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domingo, 1 de setembro de 2013

O outono brasileiro os protestos do Brasil







Ricardo Guedes

Estamos no marco zero das políticas públicas.

As explosões sociais espontâneas se sucedem no país na demanda por transporte, saúde, educação, segurança, e pela falta de representatividade política da população em geral, culminando em protestos com mais de 1 milhão de pessoas em cerca de 100 cidades nesta última quinta feira e a invasão do Palácio do Itamaraty, em Brasília, com o confronto entre os manifestantes e policiais.

As recentes explosões sociais brasileiras se equivalem, em sua gênese, a outros movimentos sociais ocorridos na história, como os distúrbios sociais de Nova Iorque de 1863 por serviços públicos, o movimento dos Indignados na Espanha em 2011 contra os políticos e suas consequências na economia, e o Ocupe Wall Street em 2012 contra as instituições financeiras.

Do ponto de vista de sua espontaneidade inicial, embora com consequências por demais distintas, podem mesmo ser comparado às Primaveras Árabes e aos recentes protestos na Turquia, embora com ideologias específicas, diferentes intensidades, e distintas perspectivas.

Esses movimentos têm em comum o cansaço dos excluídos em relação aos seus governantes, na ausência de bens e produtos sociais e de conduta política que corresponda às expectativas das populações. Ganham, neste sentido, destaque na mídia mundial.

As pesquisas indicam que 80% dos participantes nas manifestações não têm identificação partidária, compatível com os resultados das pesquisas nacionais onde somente 20% apresentam identificação com partidos políticos.

Ou seja: temos nas manifestações uma amostra então crescente e representativa da população brasileira, onde 75% apoiam as manifestações. Estatisticamente, 1 milhão de pessoas representa uma amostra com margem de erro de 1/10 de 1% para o total da população de 190 milhões no pais, como movimento geral.

Na literatura das ciências sociais, alguns autores indicam que os problemas nascem na economia, se generalizam no social e se transformam no político.

No Brasil, a origem das manifestações tem por causa principal o crescimento da inflação e a falta de serviços públicos minimamente adequados na saúde, educação e transporte, contrastados com os gastos para a Copa, como denominador comum dos recentes problemas sociais.

Após uma década de controle da inflação e de políticas bem sucedidas na implantação de programas sociais e da política de crédito, temos hoje por quase dois anos o crescimento do PIB em aproximadamente 1% e inflação de 6% anuais, totalizando a diminuição em cerca de 10% do poder de compra, com a crise econômica corroendo os salários, retornando parte do eleitorado à linha de pobreza.

Nas pesquisas, saúde, educação, segurança, transporte e corrupção são apontados como os principais problemas, observando-se o cansaço em relação à falta de políticas públicas e a questões de ética.

Em grupos de discussão, os gastos com a Copa são fortemente criticados por todas as classes sociais, gerando a dicotomia entre o espetáculo do primeiro mundo e a ausência de políticas públicas.

A recente queda de popularidade de Dilma Rousseff abaixo dos níveis que garantem a reeleição é um indicador político da variabilidade do eleitorado.

É certo que o novo movimento social brasileiro, que poderá vir a se organizar na forma de representação da cidadania, atinge os três níveis de poder, com contornos específicos em cada manifestação, como mostram a tomada do teto do Congresso Nacional em Brasília, os ataques à Assembleia Legislativa no Rio de Janeiro, e a tentativa de invasão da Prefeitura em São Paulo.

Mas é o Governo Federal, a instituição executiva responsável e capaz de promover os grandes programas de transformação social, a depositária última das manifestações sociais.

Nas Eleições Presidenciais de 2010, Dilma obteve 35% dos votos do total do eleitorado no 1º turno, Serra 24%, e Marina 14%, com 25% de abstenção, brancos e nulos.

No 2º turno, Dilma obteve 41% dos votos no total do eleitorado, e Serra 32%, com 27% de abstenção, bancos e nulos. Em votos válidos, Dilma obteve 56% e Serra 44%, com margem de 6% do eleitorado decidindo as eleições.

Em pesquisa com os participantes do movimento em São Paulo, Joaquim Barbosa obtém 30% das preferências, Marina 20%, Dilma 10%, Aécio 5%, e Eduardo Campos 1%.

Com o movimento social, o voto da esperança no PT perde sua intensidade.

O Outono Brasileiro terá consequências nas eleições presidenciais de 2014. Embora com críticas à classe política em geral, o movimento social espontâneo contra o status quo terá nas oposições, como formas institucionalizadas de voto, os maiores catalisadores do descontentamento, com resultados imprevisíveis no momento.

Ricardo Guedes, Ph.D. em Ciências Políticas pela Universidade de Chicago, é diretor-presidente do Instituto de Pesquisa Sensus.

sábado, 31 de agosto de 2013

Pablo Picasso / Fonte: InfoEscola!

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Por Ana Lucia Santana
Nascido na cidade de Málaga, em 25 de outubro de 1881, Pablo Ruiz Picasso – pintor espanhol naturalizado francês – tornou-se um dos mestres das Artes Plásticas do século XX, pois era ainda escultor, artista gráfico e ceramista. Seu talento foi de certa forma herdado de seu pai, professor de desenho e eventualmente pintor, e não tardou a ser reconhecido logo no início, quando o artista tinha apenas quinze anos e, surpreendentemente, seu próprio ateliê.
Na infância, reproduzia episódios de touradas, tema de sua primeira obra – O Toureiro -, uma pintura a óleo sobre madeira, executada quando o artista tinha oito anos. Mais tarde, inclusive, criou outra tela semelhante – A morte da mulher destacada e fútil, símbolo de sua relação com as mulheres. Aliás, na história de Picasso, seu envolvimento com as mulheres e sua produção artística estão intrinsecamente ligados, e a cada novo relacionamento ele começa a trilhar uma vereda artística renovada.


Sua galeria de criações artísticas atinge o nível de milhares de obras, e ele é um dos mais renomados artistas em todo o planeta. Picasso chegou a Paris em outubro de 1900, cidade que ele imediatamente adotou como seu novo lar, o núcleo de toda produção da vanguarda artístico-cultural. A princípio, ele seguiu caminhos convencionais, transitando da Fase Azul (1901-05), caracteristicamente melancólica, na qual ele aborda a cegueira, a pobreza, a alienação e o desespero, para a alegre e sensível Fase Rosa (1905), quando se apaixona por Fernande Olivier.


