segunda-feira, 30 de novembro de 2015
Líderes mundiais se mobilizam em busca de avanço em cúpula do clima em Paris
Líderes mundiais se mobilizam em busca de avanço em cúpula do clima em Paris
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
Presidente dos EUA, Barack Obama, discursa durante a COP 21, em Paris. 30/11/2015 REUTERS/Stephane Mahe
Por Bruce Wallace e Alister Doyle
PARIS (Reuters) - Líderes de todo o globo lançaram nesta segunda-feira uma iniciativa ambiciosa para conter o aumento das temperaturas da Terra, e o presidente da França, François Hollande, disse que o mundo está em um "ponto de ruptura" na luta contra o aquecimento global.
Cerca de 150 chefes de Estado e governo, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o líder chinês, Xi Jinping, a presidente Dilma Rousseff incitaram uns aos outros a abraçar a causa comum nas duas semanas de negociações de forma a distanciar a economia global da dependência de combustíveis fósseis.
Os líderes chegaram para a cúpula do clima da Organização das Nações Unidas (ONU) em Paris acompanhados de grandes expectativas e armados com promessas de ação. Após décadas de tratativas penosas e do fracasso da cúpula de Copenhague seis anos atrás, alguma modalidade de acordo histórico parece quase assegurada até meados de dezembro.
Alertas de cientistas do clima, as exigências de ativistas e as exortações de líderes religiosos, como o papa Francisco, se uniram aos avanços significativos nas fontes de energia limpa, como a solar, para aumentar a pressão por cortes nas emissões de carbono, responsabilizadas pelo aquecimento do planeta.
A maioria dos cientistas afirma que um fracasso na adoção de medidas rígidas no encontro da capital francesa condenaria o mundo a temperaturas médias cada vez mais elevadas, que trariam junto tempestades devastadoras, secas mais frequentes e a elevação do nível dos mares em decorrência do derretimento das calotas polares.
Diante de projeções tão alarmantes, os líderes das nações responsáveis por cerca de 90 por cento das emissões de gases de efeito estufa foram à cúpula munidos de compromissos para reduzir sua produção nacional de carbono através de medidas diferentes em ritmos diferentes.
Para algumas delas, a mudança climática se tornou um assunto premente em casa. Na abertura do encontro parisiense, as capitais de dois dos países mais populosos do mundo, China e Índia, estavam cobertas por um nevoeiro nocivo e sufocante – Pequim estava sob alerta de poluição "laranja", o segundo nível de maior gravidade.
DESAFIO "URGENTE"
Ao longo da próxima quinzena, os negociadores irão firmar o pacto climático internacional mais robusto da história e que irá marcar um progresso impactante na busca frequentemente frustrante por um acordo global, embora por si só ele não baste para evitar que as temperaturas ultrapassem um patamar desastroso.
"O que nos deveria dar esperança de que este é um divisor de águas, de que este é o momento em que finalmente determinamos que iremos salvar nosso planeta, é o fato de que nossas nações compartilham a noção da urgência deste desafio e uma compreensão crescente de que está no nosso poder fazer algo a respeito dele", afirmou Obama, um dos primeiros líderes a discursar na cúpula.
A cúpula acontece sob clima de tensão. A segurança foi reforçada depois dos ataques de militantes islâmicos em 13 de novembro que deixaram 130 mortos em Paris, e Hollande disse que não se pode separar "a luta contra o terrorismo da luta contra o aquecimento global".
Os líderes globais devem enfrentar ambos os desafios, deixando para suas crianças "um mundo livre do terror", assim como "protegido de catástrofes", disse.
Em seu pronunciamento na conferência, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil não está alheio aos problemas das mudanças climáticas, tendo enfrentado secas no Nordeste e chuvas fortes e inundações no Sul e no Sudeste.
"O fenômeno El Niño nos tem golpeado com força", afirmou a presidente, que também abordou o rompimento de barragem de rejeitos da mineradora Samarco em Mariana (MG), que definiu como "o maior desastre ambiental da história do país", provocado por "ação irresponsável de uma empresa".
(Reportagem adicional de Jeff Mason e John Irish)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
Presidente dos EUA, Barack Obama, discursa durante a COP 21, em Paris. 30/11/2015 REUTERS/Stephane Mahe
Por Bruce Wallace e Alister Doyle
PARIS (Reuters) - Líderes de todo o globo lançaram nesta segunda-feira uma iniciativa ambiciosa para conter o aumento das temperaturas da Terra, e o presidente da França, François Hollande, disse que o mundo está em um "ponto de ruptura" na luta contra o aquecimento global.
Cerca de 150 chefes de Estado e governo, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o líder chinês, Xi Jinping, a presidente Dilma Rousseff incitaram uns aos outros a abraçar a causa comum nas duas semanas de negociações de forma a distanciar a economia global da dependência de combustíveis fósseis.
Os líderes chegaram para a cúpula do clima da Organização das Nações Unidas (ONU) em Paris acompanhados de grandes expectativas e armados com promessas de ação. Após décadas de tratativas penosas e do fracasso da cúpula de Copenhague seis anos atrás, alguma modalidade de acordo histórico parece quase assegurada até meados de dezembro.
Alertas de cientistas do clima, as exigências de ativistas e as exortações de líderes religiosos, como o papa Francisco, se uniram aos avanços significativos nas fontes de energia limpa, como a solar, para aumentar a pressão por cortes nas emissões de carbono, responsabilizadas pelo aquecimento do planeta.
A maioria dos cientistas afirma que um fracasso na adoção de medidas rígidas no encontro da capital francesa condenaria o mundo a temperaturas médias cada vez mais elevadas, que trariam junto tempestades devastadoras, secas mais frequentes e a elevação do nível dos mares em decorrência do derretimento das calotas polares.
Diante de projeções tão alarmantes, os líderes das nações responsáveis por cerca de 90 por cento das emissões de gases de efeito estufa foram à cúpula munidos de compromissos para reduzir sua produção nacional de carbono através de medidas diferentes em ritmos diferentes.
Para algumas delas, a mudança climática se tornou um assunto premente em casa. Na abertura do encontro parisiense, as capitais de dois dos países mais populosos do mundo, China e Índia, estavam cobertas por um nevoeiro nocivo e sufocante – Pequim estava sob alerta de poluição "laranja", o segundo nível de maior gravidade.
DESAFIO "URGENTE"
Ao longo da próxima quinzena, os negociadores irão firmar o pacto climático internacional mais robusto da história e que irá marcar um progresso impactante na busca frequentemente frustrante por um acordo global, embora por si só ele não baste para evitar que as temperaturas ultrapassem um patamar desastroso.
"O que nos deveria dar esperança de que este é um divisor de águas, de que este é o momento em que finalmente determinamos que iremos salvar nosso planeta, é o fato de que nossas nações compartilham a noção da urgência deste desafio e uma compreensão crescente de que está no nosso poder fazer algo a respeito dele", afirmou Obama, um dos primeiros líderes a discursar na cúpula.
A cúpula acontece sob clima de tensão. A segurança foi reforçada depois dos ataques de militantes islâmicos em 13 de novembro que deixaram 130 mortos em Paris, e Hollande disse que não se pode separar "a luta contra o terrorismo da luta contra o aquecimento global".
Os líderes globais devem enfrentar ambos os desafios, deixando para suas crianças "um mundo livre do terror", assim como "protegido de catástrofes", disse.
Em seu pronunciamento na conferência, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil não está alheio aos problemas das mudanças climáticas, tendo enfrentado secas no Nordeste e chuvas fortes e inundações no Sul e no Sudeste.
"O fenômeno El Niño nos tem golpeado com força", afirmou a presidente, que também abordou o rompimento de barragem de rejeitos da mineradora Samarco em Mariana (MG), que definiu como "o maior desastre ambiental da história do país", provocado por "ação irresponsável de uma empresa".
(Reportagem adicional de Jeff Mason e John Irish)
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sexta-feira, 27 de novembro de 2015
Dilma cancela viagem por problema orçamentário; Planalto vai contingenciar mais de R$10 bi
Dilma cancela viagem por problema orçamentário; Planalto vai contingenciar mais de R$10 bi
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
Presidente Dilma Rousseff chega a cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília. 24/11/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino?
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff cancelou a viagem que faria ao Japão e ao Vietnã em dezembro por problema orçamentário, informou o Palácio do Planalto em nota nesta sexta-feira, acrescentando que será publicado na segunda-feira decreto com um contingenciamento de mais de 10 bilhões de reais.
Na nota, o Planalto afirmou que a partir de dezembro "o governo não pode mais empenhar novas despesas discricionárias, exceto às essenciais ao funcionamento do Estado e ao interesse público".
"Não se trata de um problema financeiro, mas orçamentário... Pelo mais recente posicionamento do Tribunal de Contas da União, a não aprovação da revisão da meta (fiscal) obriga o governo a contingenciar as verbas discricionárias", informou o Planalto.
O contingenciamento é necessário pois o Congresso Nacional ainda não votou a alteração da meta de resultado primário para este ano.
A votação estava prevista para quarta-feira, mas foi afetada pela prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado, por suspeita de obstrução no andamento da operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras. A sessão acabou sendo adiada para terça-feira da próxima semana.
A meta de resultado primário que ainda está valendo determina que o setor público consolidado faça superávit de 66,3 bilhões de reais em 2015, sendo 55,3 bilhões de reais para o governo central (governo federal, Banco Central e INSS).
O governo solicitou ao Congresso uma revisão desse alvo, diante da economia em recessão e queda nas receitas. O projeto que aguarda aval dos parlamentares prevê déficit do setor público entre 48,9 bilhões e 117 bilhões de reais. Para o governo central, o rombo poderá ir a 119,9 bilhões de reais, contando, no pior dos cenários, com o pagamento das chamadas pedaladas fiscais e com frustração de ingresso de receitas neste ano com o leilão de hidrelétricas.
O governo deve publicar o decreto de contingenciamento até segunda-feira para não infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal, após ter assumido em relatório de receitas e despesas do 5ª bimestre uma queda expressiva nas receitas no ano. [nL1N13I0C7]
No documento, publicado há uma semana, o governo já tinha assinalado que, para alcançar a meta ainda vigente, deveria contingenciar despesas discricionárias em 107,1 bilhões de reais, o que seria impossível pois só contava com um saldo para contingenciamento de 10,7 bilhões de reais, excluídos os gastos mínimos obrigatórios de saúde e as emendas impositivas. O governo ressaltou ainda que o corte de 10,7 bilhões de reais paralisaria a máquina pública, com "interrupção das atividades essenciais em todos os órgãos federais e da execução de investimentos necessários à manutenção da infraestrutura do país e à retomada do crescimento econômico".
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)
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sexta-feira, 27 de novembro de 2015
Presidente Dilma Rousseff chega a cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília. 24/11/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino?
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff cancelou a viagem que faria ao Japão e ao Vietnã em dezembro por problema orçamentário, informou o Palácio do Planalto em nota nesta sexta-feira, acrescentando que será publicado na segunda-feira decreto com um contingenciamento de mais de 10 bilhões de reais.
Na nota, o Planalto afirmou que a partir de dezembro "o governo não pode mais empenhar novas despesas discricionárias, exceto às essenciais ao funcionamento do Estado e ao interesse público".
"Não se trata de um problema financeiro, mas orçamentário... Pelo mais recente posicionamento do Tribunal de Contas da União, a não aprovação da revisão da meta (fiscal) obriga o governo a contingenciar as verbas discricionárias", informou o Planalto.
O contingenciamento é necessário pois o Congresso Nacional ainda não votou a alteração da meta de resultado primário para este ano.
A votação estava prevista para quarta-feira, mas foi afetada pela prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado, por suspeita de obstrução no andamento da operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras. A sessão acabou sendo adiada para terça-feira da próxima semana.
A meta de resultado primário que ainda está valendo determina que o setor público consolidado faça superávit de 66,3 bilhões de reais em 2015, sendo 55,3 bilhões de reais para o governo central (governo federal, Banco Central e INSS).
