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domingo, 25 de setembro de 2016

EUA condenam ação russa na Síria como "barbárie"; Moscou diz que paz é quase impossível

domingo, 25 de setembro de 2016


NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Os Estados Unidos classificaram neste domingo como "barbárie" e não "contraterrorismo" a ação da Rússia na Síria, enquanto o emissário de Moscou às Nações Unidas disse que acabar com a guerra é "uma tarefa quase impossível neste momento", depois que as forças do governo sírio, apoiadas por Moscou, bombardearam a cidade de Aleppo.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniu neste domingo a pedido dos EUA, Grã-Bretanha e França para discutir o agravamento dos combates em Aleppo após o anúncio na quinta-feira de uma ofensiva do exército sírio para retomar a cidade.
"O que a Rússia está patrocinando e fazendo não é contraterrorismo, é barbárie", disse a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Samantha Power, diante dos 15 membros do Conselho.
"Em vez de procurar a paz, a Rússia e Assad fazem guerra. Em vez de tentar buscar socorro imediato aos civis, a Rússia e Assad bombardeiam comboios humanitários, hospitais e socorristas que estão desesperadamente tentando manter as pessoas vivas", disse Power.
O cessar-fogo acordado em 9 de setembro entre o secretário de Estado norte-americano John Kerry e o ministro russo das Relações Exteriores Sergei Lavrov, cujo objetivo era colocar o processo de pacificação da Síria de volta aos trilhos, entrou em colapso na segunda-feira com o bombardeio de um comboio humanitário.
"Na Síria, centenas de grupos armados estão recebendo mais armas, o território do país está sendo bombardeado indiscriminadamente e trazer a paz é uma tarefa quase impossível neste momento por estes motivos", disse o embaixador da Rússia na ONU Vitaly Churkin ao conselho.
O emissário da Grã Bretanha nas Nações Unidas, Matthew Rycroft, disse neste domingo que a tentativa de EUA e Rússia firmarem o processo de paz na Síria está "muito, muito perto do fim e, sim, o Conselho de Segurança deve estar pronto para cumprir com suas responsabilidades."
"O regime Assad e a Rússia mergulharam em novas profundezas e desencadearam um novo inferno em Aleppo", disse Rycroft no conselho. "A Rússia está atuando em parceria com o regime sírio para executar crimes de guerra."
No entanto, a Rússia é um dos cinco países com poder de veto no Conselho, ao lado de EUA, França, Grã-Bretanha e China. A China e a Rússia têm protegido o governo do presidente sírio Bashar al-Assad ao bloquear diversas tentativas de ação do conselho.
"É hora de apontar quem está por trás desses ataques aéreos e quem está matando civis. A Rússia tem um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, isso é um privilégio e uma responsabilidade. Assim, na Síria e em Aleppo, a Rússia está abusando deste privilégio histórico", disse Power.
O embaixador da Síria na ONU, Bashar Ja'afari começou a discursar para o Conselho e imediatamente Power, Rycroft e o emissário da França nas Nações Unidas François Delattre deixaram a sala, de acordo com diplomatas.
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quinta-feira, 15 de setembro de 2016

O que há em comum entre o golpe de 1964, o impeachment de Collor e hoje?

O que há em comum entre o golpe de 1964, o impeachment de Collor e hoje?
 
Nathan Lopes
Do UOL, em São Paulo
Processos sofridos por João Goulart (esquerda) e Fernando Collor voltaram à tona
Uma das principais discussões sobre o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff refere-se a um termo: golpe. Em 1964, a palavra foi usada quando João Goulart foi retirado do comando do país. Há, porém, quem defenda que o que acontece hoje não é uma ação golpista, mas o legítimo processo de impeachment, tal qual o que Fernando Collor sofreu em 1992.
Com a ajuda de historiadores e cientistas políticos, o UOL resgatou esses dois momentos históricos do país para avaliar seus pontos-chave e tentar entender o momento que vive o Brasil.


