Konstantinos - Uranus

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Lord Byron Poeta inglês


 Por Dilva Frazão

Biblioteconomista e professora


Biografia de Lord Byron


Lord Byron (1788-1824) foi um importante poeta do século XIX, um dos principais representantes do romantismo inglês, criador de personagens sonhadores e aventureiros que desafiavam as convenções morais e religiosas da sociedade burguesa.


George Gordon Noel Byron, conhecido como Lord Byron, nasceu em Londres, Inglaterra, no dia 22 de janeiro de 1788. Em 1791 ficou órfão de pai. Com sete anos se apaixonou por sua prima Mary Duff. Vivia mergulhado em leituras. Em 1798, com dez anos de idade herdou o título nobiliárquico de um tio-avô que foi assassinado, tornando-se assim o sexto Barão dos Byron.


Carreira Literária

Após entrar na Trinity College de Cambridge, publicou seu primeiro livro de poesias, “Horas de Ócio” (1807), que foi mal recebido pela crítica da prestigiosa Edinburgh Review. Byron respondeu com o poema satírico “Bardos Ingleses e Críticos Escoceses” (1809).


Em 1809, com 21 anos ingressou na Câmara dos Lordes e pouco depois partiu, com dois amigos, em viagem pela Europa e Oriente Médio. Esteve em Portugal, Espanha, Grécia, Albânia, Malta e Turquia. Seus amigos retornaram, mas Byron ficou na Grécia, onde manteve um caso com Nicolo Giraud, um jovem grego que salvou sua vida quando contraiu malária.


Peregrinação de Childe Harold

De volta à Inglaterra, Byron publicou os dois primeiros cantos de “Peregrinação de Childe Harold” (1812), longo poema em que narra as andanças e amores de um herói desencantado, ao mesmo tempo em que descreve a natureza da Península Ibérica, Grécia e Albânia. A obra alcançou sucesso imediato.


Em 1815 Byron casa-se com Anne Milbanke. Após um ano de casado, Anne pediu o divórcio, escandalizando a sociedade inglesa, que o associou aos rumores de incesto do poeta com sua meia-irmã Augusta Leigh. Resolve então deixar a Inglaterra e muda-se para a Suíça. Ainda em 1816, escreve o canto III de “Peregrinação de Childe Harold”.


O Prisioneiro de Chillon

Após sua visita ao Castelo de Chillon, no Lago de Genebra, na Suíça, inspirado na prisão do mais famoso prisioneiro do castelo, um monge e político de Genebra, François Bonivard, que ficou preso por quatro anos por incitar o povo a revoltar-se contra a Casa de Saboia, Byron escreve “O Prisioneiro de Chillon e Outros Poemas”(1816).


O longo poema narrativo, "O Prisioneiro de Chillon", com 14 estrofes, escritas como um monólogo dramático em estilo simples e direto é uma acusação comovente da tirania e um hino à liberdade, como mostra a estrofe XIV:


Ignoro os meses, os dias e os anos,

Não os contei, não fiz anotações –

Não acreditava que meu olhos inda se abrissem,

E que fossem limpos da poeira do tempo;

Mas os homens, afinal, me libertaram;

Não perguntei por quê e nem onde estava;

Não me importava a distância nem o tempo,

Estar preso ou livre dava no mesmo,

Pois aprendi a amar a desesperança.

Agora que a liberdade se aproxima

E todas as correntes serão partidas,

Percebo que estas grossas paredes

São para mim, uma ermida somente minha!

E sinto como se elas estivessem a chorar

E como se fossem o meu segundo lar:

As aranhas se tornaram minhas amigas

E eu as observo no seu soturno labor,

Vi os camundongos brincarem ao luar,

Por que deveria me sentir inferior a eles,

Se vivemos todos sob o mesmo teto?

E eu o monarca daquele reino,

Poderia matá-los após chamá-los intrusos!

Naquela quietude onde aprendi a viver;

Minhas correntes e eu ficamos amigos,

Uma longa convivência mútua

Tornou-nos o que somos: – ainda que eu

Tenha recuperado esta enfadonha liberdade!


Em 1817 Byron publica o poema dramático, enigmático e demoníaco, “Manfred”. Em Genebra viveu com Claire Clairmont, com quem teve uma filha. Radicou-se depois em Veneza, onde levou uma vida agitada e licenciosa. Em 1818 compôs o conto IV de “Childe Harold’s Pilgrimage” e “Beppo – Uma História Veneziana”, na qual ridiculariza a alta sociedade de Veneza.


