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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Atentado em Paris - 07/01/2015 - Globo News


Je Suis Charlie ( Liberdade, Igualdade e Fraternidade de todos os cidadãos da França e do Mundo)

Pela liberdade, Pelo direito de ir vir, Pela liberdade de expressão.
 Liberdade, Igualdade e Fraternidade de todos os cidadãos da França e do Mundo.
Historia News Sec. 21

Ao menos 11 pessoas morrem em ataque a jornal satírico em Paris, diz polícia


quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

PARIS (Reuters) - Pelo menos 11 pessoas morreram e 10 ficaram feridas em um ataque a tiros no escritório em Paris do jornal satírico Charlie Hebdo, que foi alvo de ataque no passado após publicar charges com piadas sobre líderes muçulmanos, informou a polícia.

Segundo a polícia, cinco feridos estão em estado grave.

Testemunhas disseram ao canal de notícias francês iTELE terem visto o incidente a partir de um prédio próximo no coração da capital francesa.

"Cerca de meia hora atrás dois homens com capuz preto entraram no prédio com (fuzis) Kalashnikovs", disse Benoit Bringer à emissora. "Poucos minutos depois, nós ouvimos vários tiros", disse, acrescentando que os homens depois foram vistos fugindo do prédio.

O policial Luc Poignant disse ter conhecimento da morte de um jornalista e de vários feridos, incluindo três policiais.

"É uma carnificina", disse Poignant à BFM TV.

A sede do Charlie Hebdo foi alvo de ataque com uma bomba incendiária em novembro de 2011 após o jornal ter publicado uma imagem do profeta Maomé em sua capa.

(Reportagem de Brian Love e Nicholas Vinocur)


Presidente da França diz que não há dúvida de que ataque a Charlie Hebdo foi terrorismo
 
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

PARIS (Reuters) - O presidente da França, François Hollande, disse que não há dúvida de que o ataque ao jornal satírico francês Charlie Hebdo nesta quarta-feira, no qual ao menos 11 pessoas foram mortas, foi um ataque terrorista.

O governo da França anunciou ter elevado o nível de segurança no país para o mais alto.

(Reportagem de Gerard Bon)

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Governo deve limitar despesa não obrigatória a 1/18 até aprovação do Orçamento de 2015, diz fonte

terça-feira, 6 de janeiro de 2015





 
Por Jeferson Ribeiro

BRASÍLIA (Reuters) - O governo deve anunciar nesta terça-feira corte nas despesas, que deve incluir investimentos, até que o Orçamento de 2015 seja aprovado no Congresso Nacional, o que só deve ocorrer entre fevereiro e março, informou à Reuters uma fonte do governo com conhecimento sobre o assunto.

Além disso, será criado um comitê de avaliação do gasto público para balizar cortes orçamentários futuros, acrescentou a fonte, que falou sob condição de anonimato.

Como o Orçamento de 2015 não foi aprovado até o fim do ano passado, a legislação determina que o governo só pode aplicar até 1/12 da previsão orçamentária a cada mês.

No caso dos gastos não obrigatórios, que envolvem também investimentos, essa economia agora será ainda maior. Segundo a fonte, esses gastos devem ser limitados a cerca de 1/18 da previsão orçamentária a cada mês.

Em relação aos gastos obrigatórios, como salários e benefícios previdenciários, a proporção continuará de 1/12.

Segundo a fonte, a decisão foi tomada em reunião na segunda-feira entre os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Nelson Barbosa (Planejamento) e Joaquim Levy (Fazenda). O tema também já foi discutido com a presidente Dilma Rousseff, que chega a Brasília nesta terça-feira depois de alguns dias de descanso na base naval de Aratu, na Bahia.

A economia maior nas despesas não obrigatórias serve, segundo a fonte, para dar uma mensagem clara de que o governo está comprometido com a meta de superávit primário equivalente a 1,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano.

Desde que a nova equipe econômica foi anunciada, o governo tem emitido sinais de que fará forte ajuste fiscal em 2015.