Era considerado golpe? Jango - sim, porque o presidente foi retirado de seu posto de forma ilegal, com os militares assumindo o governo em seguida.
Collor - não, porque as denúncias de corrupção, a perda de apoio no Congresso e as manifestações das ruas tornaram o governo insustentável.
Dilma - o governo chama de golpe por não haver crime de responsabilidade; a oposição considera que o impeachment está previsto em lei e há argumentos para depor a presidente.
O que pesou contra cada governo? Jango - ter a "pecha de comunista", proposta de reformas que desagradavam setores da sociedade, Congresso hostil.
Collor - inflação alta, confisco da poupança, denúncias de corrupção envolvendo o governo, falta de apoio político.
Dilma - desemprego em alta, inflação fora da meta, pedaladas fiscais, denúncias de corrupção envolvendo membros ligados ao governo.
Como se portaram as forças políticas? Jango - Brizola e aliados quiseram resistir, mas ele temia uma guerra civil e desistiu de reclamar pelo cargo.
Collor - PMDB, PT e PSDB se uniram e foram fundamentais na instalação e condução dos trabalhos na CPI que investigou Collor.
Dilma - Foi abandonada pelos partidos da base aliada (PMDB, PP, PRB, PSD) e até por seu vice-presidente.
Qual é a principal oposição? Jango - Militares, mídia, empresários, agricultores, movimentos civis.
Collor - Movimentos civis, partidos políticos, empresários.
Dilma - Movimentos civis, partidos políticos, empresários.
O vice que quase não assumiu


Considerado "esquerdista" e "comunista", João Goulart foi impedido de assumir a Presidência da República quando Jânio Quadros renunciou ao cargo, em agosto de 1961.
Para Jango assumir, foi feito um acordo entre lideranças militares e parlamentares, que fizeram o Congresso mudar o regime político do país de presidencialista para parlamentarista, o que foi revertido em referendo em 1963.
Em 1964, a tensão aumentou quando Jango --enfraquecido pelos problemas econômicos e sob pressão de opositores e da opinião pública-- apoiou marinheiros e fuzileiros navais que contrariaram ordens de seus superiores no episódio conhecido como a Revolta dos Marinheiros.
Dias depois, um movimento militar, iniciado em Juiz de Fora (MG), começou o que terminaria com a tomada do poder pelos militares. "Efetivamente, um presidente foi retirado de seu posto de forma ilegal e, em seu lugar, os militares assumiram", recorda a professora de Ciência Política da FGV (Fundação Getúlio Vargas) Liliam Furquim.


O "novo"


Apresentado aos eleitores brasileiros pela mídia como "caçador de marajás" e "guardião da moralidade", o governador de Alagoas em 1989, Fernando Collor, surgiu como candidato à Presidência da República por um partido nanico (leia mais aqui), o PRN (Partido da Reconstrução Nacional, atual PTC - Partido Trabalhista Cristão).
Até então desconhecido da maior parte da população, Collor foi ganhando cada vez mais a preferência do eleitorado ao proferir discursos contra a corrupção e a alta inflação, que era de 1.782,85%. Mas tudo mudou quando Collor assumiu. Como primeira medida de seu governo, sua equipe econômica anunciou o confisco dos valores nas cadernetas de poupança dos brasileiros.
Perdendo apoio popular, Collor também começava a ficar sem força política dentro do Congresso à medida que apareciam denúncias de corrupção em seu governo. Uma CPI foi instalada e levou ao processo de impeachment. Em 29 de dezembro de 1992, por 76 votos a 3, os senadores afastaram Collor em definitivo da Presidência, deixando-o inelegível por oito anos.
"O impeachment do Collor veio com a sensação de uma grande execução, mas também foi uma prova de maturidade política da sociedade", analisa Marcos Antonio da Silva, professor do departamento de história da USP. "O processo se deu dentro das regras da Constituição. No entanto, Collor foi absolvido [em 1994 e 2014] das acusações pelo STF", recorda Lilian.


E hoje?


Se há certeza entre os acadêmicos sobre a realização de um golpe em 1964 e sobre a constitucionalidade do processo de impeachment em 1992, o mesmo não se pode dizer sobre fatos que estão em andamento. "Uma das grandes dificuldades é realizar a seleção daquilo que pode servir de fonte ao analista", explica historiador e professor do departamento de história da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
Sobre 2016, um dos fatores que explicam a dificuldade para se ter uma definição sobre o momento liga-se a "deficiências reais das leis e da postura do Judiciário, fazendo que as avaliações variem conforme as opiniões polarizadas", avalia o cientista político Fábio Reis, professor emérito da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). "Os próprios ministros do STF se manifestam agora de maneira divergente sobre o assunto. Alguns simplesmente repetem que o impeachment é previsto na Constituição. Outros destacam que a Constituição fala de crime, o que abre a possibilidade de que, não havendo crime caracterizado com clareza, o impeachment redunde em golpe."
A professora da FGV Lilian Furquim ressalta que "o direito não é uma ciência exata e está aberto a interpretações". "Diante disso, temos uma divisão a respeito do que é ou não crime de responsabilidade. A meu ver, temos todos os elementos, inclusive jurídicos, para o impeachment ocorrer."
Para a professora de Ciência Política Vera Chaia, da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo, a crise política do país é decorrência das dificuldades encontradas pela presidente desde o início do segundo mandato, em 2015. "Dilma sofre uma oposição enorme desde o período eleitoral. Tem uma oposição que não aceitou perder as eleições, falando de fraude nas urnas. E a composição do Congresso foi muito diferente, um 'Congresso BBB', de Bala, Bíblia, e Boi. E a aliança com o PMDB, que já vinha de eleições anteriores, não deu certo. É difícil pensar em um governo funcionando assim."
Um outro ponto contribui para a crise atual, segundo Lilian Furquim: a Operação Lava Jato, "que passa a revelar um esquema muito bem organizado de uso de recursos públicos para pagamento de propina". "No epicentro do esquema, está o PT." Para a professora, as revelações obtidas pela operação acabam deteriorando a imagem do partido e, por consequência, da própria presidente.


