Konstantinos - Uranus

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Homens que marcaram O Século XX: Salvador Allende




Salvador Allende
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Salvador Allende Gossens (Valparaíso, 26 de junho de 1908 — Santiago do Chile, 11 de setembro de 1973) foi um médico e político marxista chileno. Fundador do Partido Socialista, governou seu país de 1970 a 1973, quando foi deposto por um golpe de estado liderado por seu chefe das Forças Armadas, Augusto Pinochet.

Allende foi o primeiro presidente de república e o primeiro chefe de estado socialista marxista eleito democraticamente na América. Seus pilares ideológicos foram o socialismo, o marxismo e a maçonaria.  Allende foi um revolucionário atípico: acreditava na via eleitoral da democracia representativa, e considerava ser possível instaurar o socialismo dentro do sistema político então vigente em seu país.
Biografia
Filho do advogado e notário Salvador Allende Castro e de Laura Gossens Uribe, Allende casou-se em 1940 com Hortensia Bussi Soto, com quem teve três filhas - Paz, Isabel e Beatriz.

A família de Allende era bem de vida, seu pai viajou e mudou com sua família em todo o país devido aos diferentes cargos teve que assumir na administração pública. Por esta razão, os primeiros 8 anos de idade desenvolvem em Tacna.
Início da carreira política e breve historial
Estudou medicina na Universidade do Chile. Em 1927, é eleito presidente do Centro de Alunos, onde aprofundou o seu interesse pelo marxismo. Entra para a maçonaria, seguindo uma tradição familiar.

Grande orador, em 1933 é um dos fundadores do Partido Socialista Chileno onde integra o grupo parlamentar entre 1937 e 1943. Ocupa o Ministério da Saúde de 1939 a 1942. Sai do partido em 1946.

Em 1945, foi eleito senador, cargo que exerceu durante 25 anos. Candidata-se e perde as eleições presidenciais de 1952, 1958 e 1964.

Foi presidente constitucional do Chile de outubro 1970, apoiado pela Unidade Popular - que integrava comunistas, socialistas, radicais e outras correntes populares. Em 1972 foi-lhe atribuído, pela União Soviética, o Prêmio Lênin da Paz. Em 11 de setembro de 1973, tropas lideradas pelo general Augusto Pinochet, tomaram controle de todo o país e cercaram o palácio presidencial de La Moneda. Allende fez um discurso, transmitido pelas rádios fiéis ao governo, informando que não renunciaria. Mais tarde Allende se suicida, usando o rifle AK-47 que Fidel Castro havia lhe dado de presente.

É difícil encontrar alguém com o espírito de luta, a coragem e a história de Allende. Ele foi um homem que, na verdade, teve o nome marcado na história: democraticamente a esquerda chegou ao poder, e pelas bombas foi apeada do governo.3
—Senador Pedro Simon
Mais importante do que encontrar equívocos nos acontecimentos que culminaram nas quedas dos governos de João Goulart, no Brasil, e de Salvador Allende, no Chile, é reconhecer que havia forças imperialistas com interesses nesses países, com democracias frágeis.
—Senador Arthur Virgílio
Eleito presidente
Em 1964, perdeu as eleições presidenciais para Eduardo Frei, o candidato do Partido Democrata Cristão, graças a uma maciça intervenção publicitária da CIA que apoiou Frei, provendo mais da metade das verbas de sua campanha política, e promovendo uma maciça campanha publicitária em seu favor. Na terceira semana de junho de 1964 a agência publicitária encarregada pela CIA produziu nada menos que 20 spots radiofônicos por dia em Santiago, e em 44 estações provinciais e cinco "noticiários" radiofônicos de doze minutos ao dia em três rádios de Santiago, e em 22 rádios provinciais. No final de junho de 1964 a CIA produzia 26 programas radiofônicos semanais de "comentários políticos".

Nas eleições presidenciais de 1970 concorre como candidato da coalizão de esquerda Unidade Popular (UP) contra mais dois candidatos. Embora sem maioria absoluta, conquista o primeiro lugar com 36,2% dos votos, contra 34.9% de Jorge Alessandri, o candidato da direita, e 27.8% do terceiro candidato, Radomiro Tomic, do Partido Democrata Cristão.

Altos funcionários norte-americanos discutiram o desejo de impedir a posse do então recém-eleito presidente chileno, o esquerdista Salvador Allende, em 1970.
—Associated Press
Como a Constituição chilena previa a necessidade de "maioria dupla" (no voto popular e no Congresso), difíceis negociações foram entabuladas para a aprovação do nome de Allende no Parlamento. Após o brutal assassinato do Comandante-em-Chefe das Forças Armadas chilenas, o general constitucionalista René Schneider, perpetrado por elementos ligados à Patria y Libertad, organização política de orientação política neofascista,7 Allende teve, finalmente, seu nome confirmado pelo Congresso chileno.
O partido da Democrata Cristão do Chile, uma grande confederação interclassista, com sua base popular autêntica no proletariado da grande indústria moderna, da industria moderna pequena e dos pequenos proprietários rurais, aliada ao Partido Nacional, de extrema-direita, controlava o Congresso chileno. A Unidade Popular, representando o proletariado formado pelos operários menos favorecidos, pelo proletariado agrícola, e pela baixa classe média urbana, controlava o Poder Executivo.
A oposição a Allende controlava 82 cadeias de radiodifusão contra 36 da esquerda, a maior parte dos canais de televisão, e possuía 64 jornais contra 10 de esquerda, sendo 10 diários contra 2. O presidente Nixon autorizou pessoalmente uma doação do governo norte-americano de US$ 700.000 para o jornal oposicionista El Mercurio, que depois foi seguida de várias outras.

A presidência
Allende assume a presidência e tenta socializar a economia chilena, com base num projeto de reforma agrária e nacionalização das indústrias. A sua política, a chamada "via chilena para o socialismo", pretendia, segundo ele, uma transição pacífica, com respeito às normas constitucionais chilenas e sem o emprego de força, para uma sociedade de paradigma socializante. Nacionaliza os bancos, a parte das minas de cobre que restou em mãos privadas após as nacionalizações promovidas por Frei, e várias grandes empresas - o Estado chileno chega a controlar 60% da economia - e passa a sofrer pesadas pressões políticas norte-americanas e de grupos de pressão criados no Chile pela CIA, como a organização terrorista Patria y Libertad, de orientação nacionalista-neofascista.

Em seu discurso de 21 de maio de 1971, falando sobre a meta e não apenas sobre a etapa, definiu o socialismo chileno como libertário, democrático e pluripartidário
A adoção dessa linha socialista por Allende, implementada durante seus três anos de permanência no poder, além de gerar a oposição dos democrata-cristãos direitistas, de causar um verdadeiro pânico na maioria da classe média chilena, que passou a sabotar sua economia, paralisando-a, quase totalmente, em 1973, provocou sua indisposição com a esquerda radical chilena, como o MIR, que pugnava pela tomada do poder pela força, e criou antipatia com uma parte importante do efetivo militar chileno, cujos chefes sempre foram treinados e doutrinados nas academias militares dos Estados Unidos. As sucessivas intervenções dos Estados Unidos na política interna chilena, iniciadas com do Projeto Fubelt - Track II) e seguintes, acabaram por aprofundar sensivelmente os problemas da sua já frágil economia. Em 1973, a inflação chegou a cifras de 381,1%, os produtos básicos de consumo desapareceram das prateleiras, o desemprego crescia assustadoramente e a produção e o valor da moeda de então, o Escudo Chileno, em proporção inversa, caíam de forma vertiginosa.

Envolvimento soviético
Declarações do general Nikolai Leonov da KGB, confirmou que a União Soviética apoiou o governo de Allende economicamente, politicamente e militarmente.13 Leonov declarou em uma entrevista no Centro Chileno de Estudos Públicos (CEP) que o apoio econômico soviético incluiu mais de US$ 100 milhões em crédito.

De acordo com documentos do Arquivo Mitrokhin, a KGB pediu a Allende "a reorganização dos serviços de inteligência do exército do Chile, e o estabelecimento de uma relação entre os serviços de inteligência do Chile e da URSS". Os documentos afirmam também que Allende recebeu da URSS trinta mil dolares, "a fim de solidificar as relações de confiança entre eles".
Selo da RDA, em homenagem a Salvador Allende (nov. 1973).
Allende fez um pedido pessoal de dinheiro a União Soviética através de o oficial da KGB Svyatoslav Kuznetsov (codinome LEONID), chegou ao Chile a partir de Cidade do México para ajudar Allende.  A distribuição original do dinheiro para estas eleições através da KGB foi de US$ 400.000 e um subsídio pessoal de US$ 50.000 foi enviada diretamente para Allende, com um adicional de US$ 100.000 canalizado através de fundos para o Partido Comunista do Chile.

O historiador Christopher Andrew argumentou que a ajuda do KGB foi um fator decisivo, porque Allende venceu por uma estreita margem de 39 mil votos em um total de 3 milhões. Após as eleições, o diretor da KGB, Yuri Andropov, obteve permissão para enviar quantias adicionais e outros recursos do Comitê Central do PCUS para garantir a vitória de Allende no Congresso. Em seu pedido, em 24 de outubro, ele afirmou que a KGB "vai levar a cabo medidas destinadas a promover a consolidação da vitória de Allende e sua eleição para o cargo de Presidente do país".

O apoio político e moral vieram principalmente através do Partido Comunista e dos sindicatos. Por exemplo, Allende recebeu o Prêmio da Paz Lênin da União Soviética em 1972. No entanto, houve algumas diferenças fundamentais entre Allende e analistas políticos soviéticos, que acreditavam que alguma violência - medidas que esses analistas "consideravam apenas teoricamente" - deveria ter sido utilizada.13 De acordo com o relato de Andrew, dos arquivos Mitrokhin: “Na opinião do KGB, o erro fundamental de Allende era a sua falta de vontade de usar a força contra seus oponentes. Sem estabelecer o controle completo sobre toda a máquina do Estado, a sua permanência no poder não poderia ser assegurada”.

O golpe militar no Chile
Uma das razões diretas do fracasso da "via chilena para o socialismo" deveu-se a situação geopolítica mundial de então, de plena Guerra Fria, com os Estados Unidos envolvidos na Guerra do Vietnã, não podendo admitir o nascimento de um segundo regime socialista na sua área de influência, após Cuba. Nos anos de 1970, na América do Sul inteira, apenas o Chile, a Colômbia e a Venezuela mantinham Estados de Direito, [carece de fontes] com governantes eleitos pelo povo. O Brasil, a Argentina, o Paraguai, a Bolívia, o Peru, o Equador e o Uruguai, estavam tomados por regimes militares, muitos instalados, e todos apoiados, por Washington.

As nacionalizações e estatizações adotadas pela Unidade Popular feriram diretamente os interesses de grandes corporações americanas, dentre elas a então poderosa ITT, que passou a pressionar o governo Richard Nixon "a tomar providências". Um memorando interno da ITT detalhava os planos estadounidense: "A esperança mais realista dentre aqueles que desejam destituir Allende é que uma rápida deterioração da economia provoque uma onda de violência que provoque um golpe militar".16 17 Em 1970 a CIA criara o Projeto Fubelt (também chamado Track II, ou "política dos dois trilhos"), com o objetivo de impedir a ascensão de Allende ao governo. Com a posse de Allende o Projeto Fubelt fracassou, e acabou sendo desativado e substituído por outros, não sem antes ter contribuído para o assassinato do Comandante em Chefe das Forças Armadas chilenas, o general constitucionalista René Schneider. Nisso também o Projeto Fubelt não obteve grande sucesso porque o general assassinado foi substituído pelo não menos constitucionalista general Carlos Prats. Esse projeto abarcou um amplo espectro de atividades que iam do apoio a assassinatos seletivos ao fomento greves desestabilizadoras, bem como à contratação de políticos e militares direitistas para articular um golpe de estado.

