Konstantinos - Uranus

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Como se forma um 'pequeno gênio'?




Quais são os fatores que influenciam na formação de um "pequeno gênio"? Será que é possível estimular a inteligência — ou ao menos determinadas capacidades — desde cedo? E como evitar que isso vire uma pressão excessiva sobre a vida de crianças?

Para encontrar respostas a essas e outras perguntas, nosso repórter André Biernath conversou com a médica Magda Lahorgue Nunes, professora titular de Neurologia da PUC-RS e pesquisadora do Instituto do Cérebro (InsCer), em Porto Alegre.

Confira no vídeo. 

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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

A VIDA DE ROBERT OWEN, UM SOCIALISTA UTÓPICO


 Nilson Lattari  

Juiz de Fora - MG

Robert Owen (1771 – 1858) foi um galês que nos primórdios do socialismo, ou o que se poderia entender então uma sociedade elaborada em um sistema coletivista, desenvolveu no cotonifício que administrava junto a outros acionistas (conhecidos como Sociedade dos Amigos), uma experiência inovadora nos finais do século XVIII e início de XIX, baseada no funcionamento harmônico entre capital e força de trabalho.


Owen passou da teoria à prática quando proporcionou aos trabalhadores, sob sua administração, salários dignos, determinou que apenas a partir de 12 anos um trabalhador começaria sua vida laboral, preocupou-se com as moradias de seus trabalhadores, começando uma ideia de vilas operárias, instituiu um sistema de pontos para aferir a produtividade dos trabalhadores, dando a todos a chance de questionar suas avaliações junto aos inspetores, e podendo recorrer diretamente a ele no caso de se sentirem injustiçados, criou as escolas infantis para os filhos de seus empregados e, principalmente, estabeleceu um sistema de compras de necessidades básicas a partir de venda direta, mediante aquisição de produtos de boa qualidade pela empresa e revenda aos empregados, livrando-os dos sistemas de crédito com comerciantes que vendiam péssimas mercadorias, e ainda tornando-os reféns eternos de dívidas. Tratava seus trabalhadores como “fellow-workers”, mais ou menos como companheiros trabalhadores.



Robert Owen lutou até o fim da sua vida para estabelecer uma relação justa entre capital e trabalho. (Divulgação)

Enquanto sua fábrica progredia a olhos vistos, diante da queda de produtividade e falência das outras, Owen tentou criar uma Lei das Fábricas, junto ao Parlamento Inglês, para aliviar os sofrimentos das classes trabalhadoras, que foi aprovada, posteriormente, totalmente desfigurada, apesar do apoio do governo, representado por Lord Liverpool e o Duque de Kent. Foi boicotado por seus pares, pelas ideias liberais (David Ricardo) e Malthusianas (controle da população), e lutou também contra a igreja que, segundo ele, prendia os trabalhadores em um sistema de preconceitos.


A experiência no cotonifício de New Lannark, localizado na Escócia, foi um local visitado por imperadores, embaixadores de outros países, bem como por seus compatriotas, curiosos em conhecer o novo formato de trabalho e educação.


Lutou até o fim da sua vida para estabelecer uma relação justa entre capital e trabalho. Essa tentativa de associar essas duas partes tão díspares levou Marx a enquadrá-lo como um Socialista Utópico.


Não existe no Brasil, atualmente, uma tradução da autobiografia de Owen, o que me levou à tarefa de traduzir as 367 páginas dessa obra, disponível na internet, em inglês, e colocá-la à disposição de leitura em meu Blog (www.nilsonlattari.com.br), e tenho a oportunidade de divulgá-la, neste veículo, graças ao carinho especial do Filipe e do Ageu, responsáveis pelo O Folha de Minas. 


Assim sendo, convido a todos que queiram conhecer a biografia desse personagem tão importante a utilizar o link abaixo.


Tratando-se de uma obra cooperativa, posta como difusão de conhecimento, fica também o convite para sugestões, quanto à tradução, por parte dos leitores.