Co-criador do Cubismo, ao lado de Georges Braque, no qual o visível era geometricamente desconstruído, o pintor deu um passo decisivo na instituição de uma nova crença, a de que o produtor artístico deve sempre adicionar algo novo ao real, e não meramente reproduzi-lo. A partir de então o artista é livre inclusive para escolher outros materiais que não os convencionais, complementando meios como a pintura e a escultura com colagens e outros artefatos.

Picasso trabalhava exaustivamente durante a noite, até o dia amanhecer. Mas não lhe faltou tempo para criar um grupo de amigos famosos nos bairros parisienses de Montmartre e Montparnasse – André Breton, Guillaume Apollinaire e a escritora Gertrude Stein. Apesar do sucesso da Fase Rosa, em 1907 ele decide abandonar este estilo, atraído pelas esculturas da Península Ibérica e da África, é quando ele pinta Les Demoiselles d’Avignon,(figura 3) trabalho pioneiro da arte moderna. Sua obra passa então a sofrer intensa influência das artes grega, ibérica e africana, constituindo o protocubismo, movimento que antecedeu o cubismo. Seu famoso retrato da amiga Gertrude Stein expressa uma face tratada em forma de máscara.

Versátil demais para se fixar em uma única forma, Picasso não chegou a produzir uma arte essencialmente abstrata, pois estava sempre à frente de seus contemporâneos, que reagiram com perplexidade quando o artista retomou seu estilo mais tradicional e logo depois, no princípio da década de 20, optou por um caminho neoclássico, justamente quando o pintor, recém-casado com a bailarina Olga Koklova, modificara seu modo de vida, agora abusivamente afortunado e convencional, embora extremamente tedioso para Picasso.

Aos 87 anos, o artista ainda tem vigor suficiente para resgatar o estilo de sua juventude. Com fôlego invejável, ele produz em sete meses 347 gravuras, retomando temas como os do circo, das touradas, do teatro, do erotismo. Alguns anos depois, após uma cirurgia da próstata e da vesícula, com a visão imperfeita, Picasso encerra sua produção artística. Seus 90 anos são comemorados com uma exposição especial no Museu do Louvre, assim o artista em tudo pioneiro também nesse momento realiza um feito inédito – torna-se o primeiro artista vivo a expor suas obras na grande galeria deste famoso Museu.

O pintor parte deste mundo em 8 de abril de 1973, na cidade de Mougins, na França, aos 91 anos, legando ao planeta uma vasta herança artística, cultural e existencial. Destaca-se deste patrimônio sua obra mais conhecida, marcadamente pacifista e humanista, o mural Guernica,(figura 2) em exposição no Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofia, em Madrid, que retrata a cidade basca após o bombardeio pelos aviões de Adolf Hitler – um símbolo da crueldade da guerra.

Obama diz que EUA devem atacar Síria; buscará apoio do Congresso



Obama diz que EUA devem atacar Síria; buscará apoio do Congresso

SÃO PAULO, 31 Ago (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou neste sábado que decidiu que o país deve adotar uma ação militar contra alvos do governo sírio, em resposta a um mortal ataque com armas químicas, mas afirmou que irá buscar a aprovação do Congresso norte-americano.
"Não podemos e não iremos fechar os olhos para o que aconteceu em Damasco", disse Obama durante declarações na Casa Branca.

(Por Paul Eckert)


Obama busca apoio de Congresso para intervenção militar na Síria

 Presidente norte-americano Barack Obama é visto na Casa Branca em Washington. Os principais assessores de Obama irão defender neste sábado no Senado uma intervenção limitada contra a Síria, apresentando evidências sobre um ataque com armas químicas que segundo a Casa Branca deixou mais de 1.400 mortos. 30/08/2013 REUTERS/Kevin Lamarque

Por Roberta Rampton

WASHINGTON, 31 Ago (Reuters) - Os principais assessores do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, irão defender neste sábado no Senado uma intervenção limitada contra a Síria, apresentando evidências sobre um ataque com armas químicas que segundo a Casa Branca deixou mais de 1.400 mortos.

Obama dispõe de amplos poderes legais para tomar uma ação militar. Embora ele tenha dito que não tomou uma decisão final, ele deixou claro que acredita que os Estados Unidos devem fazer algo para responsabilizar o governo sírio pelo ataque.

Mas legisladores dos EUA pressionam por mais informações sobre as intenções de Obama na Síria, com muitos expressando reservas sobre o custo e o impacto dos potenciais ataques.

As discussões ocorrem um dia depois de a Casa Branca divulgar uma avaliação da inteligência não-classificado no qual diz que o governo tinha "muita confiança" de que o governo sírio foi responsável pelo ataque em 21 de agosto com armas químicas em uma dúzia de bairros nos arredores de Damasco que mataram pelo menos 1.429 civis, sendo um terço deles crianças.

A maioria dos norte-americanos não querem que os EUA façam uma intervenção na Síria. Uma pesquisa Reuters/Ipsos feita nesta semana mostrou que apenas 20 por cento acreditam que o país deveria tomar uma ação, isso ante 9 por cento uma semana antes.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Grécia nunca deveria ter sido admitida no Euro, diz Merkel



Grécia nunca deveria ter sido admitida no Euro, diz MerkelChanceler alemã culpou seu antecessor pela crise econômica europeia
   
A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou nesta quinta-feira (29/08), durante uma ação de campanha, que a Grécia não deveria ter sido admitida na zona do euro, responsabilizando o ex-chanceler alemão Gerhard Schröder (social-democrata, SPD) pela atual crise.

"A crise surgiu ao longo de vários anos, devido a erros na fundação do euro. Por exemplo, a Grécia nunca deveria ter entrado na zona euro", frisou Merkel perante cerca de mil apoiantes do seu partido, a União Democrata Cristã, em Rendsburg, no Estado federado de Schleswig-Holstein.

Agência Efe

Partido de Merkel lidera pesquisas de intenção de voto para próxima eleição, em setembro

"O chanceler Schröder aceitou a Grécia (em 2001) e enfraqueceu o Pacto de Estabilidade. Ambas as decisões foram fundamentalmente equivocadas e um dos pontos de partida dos problemas atuais", acrescentou.

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Durante o seu discurso, Merkel reforçou a ideia de que é preciso uma moeda única europeia forte, mas deixou claro que isso só será viável por meio de reformas nos países em dificuldades, como é o caso da Grécia.