Em 1819 começou o poema herói-cômico “Dom Juan”, uma sátira brilhante, mas que deixou inacabada. No mesmo ano, ligou-se à condessa Teresa Guiccioli, partindo para Ravena onde participou das conspirações dos carbonários.


Características e influência

Lord Byron criou diversos personagens sonhadores e aventureiros, que desafiavam as convenções morais e religiosas da sociedade burguês, ele mesmo foi, com sua vida agitada, um típico herói romântico. A figura de Byron confundia-se com a de seus heróis: orgulhoso, irreverente, melancólico, misterioso e conquistador.


Como moda literária, o byronismo se espalhou pela Europa até as últimas décadas do século XIX. Uma aura de mito foi sendo criada em torno de seu nome, gerando imitadores e admiradores por toda parte. No Brasil, Álvares de Azevedo é o poeta que mais reflete a influência de Byron.


Morte

Defensor da liberdade engajou-se em vários movimentos revolucionários. Em 1823 Lord Byron foi nomeado membro do comitê londrino pela independência da Grécia, indo combater ao lado dos gregos, contra as forças turcas. Morreu como um herói exilado em terra estrangeira.


Lord Byron faleceu em Missolonghi, ao lado dos combatentes gregos, no dia 19 de abril de 1824, após contrair uma misteriosa febre. Adorado na Grécia, ele foi embalsamado e seu coração retirado e enterrado em solo grego.


Os restos mortais foram levados para a Inglaterra, mas a Abadia de Westminster se recusou a enterra-lo, alegando que ele era um pecador. Byron foi então enterrado na igreja Huckknall Torkard, próxima da Abadia de Newstesd, ao lado de sua família.


https://www.ebiografia.com/lord_byron/

José Saramago Escritor português


 Por Dilva Frazão

Biblioteconomista e professora

Última atualização: 23/08/2021


Biografia de José Saramago

José Saramago (1922-2010) foi um importante escritor português. Destacou-se como romancista, teatrólogo, poeta e contista. Recebeu o Prêmio Nobel de Literatura o Prêmio Camões..


José Saramago nasceu em Azinhaga de Ribatejo, no concelho de Golegã, distrito de Santarém. Portugal, no dia 16 de novembro de 1922. Filho de camponeses com dois anos de idade mudou-se com a família para Lisboa.


Formação

José Saramago estudou em escola técnica onde concluiu o curso de serralheiro mecânico. Trabalhou como serralheiro, foi funcionário público na área da saúde e da Previdência Social. Autodidata, adquiriu grande cultura na literatura, filosofia e história.


Carreira literária

José Saramago estreou na literatura com o romance “Terra do Pecado” (1947). Foi diretor literário de uma editora, jornalista e tradutor. Colaborou com vários jornais e revistas, entre eles, o Diário de Lisboa, A Capital e a Seara Nova, onde exerceu a função de cronista.


Sua trajetória literária passou por várias fases:


 A primeira, foi marcada pela poesia, com Os Poemas Possíveis (1966) e Provavelmente Alegria (1970), e pela crônica Deste Mundo e do Outro (1971).

A partir do final dos anos 70 dedicou-se ao teatro, escreveu:

A Noite (1979), peça que tem como cenário uma redação de um jornal na noite de 24 para 25 de abril de 1974. A peça recebeu o Prêmio da Associação de Críticos Portugueses.

A ficção de Saramago começou com o romance Manual de Pintura e Caligrafia (1976). Publicou dois volumes de contos Objeto Quase (1978) e Poética dos Cinco Sentidos (1979).

Como romancista o autor se consagrou ao receber o “Prêmio Cidade de Lisboa” com Levantando do Chão (1980), que se tornou Best-Seller internacional.


José Saramago desenvolveu uma espécie de historicismo fantástico onde sua imaginação, aliada a um ilimitado amor à vida, em cada minúcia da verdade humana ao longo do tempo, reelabora fatos da história de sua terra, como nas obras:


Memorial do Convento (1982) 

O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984) (Prêmio do Pen Clube Português, Prêmio da Crítica, Prêmio Dom Diniz e Prêmio do Jornal The Independente) 

A Jangada de Pedra (1988)  

História do Cerco de Lisboa (1989)

José Saramago pertenceu à primeira Direção da Associação Portuguesa de Escritores. Foi presidente da Assembleia Geral da Sociedade Portuguesa de Autores, entre 1985 e 1994.