Para isso, já reduziu subsídios do Tesouro Nacional a empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e anunciou mudanças em benefícios trabalhistas, além de ter aprovado no Congresso novos parâmetros na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Revolta dos Malês

Por Ana Paula de Araújo

Dentre os diversos conflitos na História do Brasil Império, durante o período regencial (transição do primeiro para o segundo reinado) aconteceu a Revolta dos Malês, mais precisamente na noite de 24 para 25 de Janeiro, no ano de 1835.

A revolta foi rápida e duramente reprimida pelos poderes constituídos, já que se tratava de um movimento dos escravos muçulmanos (malês), que se organizaram com a proposta de libertação de todos os escravos africanos que pertencessem à religião islâmica. Aconteceu na cidade de Salvador, capital da então Província da Bahia, e teve a participação dos escravos pertencentes às etnias hauçá, igbomina e Picapó.

O plano de ação dos malês se constituiu a partir das experiências de combate que tiveram anteriormente na África e consistia em propostas como o fim do catolicismo, o assassinato e o confisco dos bens de todos os brancos e mulatos, a implantação de uma monarquia islâmica e a escravização de todos que não fossem muçulmanos, independentemente de sua raça. De acordo com seus planos, eles sairiam do bairro da Vitória e iriam até Itapagipe tomando as terras e matando os ‘brancos’, em seguida se reuniriam com os demais revoltosos para então tomar o governo. Tinham o objetivo também de divulgar sua religião e "conquistar" seus direitos. A ação seguinte seria a invasão dos engenhos de açúcar e a libertação dos escravos muçulmanos.

Há controvérsias sobre quem foi o autor da delação, mas o fato é que o plano dos malês foi delatado para um juiz de Paz de Salvador, e este rapidamente acionou os soldados das forças oficiais que, bem preparados e armados, cercaram os revoltosos na região da Água dos Meninos, antes mesmo de chegarem a Itapagipe. Neste local aconteceram violentos conflitos nos quais morreram setenta escravos e sete soldados. Foram presos cerca de 200 revoltosos, os quais foram julgados pelos tribunais. Alguns foram condenados a trabalhos forçados e açoites, outros foram enviados para a África, e os líderes foram condenados à pena de morte.

Dentre os pertences dos escravos foram encontrados livros em árabe e orações muçulmanas. Por conta do episódio, a partir de então o governo local decretou leis que proibiam a circulação dos muçulmanos no período da noite e a prática de suas cerimônias, alegando ter que evitar outras revoltas do tipo.

Apesar de ter sido reprimida com rapidez, a Revolta dos Malês mostrou a capacidade de rebelião que o povo tinha, ficando então a "ameaça" de novas revoltas durante o restante do período regencial e no segundo reinado.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_dos_Mal%C3%AAs
http://www.historiabrasileira.com/periodo-regencial/revolta-dos-males/
http://www.historiazine.com/2011/07/a-revolta-dos-males.html

   

Levy diz que cumprimento das metas fiscais será fundamento da retomada do crescimento

Levy diz que cumprimento das metas fiscais será fundamento da retomada do crescimento

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015





 
BRASÍLIA (Reuters) - O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou em seu primeiro discurso no comando da economia, que o cumprimento das metas fiscais nos próximos anos será fundamento do novo ciclo de crescimento e que o Brasil tem condições de ter equilíbrio nas contas públicas sem redução de benefícios sociais.

Levy, que assume em meio à crescente deterioração das contas públicas, disse ainda nesta segunda-feira que a responsabilidade fiscal da primeira metade dos anos 2000 foi indispensável para a política de inclusão de milhões de brasileiros e para se ter a política anticíclica a partir de 2008.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello e Alonso Soto)

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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Entenda a crise na Rússia e possíveis efeitos no Brasil

Do G1, em São Paulo

 Funcionário conta notas de rublo em um escritório em Krasnoyarsk, na Sibéria (Foto: Ilya Naymushin/Reuters)
Funcionário conta notas de rublo em um escritório em Krasnoyarsk, na Sibéria (Foto: Ilya Naymushin/Reuters)
A forte desvalorização do rublo tem provocado turbulência nos mercados internacionais, sobretudo em países emergentes como o Brasil, e gerado temores de uma nova crise financeira como a de 1998, quando a Rússia declarou moratória de sua dívida, afetando a economia mundial.

