ameaçou nesta quarta-feira adotar represálias contra as autoridades da Crimeia se persistirem as "provocações" contra as tropas ucranianas na península, depois que forças russas tomaram o controle da base naval ucraniana e içaram a bandeira da Rússia.
A tomada do controle da sede naval ucraniana no porto do Mar Negro de Sebastopol, em clima tenso, mas pacífico, indicou a intenção de Moscou de neutralizar qualquer oposição armada.
Soldados da Rússia e as chamadas unidades de autodefesa, formadas principalmente de voluntários desarmados que estão apoiando as tropas russas em toda a península, chegaram no início da manhã e rapidamente assumiram o controle do local.
O porta-voz militar ucraniano Vladislav Seleznyov disse que o comandante da Marinha da Ucrânia, almirante Serhiy Haiduk, foi expulso por unidades que pareciam forças especiais russas. Em Kiev, o presidente interino, Oleksander Turchinov, ameaçou tomar medidas se a pressão sobre as forças ucranianas na Crimeia não parar.
"Se até as 21h todas as provocações contra as tropas ucranianas não pararem e o almirante Haiduk e todos os outros reféns ... não forem liberados, as autoridades vão tomar as medidas adequadas, inclusive de natureza técnica e tecnológica", disse ele em um comunicado publicado on-line.
A maior parte da eletricidade, água e comida consumidas na Crimeia vem da parte continental da Ucrânia e os comentários de Turchinov deram a entender que o país poderia reduzir os suprimentos.
"Os militares russos estão cinicamente se recusando a negociar o fim das provocações e a libertação dos reféns", disse Turchinov.
A agência de notícias russa Itar-Tass informou que Alexander Vitko, comandante da frota russa do Mar Negro, cuja sede fica em Sebastopol, estava participando das conversações na base.
Logo após a ocupação da base, o ministro interino da Defesa da Ucrânia, Ihor Tenyukh, disse em Kiev que as forças do país não se retirarão da Crimeia ainda que o presidente russo, Vladimir Putin, tenha assinado uma lei que torna a região parte da Rússia.
No entanto, uma hora depois, militares ucranianos, desarmados e à paisana, começaram a caminhar para fora da base. Em poucos minutos, um grupo de soldados usando uniforme ucraniano, parecendo em estado de choque pela virada dramática dos acontecimentos, também saiu do local.
PROTEÇÃO DE ‘FASCISTAS'
Mais tarde, o primeiro-ministro ucraniano, Arseniy Yatsenyuk, pró-Ocidente, ordenou que o ministro da Defesa Tenyukh e seu primeiro vice-primeiro ministro, Vitaly Yarema, voassem para a Crimeia para "resolver a situação".
Mas o novo primeiro-ministro da Crimeia desde a invasão russa, Sergey Askyonov, declarou que Yarema e Tenyukh não seriam autorizados a aterrissar na região.
Milhares de soldados russos assumiram o controle da Crimeia depois que em um referendo no fim de semana na região -- onde a maioria da população é de etnia russa -- os eleitores votaram amplamente pela secessão da Ucrânia e integração à Federação Russa.
Putin disse que a sua decisão de ocupar a Crimeia foi justificada pelo que ele definiu como "fascistas" que derrubaram do poder no mês passado o presidente ucraniano Viktor Yanukovich, pró-Rússia, depois de três meses de protestos de rua violentos.
A Ucrânia e os governos de países ocidentais rejeitaram o referendo, que qualificaram de "farsa" e dizem que as ações de Putin são injustificáveis.
(Reportagem adicional de Mike Collett-White, em Simferopol; de Steve Gutterman, em Moscou; de Natalia Zinets, em Kiev)
quarta-feira, 19 de março de 2014
A Declaração de Independência dos EUA
A Declaração da Independência dos Estados Unidos da América foi o documento no qual as Treze Colônias na América do Norte declararam sua independência do Reino Unido, bem como justificativas para o ato. Foi ratificada no Congresso Continental em 4 de julho de 1776, considerado o dia da independência dos Estados Unidos para estar pronto quando o Congresso votou sobre a independência. Adams convenceu a comissão para selecionar Thomas Jefferson para compor o projeto original do documento, que o Congresso deve editar para produzir a versão final.