Obrigado.


https://nilsonlattari.com.br/a-vida-de-robert-owen/


https://www.ofolhademinas.com.br/materia/31457/cultura-e-entretenimento/a-vida-de-robert-owen-um-socialista-utopico






Divas da Disco Sylvester


Sylvester (Los Angeles, 6 de setembro de 1947 — São Francisco, 16 de dezembro de 1988), nascido Sylvester James Jr., foi um cantor estadunidense. Ele é o responsável pelo grande sucesso "You Make Me Feel (Mighty Real)", gravado em 1978, presente no álbum Step II, lançado pela Fantasy Records), e que foi número 1 da Billboard club hits. Outro sucesso seu, foi "Dance (Disco Heat)". Embora o barítono fosse a tessitura natural de sua voz, ficou famoso por dominar excepcionalmente a técnica do falsete, com a qual gravou seus maiores sucessos.

Gay assumido, fazia performances como drag queen, por vezes sendo chamado de "Rainha da discoteca". No início de 1987, revelou que era portador do HIV. Tendo sido criado em uma Igreja evangélica quando criança, respondeu, quando questionado se pensava que a doença era algum castigo de Deus por sua vida homossexual, afirmou:

Eu não acredito que a AIDS seja a ira de Deus. As pessoas tem a tendência de culpar Deus por tudo.
Ficou aos cuidados da amiga de longa data Jeanie Tracy até o fim da vida. Faleceu em 16 de dezembro de 1988, aos 41 anos, em decorrência da AIDS.
Em sua trajetória artistica Sylvester foi responsável por projetor uma das cantoras mais potentes da disco/ dance a grande cantora norte-americana Martha Wash.

Fonte: Wikipedia

domingo, 28 de janeiro de 2024

Tribunal de Haia ordena Israel a evitar atos genocidas: o que isso significa



BBC World Service é um serviço de rede pública de televisão do Reino Unido. Wikipedia (Inglesa) 

33.361 visualizações  26 de jan. de 2024  #Hamas #Israel #BBC
Israel deve tomar todas as medidas possíveis para evitar atos que possam ser considerados genocídio em Gaza.

Essa foi uma das determinações da Corte Internacional de Justiça no processo que julga acusações de genocídio apresentadas pela África do Sul contra o Estado israelense.

O julgamento é considerado por muitos o caso judicial mais importante do século.

Veja os detalhes nesta reportagem: https://www.bbc.com/portuguese/articl...

Na decisão de 26 de janeiro de 2023, a Corte também pediu a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas, mas não acatou o pedido sul-africano para um cessar-fogo imediato.

Mas essa ainda não é a decisão final da Corte. Uma sentença definitiva pode levar anos.

E, embora as decisões da Corte sejam vinculativas, não há nenhum mecanismo para garantir seu cumprimento. 

O governo israelense nega veementemente a acusação de genocídio. O premiê Benjamin Netanyahu afirmou que Israel “continuará a guerra até a vitória absoluta" e até que "todos os reféns sejam libertados".

Entenda no vídeo apresentado pelo jornalista Rafael Barifouse.

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#Israel #Hamas #Justiça #BBC

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

O rio no Iraque onde nasceu a civilização PODCAST


Este outrora poderoso rio, o Tigre, é onde os humanos desenvolveram a agricultura, a escrita e a roda. 

Mas agora a força vital do mundo antigo está ameaçada. Ouça áudio de reportagem de Leon McCarron, da BBC Travel. 

Leia também o texto: https://www.bbc.com/portuguese/articl....

O BBC Lê foi lançado como podcast que você pode ouvir ou baixar no Apple Podcasts (https://podcasts.apple.com/br/podcast...) e no Spotify (https://open.spotify.com/show/54YV8Rd...)

A lista completa dos episódios nos YouTube está aqui:   

 • BBC Lê   

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DONNA SUMMER SERÁ HOMENAGEADA NO GRAMMY DE 2024 OUTROS ÍCONES COMO GLADYS KNIGHT TAMBÉM SERÃO CELEBRADOS


Donna Summer será homenageada no Grammy de 2024.

Publicada em  13/01/2024 14:30:00

Durante a Semana do Grammy de 2024, a Recording Academy realizará uma cerimônia especial em 3 de fevereiro no Wilshire Ebell Theatre para celebrar os vencedores de 2024 dos prêmios Lifetime Achievement, e os homenageados incluem Donna Summer, Gladys Knight, NWA, Laurie Anderson, as Clark Sisters e Tammy Wynette.

Donna Summer, conhecida por sua inovação ao fundir R&B, soul, pop, funk, disco e música eletrônica de vanguarda, elevou a dance music dos clubes ‘undergrounds’ ao cenário mundial. Ela se destaca por ter três álbuns duplos consecutivos no topo da Billboard (a única artista solo a conseguir isso) e ser a primeira mulher com quatro singles número um no Hot 100 da Billboard em um ano.