A moeda russa vem sendo pressionada, principalmente, pela acentuada queda nos preços do petróleo – principal fonte de recursos de Moscou – e pelas sanções ocidentais impostas ao país por conta da atuação do governo de Vladimir Putin na Ucrânia.

A desconfiança é tamanha que nem mesmo um aumento de 6,5 pontos percentuais na taxa de juros, de 10,5% para 17% ao ano, foi capaz de evitar que a moeda atingisse mínimas recordes. Na terça-feira (16), o rublo perdeu 11% frente ao dólar, a queda diária mais aguda desde a crise financeira da Rússia em 1998. No ano, a moeda já acumula desvalorização de mais de 50%.

“O rublo vale o que vale o poder de Putin no mercado”, resumiu o jornal independente russo Novaya Gazeta.

Para tentar evitar o colapso do rublo, o Banco Central russo tem anunciado medidas como a venda diária de bilhões de dólares em divisas estrangeiras, mas obteve pouco sucesso até o momento.

Dependência do petróleo
O país, que já é afetado pela inflação, caminha agora para uma recessão, à medida que as altas taxas de juros devem prejudicar o crescimento. A Rússia pode ver sua economia recuar em até 5% em 2015 se os preços do petróleo não passarem dos US$ 60, segundo alertou o próprio banco central russo.

Petróleo e gás representam cerca de dois terços das exportações russas, de cerca de US$ 530 bilhões ao ano. Sem eles, o país teria um grande déficit comercial e de transações financeiras, e passaria a ter grande dificuldade de honrar seus compromissos e manter o atual patamar de importações.
Por enquanto, trata-se de uma crise cambial. Mas o temor de calote e o mau humor de investidores estrangeiros avessos a riscos já provoca fuga de capitais para títulos de dívidas soberanas considerados mais seguros.
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Rússia toma do Brasil posto de país com maior juro do mundo
E o Brasil?
É neste contexto de temor de contágio financeiro que a turbulência russa também afeta outros países emergentes como o Brasil. O real brasileiro e a lira turca, por exemplo, também têm se desvalorizado ante o dólar. Mas, por enquanto, uma situação de crise em cascata parece distante, uma vez que muitos deles acumularam reservas significativas, capazes de amortecer choques externos. As reservas do Brasil, por exemplo, estão em cerca de US$ 375 bilhões.

Segundo a agência de classificação de risco Fitch, no momento, os países mais vulneráveis seriam aqueles com forte dependência de exportação de petróleo como Venezuela, Nigéria e Bahrein.

Comércio Brasil-Rússia
No caso do Brasil, o principal reflexo até o momento tem sido o mau humor generalizado dos investidores em relação aos emergentes, sobretudo os exportadores de matéria-prima, que já vinham sofrendo com o cenário de crescimento menor da China e de estagnação na Europa.

Um agravamento da crise, entretanto, tende a afetar a capacidade russa de importar e, consequentemente, reduzir as exportações brasileiras para a Rússia.

No acumulado no ano até novembro, o comércio bilateral Brasil-Rússia soma US$ 6,3 bilhões. Embora as vendas para o país representem menos de 2% das exportações brasileiras, as compras russas saltaram 33% neste ano na comparação com 2013, impulsionadas pela maior abertura aos produtos agropecuários brasileiros, principalmente carne bovina e suína, após ter decidido proibir a importação de alimentos e produtos agrícolas da União Europeia e dos Estados Unidos em retaliação a resistência desses países em aceitar a anexação da Crimeia pelo Kremlin.

As vendas de carne bovina e suína para a Rússia no ano até novembro somaram quase R$ 2 bilhões, representando cerca de 55% das exportações brasileiras para o país (US$ 3,53 bilhões).
Do outro lado da balança, as importações brasileiras da Rússia cresceram cerca de 10% ano, somando até novembro US$ 2,7 bilhões. Os principais produtos comprados da Rússia são matérias-primas e insumos para a indústria como cloreto de potássio, diidrogenofosfato de amônio, alumínio, nitrato de amônio e diesel.