'Sistema moribundo'


Já Nicolazzi, da UFRGS, aponta uma situação caracterizada por um governo de caráter popular, "mas que não quis ou não encontrou os meios para implementar as reformas estruturais que realmente transformariam a sociedade". Isso teria tornado o governo "refém de um moribundo sistema de coalizão partidária, que modificou radicalmente sua agenda social e o afastou das suas bases políticas históricas".
Chaia avalia que o julgamento do governo Dilma é político. "Eu acredito nos juristas que dizem que não existe condição para impeachment. Ela não roubou, não esteve envolvida em escândalos. Aí, é um golpe político, que está sendo preparado desde a eleição."
Além da crise política, o que preocupa os acadêmicos é o futuro. "É um clima de muita radicalidade, que não sei como vai terminar", avalia a professora da PUC-SP. "E o que ninguém discute é um projeto para o país, não se questionam mecanismos de empoderamento para consolidação da soberania do eleitor", diz Francisco Uribam Xavier, da UFC (Universidade Federal do Ceará). "A situação é extremamente apavorante para a política do Brasil. Não sei o que vai restar disso. Sem democracia, é o caos", pontua Marcos Antonio da Silva, da USP.
 

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Lucy, a famosa australopithecus, provavelmente morreu ao cair de uma árvore

Lucy, a famosa australopithecus, provavelmente morreu ao cair de uma árvore
 
 
29/08/201615h50
 
 
Paris, 29 Ago 2016 (AFP) - Lucy, a famosa australophitecus que viveu na África há 3,18 milhões de anos, provavelmente morreu ao cair de uma árvore, revela um estudo científico publicado nesta segunda-feira pela revista Nature.

Os ossos do braço de Lucy se estilhaçaram com o impacto da queda - um tipo de trauma também comum em vítimas de acidentes de carro, afirmaram pesquisadores dos Estados Unidos e da Etiópia.

Seus ferimentos sugerem que "ela estendeu os braços no momento do impacto, em uma tentativa de amortecer a queda", disse à AFP o antropólogo e coautor do estudo John Kappelman, da Universidade do Texas, em Austin, que analisou as diferentes fraturas reveladas pelo fóssil.


Lucy, que media cerca de 1,10 metros, teria caído de uma altura de mais de 12 metros, a uma velocidade de mais de 56 km/h, segundo Kappelman. "A morte aconteceu muito rápido", afirma.

Até agora, não havia nenhuma teoria oficial sobre as circunstâncias da morte de Lucy, que pertence à espécie Australopithecusafarensis - um membro extinto da família dos hominídeos, que incluem os seres humanos modernos e todos os nossos ancestrais - e cujos ossos foram descobertos na Etiópia, em 1974.

Estudos anteriores sugeriram que a quebra dos ossos havia ocorrido após o falecimento.

O novo estudo, baseado em imagens 3D de alta resolução, mostrou que as fraturas foram bastante consistentes com um impacto traumático, como uma queda de uma altura "considerável", disse a equipe.

As novas descobertas adicionam, ainda, provas à teoria de que Lucy e sua espécie passaram parte do seu tempo em árvores.

A descoberta de Lucy, um dos fósseis de hominídeo mais completos já descobertos - seus ossos compõem quase 40% de um esqueleto - preencheu uma grande lacuna na árvore evolutiva humana.

Embora Lucy tivesse um crânio, mandíbulas, dentes e longos braços similares ao de um macaco, ela andava ereta como nós.

Lucy foi considerada durante muito tempo a "mãe da humanidade". Hoje, porém, já não é vista como a ancestral direta do homem, mas como uma prima distante.

No entanto, a popularidade do fóssil A.L.288-1 continua sendo imensa.

'Triste notícia'Durante dez dias, a equipe escaneou o fóssil e obteve imagens de tomografia computadorizada de alta resolução.