Summer, que faleceu em 2012, conquistou cinco Grammys e foi indicada 18 vezes, sendo pioneira ao vencer a categoria de Melhor Performance Vocal de Rock Feminina (1979, “Hot Stuff”) e a recém-criada categoria de Melhor Gravação Dance (1997, “Carry On”), além de ter sido premiada em quatro gêneros diferentes: dance, gospel, rock e R&B.

Background Album Bad Girls
HOT STUFF
DONNA SUMMER
Album Bad Girls

Background Album Live and More
LAST DANCE
DONNA SUMMER
Album Live and More

Background Album Bad Girls
ON THE RADIO (LIVE)
DONNA SUMMER
Album Bad Girls

Harvey Mason Jr., CEO da Recording Academy, expressou a honra da instituição em reconhecer os laureados deste ano, destacando seu impacto transgeracional. “A Academia tem a honra de prestar homenagem aos ganhadores do Prêmio de Mérito Especial deste ano – um grupo notável de criadores e profissionais da indústria cujo impacto ressoa em gerações em todo o mundo”, disse o CEO. “Suas contribuições para a música abrangem gêneros, origens e ofícios, refletindo a rica diversidade que alimenta nossa comunidade criativa. Estamos ansiosos para homenagear esses pioneiros da indústria musical no próximo mês, como parte de nossa celebração de uma semana que antecede a Maior Noite da Música”.

Homenageados com o Lifetime Achievement Award: Este Prêmio de Mérito Especial é concedido por voto dos Curadores Nacionais da Recording Academy a artistas que, durante suas vidas, fizeram contribuições criativas de notável significado artístico para o campo da gravação. Nomes lendários como Diana Ross, Smokey Robinson, Salt-N-Pepa e Miles Davis estão entre os ganhadores anteriores do prestigiado prêmio.

https://www.antena1.com.br/noticias/donna-summer-sera-homenageada-no-grammy-de-2024

PLANO PARA APOIAR INDÚSTRIA DESAGRADOU LULA, DIZEM FONTES


 Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia em Brasília 08/01/2024 REUTERS/Adriano Machado

Publicada em  23/01/2024 17:24:21

Por Lisandra Paraguassu


BRASÍLIA (Reuters) - A nova política industrial apresentada com pompa pelo governo na segunda-feira foi recebida com decepção pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reclamou da versão final da proposta, disseram à Reuters duas fontes com conhecimento da reação do presidente.


Em reunião com ministros antes da apresentação do plano, Lula criticou o que considerou a falta de metas mais claras na proposta capitaneada por seu vice e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, de acordo com as fontes.


Lula também considerou que faltou ao plano parâmetros definidos para monitorar o avanço das propostas, especialmente nas áreas que envolvem financiamento para a indústria.


A cerimônia de apresentação do plano, no Palácio do Planalto, atrasou quase duas horas porque Lula estava reunido com os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Secretária de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para debater o programa. Foi nesse encontro que o presidente cobrou seus ministros.


Em sua fala durante a cerimônia de lançamento, ao pedir desculpas pelo atraso, Lula afirmou que a demora aconteceu porque teve 'uma discussão ruim sobre coisas boas', mas não deu detalhes. De acordo com as fontes, apesar de ter levado adiante a apresentação na própria segunda, Lula pediu ajustes ao plano, especialmente no monitoramento das metas.


Chamado de 'Nova Indústria Brasil', o plano vem sendo tocado por Alckmin desde a transição de governo, no final de 2022, e envolve áreas que vão de saúde a meio ambiente.


O plano prevê seis 'missões', que incluem descarbonização da economia e melhoria de infraestrutura e transformação digital da indústria, entre outros. O programa prevê 300 bilhões de reais em recursos para financiamentos, vindos principalmente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e também incentivos fiscais.


Na segunda-feira, após o anúncio do plano pelo governo, o dólar teve alta de mais de 1% em função dos receios com o equilíbrio fiscal brasileiro, ainda que operações do BNDES sustentem o programa -- o que não necessariamente trará impacto fiscal para o Tesouro.


Do lado da indústria, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) viu a iniciativa como tendo potencial de incentivar o desenvolvimento do setor, mas o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) disse que será necessário 'muito foco' por parte do governo para o plano ter sucesso.