Rapidamente o governo estadounidense submeteu o Chile a um bloqueio econômico informal, que impedia o Chile de obter empréstimos internacionais ou bons preços para o cobre, o seu principal produto de exportação. Isso foi denunciado por Allende num dramático discurso na ONU. Os Estados Unidos adotaram a estratégia de sufocar gradualmente a economia chilena até que um levante das Forças Armadas pusesse fim a "via chilena para ao socialismo". Edward Korry, o embaixador estadounidense em Santiago, dizia: "não permitiremos que nenhuma porca e nenhum parafuso (americanos) cheguem ao Chile de Allende". O Chile, tradicionalmente dependente de importações dos Estados Unidos, passou a ver suas indústrias e suas frotas de caminhões, tratores, ônibus e táxis serem progressivamente paralisadas por falta de peças de reposição. Richard Nixon num seu despacho ao Departamento de Defesa fora enfático: "Há uma chance em dez, mas salvem o Chile, façam a economia estancar !".

Uma greve de proprietários de caminhões, financiada pela CIA, começou na primavera, em 9 de setembro de 1972,12 e foi declarada pela Confederación Nacional del Transporte, então presidida por León Vilarín, um dos líderes do grupo paramilitar neofascista Patria y Libertad. Essa greve, por prazo indeterminado, impediu o plantio da safra agrícola 1972/73 no Chile.

A asfixia econômica do Chile, preconizada pelo governo dos Estados Unidos logo começou a dar seus frutos venenosos. Os Estados Unidos sabotaram os empréstimos ao Chile, "convidaram" as empresas estadounidenses a abandonar os países que mantivessem relações comerciais com o Chile, subvencionaram vários conspiradores (por exemplo, a central da CIA no Paraguai financiou boa parte da greve dos proprietários de caminhões,e também deu apoio financeiro ao líder neofacista da Frentre Nacional Pátria y Libertad, Roberto Thieme, que se escondia em Mendoza). Até 1973 os industriais chilenos mantiveram o Sistema de Asociaciones Civiles Organizadas, cujo objetivo era provocar o desabastecimento de gêneros de primeira necessidade no país .

Criou-se um clima de enfrentamento, provocado tanto pela esquerda extremista doMIR, como pela extrema direita neofascista do Patria y Libertad, entidade criada com o apoio da CIA, e cujos membros recebiam treinamento de guerrilha e bombardeio em Los Fresnos, no estado estadounidense do Texas . Os integrantes do MIR fizeram chegar ao Chile armas soviéticas, vindas de Cuba, enquanto os direitistas articulavam-se com a CIA (a agência estadounidense gastou U$ 12 milhões de dólares financiando greves, especialmente a dos proprietários de caminhões - que paralisou o país, impedindo o plantio da safra e provocando a falta de gêneros de primeira necessidade), e com setores militares. Multiplicavam-se os atentados e assassinatos, e as greves gerais patronais.

Essa situação acabou por provocar o almejado "descalabro econômico" - que foi, em sua maior parte, provocado por sabotagens dos opositores de Allende contra a economia chilena - e que atingiu em cheio o governo da Unidade Popular, fazendo com que a inflação saltasse para patamares até então desconhecidos. A inflação passou de 22,1% em 1971 para 163,4% em 1972 e 381,1% no ano do golpe, o que fez com que o crescimento do PIB chileno passasse de 9% positivos em 1971 para 4,2% negativos em 1973.

Primeira tentativa
A primeira tentativa de golpe resultou de uma aliança entre o Patria y Libertad e militares chilenos, quando essa organização se aliou a um setor do exército que ocupava altos postos através do Chile, num projeto - fracassado - que pretendia tomar de assalto o Palácio de La Moneda e derrubar o governo. A operação ficou conhecida como El Tanquetazo e foi realizada em 29 de junho de 1973. A inteligência do exército, então comandado pelo general constitucionalista Carlos Prats, detectou a tentativa de golpe e ele teve que ser abortado, não sem antes alguns tanques terem saído às ruas e se dirigido a La Moneda.

O Estado de sítio
Logo após ter debelado El Tanquetazo, ainda envergando capacete e uniforme de combate, o Comandante em Chefe das Forças Armadas chilenas, o general Carlos Prats, dirigiu-se pessoalmente a Allende para dizer que era imperiosa a instauração imediata do estado de sítio no Chile, sem o que ele considerava ser impossível às forças armadas sufocar os atentados terroristas de direita e de esquerda, que já se multiplicavam, e assegurar a ordem constitucional no Chile. Em 2 de junho de 1973 a requisição de Allende, solicitando a instauração do estado de sítio, fora negada pelo Congresso Nacional, por 51 votos a 82.

O Povo, revoltado, clamava em uníssono nas ruas de Santiago do Chile pelo fechamento do Congresso Nacional, aos gritos de: "a cerrar, a cerrar, el Congresso Nacional…". Diante disso, Allende fez um discurso, no qual chegou até a ser vaiado pela multidão:
Faremos as mudanças revolucionárias em pluralismo, democracia e liberdade. Mas isso não significa, tolerância com antidemocratas, nem tolerância com os subversivos, nem tolerância com os fascistas, camaradas! Mas vocês devem entender qual é a real posição deste governo. Não vou, porque seria absurdo, fechar o Congresso. Não o farei. Já disse eu repito. Mas caso necessário, enviarei um projeto de lei de plebiscito para que o povo resolva esta questão.
— Salvador Allende
Também ajudou a promover a Unidade Popular, o poeta nacional Pablo Neruda, militante comunista, obteve o Prêmio Nobel de Literatura daquele ano. Neste clima, a Unidade Popular chegou a 49,731% dos votos nas eleições municipais.

O cerco se fecha
Em setembro o cerco se fechou. O general Prats, de fortes tendências constitucionalistas, e que se recusava a participar de qualquer golpe militar, desacatado publicamente por uma manifestação de esposas de oficiais golpistas diante de sua residência, se viu obrigado a renunciar a seu posto de Comandante em Chefe das Forças Armadas, e, em 11 de setembro seu sucessor, o general Pinochet, um antigo homem de confiança de Allende, terminou com a democracia chilena, encerrando com sua ditadura o chamado período presidencialista do Chile (1925-1973). O general Prats foi assassinado pela DINA - a polícia secreta pinochetista - no seu exílio em Buenos Aires, num atentado à bomba.

Análises do Governo Allende
Embora Allende se declarasse marxista, aliado dos governos de Cuba e União Soviética, o historiador marxista Moniz Bandeira alega que o chileno não seguiu à risca os ensinamentos do filósofo do século XIX, e acabou isolado no poder. Segundo escreve Bandeira em seu livro Fórmula para o Caos, que narra a experiência socialista do Chile: "a proposta da Unidade Popular de adotar um modelo vinho e empanadas de revolução estava destinada ao fracasso. Karl Marx dizia que o socialismo é inviável como via de desenvolvimento, sobretudo num país atrasado como o Chile, em que 70% da produção era de cobre e 70% dos alimentos tinham de ser importados. Era um país vulnerável, ainda mais na esfera de influência dos Estados Unidos(…)". "Minha ideia é sair do lugar comum de que a CIA fez tudo, ou de que o Brasil fez tudo. O projecto era inviável".

O Presidente Salvador Allende compreendeu então, e o disse, que o Povo tinha o Governo, mas não o Poder. Frase mais alarmante, porque Allende levava dentro de si uma amêndoa legalista, que seria a semente de sua própria destruição: um homem que lutou até a morte na defesa de legalidade, teria sido capaz de sair pela porta da frente de La Moneda, de cabeça erguida, se o Congresso o houvesse destituído dentro dos parâmetros da Constituição.
— Gabriel García Márquez
Versões sobre a morte
Há duas versões aceitas sobre a morte de Allende: a mais aceita é que ele se suicidara no Palácio de La Moneda, cercado por tropas do exército, com a arma que lhe fora dada por Fidel Castro; a outra versão é que ele fora assassinado pelas tropas invasoras. Sua sobrinha Isabel Allende Llona era uma das que acreditam que seu tio fora assassinado. A filha do Presidente, a deputada Isabel Allende, declarou que a versão do suicídio era a correta.6

Allende foi inicialmente enterrado numa cova comum, num caixão com as iniciais "NN". Com o término da ditadura de Pinochet, Allende teve um funeral com honras militares, em 1990 no Cemitério Geral de Santiago.

Os restos mortais do ex-presidente do Chile Salvador Allende foram exumados a 23 de Maio de 2011 para determinar a causa da morte. A exumação foi ordenada pelo juiz Mário Carroza, na sequência de um pedido feito em representação dos familiares pela senadora Isabel Allende, filha do ex-presidente chileno, para determinar com "certeza jurídica as causas da sua morte".  No dia 19 de Julho de 2011, a perícia realizada nos restos mortais do ex-presidente confirmou que sua morte fora ocasionada "por ferimento de projétil" e que a "forma corresponde a suicídio.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Ditadura no Brasil - O Golpe Militar de 1964

Conteúdo Programático HISTÓRIA /UPE / SSA . PARA OS ALUNOS DO PERFORMANCE


Conteúdo Programático HISTÓRIA /UPE
SSA - 1ª Série

1. História, fontes e historiadores. 1.1 Cultura e História; a diversidade do fazer e do pensar
humanos e sua relação com a Natureza. 2. A Pré-História: economia, sociedade e cultura;
2.1 O Brasil pré-cabralino. 3. As relações entre poder e saber na Antiguidade Oriental e
Ocidental e a busca pela compreensão e superação das dificuldades históricas. 4. As
relações de poder na Idade Média Ocidental e Oriental e a importância da Igreja Católica
na construção das suas concepções de mundo; 4.1 O mundo islâmico medieval; 4.2 A
produção cultural no medievo. 5. A Modernidade com projeto histórico da sociedade
europeia. 5.1 A formação do mundo moderno: O Renascimento, A Reforma e a Conquista e
colonização dos povos pré-colombianos e pré-cabralinos da América; 5.2 Violência e
dominação cultural nas relações políticas entre colonizados e colonizadores.
republicanismo no Brasil. 7.1 A busca de alternativas políticas e os ensaios de modernização
nos centros urbanos.