As imagens mostraram que Lucy também teve fraturas no tornozelo, joelho, pelve e pelo menos uma costela, o que sustenta a tese da queda fatal e sugere que ela deve ter sofrido lesões graves nos órgãos internos, concluíram os pesquisadores.

"Triste notícia, pobre Lucy!", comenta o paleoantropólogo Yves Coppens, que participou da equipe que descobriu o fóssil.

"Os arborícolas têm, em geral, uma habilidade espantosa, agilidade, equilíbrio. Após 20 anos vendo arborícolas (chimpanzés, gorilas, etc.) em seu meio natural, nunca vi ocorrer algo assim", afirma Coppens à AFP.

"Mas a priori não sou hostil a essa tese, que vale tanto como qualquer outra", acrescentou o pesquisador.

"Lucy vivia ao mesmo tempo no solo e nas árvores, e as características físicas adaptadas que a permitiam andar ereto e se deslocar de modo eficaz sobre a terra podem ter comprometido sua habilidade para escalar as árvores. Sua espécie teria uma predisposição a sofrer quedas com mais frequência", explicou John Keppelman.

mlr-pcm/mh/gw/db

terça-feira, 26 de julho de 2016

Homo erectus já andava como seres humanos há 1,5 milhão de anos






Paula Moura
Colaboração para o UOL


25/07/2016

 
O estilo de andar e a estrutura de grupo do Homo erectus eram similares às dos seres humanos atuais


Pegadas de Homo erectus encontradas no nordeste do Quênia trouxeram uma oportunidade única de entender como esses hominídeos que viveram há 1,5 milhão de anos andavam e se comportavam em grupo. O Homo erectus está no meio da linha de evolução entre o Homo habilis e nós, os Homo sapiens.


Usando técnicas analíticas novas, os pesquisadores do Instituto de Antropologia Evolucionária Max Planck, em Leipzig, na Alemanha, e colaboradores de diversos países demonstraram que as pegadas do Homo erectus, primeiros a caminharem em pé, preservam evidências de que o estilo de andar e a estrutura de grupo eram similares às dos seres humanos atuais.


As pegadas ajudaram a chegar a estimativas de massa corporal dos hominídeos (cerca de 48,9 kg) e também se eram do sexo masculino ou feminino. Isso fez com que pudessem desenvolver teorias sobre o comportamento do grupo.


Nos dois principais locais, há evidências de que passaram por lá diversos indivíduos do sexo masculino, o que deixa implícito algum nível de tolerância e possível cooperação entre eles. A cooperação é um dos comportamentos sociais que diferencia humanos modernos de outros primatas.


"Não é surpreendente que encontramos evidência de tolerância mútua e talvez cooperação entre os hominídeos do sexo masculino que viveram há 1,5 milhões de anos, especialmente o Homo erectus, mas é nossa primeira chance de ver o que parece ser um vislumbre direto da dinâmica comportamental no passado distante", diz Kevin Hatala, pesquisador do Instituto Max Planck e da Universidade George Washington.


Divulgação/Kevin G. Hatala






Bípedes


A locomoção sobre os dois pés também é uma característica dos humanos modernos em comparação com outros primatas e a evolução desse comportamento nos nossos ancestrais teve efeitos profundos em sua biologia. No entanto, tem havido muito debate sobre quando e como os hominídeos começaram a andar apoiados apenas nas pernas. Isso ocorre principalmente por causa de discordâncias sobre como deduzir informações biomecânicas da morfologia dos esqueletos.


Enquanto fósseis e ferramentas de pedra podem dar muitas informações sobre a evolução humana, eles não conseguem transmitir alguns comportamentos dinâmicos dos nossos ancestrais, como a maneira de se mover e como cada indivíduo interagia com os outros.






Provavelmente foi o primeiro a controlar o fogo


O Homo erectus, cujos achados mais antigos datam de 1,9 milhões de anos, é o primeiro hominínideo proporções corporais similares às do homem moderno, altura entre 1,50 a 1,80m, com braços curtos e pernas relativamente longas, propícias para caminhar longas distâncias.


Possivelmente foi o primeiro ancestral humano a controlar o fogo e o cozimento dos alimentos há 1 milhão de anos atrás. O Homo erectus migrou para fora da África e povoou a Ásia e a Europa. A espécie sobreviveu até cerca de 30 mil anos atrás.


As pegadas analisadas no estudo do Instituto Max Planck foram encontradas no Quênia, próximo à cidade de Ileret. O local guarda um dos depósitos mais ricos de artefatos da época em que o Homo erectus viveu, entre 2 milhões e 1,5 milhão de anos atrás.