Putin diz que crise na Rússia durará no máximo 2 anos

Do G1, em São Paulo

 Vladimir Putin durante entrevista coletiva de fim de ano em Moscou, nesta quinta-feira, 18 de dezembro (Foto: Maxim Zmeyev/Reuters)
Vladimir Putin durante entrevista coletiva de fim de ano em Moscou, nesta quinta-feira, 18 de dezembro (Foto: Maxim Zmeyev/Reuters)
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira (18) que a economia da Rússia, que enfrenta a pior crise monetária desde 1998, voltará a crescer em dois anos no máximo. “Na pior das hipóteses, a crise vai durar dois anos, mas pode melhorar 'antes' e, de todos os modos, terá uma solução de forma 'inevitável', já que a economia mundial continua crescendo”, afirmou Putin, em sua entrevista coletiva anual.

“Vamos utilizar as medidas empregadas com êxito em 2008”, explicou. Putin não quis se aventurar sobre a evolução da situação e considera possível tanto um aumento do rublo como uma nova queda diante “dos numerosos fatores de incerteza”.

O presidente, mais popular do que nunca, disse que serão mantidos os programas sociais (aumento das aposentadorias e dos salários dos funcionários), mas que o governo pode se ver obrigado a reduzir alguns gastos em função de como a situação evoluir.
"Se a situação se desenrolar desfavoravelmente, teremos que ajustar nossos planos. Sem dúvida, teremos que cortar alguns (gastos)", disse Putin.
Se a situação se desenrolar desfavoravelmente, teremos que ajustar nossos planos. Sem dúvida, teremos que cortar alguns (gastos)"
Vladimir Putin, presidente russo
O presidente disse que a Rússia tem que diversificar sua economia para reduzir a dependência do petróleo, seu principal produto de exportação e uma fonte importante de receita estatal, e que uma recuperação pode ter início em algum momento do ano que vem.

Ele afirmou que o governo deve adotar medidas adicionais para garantir a estabilidade econômica. "Tem havido resultados, mas o governo precisa adotar outras medidas", disse Putin, acrescentando que o Banco Central não é a única entidade responsável pela situação econômica.

De acordo com Vladimir Putin, o Banco Central e o governo estão adotando medidas adequadas para sustentar o rublo e que a atual situação da economia russa foi provocada por fatores externos, como a forte queda do preço do petróleo. "Acredito que o Banco Central e o governo estão adotando medidas adequadas", disse ele, acrescentando que podem ter havido questões sobre o momento e a qualidade das medidas.

Segundo Putin, o BC não irá desperdiçar reservas internacionais impulsionando o rublo, mas que a taxa de juros não irá permanecer no atual patamar durante toda a crise econômica.

O chefe do Kremlin assegurou que a saída da crise e posterior crescimento da economia russa são "inevitáveis" e poderiam acontecer antes de dois anos. Ele argumentou que, embora o ritmo de crescimento da economia desacelere, este continua e "com toda segurança se manterá".

"A conjuntura econômica mudará e com o crescimento da economia mundial recursos energéticos adicionais serão requeridos", disse Putin, que ao mesmo tempo não descartou a possibilidade de que o preço do petróleo continue caindo.

Putin atribuiu a queda do valor do rublo e da bolsa russa a fatores externos, em particular a queda do preço do petróleo, mas reconheceu também que a Rússia não deu os passos necessários para “diversificar sua economia”, altamente dependente das exportações de hidrocarbonetos.

Banco central
O presidente russo assinalou que as recentes medidas adotadas pelo governo e pelo Banco Central da Rússia para estabilizar a situação no mercado foram adequadas, mas opinou que algumas ações poderiam ter sido adotadas com mais rapidez. Putin afirmou que o BC deveria ter parado com suas intervenções no mercado cambial há muito tempo, e que se isso tivesse acontecido não precisaria ter elevado a taxa de juros em uma medida de emergência nesta semana.

“Tudo foi feito corretamente, mas poderia ter sido dado meio passo à frente”, disse Putin, defendendo a presidente do Banco Central, Elvira Nabiulina, ao assinalar que o órgão emissor “não é o único responsável pela situação econômica do país”.
Putin afirmou que seu governo não planeja emitir normas para que exportadores domésticos vendam sua receita em moeda estrangeira para sustentar o rublo, que entrou em colapso nesta semana.