Escrito por Reuters


https://www.antena1.com.br/noticias/plano-para-apoiar-industria-desagradou-lula-dizem-fontes


HADDAD DEFENDE DESONERAÇÃO DE INVESTIMENTOS AO RENOVAR PROGRAMA DE INCENTIVO AO SETOR PORTUÁRIO


 Ministro Fernando Haddad  28/12/2023 REUTERS/Adriano Machado

Atualizada em  23/01/2024 17:18:31


BRASÍLIA (Reuters) - Não existe país que se desenvolva sem investimentos, que precisam ser desonerados, disse nesta terça-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento sobre a prorrogação do Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária (Reporto).


Existente desde 2004, o Reporto isenta tributos de importação sobre máquinas, equipamentos, peças de reposição e outros itens para empresas e concessionárias do setor portuário. A prorrogação por cinco anos do programa, a um custo anual de 2 bilhões de reais, foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no fim de dezembro.


Haddad afirmou no evento que a renovação do Reporto segue premissas da reforma tributária ao desonerar os investimentos e também as exportações, o que amplia a competitividade do país e estimula a atividade.


(Por Bernardo Caram)


Escrito por Reuters


https://www.antena1.com.br/noticias/haddad-defende-desoneracao-de-investimentos-ao-renovar-programa-de-incentivo-ao-setor-portuario

CARMEN MCRAE - My foolish heart (Recorded Live at Bubba's)

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

A censura e a liberdade de expressão no século XXI


 A censura e a liberdade de expressão no século XXI


Redação

jornalggn@gmail.com

Do Jornal da USP


As faces modernas da censura


SOCIEDADE


Simpósio reúne pesquisadores para debater de que forma a restrição de conteúdos e o monitoramento de dados ferem as liberdades individuais nas sociedades do século 21


SILVANA SALLES



O senso comum trata a palavra “censura” como algo típico de regimes autoritários. Não causa nenhuma surpresa, portanto, lembrar que a ditadura que governou o Brasil de 1964 até o início de 1985 praticava a censura prévia. Ou que, décadas antes, o governo de Getúlio Vargas fazia o mesmo, inspirado pela censura imposta a Portugal pelo Estado Novo salazarista. O que surpreende é compreender que a censura ainda é praticada hoje em dia em diferentes países ao redor do mundo, mesmo quando não é institucionalizada e praticada pelo Estado. Atualmente, há uma espécie de censura difusa e diversificada, que se encontra capilarizada em países, instituições e empresas – o que dá uma nova dimensão, mais complexa e carregada de sutilezas e omissões, à discussão sobre liberdade de expressão.


Foi em torno desse problema que professores, pesquisadores e estudantes se reuniram nos dias 13 e 14 no 2º Simpósio Internacional Censura e Liberdade de Expressão em Debate. Promovido pelo Observatório de Comunicação, Liberdade de Expressão e Censura (Obcom) da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, o evento foi realizado no espaço da Intercom em Pinheiros, zona oeste da capital paulista, e contou com a presença de um grupo de professores portugueses que integrou um curso de educação a distância realizado no segundo semestre de 2013, numa parceria entre o Obcom e o Centro de Investigação em Mídia e Jornalismo (CIMJ) da Universidade Nova de Lisboa.


Segundo a coordenadora do Observatório, a professora Maria Cristina Castilho Costa, o simpósio congregou os participantes de duas atividades: o curso de atualização de 2013 e um projeto de pesquisa sobre censura que analisa material coletado na internet. Além disso, a ocasião celebrou o lançamento de dois livros, Diálogos sobre Censura e Liberdade de Expressão – Brasil e Portugal, organizado pela própria Cristina Costa, e Comunicação e Controle – Observações sobre liberdade, controle e interdição de expressão, organizado pela vice-coordenadora do Obcom e chefe do Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA, professora Mayra Rodrigues Gomes.


Quem censura? – O debate sobre liberdade de expressão não é nada novo no Brasil, como lembrou o professor José Marques de Melo logo na mesa de apresentação do evento. Tem mais de 200 anos, tendo sido iniciado com a publicação do Correio Braziliense, de Hipólito da Costa, que editava o jornal do exílio em Londres. Mas é somente a partir de 2000, quando pesquisadores da ECA começaram a se debruçar sobre o Arquivo Miroel Silveira, que a comunidade acadêmica da USP começou a notar a necessidade de colocar novos parâmetros a essa discussão. O arquivo, sob guarda da USP, contém mais de 6 mil processos de censura prévia ao teatro paulista emitidos entre 1930 e 1970.