SSA - 2ª Série

1. Europa-África-América: A escravidão e sua inserção no mundo moderno. 1.1 A luta
contra o seu domínio e sua contribuição para o crescimento do poderio europeu na gestão das  riquezas e das concepções culturais de mundo. 2. O capitalismo e as suas relações
históricas com a formação da burguesia. 2.1 Novas formas de saber e poder e mudanças na
Europa. 2.2 A construção do liberalismo na política e na economia. 3. As resistências contra
a colonização dos europeus e lutas políticas nas América. 3.1 As influências das ideias
liberais e as crises do antigo regime. 4. O Brasil e a formação do Estado Nacional. 4.1
Autoritarismo e escravidão, hierarquias socais e revoltas políticas no período de Império. 5.
A modernização da sociedade ocidental e sua expansão. 5.1 O impacto das invenções
modernas e a crítica às injustiças do capitalismo. 5.2 O político-cultural e suas renovações:
Romantismo, Socialismo e Anarquismo; 5.3 Produção cultural no Brasil do século XIX. 6. A
expansão do mundo capitalista: o neocolonialismo e a opressão cultural: América, África
e Ásia. 6.1 Os preconceitos científicos e as contradições do progresso. 6.2 As relações entre
saber e poder no século XIX. 7. As relações históricas entre o abolicionismo e
republicanismo no Brasil. 7.1 A busca de alternativas políticas e os ensaios de modernização
nos centros urbanos.

SSA - 3ª Série  

1. As primeiras décadas republicanas no Brasil. 1.1 Oligarquias e resistências. Insatisfações
e modernismos.  1.2 O movimento operário e suas primeiras organizações e greves. 2. A
primeira metade do século XX. 2.1 A I Guerra Mundial. 2.2 A revolução Soviética. 2.3 O nazi-
fascismo. 2.4 A Crise do capitalismo. 3. A modernização no Brasil e o autoritarismo político
na primeira metade do século XX.  3.1 As dificuldades de construção da democracia e lutas
dos trabalhadores. 4. A II Guerra Mundial e o fim dos impérios. 4.1 A descolonização da
África e da Ásia. 4.2 Guerra Fria. 5. O mundo depois das guerras mundiais: as dificuldades
as utopias e as relações internacionais. 5.1 Produção cultural no século XX; 5.2
Resistências culturais e o crescimento tecnológico. 5.3 A globalização e a massificação
cultural: o cotidiano e seu controle pelo poder hegemônico. 5.4 Tensões contemporâneas: o
Oriente Médio, a América Latina e a África. 6. O regime militar no Brasil: violência, censura
e modernização. 6.1 A luta pela democracia e suas dificuldades. 6.2 Produção cultural no
Brasil do século XX; 6.3 Organização política e violência social e urbana e a consolidação do
capitalismo. 6.4 O Brasil e as suas relações com a América Latina nos tempos atuais

Golpe de Estado no Chile em 1973


Bombardeio ao Palácio de La Moneda durante o Golpe de Estado no Chile, em 11 de setembro de 1973


O Golpe de Estado de 11 de Setembro, ocorrido no Chile em 1973, consistiu na derrubada do regime democrático constitucional do Chile, e de seu presidente Salvador Allende, tendo sido articulado conjuntamente por oficiais sediciosos da marinha e do exército chileno, com apoio militar e financeiro do governo dos Estados Unidos e da CIA, bem como de organizações terroristas chilenas, como a Patria y Libertad, de tendências nacionalistas-neofascitas, tendo sido encabeçado pelo general Augusto Pinochet, que se proclamou presidente.

O Chile antes do golpe
Nas eleições de 1970, Allende obteve a vitória com 36,2% dos votos, contra 34.9% de Jorge Alessandri, o candidato da direita, e 27.8% do terceiro candidato, Radomiro Tomic, cuja plataforma era similar à de Allende, que propunha transformar o Chile em um regime socialista, mas pela chamada "via chilena ao socialismo", naquilo que foi qualificado de estilo "empanadas e vinho tinto" - por meios pacíficos, democráticos, assegurada a liberdade de imprensa e respeitada a constituição - foi inicialmente bem vista por parte dos aderentes da Democracia Cristã, que também se envolviam em processos reformistas como a reforma agrária. O apoio inicial refletido em uma parcela de 49% dos votos na eleição municipal de 1971, se perdeu paulatinamente com a deterioração da situação econômica.

Altos funcionários norte-americanos discutiram o desejo de impedir a posse do então recém-eleito presidente chileno, o esquerdista Salvador Allende, em 1970.
—Associated Press
Como a Constituição chilena previa a necessidade de "maioria dupla" (no voto popular e no Congresso), difíceis negociações foram entabuladas para a aprovação do nome de Allende no Parlamento. Após o brutal assassinato do Comandante-em-Chefe das Forças Armadas chilenas, o general constitucionalista René Schneider, perpetrado por elementos ligados à Patria y Libertad, Allende teve, finalmente, seu nome confirmado pelo Congresso chileno.

O partido da Democrata Cristão do Chile era uma grande confederação interclassista, com sua base popular autêntica no proletariado da grande indústria moderna, da industria moderna pequena e média, da pequena e média propriedade rural e na burguesia da alta classe média urbana. A Unidade Popular representava o proletariado, formado pelos operários menos favorecidos, o proletariado agrícola, e a baixa classe média urbana. A Democracia Cristã, aliada ao Partido Nacional, de extremadireita, controlava o Congresso chileno, enquanto a Unidade Popular controlava o Poder Executivo  .

A violência, desatada primeiramente por grupos extremistas de ambos os lados do espectro político, como o MIR (de extrema esquerda) ou os seus opositores direitistas do grupo terrorista neofacista Patria y Libertad - apoiado pela CIA e por elementos sediciosos do exército e da marinha chilena - provocou um clima de confrontamento, que foi se expandindo a todos os âmbitos da sociedade, chegando enfim às pessoas comuns. Dois grandes blocos se formaram, a Unidade Popular (UP) e a Confederación de la Democracia (CODE), que obtiveram respectivamente 43,3% e 55% dos votos na eleição para o Parlamento, deixando Allende sem maioria no Congresso. .

Os grupos de ultradireita, agrupados no Partido Nacional e nos movimentos Patria y Libertad e Poder Femenino, tentaram por todos os meios derrubar o governo, freqüentemente com respaldo financeiro e material da CIA, que também conspirava para destituir o governo da UP, por não convir aos Estados Unidos - então em plena guerra fria, e envolvido na guerra do Vietnã - ter mais um regime socialista em sua área de influência. Todas as tentativas democráticas para derrubar o governo de Allende fracassaram, graças ao apoio que esse recebia da população. Uma possível saída através de um plebiscito, com a qual Allende concordava, não chegou a se materializar. Com a recusa do Congresso Nacional, em 2 de junho de 1973, de autorizar o estado de sítio, considerado imperioso pelo Comandante em Chefe das forças armadas chilenas, o general legalista Carlos Prats, para que as forças armadas pudessem controlar o terrorismo de direita e de esquerda que já assolava o país, e assegurar o respeito à constituição, a violência chegava ao extremo, e temia-se por uma guerra civil.

Este estado de confrontamento, incitado pela Patria y Libertad, cujo primeiro ato terrorista foi perpretrado em parceria com oficiais sediciosos da marinha chilena e chamou-se "La noche de las mangueras largas" ocorreu precisamente no horário em que foi assassinado o ajudante-de-ordens de Allende, o Capitão-de-Mar-e-Guerra Arturo Araya - com o objetivo de subverter a cadeia de comando da marinha. A "operação" terrorista executada pela Patria y Libertad consistiu em cortarem-se todas as mangueiras de abastecimento dos principais postos de gasolina de Santiago. Esse e outros atos terroristas do Patria y Libertad visavam favorecer e justificar a ação da facção golpista das forças armadas, apoiadas pelos Estados Unidos, e que culminaria com a quebra da longa democracia chilena, e com o sangrento golpe de estado de Pinochet  .

O Golpe de 1973
Desde Agosto 1973, a Marinha e a Força Aérea preparavam um golpe de estado contra o governo de Allende, lideradas pelo vice-almirante José Toribio Merino e o general Gustavo Leigh. Em 21 de agosto, o general legalista e constitucionalista Carlos Prats viu-se forçado a renunciar ao posto de Comandante em Chefe, pressionado por manifestações das esposas de generais sediciosos. Em seu lugar, assumiu Augusto Pinochet no dia 23, até então considerado um general leal à constituição e apolítico. Em 22 de agosto, a Câmara de Deputados, que havia se recusado a aprovar o estado de sítio solicitado por Salvador Allende, a conselho de Carlos Prats, em 2 de junho, decidiu ao invés aprovar uma moção em que se convocava os ministros militares para solucionar o que chamava de "o grave quebramento da ordem constitucional" (o "Acordo da Câmara de Deputados sobre o grave quebramento da ordem constitucional e legal da República").

Altamirano é advertido de um possível golpe de estado por parte da Marinha, e faz um discurso incendiário, dizendo que o Chile se converterá em um "segundo Vietnã heróico", enquanto se inicia um processo de desaforo contra Altamirano. Em 7 de setembro, Pinochet é convencido por Leigh e Merino, e se une aos oficiais golpistas, enquanto entre os Carabineros, apenas César Mendoza, um general de baixa antiguidade, estava a favor.

No dia 10 de setembro, a esquadra chilena zarpou, como estava previsto, a pretexto de participar dos exercícios UNITAS, um tradicional exercício naval entre as marinhas dos Estados Unidos e marinhas latinoamericanas.4 . O exército é aquartelado para evitar possíveis distúrbios no dia do processo de Altamirano. Porém a armada chilena regressou a Valparaíso na manhã de 11 de setembro e tomou rapidamente a cidade de assalto, enquanto os vasos de guerra dos Estados Unidos ficaram de prontidão, no limite das águas territoriais chilenas. Se tivesse havido resistência armada ao golpe de estado, o plano previa que os marines invadiriam o Chile, para "preservar a vida de cidadãos nortemericanos". Um avião WB-575 - um centro de telecomunicações - da força área norteamericana, pilotado por militares norteamericanos, sobrevoava o Chile. Simultaneamente 33 caças e aviões de observação da força aérea norteamericana aterrisssavam na base aérea de Mendonza, na fronteira da Argentina com o Chile.

Allende foi alertado cerca das 7 da manhã e se dirigiu ao La Moneda, tratando de localizar a Leigh e Pinochet, esse último até pouco tempo seu colaborador e membro de seu gabinete, o que foi impossível e o fez pensar que Pinochet estivesse preso. O general Sepúlveda, diretor dos Carabineros, assinalou-o que se manteriam fiéis, mas Mendoza assumiu como Diretor Geral. Por outro lado, Pinochet chegou ao Comando de Comunicações do Exército e começou a participar ativamente do golpe. Às 8h42, as rádios Mineria e Agricultura transmitiram a primeira mensagem da Junta Militar, dirigida por Pinochet, Leigh, Mendoza e Merino, solicitando a Allende a entrega imediata de seu cargo e a evacuação imediata de La Moneda, ou seria atacado por tropas de ar e terra. Nesse momento, as tropas de Carabineros cercando o Palácio se retiraram.