Moeda enfraquece
O rublo enfraquecia contra o dólar e o euro nesta quinta-feira, com operadores dizendo que o presidente Vladimir Putin não ofereceu até agora medidas concretas para tirar a Rússia da crise.
O rublo perdeu cerca de 45% contra o dólar até agora neste ano em meio ao recuo dos preços do petróleo e às sanções do Ocidente devido à Ucrânia. Segundo operadores, as oscilações do câmbio foram exarcebadas pela liquidez baixa (menor facilidade de converter bens e investimentos em dinheiro) e operações envolvendo volumes pequenos são capazes de impactar demais o mercado.

Um aumento de 6,5 pontos percentuais na principal taxa de juros, para 17%, não conseguiu impulsionar o rublo na terça-feira (16). A Rússia também já gastou mais de US$ 80 bilhões neste ano tentando sustentar a moeda.
Inicialmente o governo adotou uma atitude passiva diante da queda do rublo, justificando que dependia principalmente de fatores externos (sanções ocidentais e queda de preços do petróleo) e que a moeda acabaria subindo.

Mas, diante do desenrolar dos acontecimentos, se uniu aos esforços do BC para apagar o incêndio, com medidas de apoio aos bancos e negociações com os grandes grupos exportadores para evitar que a venda de divisas afetasse muito a moeda.

O ministro da Economia, Alexei Ulyukayev, afirmou em entrevista a um jornal que as sanções ocidentais devem durar "bastante tempo" e que a Rússia está pagando o preço por não realizar reformas estruturais, descrevendo os baixos preços do petróleo, as sanções do Ocidente pela crise da Ucrânia e os problemas econômicos globais como "tempestade perfeita"

domingo, 21 de dezembro de 2014

Queda dos preços do petróleo estimulará economia global, diz ministro saudita

Queda dos preços do petróleo estimulará economia global, diz ministro saudita
domingo, 21 de dezembro de 2014
ABU DHABI (Reuters) - O ministro do petróleo da Arábia Saudita defendeu neste domingo a decisão da Opep de manter a produção estável, apesar da maior queda dos preços da commodity em anos, dizendo que as cotações atuais ajudariam a impulsionar o crescimento econômico e a demanda global por petróleo.

Ali al-Naimi atribuiu a queda dos preços para quase metade do valor em relação às máximas do ano a especuladores e ao que chamou de falta de cooperação dos grandes produtores de fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Suas observações em uma conferência em Abu Dhabi marcaram a segunda vez em três dias que ele sinalizou que o maior exportador de petróleo do mundo não iria alterar os níveis de produção, visando permitir que o mercado se estabilize por conta própria.

"Estou confiante de que o mercado de petróleo vai melhorar", disse ele.

Em uma reunião em novembro, a Opep manteve sua meta de produção de 30 milhões de barris por dia (bpd).

Questionado sobre as possibilidades de cooperação entre os membros da Opep, que incluem produtores de custo mais baixo do mundo, e os outros países, Naimi respondeu: "A melhor coisa para todo mundo é deixar que os produtores mais eficientes produzam".

Ele também disse que a decisão da Opep deve ajudar a economia mundial.

"Os preços atuais não incentivam o investimento em qualquer forma de energia, mas estimulam o crescimento econômico global, em última instância, um aumento da demanda global e uma desaceleração no crescimento de suprimentos", disse ele.

(Por Rania El Gamal e Maha El Dahan)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Crise dos Mísseis gerou o embargo americano à Ilha de Cuba


Crise dos Mísseis


Enquanto a ação soviética é denunciada na ONU, Kennedy e Kruschev discutem a paz entre seus países
Enquanto a ação soviética é denunciada na ONU, Kennedy e Kruschev discutem a paz entre seus países


Na década de 1960, os olhos do mundo se voltavam para uma pequena ilha centro-americana que, por meio de uma revolução armada, derrubou a hegemonia política dos EUA na América Latina. Naquele período, a ilha de Cuba se tornou um enorme atrativo político capaz de instigar o temor e a admiração de muitos políticos. Para os EUA, aquela situação representava uma séria ameaça aos seus interesses econômicos, políticos e ideológicos.