“O que nós vimos de 2000 para cá é que o que é considerado censura mudou radicalmente. Nós não temos mais aquela censura estatal que obrigava os jornalistas e artistas a mudar a matéria antes de ser publicada, ou o filme ou a peça de teatro, como vemos no Arquivo Miroel Silveira”, explica Cristina Costa. Para identificar como é feita a censura na atualidade, o Obcom criou uma metodologia de trabalho que se inicia com o recolhimento de material sobre o assunto a partir de ferramentas de busca e de portais dos principais jornais nas línguas inglesa, espanhola e portuguesa. A coleta, que é feita por bolsistas de iniciação científica, passa então pela triagem dos coordenadores de língua e é enviada para um comitê científico que se reúne semestralmente para analisar o material.


Esse material é tão diverso que inclui desde notícias sobre restrições de veiculação à informação na Venezuela à questão da publicação de biografias não autorizadas no Brasil, incluindo, no meio do caminho, casos como o da campanha contra a apresentadora Laura Bozzo, no México, acusada de utilizar um helicóptero oficial do governo para fazer uma reportagem de TV sobre o furacão Manuel e se recusar a fornecer ajuda humanitária para as vítimas. Ou proibição de exibição de desenhos animados considerados violentos na China. A limitação do uso de redes sociais no ambiente de trabalho imposta a funcionários públicos na Austrália. A rotulagem de produções cinematográficas na Suécia de acordo com a classificação das personagens femininas como exemplos para as mulheres ou não. A ação do politicamente correto sobre o filme Walt nos Bastidores de Mary Poppins, no qual o personagem Walt Disney não aparece fumando um único cigarro, embora se saiba que a pessoa Walt Disney fumava três maços por dia. A pressão do governo britânico a jornalistas para que não publicassem os dados confidenciais vazados por Edward Snowden. Exemplos não faltam.


Em todos eles, a ambiguidade foi uma característica importante observada pelos pesquisadores: para esconder uma justificativa político-ideológica, a censura se utiliza de um discurso moralizante, que age no campo do senso comum. Sexualidade, gênero, produtividade e segurança nacional são fatores que aparecem no cerne desse tipo de discurso.


Outras tendências das novas formas de censura incluem o foco no audiovisual, que é motivo de preocupação em todas as sociedades, ante o texto; uma noção retrógrada de comunicação que considera o público passivo diante dos meios; e a internet como ambiente natural do único sistema globalizado de censura do mundo e que, além disso, é em parte automatizado.


A vigilância nas redes foi tema de importantes questionamentos durante o simpósio. Ana Cabrera, do CIMJ, para quem o monitoramento de dados pessoais de usuários de internet “é um atentado às liberdades individuais”, lembrou que as notícias sobre a denúncia de Snowden a respeito da prática da National Security Agency dos Estados Unidos acabaram alimentando uma série de mobilizações sociais contra a espionagem em massa. Ela ressaltou o perigo que representa para a democracia que governos confundam informação com espionagem.A quebra da privacidade também aparece como preocupação quando se fala sobre o mundo do trabalho. A professora Roseli Figaro, chefe do Departamento de Comunicação e Artes da ECA, analisou o material sobre censura e trabalho e descobriu que a imprensa fala muito pouco sobre as restrições de acesso e o monitoramento de dados de funcionários que são feitos pelas próprias empresas empregadoras, embora esta seja uma prática bastante comum. “É uma invasão do direito humano à privacidade e à informação que já é feita há muito tempo e com muita perspicácia pelas empresas no mundo do trabalho, e nós nem prestamos atenção nisso. Racionalizamos e tratamos como se fosse normal”, disse ela. Roseli contou ainda que, quando iniciou a pesquisa em 2012, entrou em contato com órgãos da ONU e sindicatos, porém, nenhum deles mostrou interesse sobre o assunto.



Outra interface possível diz respeito a mecanismos que não são apresentados como censórios, mas que podem influenciar a produção de conteúdo artístico, como as fontes de financiamento – vide o caso dos órgãos de fomento do cinema português, que a partir dos anos 80 dão clara prioridade a filmes mais voltados para o mercado internacional – e a classificação indicativa.




