quarta-feira, 11 de novembro de 2015

9º ANO B O MOVIMENTO FEMINISTA NO BRASIL ANOS 20



A partir do século XX, com a crescente industrialização do país, que a mulher passou a adentrar o mercado de trabalho como operárias, enfermeiras, secretárias e professoras. Além da inferioridade física em relação aos homens, havia a terrível diferença de salários e o constante assédio sexual, situações resolvidas a pouquíssimo tempo, lá pelos idos da década de 80.
Mas é lá na década de 20 que surgem as anarco-feministas, que propunham a emancipação da mulher em todos os planos de vida social, seja na fábrica ou no lar. Elas lutavam pela instrução da classe operária e, principalmente da mulher, pois viam nela o veículo de formação do novo homem e, por conseqüência, da nova sociedade libertária. Todavia, elas não acreditavam na representatividade feminina e repeliam a idéia do voto para a mulher.

BERTHA LUTZ

A bióloga Bertha Lutz foi uma das pioneiras do movimento feminista no Brasil, responsável direta pela articulação política que resultou nas leis que deram direito de voto às mulheres e igualdade de direitos políticos nos anos 20 e 30. Filha do importante sanitarista Adolfo Lutz, Bertha nasceu em 1894 e foi educada na Europa. Voltou ao Brasil em 1918, formada em ciências naturais pela Sorbonne para então trabalhar no Museu Nacional. Foi a segunda mulher a ingressar no serviço público brasileiro. Bertha conheceu os movimentos feministas da Europa e dos Estados Unidos nas primeiras décadas do século e foi responsável pela organização do movimento sufragista no Brasil. Com sua militância científica e política, lançou as bases do feminismo no país. Criou, em 1919, a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, o embrião da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (1922). Representou o Brasil na assembleia geral da Liga das Mulheres Eleitoras, nos Estados Unidos, onde foi eleita vice-presidente da Sociedade Pan-Americana. Após a Revolução de 1930, o movimento sufragista conseguiu a grande vitória, por meio do Decreto nº 21.076, de 24 de fevereiro de 1932, do presidente Getúlio Vargas, que garantiu o direito de voto feminino no País.

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