Não por acaso, as autoridades norte-americanas buscaram todas as formas para conter a consolidação do Estado revolucionário cubano. Sem obter uma resposta favorável, o presidente John F. Kennedy decidiu, no início de 1961, findar as relações diplomáticas com o governo cubano. Alguns meses depois, organizou um grupo de soldados cubanos e estadunidenses para derrubar o governo de Fidel Castro por meio de uma invasão à Baía dos Porcos.

O chamado “Ataque à Baía dos Porcos” acabou não surtindo o efeito esperado e o insucesso daquela manobra militar poderia representar sérios riscos para os interesses dos EUA. Após esse incidente, Fidel Castro se aproximou do bloco socialista promovendo um intenso diálogo com o presidente russo Nikita Kruschev. Dessa nova aliança, nasceu um plano que materializou uma das maiores crises políticas da Guerra Fria.

Segundo relato, no dia 14 de outubro de 1962, um avião de espionagem norte-americano sobrevoou o território cubano em busca de informações sobre o local. Nessa missão, coletou uma série de imagens do que parecia ser uma nova base militar em construção. Após um estudo detalhado das imagens, as autoridades norte-americanas descobriram que os soviéticos estavam instalando diversos mísseis capazes de carregar ogivas nucleares em Cuba.

Pela primeira vez, os norte-americanos sentiram-se ameaçados pelos horrores das mesmas armas que protagonizaram o ataque nuclear de Hiroshima e Nagasaki. Para alguns analistas, a ousadia da manobra militar cubano-soviética poderia dar início a uma nova guerra em escala mundial. Dessa forma, entre os dias 16 e 29 de outubro daquele mesmo ano, foi iniciada uma delicada rodada de negociações que deveria conter a ameaça de uma guerra nuclear.

Após um intenso diálogo, marcado inclusive com uma reunião entre Kennedy e Kruschev, os soviéticos decidiram retirar todos aqueles mísseis apontados para a nação-líder do bloco capitalista. Na verdade, a possibilidade de guerra era impossível, já que ambos os lados tinham um poder bélico de destruição capaz de aniquilar completamente o inimigo. Depois disso, acordos proibindo a proliferação de armas nucleares foram assinados pelas lideranças socialistas e capitalistas.


Por Rainer Sousa
Graduado em História

http://www.brasilescola.com/



EUA e Cuba decidem retomar relações após 50 anos de hostilidades

EUA e Cuba decidem retomar relações após 50 anos de hostilidades

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

 O presidente norte-americano, Barack Obama, anuncia mudanças na política dos EUA para Cuba, na Casa Branca, em Washington, nos Estados Unidos, nesta quarta-feira. 17/12/2014 REUTERS/Doug Mills/Pool

Por Daniel Trotta e Steve Holland

HAVANA/WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos irão restabelecer as relações diplomáticas que cortaram com Cuba há mais de 50 anos, uma grande mudança de política que encerra décadas de hostilidades com a ilha comunista, disse o presidente norte-americano, Barack Obama, nesta quarta-feira.

Ao anunciar o fim do que chamou de uma política de isolamento "rígida" e que se mostrou ineficaz, Obama afirmou que os EUA irão estabelecer laços normais e abrir uma embaixada na capital cubana, Havana.

Obama discutiu as mudanças com o presidente cubano, Raúl Castro, em uma conversa telefônica de quase uma hora na terça-feira. Raúl discursou em Cuba ao mesmo tempo em que Obama fazia seu anúncio sobre a alteração de política, possibilitada pela libertação do norte-americano Alan Gross, de 65 anos, que estava preso em Cuba há cinco anos.

Cuba também está libertando um agente de inteligência que espionou para os EUA e que ficou detido durante quase 20 anos. Em troca, Washington soltou três agentes de inteligência cubanos presos em solo norte-americano: Gerardo Hernández, de 49 anos, Antonio Guerrero, de 56 anos, e Ramon Labañino, de 51 anos. Os três chegaram a Cuba nesta quarta-feira, disse Raúl.