O governo solicitou ao Congresso uma revisão desse alvo, diante da economia em recessão e queda nas receitas. O projeto que aguarda aval dos parlamentares prevê déficit do setor público entre 48,9 bilhões e 117 bilhões de reais. Para o governo central, o rombo poderá ir a 119,9 bilhões de reais, contando, no pior dos cenários, com o pagamento das chamadas pedaladas fiscais e com frustração de ingresso de receitas neste ano com o leilão de hidrelétricas.
O governo deve publicar o decreto de contingenciamento até segunda-feira para não infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal, após ter assumido em relatório de receitas e despesas do 5ª bimestre uma queda expressiva nas receitas no ano. [nL1N13I0C7]
No documento, publicado há uma semana, o governo já tinha assinalado que, para alcançar a meta ainda vigente, deveria contingenciar despesas discricionárias em 107,1 bilhões de reais, o que seria impossível pois só contava com um saldo para contingenciamento de 10,7 bilhões de reais, excluídos os gastos mínimos obrigatórios de saúde e as emendas impositivas. O governo ressaltou ainda que o corte de 10,7 bilhões de reais paralisaria a máquina pública, com "interrupção das atividades essenciais em todos os órgãos federais e da execução de investimentos necessários à manutenção da infraestrutura do país e à retomada do crescimento econômico".
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)
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sexta-feira, 20 de novembro de 2015
Levy não vê necessidade de aporte de recursos imediato na Petrobras
Levy não vê necessidade de aporte de recursos imediato na Petrobras
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
Ministro da Fazenda, Joaquim Levy. 04/11/2015. REUTERS/Ueslei Marcelino
Por Rory Carroll
HALF MOON BAY, Califórnia (Reuters) - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta sexta-feira que não vê necessidade imediata de um aporte de capital na Petrobras, embora não tenha descartado que isso venha a ocorrer no futuro, afirmando que a estatal tem dinheiro para uma quantidade de tempo razoável.
Segundo ele, há uma série de aspectos que precisam ser levados em conta antes de se considerar uma injeção de recursos na petroleira brasileira, uma das empresas mais endividadas do mundo.
Os comentários de Levy, feitos nos bastidores de uma conferência sobre infraestrutura na região de San Francisco, foram feitos após reportagens na imprensa brasileira de que haveria discussões preliminares para um socorro da União à Petrobras nos moldes de operações feitas com bancos públicos nos últimos anos, com o uso de instrumentos híbridos de capital e dívida.
"O mais importante sobre a Petrobras é que a companhia está tomando medidas para enfrentar seus desafios", afirmou Levy, citando a estratégia de desinvestimentos, a revisão de contratos e a disciplina de custos.
"Eles têm dinheiro suficiente para trabalhar. O Brasil está no meio de uma consolidação fiscal. Estamos no meio de políticas que realmente estão fortalecendo cada área do setor público. Neste momento, eu não vejo necessidade imediata para isso (injeção de capital na Petrobras)", disse Levy.
"É claro que o governo pode sempre agir como o acionista controlador. Mas não devemos buscar soluções fáceis. Temos restrições orçamentárias... É algo que você precisa evitar neste momento", prosseguiu.
Perguntado quando um aporte de recursos na Petrobras seria necessário, ele disse que isso depende dos acontecimentos e que não há razão para especular sobre o assunto.
A Petrobras encerrou setembro com dívida bruta próxima a 130 bilhões de dólares.
A empresa, no epicentro do escândalo bilionário de corrupção investigado pela operação Lava Jato, terminou o terceiro trimestre com cerca de 26 bilhões de dólares em caixa e prevê acabar 2015 com cerca de 22 bilhões de dólares em disponibilidades.
O diretor financeiro da petroleira, Ivan Monteiro, disse em 12 de novembro que a companhia tem privilegiado manter um nível de liquidez bastante elevado, da ordem de mais de 20 bilhões de dólares em caixa, e que continuará a fazer isso.
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quinta-feira, 19 de novembro de 2015
Presidente francês ordena "intensificação" de ataques contra o EI na Síria e no Iraque
Presidente francês ordena "intensificação" de ataques contra o EI na Síria e no Iraque
Do UOL, em São Paulo 19/11/2015
Stephane de Sakutin/AP
O presidente francês, François Hollande, ordenou a "intensificação" dos ataques contra o grupo EI (Estado Islâmico) na Síria e no Iraque, anunciou a presidência francesa nesta quinta-feira (19) à noite, seis dias após os ataques em Paris, reivindicados pelo EI, que mataram 129 pessoas.
O chefe de Estado deu ao governo "as instruções pertinentes" para esse fim, segundo um comunicado oficial divulgado ao término de um encontro, do qual participaram também o primeiro-ministro, Manuel Valls, e os titulares das pastas de Defesa, Jean-Yves Le Drian, Interior, Bernard Cazeneuve, e Relações Exteriores, Laurent Fabius.
A ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos informou ontem que nos bombardeios de aviões franceses na cidade de Raqqa, efetuados nos três dias anteriores, pelo menos 33 combatentes da organização terrorista morreram.
O objetivo desta nova reunião do governo francês, segundo o Palácio do Eliseu, era fazer um balanço sobre as operações realizadas até o momento para capturar os responsáveis e seus cúmplices dos atentados de 13 de novembro em Paris.
O conselho examinou "todas as medidas destinadas a reforçar a proteção" dos franceses no país e debateu também "as modalidades do tratamento diplomático" da situação na Síria, segundo a nota.
Rússia
O Exército russo anunciou ter realizado nesta quinta-feira uma terceira série de bombardeios "em massa" contra o Estado Islâmico na Síria, onde Moscou atua desde 30 de setembro.
"Hoje (...) a aviação russa realizou uma terceira série de bombardeios maciços contra grupos armados ilegais em território sírio", declarou o ministério da Defesa em um comunicado.
Entre 13h40 e 14h30 GMT (11h40 e 12h30 de Brasília), um "esquadrão de bombardeiros estratégicos de longo alcance Tu-22 realizou um ataque concentrado em 6 alvos nas províncias de Raqqa (nordeste) e Deir Ezzor (leste)", incluindo contra refinarias de petróleo utilizadas pelos "terroristas", um armazém de munições e uma oficina de fabricação de morteiros, informa o comunicado.
Todos os alvos dos ataques realizados foram destruídos, indicou a fonte. O EI controla a maioria dos campos de petróleo na Síria, especialmente na província de Deir Ezzor.
Além disso, entre 6h e 6h20 GMT, bombardeiros estratégicos Tu-95 lançaram a partir do espaço aéreo russo 12 mísseis de cruzeiro contra alvos do EI nas províncias sírias de Aleppo (noroeste) e Idleb (noroeste), segundo o comunicado.
Desde 30 de setembro, a Rússia realiza ataques aéreos diários contra alvos "terroristas" para apoiar as operações militares do regime de Damasco, do qual é aliado.
Na terça-feira, Moscou anunciou a primeira série de bombardeios maciços contra posições do EI na Síria, depois de admitir que a queda de um avião russo em 31 de outubro no Sinai egípcio, que fez 224 mortos, foi de fato devido a um ataque reivindicado pelo EI.
Do UOL, em São Paulo 19/11/2015
Stephane de Sakutin/AP
O presidente francês, François Hollande, ordenou a "intensificação" dos ataques contra o grupo EI (Estado Islâmico) na Síria e no Iraque, anunciou a presidência francesa nesta quinta-feira (19) à noite, seis dias após os ataques em Paris, reivindicados pelo EI, que mataram 129 pessoas.
O chefe de Estado deu ao governo "as instruções pertinentes" para esse fim, segundo um comunicado oficial divulgado ao término de um encontro, do qual participaram também o primeiro-ministro, Manuel Valls, e os titulares das pastas de Defesa, Jean-Yves Le Drian, Interior, Bernard Cazeneuve, e Relações Exteriores, Laurent Fabius.
A ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos informou ontem que nos bombardeios de aviões franceses na cidade de Raqqa, efetuados nos três dias anteriores, pelo menos 33 combatentes da organização terrorista morreram.
O objetivo desta nova reunião do governo francês, segundo o Palácio do Eliseu, era fazer um balanço sobre as operações realizadas até o momento para capturar os responsáveis e seus cúmplices dos atentados de 13 de novembro em Paris.
O conselho examinou "todas as medidas destinadas a reforçar a proteção" dos franceses no país e debateu também "as modalidades do tratamento diplomático" da situação na Síria, segundo a nota.
Rússia
O Exército russo anunciou ter realizado nesta quinta-feira uma terceira série de bombardeios "em massa" contra o Estado Islâmico na Síria, onde Moscou atua desde 30 de setembro.
"Hoje (...) a aviação russa realizou uma terceira série de bombardeios maciços contra grupos armados ilegais em território sírio", declarou o ministério da Defesa em um comunicado.
Entre 13h40 e 14h30 GMT (11h40 e 12h30 de Brasília), um "esquadrão de bombardeiros estratégicos de longo alcance Tu-22 realizou um ataque concentrado em 6 alvos nas províncias de Raqqa (nordeste) e Deir Ezzor (leste)", incluindo contra refinarias de petróleo utilizadas pelos "terroristas", um armazém de munições e uma oficina de fabricação de morteiros, informa o comunicado.
Todos os alvos dos ataques realizados foram destruídos, indicou a fonte. O EI controla a maioria dos campos de petróleo na Síria, especialmente na província de Deir Ezzor.
Além disso, entre 6h e 6h20 GMT, bombardeiros estratégicos Tu-95 lançaram a partir do espaço aéreo russo 12 mísseis de cruzeiro contra alvos do EI nas províncias sírias de Aleppo (noroeste) e Idleb (noroeste), segundo o comunicado.
Desde 30 de setembro, a Rússia realiza ataques aéreos diários contra alvos "terroristas" para apoiar as operações militares do regime de Damasco, do qual é aliado.
Na terça-feira, Moscou anunciou a primeira série de bombardeios maciços contra posições do EI na Síria, depois de admitir que a queda de um avião russo em 31 de outubro no Sinai egípcio, que fez 224 mortos, foi de fato devido a um ataque reivindicado pelo EI.
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
Mulher-bomba instaura nova era de jihad feminina na França
Mulher-bomba instaura nova era de jihad feminina na França
AFP Em Paris 18/11/2015
Joel Saget/AFP
Polícia forense recolhe material onde foi realizada operação policial contra suspeitos de terrorismo em Saint-Denis
Polícia forense recolhe material onde foi realizada operação policial contra suspeitos de terrorismo em Saint-Denis
Ao detonar seu cinturão de explosivos para não ser capturada, a mulher que morreu nesta quarta-feira em ação policial em Saint-Denis instaurou uma nova era na França e se somou a uma longa lista de mulheres-bomba.
Ao amanhecer, quando os policiais derrubaram a porta do apartamento ao norte de Paris em que se encontrava com quatro homens, a jovem optou por se explodir.
"Este caso é, sobretudo, uma prova de determinação", explica à AFP Fatima Lahnait, pesquisadora e autora do relatório "Mulheres-bomba, a jihad no feminino".
"O doutrinamento e recrutamento são tais que ela preferiu morrer antes de ser detida. Fazendo isso, contribuiu para a luta. O sexo pouco importa, mas o fato de ser mulher seguramente multiplicará o impacto de seu ato na sociedade", afirma.
Embora nos últimos anos várias mulheres tenham alcançado as "terras da jihad", na Síria e no Iraque, são poucas as que optam pelo martírio. Entre elas, Muriel Degaugue, uma jovem belga convertida ao islã que se explodiu em novembro de 2005 no Iraque durante a passagem de um comboio americano.
"Desejo de morte"
Ao preferir a morte à redenção, suicida de Saint-Denis não tentou - ao contrário dos que se detonaram na noite de sexta-feira em Paris, deixando ao menos 129 mortes - perpetrar um atentado suicida contra eventuais passantes.
"A participação de mulheres em atos devastadores de assassinato e dor sempre provocou uma mescla de estupefação, repugnância e interesse público", escreveu Lahnait. "Como compreender o desejo de morte destas mulheres que aspiram a morrer, mas também a matar?", prossegue.
"A religião muçulmana condena formalmente o suicídio", acrescentou. "Mas isso vem sido frequentemente ignorado, especialmente por libaneses, palestinos, Al-Qaeda e chechenos", explicou.