Na área foram preservadas 97 trilhas criadas por pelo menos 20 diferentes indivíduos, que eles acreditam ser Homo erectus.







 

BC reforça riscos para a inflação e descarta corte nos juros tão cedo, mostra ata





terça-feira, 26 de julho de 2016


 


Por Marcela Ayres


BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central reforçou a existência de pressões negativas sobre a inflação e chamou a atenção para a importância de ajustes necessários no campo fiscal, em ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta terça-feira, na qual afastou a possibilidade de corte na taxa básica de juros.


No documento, o BC informou que a projeção de inflação para 2017 caminhando para o centro da meta, de 4,5 por cento pelo IPCA, vem com a Selic em 14,25 por cento constante (cenário de referência). Pelo cenário de mercado, vê alta em torno de 5,3 por cento.


Para 2016, tanto pelo cenário de referência quanto pelo de mercado, a estimativa é de inflação em torno de 6,75 por cento --estourando a meta de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais. Para 2017,


"O processo de implantação dos ajustes necessários na economia, inclusive de natureza fiscal, apresenta-se, ao mesmo tempo, como um risco e uma oportunidade para o processo desinflacionário em curso", trouxe a ata do Copom.


Na semana passada, o BC manteve a Selic em 14,25 por cento ao ano, patamar que segue desde julho de 2015, na primeira reunião do Copom sob o comando de Ilan Goldfajn e que trouxe mudanças significativas no comunicado, mais extenso e detalhado.


O BC vem reiterando o compromisso de levar a inflação para o centro da meta, com margem de tolerância é de 1,5 ponto percentual. Nesse contexto, afirmou novamente que "o cenário básico e o atual balanço de riscos indicam não haver espaço para flexibilização da política monetária".


Na ata, o BC informou que apesar dos progressos obtidos até agora e da melhora no cenário macroeconômico, a desinflação em curso tem procedido em velocidade aquém da almejada e que "a continuidade dos esforços para aprovação e implementação dos ajustes na economia, notadamente no que diz respeito a reformas fiscais, é fundamental para facilitar e reduzir o custo do processo de desinflação".


O BC destacou ainda que o ajuste das contas públicas pode envolver medidas com impactos diretos desfavoráveis sobre a inflação, risco que deve ser monitorado.


Na véspera, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reconheceu que o governo pode elevar impostos para reforçar as receitas no ano que vem. Nos bastidores, a equipe econômica debate a elevação na alíquota de tributos que não demandam aval do Congresso, como a Cide sobre combustíveis, que tem impacto direto sobre a inflação.


"Há várias referências sobre horizonte relevante para a política monetária (na ata), o que significa que não há espaço para reduzir a Selic", afirmou o economista-chefe do banco Fator, José Francisco Gonçalves, para quem o BC vai cortar a taxa de juros em outubro, mas não descarta que isso possa ocorrer apenas em novembro.


Na pesquisa Focus mais recente, conduzida pelo BC com uma centena de economistas todas as semanas, a expectativa para inflação mostrou pequeno alívio tanto para 2016 (7,21 por cento) quanto para 2017 (5,29 por cento), embora tenha seguido distante dos objetivos perseguidos pelo BC.


A ata do Copom também veio com formato diferente, explorando em diversos momentos pontos que não eram consenso entre os membros do colegiado.


"Alguns membros ponderaram que, diante da desaceleração econômica observada até aqui, esperava-se uma queda maior da inflação. Outros membros chamaram a atenção para a desinflação de serviços já observada. Alguns membros do Comitê esperam que os efeitos desinflacionários do nível de ociosidade na economia ainda possam vir a se manifestar de maneira mais intensa", destaca um dos trechos do documento.


De maneira geral, a ata deu mais detalhes sobre os riscos que o BC vê para o processo de desinflação, incluindo, além do fiscal, pressões sobre preços de alimentos.


Com a ata divulgada mais cedo, o mercado de juros futuros passou a ver que o ciclo de redução da Selic vai começar apenas em novembro, no último encontro do Copom neste ano. O próximo é no final de agosto.


"É um BC que está olhando não só para os modelos dele, mas está olhando o comportamento das expectativas de inflação", afirmou o economista-chefe da Votorantim Corretora, Roberto Padovani, para quem a Selic vai começar a ser reduzida em outubro.