Allende decide continuar no Palácio, enquanto às 9h55 chegam os primeiros tanques ao Bairro Cívico, enfrentando-se a franco-atiradores leais ao governo. A CUT chama à resistência nos bairros industriais, enquanto o Presidente decide dar uma última locução:

"Colocado em uma transição histórica, pagarei com minha vida a lealdade do povo. E os digo que tenho a certeza de que a semente que entregaremos à consciência de milhares e milhares de chilenos não poderá ser cegada definitivamente. Trabalhadores de minha Pátria! Tenho fé no Chile e em seu destino. Superarão outros homens nesse momento cinza e amargo onde a traição pretende se impor. Sigam vocês sabendo que, muito mais cedo que tarde, abrir-se-ão de novo as grandes alamedas por onde passe o homem livre, para construir uma sociedade melhor."
— Salvador Allende, 11 de setembro de 1973
O fogo entre os tanques e os membros do GAP se inicia e, às 11h52, aviões Hawker Haunter da Força Aérea Chilena bombardeiam o Palácio de La Moneda e a residência de Allende, na Avenida Tomás Moro, Las Condes. O golpe surpreende por sua rapidez e violência. O Palácio começa a se incendiar, mas Allende e seus partidários se negam a render-se. Perto das 2 horas da tarde, as portas são derrubadas e o Palácio é tomado pelo exército. Allende ordena a evacuação, mas se mantém no Palácio. Segundo o testemunho de seu médico pessoal, Allende disparou com uma metralhadora contra seu queixo, cometendo suicídio. Porém, há aqueles que não acreditam até hoje nesse depoimento e nem na autópsia que seria feita em 1990 e que supostamente confirmaria esse testemunho. Para muitas pessoas Allende foi sumariamente executado.

Às 18 horas, os líderes do pronunciamento se reúnem na Escola Militar, assumindo como membros da Junta Militar que governará o país, e decretam o "estado de guerra", incluindo estado de sítio.

A Ditadura no Chile foi implantada sob o comando do general Augusto Pinochet, responsável pelo assassinato de Allende. Começava então um governo autoritário empenhado em caçar os opositores e os esquerdistas nacionalistas. Politicamente foi um governo que procurou satisfazer todos os interesses dos Estados Unidos, é tido, por isso, como a primeira experiência neoliberal no mundo.

Tal como no Brasil e na Argentina, a Ditadura no Chile também matou e sequestrou milhares de pessoas. Os militares fizeram uso dos mais rudes métodos de tortura e assassinato contra os opositores do regime. Durante longos 26 anos o Chile viveu sob censura, tortura, sequestros e assassinatos.

Em 1980, Augusto Pinochet promulgou uma constituição que legalizava seu governo ditatorial. Mas em consequência disso as pressões feitas por grupos organizados contra o governo aumentaram significativamente. A movimentação popular conquistou a realização de um plebiscito popular em 1987 que resultou na proibição da permanência de Pinochet no governo do país. Dois anos após, Patrício Aylwin foi eleito para o cargo de presidente, acabando com o regime ditatorial de Pinochet e dando início à punição dos militares envolvidos com os crimes da ditadura.

Diferentemente de Brasil e Argentina, a Ditadura no Chile foi de um homem só, Augusto Pinochet. O militar sustentou o governo autoritário por muito tempo e impediu que a democracia tivesse seu lugar no Chile. Faleceu em 2006, mas os chilenos ainda padecem do atraso gerado por seu regime ditatorial.

Fontes:
http://hannaharendt.wordpress.com/2008/12/02/o-exemplo-do-chile-a-ditadura-reconhece-seus-crimes/
http://www.brasilescola.com/historia-da-america/ditadura-chilena.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ditadura
http://rreloj.wordpress.com/2008/10/25/mccain-se-entrevisto-con-pinochet/



Miriam Belchior diz ser arriscado "cravar" meta de superávit para este ano

Miriam Belchior diz ser arriscado "cravar" meta de superávit para este ano
terça-feira, 11 de novembro de 2014
BRASÍLIA (Reuters) - A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse nesta terça-feira que seria muito arriscado "cravar neste momento" uma meta de superávit primário para este ano, porque a receita do governo está errática.

"Não temos como cravar meta de superávit neste momento porque dependemos do comportamento da receita, que está errática", disse a ministra durante audiência na Comissão Mista de Orçamento no Congresso Nacional.

Nesta terça-feira, o governo federal enviou ao Congresso proposta para alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano, para que possa descontar da meta de superávit todos os gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e desonerações tributárias realizados este ano. Na atual redação da LDO, o governo está autorizado a deduzir da meta até o limite de 67 bilhões de reais.

Se a alteração for aprovada pelo Congresso, o governo poderá abater muito mais, já que de janeiro a setembro os gastos com o PAC somam 47,2 bilhões de reais e as desonerações chegam a 75,7 bilhões de reais, segundo dados do Tesouro. E esse montante total de 123 bilhões de reais deve subir até o fim do ano.

A ministra, contudo, disse que o governo irá abater o mínimo possível.

A meta de superávit primário, que é a poupança para o pagamento dos juros da dívida pública, estabelecida na LDO é de 167,4 bilhões de reais para o setor público consolidado, ou cerca de 3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Mas já levando em consideração os descontos permitidos, o governo estava perseguindo uma meta de 99 bilhões de reais neste ano, equivalente a 1,9 por cento do PIB.

"O compromisso do governo é fazer superávit este ano e fazer o maior superávit possível", disse a ministra.

De janeiro a setembro, o resultado primário do setor público consolidado --governo central, Estados, municípios e estatais-- ficou negativo em 15,286 bilhões de reais, o primeiro na série histórica do Banco Central, iniciada em 2002.

(Por Luciana Otoni)

domingo, 9 de novembro de 2014

Construção e Queda do Muro de Berlim (Compacto)

Filme:Todos Os Homens do Presidente - DVD Com este filme você vai entender as mirabolantes investigações de dois jornalistas do The Washington Post que culminará com o desfecho do Caso Watergate que culminou com renúncia do Presidente Nixon


No edifício Watergate, as luzes se acendem e quatro arrombadores são presos em flagrante. O caso indica uma ligação com o gabinete do presidente dos Estados Unidos. Ao investigar o fato, os repórteres Bob Woodward (Robert Redford) e Carl Bernstein (Dustin Hoffman) se vêem no meio de dúvidas, contradições e censura. Dirigido por Alan J. Pakula e baseada no livro de Woodward e Bernstein, o filme ganhou quatro Academy Awards em 1976: Melhor Ator Coadjuvante, para Jason Robards, Roteiro Adaptado, Direção de Arte e Som. Um filme que mostra o trabalho jornalístico, onde o objetivo é conseguir uma informação, uma informação verdadeira. O que parecia mais uma prisão foi o início de um grande escândalo que resultou na queda do presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon.

 Filme:Todos Os Homens do Presidente - DVD

Elenco: Robert Redford, Dustin Hoffman, Jack Warden, Martin Balsam, Hal Holbrook, Jason Robards
Direção: Alan J. Pakula
Idioma: Inglês
Legendas: Português, Inglês, Espanhol

sábado, 8 de novembro de 2014

Queda pacífica do muro de Berlim foi um milagre, diz Merkel

Queda pacífica do muro de Berlim foi um milagre, diz Merkel

sábado, 8 de novembro de 2014
Por Erik Kirschbaum

BERLIM (Reuters) - Enquanto a Alemanha se prepara para o 25º aniversário da queda do Muro de Berlim, no domingo, a chanceler Angela Merkel chamou de um "milagre" o fato de a barreira da Guerra Fria ter sido rompida sem que sequer um tiro fosse disparado.

Em um país com poucos aniversários alegres para celebrar após a sua história beligerante no século 20, os alemães se renderam a memórias da revolução pacífica na Alemanha Oriental que derrubou o Muro de Berlim em 9 de novembro de 1989.

Mais de 100 mil berlinenses e turistas caminhavam ao longo de um percurso de 15 quilômetros no centro da cidade neste sábado, onde o Muro de Berlim ficava. Sete mil balões iluminados estão agora em suportes de 3,6 metros de altura - correspondentes à altura da parede.

A exposição artística de balões, que ilustra dramaticamente a forma como o muro serpenteava pelo coração da cidade, é porosa para permitir que as pessoas se desloquem facilmente para trás e para a frente, entre as antigas Berlim Oriental e Ocidental. Os balões serão liberados no domingo para simbolizar o desaparecimento do Muro.

Merkel, que era uma cientista de 35 anos na Berlim Oriental comunista na época, disse à televisão alemã antes das comemorações de domingo que havia tensão, medo e emoção no ar nas semanas e dias que antecederam a abertura do Muro.

"Foi um milagre tudo ter acontecido de forma pacífica", disse Merkel, que estava a caminho de casa após uma visita à sauna quando viu uma multidão de pessoas em direção ao oeste e se juntou a eles. "Havia bastante emoção há semanas. Havia tanques que estavam na minha rua desde 7 de outubro."

Merkel, chanceler desde 2005, começou sua carreira na política meses mais tarde, como vice-porta-voz do partido. Normalmente reservada sobre sua vida na Alemanha Oriental, Merkel tinha sido discreta até recentemente sobre detalhes do que ela fez na noite em que o muro foi aberto.

Mas, nas últimas semanas, Merkel tem falado mais abertamente e, neste sábado, disse: "Depois que saí da sauna, na noite de 9 de novembro, fui para a rua Bornholmer atravessar para o outro lado e comemorei lá com completos estranhos."

"Havia apenas essa incrível sensação de felicidade", acrescentou Merkel, que tinha revelado recentemente que foi para um apartamento com estranhos em Berlim Ocidental e queria ligar para uma tia no Ocidente. Em seguida, retornou a Berlim Oriental algumas horas depois porque tinha que começar a trabalhar cedo na manhã seguinte.

"Foi uma noite que nunca vou esquecer", disse Merkel.

Gorbachev diz que mundo está à beira de nova Guerra Fria

Gorbachev diz que mundo está à beira de nova Guerra Fria

sábado, 8 de novembro de 2014

BERLIM (Reuters) - O ex-líder soviético Mikhail Gorbachev advertiu em um discurso em Berlim neste sábado que as tensões Leste-Oeste com a crise Ucrânia estão ameaçando levar o mundo rumo a uma nova Guerra Fria, 25 anos após a queda do Muro de Berlim.

Gorbachev, que é creditado por forjar a aproximação com o Ocidente que levou ao fim dos regimes comunistas na Europa Oriental, acusou o Ocidente, e os Estados Unidos em particular, de não cumprirem suas promessas depois de 1989.

"O mundo está à beira de uma nova Guerra Fria. Alguns dizem que isso já começou", disse Gorbachev, que é festejado na Alemanha por seu papel crucial em ajudar a criar as condições para a abertura pacífica do Muro de Berlim em 9 de novembro de 1989, anunciando o fim da Guerra Fria.

"E, no entanto, embora a situação seja dramática, não vemos o principal órgão internacional, o Conselho de Segurança da ONU, representando qualquer papel ou tomando qualquer ação concreta."

O conflito no leste da Ucrânia já matou mais de 4 mil pessoas desde o início do levante de separatistas pró-Rússia em meados de abril.

A Rússia culpa Kiev e o Ocidente pela crise, mas a Otan diz que tem provas contundentes de que a Rússia tem ajudado os rebeldes militarmente no conflito.

Gorbachev, de 83 anos, também criticou a Europa e disse que ela está em perigo de se tornar irrelevante como potência global.

"Em vez de se tornar um líder de mudanças em um mundo globalizado, a Europa tornou-se uma arena de agitação política, da competição por esferas de influência e, finalmente, de um conflito militar", disse.

"A consequência inevitável é a Europa enfraquecendo num momento em que outros centros de poder e influência estão ganhando impulso. Se isso continuar, a Europa perderá uma forte voz nos assuntos globais e, gradualmente, vai se tornar irrelevante."
Falando em um evento no Portão de Brandemburgo, em Berlim, Gorbachev disse que o Ocidente explorou a fraqueza da Rússia após o colapso da União Soviética, em 1991.