Em 1985, uma libanesa de apenas 16 anos, Sana Jyadali, lançou seu carro carregado de explosivos contra um comboio israelense, matando dois soldados. Foi a primeira de uma larga lista de mulheres candidatas ao martírio em seu país. O mesmo já aconteceu em Israel, Turquia, Índia, Paquistão, Uzbequistão, Chechênia e Iraque.
A partir desta data até 2006, "mais de 220 mulheres-bomba se sacrificaram, o que representa quase 15% do número total contabilizado", indicou a investigadora em seu informe.
Inclusive meninas
Entre elas figura a iraquiana Sajida al-Rashawi, que tentou se explodir entre os convidados de um casamento palestino em um grande hotel de Amã, a capital jordana. Os chefes da Al-Qaeda, que a consideraram uma heroína, pediram por sua liberdade. Após a morte do piloto jordano Moaz al-Kasasbeh, queimado vivo em uma jaula pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), foi enforcada em fevereiro passado.
Atualmente é outro grupo jihadista, o nigeriano Boko Haram, o que mais recorre às mulheres-bomba, chegando a enviar meninas à morte, entre as quais a mais jovem teria 7 anos. Nestes casos, frequentemente os chefes têm o controle da exploração da carga que transportam, que ativam à distância mediante telefones móveis.
"Em Maiduguri" (grande cidade do norte da Nigéria), "os atentados suicidas são cotidianos", disse à AFP Marc-Antoine Pérouse de Montclos, investigador do Instituto de Investigação para o Desenvolvimento (IRD). "São especialmente mulheres e meninas que vêm após a morte de seus maridos e pais, abatidos em confrontos com o exército nigeriano", explica.
A vingança pela perda de um parente também tem sido o motivo das suicidas chechenas, as famosas "viúvas negras", que provocaram dezenas de vítimas mortais.
Enquanto ímãs dos grupos jihadistas prometem aos candidatos ao martírio as maravilhas do paraíso, especialmente as famosas 72 virgens, não há nada disso para as mulheres-bomba: "O que podem lhes prometer é o reencontro, no paraíso, com um ente querido, um marido desaparecido, por exemplo", precisa Fatima Lahnait.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Comissão do Congresso autoriza déficit primário do governo de até R$117 bi em 2015
Comissão do Congresso autoriza déficit primário do governo de até R$117 bi em 2015
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Por Marcela Ayres
BRASÍLIA (Reuters) - A Comissão Mista de Orçamento (CMO) deu carta branca nesta terça-feira para o governo registrar rombo primário de até 117 bilhões de reais em 2015 que, se confirmado, será o segundo déficit seguido do setor público, impactado pelo pagamento de pedaladas fiscais e pela queda na arrecadação em meio à fraca atividade econômica.
Após reunião marcada por questionamentos da oposição, a CMO aprovou projeto de lei que altera a meta de superávit primário do setor público consolidado --economia para pagamento de juros da dívida pública-- para déficit de no mínimo 48,9 bilhões de reais e no máximo de 117 bilhões de reais no ano.
No pior dos cenários, o resultado será afetado pelo pagamento de até 57 bilhões de reais das chamadas pedaladas fiscais e pela frustração de receitas de 11,1 bilhões de reais com leilão de hidrelétricas.
O projeto de lei ainda precisará ser aprovado em sessão plenária no Congresso. Segundo a presidente da CMO, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), o governo pediu que a matéria entrasse na pauta da sessão conjunta marcada para esta terça-feira.
Mas ela mesma disse ser contra a votação imediata de um projeto recém-aprovado pela comissão. Por isso, completou ela, o texto deverá ser apreciado pelo Legislativo na próxima quinta ou na terça-feira da semana que vem, se houver consenso entre os líderes para tanto.
Antes da votação ser aberta, parlamentares da oposição criticaram veementemente a revisão de contas proposta pelo governo, chamando o orçamento inicialmente previsto pelo governo de "peça fictícia", "lambança" e "conta de padaria".
Este será o segundo ano consecutivo que o Brasil registrará déficit primário, ou seja, gastos maiores do que as receitas, após saldo negativo de 32,5 bilhões de reais em 2014, o primeiro em mais de dez anos.
Em julho, o governo já havia proposto expressiva redução da meta de superávit primário em 2015 para 8,7 bilhões de reais, ou 0,15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), ante a meta inicial de 66,3 bilhões de reais, ou 1,1 por cento do PIB.
Para não infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o governo deve encerrar o ano com a meta de 2015 já alterada pelo Congresso. Na prática, o texto votado pela CMO nesta terça, abrirá espaço para um rombo do setor público de 0,85 por cento a 2,03 por cento do PIB.
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Por Marcela Ayres
BRASÍLIA (Reuters) - A Comissão Mista de Orçamento (CMO) deu carta branca nesta terça-feira para o governo registrar rombo primário de até 117 bilhões de reais em 2015 que, se confirmado, será o segundo déficit seguido do setor público, impactado pelo pagamento de pedaladas fiscais e pela queda na arrecadação em meio à fraca atividade econômica.
Após reunião marcada por questionamentos da oposição, a CMO aprovou projeto de lei que altera a meta de superávit primário do setor público consolidado --economia para pagamento de juros da dívida pública-- para déficit de no mínimo 48,9 bilhões de reais e no máximo de 117 bilhões de reais no ano.
No pior dos cenários, o resultado será afetado pelo pagamento de até 57 bilhões de reais das chamadas pedaladas fiscais e pela frustração de receitas de 11,1 bilhões de reais com leilão de hidrelétricas.
O projeto de lei ainda precisará ser aprovado em sessão plenária no Congresso. Segundo a presidente da CMO, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), o governo pediu que a matéria entrasse na pauta da sessão conjunta marcada para esta terça-feira.
Mas ela mesma disse ser contra a votação imediata de um projeto recém-aprovado pela comissão. Por isso, completou ela, o texto deverá ser apreciado pelo Legislativo na próxima quinta ou na terça-feira da semana que vem, se houver consenso entre os líderes para tanto.
Antes da votação ser aberta, parlamentares da oposição criticaram veementemente a revisão de contas proposta pelo governo, chamando o orçamento inicialmente previsto pelo governo de "peça fictícia", "lambança" e "conta de padaria".
Este será o segundo ano consecutivo que o Brasil registrará déficit primário, ou seja, gastos maiores do que as receitas, após saldo negativo de 32,5 bilhões de reais em 2014, o primeiro em mais de dez anos.
Em julho, o governo já havia proposto expressiva redução da meta de superávit primário em 2015 para 8,7 bilhões de reais, ou 0,15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), ante a meta inicial de 66,3 bilhões de reais, ou 1,1 por cento do PIB.
Para não infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o governo deve encerrar o ano com a meta de 2015 já alterada pelo Congresso. Na prática, o texto votado pela CMO nesta terça, abrirá espaço para um rombo do setor público de 0,85 por cento a 2,03 por cento do PIB.
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sexta-feira, 13 de novembro de 2015
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
Rebobinando as Charts: há 40 anos, Donna Summer Estreou LOVE to LOVE you BABY
Rebobinando as Charts: há 40 anos, Donna Summer Estreou
Por Trevor Anderson | 01 novembro de 2015 11:05 EST
Em 1975, se uniu com um pioneiro disco, Summer canalizada Marilyn Monroe e gemeu seu caminho até as paradas com 'Love to Love You Baby ".
ON novembro 1, 1975, Donna Summer, então com 26 anos, entrou discretamente no Billboard 200 no número 190 com seu álbum Love to Love You Baby. Menos de quatro meses depois, o LP alcançou a posição No. 11, em grande parte, a força do, sensual, faixa título ofegante quase 17-longo minuto, que a cantora pontuado com 23 gemidos eróticos, de acordo com a BBC.
A versão do álbum da música - que verão co-escreveu com disco pioneiro Giorgio Moroder e produtor Pete Bellotte - foi muito longo e muito atrevido para muitas estações de rádio, mas o editada ficha 7 polegadas se tornou o primeiro hit do verão na Billboard Hot 100, subindo para No. 2.
Em 2008, o cantor disse Billboard que os vocais eram sugestivos sua idéea: "Eu estava imaginando [que] se Marilyn Monroe cantou a música, isso é o que ela faria."
Nascido LaDonna Gaines, o nativo de Boston mudou-se para Munique, no final dos anos 1960 para estrelar uma produção do musical do cabelo. Lá, ela conheceu Moroder e Bellotte, e "Love to Love You Baby" acendeu uma corrida de visitas para o verão que durou quase uma década.
Ela se distanciou a canção depois de se tornar um cristão nascido de novo em 1979 e parou de se apresentar ao vivo até meados dos anos 2000. Embora ela marcou seu último top 10 Hot 100 single em 1989 ("This Time I Know It é para o Real"), Verão continuou a ter sucesso na Songs Dance Club. Seu último álbum de estúdio, de 2008 Crayons, rendeu três sucessos número 1 do clube.
Verão morreu de câncer de pulmão aos 63 anos em 17 de maio de 2012. Ela é sobrevivido por seu segundo marido, o produtor Bruce Sudano, e as filhas Mimi, Brooklyn e Amanda.
Uma versão deste artigo apareceu pela primeira vez na novembro 7 questão de Billboard revista.
A moda no Brasil Anos 20
a moda propriamente dita se restringe às camadas mais altas da sociedade. Pode-se ver então a dicotomia entre as roupas de Gabriela, de pouca variedade e confeccionadas em tecido barato, e as das senhoras da sociedade bahiana que, embora conservadoras, mostravam influência da cultura europeia, sobretudo a francesa, sendo Paris o centro de referência de moda.
Após um período de austeridade vivido durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a Europa se viu diante de uma nova forma de pensamento, na qual a noção de modernidade veio substituir valores tradicionais. Como acontece em todo período de turbulência, a guerra se refletiu também na mudança de vestuário feminino que, diante da escassez de materiais e de novas funções assumidas pelas mulheres, teve de se adaptar à nova ordem. Assim, os vestidos encurtaram, as cinturas foram liberadas dos espartilhos e as formas se tornaram mais retas, criando um modelo que seria chamado de tubular dress, e que permaneceria no período de pós-guerra. Além disso, contribuíram também para a efervescência cultural do pós-guerra o trabalho de estilistas como Coco Chanel, Madeleine Vionnet, Paul Poiret e Jeanne Lanvin, que, apesar de estilos diversos, demonstravam vontade de quebrar paradigmas em relação à forma feminina e influência art déco em suas criações. O art déco foi um movimento decorativo apresentado ao público na Exposição Internacional de Artes Decorativas de Paris, em 1925, e combinava o uso de formas geométricas e cores contrastantes, sobretudo nos acessórios femininos como bolsas, joias e cigarreiras.
No início do século, observa-se também a emergência de uma nova classe cuja preocupação com a aparência a torna uma referência estética: a classe artística feminina, personificada pelas figuras de Josephine Bakek e Gloria Swanson. Presentes em cabarés e teatros, tais mulheres suscitavam um sentimento ambíguo de admiração, inveja e repúdio, mas se tornaram igualmente uma fonte da moda que transpira modernidade. Em Gabriela, a classe artística é representada pelas mulheres do cabaré Bataclan, local onde prevalece o uso de vestidos de noite confeccionados em cetim, tule ou crepe georgette (o tecido favorito de Vionnet) com rendas, franjas, bordados e pedrarias. Como acessórios, meias de seda, cigarreiras e piteiras. No rosto, a maquiagem é feita com pó-de-arroz, ruge, batom, sombra escura e sobrancelhas depiladas. O cabelo é curto, arrumado com gomalina e enfeitado com plumas de avestruz.
No Brasil, a Semana de Arte Moderna de 1922, sob influência das vanguardas europeias, balançou a estrutura de pensamento, trazendo a modernidade para a esfera cultural. Os centros urbanos seguiam a moda parisiense, cuja influência se traduzia nas roupas e nos costumes: o encurtamento dos vestidos, a androginia, os cabelos à la garçonne, os chapéus cloche e, sobretudo, o sopro de um sentimento de emancipação feminina. As mulheres se abasteciam nas casas de fazendas e nos armarinhos, que anunciavam “a última moda de Paris”. Revistas de moda circulavam através de assinaturas, e viagens eram também uma ampla forma de intercâmbio de ideias e de referências. Em Gabriela, a dicotomia entre novo e velho, moderno e tradição, é representada pela jovem Malvina (Vanessa Giacomo) e sua mãe Marialva (Bel Kutner). Marialva, ainda que faça uso de vestidos soltos até o joelho, como manda a época, apresenta um visual austero, sinalizado através de cores neutras e apagadas, confeccionados com tecidos mais pesados, como o linho. Conservadora e submissa ao marido, Marialva é o oposto de sua filha Malvina, cujo pensamento crítico e liberal se traduz no uso de um penteado na altura do queixo, com franja, e de vestidos curtos e leves, com cintura baixa marcada e cores alegres.