 


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segunda-feira, 11 de julho de 2016

Theresa May vence disputa para premiê britânica após desistência de rival pró-Brexit

segunda-feira, 11 de julho de 2016
 
Por Elizabeth Piper e Mark Trevelyan


LONDRES (Reuters) - A ministra britânica do Interior, Theresa May, irá se tornar a primeira-ministra do Reino Unido na quarta-feira com a tarefa de conduzir a saída do país da União Europeia depois que sua rival Andrea Leadsom, encerrou abruptamente sua campanha curta e desastrosa pela liderança do Partido Conservador.
May, de 59 anos, irá suceder David Cameron, que anunciou sua renúncia depois que os britânicos votaram no mês passado em um referendo que decidiu a desfiliação do país da UE. A planejada separação do Reino Unido enfraqueceu o bloco de 28 nações, criou uma grande incerteza a respeito do comércio e dos investimentos e abalou os mercados financeiros.
May e Leadsom deveriam disputar a liderança entre os membros do partido, e o resultado deveria ser anunciado em 9 de setembro. Mas Leadsom desistiu subitamente nesta segunda-feira após uma campanha assombrada por comentários infelizes sobre a falta de filhos de sua adversária e dúvidas sobre a possibilidade de ela ter exagerado seu currículo.
"Causa-me honra e humildade ter sido escolhida pelo Partido Conservador para me tornar sua líder", disse May, que foi a favor da permanência britânica na UE, mas deixou claro que não há volta no referendo de 23 de junho.
"Brexit (saída britânica da UE) significa Brexit, e faremos dele um sucesso."
Mais cedo, Cameron disse aos repórteres diante da residência oficial do premiê, o número 10 de Downing Street, que deve presidir sua última reunião de gabinete na terça-feira e responder perguntas no Parlamento na quarta-feira antes de entregar sua carta de renúncia à rainha Elizabeth.
May irá se tornar a segunda mulher a ocupar o cargo de premiê no Reino Unido. A primeira foi a também conservadora Margaret Thatcher, uma das principais lideranças britânicas do século passado.
Sua vitória significa que o processo complexo de separar o Reino Unido da UE será conduzido por alguém do lado derrotado da consulta popular do mês passado. Ela já disse que o país precisa de tempo para elaborar sua estratégia de negociação e que não deveria iniciar os procedimentos formais de rompimento antes do final do ano.
Em um discurso feito no início desta segunda-feira na cidade de Birmingham, no centro do país, May disse que não pode haver um segundo referendo e nenhuma tentativa de voltar à UE pela porta dos fundos.
"Como primeira-ministra, farei com que saiamos da União Europeia", afirmou.
Leadsom, de 53 anos, era uma ministra da Energia pouco conhecida do público britânico até emergir como uma voz de destaque na campanha bem-sucedida pela desfiliação do país da União Europeia.
Ela vinha sendo muito criticada por uma entrevista a um jornal na qual pareceu insinuar que ser mãe significava que ela tinha mais em jogo no futuro do país do que May, que não tem filhos. Alguns conservadores disseram ter ficado indignados com os comentários, pelos quais Leadsom se desculpou mais tarde, enquanto outros afirmaram que eles revelaram ingenuidade e falta de discernimento.
Leadsom disse aos repórteres que estava se retirando da disputa para evitar uma campanha de nove semanas incerta em um momento no qual se exige uma liderança forte. Ela reconheceu que May conquistou um apoio muito maior em uma votação de correligionários do Parlamento na semana passada.
"Cheguei... à conclusão de que os interesses do país são mais bem servidos pela indicação imediata de uma primeira-ministra forte e bem apoiada. Estou, portanto, me retirando da eleição pela liderança e desejo a Theresa May o maior sucesso".
 
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quinta-feira, 7 de julho de 2016

Cunha renuncia à presidência da Câmara dos Deputados

quinta-feira, 7 de julho de 2016
 
Por Maria Carolina Marcello


BRASÍLIA (Reuters) - O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou nesta quinta-feira sua renúncia ao comando da Casa, afirmando ser alvo de perseguição e justificando que optou pela saída para que a Câmara retome seu papel de protagonismo.
"É público e notório que a Casa esta acéfala, fruto de uma interinidade bizarra, que não condiz com o que o país espera de um novo tempo após o afastamento da presidente da República. Somente a minha renúncia poderá por fim a essa instabilidade sem prazo. A Câmara não suportará esperar indefinidamente", disse em declaração lida a jornalistas.
Cunha á alvo de um processo que pede a cassação de seu mandato parlamentar e é réu em duas ações penais ligadas à Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Com a renúncia, uma nova eleição para o comando da Casa terá de ser realizada pelos deputados.
Na declaração, durante a qual chegou a embargar a voz, Cunha disse ser alvo de perseguição por ter aceito o pedido de abertura de impeachment contra a presidente afastada Dilma Rousseff, mas disse ter orgulho deste fato.
O agora ex-presidente da Câmara classificou o governo Dilma de "criminoso" e "inoperante" e elencou projetos aprovados durante sua gestão no comando da Casa.
A renúncia de Cunha deve abrir uma frente de conflito na base do presidente interino Michel Temer, com uma disputa entre integrantes do chamado centrão e da antiga oposição --formada por PSDB. DEM e PPS-- pelo comando da Câmara.
Com a formalização da renúncia, protocolada por Cunha nesta quinta, abre-se prazo de cinco sessões para que seja eleito um novo presidente e, antes mesmo do anúncio de Cunha, vários nomes da base governista eram cogitados para disputar o cargo.