"A euforia e o triunfalismo subiram às cabeças dos líderes ocidentais", disse. "Aproveitando o enfraquecimento da Rússia e a falta de um contrapeso, eles alegaram a liderança e o domínio do mundo, recusando-se a prestar atenção às palavras de cautela de muitos presentes aqui", afirmou.

Gorbachev disse que o Ocidente cometeu erros que perturbam a Rússia com o alargamento da Otan, suas ações na ex-Iugoslávia, Iraque, Líbia, Síria e planos para um sistema de defesa antimísseis.

"Falando metaforicamente, uma bolha já se transformou em uma sangrenta ferida", disse. "E quem está sofrendo mais com o que está acontecendo? Acho que a resposta é mais do que clara: é a Europa."

(Por Bettina Borgfeld; Texto de Erik Kirschbaum)

GABARITO ENEM CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

GABARITO EXTRA OFICIAL


Escolha a sua prova: PROVA AZUL
Correção comentada
Ciências Humanas 45 questões

1 E  2C 3B 4D 5A 6D 7A 8D 9E 10C  11A
12A 13B 14B 15E 16C 17B 18C 19C 20E
21A 22D 23B 24A 25B 26D 27E 28E 29C
30A 31A 32D 33E 34C 35E 36D 37C 38E
39B 40D  41B 42A 43B 44C  45A

Escolha a sua prova: PROVA AMARELA
Ciências Humanas 45 questões
1A  2A  3D  4E   5A  6A   7B  8B  9E  10A  11D  12B
13A  14B   15B  16D  17A  18D 19B 20C  21C 22E  23E
24C  25C  26E  27D  28E  29 30B  31C 32A  33B  34D
35B 36A   37C 38C  39E  40D 41E  42A  43D 44E 45C

Escolha a sua prova: PROVA BRANCA
Ciências Humanas 45 questões
1A 2D  3E  4C  5E  6C  7B  8C  9C 10E  11C 12A  13A
14B  15B  16  17B  18C  19A  20B 21D  22B   23A  24E
25C  26C  27E  28D  29E   30B  31D 32A   33D  34C
35E   36D   37A   38D  39B   40A   41B   42A   43A
44D  45E

Escolha a sua prova: PROVA ROSA
Ciências Humanas 45 questões
1A  2A  3B   4B  5E  6A  7A  8D  9E  10A 11D  12B
13A  14B  15C   16E  17D  18B  19D   20A   21D  22D
 23E    24E   25C  26E  27C  28C   29E  30A  31D  32E
33C   34B   35D    36B    37A   38C   39B   40C  41A
42B   43C   44C  45E

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

17 temas que podem cair na redação do Enem 2014


17 temas que podem cair na redação do Enem 2014

http://noticias.universia.com.br/


Não é possível adivinhar com certeza qual será o tema da redação do Enem 2014, mas sabendo que o exame propõe por tradição temas de relevância nacional e que incitam o aluno a desenvolver uma solução de acordo com os direitos humanos é possível reunir algumas opções possíveis. A seguir, confira 17 temas que podem cair na redação do Enem 2014  e comece a treinar desde já:

Redação Enem 2014: 1. Papel da mulher no século XXI
O papel da mulher no século XXI é um tema social que tem grande destaque na mídia e, portanto, é a aposta para tema de redação não só do Enem como também de outros vestibulares. Sobre esse tema é preciso discutir, por exemplo, sobre uma solução para a questão do assédio nos transportes públicos e outros problemas comuns no cotidiano das mulheres.

Redação Enem 2014: 2. Manifestações durante o Mundial
O mundo parou para assistir ao Mundial, porém muitos brasileiros continuaram tomando as ruas para protestar contra a realização do evento. É importante refletir sobre o que querem esses manifestantes e encontrar respostas para essas reivindicações.

Redação Enem 2014: 3. Os 50 anos do Golpe Militar de 64
A democracia é recente no Brasil. O Enem pode tratar a sua consolidação como tema da redação. O Golpe Militar de 1964 cessou muitos dos direitos humanos. O aluno deve ter a consciência de que a democracia instaurada após esse período precisa se solidificar.

Redação Enem 2014: 4. Ética dentro e fora do campo
Outro assunto relacionado ao Mundial é a questão da ética dentro e fora do campo, desde a mordida do jogador Suárez até a compra de ingressos reservados aos deficientes físicos. O que podia ter sido diferente no comportamento das pessoas?

Redação Enem 2014: 5. Os “justiceiros”
Este ano, observamos muitos casos de pessoas que tentaram fazer justiça com as próprias mãos e agiram de forma violenta, causando até mesmo o assassinato de pessoas em prol dos seus próprios valores. Até que ponto a justiça brasileira falha e onde acaba o direito de uma pessoa de tomar esse exercício para si?

Redação Enem 2014: 6. Diretas Já
O movimento das Diretas Já, consideradas uma das maiores manifestações populares do País, completa 30 anos. Novamente a questão da democracia é abordada, porém desta vez na vertente da redemocratização do Brasil. O fim do bipartidarismo e a mobilização popular podem ser tratados pelo Enem.

Redação Enem 2014: 7. Patriotismo
O verde e amarelo caracterizaram ainda mais o País durante o Mundial, com bandeiras penduradas nos retrovisores de carros e janelas de casas. Por isso, o patriotismo pode ser abordado no exame como algo que só aparece durante eventos de futebol.

Redação Enem 2014: 8. Cobertura do Mundial pela mídia
O Mundial foi abordado sob diferentes aspectos pela mídia. É interessante que o estudante analise se a imprensa priorizou os jogos, as manifestações ou os estrangeiros que vieram conhecer o País, bem como se foi adotada uma postura ética.

Redação Enem 2014: 9. Redes sociais x Direitos Humanos
Uma discussão que poderia ser levantada na redação é a questão da privacidade e os limites que englobam as redes sociais com foco nos Direitos Humanos. A proximidade do tema com o cotidiano dos alunos faz com que páginas como o Facebook e o Twitter sejam colocadas em debate quando falamos sobre o respeito e a privacidade.

Redação Enem 2014: 10. O Futebol
O tema futebol parece óbvio, mas a verdade é que o esporte pode ser analisado de diversas formas, partindo da sua função durante períodos ditatoriais e passando pelo desrespeito que acontece nos campos.

Redação Enem 2014: 11. Legado do Mundial
O que vai restar do Mundial? Como vai ficar a economia brasileira? A reflexão e análise de dados ligados aos jogos podem ser cobradas, incentivando o estudante a fazer o balanço dos seus benefícios e prejuízos.

Redação Enem 2014: 12. Plano Real
O Plano Real, estratégia adotada pelo governo em a fim de controlar a hiperinflação econômica que o país vivia, completa 20 anos em 2014. As origens da inflação e o período antes do Plano podem ser colocados em destaque.

Redação Enem 2014: 13. Racismo
O racismo na sociedade brasileira é uma das grandes apostas para a redação. Vivemos em uma democracia racial que é uma grande falácia, e isso pode aparecer com alguma alusão ao sistema de cotas. Além disso, o racismo nos campos de futebol pode ser apontado após o episódio sofrido pelo jogador Daniel Alves, que foi atingido por uma banana em uma partida.

Redação Enem 2014: 14. Limites do humor nas redes sociais
Após a derrota do Brasil pela Alemanha no Mundial, muitas piadas surgiram nas redes sociais utilizando até mesmo o ditador Adolf Hitler. Esse tipo de piada pode ser considerada ofensiva devido aos horrores acontecidos no Holocausto. Portanto, é preciso discutir sobre os limites do humor nas redes sociais.

Redação Enem 2014: 15. Escassez de água
O Enem também apresenta uma forte preocupação com o meio ambiente. A escassez de água enfrentada pelo País é um dos temas mais preocupantes, e o exame pode esperar que o candidato relacione o meio ambiente com as políticas públicas que pensem no bem estar do cidadão.

Redação Enem 2014: 16. Campanhas de Vacinação
Recentemente, foram lançadas Campanhas de Vacinação para meninas de 13 anos contra o HPV. Essas vacinas geraram problemas envolvendo o preconceito que existe sobre as campanhas de prevenção e a sexualidade em si. O candidato precisa avaliar os dois lados da moeda e refletir sobre o que pode ser feito para prevenir os cidadãos e, ao mesmo tempo, conscientizar os pais sobre a importância dessas vacinas.

Redação Enem 2014: 17. O Brasil diante dos estrangeiros
Como o Brasil se mostrou para os diversos estrangeiros que vieram acompanhar o Mundial e, afinal, qual é a cara do Brasil? O encontro de culturas também é forte candidato para aparecer na redação do Enem.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Enem: veja dicas finais para prova de ciências humanas

Enem: veja dicas finais para prova de ciências humanas
G1 selecionou alguns temas que podem ser  eordados nas questões.
Provas do Enem serão no sábado e domingo 08 e 09 de novembro
Do G1, em São Paulo
 o início do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado para os dias 8 e 9 de novembro, e a dica nesta contagem regressiva do G1 é para a prova de ciências humanas, que será no sábado da semana que vem (8), junto com a prova de ciências da natureza.  A prova de ciências humanas engloba temas de história, geografia, sociologia e filosofia. E também traz muitas questões sobre temas da atualidade. Veja abaixo alguns temas que podem ser abordados na prova

50 ANOS DO GOLPE MILITAR

Este ano o Brasil completou 50 anos do golpe militar de 31 de março de 1964. A renúncia do presidente Jânio Quadros, em 1961, desencadeou uma série de fatos que culminaram em um golpe de estado. O sucessor, João Goulart, foi deposto pelos militares com apoio de setores da sociedade, que temiam que ele desse um golpe de esquerda.
O ambiente político se radicalizou, porque Jango prometia fazer as chamadas reformas de base na "lei ou na marra", com ajuda de sindicatos e de membros das Forças Armadas. Os militares prometiam entregar logo o poder aos civis, mas o país viveu uma ditadura que durou 21 anos, até 1985.
Veja especial sobre os 50 anos do golpe

60 ANOS DO SUICÍDIO DE GETÚLIO VARGAS

Pressionado por militares e pela oposição a renunciar ao mandato, Getúlio Vargas, o presidente que mais tempo ficou à frente do país pôs fim à própria vida, aos 72 anos, com um tiro no coração disparado por um revólver Colt calibre 32 em seu aposento no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, sede do poder executivo, na época, no dia 24 de agosto de 1954.
A morte trágica do líder civil da Revolução de 1930, presidente constitucional, ditador do Estado Novo e um dos principais personagens da política brasileira no século 20 gerou comoção em todo o país e adiou, por uma década, um golpe de Estado.
O suicídio do homem conhecido como “pai dos pobres” foi o desfecho dramático de uma crise política que antecipou o epílogo do segundo governo de Vargas na Presidência da República.
Veja reportagem sobre o legado de Getúlio Vargas

100 ANOS DE PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

No dia 28 de julho de 1914 o Império Áustro-Húngaro declarou guerra à Sérvia. Esse ato foi o início de um efeito dominó que envolveu países dos cinco continentes e só teve fim em 1918. Relatos históricos da época mostram que houve uma grande indiferença do Império Austro-Húngaro em relação à morte do príncipe herdeiro Francisco Ferdinando. Sua morte foi apenas uma desculpa para que se iniciasse a já iminente guerra. Nas primeiras horas após ela ter sido declarada começou um bombardeio contra civis na cidade de Belgrado. Durante todo o conflito, 10 milhões de soldados morreram e calcula-se que um número equivalente de civis também tenha morrido.
Saiba mais sobre a Primeira Guerra Mundial