"(A zona do euro) é um tesouro tão grande, uma bênção tão grande, que não podemos colocá-la em dúvida", avançou a chanceler, sublinhando que é “por esse motivo que temos mostrado solidariedade, mas solidariedade sempre condicionada a reformas nos países que experimentam a nossa solidariedade."
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Segundo apontam as últimas sondagens divulgadas, a coligação CDU/FDP, liderada por Angela Merkel, terá uma vantagem de quatro pontos percentuais sobre SDP (22%), Verdes (13%) e o partido de esquerda Die Linke (8%). http://operamundi.uol.com.br/

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Mantega: momento é de minicrise, mas economia do Brasil segue sólida


SÃO PAULO, (Reuters) - O Brasil passa por um período de "minicrise" decorrente das expectativas globais em torno do fim dos estímulos econômicos pelo banco central norte-americano, mas a economia do país continua sólida, disse nesta segunda-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Segundo ele, mesmo assim, essa turbulência --que terá um impacto menor do que outros momentos-- não afetou o fluxo de entrada de capital estrangeiro no país e que a economia brasileira continua sólida.

"Ela é uma minicrise que estamos vivendo, mas trará um impacto muito menor... porque a economia mundial está em recuperação", afirmou Mantega em evento com empresários, em São Paulo. Ele voltou a falar que o Brasil possui amplas reservas internacionais para se proteger contra turbulências.

Mantega, mais uma vez, culpou a comunicação do Federal Reserve, banco central norte-americano, pelos problemas nos mercados financeiros. Para ele, o Fed não deixa claro o que fará sobre a retirada dos estímulos monetários --no valor mensal de 85 bilhões de dólares-- na maior economia do mundo.

"Quando o Fed começar de fato a retirar os estímulos, o mercado se acalma", afirmou Mantega, acrescentando acreditar que o salto dado pelo dólar ante o real recentemente pode ter ficado para trás. Para ele, não deverá haver desvalorização excessiva no real por "muito mais tempo".

Mantega afirmou que não falta liquidez no mercado à vista de dólares, por isso as atuações do BC estão concentradas no mercado futuro com leilões de swap cambial. Ele voltou a dizer que o governo trabalha para evitar o contágio cambial na inflação que, segundo ele, está sob controle no Brasil.

ATRATIVIDADE NAS CONCESSÕES

O titular da Fazenda lembrou ainda que o governo está trabalhando para tornar as concessões atrativas ao setor privado. E repetiu estar aberto a modificações para melhorar os programas.

Para o ministro, como há liquidez internacional grande neste momento, os investidores estrangeiros vão se interessar pelas concessões, uma vez que eles focam no longo prazo.
Mantega disse também que o a economia brasileira pode crescer 4 por cento em 2014, ano eleitoral, e que, a última estimativa para este ano era de expansão de 2,5 por cento.

"Eu acho que em 2014 nós vamos estar crescendo mais. Porque talvez melhore a economia internacional", afirmou ele.

Nesta semana, o governo tem de entregar o Orçamento de 2014 e já estava definido que reduziria a projeção de expansão do Produto Interno Bruto (PIB), segundo mostrou a Reuters na semana passada.

(Reportagem de Eric Sukys)

sábado, 24 de agosto de 2013

Revolução Cubana O Histórico e os principais nomes da Revolução Cubana.







Fidel e Che: duas das principais lideranças que conduziram a Revolução Cubana, em 1959.

Sendo uma das últimas nações a se tornarem independentes no continente americano, Cuba proclamou a formação de seu Estado independente sob o comando do intelectual José Marti e auxílio direto das tropas norte-americanas. A inserção dos norte-americanos nesse processo marcou a criação de um laço político que pretendia garantir os interesses dos EUA na ilha centro-americana. Uma prova dessa intervenção foi a criação da Emenda Platt, que assegurava o direito de intervenção dos Estados Unidos no país.
Dessa maneira, Cuba pouco a pouco se transformou no famoso “quintal” de grandes empresas estadunidenses. Essa situação contribuiu para a instalação de um Estado fragilizado e subserviente. De fato, ao longo de sua história depois da independência, Cuba sofreu várias ocupações militares norte-americanas, até que, na década de 1950, o general Fulgêncio Batista empreendeu um regime ditatorial explicitamente apoiado pelos EUA.

Nesse tempo, a população sofria com graves problemas sociais que contrastavam com o luxo e a riqueza existente nos night clubs e cassinos destinados a uma minoria privilegiada. Ao mesmo tempo, o governo de Fulgêncio ficava cada vez mais conhecido por sua negligência com as necessidades básicas da população e a brutalidade com a qual reprimia seus inimigos políticos. Foi nesse tenso cenário que um grupo de guerrilheiros se formou com o propósito de tomar o governo pela força das armas.

Sob a liderança de Fidel Castro, Camilo Cienfuegos e Ernesto “Che” Guevara, um pequeno grupo de aproximadamente 80 homens se espalhou em diversos focos de luta contra as forças do governo. Entre 1956 e 1959, o grupo conseguiu vencer e conquistar várias cidades do território cubano. No último ano de luta, conseguiram finalmente acabar com o governo de Fulgêncio Batista e estabelecer um novo regime pautado na melhoria das condições de vida dos menos favorecidos.

Entre outras propostas, o novo governo defendia a realização de uma ampla reforma agrária e o controle governamental sob as indústrias do país. Obviamente, tais proposições contrariavam diretamente os interesses dos EUA, que respondeu aos projetos cubanos com a suspensão das importações do açúcar cubano. Dessa forma, o governo de Fidel acabou se aproximando do bloco soviético para que pudesse dar sustentação ao novo poder instalado.

A aproximação com o bloco socialista rendeu novas retaliações dos EUA que, sob o governo de John Kennedy, rompeu as ligações diplomáticas com o país. A ação tomada no início de 1961 foi logo seguida por uma tentativa de contra-golpe, no qual um grupo reacionário treinado pelos EUA tentou instalar - sem sucesso - uma guerra civil que marcou a chamada invasão da Baía dos Porcos. Após o incidente, o governo Fidel Castro reafirmou os laços com a URSS ao definir Cuba como uma nação socialista.

Para que a nova configuração política cubana não servisse de exemplo para outras nações latino-americanas, os EUA criaram um pacote de ajuda econômica conhecido como “Aliança para o Progresso”. Em 1962, a União Soviética tentou transformar a ilha em um importante ponto estratégico com uma suposta instalação de mísseis apontados para o território estadunidense. A chamada “crise dos mísseis” marcou mais um ponto da Guerra Fria e, ao mesmo tempo, provocou o isolamento do bloco capitalista contra a ilha socialista.