O caso de Gross era um obstáculo a qualquer gesto de Washington para melhorar as relações. Obama disse que o papa Francisco, o primeiro pontífice latino-americano, teve um papel ativo fazendo pressão por sua soltura. O líder católico parabenizou os dois países pela retomada dos laços diplomáticos.

A guinada política irá levar a um relaxamento em alguns aspectos do comércio e do transporte entre os EUA e Cuba, mas não significa um fim do já antigo embargo comercial, que precisa de uma aprovação do Congresso que Obama deve ter dificuldade para obter.

Embora as restrições de viagem que atualmente dificultam a ida da maioria dos norte-americano a Cuba serão suavizadas, o turismo de larga escala para a ilha caribenha ainda não acontecerá de imediato.

Cuba e os EUA são inimigos ideológicos desde pouco depois da revolução de 1959 que levou Fidel Castro, irmão de Raúl, ao poder.
As duas nações não têm relações diplomáticas desde 1961, e os EUA têm mantido um embargo comercial à ilha, localizada 144 quilômetros ao sul da Flórida, durante mais de meio século. Obama declarou que pedirá ao Congresso que suspenda o embargo, mas deve encontrar resistência.

Embora cada vez mais parlamentares norte-americanos sejam favoráveis a relações mais normais com Cuba, a maioria ainda é democrata. Como resultado das eleições de meio de mandato de novembro, os republicanos irão controlar as duas casas do Congresso no ano que vem.

O senador Marco Rubio, um republicano cubano-americano, afirmou que irá usar seu papel como futuro presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado para tentar bloquear o plano e que está comprometido a fazer tudo que puder para "desmantelá-lo".

REAÇÃO NOS EUA

A notícia da mudança ecoou profundamente na comunidade de 1,5 milhão de cubano-americanos. Muitos que anseiam ver laços mais fortes com a ilha elogiaram, mas houve críticas daqueles que se opõem a uma aproximação com qualquer um dos irmãos Castro no comando.

"É incrível", disse Hugo Cancio, que foi para Miami em 1980 e que administra uma revista com escritórios em sua cidade adotiva e em Havana. "É um recomeço, um sonho que se tornou realidade para 11,2 milhões de cubanos em Cuba, e acho que irá provocar uma mudança na mentalidade aqui na comunidade também."

Em seus comentários, Obama disse que Cuba ainda precisa realizar mudanças, como reformas econômicas e melhorar os direitos humanos.

Para Obama, a guinada abrupta em relação a Cuba acrescenta um feito de política externa a seu legado presidencial quando inicia os dois últimos anos de seus oito no cargo. Ele poderá dizer que virou a página de uma política que o presidente democrata John Kennedy iniciou em 1961.

Em um aceno raro para os EUA, Raúl elogiou Obama. "Esta decisão do presidente Obama merece respeito e reconhecimento pelo nosso povo", disse o presidente cubano.

(Reportagem adicional de Matt Spetalnick, Patricia Zengerle, Roberta Rampton e Richard Cowan)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

MPF denuncia empreiteiras em escândalo da Petrobras; pede R$1 bi em ressarcimento

MPF denuncia empreiteiras em escândalo da Petrobras; pede R$1 bi em ressarcimento

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

 O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, concede entrevista coletiva em Curitiba nesta quinta-feira. 11/12/2014  REUTERS/Rodolfo Buhrer

Por Caroline Stauffer

CURITIBA (Reuters) - O Ministério Público Federal (MPF) denunciou à Justiça nesta quinta-feira executivos de seis empreiteiras por vários crimes envolvendo um suposto esquema de corrupção na Petrobras e pediu que as empresas façam o ressarcimento de quase 1 bilhão de reais.

As denúncias envolvem 35 pessoas, 22 delas vinculadas a algumas das maiores empreiteiras do país. As empresas com executivos denunciados são OAS, Camargo Corrêa, UTC Engenharia, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, Engevix.

Os denunciados enfrentam uma ampla gama de acusações decorrentes da operação Lava Jato, da Polícia Federal, por crimes de corrupção, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro, em um caso histórico que atingiu uma das maiores empresas da América Latina.