ELEIÇÕES NO BRASIL

Em ano eleitoral, é possível que o Enem leve o tema da história da evolução dos votos para a prova de ciências humanas. O candidato deve estar atento para responder sobre as conquistas dos brasileiros pelo direito ao voto. "Todas as conquistas sociais, todas as conquistas políticas no Brasil são consequência da luta do povo brasileiro. A conquista do voto universal, a conquista do voto da mulher, o direito do voto do analfabeto, representam exatamente uma consequência da mobilização da sociedade. Esses segmentos que foram para as ruas e que lutaram pelos seus direitos", diz o professor de história Lula Couto, do Projeto Educação.
Saiba mais sobre a evolução do voto no Brasil

CONFLITOS NA FAIXA DE GAZA


A escalada de violência na Faixa de Gaza entre israelenses e palestinos começou em junho deste ano no terceiro conflito do tipo desde a tomada de Gaza pelo grupo islâmico Hamas, em 2007. A instabilidade política predomina na região e as divergências vem provocando inúmeros confrontos com muita morte e destruição.
Entenda motivos dos dois lados do conflito entre palestinos e israelenses

CRISE NA UCRÂNIA


A Ucrânia vive uma grave crise social e política desde novembro de 2013, quando o governo do então presidente Viktor Yanukovich desistiu de assinar um acordo de livre-comércio e associação política com a União Europeia (UE), alegando que buscaria relações comerciais mais próximas com a Rússia, seu principal aliado.
Oposição e parte da população foram às ruas contra a decisão, em protestos violentos que deixaram mortos. Em 22 de fevereiro de 2014, as manifestações culminaram na destituição do contestado presidente pelo Parlamento e no agendamento de eleições antecipadas para 25 de maio. A assinatura ocorreu em meio a confrontos no leste do país, palco de um movimento separatista pró-Rússia, e a ameaças e críticas do governo de Moscou.
Saiba mais sobre a crise na Ucrânia

GLOBALIZAÇÃO

Outro tema que pode ser abordado na prova da humanas, a globalização tem muita relação com os avanços nos processos tecnológicos. A evolução dos meios de transporte e a internet, permitiu aos países adotarem novos modelos de negócios. Graças à revolução dos meios de transporte, o capitalismo conseguiu vencer muitas barreiras. A gente tem, portanto, nesse cenário, uma maior integração da economia entre os vários países. Isso é globalização", diz o professor de história Ricardo Gomes, do Projeto Educação, da Globo Nordeste.
Saiba mais sobre o processo de globalização

FILOSOFIA E SOCIOLOGIA

O Enem costuma cobrar sociologia e filosofia em um terço das 45 questões de ciências humanas, segundo o professor Eduardo Calbucci, do Anglo Vestibulares. "Nas questões de sociologia, o Enem tem uma predileção por abordar cultura e antropologia", afirma o professor. "Já em filosofia, é comum caírem questões de leitura e interpretação de fragmentos filosóficos."

Petrobras eleva preços da gasolina em 3% e do diesel em 5% nas refinarias

Petrobras eleva preços da gasolina em 3% e do diesel em 5% nas refinarias

 Carro é abastecido em posto de gasolina em São Paulo. 22/08/2013

Por Roberto Samora e Marta Nogueira

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras anunciou nesta quinta-feira reajuste médio de 3 por cento nos preços da gasolina e de 5 por cento do diesel nas refinarias, a partir da 0h de sexta-feira, um aumento considerado pequeno frente às necessidades da estatal e às perdas acumuladas no ano, mas que elimina a defasagem de preços em relação aos valores externos.

O reajuste era amplamente esperado pelo mercado e deve dar algum alívio para o caixa da estatal, mas pressionar a inflação que já está rondando acima do teto da meta do governo em 12 meses.

A reajuste deve chegar aos postos de combustíveis, uma vez que o governo não anunciou nenhuma compensação tributária simultaneamente, como fez no passado. Mas os percentuais de reajuste da gasolina para o consumidor final devem ser menores, já que a gasolina vendida nos postos tem mistura de 25 por cento de etanol anidro, mais barato que o combustível fóssil.

Ainda assim, a inflação do país deverá sofrer algum impacto.

"O impacto do aumento da gasolina no IPCA não deve ser muito alto. Aumento de 3 por cento é na refinaria, mas na bomba será menos, então diminui pressão", afirmou o economista sênior do Espírito Santo Investment Bank, Flavio Serrano.

"Com esse aumento da gasolina, o IPCA deve fechar novembro com inflação em torno de 0,60 por cento", acrescentou.

Segundo ele, há grandes chances de a inflação no ano passar do teto da meta em 2014 --de 4,5 por cento ao ano, com banda de tolerância de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo--, mas vai depender ainda do que acontecer em dezembro.

O último mês do ano, no entanto, costuma ter pressões de alimentos e passagens aéreas. Então o cenário para inflação no fim do ano é ruim, acrescentou ele.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

OAB cria comissão para apurar escravidão e quer indenizações a quilombolas



OAB cria comissão para apurar escravidão e quer indenizações a quilombolas
Carlos Madeiro
Do UOL, em Maceió

Inspirada na investigação de casos de violação de direitos humanos durante a Ditadura Militar, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) criou a Comissão Nacional da Verdade (CNV) da Escravidão Negra no Brasil, que pretende apurar e desvendar casos do período.

No Brasil, a escravidão teve início na primeira metade do século 16, sendo abolida três séculos depois, em 13 de maio de 1888, com a promulgação da Lei Áurea.

"A ideia dessa comissão é é fazer a busca da verdade e ir ao encontro de um que passado foi esquecido e mutilado", disse o vice-presidente da comissão, Humberto Adami.

O nome do presidente da comissão e a forma de atuação ainda serão definidos.

A comissão pretende apurar casos de violações a escravos e comunidades negras e, assim, buscar reparação.

"É possível que sejam compensadas por indenizações, não necessariamente em dinheiro. Pode ser de outra forma: um projeto de memória, a recuperação de uma tradição, de religiões", falou.

Não é a primeira vez que se levanta a hipótese de pagamento de indenização a descendentes de escravos no Brasil.

Em 2013, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado rejeitou projeto de lei que previa a criação da Comissão da Indenização aos Descendentes de Negros Africanos Escravizados no Brasil. O argumento foi que o pagamento seria contrário à lei por criar novas despesas. Outras ideias também não vingaram.

Pedido para Dilma
Segundo Adami, a OAB vai enviar ofício à presidente Dilma Rousseff pedindo que ela institua uma comissão igual à da Verdade da ditadura.

"A ideia é fazer da comissão semelhante à da verdade da Ditadura e ir na direção descobrir fatos e situações que possam esclarecer a quem ainda tem resistência às ações afirmativas para negros e a necessidade de buscar a reparação", afirmou.

Apesar de ainda buscar um norte preciso das investigações, um dos pontos que será analisado já está definido. "Os negros eram vendidos como escravos, e os proprietários tinham financiamento do Banco do Brasil. Quando houve a libertação dos escravos, acabou a garantia dos empréstimos, e o Rui Barbosa mandou queimar os documentos. Essa verdade precisa vir à tona, ser esclarecida", disse.

Para conseguir chegar à verdade, a OAB pretende repetir a fórmula da CNV da Ditadura, com o colhimento de depoimentos.

"Há caminhos de investigar. A inspiração que a comissão da ditadura traz é que não são caminhos fáceis, eles estão aí há dois anos e já houve o conhecimento de atos de torturas. Já houve comissões assim em outros países, como na Africa do Sul. Aqui tivemos a maior escravidão contra negros de todas as épocas. Mesmo assim você não tem um museu. Se essa comissão conseguir descobrir histórias escondidas, uma história apenas que se possa contar, olha que riqueza iriamos ter", disse.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Joan Miró Joan Miró: um dos grandes representantes do surrealismo




Joan Miró
Joan Miró: um dos grandes representantes do surrealismo

Joan Miró i Ferrà foi um importante escultor e pintor espanhol. Nasceu na cidade de Barcelona (Espanha) em 20 de abril de 1893 e faleceu em Palma de Maiorca (Espanha) em 25 de dezembro de 1983. É considerado um dos maiores representantes do surrealismo.

Biografia (principais momentos da vida do artista):

- Na juventude, Miro estudou na Escola de Belas Artes de Barcelona e na Academia de Gali.
- Em 16 de fevereiro de 1918 realizou sua primeira exposição individual nas Galerias Dalmau de Barcelona.
- No ano de 1919 viajou para Paris, época em que teve contato com obras do dadaísmo e fauvinismo (movimentos artísticos modernistas).
- No começo da década de 1920 teve contato com vários artistas surrealistas, entre ele, André Breton.
- Em 1924, fez duas de suas obras iniciais mais importantes, as pinturas O carnaval de Arlequim e Maternidade.
- No ano de 1925, participou da primeira exposição de arte surrealista.
- Em 12 de outubro de 1929, se casou com Pilar Juncosa e foram morar em Paris. No dia 17 de julho de 1931 nasceu sua única filha, Dolors.
- Em 1954 recebeu o Grande Prêmio de Gravura na Bienal de Veneza.
- Em 1968 foi nomeado doutor honoris causa pela Universidade de Harvard.
- Em 1980 recebeu do rei Juan Carlos I (Espanha) a Medalha de Ouro de Belas Artes.

Pintura de Joan Miró O Carnaval do Arlequim (pintura em óleo de 1924)

Principais obras de Miró:

Pinturas

- Nord-Sud, 1917 óleo
- Retrato de bailarina espanhola, 1921, óleo
- O Carnaval de Arlequim, 1924, óleo
- Interior holandês (três pinturas em óleo), 1928
- Caracol, mulher, flor e estrela, 1934
- Mulher e pássaros ao amanhecer
- Una estrela acaricia o sonho de uma negra, 1938, óleo
- Azul, 1961, óleo
- Personagem diante do Sol, 1968, pintura em acrílico
- A esperança do condenado a morte, 1974

Murais Cerâmicos

- Murais cerâmicos do Sol e da Lua, 1958, Sede de Unesco em París.
- Mural cerâmico para a Universidade de Harvard, 1950.
- Mural cerâmico da Fundação Maeght, 1964
- Mural de cerâmica da Cinemateca, 1972 de París.
- Mural cerâmico do Novo Palácio do Congresso de Madrid, 1980.

Esculturas

- Pássaro lunar, 1946-1949 (escultura em bronze)
- Pássaro solar, 1946-1949 (escultura em bronze)
- Relógio do Vento, 1967 (escultura em bronze)
- A carícia de um pássaro, 1967 (escultura em bronze)
- Cachorro, (escultura em bronze)
- Miss Chicago, 1981
- Mulher e Pássaro, 1983 (escultura em cerâmica)

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Reforma política é consenso e deve contar com participação popular, diz presidente da Câmara

Reforma política é consenso e deve contar com participação popular, diz presidente da Câmara
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
 Presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, preside sessão da Casa em Brasília. 2/08/2013. REUTERS/Ueslei Marcelino

BRASÍLIA (Reuters) - A reforma política, tema reforçado pela presidente Dilma Rousseff logo após a sua reeleição no domingo, é um consenso e deve contar com a participação popular, disse nesta quinta-feira o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

O deputado, que esteve reunido nesta quinta com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse esperar que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara já inicie a apreciação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) sobre o tema na próxima semana.