Com isso, o governo cubano acabou aprofundando sua dependência com as nações socialistas e, durante muito tempo, sustentou sua economia por meio dos auxílios e vantajosos acordos firmados com a União Soviética. Nesse período, bem-sucedidos projetos na educação e na saúde estabeleceram uma sensível melhoria na qualidade de vida da população. Entretanto, a partir da década de 1990, a queda do bloco socialista exigiu a reformulação da política econômica do país.

Em 2008, com a saída do presidente Fidel Castro do governo e a eleição do presidente Barack Obama, vários analistas políticos passaram a enxergar uma possível aproximação entre Cuba e Estados Unidos da América. Em meio a tantas especulações, podemos afirmar que vários indícios levam a crer na escrita de uma nova página na história da ilha que, durante décadas, representou o ideal socialista no continente americano.
Por Rainer Sousa  Graduado em História     http://www.brasilescola.com/

Médicos cubanos dizem que vieram ao Brasil 'por solidariedade, não por dinheiro'

BRUNO BASTOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RECIFE

Os primeiros médicos cubanos que desembarcaram no Brasil para participar do programa Mais Médicos, do governo federal, disseram neste sábado que não sabem quanto receberão pelo trabalho e que vieram "por solidariedade, e não por dinheiro".

"Nós somos médicos por vocação e não por dinheiro. Trabalhamos porque nossa ajuda foi solicitada, e não por salário, nem no Brasil nem em nenhum lugar do mundo", afirmou o médico de família Nélson Rodríguez, 45, ao desembarcar no Aeroporto Internacional dos Guararapes, em Recife (PE).

Ele disse que a atuação dos profissionais no Brasil seguirá as ações executados em países como Haiti e Venezuela, onde já trabalhou. "O sistema de saúde no Brasil é mais desenvolvido que nesses outros países que visitamos, então poderemos fazer um trabalho até melhor na saúde básica", afirmou.

À imprensa, outros médicos que deram entrevistas concordaram com o colega. Todos eles falaram "portunhol" --afirmaram que tiveram contato com o português quando trabalharam na África ou por terem amigos que já trabalharam no continente.

Luiz Fabiano/Futura Press/Folhapress
Primeiros médicos cubanos do programa Mais Médicos desembarcam no aeroporto internacional do Recife (PE) neste sábado
Primeiros médicos cubanos do programa Mais Médicos desembarcam no aeroporto internacional do Recife (PE) neste sábado
Natacha Sánchez, 44, que trabalhou em missões médicas na Nicarágua e na África, disse que os cubanos estão preparados para o trabalho em locais com "condições críticas" e que pretendem trabalhar em conjunto com os médicos brasileiros. Ela afirmou não ter conhecimento das críticas feitas pelo Conselho Federal de Medicina ao programa Mais Médicos.

Os médicos cubanos desembarcaram vestindo jaleco, com bandeiras do Brasil e de Cuba. Eles foram escoltados por homens do Exército e da Marinha durante os procedimentos de imigração e alfândega, de onde seguiram em vans para alojamentos das Forças Armadas. Quatro deles foram levados para uma sala e conversaram com jornalistas.

O voo dos cubanos pousou por volta das 14h. Em um avião fretado da empresa Cubana, vieram 206 médicos. Desses, 30 ficarão em Pernambuco e os outros irão ainda hoje para Brasília.

Amanhã, outro grupo de 194 médicos chega em voos que farão escalas em Fortaleza, Recife e Salvador.

Eles ficarão hospedados em instalações militares durante o treinamento do programa, até serem deslocados para os municípios onde irão atuar.

A expectativa do governo é que, até o final do ano, mais 3.600 médicos cubanos desembarquem no Brasil.

Além dos cubanos, vão desembarcar até amanhã outros 244 médicos estrangeiros e brasileiros com registro profissional no exterior que se inscreveram na primeira etapa do Mais Médicos.

Editoria de Arte/Folhapress

POLÊMICAS

A vinda dos profissionais cubanos é questionada pelo Ministério Público do Trabalho, que afirma haver desrespeito à legislação trabalhista. Os profissionais de Cuba terão condições diferentes das dos demais estrangeiros --a bolsa de R$ 10 mil mensais não será repassada aos médicos, mas ao governo de Cuba, que fará a distribuição.

Hoje, Padilha defendeu o modelo e disse que o contrato firmado pelo governo brasileiro com o país é semelhante ao estabelecido pela Organização Pan-Americana de Saúde em 58 países.

"Eles são funcionários do governo cubano e, portanto, o valor que vão receber é de competência do convênio celebrado entre Cuba e a Opas", afirmou o secretário de Gestão do Trabalho e na Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales, que recepcionou os cubanos no Recife.

O programa também recebeu críticas de representantes regionais da classe médica, que ameaçam não conceder o registro profissional para os médicos estrangeiros que vierem ao país pelo programa.

Padilha disse que o governo tem "segurança jurídica" na decisão de trazer os médicos e disse que não vai aceitar ameaças dos CRMs (Conselhos Regionais de Medicina).

"Quem tem crítica, pode fazer sugestões para aprimorar. Agora, não venham ameaçar a saúde da população que não tem médicos", afirmou.   http://www1.folha.uol.com.br/

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Crise do Petróleo 1973




InfoEscola » Economia »
Crise do Petróleo 1973

Por Antonio Gasparetto Junior
A crise do petróleo teve início quando se descobriu na década de 1970 que o recurso natural não é renovável. Em decorrência disto ou utilizando o fato como pretexto, o preço do petróleo sofreu muitas variações a partir de tal década, marcando efetivamente cinco momentos de crise do produto.
O petróleo foi descoberto ainda no século XIX, mas desde momento tornou-se fundamental e presente ativamente na vida da sociedade. O produto se tornou precioso e passou a ser chamado de “ouro negro”, já que os felizardos por descobrir poços de petróleo enriqueciam-se demasiadamente, tamanho o mercado consumidor que se estruturou em torno do recurso natural. O desenvolvimento da sociedade industrial e de consumo ampliou mais ainda os lucros obtidos com o petróleo.

No Golfo Pérsico  o petróleo foi descoberto em 1908 no Irã, devido ao forte atrativo pelo “ouro negro” e pela grande reserva descoberta, a região passou a ser explorada e visada estrategicamente por países do mundo todo. No ano de 1960 aconteceu um encontro em Bagdá reunindo os cinco principais países produtores de petróleo do mundo, dos quais quatro eram da região do Golfo Pérsico: Arábia Saudita, Iraque, Irã, Kuwait e Venezuela. Apenas este último país representava a América do Sul. No encontro os participantes acordaram pela criação da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), a intenção era de protestar contra o achatamento do preço do barril de petróleo praticado por um grupo de empresas petroleiras ocidentais, chamado de “sete irmãs”. Este grupo envolvia as empresas Standart Oil, Royal Dutch Shell, Móbil, Gulf, BP e Standart Oil da Califórnia.