(Reportagem adicional de Eduardo Simões)


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segunda-feira, 4 de julho de 2016

Nova fase da Lava Jato mira cartel em centro de pesquisa da Petrobras





segunda-feira, 4 de julho de 2016











"(Reuters) - A Polícia Federal lançou nesta segunda-feira a 31ª fase da operação Lava Jato, cumprindo mandados em São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, para apurar esquema de fraude em licitações vinculadas à modernização do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes), no Rio, e em outras obras, envolvendo possível formação de cartel de empreiteiras, superfaturamento e pagamentos de vantagens indevidas.


A operação apura fraude a processo licitatório, pagamento de valores indevidos a servidores da Petrobras e repasse de recursos a partido político. Um dos alvos da nova fase é o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, detido na 30ª fase e que agora teve outro pedido de prisão preventiva.


Segundo o procurador da República Júlio Carlos Motta Noronha, a operação desta segunda-feira envolve a investigação de empresas que formaram cartel e dividiram obras e contratos da Petrobras, entre eles o de 850 milhões de reais relacionado a obras do Cenpes.


"Para garantir a obtenção desse contrato (do Cenpes) e também aumentar os lucros durante a execução, as empreiteiras pagaram cerca de 39 milhões de reais de 2007 e 2012 para funcionários da Petrobras, da Diretoria de Serviços, para esse secretário de finanças do Partido de Trabalhadores e também para que uma empresa saísse da licitação", disse o procurador, em entrevista coletiva em Curitiba.


Segundo Noronha, no contrato de 850 milhões de reais foi paga propina em um montante de 2 por cento do valor.


"O que chegaria a cerca de 17 milhões de reais destinados não só aos funcionários da Petrobras, mas àquilo que eles chamavam de Casa 2, que envolve o Partido dos Trabalhadores."


A força-tarefa da Lava Jato afirmou que até o momento não há um montante preciso sobre a propina que foi destinada a funcionários da Petrobras, sobretudo ao ex-diretor Renato Duque e o ex-gerente Pedro Barusco, o que depende de avanço das investigações.


Segundo a PF, as investigações apontaram atuação de um cartel no principal certame licitatório sob investigação, do Cenpes, em que imprevisivelmente uma melhor proposta foi apresentada por empreiteira concorrente que, após negociações com representantes do cartel, teria desistido de participar mediante recebimento de 18 milhões de reais.


A operação contou com o apoio da Receita Federal e cumpriu sete mandados de conduções coercitivas, quatro de prisão temporária e um de prisão preventiva, relativo ao ex-tesoureiro do PT Ferreira, além de 24 mandados de busca e apreensão.


Segundo os envolvidos na apuração, as provas relativas às acusações decorrem de mais de cinco delações premiadas, um acordo de leniência e também provas documentais, comprovantes de transações bancárias no Brasil e no exterior e contratos falsos.


A PF batizou a operação de Abismo, numa referência a tecnologias de exploração de gás e petróleo em águas profundas desenvolvidas pelo centro de pesquisas.


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terça-feira, 21 de junho de 2016

União libera R$2,9 bi para segurança no Rio de Janeiro durante Olimpíadas

União libera R$2,9 bi para segurança no Rio de Janeiro durante Olimpíadas
terça-feira, 21 de junho de 2016
 Fogos de artifício explodem sobre os aneis olímpicos durante inauguração do Parque de Madureira, Rio de Janeiro. 20/05/2016 REUTERS/Ricardo Moraes

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O governo federal editou nesta terça-feira medida provisória para liberar 2,9 bilhões de reais para auxiliar o Estado do Rio de Janeiro nas despesas com segurança pública para a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos deste ano na capital fluminense.

A União não atendeu um dos pedidos do governador em exercício do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, de 500 milhões de reais para finalizar as obras da linha 4 do metrô fluminense antes do início da Olimpíada. Em nota, a Casa Civil esclareceu que o repasse de verbas para segurança poderá liberar recursos do orçamento estadual para que sejam usados na obra do metrô.