A atmosfera dos anos 20, em Gabriela, é insinuada nos detalhes, o que fornece um charme extra à novela. Objetos art nouveau, estilo decorativo do final do século 19 ainda em voga, podem ser vistos, como pano de fundo, na decoração da casa de Marialva e Malvina. Da mesma forma, o vestido usado por uma menina recém-chegada ao Bataclan parece inspirado nas criações da estilista francesa Jeanne Lanvin, conhecida na época por seus vestidos de noite em tecido fino de várias camadas, com aplicações de flores e pérolas coloridas.
James Laver. A roupa e a moda, uma história concisa. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
Maria Rita Moutinho. A moda no século XX. Rio de Janeiro: Senac, 2000.
Silvana Gontijo. 80 anos de moda no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1987.
Stella Moutinho. Dicionário de artes decorativas & decoração de interiores. Rio de Janeiro: Lexicon, 2011.
9º Ano B Musica popular Brasileira nos Anos 20
Pixinguinha grande nome da musica popular brasileira nos anos 20.
No Brasil, o choro havia deixado de ser somente instrumental para também ser cantado. Influenciado pelo maxixe e pelo samba, passa a ser tocado em ritmo mais veloz e alegra; surge, então, o chorinho, ou samba-choro, estilo que se espalhou pelos salões de dança cariocas. Um dos fundadores do gênero foi o compositor Pixinguinha, que ao receber o convite para tocar na sala de espera do cinema Palais montou o conjunto Os Oito Batutas. Sucesso absoluto na acirrada concorrência da sala do Odeon, onde Ernesto Nazaré se apresentava no piano, o grupo embarcou, em 1922, para uma temporada no cabaré Scherazade, em Paris. O brilhantismo da flauta de Pixinguinha consagrou-o como o primeiro divulgador da autêntica música popular.
Em 1922, ano da Semana de Arte Moderna, em São Paulo, que os Oito Batutas ganharam o mundo. Em janeiro de 22, eles foram para Europa como o primeiro regional brasileiro a sair do país para uma excursão. Foram para ficar 30 dias e ficaram seis meses. Tocaram só música brasileira para os nobres europeus. Só voltaram por saudades do Brasil e para não perder as comemorações do Centenário da Independência.
Foi também na década 20, durante algumas apresentações em São Paulo, que Pixinguinha conheceu Mário de Andrade, uma das maiores personalidades da Semana de Arte de 22. Mário queria conversar com alguém que lhe contasse coisas da macumba, de maneira que pudesse sintetizar a cerimônia colocando as diversas formas como se apresentava no país. O resultado desse encontro está no sétimo capítulo de Macunaíma, onde "negrão filho de Ogum, bexiguento e fadista de profissão" do texto, não é outro senão Pixinguinha.
Alfredo da Rocha Vianna Jr. (1897 - 1973), o Pixinguinha, é o pai da música brasileira. Normalmente reconhecido "apenas" por ser um flautista virtuoso e um Foto Pixinguinhacompositor genial, costuma-se desprezar seu lado de maestro e arranjador. Pixinguinha criou o que hoje são as bases da música brasileira. Misturou a então incipiente música de Ernesto Nazareh , Chiquinha Gonzaga e dos primeiros chorões com ritmos africanos, estilos europeus e a música negra americana, fazendo surgir um estilo genuínamente brasileiro. Arrajou os principais sucessos da então chamada época de ouro da música popular brasileira, orquestrando de marchas de carnaval a choros.
Foi o primeiro maestro-arranjador contratado por uma gravadora no Brasil. Era um músico profissional quando boa parte dos mais importantes músicos eram amadores (os principais chorões eram funcionários públicos e faziam música nos horários de lazer). Pixinguinha foi antes de tudo um pesquisador de música, sempre inovando e inserindo novos elementos na música brasileira. Foi muitas vezes incompreendido, e apenas anos mais tarde passavam a dar o devido valor a suas invenções.
9º ANO B O MOVIMENTO FEMINISTA NO BRASIL ANOS 20
A partir do século XX, com a crescente industrialização do país, que a mulher passou a adentrar o mercado de trabalho como operárias, enfermeiras, secretárias e professoras. Além da inferioridade física em relação aos homens, havia a terrível diferença de salários e o constante assédio sexual, situações resolvidas a pouquíssimo tempo, lá pelos idos da década de 80.
Mas é lá na década de 20 que surgem as anarco-feministas, que propunham a emancipação da mulher em todos os planos de vida social, seja na fábrica ou no lar. Elas lutavam pela instrução da classe operária e, principalmente da mulher, pois viam nela o veículo de formação do novo homem e, por conseqüência, da nova sociedade libertária. Todavia, elas não acreditavam na representatividade feminina e repeliam a idéia do voto para a mulher.
BERTHA LUTZ
A bióloga Bertha Lutz foi uma das pioneiras do movimento feminista no Brasil, responsável direta pela articulação política que resultou nas leis que deram direito de voto às mulheres e igualdade de direitos políticos nos anos 20 e 30. Filha do importante sanitarista Adolfo Lutz, Bertha nasceu em 1894 e foi educada na Europa. Voltou ao Brasil em 1918, formada em ciências naturais pela Sorbonne para então trabalhar no Museu Nacional. Foi a segunda mulher a ingressar no serviço público brasileiro. Bertha conheceu os movimentos feministas da Europa e dos Estados Unidos nas primeiras décadas do século e foi responsável pela organização do movimento sufragista no Brasil. Com sua militância científica e política, lançou as bases do feminismo no país. Criou, em 1919, a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, o embrião da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (1922). Representou o Brasil na assembleia geral da Liga das Mulheres Eleitoras, nos Estados Unidos, onde foi eleita vice-presidente da Sociedade Pan-Americana. Após a Revolução de 1930, o movimento sufragista conseguiu a grande vitória, por meio do Decreto nº 21.076, de 24 de fevereiro de 1932, do presidente Getúlio Vargas, que garantiu o direito de voto feminino no País.
domingo, 8 de novembro de 2015
JEEP RENEGADE É O CARRO DO ANO 2016
JEEP RENEGADE É O CARRO DO ANO 2016
SUV foi o grande vencedor da principal premiação da indústria automotiva brasileira
por REDAÇÃO AUTOESPORTE
04/11/2015
Jeep Renegade Trailhawk (Foto: Marcos Camargo)
JEEP RENEGADE TRAILHAWK (FOTO: MARCOS CAMARGO)
O Jeep Renegade foi o grande vencedor do prêmio Carro do Ano 2016, entregue na noite de hoje (04) em evento realizado na Vila Vérico, em São Paulo. O SUV foi eleito por um juri de jornalistas de todo o país a partir de uma lista de cinco finalistas, que também contava com Audi A3 Sedan, Ford Focus, Honda HR-V e Peugeot 2008.
Primeiro modelo a sair do novo complexo industrial erguido pelo grupo FCA Fiat Chrsyler em Goiana, em Pernambuco, o Renegade chegou ao mercado para disputar a liderança do segmento de SUVs compactos com veterano Ford Ecosport e com o novato Honda HR-V, que também chegou este para disputar o título do Carro do Ano 2016. Mas o Jeep acabou levando o troféu na soma dos pontos.
Novo Volvo XC90
NOVO VOLVO XC90
VOLVO XC90 É O CARRO PREMIUM DO ANO 2016
O troféu de Carro Premium do Ano, voltado para os principais lançamentos do ano na faixa acima de R$ 100 mil foi para o Volvo XC90. O modelo concorreu com Audi TT, Citroën C4 Picasso, Jaguar XE e Land Rover Discovery Sport. O Volvo, no entanto, acabou levando a melhor, apesar da disputa acirrada com o Land Rover.
Renault Duster Oroch
RENAULT DUSTER OROCH É A PICAPE DO ANO 2016
O prêmio de Picape do Ano ficou com a Renault Duster Oroch, que foi a única concorrente na categoria, por ser o único produto realmente novo lançado durante o ano. O modelo começa a chegar às lojas este mês com a proposta de ser uma terceira via entre as picapes pequenas e grandes.
Volkswagen up! TSI
VOLKSWAGEN UP! TSI
1.0 TSI FLEX DA VOLKSWAGEN É O MOTOR DO ANO ATÉ 2.0 2016
O motor 1.0 TSI da Volkswagen foi premiado como o Motor do Ano até 2.0. O três cilindros turbinado que estreou sob o capô do up! foi escolhido de uma lista de finalistas que também contava com 1.4 TSI flex da Audi, 2.0 MultiJet da Jeep, 1.0 Flex da Nissan e 1.0 Drive-E da Volvo.
Audi A6 2015
3.0 V6 TFSI DA AUDI LEVA O PRÊMIO DE MOTOR DO ANO ACIMA DE 2.0
Na categoria Motor do Ano Acima de 2.0, o prêmio foi para o 3.0 V6 da Audi, usado nos modelos A6 e A7, que foram reestilizados este ano. O propulsor concorreu pelo troféu com o 3.3 V6 da Kia, presente no novo Sorento e Kia Carnival.
http://revistaautoesporte.globo.com/
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
Roberta Flack - Feel Like Making Love/ Uma das vozes mais belas dos Anos 70 Roberta Flack
ROBERTA FLACK LYRICS
Send "Feel Like Makin' Lo…" Ringtone to your Mobile
"Feel Like Makin' Love"
Strollin' in the park
Watchin' winter turn to spring
Walkin' in the dark
Seein' lovers do their thing
Oo-oo-ooh
That's the time
I feel like makin' love to you
That's the time
I feel like makin' dreams come true, oh Baby
When you talk to me
When you're moanin' sweet and low
When you're touchin' me
And my feelin's start to show
Oo-oo-ooh
That's the time
I feel like makin' love to you
That's the time
I feel like makin' dreams come true, oh Baby
In a restaurant
holdin' hands by candlelight
While I'm touchin' you
Wanting you with all my might
Oo-oo-ooh
That's the time
I feel like makin' love to you
That's the time
I feel like makin' dreams come true, oh Baby
Strollin' in the park
Watchin' winter turn to spring
Walkin' in the dark
Seein' lovers do their thing
Oo-oo-ooh
That's the time
I feel like makin' love to you
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Writer(s): Matthew Shafer, R. J. Ritchie, John A. Travis
Copyright: Thirty Two Mile Music, Cradle The Balls, Gaje Music Inc., Warner-tamerlane Publishing Corp.
A-Z Lyrics R ROBERTA FLACK Lyrics
Governo entrega defesa sobre contas de 2014 ao Congresso e insiste que não houve irregularidade
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
Presidente Dilma Rousseff durante evento com ministro Jaques Wagner em Brasília. 22/10/2015. REUTERS/Adriano Machado
BRASÍLIA (Reuters) - O governo da presidente Dilma Rousseff entregou ao Congresso Nacional nesta quarta-feira sua defesa sobre as contas de 2014 rejeitadas pelo TCU, agora em análise no Legislativo, insistindo na tese de que não cometeu irregularidades e que não há elementos para sua reprovação.
Os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, e o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, entregaram documento ao presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), reiterando razões já apresentadas ao Tribunal de Contas da União (TCU) quando analisou as contas do governo e acrescentando “contradições” na interpretação do órgão.
“O governo tem a segurança de que aquilo que foi feito (em relação à contas) vinha respeitando aquilo que eram as orientações e vai sustentar essa posição”, disse Wagner a jornalistas ao deixar o gabinete da Presidência do Senado.
“Óbvio que eu tenho a expectativa de que a nossas razões sejam acolhidas e que as contas da presidente Dilma sejam aprovadas”, afirmou.