“Reforma política é um consenso, tem que ter realmente a participação popular”, disse a jornalistas ao chegar à Câmara após a reunião com o ministro.

“Isso ganha tempo e dá uma resposta imediata de uma reforma política que essa Casa tem que fazer. Já deveria ter feito, não fez, acho que é um mea culpa de todos nós”, afirmou, reconhecendo que a conclusão da discussão da reforma ficará para a próxima legislatura, quando Alves não estará mais na Câmara.

Após ter sua admissibilidade aprovada na CCJ, a PEC ainda terá de passar por uma comissão especial criada especialmente para analisá-la e só então será enviada ao plenário da Casa, para ser votada em dois turnos. Depois de concluída a tramitação na Câmara, a PEC ainda precisa ser submetida ao Senado. E se for alterada pelos senadores, precisa voltar à Câmara.

Em discurso logo após a confirmação oficial de sua reeleição, Dilma voltou a defender a necessidade de uma reforma do sistema político que envolva a participação popular por meio de plebiscito. Dessa forma, a sociedade seria consultada sobre que temas gostaria de ver contemplados por essa reestruturação política.

Já Alves declarou que defende que primeiro o Congresso se debruce sobre o assunto e depois submeta o resultado dessa avaliação à população por meio de um referendo.

PALAVRA MÁGICA

O presidente da Câmara defendeu, assim como Dilma em seu discurso da vitória, que haja muito diálogo com o Planalto. O deputado, que se reuniu com Mercadante nesta quinta, deve se encontrar com a presidente na próxima semana.

“Nesta hora, mais do que nunca, exige-se o respeito, é tratamento muito equilibrado, muito sereno, porque o que está em jogo é o Brasil de nossos filhos, de nossos netos”, disse o presidente da Câmara a jornalistas.

“É hora de muita responsabilidade do Parlamento e também do Poder Executivo. Diálogo, diálogo é a palavra mágica”, afirmou.

Alves já havia manifestado sua intenção de votar matérias que podem aumentar os gastos do governo, caso da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata do fim da contribuição dos inativos e outra que aumenta os repasses da União ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM), além de concluir a votação da PEC do Orçamento Impositivo, que obriga o governo a liberar de emendas parlamentares individuais.

Segundo o deputado, Mercadante revelou “preocupação” com as “questões fiscais”. Alves afirmou que será repassada à Casa Civil uma relação de matérias a serem analisadas pela Câmara e que gostaria de colocar Orçamento Impositivo em votação antes de deixar o Parlamento. Ressaltou, no entanto, que não tomará medidas “irresponsáveis”.

“Eles sabem da minha responsabilidade. Eu não seria irresponsável com a vida longa como eu tenho nesta Casa, conhecedor dos problemas do país, não cometeria nenhum ato de irresponsabilidade neste momento.”

Alves não estará no Congresso a partir de 2015 depois de concorrer ao governo do Rio Grande do Norte na eleição deste ano e ser derrotado por candidato apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo o deputado, ele e Mercadante não trataram da sucessão da Presidência da Câmara. A bancada do PMDB na Casa se antecipou na disputa e lançou seu líder, Eduardo Cunha (RJ), como candidato ao posto, descumprindo acordo de rodízio que vinha sendo feito com o PT, maior bancada da Câmara.

Cunha já protagonizou embates diretos com o governo ao longo do ano, e não cultiva boas relações com o vice-presidente Michel Temer, que também preside o PMDB.
A eleição para presidente da Casa só ocorrerá em fevereiro de 2015, quando os novos deputados tomam posse.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

domingo, 26 de outubro de 2014

Dilma promete ações para retomar crescimento da economia

Dilma promete ações para retomar crescimento da economia
domingo, 26 de outubro de 2014
 Presidente Dilma Rousseff, reeleita neste domingo. REUTERS/Ueslei Marcelino

BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff (PT), reeleita neste domingo com uma vitória apertada contra Aécio Neves (PSDB), afirmou que promoverá ações localizadas na economia, em especial para retomada do crescimento, garantia do elevado nível de emprego e aumento da renda.

"Vamos dar mais impulso à atividade econômica a todos os setores", afirmou ela em discurso, destacando que atenção especial será dada ao setor industrial.

A presidente afirmou que seguirá "combatendo com rigor a inflação e avançando no terreno da responsabilidade fiscal".

Em outra frente, Dilma disse que terá o "compromisso rigoroso" de combater a corrupção, com proposição de mudanças na legislação atual para acabar com a impunidade.

(Reportagem de Jeferson Ribeiro)



Dilma diz que reforma política é a primeira e mais importante de novo mandato


 Presidente Dilma Rousseff, reeleita neste domingo. REUTERS/Ueslei Marcelino

BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou neste domingo, em discurso após ser reeleita, que a reforma política é a primeira e a mais importante de seu segundo mandato.

Dilma disse saber que foi reconduzida à Presidência para realizar mudanças que a sociedade brasileira exige, e que tem um compromisso com a reforma política.

"Meu compromisso, como ficou claro durante toda a campanha, é deflagrar esta reforma que é responsabilidade constitucional do Congresso e que deve mobilizar a sociedade em um plebiscito, por meio de uma consulta popular", disse Dilma em um hotel de Brasília.

"Como instrumento desta consulta, o plebiscito, nós vamos encontrar a força e a legitimidade... paras levarmos à frente a reforma política", acrescentou.

(Por Jeferson Ribeiro)

Dilma é reeleita na disputa mais apertada da história; PT ganha 4º mandato

Dilma é reeleita na disputa mais apertada da história; PT ganha 4º mandato

Do UOL, em São Paulo

Com a vitória de Dilma Rousseff, o PT chega ao 4° mandato seguido no governo federal
Após uma campanha de intensa polarização no segundo turno, a presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita neste domingo (26) e impediu a virada do senador mineiro Aécio Neves, candidato do PSDB - nunca um candidato que ficou em segundo lugar no primeiro turno foi eleito presidente do Brasil.

Por volta da 20h30, com 98% das urnas apuradas, Dilma tinha 51,45% dos votos e Aécio, 48,55%. A diferença de votos era de 3 milhões. Essa foi a menor diferença de votos em um segundo turno desde a redemocratização.

Antes disso, a disputa mais apertada foi em 1989, quando Fernando Collor de Mello (então no PRN) venceu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por 4 milhões de votos. Na época, Collor teve 53,03% contra 46,97% de Lula.

Nas outras eleições presidenciais decididas em duas etapas, a diferença entre o vencedor e o segundo colocado foi maior. Em 2002, Lula teve 19,4 milhões de votos a mais do que José Serra (PSDB). Quatro anos depois, Lula foi reeleito com uma margem ainda maior: 20,7 milhões de votos a mais do que Geraldo Alckmin (PSDB). Já na última eleição, a diferença voltou a se estreitar, e Dilma bateu Serra por 12 milhões de votos.

Com a vitória, o Partido dos Trabalhadores vai para o quarto mandato seguido e deverá completar 16 anos à frente do governo federal.

Primeira mulher a presidir o país, a petista liderou a votação no primeiro turno, mas passou a maior parte da campanha do segundo turno em situação de empate técnico com Aécio nas pesquisas de intenção de voto.

É a quarta derrota seguida que o PT impõe aos tucanos nas eleições presidenciais. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma venceram José Serra – duas vezes -- e Geraldo Alckmin nas eleições de 2002, 2006 e 2010.

Com Dilma, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) também foi reeleito. Os dois tomarão posse do novo mandato em 1º de janeiro de 2015.

Dilma Rousseff
Partido: PT
Nascimento: 14/12/1947, em Belo Horizonte (MG)
Ocupação: Presidente da República
Vice: Michel Temer (PMDB)
Coligação: Com a força do povo (PT / PMDB / PSD / PP / PR / PROS / PDT / PC do B / PRB)
Trajetória
Nascida em Belo Horizonte (MG) em 14 de dezembro de 1947, Dilma tem 66 anos, é divorciada, tem uma filha e um neto. Durante a ditadura militar (1964-1985), integrou organizações como a VAR-Palmares, que defendia a luta armada. Ficou presa entre 1970 e 1972 e foi torturada.

Depois de solta, mudou-se para Porto Alegre com o companheiro Carlos Araújo e formou-se em ciências econômicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Iniciou o mestrado em economia na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), mas não concluiu.

No período final da ditadura, ajudou a fundar o PDT no Rio Grande do Sul. Trabalhou na Fundação de Economia e Estatística, na Assembleia Legislativa do Estado e na Câmara Municipal da capital gaúcha.

Nos anos 80, foi secretária da Fazenda da Prefeitura de Porto Alegre. Na década seguinte, atuou como secretária de Minas e Energia do governo gaúcho. Filiou-se ao PT em 2001 e integrou o governo Lula desde o início, em 2003. Foi ministra de Minas e Energia e, depois, ministra-chefe da Casa Civil.

Indicada por Lula, disputou sua primeira eleição em 2010 e já como candidata a presidente. Foi ao segundo turno contra José Serra (PSDB) e, com 55,7 milhões de votos, tornou-se a primeira mulher eleita presidente na história do país.

Tomou posse em 1º de janeiro de 2011 e teve altos índices de aprovação nos primeiros anos de gestão. Em março de 2013, a aprovação ao modo de governar da presidente atingiu o recorde de 79%, de acordo com pesquisa CNI/Ibope.

Entre as realizações de seu primeiro mandato, estão o programa Mais Médicos, o Pronatec (Programa Nacional Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), a expansão do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida e investimentos em obras de infraestrutura e mobilidade. Em setembro, o governo comemorou a exclusão do país do Mapa da Fome da ONU (Organização das Nações Unidas).

Protestos, denúncias e problemas na economia
A avaliação do governo piorou após os protestos de junho de 2013, mas os levantamentos continuaram a apontar o favoritismo de Dilma na disputa eleitoral.

A petista passou o ano de 2014 enfrentando denúncias relacionadas à Petrobras, envolvendo o ex-diretor da empresa Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal. Ele é suspeito de operar um esquema de desvio de recursos da estatal, com o envolvimento de políticos e partidos.

A presidente também enfrentou críticas em relação à condução da política econômica. O PIB (Produto Interno Bruto) do país teve um crescimento médio de 2% por ano entre 2011 e 2013, o nível mais baixo desde o governo Collor. Nos dois primeiros trimestres de 2014, os resultados do indicador foram negativos, o que deixou o país em uma recessão técnica.

A inflação acumulada nos últimos 12 meses ficou acima do limite máximo da meta do governo, que é de 6,5%. Dilma atribuiu os problemas à crise econômica internacional e afirmou que a condução da política economia teve o mérito de preservar o nível de emprego no país.

Campanha tensa
Durante a campanha do primeiro turno, as pesquisas de intenção de voto chegaram a apontar uma ameaça ao favoritismo de Dilma para conseguir a reeleição. Isso aconteceu entre o fim de agosto e o começo de setembro, quando a ex-senadora Marina Silva foi oficializada como candidata a presidente pelo PSB, após a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.