"O governo do Rio de Janeiro solicitou e o presidente Michel Temer e os governadores de todos os Estados decidiram apoiar o investimento em segurança das Olimpíadas. Certamente com isso serão liberadas recursos do orçamento do próprio Rio de Janeiro para que ele possa fazer os remanejamentos que lhes interessem, inclusive, se for o caso, para o metrô", diz o texto.

A MP 734 prevê que os recursos serão entregues ao governo estadual após a abertura de um crédito suplementar. Uma nova MP deverá ser publicada nos próximos dias efetivando o repasse, que deverá ter a forma de uma subvenção - ou doação - em que o Estado não precisa devolver ou oferecer contrapartida.

Mais cedo, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, havia informado que já estava fechado o acordo, faltando apenas os instrumentos técnicos. Revelou, ainda, que os recursos seriam repassados por subvenção.

"O apoio financeiro ao que se refere a MP equivale a um subsídio federal. O Estado não fica obrigado a restituir o valor", informou a Casa Civil.

De acordo com Padilha, houve da parte de todos os Estados um “espírito de solidariedade” com a Olimpíada que permitiu ao governo encontrar uma solução para as dificuldades financeiras do Rio de Janeiro. Havia um temor inicial de que os demais Estados em dificuldades cobrassem o mesmo tratamento.

"O auxílio do governo federal, com a concordância de todos os governadores dos demais Estados, é para aplicação na segurança das Olimpíadas. Estas são de interesse de todos os brasileiros", diz a nota.

O Estado entrou em colapso financeiro com o crescimento da crise econômica, os problemas enfrentados pela Petrobras e a baixa no preço do petróleo, cujos royalties são responsáveis pela maior parte da arrecadação do Estado.

Prestes a sediar os Jogos Olímpicos, o Rio de Janeiro pediu ao governo federal um socorro de 6 bilhões de reais, mas o governo ofereceu quase 3 bilhões. O acerto foi fechado na noite de segunda-feira, depois da reunião dos governadores, em um encontro privado entre o presidente interino Michel Temer e Dornelles.

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quarta-feira, 15 de junho de 2016

Sevyn Streeter - How Bad Do You Want It (Official Video)

Sevyn Streeter 4th Street (Official Video)




SEVYN STREETER LYRICS


"4th Street"

They say home is where the heart is
My heart's on 4th street
Haines City, Polk County

Woke up this morning, 3 missed calls from my best friend
Ain't want a a thing from me, just calling to check in
Just wanna tell you that you're special
But you know it, yeah you know it
Walk to the corner store with a dollar in my hand
Got everything I needed, God I thank Miss Pam
She said "You're such a diamond girl, keep shining
Anything that you need, I'm here"

Yeah that's my kind of people
The one's that say "hey, hi, what's up, nice to meet you"
The one's that don't need shit, they just wanna see you
Living the life and still treat you like an equal
If you cool then we cool
Yeah that's my kind of people
(4th Street people, 4th Street people)
That's my kind of people
(4th Street people, 4th Street people)
That's my kind of people
We cool, you cool, then we cool
That's my kind of people

Went to a bar to grab a drink the other day
This perfect stranger who didn't even know my name
We talked for hours when I found out
He was homeless and his home was burned down
Gave every dime I had but I knew that it weren't enough
Given the circumstance you would think I'm the lucky one
But he changed my life that day when he said
"You can burn a house but you can't burn a home"

Yeah that's my kind of people
The one's that say "hey, hi, what's up, nice to meet you"
The one's that don't need shit, they just wanna see you
Living the life and still treat you like an equal
If you cool then we cool
Yeah that's my kind of people
(4th Street people, 4th Street people)
That's my kind of people
(4th Street people, 4th Street people)
That's my kind of people
We cool, you cool, then we cool
That's my kind of people

Be the spark that lights the world tonight
Be the light, the light
Be the spark that lights the world tonight
Be the light, the light

Yeah that's my kind of people
My kind of people
The one's that say hi
Just nice to meet you
Don't need other people
They don't want nothing from you
They just wanna love you, love you, love you
Yeah that's my kind of people
The 4th Street people
Them Haines City people
Them Polk County people

Polk County what up
Shout out to 4th street
Shout out to my grand daddy
(It's my kind of people)
Shout out to Miss Joey
Shout out to Mr Grady
(It's my kind of people)
Shout out to Uncle George West
Shout out to Uncle Johnny
(It's my kind of people)
Shout out to Uncle Lee
Shout out to grand dad
(It's my kind of people)
Shout out to Grandma Ella Mae
Shout out to Grandma Soul
I love you, I love you
(It's my kind of people)




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