A peça, de acordo com o advogado-geral, traz as recomendações feitas pelo tribunal em sua decisão sobre as contas de 2014 e argumenta que a presidente Dilma já adotou “travas” e “regras de contenção” para melhorar a “mecânica” e a transparência de operações questionadas pelo TCU – principalmente as chamadas “pedaladas”, como ficaram conhecidos atrasos em repasses a bancos públicos por parte da União.
“O debate é: há elementos para rejeitar ou não as contas do governo? Continuamos insistindo que não há”, disse Adams a jornalistas.
Segundo ele, parecer emitido por uma área técnica do TCU contradiz parte da recomendação de rejeição das contas do governo. “Ela contradiz parcialmente a questão da apuração de estatísticas fiscais que é objeto da proposta de reprovação do parecer do Tribunal de Contas”, explicou.
No início de outubro, o plenário do TCU aprovou parecer recomendando a rejeição das contas do governo de 2014 por considerar, entre outros pontos, que manobras fiscais conhecidas como “pedaladas” foram irregulares. É a primeira vez desde 1937 que o TCU pede a rejeição das contas de um governo, e ocorre justamente em um momento em que a presidente Dilma enfrenta popularidade em níveis recordes de baixa e uma base política dividida.
O governo calculou que o estoque de pedaladas fiscais, no final deste ano, é de 57,013 bilhões de reais, incluindo encargos da dívida, segundo documento enviado à Comissão Mista de Orçamento (CMO) e obtido pela Reuters nesta quarta-feira. PRAZOS
Em 21 de outubro, Renan havia estabelecido um prazo de 45 dias para a apresentação da defesa, mas o governo se antecipou para tentar “resolver o passivo até o fim do ano”, segundo uma fonte do Planalto. Além disso, integrantes da Comissão Mista de Orçamento (CMO), que analisará as contas do governo antes de encaminhá-la ao plenário, pressionavam pela agilidade no processo, ameaçando atrasar votações de propostas prioritárias do governo.
Para o presidente do Congresso, o “gesto do governo de antecipar o prazo do contraditório é bom, porque colabora no resultado final”.
Presente quando a defesa do governo foi entregue, a presidente da CMO, Rose de Freitas (PMDB-ES), saiu do gabinete de Renan garantindo que o documento seria despachado ainda nesta quarta para a comissão. A senadora alimenta a expectativa de votar as contas no plenário do Congresso em 17 de dezembro.
O tempo é curto e ainda há um longo trâmite: as contas precisam ser avaliadas na CMO seguindo um rito que pode levar até 77 dias. Rose sustenta, no entanto, que o prazo pode ser encurtado a depender do relator, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), que já vinha estudando o tema.
(Por Maria Carolina Marcello; Reportagem adicional de Leonardo Goy)
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Presidente Dilma Rousseff durante evento com ministro Jaques Wagner em Brasília. 22/10/2015. REUTERS/Adriano Machado
BRASÍLIA (Reuters) - O governo da presidente Dilma Rousseff entregou ao Congresso Nacional nesta quarta-feira sua defesa sobre as contas de 2014 rejeitadas pelo TCU, agora em análise no Legislativo, insistindo na tese de que não cometeu irregularidades e que não há elementos para sua reprovação.
Os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, e o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, entregaram documento ao presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), reiterando razões já apresentadas ao Tribunal de Contas da União (TCU) quando analisou as contas do governo e acrescentando “contradições” na interpretação do órgão.
“O governo tem a segurança de que aquilo que foi feito (em relação à contas) vinha respeitando aquilo que eram as orientações e vai sustentar essa posição”, disse Wagner a jornalistas ao deixar o gabinete da Presidência do Senado.
“Óbvio que eu tenho a expectativa de que a nossas razões sejam acolhidas e que as contas da presidente Dilma sejam aprovadas”, afirmou.
A peça, de acordo com o advogado-geral, traz as recomendações feitas pelo tribunal em sua decisão sobre as contas de 2014 e argumenta que a presidente Dilma já adotou “travas” e “regras de contenção” para melhorar a “mecânica” e a transparência de operações questionadas pelo TCU – principalmente as chamadas “pedaladas”, como ficaram conhecidos atrasos em repasses a bancos públicos por parte da União.
“O debate é: há elementos para rejeitar ou não as contas do governo? Continuamos insistindo que não há”, disse Adams a jornalistas.
Segundo ele, parecer emitido por uma área técnica do TCU contradiz parte da recomendação de rejeição das contas do governo. “Ela contradiz parcialmente a questão da apuração de estatísticas fiscais que é objeto da proposta de reprovação do parecer do Tribunal de Contas”, explicou.
No início de outubro, o plenário do TCU aprovou parecer recomendando a rejeição das contas do governo de 2014 por considerar, entre outros pontos, que manobras fiscais conhecidas como “pedaladas” foram irregulares. É a primeira vez desde 1937 que o TCU pede a rejeição das contas de um governo, e ocorre justamente em um momento em que a presidente Dilma enfrenta popularidade em níveis recordes de baixa e uma base política dividida.
O governo calculou que o estoque de pedaladas fiscais, no final deste ano, é de 57,013 bilhões de reais, incluindo encargos da dívida, segundo documento enviado à Comissão Mista de Orçamento (CMO) e obtido pela Reuters nesta quarta-feira. PRAZOS
Em 21 de outubro, Renan havia estabelecido um prazo de 45 dias para a apresentação da defesa, mas o governo se antecipou para tentar “resolver o passivo até o fim do ano”, segundo uma fonte do Planalto. Além disso, integrantes da Comissão Mista de Orçamento (CMO), que analisará as contas do governo antes de encaminhá-la ao plenário, pressionavam pela agilidade no processo, ameaçando atrasar votações de propostas prioritárias do governo.
Para o presidente do Congresso, o “gesto do governo de antecipar o prazo do contraditório é bom, porque colabora no resultado final”.
Presente quando a defesa do governo foi entregue, a presidente da CMO, Rose de Freitas (PMDB-ES), saiu do gabinete de Renan garantindo que o documento seria despachado ainda nesta quarta para a comissão. A senadora alimenta a expectativa de votar as contas no plenário do Congresso em 17 de dezembro.
O tempo é curto e ainda há um longo trâmite: as contas precisam ser avaliadas na CMO seguindo um rito que pode levar até 77 dias. Rose sustenta, no entanto, que o prazo pode ser encurtado a depender do relator, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), que já vinha estudando o tema.
(Por Maria Carolina Marcello; Reportagem adicional de Leonardo Goy)
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Fatos marcantes das Décadas de 1920
PROCESSO POLÍTICO NA DÉCADA DE 1920
A partir da década de 20, expansão da classe média urbana –> fim da República Oligárquica e início da República Liberal. Demandas:
educação
voto secreto
jurtiça eleitoral
Ajustes entre oligarquias apareceram na sucessão de Epitácio Pessoa. Borges de Medeiros denuncia política do café-com-leite. Pernambuco, Rio de Janeiro e mais 6 estados apresentam condidatura do Nilo Peçanha.
Aparece a insatisfação militar…
Tenentismo
Em 1921, o Clube Militar é fechado com base na lei que proibia associações nocivas à sociedade. Evento das cartas falsas procura indispor Artur Bernardes e Forças Armadas. Em 1922, governo manda prender Hermes da Fonseca.
Surge o movimento Tenentista.
18 do Forte (1922): Revolta contra a repressão do Clube Militar
Revolta de 1924 de São Paulo: mais bem organizada, para derrubar Artur Bernardes que simbolizada a oligarquia odiosa. Batalharam em São Paulo e tornaram-se a Coluna Paulista que se encontrou com outra Coluna (que vinha do RS com Prestes) e marcharam o Brasil inteiro à pé no que ficou conhecido como a “Coluna Prestes“. Acabaram refugiados na Bolívia.
Revolta do Encouraçado São Paulo (1924)
A Escola Militar da Praia Vermelha havia sido fechada em 1904, pois se revoltava muito. Foi criada a Escola Militar do Realengo que não era Positivista, não se preocupava com a formação do cidadão. Tropas iam treinar na Alemanha (profissionalização).
Política das Salvações (1910) traz o exército de volta, que quer reformar o Brasil pela via autoritária. Eram membros da classe média urbana.
Elites
Artur Bernardes tinha uma relação difícil com militares e governa o tempo inteiro em Estado de Sítio (muito impopular, muito repressivo). Economia também estava em momento complicado pois o governo de Epitácio Pessoa partira para o emissionismo, desvalorizando o câmbio e causando inflação. No meio do governo de Bernardes também, teve que pagar juros novamente conforme negociado no Funding Loan.
Setor cafeeiro sentia-se abandonado, pois o Governo não queria proteger o valor do café. Bernardes decide transferir a defesa para o Estado de São Paulo com o Instituto de Defesa Permanente do Café. O governo paulista faria o controle e as compras no Porto de Santos. Isso acabou com os problemas do café.
Em 1922, dois grupos de uniram e formaram a Aliança Libertadora (união de Chimangos e Maragatos no RGS) para impedir que se reelegesse Borges de Medeiros. Tornou-se o Partido Libertador com o candidato Assis Brasil e foram derrotados. Acusam pleito de fraudulento e começam uma guerra civil. Um ano depois o estado é pacificado com mediação de Artur Bernardes. Borges continua no poder, mas não poderá se reeleger.
Sucessão de Bernardes é tranquila. Assume Washington Luis, com os objetivos de:
estabilizar a moeda
garantir a conversibilidade de todos meios de pagamento
padrão-ouro (não-fiduciária)
Em 1927, Getúlio Vargas (ex-ministro da Fazenda de Washington Luis) se elege no Rio Grande do Sul.
Em 1926, em SP, aparecem pequenos partidos (Liga Nacionalista, Partido Democrático [mais liberal e mais jovem que PRP], Liga da Mocidade). Isso contribui para enfraquecer SP em oposição ao RS que se unira.
Lucimara dos Santos Marques - Nutricionista
lucimarques2003@yahoo.com.br
A História da Saúde Pública no Brasil
A História da Saúde Pública no Brasil
A Saúde Pública no Brasil anos 1920
No Brasil a intervenção estatal nos serviços de saúde vem desde a época colonial, mas somente no período republicano que essa se efetivou.
A vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanças na administração pública colonial, inclusive na área da saúde.
A cidade do Rio de Janeiro apresentava o principal porto do país e com isso se tornou o centro das ações sanitárias, devido a sua importância econômica, sendo assim ocorreram grandes modificações nesse setor com o intuito de preservar a característica de pólo exportador de mercadorias.
Em 1829, foi criada a Imperial Academia de Medicina, que funcionou como órgão consultivo do imperador D.Pedro I nas questões ligadas à saúde pública nacional, época em que também surge a Junta de Higiene Pública que não apresentou eficácia no cuidado da saúde da população.
Devido ao quadro de fragilidade que apresentavam as medidas sanitárias à população era levada a buscar outros meios para lutar contras as próprias doenças e a morte. Os mais abastados buscavam assistência médica na Europa ou nas clínicas particulares que começaram a surgir no Rio de Janeiro, ao passo que a população menos favorecida buscava a ajuda de curandeiros, que eram os responsáveis pelo tratamento daqueles que tinham pouco dinheiro para arcar com os custos médicos.
A fase imperial da história brasileira encerrou-se sem que o Estado solucionasse os graves problemas de saúde da população, fato este que fez com que o Brasil, ao final do segundo reinado, fosse conhecido como um país insalubre.
A proclamação da República em 1889 sinalizou uma esperança de progresso ao povo brasileiro.
A saúde Pública até o início do século XX estava disponível, a uma parcela pequena da população, poucos tinham acesso aos serviços de saúde. O período de 1900 a 1920 foi caracterizado por um forte desenvolvimento econômico devido à expansão das indústrias cafeeiras e a chegada dos imigrantes. Com isso, eram desenvolvidas apenas ações sanitárias e o controle de endemias e epidemias como a varíola, malária, febre amarela.
Nesse contexto, a medicina tomou sobre si o papel de guia do Estado para assuntos de ordem sanitária, assumindo um comprometimento de garantir a melhoria da saúde individual e coletiva sendo esta iniciativa parte do projeto de modernização e desenvolvimento do país.
Baseados em conceitos oriundos da Europa sobre saúde, o Brasil começou a se voltar para o estudo e a prevenção das doenças e com isso desenvolver outras formas de atuação nos surtos epidêmicos. Sendo assim, desenvolveu-se uma área científica chamada de medicina pública, medicina sanitária, higiene ou somente saúde pública.