Consideramos estas verdades como auto-evidentes, que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes são vida, liberdade e busca da felicidade.
Isso tem sido chamado de "uma das frases mais conhecidas no idioma Inglês" , que contém "as palavras mais potentes e conseqüentes da história americana". A passagem passou a representar um padrão moral para que os Estados Unidos deve se esforçar. Este ponto de vista, nomeadamente, foi promovido por Abraham Lincoln, que considerou que a Declaração de ser o alicerce de sua filosofia política, e argumentou que a declaração é uma declaração de princípios através dos quais a Constituição dos Estados Unidos deve ser interpretada. Ela inspirou o trabalho de os direitos das pessoas marginalizadas em todo o mundo.
A Declaração de Independência dos EUA
No Congresso, 4 de julho de 1776
Declaração Unânime dos Treze Estados Unidos da América
Quando, no curso dos acontecimentos humanos, se torna necessário um povo dissolver laços políticos que o ligavam a outro, e assumir, entre os poderes da Terra, posição igual e separada, a que lhe dão direito as leis da natureza e as do Deus da natureza, o respeito digno às opiniões dos homens exige que se declarem as causas que os levam a essa separação.
Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens foram criados iguais, foram dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a busca da felicidade.
Que a fim de assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados; que, sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais fins, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o em tais princípios e organizando-lhe os poderes pela forma que lhe pareça mais conveniente para realizar-lhe a segurança e a felicidade. Na realidade, a prudência recomenda que não se mudem os governos instituídos há muito tempo por motivos leves e passageiros; e, assim sendo, toda experiência tem mostrado que os homens estão mais dispostos a sofrer, enquanto os males são suportáveis, do que a se desagravar, abolindo as formas a que se acostumaram. Mas quando uma longa série de abusos e usurpações, perseguindo invariavelmente o mesmo objeto, indica o desígnio de reduzi-los ao despotismo absoluto, assistem-lhes o direito, bem como o dever, de abolir tais governos e instituir novos-Guardas para sua futura segurança. Tal tem sido o sofrimento paciente destas colônias e tal agora a necessidade que as força a alterar os sistemas anteriores de governo. A história do atual Rei da Grã-Bretanha compõe-se de repetidos danos e usurpações, tendo todos por objetivo direto o estabelecimento da tirania absoluta sobre estes Estados. Para prová-lo, permitam-nos submeter os fatos a um cândido mundo.
Recusou assentimento a leis das mais salutares e necessárias ao bem público.
Proibiu aos governadores a promulgação de leis de importância imediata e urgente, a menos que a aplicação fosse suspensa até que se obtivesse o seu assentimento, e, uma vez suspensas, deixou inteiramente de dispensar-lhes atenção.
Recusou promulgar outras leis para o bem-estar de grande distritos de povo, a menos que abandonassem o direito à representação no Legislativo, direito inestimável para eles temível apenas para os tiranos,
Convocou os corpos legislativos a lugares não usuais, ser conforto e distantes dos locais em que se encontram os arquivos públicos, com o único fito de arrancar-lhes, pela fadiga o assentimento às medidas que lhe conviessem.
Dissolveu Casas de Representantes repetidamente porque: opunham com máscula firmeza às invasões dos direitos do povo.
Recusou por muito tempo, depois de tais dissoluções, fazer com que outros fossem eleitos; em virtude do que os poderes legislativos incapazes de aniquilação voltaram ao povo em geral para que os exercesse; ficando nesse ínterim o Estado exposto a todos os perigos de invasão externa ou convulsão interna.
Procurou impedir o povoamento destes estados, obstruindo para esse fim as leis de naturalização de estrangeiros, recusando promulgar outras que animassem as migrações para cá e complicando as condições para novas apropriações de terras.
Dificultou a administração da justiça pela recusa de assentimento a leis que estabeleciam poderes judiciários.
Tornou os juízes dependentes apenas da vontade dele para gozo do cargo e valor e pagamento dos respectivos salários.