O escritor publicou um título no campo da literatura infanto-juvenil, “A Maior Flor do Mundo” (2001), livro escrito em parceria com o ilustrador João Caetano, que recebeu o Prêmio Nacional de Ilustração.


José Saramago faleceu em Tias, Espanha, no dia 18 de junho de 2010.


Prêmios

Comendador da Ordem Militar de Santiago de Espada (1985)

Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras Francesas (1991)

Prêmio Camões (1995)

Prêmio Nobel de Literatura (1998)

Doutor Honoris Causa (1999), pela Universidade de Nottinghan, na Inglaterra.

Doutor Honoris Causa (2004), pela Universidade de Coimbra.

Frases de José Saramago

"Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar."

"Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo."

"Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia."

"Fisicamente, habitamos um espaço, mas, sentimentalmente, somos habitados por uma memória."

"O espelho e os sonhos são coisas semelhantes, é como a imagem do homem diante de si próprio."

"Mesmo que a rota da minha vida me conduza a uma estrela, nem por isso fui dispensado de percorrer os caminhos do mundo."

"A única maneira de liquidar o dragão é cortar-lhe a cabeça, aparar-lhe as unhas não serve de nada."

Obras de José Saramago

Terra do Pecado, 1947

Os Poemas Possíveis, 1966

Provavelmente Alegria, 1970

Deste Mundo e do Outro, 1971

A bagagem do Viajante, 1973

O Ano de 1993, 1975

Os Apontamentos, 1976

Manual de Pintura e Caligrafia, 1977

Objeto Quase, 1978

Poética dos Cinco Sentidos, 1979

A Noite (1979)

Levantado do Chão (1980)

Viagem a Portugal, (1981)

Memorial do Convento, 1982

O Ano da Morte de Ricardo Reis, 1984

A Jangada de Pedra, 1986

A Segunda Vida de Francisco de Assis, 1987

História do Cerco de Lisboa, 1989

O Evangelho Segundo Jesus Cristo, 1991

A Caverna, 2000

O Homem Duplicado, 2002

As Pequenas Memórias, 2006

O Caderno, 2009

Caim, 2009


https://www.ebiografia.com/jose_saramago/

EUA debatem lei que pode barrar exportações do Brasil por desmatamento

Black Lightning 1x03 LaWanda: The Book of Burial (Soundtrack- The End JE...

Black Lightning 1x03 LaWanda: The Book of Burial ( Soundtrack- High High...

Black Lightning 1×01 Soundtrack (Monogem - 100%)

Kylie Minogue and Years & Years - A Second to Midnight (Official Video)

Black Lightning 1x01The Resurrection (Soundtrack-Strange Fruit NINA SIMONE)

domingo, 3 de outubro de 2021

REVIVALS os melhores sucessos do Anos 70 do Século XX P.H.O.L.H.A.S - 40 Sucessos

COMO JACKIE ENCARAVA AS TRAIÇÕES DE JFK?


John e Jacqueline Kennedy com sua esposa e seus filhos, John Jr. e Caroline - Domínio Público via Wikimedia Commons

 COMO JACKIE ENCARAVA AS TRAIÇÕES DE JFK?

Livro de Bill O'Reilly e Martin Dugard conta como Jacqueline Bouvier Kennedy lidava com a relações extraconjugais do marido: "Todos os Kennedy são assim"


FABIO PREVIDELLI | @FABIOPREVIDELLI

John Fitzgerald Kennedy foi um dos presidentes americanos mais populares da história dos Estados Unidos. Com sua retórica imponente e seu tom objetivo, JFK conseguia cativar a todos enquanto discursava.  


Atlético, sedutor e tido como um herói corajoso da Segunda Guerra Mundial, John se tornou o chefe de Estado mais novo de seu país, além de muitos enxergarem nele uma esperança para quebrar a velha política americana, se calcando em pautas para ajudar os menos favorecidos, as classes minoritárias e todos aqueles que lutavam por uma nação mais igualitária.  

Apesar de todos esses pontos, é inevitável afirmar que a figura de Kennedy só se tornou tão popular por causa de sua esposa: Jacqueline Bouvier Kennedy.

Vista como uma das maiores referências de elegância do mundo em sua época, Jackie ia além de apenas um rostinho bonito e uma mulher “bela, recatada e do lar”. 