Quando Marina cresceu nas pesquisas, a campanha petista procurou desgastar a imagem da candidata do PSB. A estratégia surtiu efeitos nos dois momentos, com o aumento da rejeição aos nomes da ex-senadora e do tucano.

Marina e outros candidatos derrotados no primeiro turno, como Pastor Everaldo (PSC), Eduardo Jorge (PV), Levy Fidelix (PRTB) e José Maria Eymael (PSDC), preferiram apoiar Aécio na reta final.

Dilma não obteve o apoio formal de partidos de fora de sua coligação, mas conseguiu atrair o ex-presidente do PSB Roberto Amaral. Apesar das dificuldades, a aprovação a seu governo voltou a crescer ao longo da campanha eleitoral.

No segundo turno, com o eleitorado dividido, os primeiros encontros entre Dilma e Aécio nos debates presidenciais foram marcados por muita tensão, com discussões agressivas sobre casos de corrupção. Enquanto o senador mineiro citava a denúncia de desvio de recursos da Petrobras, a presidente apontava casos envolvendo o PSDB, como o mensalão tucano; o fato de o governo mineiro ter construído um aeroporto dentro da fazenda de Múcio Tolentino, tio de Aécio; e acusações de nepotismo.

Ao fim do encontro promovido pelo UOL, pelo SBT e pela rádio Jovem Pan, no último dia 16, a presidente admitiu que o debate havia sido "renhido" e chegou a passar mal quando concedia uma entrevista.

Desafios
Um primeiro desafio para Dilma é como lidar com um país dividido. Esta foi a eleição presidencial mais disputada desde 1989. O tom elevado das duas campanhas, especialmente na reta final, pode fazer com que o diálogo entre a presidente eleita e a oposição fique mais difícil. Para Josias de Souza, blogueiro do UOL, a disputa deixou "um rastro pegajoso de rancor e incompreensões; na oposição, PT ou PSDB tendem a elevar o tom".

Alguns dos temas abordados com mais veemência nesta eleição não acabaram com a votação de hoje, como a corrupção na Petrobras. As investigações devem avançar em 2015 e podem abalar o PT e partidos da base aliada. No último dia 18, Dilma admitiu que houve desvios de recursos na estatal e prometeu buscar o ressarcimento dos cofres públicos.

Dilma precisará de um novo ministro da Fazenda, que terá o desafio de reaquecer a economia e combater a inflação, sem elevar a taxa de desemprego. Durante a disputa eleitoral, a presidente afirmou que o ministro Guido Mantega não continuará no cargo. O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, deve permanecer como figura influente no governo.

Entre as propostas que Dilma apresentou durante a campanha, está a criação de uma Academia Nacional de Segurança Pública para a formação de policiais. O programa de governo prevê o fortalecimento do controle de fronteiras e de ações de combate a organizações criminosas e à lavagem de dinheiro.

Para levar adiante as medidas propostas, é importante ter maioria no Congresso. A aprovação de projetos de lei depende de maioria simples, ou seja, precisa contar com o apoio de 257 deputados e de 41 senadores. Para promover mudanças na Constituição, são necessários 308 votos na Câmara e 49 no Senado.

A coligação de Dilma -- formada por PT, PMDB, PSD, PP, PR, PRB, PDT, PROS e PC do B -- elegeu 304 deputados federais e 51 senadores. Ou seja, em tese, ela tem maioria no Congresso, mas precisa evitar deserções de parlamentares da base e conseguir mais alguns votos na Câmara caso pretenda fazer alterações na Constituição.

Parabéns! Dilma por esta grande vitória.

Parabéns ! Dilma por esta grande vitória, Dilma  é  mais uma vez Presidenta do Brasil, este grande êxito significa mais uma vitória do povo brasileiro. Mulher liderante,consciente, ativista, estadista a presidenta mãe do povo brasileiro, O Brasil ama Dilma.

AS CINCO VANGUARDAS EUROPEIAS

AS CINCO VANGUARDAS EUROPEIAS




Por Cássio José
         
As vanguardas europeias foram manifestações artístico-literárias que passaram pelo Panorama da Literatura do Brasil e deixaram de certa forma, sua contribuição, no que podemos dizer ruptura da estética até então reinante no nosso país. De acordo com o que se vê por parte dos postulantes da Literatura, foi na Semana da Arte Moderna que essas “estéticas literárias” foram influenciando os pensamentos de alguns literatos brasileiros pela inovação que se pretendia. Aqui, por fins acadêmicos, trataremos das seguintes correntes de estética europeia que em dado momento foi pressuposto para esse pensamento ideológico de Modernismo na Literatura Brasileira (Será?): Expressionismo, Cubismo, Futurismo, Dadaísmo e Surrealismo.

EXPRESSIONISMO: Surgido em 1910, foi manifestação de povos nórdicos, germânicos e eslavos. Essa tendência expressou a angústia do período anterior à Primeira Guerra Mundial, voltando-se para os produtos artísticos dos primitivos e para as manifestações do mundo interior, expressas no uso aleatório de cores intensas e distorção das formas, como atesta o quadro O grito, do norueguês Edvard Munch.

CUBISMO: Em 1907, Pablo Picasso pintou Lês demoiselles d‘Avignon (As senhoritas de Avignon) e inaugurou o Cubismo. Segundo essa tendência, as figuras, reduzidas a formas geométricas, apresentam, ao mesmo tempo, o perfil e a frente, mostrando mais de um ângulo de visão. No quadros cubistas. A literatura cubista, inaugurada por Apollinaire, preocupou-se com a construção física do texto: valorizou o espaço da folha e a camada significante das palavras e negou a estrofe, a rima, o verso tradicional. Esse seria o embrião da nossa poesia concreta, da década de 50.

FUTURISMO: Essa estética celebrava os signos do novo mundo – a velocidade, a máquina, a eletricidade, a industrialização. Apregoando a destruição do passado e dos meios tradicionais de expressão literária, o Futurismo (tendência que mais influenciou a primeira fase do Modernismo) propunha:

• liberdade de expressão;
• destruição da sintaxe;
• abolição da pontuação
• uso de símbolos matemáticos e musicais;
• desprezo ao adjetivo e ao advérbio

DADAÍSMO: Este foi o mais radical e destruidor movimento da vanguarda européia. Fundado por Tristan Tzara, negava o presente, o passado, o futuro e defendia a idéia de que qualquer combinação inusitada promove um efeito estético. O Dadaísmo refletiu um sentimento de saturação cultural, de crise social e política.

SURREALISMO: Inaugurado com a publicação do Manifesto Surrealista, em 1924, este foi o último movimento da vanguarda, sofrendo influências das teorias de Freud, o Surrealismo caracterizou-se pela busca do homem primitivo através da investigação do mundo do inconsciente e dos sonhos. Na literatura, o traço fundamental foi a escrita automática (o autor deixa-se levar pelo impulso e registra, sem controle racional, tudo o que o inconsciente lhe ditar, sem se preocupar com a lógica.


 Comentário Crítico:
Percebe-se que os literatos brasileiros em algumas escolas literárias (como no Romantismo e Realismo, por exemplo), desejavam mostrar o “verdadeiro” Brasil. E isso, evidentemente, não poderia ser diferente, na nova estética literária brasileira, o que se percebe certa abertura e espaço, bem como sua influência da literatura estrangeira ou de ideologias que vinham de fora. Parece que os autores olham para o Brasil e fazem de sua literatura “palco de manifestações reais” do que realmente o Brasil é expondo as variadas facetas ou realidade do nosso país. Alguns livros didáticos até afirmam que a realidade verdadeira do Brasil era ignorada pela Literatura até então.
As vanguardas como movimentos artísticos, estética literária ou correntes da Literatura Europeia foram resultados ou consequências do que aconteceram no cenário europeu do século XX: problemas políticos, conflitos entre países vizinhos, intercâmbio entre a Primeira e Segunda Guerra Mundial...
A expressão vanguarda pode ser entendida como parcela dos intelectuais que exerce um papel pioneiro, desenvolvendo técnicas, ideias e conceitos novos, avançados, especialmente nas artes. O que havia de comum era nada mais do que conflitos ou debates de uma herança do século passado. É um grito do novo: os padrões da antiga estética literária e artística devem ceder lugar àquilo que estava por vir: O Modernismo. Havia assim manifestações desse “novo” em suas obras e divulgação de novas estratégias formais do tempo.
Podemos, assim, refletir de uma desestruturação ou falta de uma literatura fixamente ou realmente brasileira. E se assim o é, tem forte influência estrangeira: É então, como se diz da boca de postulantes da Literatura um movimento que expressa pela arte o que é de fato o nosso país em dado momento? Somos simplesmente consequência ou resultado do que acontece lá fora no cenário mundial e reestruturados em um “quebra-cabeça” que na época foi apresentado como “Literatura Brasileira”.


REFERÊNCIAS:
   
  ABAURRE, Maria Luiza; FADEL, Tatiana; PONTARA, Marcela Nogueira. Português: Língua, Literatura, Produção de texto. São Paulo: Moderna, 2004.
 
OLIVEIRA, Ana Teresa Pinto de. Literatura Brasileira: Teoria e prática. São Paulo: Rideel, 2006.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Aécio liga para Dilma antes do último debate e petista sugere discutir propostas

Aécio liga para Dilma antes do último debate e petista sugere  discutir propostas
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff, que concorre à reeleição pelo PT, sugeriu nesta sexta-feira ao candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, que o último debate na TV antes da eleição seja mais propositivo.

   A proposta foi feita horas antes do encontro durante ligação do tucano à presidente, segundo o coordenador da campanha da ex-candidata Marina Silva (PSB), Walter Feldman.

“Ele desejou boa sorte a ela. Ela falou que o ideal seria que fosse um debate programático, que essa era a melhor contribuição que poderia ser dada”, disse Feldman a jornalistas ao chegar à TV Globo, que realiza o último debate entre os dois candidatos antes da eleição de domingo.

Nos dois primeiros debates da campanha do segundo turno, na TV Bandeirantes e no SBT, Dilma e Aécio usaram o confronto direto para trocar acusações na maior parte do tempo.

“Se espera a visão do estadista que o Brasil está precisando no momento dramático que nós estamos vivendo, de reconstrução de resgate de vários temas que ficaram esquecidos nos últimos tempos”, disse Feldman.

Na quinta-feira, pesquisas de intenção de voto mostraram Dilma com vantagem sobre Aécio, saindo do empate técnico. De acordo com Datafolha e Ibope, Dilma foi beneficiada por uma melhora na avaliação de seu governo e por um aumento na rejeição ao senador mineiro.

Considerando os votos válidos (excluindo brancos, nulos e indecisos), o Datafolha mostrou na quinta-feira Dilma com 53 por cento contra 47 por cento de Aécio --no levantamento anterior o placar era 52 a 48 por cento, no limite do empate técnico, já que a margem de erro é de 2 pontos percentuais.

Pelo Ibope, a presidente tem 54 por cento dos votos válidos contra 46 por cento do tucano. A sondagem anterior, realizada na semana passada, mostrava os dois em empate técnico, mas com vantagem numérica para Aécio: 51 a 49 por cento. A margem de erro também é de 2 pontos percentuais.

(Reportagem de Maria Pia Palermo e Rodrigo Viga Gai