Criou uma multidão de novos cargos e para eles enviou enxames de funcionários para perseguir o povo e devorar-nos a substância.
Manteve entre nós, em tempo de paz, exércitos permanentes sem o consentimento de nossos corpos legislativos.
Tentou tornar o militar independente do poder civil e a ele superior.
Combinou com outros sujeitar-nos a jurisdição estranha à nossa Constituição e não reconhecida por nossas leis, dando assentimento a seus atos de pretensa legislação:
por aquartelar grandes corpos de tropas entre nós;
por protegê-las por meio de julgamentos simulados, de punição por assassinatos que viessem a cometer contra os habitantes destes estados;
por fazer cessar nosso comércio com todas as partes do mundo;
pelo lançamento de taxas sem nosso consentimento;
por privar-nos, em muitos casos, dos benefícios do julgamento pelo júri;
por transportar-nos para além-mar para julgamento por pretensas ofensas;
por abolir o sistema livre de leis inglesas em província vizinha, aí estabelecendo governo arbitrário e ampliando-lhe os limites, de sorte a torná-lo, de imediato, exemplo e instrumento apropriado para a introdução do mesmo domínio absoluto nestas colônias;
por tirar-nos nossas cartas, abolindo nossas leis mais valiosas e alterando fundamentalmente a forma de nosso governo;
por suspender nossos corpos legislativos, declarando se investido do poder de legislar para nós em todos e quaisquer casos.
Abdicou do governo aqui por declarar-nos fora de sua proteção e movendo guerra contra nós.
Saqueou nossos mares, devastou nossas costas, incendiou nossas cidades e destruiu a vida de nosso povo.
Está, agora mesmo, transportando grandes exércitos de mercenários estrangeiros para completar a obra da morte, desolação e tirania, já iniciada em circunstâncias de crueldade e perfídia raramente igualadas nas idades mais bárbaras e totalmente indignas do chefe de uma nação civilizada.
Obrigou nossos concidadãos aprisionados em alto-mar a tomarem armas contra a própria pátria, para que se tornassem algozes dos amigos e irmãos ou para que caíssem por suas mãos.
Provocou insurreições internas entre nós e procurou trazer contra os habitantes das fronteiras os índios selvagens e impiedosos, cuja regra sabida de guerra é a destruição sem distinção de idade, sexo e condições.
Em cada fase dessas opressões solicitamos reparação nos termos mais humildes; responderam a nossas apenas com repetido agravo. Um príncipe cujo caráter se assinala deste modo por todos os atos capazes de definir tirano não está em condições de governar um povo livre. Tampouco deixamos de chamar a atenção de nossos irmãos britânicos. De tempos em tempos, os advertimos sobre as tentativas do Legislativo deles de estender sobre nós jurisdição insustentável. Lembramos a eles das circunstâncias de nossa migração e estabelecimento aqui. Apelamos para a justiça natural e para a magnanimidade, e os conjuramos, pelos laços de nosso parentesco comum, a repudiarem essas usurpações que interromperiam, inevitavelmente, nossas ligações e nossa correspondência. Permaneceram também surdos à voz da justiça e da consangüinidade. Temos, portanto, de aquiescer na necessidade de denunciar nossa separação e considerá-los, como consideramos o restante dos homens, inimigos na guerra e amigos na paz.
Nós, Por conseguinte, representantes dos Estados Unidos da América, reunidos em Congresso Geral, apelando para o Juiz Supremo do mundo pela retidão de nossas intenções, em nome e por autoridade do bom povo destas colônias, publicamos e declaramos solenemente: que estas colônias unidas são e de direito têm de ser Estados livres e independentes, que estão desoneradas de qualquer vassalagem para com a Coroa Britânica, e que todo vínculo político entre elas e a Grã-Bretanha está e deve ficar totalmente dissolvido; e que, como Estados livres e independentes, têm inteiro poder para declarar guerra, concluir paz, contratar alianças, estabelecer comércio e praticar todos os atos e ações a que têm direito os estados independentes. E em apoio desta declaração, plenos de firme confiança na proteção da Divina Providência, empenhamos mutuamente nossas vidas, nossas fortunas e nossa sagrada honra.