A saúde pública era complementada por um núcleo de pesquisa das enfermidades que assolavam a população, qual seja, a epidemiologia, que é caracterizada por ser o ramo da saúde que estuda na população a ocorrência, a freqüência, a distribuição e os fatores determinantes de eventos relacionados com a saúde.
Os governos republicanos despenderam grande incentivo às ações de saúde ocorrendo, devido a isto, uma reorganização dos serviços sanitários. A antiga junta e inspetorias de higiene provinciais foram substituídas pelos serviços sanitários estaduais esses serviços pouco fizeram pela melhoria da saúde popular.
A partir dessas ações é que foi desenvolvido o Modelo sanitarista - campanhista que apresentava como objetivo preservar e manter a mão-de-obra da população. Esse modelo perdurou até a década de 40.
A idéia de que a população constituía capital humano e de que precisava de indivíduos sadios que trabalhassem para o desenvolvimento do país, levou os governos republicanos pela primeira vez na história do Brasil a elaborarem planos de combate às enfermidades que reduziam a produção da população. A participação do Estado tornou-se global, pois não se estendia somente aos períodos acometidos pelos surtos epidêmicos.
O Estado intervinha nas questões relativas à saúde individual e coletiva e com isso foi criada uma “política de saúde”. Contudo, diante de tal política, que não produzia eficácia isolada, foi necessário associar projetos governamentais voltados para outros setores da sociedade como educação, habitação, alimentação, transporte e trabalho. A presença, e a atuação do Estado nessas áreas recebem o nome de política social.
Desde remotas épocas, a política social tem sido o setor menos privilegiado, o regime republicano manteve, mesmo que apenas em boa parte, a política de desigualdade que beneficiava os grupos sociais mais ricos e, conseqüentemente, prejudicando a maioria da população com condições precárias de vida. O trabalhador que se encontrava doente e mal alimentado tem a sua produtividade reduzida, pois não possui forças e condições adequadas para realizar as suas tarefas cotidianas e com isso tornando mais difícil a superação da pobreza.
Para BERTOLLI, a forte intervenção higienista em São Paulo a partir dos últimos anos do século XIX, especialmente na capital e nos portos de Santos, só foi possível porque a rica oligarquia local decidiu destinar grandes verbas para a área da saúde pública. Foram às maiores quantias até hoje investidas na saúde, em relação ao total de recursos anuais aplicados por um estado brasileiro. (2008, p. 17).
Devido ao quadro precário que se encontrava a saúde brasileira, muitos pesquisadores e estudiosos relacionavam a pobreza e a miséria como sendo as grandes causas das doenças. O sucessivo crescimento da população urbana resultou em um aumento do número de pessoas enfermas. O Brasil, devido a esses problemas, estava necessitando urgentemente de intervenção do governo no setor sanitário, posto que saúde e desenvolvimento econômico são ações paralelas, uma depende da outra.
No ano de 1913, o médico-sanitarista Oswaldo Cruz foi convocado pelo governo brasileiro para traçar um plano de ação para erradicação das várias doenças que estavam assolando a população na região da Amazônia, pois está região era de extremo interesse para a economia brasileira. No restante do país, o Estado voltou seu interesse somente para as regiões portuárias como Rio de Janeiro, Santos, Belém, Recife e Salvador.
Como mencionado anteriormente, a cidade do Rio de Janeiro foi a que mais recebeu investimentos em ações médicas, por ser considerada a porta de entrada do Brasil e também o centro exportador das mercadorias oriundas do país. Em um curto espaço de tempo a Capital Nacional ganhou novas reformulações devido aos modernos padrões sanitários e de arquitetura. Como conseqüência dessas mudanças, ocorreu à diminuição dos óbitos que eram causados pelas doenças endêmicas, foi um período de grande progresso à população carioca.
O momento mais tenso do processo de modernização das cidades, inclusive da cidade do Rio de Janeiro, foi à imposição do médico Oswaldo Cruz ao Congresso Nacional para a aprovação de uma lei que tornava obrigatória a vacinação contra a varíola.
O povo brasileiro se mostrou muito arredio ao processo de vacinação, pois a população não era esclarecida sobre a importância dessa intervenção. Foi um período muito tumultuado e de grande violência por parte das autoridades policiais.
Como conseqüência desses atos, foi deflagrada a Revolta da Vacina e inúmeras foram às manifestações contrárias as medidas impostas pelo governo, dando origem a diversos movimentos de oposição. Devido a esses fatos, o governo revogou a obrigatoriedade da vacina, tornando a mesma opcional à população.
A revolta exigiu que o Estado e as ciências médicas buscassem outras formas de relacionamento com o povo, organizando melhor as ações de saúde coletiva.
Essas medidas, em maiores ou menores proporções, foram atingindo as outras capitais estaduais e também as cidades do interior, proporcionando uma diminuição nos índices de mortalidade e morbidade (esse índice indica a incidência de uma determinada doença na população) de doenças que vitimaram grande parte da população urbana e rural por vários anos.
Cabe ressaltar que esse progresso foi significativo para a população mais rica, pois os pobres continuavam vivendo em moradas precárias e com poucas condições sanitárias. No ano de 1918, a gripe espanhola, acometeu o mundo todo inclusive o Brasil, fazendo com que vários políticos e médicos abandonassem os grandes centros urbanos, deixando a população à mercê da própria sorte. Nesse período, foi notificado mais de meio milhão de mortes ocasionadas pela gripe.
Passado o período das oligarquias, a Era Vargas foi de extrema importância no setor da saúde. As políticas sociais foram à justificativa para seu autoritarismo perante a sociedade brasileira.
A institucionalização da saúde pública estava incluída no conjunto de reformas realizadas por Getúlio Vargas desde outubro de 1930, passando a área sanitária a integrar o setor educacional. Com isto, foi formado um Ministério próprio, o Ministério da Educação e da Saúde Pública.
Com a formação do Ministério ocorreu uma grande reformulação dos serviços sanitários do país. As novas mudanças no setor da saúde mostravam o comprometimento do Estado em preservar pelo bem-estar sanitário da população brasileira, isso era uma característica do centralismo da política imposta por Vargas.
“O dever de assistência pública está em assistir o necessitado até que ele recupere a saúde, tenha readquirido as condições físicas que lhe permitam retomar as suas ocupações e ganhar o necessário para o seu sustento. Para isso, o Estado deverá procurar organizações técnicas, dotadas de pessoal competente, numa palavra, prestar a assistência dirigida e não se limitar ao auxílio individua l(...).” (Antonio Carlos Pacheco e Silva. Direito à saúde. São Paulo, s.c .p,1934.p.56. Autor, médico paulista e foi deputado Constituinte de 1934)
A saúde começou a partir do século XX, no início do período da república, a receber mais atenção e, com isso, mais verbas do governo estadual. Começou a se formar um sistema de saúde descentralizado de acordo com as necessidades de cada região.
Nesse tipo de sistema, além do atendimento à população e devido à gravidade e a necessidade, o paciente era encaminhado para internação hospitalar. Em São Paulo a situação era diferente, pois se optou por uma organização centralizadora do serviço de saúde, deixando de lado a agilidade dos atendimentos, focando somente em enfermidades específicas.
No ano de 1923, foi aprovada a Lei Elói Chaves, que criava as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPS). Esse órgão é considerado o marco inicial do sistema previdenciário no Brasil.
As CAPS eram financiadas pela União, empregados e empregadores. Ofereciam aos segurados, medicina curativa, medicamentos, aposentadoria por tempo de serviço, velhice e invalidez e pensão para os dependentes. Os beneficiários eram os trabalhadores pertencentes a grandes empresas, como marítimos e ferroviários.
O modelo criado por Elói Chaves foi parcialmente adotado pelo presidente Getúlio Vargas, que na década de 30 o aplicou as diversas categorias profissionais.
No entanto, as caixas de aposentadoria e pensão apresentavam serviços irregulares, possibilitando pouca cobertura aos doentes mais graves.
A partir de 1933, surgiram os Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAP). Eram instituições que compreendiam os trabalhadores, agrupados de acordo com as atividades que exerciam. (PAULUS e CORDONI, 2006).
Em 1929 ocorre a crise financeira mundial e com isso o país passa por um processo de industrialização. A saúde pública então acaba por perder importância no cenário nacional, oferecendo-se somente assistência médica individual para reprodução e manutenção da força de trabalho.
Educação na Primeira República
Anísio Teixeira
Com a instauração da República (1889), a Educação sofreria mudanças mas sempre sob os princípios adotados pelo novo regime: centralização, formalização e autoritarismo.Segundo Palma Filho[3] durante a Primeira República (1889-1930) foram cinco reformas (Reforma Benjamim Constant, Reforma Epitácio Pessoa, Reforma Rivadávia, Reforma Carlos Maximiliano e Reforma João Luiz Alvez) de âmbito nacional do ensino secundário, preocupadas em implantar um currículo unificado para todo o país. Em 1891, através de Benjamim Constant quando era Ministro da Instrução, Correios e Telégrafos, o Ensino Secundário era visto como meramente preparatório para o Ensino Superior. Entre 1911-1915 vigorou a "Reforma Rivadávia", de iniciativa do Ministro Rivadavia Correa, que afastava da União a responsabilidade pelo Ensino. Nessa época também surgiu o conceito de "Grupo escolar", quando as classes deixaram de reunir alunos de várias idades e passaram a distribuí-los em séries ("ensino seriado"). As décadas de 1920 e 1930 viram surgir o "Escolanovismo", de iniciativa de liberais democraticos, os quais empreendaram reformas educacionais em diversos estados tais como Lourenço Filho (Ceará, 1923) e Anísio Teixeira (Bahia,1925), dentre vários outros. Em 1924 foi fundada a Associação Brasileira de Educação (ABE) que na primeira fase sofrera influência da militância católica mas que a partir de 1932, foi dominada pelos adeptos da Escola Nova[1] .
Efeitos da Crise Econômica de 1929 no Brasil
A crise de 1929 afetou também o Brasil. Os Estados Unidos eram o maior comprador do café brasileiro. Com a crise, a importação deste produto diminuiu muito e os preços do café brasileiro caíram. Para que não houvesse uma desvalorização excessiva, o governo brasileiro comprou e queimou toneladas de café. Desta forma, diminuiu a oferta, conseguindo manter o preço do principal produto brasileiro da época. Por outro lado, este fato trouxe algo positivo para a economia brasileira. Com a crise do café, muitos cafeicultores começaram a investir no setor industrial, alavancando a indústria brasileira.
O CANGAÇO NO BRASIL
O cangaceiro mais famoso da história, sem dúvidas, foi Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. Sua importância para o movimento é tamanha que, por vezes, é chamado de Senhor do Sertão ou Rei do Cangaço. Suas ações são bem mais recentes, junto com seu grupo, atuou nas décadas de 1920 e 1930 em quase todo o nordeste do país. Lampião tinha uma personalidade dúbia. Para as autoridades era um criminoso brutal que precisava ser eliminado. Para a população da região era o símbolo de bravura e de honra.
O cometa Halley
1910 Na madrugada do dia 18 para 19 de maio de 1910, o cometa Halley visitou mais uma vez a Terra.
Em 1910, uma série de notícias a respeito do cianogénio, gás letal presente na cauda do cometa, criou um clima de pânico à escala global.
Porem o que ocasionou tal receio foi decorrente de descobertas científicas sobre a composição química dos cometas. Pela primeira vez, os astronomos identificaram os elementos químicos de um cometa, que incluía componentes venenosos, e esta informação foi divulgada pela imprensa. Houve tentativas de explicar que, mesmo ao aproximar-se mais da Terra — na noite de 18 para 19 de Maio —, o cometa não poderia envenenar. Desenrolou-se a partir daí um conjunto de superstições, especulações e de exploração comercial sobre este cometa.[1]
Das mentes criativas das pessoas na época saíram máscaras para escapar aos gases, comprimidos que prometiam ser um antídoto ao veneno, e até guarda-chuvas para se protegerem. O Halley passou e continuou a sua órbita sem causar danos de qualquer espécie na Terra.[1]
terça-feira, 3 de novembro de 2015
Francesca Chaouqui, a mulher que traiu o papa Francisco
AFP Na Cidade do Vaticano 03/11/2015
Vincenzo Pinto/AFP
Francesca Chaouqui
A jovem laica Francesca Chaouqui, especialista em relações públicas, bela e sedutora, é a mulher que traiu o papa Francisco ao vazar informações e conversas confidenciais do pontífice no Vaticano.