Os membros da OPEP são os maiores produtores de petróleo do mundo, juntos somam 27,13% da produção mundial. Esta tamanha representação fez com que se unissem para desfrutar dos maiores lucros possíveis com o produto que vendiam. No ano seguinte à criação, em 1961, foi realizada uma conferência em Caracas onde foram definidos três objetivos para a OPEP: o aumento da receita dos países membros visando o desenvolvimento de cada um deles; promover um aumento gradativo do controle sobre a produção de petróleo, para desbancar as multinacionais; unificar as políticas de produção. A primeira medida prática tomada pela OPEP foi aumentar o valor dos royalties pagos pelas empresas transnacionais e as onerar com um imposto.

Na década de 1970 descobriu-se que o petróleo é um recurso natural não renovável. Estima-se que em 70 anos o produto se esgote. Tal descoberta fez o preço do produto se alterar, fazendo-o triplicar no final de 1977. A OPEP já vinha diminuindo a oferta de petróleo desde sua criação para alcançar os objetivos que tinha traçado e por causa disso uma série de conflitos ocorreram com os países árabes integrantes da OPEP. Os conflitos foram: a Guerra dos Seis Dias, em 1967; a Guerra do Yom Kipur, em 1973; a Revolução Islâmica no Irã, em 1979 e a Guerra Irã-Iraque, a partir de 1980.

Em apenas cinco meses, entre outubro de 1973 e março de 1974, o preço do petróleo aumentou 400%, causando reflexos poderosos nos Estados Unidos e na Europa e desestabilizando a economia por todo o mundo. É Justamente este momento que coincide com o fim do milagre econômico ocorrido na ditadura militar no Brasil. A crise do petróleo que barrou os altos índices de crescimento do Brasil foram fundamentais para a população começar a se rebelar contra o regime militar no país, fazendo aumentar as críticas e transparecer os abusos que o governo encobria ao longo dos anos com a máscara do crescimento nacional. Mas antes dessa crise houvera outra. São identificados cinco momentos na história mundial de crise do petróleo.

O primeiro deles ocorreu em 1956 quando o presidente do Egito nacionalizou o Canal de Suez que era de propriedade de uma empresa Anglo-Francesa. A medida fez com que o abastecimento de produtos nos países ocidentais fosse interrompido, o que causou aumento no preço do recurso natural.

O segundo momento foi o relatado acima, de 1973, como via de protesto ao apoio que os Estados Unidos davam a Israel durante a Guerra do Yom Kipur. No qual os países membros da OPEP supervalorizaram o preço do petróleo.

O terceiro ocorreu durante a crise política no Irã que desorganizou o setor de produção no país. Logo em seguida à Revolução do Irã, travou-se uma guerra entre o mesmo país e o Iraque que reduziram a produção de petróleo e causaram o aumento do preço do produto no mundo, já que os dois eram os maiores produtores e a oferta do petróleo ficou reduzida no mercado mundial.

Em 1991 teve início a Guerra do Golfo que gerou um novo momento de crise. O Iraque foi invadido pelo Kuwait, os Estados Unidos intervieram no conflito e expulsaram os iraquianos do Kuwait, que antes de sair incendiaram poços de petróleo de tal país causando uma crise econômica e ecológica.

O quinto momento de crise é muito recente, em 2008 movimentos especulativos de escala global fizeram com que o preço do produto subisse 100% entre os seis primeiros meses do ano.

Simón Bolívar, Militar e estadista venezuelano 24/7/1783, San Mateo, Venezuela 17/12/1830, Santa Marta, Colômbia




Bolivar foi aclamado Libertador em 1813, ao invadir a Venezuela
Um dos maiores vultos da história latino-americana, Bolivar comandou as revoluções que promoveram a independência da Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. Simón José Antonio de la Santísima Trinidad Bolívar Palacios y Blanco nasceu na aristocracia colonial. Recebeu excelente educação de seus tutores e conheceu as obras filosóficas greco-romanas e as iluministas.

Aos nove anos, perdeu os pais e ficou a cargo de um tio. Este o enviou à Espanha, aos 15 anos, para continuar os estudos. Lá, Bolívar conheceu María Teresa Rodríguez del Toro y Alayza, com quem casou em 1802. Pouco depois de terem voltado para a Venezuela, a esposa morreu de febre amarela. Bolívar então jurou nunca mais casar.

Em 1804, retornou para a Espanha. Na Europa, presenciou a proclamação de Napoleão como imperador da França e perdeu o respeito por ele, considerando-o traidor das idéias republicanas. Após breve visita aos EUA, regressou para a Venezuela em 1807.

No ano seguinte, Napoleão provocou uma grande revolução popular na Espanha, conhecida como Guerra Peninsular. Na América, organizações regionais se formaram para lutar contra o novo rei, irmão de Napoleão.

Caracas declarou a independência, e Bolívar participou de uma missão diplomática à Inglaterra. Na volta, fez um discurso em favor da independência da América espanhola. Em 13 de agosto de 1811, forças patriotas, sob o comando de Francisco de Miranda, venceram em Valencia. Mas, no ano seguinte, depois de vários desastres militares, os dirigentes revolucionários entregaram Miranda às tropas espanholas.

Bolívar escreveu o famoso "Manifesto de Cartagena", sustentando que Nova Granada deveria apoiar a libertação da Venezuela. Em 1813, invadiu a Venezuela e foi aclamado Libertador. Em junho daquele ano, tomou Caracas e, em agosto, proclamou a segunda república venezuelana.

Em 1819, organizou o Congresso de Angostura, que fundou a Grande Colômbia (federação que abrangia os atuais territórios da Colômbia, Venezuela, Panamá e Equador), a qual nomeou Bolivar presidente. Após a vitória de Antonio José de Sucre sobre as forças espanholas (1822), o norte da América do Sul foi enfim libertado.

Em julho de 1822, Bolívar discutiu com José de San Martín a estratégia para libertar o Peru, mais ao sul. Em setembro de 1823, ele e Sucre chegaram a Lima para planejar o ataque. Em agosto de 1824, derrotaram o exército espanhol. No ano seguinte, Sucre criou o Congresso do Alto Peru e a República da Bolívia (assim batizada em homenagem a Bolívar). Em 1826, Bolívar concebeu o Congresso do Panamá, a primeira conferência hemisférica.