Muito pelo contrário, Jacqueline usou a influência que tinha para perpetuar a imagem do marido após seu assassinato, além disso, teve papel importando com seu apoio incondicional a JFK durante os dois momentos mais turbulentos de sua breve gestão: a Invasão à Baía dos Porcos (1961) e a Crise dos Mísseis em Cuba (1962). 

Entretanto, como revelam os autores Bill O’Reilly e Martin Dugard em 'Os Últimos Dias de John F. Kennedy', publicado pela L&PM Editores, a relação entre os dois sofreu algumas crises devido a um comportamento controverso de JFK: seu insaciável apetite sexual.  

“Como Kennedy uma vez explicou a um amigo, ele precisa fazer sexo uma vez ao dia, ou fica com uma terrível dor de cabeça”, dizem os autores. Porém, se engana quem pensa que as relações se limitavam apenas à primeira-dama. 

“Ele e Jackie dormem em quartos diferentes, interligados por um closet compartilhado(...) Mesmo tendo um casamento feliz, Kennedy não leva uma vida monogâmica”, explicam.  



As amantes de JFK 

Segundo apontam O’Reilly e Dugard, o presidente não tinha muitas restrições para se relacionar, se envolvendo com atrizes, assistentes, prostitutas e até mesmo com mulheres envolvidas com a máfia, o que tornava o trabalho de seus agentes de segurança ainda mais difícil, já que eles tinham que ficar de olho em todas as donzelas que entravam e saiam a rodo da Casa Branca.  

“Chegamos a um ponto que aquilo já não era mais novidade”, comentou um agente do Serviço Secreto — a fala é relatada no livro. “Havia mulheres por toda a parte. Muitas vezes, dependendo do turno, você as via subindo [para o quarto presidencial], ou descendo pela manhã enquanto as faxineiras passavam o aspirador e outros funcionários estavam pela casa. Várias se tornaram visitantes regulares”. 

Entre os casos mais famosos, citados na obra, estão o envolvimento com a estagiária da Casa Branca Marion Fay Alford, que tinha 19 anos na época; e a com a estrela hollywoodiana Marilyn Monroe — que, inclusive, segundo os autores, foi um dos casos mais quentes que Kennedy teve.

Vale ressaltar aqui que a veracidade da relação com Monroe divide opiniões, já que muitos acreditam que tudo não passou de uma teoria infundada.

De acordo com Bill e Martin, a primeira-dama costumava viajar todas as quintas-feiras para a casa do casal em Glen Ora, na Virgínia, onde passava o fim de semana andando a cavalo. “Ela só volta na segunda-feira. O presidente fica sozinho na Casa Branca em sua ausência, e a lista de amantes cresce dia após dia”. 

“Quando JFK passa mais de alguns dias sem nenhuma relação extraconjugal, Kennedy se torna outro homem — tanto que o Serviço Secreto chega a suspirar aliviado sempre que Jackie leva as crianças para passar o final de semana fora”. 

Anos depois, dizem os autores, um agente veterano chegou a admitir que “quando ela [Jacqueline] estava em casa, as coisas não eram divertidas”. 


Mas Jackie sabia das traições? 

De acordo com os autores, Jackie não só sabia dos casos extraconjugais do presidente como preferia deixar tudo de lado para manter as aparências e o prestigio de ser a primeira-dama, apesar dela se magoar muito com a situação.

Outro ponto para 'aceitar' as puladas de cerca é pelo fato de que Jacqueline amava Kennedy e acreditava que o sentimento era recíproco, como ele demonstrou inúmeras vezes. 


“A primeira-dama é fascinada pela aristocracia europeia e sabe que é comum, e talvez até natural, que homens poderosos na Europa tenham casos amorosos”, explicam O’Reilly e Dugard. “Seu querido pai John 'BlackJack' Bouvier, também cometia várias escapadas. E seu sogro, Joseph Kennedy, é famoso pelos seus galanteios”. 


“A primeira-dama não tem nenhum motivo para acreditar que o presidente dos Estados Unidos, o homem mais poderoso do mundo, se comportará de outra forma. Além disso, é uma tradição da família”, completam. 

Em certa ocasião, retratada na obra, Jackie comentou com Joan, a esposa do irmão mais novo de John, Teddy, que “todos os Kennedy são assim”. De acordo com a primeira-dama, Joan não deveria se incomodar com as traições. “Não pode levar para o lado pessoal”.



https://aventurasnahistoria.uol.com.br/