A italiana, de 33 anos e de origem marroquina, era uma espécie de agente duplo, especialista em marketing, que após sua prisão na semana passada por ordem da procuradoria do Vaticano decidiu confessar tudo o que sabia sobre o novo escândalo Vatileaks.
"Eu não traí o papa", escreveu nesta terça-feira (3) em um tuíte, após ser libertada por colaborar com a justiça.
A única mulher nomeada em 2013 pelo pontífice argentino para fazer parte do comitê que estudou por quase um ano a reforma das instituições econômicas e administrativas da Santa Sé, conhece muitos segredos de uma das questões mais sensíveis para a Igreja: o uso de enormes somas de dinheiro que recebe e que transitam pelo banco do Vaticano.
Chaouqui foi acusada, juntamente com o padre espanhol Lucio Anjo Vallejo Balda, de ter roubado documentos confidenciais do Vaticano, um delito que o Estado pune com até oito anos de prisão.
"Tudo o que fiz foi tentar detê-lo", justificou-se em entrevista ao jornal italiano "La Stampa". "Não tenho nada a ver com corvos, vou provar minha inocência. Estou tranquila, me sinto bem com a minha consciência. Eu só disse a verdade a quem está investigando o vazamento de documentos na Cúria", acrescentou Chaouqui.
Documentos roubados, informações rackeadas de computadores e, especialmente, a gravação de conversas com o papa fazem parte da documentação que irá aparecer em dois livros que serão colocados à venda esta semana em todo o mundo e em várias línguas.
Segundo antecipações da imprensa, os dois livros revelam as dificuldades que o papa argentino encontrou para reformar as estruturas da Cúria Romana e também denunciam o desperdício e a falta de ética na gestão do dinheiro da Santa Sé.
Eles também apontam contra o banco do Vaticano, por seus negócios obscuros, apesar das mudanças e inspeções ordenadas por Francisco desde o início de seu pontificado, em março de 2013.
De acordo com as conversas transcritas no livro "Via Crucis" de Gianluigi Nuzzi, Francisco comenta que "se não sabemos como cuidar do dinheiro, algo que se pode ver, como podemos cuidar das almas dos fiéis, que não vemos?"
Em outro capítulo, o papa diz a um grupo de colaboradores que os custos de gestão da Cúria estão fora de controle.
Especialistas em assuntos do Vaticano argumentam que o vazamento de documentos confidenciais pode ter sido motivado por ambições frustradas.
Nem Vallejo Balda, de 54 anos, próximo ao Opus Dei, nem Chaouqui, conseguiram como desejado uma promoção após a consultoria prestada.
Para alguns observadores, o escândalo também denota a luta interna entre grupos de poder --Opus Dei, jesuítas e setores ultraconservadores-- que não toleraram a chegada do pontífice argentino, sem experiência no manuseio delicado da Cúria Romana e comprometido com a implementação da austeridade, eliminando posições e cargos.
Finanças do Vaticano são alvo de novo escândalo do VatileaksCOMENTE
AFP03/11/2015
Roma, 3 Nov 2015 (AFP) - As obscuras finanças do Vaticano, marcadas pelo desperdício e pela má gestão das doações para a caridade, são alvo do novo escândalo do Vatileaks com as revelações sobre a estagnação das reformas impulsionadas pelo papa Francisco.
Dois livros, com documentos reservados, aportados pelo padre espanhol Lucio Ángel Vallejo Balda e pela laica italiana Francesca Chaouqui, acusados e detidos pelo Vaticano no último fim de semana por roubo de textos confidenciais, denunciam os grandes males da Cúria Romana.
Os livros, que serão publicados nesta semana, são "Avaricia" de Emiliano Fittipaldi, da revista L'Espresso, e "Via Crucis", de Gianluigi Nuzzi, jornalista do grupo de televisão Mediaset.
Segundo Fittipaldi, o Vaticano emprega os recursos de doações para os pobres em sua administração central.
De acordo com a imprensa italiana, os livros revelam sobretudo a forte oposição interna às reformas financeiras do papa Francisco.
Neles se denunciam as irregularidades atávicas que por décadas foram cometidas com as finanças do Vaticano, como o desvio de 400 milhões de euros do "Óbolo de São Pedro", com doações provenientes de todo o mundo, para a Cúria Romana, ou seja, a gestão da máquina.
Vários cardeais, inclusive aposentados, residem em luxuosos apartamentos às custas da Cúria Romana, afirma Gianluigi Nuzzi, autor de "Via Crucis", escrito com base em roubados do escritório do papa Bento XVI e que marcou o final daquele pontificado.
"Francisco deve saber", escreve e repete no prólogo do livro "Avaricia" Emiliano Fittipaldi.
"Você tem que escrever um livro. Francisco deve saber que a fundação Menino Jesus, que recebe doações para as crianças doentes, pagou a milionária restauração do apartamento do cardeal Tarcisio Bertone (...), que as fundações em nome do papa Ratzinger e do papa Wojtyla mantêm mais de 15 milhões em seus cofres (...) deve saber que o Banco Vaticano não foi limpo", escreve no prólogo Fittipaldi, com a transcrição da conversa com uma de suas fontes dentro do Vaticano.
Para Nuzzi, a má gestão das finanças vaticanas geraram "perdas por diferenças no inventário" e "rombos" de até 700.000 euros no balanço do supermercado do Vaticano e de 300.000 euros no da farmácia vaticana.
Ajudar o papaNuzzi disse ainda que o papa presidiu uma reunião a portas fechadas em 2013, lamentando que "os custos estão fora de controle", após indicar um aumento de 30% do número de funcionários em 5 anos.
Segundo ele, tanto Vallejo como Chaouqui, suas "fontes", queriam "ajudar o papa" com a publicação dos documentos aos que tiveram acesso, como os especialistas da Comissão encarregada de estudar as reformas econômicas da Santa Sé.
"Não é uma maneira de ajudar a missão do Papa", advertiu na segunda-feira o Vaticano, que os considera "traidores" e ameaçou denunciá-los inclusive penalmente se for o caso.
"Este trabalho começou há um ano e baseia em informação verificada", garantiu Fittipaldi.
"Entendo que o Vaticano esteja preocupado (...). A investigação revela a distância entre a posição do papa e o funcionamento real", comentou o jornalista.
Os livros citam e-mails, atas de reuniões, conversas privadas gravadas e notas que demonstram o excesso de burocracia, a má gestão, o desperdício, os fastos milionários com aluguéis.
"A reforma prometida por Francisco tem sido feita lentamente, não puderam completá-la em um ano", explicou Fittipaldi.
Desde o início do seu pontificado, Francisco critica em público a Curia Romana, que para ele é um centro de "intrigas, fofocas panelinhas com ambições de fazer carreira".
No passado, durante as celebrações do Natal, o pontífice descreveu as "15 doenças da Cúria", entre elas o "Alzheimer espiritual".
Para o vaticanista Marco Politi, o escândalo que afeta Francisco, denominado Vatileaks II pela imprensa, é muito diferente do que terminou com a renúncia de Bento XVI.
"No primeiro, surgia com clareza a luta pelo poder interno entre castas e personalidades, diante de um papado frágil como o de Bento XVI", assegurou o especialista.
Desta vez, com documentos que saem de um escritório especializado na reforma da cúria e não do escritório do papa, o golpe parece menos contundente.
"Para mim mais parecem manobras para impedir as reformas de Francisco", afirmou Politi.
http://noticias.uol.com.br/
Vincenzo Pinto/AFP
Francesca Chaouqui
A jovem laica Francesca Chaouqui, especialista em relações públicas, bela e sedutora, é a mulher que traiu o papa Francisco ao vazar informações e conversas confidenciais do pontífice no Vaticano.
A italiana, de 33 anos e de origem marroquina, era uma espécie de agente duplo, especialista em marketing, que após sua prisão na semana passada por ordem da procuradoria do Vaticano decidiu confessar tudo o que sabia sobre o novo escândalo Vatileaks.
"Eu não traí o papa", escreveu nesta terça-feira (3) em um tuíte, após ser libertada por colaborar com a justiça.
A única mulher nomeada em 2013 pelo pontífice argentino para fazer parte do comitê que estudou por quase um ano a reforma das instituições econômicas e administrativas da Santa Sé, conhece muitos segredos de uma das questões mais sensíveis para a Igreja: o uso de enormes somas de dinheiro que recebe e que transitam pelo banco do Vaticano.
Chaouqui foi acusada, juntamente com o padre espanhol Lucio Anjo Vallejo Balda, de ter roubado documentos confidenciais do Vaticano, um delito que o Estado pune com até oito anos de prisão.
"Tudo o que fiz foi tentar detê-lo", justificou-se em entrevista ao jornal italiano "La Stampa". "Não tenho nada a ver com corvos, vou provar minha inocência. Estou tranquila, me sinto bem com a minha consciência. Eu só disse a verdade a quem está investigando o vazamento de documentos na Cúria", acrescentou Chaouqui.
Documentos roubados, informações rackeadas de computadores e, especialmente, a gravação de conversas com o papa fazem parte da documentação que irá aparecer em dois livros que serão colocados à venda esta semana em todo o mundo e em várias línguas.
Segundo antecipações da imprensa, os dois livros revelam as dificuldades que o papa argentino encontrou para reformar as estruturas da Cúria Romana e também denunciam o desperdício e a falta de ética na gestão do dinheiro da Santa Sé.
Eles também apontam contra o banco do Vaticano, por seus negócios obscuros, apesar das mudanças e inspeções ordenadas por Francisco desde o início de seu pontificado, em março de 2013.
De acordo com as conversas transcritas no livro "Via Crucis" de Gianluigi Nuzzi, Francisco comenta que "se não sabemos como cuidar do dinheiro, algo que se pode ver, como podemos cuidar das almas dos fiéis, que não vemos?"
Em outro capítulo, o papa diz a um grupo de colaboradores que os custos de gestão da Cúria estão fora de controle.
Especialistas em assuntos do Vaticano argumentam que o vazamento de documentos confidenciais pode ter sido motivado por ambições frustradas.
Nem Vallejo Balda, de 54 anos, próximo ao Opus Dei, nem Chaouqui, conseguiram como desejado uma promoção após a consultoria prestada.
Para alguns observadores, o escândalo também denota a luta interna entre grupos de poder --Opus Dei, jesuítas e setores ultraconservadores-- que não toleraram a chegada do pontífice argentino, sem experiência no manuseio delicado da Cúria Romana e comprometido com a implementação da austeridade, eliminando posições e cargos.
Finanças do Vaticano são alvo de novo escândalo do VatileaksCOMENTE
AFP03/11/2015
Roma, 3 Nov 2015 (AFP) - As obscuras finanças do Vaticano, marcadas pelo desperdício e pela má gestão das doações para a caridade, são alvo do novo escândalo do Vatileaks com as revelações sobre a estagnação das reformas impulsionadas pelo papa Francisco.
Dois livros, com documentos reservados, aportados pelo padre espanhol Lucio Ángel Vallejo Balda e pela laica italiana Francesca Chaouqui, acusados e detidos pelo Vaticano no último fim de semana por roubo de textos confidenciais, denunciam os grandes males da Cúria Romana.
Os livros, que serão publicados nesta semana, são "Avaricia" de Emiliano Fittipaldi, da revista L'Espresso, e "Via Crucis", de Gianluigi Nuzzi, jornalista do grupo de televisão Mediaset.
Segundo Fittipaldi, o Vaticano emprega os recursos de doações para os pobres em sua administração central.
De acordo com a imprensa italiana, os livros revelam sobretudo a forte oposição interna às reformas financeiras do papa Francisco.
Neles se denunciam as irregularidades atávicas que por décadas foram cometidas com as finanças do Vaticano, como o desvio de 400 milhões de euros do "Óbolo de São Pedro", com doações provenientes de todo o mundo, para a Cúria Romana, ou seja, a gestão da máquina.