"Nós estamos em uma guerra contra a impunidade e contra a corrupção", afirmou o procurador Deltan Dallagnol, ao apresentar as denúncias nesta quinta-feira, em Curitiba.

O procurador explicou que as empresas simularam ambiente de competição em licitações da Petrobras e se reuniam de forma secreta para escolher os vencedores.

Ele disse ainda que o esquema de corrupção envolvia a cooptação de agentes públicos. Entre os denunciados nesta quinta estão o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, ambos presos na primeira fase da operação Lava Jato.

Segundo Dallagnol, em caso de condenação, os denunciados podem receber, pelo crime de organização criminosa, uma pena mínima de 4 anos e 4 meses de prisão e máxima de 13 anos e 4 meses.

    Pelo crime de corrupção, se condenados, podem receber uma pena mínima de 2 anos e 8 meses, e máxima de 21 anos e 4 meses. Por lavagem de dinheiro, a pena mínima é de 4 anos e a máxima de 16 anos e 8 meses.
Mas Dallagnol destacou, em entrevista a jornalistas, que novas denúncias serão feitas, em uma nova etapa do processo. "Eu asseguro aos senhores que novas acusações virão... Esse é apenas um pacote de acusações", disse.

As denúncias devem ser agora analisadas pela Justiça Federal do Paraná, que decidirá se as acata ou não.

PROCESSO LONGO

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que também participou do anúncio, afirmou que dada a complexidade dos fatos, os processos judiciais resultantes da operação Lava Jato serão longos.

"Seguiremos de forma serena e equilibrada, mas de forma firme e contundente. Cada pessoa, pela disposição legal, tem responsabilidade pelo ato que praticou", afirmou Janot.

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, um dos principais delatores do suposto esquema, passou 6 meses preso neste ano na carceragem de Curitiba até aceitar acordo de delação. Costa denunciou um suposto esquema de sobrepreço em obras na Petrobras que alimentaria os cofres de partidos políticos, entre eles o PT, PP e o PMDB.

Um exemplo de como o dinheiro da Petrobras foi mal gasto pode ser observado nos valores da Refinaria do Nordeste, em Pernambuco, o que motivou recentemente processos contra a estatal nos Estados Unidos.

Relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apurou denúncias de corrupção na estatal indicou na quarta-feira que a chamada Rnest custou 4,2 bilhões de dólares a mais do que deveria.
A empresa denunciada Engevix informou que, por meio dos seus advogados, que prestará os esclarecimentos necessários à Justiça. A Mendes Júnior disse que não se pronuncia sobre inquéritos e processos em andamento.

As empresas Camargo Corrêa, Galvão Engenharia, OAS, UTC não comentaram imediatamente as denúncias, assim como a Petrobras.

As ações preferenciais da estatal de petróleo negociadas na Bovespa anularam a queda após a apresentação da denúncia.

OUTRAS INVESTIGAÇÕES

Separadamente, a Controladoria Geral da União (CGU) abriu na semana passada processos de responsabilização contra oito empreiteiras envolvidas na operação Lava Jato.

A Procuradoria Geral da República também pode abrir processo no Supremo Tribunal Federal contra políticos que poderiam ter sido beneficiados com os contratos superfaturados da Petrobras.

    A presidente Dilma Rousseff, que começa seu segundo mandato em 1º de janeiro sob o fantasma dessas denúncias, foi presidente do conselho de administração da Petrobras de 2003 a 2010, quando boa parte de bilhões de reais de supostas transferências ilegais ocorreram. Ela negou conhecimento ou envolvimento no esquema de corrupção.

     A força-tarefa do Ministério Público Federal ainda está ampliando a investigação com base em evidências de que as empreiteiras estariam envolvidas em irregularidades em projetos de infraestrutura.  
Em depoimento recente à CPMI do Congresso Nacional, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse que as irregularidades investigadas pela PF acontecem no país inteiro, nas rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrelétricas.

(Com reportagem adicional de Anna Flavia Rochas, Alonso Soto, Asher Levine, Maria Pia Palermo, Marta Nogueira e Roberto Samora)