Em 1827, devido a rivalidades pessoais entre os generais da revolução, eclodiram guerras civis na Grande Colômbia. Em 25 de setembro de 1828, em Bogotá, Bolívar sofreu um atentado, conhecido como "conspiração setembrina", da qual saiu ileso graças à ajuda de sua companheira, Manuela Sáenz. Com a guerra civil de 1829, a Venezuela e a Colômbia se separaram; o Peru aboliu a Constituição bolivariana; e a província de Quito tornou-se independente, adotando o nome de Equador.

Acuado e tuberculoso, o Libertador morreu no ano seguinte, aos 47 anos.
http://educacao.uol.com.br/biografias/simon-bolivar.jhtm

BC lança plano de intervenção diária no câmbio até dezembro de U$60 bi



BC lança plano de intervenção diária no câmbio até dezembro de U$60 bi


SÃO PAULO/BRASÍLIA, 22 Ago (Reuters) - O Banco Central decidiu nesta quinta-feira intervir diariamente no mercado de câmbio, com a injeção potencial de 60 bilhões de dólares no mercado até o fim do ano, em meio à disparada da cotação da moeda norte-americana, na maior intervenção deste tipo desde o auge da crise internacional em 2008.
O objetivo, segundo o BC, é "prover hedge cambial aos agentes econômicos e liquidez ao mercado de câmbio". A alta do dólar, que chega a 21,51 por cento desde maio, tem causado preocupação em relação à inflação e ao endividamento das empresas brasileiras.
De acordo com a autoridade monetária, de segunda a quinta-feiras, até o fim do ano, serão ofertados 500 milhões de dólares em leilões diários de swap cambial tradicional --equivalente a venda futura de dólares.
Já às sextas-feiras serão realizados leilões de linha -- venda de dólar no mercado à vista com compromisso de recompra-- de até 1 bilhão de dólares.
"Isso mostra a firme determinação da autoridade monetária a não deixar que esse câmbio saia do lugar", afirmou o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito. Nesta semana, a moeda norte-americana chegou a romper o patamar de 2,45 reais, o maior patamar desde 9 dezembro de 2008.
O BC informou ainda que, caso seja necessário, serão aportados mais recursos além do inicialmente previsto nessas operações. De janeiro até agora, as intervenções do BC já somam 45 bilhões de dólares, segundo informação atualizada da assessoria do BC.

"Se julgar apropriado, o Banco Central do Brasil realizará operações adicionais", informou o BC em nota.

A medida foi bem recebida por economistas do mercado financeiro, que destacaram que o programa reduzirá a volatilidade no mercado, mas sustentaram que o viés do dólar é de alta em relação ao real.
O dólar tem subido em relação ao real por conta da expectativa de que o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, irá diminuir em breve seu programa de compras mensais de 85 bilhões de dólares em títulos, que tem garantido alta liquidez internacionalmente.
Apesar de não ser a única moeda a sofrer, o real tem se desvalorizado mais do que moedas de outros países com perfil semelhante ao brasileiro, por conta das preocupações com a política econômica.
A alta do dólar tem causado apreensão em relação aos efeitos na inflação, em um momento em que a Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 12 meses flerta com o teto da banda de tolerância da meta de inflação do governo. A meta é de 4,5 por cento ao ano, com intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima e para baixo.
Por conta da elevação dos preços no mercado interno, o BC iniciou em abril um novo ciclo de aperto monetário, elevando a taxa básica de juros de 7,25 por cento na ocasião para 8,5 por cento. Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) irá se reunir novamente, e a expectativa é que os juros subam para 9 por cento ao ano.
A alta do dólar tem levado os agentes econômicos a elevar suas estimativas para a taxa Selic no fim do ano.
Para o economista-chefe do INVX Global, Eduardo Velho, o plano de intervenção no mercado de câmbio anunciado nesta quinta-feira mostra que o BC não quer utilizar a política monetária, elevando a taxa básica de juros, para conter a valorização do dólar no Brasil.
"O BC sinaliza com essa ação que ele não vai dar um choque monetário. Ele vai usar a política cambial para cobrir essa demanda", disse Velho.
O BC já vinha atuando seguidamente no mercado de câmbio, principalmente com a oferta de swap cambial, para tentar conter a volatilidade da moeda. Nas últimas 16 sessões, o BC interveio em nove.
Mas desde outubro de 2008, o BC não adotava um programa de intervenção cambial sistemático e tão grande. Na ocasião, auge da crise internacional, o BC fez um programa de injeção de 50 bilhões de dólares no mercado.
(Reportagem de Tiago Pariz e de Bruno Federowski, em São Paulo, e Luciana Otoni, em Brasília)

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Oposição diz que gás matou centenas na Síria; Conselho da ONU se reúne



Oposição diz que gás matou centenas na Síria; Conselho da ONU se reúne

 Sobreviventes do que ativistas dizem ter sido um ataque com gás venenoso dormem em uma mesquita do bairro de Duma, em Damasco. O grupo de oposição sírio Escritório de Mídia de Damasco disse que 494 pessoas morreram em um bomboardeio e um ataque com gás realizados pelas forças do presidente Bashar al-Assad nesta quarta-feira, no que seria, se confirmado, de longe o pior relato de uso de armas químicas nos dois anos de guerra civil. 21/08/2013. REUTERS/Bassam Khabieh