John Hancock
New Hampshire
Josiah Bartlett
William Whipple
Matthew Thornton
Rhode Island
Step. Hopkins
William Ellery
Connecticut
Roger Sherman
Sam'el Huntington
Wm. Williams
Oliver Wolcott
New York
Wm. Floyd
Phil. Livingston
Frans. Lewis
Lewis Morris
New Jersey
Richd. Stockton
Jno. Witherspoon
Fras. Hopkinson
John Hart
Abra. Clark
Pennsylvania
Robt. Morris
Benjamin Rush
Benj. Frankllin
John Morton
Geo. Clymer
Jas. Smith
Geo. Taylor
James Wilson
George Ross
Massachusetts-Bay
Saml. Adams
John Adams
Robt. Treat Paine
Elbridge Gerry
Delaware
Caesar Rodney
Geo. Read
Tho. M'Kean
Maryland
Samuel Chase
Wm. Paca
Thos. Stone
Charles Carroll of Carrollton
Virginia
George Wythe
Richard Henry Lee
Th. Jefferson
Benj. Harrison
Ths. Nelson, Jr.
Francis Lightfoot Lee
Carter Braxton
North Carolina
Wm. Hooper
Joseph Hewes
John Penn
South Carolina
Edward Rutledge
Thos. Heyward, Junr.
Thomas Lynch, Junr.
Arthur Middletown
Georgia
Button Gwinnett
Lyman Hall
George Walton
www.historianet.com.br e Wikipedia
quarta-feira, 12 de março de 2014
Escrita cuneiforme mesopotâmica
Escrita cuneiforme
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Escrita cuneiforme.
A escrita cuneiforme foi desenvolvida pelos sumérios, sendo a designação geral dada a certos tipos de escrita feitas com auxílio de objetos em formato de cunha. É juntamente com os hieróglifos egípcios, o mais antigo tipo conhecido de escrita, tendo sido criado pelos sumérios por volta de 3500 a.C. Inicialmente a escrita representava formas do mundo (pictogramas), mas por praticidade as formas foram se tornando mais simples e abstratas.
Os primeiros pictogramas eram gravados em tabuletas de argila, em sequências verticais de escrita com um estilete feito de cana que gravava traços verticais, horizontais e oblíquos. Até então duas novidades tornaram o processo mais rápido e fácil: as pessoas começaram a escrever em sequências horizontais (rotacionando os pictogramas no processo), e um novo estilete em cunha inclinada passou a ser usado para empurrar o barro, enquanto produzia sinais em forma de cunha. Ajustando a posição relativa da tabuleta ao estilete, o escritor poderia usar uma única ferramenta para fazer uma grande variedade de signos.
Tabuletas cuneiformes podiam ser tostadas em fornos para prover um registro permanente; ou as tabuletas poderiam ser reaproveitadas se não fosse preciso manter os registros por longo tempo. Muitas das tabuletas achadas por arqueólogos foram preservadas porque foram tostadas durante os ataques incendiários de exércitos inimigos, contra os edifícios nos quais as tabuletas eram mantidas.
A escrita cuneiforme foi adotada subsequentemente pelos acadianos, babilônicos, elamitas, hititas e assírios e adaptada para escrever em seus próprios idiomas; foi extensamente usada na Mesopotâmia durante aproximadamente 3 mil anos, apesar da natureza silábica do manuscrito (como foi estabelecido pelos sumérios) não ser intuitiva aos falantes de idiomas semíticos. Antes da descoberta da civilização Suméria, o uso da escrita cuneiforme apesar das dificuldades levou muitos filólogos a suspeitar da existência de uma civilização precursora à babilônica. A sua invenção ficou a dever-se às necessidades de administração dos palácios e dos templos (cobrança de impostos, registro de cabeças de gado, medidas de cereal, etc.).
O registro mais antigo até agora encontrado data do século XIV a.C. e está escrito em símbolos cuneiformes da língua acadiana. O pedaço de barro escrito foi achado em Jerusalém por arqueólogos israelitas.