Vários cardeais, inclusive aposentados, residem em luxuosos apartamentos às custas da Cúria Romana, afirma Gianluigi Nuzzi, autor de "Via Crucis", escrito com base em roubados do escritório do papa Bento XVI e que marcou o final daquele pontificado.
"Francisco deve saber", escreve e repete no prólogo do livro "Avaricia" Emiliano Fittipaldi.
"Você tem que escrever um livro. Francisco deve saber que a fundação Menino Jesus, que recebe doações para as crianças doentes, pagou a milionária restauração do apartamento do cardeal Tarcisio Bertone (...), que as fundações em nome do papa Ratzinger e do papa Wojtyla mantêm mais de 15 milhões em seus cofres (...) deve saber que o Banco Vaticano não foi limpo", escreve no prólogo Fittipaldi, com a transcrição da conversa com uma de suas fontes dentro do Vaticano.
Para Nuzzi, a má gestão das finanças vaticanas geraram "perdas por diferenças no inventário" e "rombos" de até 700.000 euros no balanço do supermercado do Vaticano e de 300.000 euros no da farmácia vaticana.
Ajudar o papaNuzzi disse ainda que o papa presidiu uma reunião a portas fechadas em 2013, lamentando que "os custos estão fora de controle", após indicar um aumento de 30% do número de funcionários em 5 anos.
Segundo ele, tanto Vallejo como Chaouqui, suas "fontes", queriam "ajudar o papa" com a publicação dos documentos aos que tiveram acesso, como os especialistas da Comissão encarregada de estudar as reformas econômicas da Santa Sé.
"Não é uma maneira de ajudar a missão do Papa", advertiu na segunda-feira o Vaticano, que os considera "traidores" e ameaçou denunciá-los inclusive penalmente se for o caso.
"Este trabalho começou há um ano e baseia em informação verificada", garantiu Fittipaldi.
"Entendo que o Vaticano esteja preocupado (...). A investigação revela a distância entre a posição do papa e o funcionamento real", comentou o jornalista.
Os livros citam e-mails, atas de reuniões, conversas privadas gravadas e notas que demonstram o excesso de burocracia, a má gestão, o desperdício, os fastos milionários com aluguéis.
"A reforma prometida por Francisco tem sido feita lentamente, não puderam completá-la em um ano", explicou Fittipaldi.
Desde o início do seu pontificado, Francisco critica em público a Curia Romana, que para ele é um centro de "intrigas, fofocas panelinhas com ambições de fazer carreira".
No passado, durante as celebrações do Natal, o pontífice descreveu as "15 doenças da Cúria", entre elas o "Alzheimer espiritual".
Para o vaticanista Marco Politi, o escândalo que afeta Francisco, denominado Vatileaks II pela imprensa, é muito diferente do que terminou com a renúncia de Bento XVI.
"No primeiro, surgia com clareza a luta pelo poder interno entre castas e personalidades, diante de um papado frágil como o de Bento XVI", assegurou o especialista.
Desta vez, com documentos que saem de um escritório especializado na reforma da cúria e não do escritório do papa, o golpe parece menos contundente.
"Para mim mais parecem manobras para impedir as reformas de Francisco", afirmou Politi.
http://noticias.uol.com.br/
segunda-feira, 2 de novembro de 2015
Brasil pode rever obrigatoriedade da Petrobras como operadora única no pré-sal, diz Levy
Brasil pode rever obrigatoriedade da Petrobras como operadora única no pré-sal, diz Levy
sábado, 31 de outubro de 2015
(Reuters) - O Brasil pode mudar as regras para a obrigatoriedade de presença da Petrobras em todas as áreas do pré-sal, instituindo maior "liberdade", disse o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ao participar de evento em Marrakech, no Marrocos, neste sábado.
Críticos da obrigatoriedade de participação de ao menos 30 por cento da Petrobras nos campos do pré-sal afirmam que essa exigência engessa a companhia, que tem achatado seu plano de investimentos e buscado vender ativos em meio à investigação de um bilionário esquema de corrupção apurado pela operação Lava Jato.
Questionado sobre o tema durante sessão de perguntas e respostas da "Atlantic Dialogues", Levy saudou a iniciativa da estatal de dar foco aos seus principais negócios, também afirmando que o fato de a Petrobras ser operadora dos blocos do pré-sal não significa que ela opera sozinha, já que conta com a participação de outras companhias como Shell e Total.
"Podemos rever isso, podemos dar mais liberdade a isso. As coisas mudam e o Brasil sabe como se adaptar", afirmou Levy sobre a política da Petrobras como operadora única.
Durante sua participação no evento, o ministro da Fazenda defendeu o ajuste fiscal como ferramenta essencial para o país voltar a crescer, criando um ambiente em que as taxas de juros possam cair.
Ele lembrou que parte do ajuste depende do Legislativo, acrescentando que a votação de algumas medidas está "tomando um pouco mais de tempo do que as pessoas pensavam por algumas razões específicas".
"Mas acho que está seguindo em frente", completou.
Levy afirmou ainda que é preciso rever benefícios e transferências sociais e a efetividade de alguns benefícios fiscais.
Perguntado especificamente sobre o Bolsa Família, contudo, ele defendeu o programa como ferramenta "valiosa" de inclusão social.
"É uma coisa que não custa muito dinheiro. Cresceu um pouco nos últimos anos, mas mesmo agora representa cerca de 0,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB)", disse o ministro.
(Por Marcela Ayres em Brasília
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
sábado, 31 de outubro de 2015
(Reuters) - O Brasil pode mudar as regras para a obrigatoriedade de presença da Petrobras em todas as áreas do pré-sal, instituindo maior "liberdade", disse o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ao participar de evento em Marrakech, no Marrocos, neste sábado.
Críticos da obrigatoriedade de participação de ao menos 30 por cento da Petrobras nos campos do pré-sal afirmam que essa exigência engessa a companhia, que tem achatado seu plano de investimentos e buscado vender ativos em meio à investigação de um bilionário esquema de corrupção apurado pela operação Lava Jato.
Questionado sobre o tema durante sessão de perguntas e respostas da "Atlantic Dialogues", Levy saudou a iniciativa da estatal de dar foco aos seus principais negócios, também afirmando que o fato de a Petrobras ser operadora dos blocos do pré-sal não significa que ela opera sozinha, já que conta com a participação de outras companhias como Shell e Total.
"Podemos rever isso, podemos dar mais liberdade a isso. As coisas mudam e o Brasil sabe como se adaptar", afirmou Levy sobre a política da Petrobras como operadora única.
Durante sua participação no evento, o ministro da Fazenda defendeu o ajuste fiscal como ferramenta essencial para o país voltar a crescer, criando um ambiente em que as taxas de juros possam cair.
Ele lembrou que parte do ajuste depende do Legislativo, acrescentando que a votação de algumas medidas está "tomando um pouco mais de tempo do que as pessoas pensavam por algumas razões específicas".
"Mas acho que está seguindo em frente", completou.
Levy afirmou ainda que é preciso rever benefícios e transferências sociais e a efetividade de alguns benefícios fiscais.
Perguntado especificamente sobre o Bolsa Família, contudo, ele defendeu o programa como ferramenta "valiosa" de inclusão social.
"É uma coisa que não custa muito dinheiro. Cresceu um pouco nos últimos anos, mas mesmo agora representa cerca de 0,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB)", disse o ministro.
(Por Marcela Ayres em Brasília
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
DINAH WASHINGTON -THESE FOOLISH THINGS (REMIND ME OF YOU) essa canção é uma das mais belas da jazz music na voz da eterna Dinah Washington. Essa canção representou a era de ouro do jazz norte- americano entre as décadas de 1940 e 1950 e até hoje é uma das mais famosas.
LYRICS › DINAH WASHINGTON ›
THESE FOOLISH THINGS LYRICS – DINAH WASHINGTON
a cigarette that bears a lipsticks traces
an airline ticket to romantic places
and still my heart has wings
these foolish things remind me of you
a tinkling piano in the next apartment
those stumbling words
that told you what my heart meant
a fairground’s painted swings
these foolish things remind me of you
you came, you saw, you conquered me
when you did that to me
i knew somehow that this had to be
the winds of march that make my heart a dancer
a telephone that rings but who’s to answer
oh, how the ghost of you clings
these foolish things remind me of you
you came and you saw
are you conquered me
when you did that to me
don’t you know i knew somehow it had to be
the winds of march that make my heart a dancer
a telephone that rings but who’s to answer
oh, how the ghost of you clings
these foolish things
these foolish things remind me of you
by aunty mod
by : DINAH WASHINGTON
3ºANO (Areópago) Continuação da aula de Simultaneidade contemporânea/ Isadora Duncan/ Conceitos de dança.
Simultaneidade contemporânea
Para se pensar, compreender, produzir e apreciar arte no mundo contemporâneo, é necessário ter em vista que, ainda no início do século passado, os cânones clássicos do ocidente foram questionados e rompidos por novas formas em todos os campos da arte. no entretanto esse rompimento não resultou na substituição dos modelos clássicos por um novo cânone, Paradigma ou parâmetro, mas abarcou diferentes influências simultâneas. Alguns exemplos, apresentados anteriormente, são obras de Oiticica, que unem pintura, escultura e dança, e as músicas de Chico Science e dos mutantes, que congregam linguagens opostas e muitas vezes concorrentes produzindo uma nova estética.
Dançando a vida
Sempre houve forte polarização entre danças populares, praticadas secularmente, e sua forma elitizada, presente nos salões da nobreza e, posteriormente, nos teatros.
inúmeros gêneros de dança coexistem em academias, universidades e grupos de dança, como dança clássica, dança moderna, jazz, dança de salão, dança de roda e street dance, entre muitas outras, demonstrando a riqueza dessa atividade artística para o ser humano.
Isadora Duncan
Isadora Duncan, uma das mais importantes bailarinas do século XX, expressava-se por meio de diversas formas de dança. Ela rompeu com todos os cânones e tabus do balé clássico, dançando descalça, com vestimentas criadas por ela em todos os locais inusitados para os bailarinos da época.
Duncan procurou devolver à dança o poder de comunicação e de comunhão com as pessoas; seu pensamento, sua arte e as grandes correntes da época convergiam. Em sua opinião, havia três grandes mestres precursores da dança do século XX: Beethoven, Nietzsche e Wagner. Para ela Beethoven avia criado a dança em termos poderosos, Wagner, em formas esculturais e Nietzsche como o primeiro filósofo da dança.
As coreografias de Isadora Duncan causaram forte impacto em diversos países pela expressividade dos movimentos, inspirados em estética grega, forma que foi eferência para Wagner e Nietzche. Entretanto esse quadro receptivo se alteraria em função das próprias mudanças que aconteciam no interior da sensibilidade moderna, como se percebe na abordagem de Walter Benjamin.
A intensificação dos estímulos nervosos, ocasionada pela aceleração da temporalidade urbana, provocou os fenômenos da fragmentação e da simultaneidade, modificando, radicalmente, a natureza da experiência humana. A contemplação cedia vez a uma receptividade nervosa, cada vez mais ansiosa.
No texto a seguir, Isadora Duncan argumenta sua forma de pensar e sentir a arte que permite à alma humana expressar-se em movimento, mas também a base de toda uma concepção de vida mais flexível, mais harmoniosa, mais natural. A dança não é, como se tende a acreditar, um conjunto de passos, mais ou menos arbitrários que são o resultado de combinações mecânicas e que, embora possam ser úteis como exercícios técnicos, não poderiam ter pretensão de constituírem uma arte são meios e não um fim. ( Isadora Duncan)
Essa noção, apesar de ter mais de um século de idade, expressa parte a filosofia de dois gêneros de dança contemporânea que representam os extremos dessa área. De um lado a dança clássica continua com o seu espaço, assim como a dança moderna, que diversifica suas formas, mas não despreza a técnica como meio importante para as composições. De outro, é crescente, inclusive nas universidades, a dança conceitual, que nega qualquer técnica e o próprio movimento corporal, priorizando o conceito, a ideia a ser expressa. É importante conhecer os cânones e as técnicas clássicas para se perceber o que é valorizado e o que é descartado na dança contemporânea.
Fonte Unidade 4, páginas 87, 88 e 89 Arte, Expoente, Carlos Alberto de Paula.