Por Dominic Evans e Khaled Yacoub Oweis
BEIRUTE/AMÃ, 21 Ago (Reuters) - A oposição síria acusou na quarta-feira as forças governamentais de terem matado com foguetes que exalam um gás letal centenas de homens, mulheres e crianças enquanto dormiam. O incidente, que pode ser o mais grave ataque com armas químicas desde a década de 1980, motivou a convocação de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU em Nova York.
Estima-se que de 500 a 1.300 pessoas morreram em subúrbios de Damasco controlados por rebeldes.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se disse chocado com o fato, mas as divisões entre as grandes potências a respeito da Síria fazem com que dificilmente haja uma reação internacional imediata.
A Rússia se apressou em corroborar os desmentidos do governo de Bashar al Assad sobre o uso de armas químicas, atribuindo a denúncia a uma "provocação" rebelde para desacreditá-lo.
A Grã-Bretanha adotou posição contrária: "Espero que isso desperte alguns que têm apoiado o regime de Assad para que percebam sua natureza assassina e bárbara", disse o chanceler William Hague durante visita a Paris.
França, Grã-Bretanha, EUA e outros países defenderam que inspetores da ONU que chegaram nesta semana a Damasco aproveitem para investigar o incidente in loco. A Rússia, pedindo um inquérito "objetivo", disse que a própria presença da equipe já sugere que a responsabilidade não foi das forças governamentais.
Em Israel, o ministro da Defesa, Moshe Yaalon, disse a jornalistas que a Síria usou armas químicas, e que não foi a primeira vez.
Meses atrás, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que o uso de armas químicas seria um limite a partir do qual seu país poderia se envolver no conflito sírio. Em junho, quando ficou estabelecido que Assad havia empregado armas químicas contra os rebeldes em situações mais limitadas e igualmente contestadas, Washington intensificou seu apoio aos rebeldes, mas sem chegar a uma intervenção militar completa.
Sobreviventes do que ativistas dizem ter sido um ataque com gás venenoso dormem em uma mesquita do bairro de Duma, em Damasco. O grupo de oposição sírio Escritório de Mídia de Damasco disse que 494 pessoas morreram em um bomboardeio e um ataque com gás realizados pelas forças do presidente Bashar al-Assad nesta quarta-feira, no que seria, se confirmado, de longe o pior relato de uso de armas químicas nos dois anos de guerra civil. 21/08/2013. REUTERS/Bassam Khabieh

Se confirmado, o ataque com gás na quarta-feira deve intensificar a pressão sobre Obama para aumentar o apoio aos rebeldes, deixando de lado a relutância causada pela associação dos grupos anti-Assad com militantes islâmicos sunitas.

O Conselho de Segurança da ONU, onde a Rússia já vetou tentativas anteriores do Ocidente para impor punições a Assad, iniciou uma reunião a portas fechadas, mas não deve tomar ações decisivas.

"PARECIAM DORMIR, MAS ESTAVAM MORTOS"

Imagens recebidas da Síria, inclusive por fotógrafos free-lance que colaboram com a Reuters, mostram vários corpos -alguns deles de crianças pequenas- no chão de uma clínica, sem sinais visíveis de lesões. Algumas mostravam pessoas com espuma ao redor da boca.
A Reuters não pôde verificar a causa das mortes.
Os Estados Unidos e outros dizem não haver confirmação independente de que armas químicas foram usadas. Ban disse que o chefe da equipe de inspetores da ONU em Damasco já está discutindo as novas alegações com o governo.
Ativistas de oposição citaram várias cifras de mortos, de 500 a 1.300. Eles disseram que os foguetes caíram por volta de 3h (21h de terça-feira em Brasília). Em 1988, 3.000 a 5.000 curdos iraquianos foram mortos com armas de gás pelas forças de Saddam Hussein em Halabja.
Um homem que disse ter retirado vítimas no subúrbio damasceno de Erbin disse à Reuters: "Entrávamos em uma casa e estava tudo em seu lugar. Cada pessoa estava em seu lugar. Eles estavam deitados onde haviam estado, pareciam dormir. Mas estavam mortos."
Quando os foguetes atingiram sua aldeia de Mouadamiya, a sudoeste da capital, Farah al-Shami ignorou rumores no Facebook de que os projéteis estariam carregados de agentes químicos. Ela achava que seu bairro estava perto demais de um quartel para ser afetado.
"E ao mesmo tempo a ONU estava aqui. Parecia impossível. Mas aí comecei a ficar tonta. Estava sufocando, e meus olhos estavam ardendo", disse a síria de 23 anos à Reuters, via Skype.
"Corri para o posto de saúde dos arredores. Felizmente ninguém da minha família passou mal, mas vi famílias inteiras no chão."
Médicos entrevistados descreveram sintomas que, segundo eles, apontam para o gás sarin, um dos agentes que as potências ocidentais acusam Damasco de manter em estoques não declarados de armas químicas.
O ministro sírio da Informação, Omran Zoabi, disse que as acusações foram "ilógicas e fabricadas". O governo Assad diz que jamais usaria gás venenoso contra os sírios. Os EUA e seus aliados europeus acreditam que as forças de Assad já usaram pequenas quantidades de sarin anteriormente, daí a atual visita da ONU.
(Reportagem adicional de Erika Solomon em Beirute e Anthony Deutsch em Amsterdã, Niklas Pollard em Estocolmo e Thomas Grove em Moscou)

Brasil vai receber 4.000 médicos cubanos ainda em 2013

Brasil vai receber 4.000 médicos cubanos ainda em 2013
JOHANNA NUBLAT
DE BRASÍLIA
O Brasil vai receber até 4.000 médicos cubanos até o final de 2013, 400 deles imediatamente, dentro do programa federal Mais Médicos.

Segundo informou o Ministério da Saúde nesta quarta-feira (21), eles não poderão escolher as cidades em que vão atuar: os primeiros 400 serão direcionados para 701 municípios que não foram escolhidos por nenhum profissional na primeira etapa do programa, 84% deles no Norte e no Nordeste do país.

Os que vierem nos próximos meses serão sempre distribuídos em cidades onde há sobra de vagas. A prioridade no programa continuará sendo dada a médicos brasileiros; em seguida aos formados no exterior e, por fim, aos cubanos.

A previsão é que o primeiro grupo de profissionais de Cuba chegue ao Brasil até a próxima segunda-feira (26) e participe, junto com os demais médicos já selecionados no programa, de uma avaliação que vai durar três semanas. Qualquer um desses médicos, sejam brasileiros ou estrangeiros, pode ser desclassificado se for reprovado nas avaliações, feitas por universidades públicas.

O programa Mais Médicos foi lançado em julho pela presidente Dilma Rousseff. Um de seus focos é ampliar a presença de médicos, brasileiros ou estrangeiros, no interior do país e nas periferias das grandes cidades.

Este mês, após a constatação de que o primeiro mês de seleção do programa supriu menos de 15% da demanda por médicos, o ministro Alexandre Padilha (Saúde) afirmou que o país faria acordos internacionais para alavancar as inscrições no programa.

E citou um potencial acordo com Cuba. No início do ano, o governo cubano ofereceu 6.000 profissionais ao Brasil, oferta que gerou polêmica no país e foi suspensa pelo governo brasileiro.

O acordo com Cuba é o primeiro a ser fechado pelo ministério. Será intermediado pela OPAS (braço da Organização Mundial da Saúde para as Américas), modalidade de acordo nova para os cubanos, que têm parcerias para o envio de médicos com outros países.

REMUNERAÇÃO

O governo brasileiro afirmou que vai repassar a Cuba, via OPAS, R$ 10 mil mensais por cada médico, mesmo valor pago aos médicos que se inscreveram individualmente no programa. Além disso, será repassado à Cuba uma ajuda de custo para instalação do médico no Brasil.