Montesquieu, filósofo iluminista
Montesquieu, filósofo iluminista
Montesquieu: importante filósofo do Iluminismo
Introdução
Charles de Montesquieu foi um importante filósofo, político e escritor francês. Nasceu em 18 de janeiro de 1689, na cidade de Bordeaux (França). É considerado um dos grandes filósofos do iluminismo.
Biografia
Montesquieu nasceu numa família nobre francesa. Estudou numa escola religiosa de oratória. Após concluir a educação básica, foi estudar na Universidade de Bordeaux e depois em Paris. Nestas instituições teve contato com vários intelectuais franceses, principalmente, com aqueles que criticavam a monarquia absolutista.
Com a morte do pai em 1714, retornou para a cidade de Bordeaux, tornando-se conselheiro do Parlamento da cidade. Nesta fase,viveu sob a proteção de seu tio, o barão de Montesquieu. Com a morte do tio, Montesquieu assume o título de barão, a fortuna e o cargo de presidente do Parlamento de Bordeaux.
Em 1715, Montesquieu casou-se com Jeanne Lartigue. Tornou-se membro da Academia de Ciências de Bordeaux e, nesta fase, desenvolveu vários estudos sobre ciências. Porém, após alguns anos nesta vida, cansou-se, vendeu seu título e resolveu viajar pela Europa. Nas viagens começou a observar o funcionamento da sociedade, os costumes e as relações sociais e políticas. Entre as décadas de 1720 e 1740, desenvolveu seus grandes trabalhos sobre política, principalmente, criticando o governo absolutista e propondo um novo modelo de governo.
Em 1729, enquanto estava em viagem pela Inglaterra, foi eleito membro da Royal Society.
Montesquieu morreu em 10 de fevereiro de 1755, na cidade de Paris.
Visão política e idéias
- Era contra o absolutismo (forma de governo que concentrava todo poder do país nas mãos do rei).
- Fez várias críticas ao clero católico, principalmente, sobre seu poder e interferência política.
- Defendia aspectos democráticos de governo e o respeito as leis.
- Defendia a divisão do poder em três: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Obras principais
- Cartas Persas (1721)
- O Espírito das Leis (1748)
- Considerações sobre as causas da grandeza dos romanos e de sua decadência
- Contribuições para a Encclopédia (organizada por Diderot e D'Alembert)
Frases de Montesquieu
- "Um governo precisa apenas vagamente o que a traição é, e vai contribuir para o despotismo".
- "A pessoa que fala sem pensar, assemelha-se ao caçador que dispara sem apontar."
- "Leis inúteis enfraquecem as leis necessárias."
- "Quanto menos os homens pensam, mais eles falam"
Montesquieu: importante filósofo do Iluminismo
Introdução
Charles de Montesquieu foi um importante filósofo, político e escritor francês. Nasceu em 18 de janeiro de 1689, na cidade de Bordeaux (França). É considerado um dos grandes filósofos do iluminismo.
Biografia
Montesquieu nasceu numa família nobre francesa. Estudou numa escola religiosa de oratória. Após concluir a educação básica, foi estudar na Universidade de Bordeaux e depois em Paris. Nestas instituições teve contato com vários intelectuais franceses, principalmente, com aqueles que criticavam a monarquia absolutista.
Com a morte do pai em 1714, retornou para a cidade de Bordeaux, tornando-se conselheiro do Parlamento da cidade. Nesta fase,viveu sob a proteção de seu tio, o barão de Montesquieu. Com a morte do tio, Montesquieu assume o título de barão, a fortuna e o cargo de presidente do Parlamento de Bordeaux.
Em 1715, Montesquieu casou-se com Jeanne Lartigue. Tornou-se membro da Academia de Ciências de Bordeaux e, nesta fase, desenvolveu vários estudos sobre ciências. Porém, após alguns anos nesta vida, cansou-se, vendeu seu título e resolveu viajar pela Europa. Nas viagens começou a observar o funcionamento da sociedade, os costumes e as relações sociais e políticas. Entre as décadas de 1720 e 1740, desenvolveu seus grandes trabalhos sobre política, principalmente, criticando o governo absolutista e propondo um novo modelo de governo.
Em 1729, enquanto estava em viagem pela Inglaterra, foi eleito membro da Royal Society.
Montesquieu morreu em 10 de fevereiro de 1755, na cidade de Paris.
Visão política e idéias
- Era contra o absolutismo (forma de governo que concentrava todo poder do país nas mãos do rei).
- Fez várias críticas ao clero católico, principalmente, sobre seu poder e interferência política.
- Defendia aspectos democráticos de governo e o respeito as leis.
- Defendia a divisão do poder em três: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Obras principais
- Cartas Persas (1721)
- O Espírito das Leis (1748)
- Considerações sobre as causas da grandeza dos romanos e de sua decadência
- Contribuições para a Encclopédia (organizada por Diderot e D'Alembert)
Frases de Montesquieu
- "Um governo precisa apenas vagamente o que a traição é, e vai contribuir para o despotismo".
- "A pessoa que fala sem pensar, assemelha-se ao caçador que dispara sem apontar."
- "Leis inúteis enfraquecem as leis necessárias."
- "Quanto menos os homens pensam, mais eles falam"
Câmara convoca ministros, um dia após derrotar governo em votação
Câmara convoca ministros, um dia após derrotar governo em votação
BRASÍLIA, 12 Mar (Reuters) - Na esteira do clima de rebeldia que rendeu uma derrota ao governo na véspera, deputados aprovaram convocações a quatro ministros, em comissões da Câmara nesta quarta-feira, além de convites a outros ministros e à presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster.
Foram convocados para comparecer à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) o ministro do Trabalho, Manoel Dias, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que tem status de ministro, o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, e ainda o ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage.
A CFFC também aprovou convite ao ministro da Saúde, Arthur Chioro, e à presidente da Petrobras.
Já os ministros das Comunicações, Paulo Bernardo; da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp; da Integração Nacional, Francisco Coelho; e da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, receberam convites em outras comissões da Câmara para prestarem informações sobre as ações de suas pastas.
Ao serem convocados, os ministros são obrigados a comparecem às comissões, sob o risco de serem acusados de crime de responsabilidade. Já no caso de convites, pedido mais sutil, podem recusar.
Os requerimentos de convocação aprovados nesta quarta-feira, na maioria apresentados pela oposição, mas apoiados por rebeldes da base, refletem o ambiente turbulento que tomou a Casa nos últimos dias.
O vice-líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), no entanto, minimizou as convocações e afirmou que o momento é de acalmar os ânimos para retomar a "normalidade democrática" na Casa.
"Isso não é o fim do mundo… Temos que baixar a temperatura. Não coloquemos mais um litro de querosene na fogueira", disse a jornalistas.
Na terça-feira, a Câmara aprovou a criação de uma comissão externa para acompanhar investigações que estariam ocorrendo na Holanda sobre suposto pagamento de propina da empresa holandesa SBM a funcionários da Petrobras, numa clara demonstração de força do recém-criado "blocão", grupo de deputados insatisfeitos, composto na maioria por parlamentares de partidos da base. Esse bloco, que pede melhorias na articulação política com o Planalto, liberação de emendas parlamentares e maior participação nas mudanças ministeriais promovidas pela presidente Dilma Rousseff, é comandado pelo líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ).
O PMDB, aliás, tem protagonizado a crise com o Planalto que culminou com a declaração de independência da bancada de deputados do partido nas votações na Casa, também na terça-feira. A sigla já havia alertado que pretendia levar ministros e a presidente da Petrobras à Câmara.
As convocações aprovadas nesta quarta na CFFC pedem que Graça compareça à Câmara para explicar denúncias envolvendo contratos firmados entre a estatal e a empresa SBM Offshore, alvo de suspeitas sobre pagamento de suborno para obter contratos em países em que mantém negócios.
Graça já havia informado em entrevista que a estatal abriu auditoria interna em fevereiro para apurar as suspeitas envolvendo a empresa holandesa.