Padilha não soube dizer, no entanto, quanto será pago, de fato, ao médico cubano. Joaquin Molina, chefe da OPAS no Brasil, disse também não ter essa informação. O ministro afirmou que o governo brasileiro e a OPAS vão fiscalizar as condições de trabalho que serão dadas ao profissional.

As cidades que vão receber os médicos ficarão encarregadas de custear alimentação e moradia --tanto para os cubanos, como para os demais profissionais.

REPERCUSSÃO

A entrada massiva de médicos estrangeiros é rejeitada pelas entidades médicas, que criticam o fato de o governo brasileiro dispensar os médicos formados no exterior da revalidação de seus diplomas.

Em nota divulgada logo após o anúncio do acordo com Cuba, o CFM (Conselho Federal de Medicina) classificou a decisão de "eleitoreira, irresponsável e desrespeitosa".

"Trata-se de uma medida que nada tem de improvisada, mas que foi planejada nos bastidores da cortina de fumaça do malfadado programa Mais Médicos. O anúncio de nesta quarta-feira coloca em evidência a real intenção do governo de abrir as portas do país para profissionais formados em Cuba, sem qualquer avaliação de competência e capacidade. Estratégia semelhante já ocorreu na Venezuela e na Bolívia, com consequências graves para estes países e suas populações", diz a nota.

BALANÇO DO PROGRAMA

Na primeira rodada de inscrições, o Mais Médicos teve inscrições de 18.450 profissionais, sendo que 1.920 deles atuam no exterior (sejam brasileiros ou estrangeiros).

Desses somente 1.816 finalizaram o processo de seleção, sendo designados para 579 cidades --isso cobre somente 11,8% da demanda por 15.460 médicos feita pelos prefeitos e 16,5% das cidades inscritas no programa.

O número, porém, ainda é preliminar. Dos 522 médicos selecionados com atuação no exterior, pelo menos 63 já foram desclassificados por problemas com a documentação.

Os médicos formados no exterior selecionados na primeira etapa começam a chegar ao Brasil nesta sexta-feira (23). Uma segunda rodada de inscrições já teve início. A proposta é que as seleções sejam mensais. http://www1.folha.uol.com.br/

domingo, 18 de agosto de 2013

O Êxtase de Santa Teresa, Bernini









O Êxtase de Santa Teresa

O Êxtase de Santa Teresa é uma escultura de Gian Lorenzo Bernini (1598-1680) um dos maiores escultores do século XVII, representando a experiência mística de Santa Teresa de Ávila trespassada por uma seta de amor divino por um anjo, realizada para a capela do cardeal Federico Cornaro. A madre Teresa de Jesus, nascida Teresa de Cepeda y Ahumada morreu em Alba de Tormes em 4 de Outubro de 1582.
Esculpida durante o período de 1645-1652, seguindo as tendências do estilo barroco, hoje ela se encontra em um nicho em mármore e bronze dourado na Capela Cornaro, Igreja de Santa Maria della Vittoria, Roma. A beleza da obra se deve ao uso da iluminação e da fidelidade da escultura, que conferem à obra sensibilidade, pois o escultor aplicava em suas esculturas o uso de corpos alongados, gestos expressivos, expressões mais simples mas mais emocionadas.
Bernini seguia as determinações da Igreja Católica Romana, que diziam que a a arte religiosa deveria ser inteligível e realista, e servir, acima de tudo, como um estímulo emocional à religiosidade. Bernini serviu a Cidade do Vaticano durante muito tempo, criando esculturas feitas por pedido. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Êxtase de Santa Teresa - Bernini Atenção alunos do 1º médio Performance assistam o video sobre a escultura Extase de Santa Teresa de Bernini - A obra prima do Barroco Italiano

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O fim do socialismo





O fim do socialismo por: Eduardo de Freitas

A queda do Muro de Berlim representou a queda do regime socialista no mundo.
A criação do socialismo como regime político-econômico visava sufocar e extinguir o sistema que vigorava no final do século XIX, o capitalismo. As ideias socialistas almejavam implantar uma sociedade mais justa e igualitária.

Os principais idealizadores do socialismo foram os alemães Karl Marx e Friedrich Engels, após uma profunda análise no sistema capitalista eles proporam a estruturação de uma sociedade alicerçada no regime socialista.

A partir daí, as ideias do regime socialista se espalharam pelo mundo e muitos países as implantaram. No entanto, tais nações não instituíram o socialismo aos moldes propostos por Karl Marx e Friedrich Engels. Desse modo, o socialismo aplicado em diversas nacionalidades recebeu o nome pelos estudiosos de “socialismo real”, ou seja, aquele que realmente foi colocado em prática.

Na União Soviética e todo Leste Europeu foi instaurado o socialismo real, marcado principalmente pela enorme participação do Estado. Esse fato fez emergir, de certa forma, um sistema um tanto quanto ditatorial, tendo em vista que as decisões políticas não tinham a participação popular. A liberdade de expressão era reprimida pelos dirigentes, que concentravam o poder em suas mãos.

Com o excesso de centralização do poder, a classe de dirigentes, bem como os funcionários de alto escalão do governo, passaram a desfrutar de privilégios que não faziam parte do cotidiano da maioria da população; o que era bastante contraditório, pois o socialismo buscava a construção de uma sociedade igualitária.

Em todo o transcorrer da década de 80, a União Soviética enfrentou uma profunda crise, atingindo a política e a economia. Tal instabilidade foi resultado de diversos fatores, dentre os quais podemos destacar o baixo nível tecnológico em relação aos outros países. Isso porque o país investiu somente na indústria bélica, deixando de lado a produção de bens de consumo. Além, da diminuição drástica da produção agropecuária e industrial.

Diante dos problemas apresentados, a população soviética ficava cada vez mais descontente com o sistema socialista. A insatisfação popular reforçava o anseio de surgir uma abertura política e econômica no país para buscar melhorias sociais. O desejo de implantar um governo democrático na União Soviética consolidou a queda do socialismo no país. Fato que ligeiramente atingiu o Leste Europeu, que buscou se integrar ao mundo capitalista.

Hoje, praticamente não existem países essencialmente socialistas, salvo Cuba. São ainda considerados socialistas: China, Vietnã e Coréia do Norte. Aos poucos essas nações dão sinais de declínio quanto ao sistema de governo, promovendo gradativamente abertura política e econômica.  Fonte  http://www.mundoeducacao.com.br