Já Gilberto Carvalho, Manoel Dias e Jorge Hage foram convocados para audiência pública sobre denúncias de irregularidades em convênios com Organizações Não-Governamentais (ONGs).
O ministro das Cidades foi convocado para expor o andamento de obras de mobilidade urbana.
A CFFC aprovou ainda um requerimento para a realização de audiência pública em conjunto com outras comissões sobre o sistema elétrico brasileiro, que deve contar com a presença do secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann. A Audiência deve ocorrer no dia 19 deste mês.
Chioro, por sua vez, foi convidado a comparecer à Câmara para esclarecer o modelo de contratação de médicos cubanos pelo governo brasileiro.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
BRASÍLIA, 12 Mar (Reuters) - Na esteira do clima de rebeldia que rendeu uma derrota ao governo na véspera, deputados aprovaram convocações a quatro ministros, em comissões da Câmara nesta quarta-feira, além de convites a outros ministros e à presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster.
Foram convocados para comparecer à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) o ministro do Trabalho, Manoel Dias, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que tem status de ministro, o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, e ainda o ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage.
A CFFC também aprovou convite ao ministro da Saúde, Arthur Chioro, e à presidente da Petrobras.
Já os ministros das Comunicações, Paulo Bernardo; da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp; da Integração Nacional, Francisco Coelho; e da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, receberam convites em outras comissões da Câmara para prestarem informações sobre as ações de suas pastas.
Ao serem convocados, os ministros são obrigados a comparecem às comissões, sob o risco de serem acusados de crime de responsabilidade. Já no caso de convites, pedido mais sutil, podem recusar.
Os requerimentos de convocação aprovados nesta quarta-feira, na maioria apresentados pela oposição, mas apoiados por rebeldes da base, refletem o ambiente turbulento que tomou a Casa nos últimos dias.
O vice-líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), no entanto, minimizou as convocações e afirmou que o momento é de acalmar os ânimos para retomar a "normalidade democrática" na Casa.
"Isso não é o fim do mundo… Temos que baixar a temperatura. Não coloquemos mais um litro de querosene na fogueira", disse a jornalistas.
Na terça-feira, a Câmara aprovou a criação de uma comissão externa para acompanhar investigações que estariam ocorrendo na Holanda sobre suposto pagamento de propina da empresa holandesa SBM a funcionários da Petrobras, numa clara demonstração de força do recém-criado "blocão", grupo de deputados insatisfeitos, composto na maioria por parlamentares de partidos da base. Esse bloco, que pede melhorias na articulação política com o Planalto, liberação de emendas parlamentares e maior participação nas mudanças ministeriais promovidas pela presidente Dilma Rousseff, é comandado pelo líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ).
O PMDB, aliás, tem protagonizado a crise com o Planalto que culminou com a declaração de independência da bancada de deputados do partido nas votações na Casa, também na terça-feira. A sigla já havia alertado que pretendia levar ministros e a presidente da Petrobras à Câmara.
As convocações aprovadas nesta quarta na CFFC pedem que Graça compareça à Câmara para explicar denúncias envolvendo contratos firmados entre a estatal e a empresa SBM Offshore, alvo de suspeitas sobre pagamento de suborno para obter contratos em países em que mantém negócios.
Graça já havia informado em entrevista que a estatal abriu auditoria interna em fevereiro para apurar as suspeitas envolvendo a empresa holandesa.
Já Gilberto Carvalho, Manoel Dias e Jorge Hage foram convocados para audiência pública sobre denúncias de irregularidades em convênios com Organizações Não-Governamentais (ONGs).
O ministro das Cidades foi convocado para expor o andamento de obras de mobilidade urbana.
A CFFC aprovou ainda um requerimento para a realização de audiência pública em conjunto com outras comissões sobre o sistema elétrico brasileiro, que deve contar com a presença do secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann. A Audiência deve ocorrer no dia 19 deste mês.
Chioro, por sua vez, foi convidado a comparecer à Câmara para esclarecer o modelo de contratação de médicos cubanos pelo governo brasileiro.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
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