O simpósio do Obcom: para pesquisadores, monitoramento de dados de usuários da internet é um atentado às liberdades individuais


A classificação indicativa é um tipo de supervisão e controle prévio de produtos culturais compartilhado pelos países ocidentais – que, às vezes, compartilham sistemas internacionais, como os selos etários para games. Os grupos que a definem variam de país para país. Nos Estados Unidos, entidades como a Motion Picture Association of America são responsáveis por avaliar e rotular as produções. No Brasil, a classificação indicativa é feita por um braço do Ministério da Justiça, constituído por avaliadores indicados pelo governo, que só no ano passado anunciou que faria um cadastro de voluntários para contribuir com o controle social dos produtos audiovisuais exibidos no País.


Mayra Rodrigues avalia que a classificação indicativa para produtos culturais é em geral tratada de forma positiva, geralmente como uma reivindicação popular e muitas vezes como um dispositivo de proteção à dignidade e aos direitos de crianças e adolescentes. No âmbito do projeto do Obcom, a professora analisou um conjunto de 78 matérias jornalísticas sobre o assunto, das quais a maior parte apoiava a iniciativa. Havia, no entanto, apenas cinco matérias que relacionavam a supervisão do conteúdo com a questão da violência nos produtos culturais. “Isso me surpreendeu um pouco, pois é em torno desse tópico que tem se construído o debate sobre classificação indicativa”, contou Mayra.


A professora lembrou, ainda, que essa demanda por controle de conteúdo é massiva na internet. Esse, aliás, foi um problema levantado diversas vezes ao longo do simpósio, principalmente no que diz respeito à nudez e à sexualidade.


O tabu da nudez feminina e da sexualidade que foge do heteronormativo pode ser observado nos bloqueios de conteúdo no Facebook, onde a censura se dá tanto por programação de software capaz de identificar alguns parâmetros nas fotos dos usuários quanto pela denúncia de pessoas que se sentem ofendidas com as imagens. Assim, fotos da Marcha das Vadias, no qual parte das manifestantes vai às ruas sem camisa ou sutiã para questionar o machismo e hipersexualização dos corpos femininos, foram apagadas da rede social com base em um apelo à moralidade, que também já foi utilizado como base para a repressão policial.



Da mesma forma, há inúmeros relatos de fotos de mulheres amamentando seus filhos que foram removidas e casos como o da jornalista Cynara Menezes, que teve uma postagem censurada porque fazia referência a um texto intitulado “Comunistas transam melhor”, publicado em blog no site da revista Carta Capital. A mesma controvérsia aparece em outros sites que, a exemplo do Facebook, procuram separar pornografia e “nudez gratuita” do nu artístico ou “científico”, como YouTube, Instagram e Tumblr.


O entendimento da nudez como ofensa não é novidade: em 1865 o quadro Olympia, de Édouard Manet, chocava os visitantes do Salão de Paris por se afastar do cânone acadêmico ao retratar uma mulher que poderia ser identificada como uma prostituta deitada como uma Vênus clássica, porém exibindo um olhar desafiador que mira diretamente o espectador.


Desinformação – “Achamos que tinha acabado a censura, mas nos últimos anos ficou claro que ela existe. Creio que andamos iludidos, porque a censura sempre lá esteve. Os jornalistas também estavam enganados, porque nunca quiseram denunciar tal censura. O perigo hoje em dia é que a censura não é mais monopólio do Estado, é das empresas, que são organizações fechadas onde não cabe liberdade nenhuma”, afirmou Leonor Areal, docente da Universidade de Coimbra, em Portugal. Em um mundo altamente digitalizado, onde um algoritmo é capaz de censurar previamente uma foto que se tenta postar em uma rede social, de que forma o acesso à informação é limitado?


Um dos fatores levantados por Leonor é a migração dos jornalistas para as atividades de media management, que ela considera análogas às do século 20, por envolverem o monitoramento constante do que se diz sobre uma organização nas redes.


Outro fator, este levantado por Francisco Rui Cádima, catedrático da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, é o alinhamento da mídia com os interesses do sistema financeiro após o crash de 2008, o que revelou a falta de um olhar crítico ao processo social nas redações dos jornais europeus e a falta de transparência e escrutínio da coisa pública. “Estamos em uma sociedade da desinformação”, diz ele. Tampouco a pressa das redes sociais ajuda: se, de um lado, ela dá voz aos que não têm voz, por outro, esta pode ser uma voz distorcida.



Assim como seus colegas portugueses, Isabel Ferin, de Coimbra, coloca que a ruptura de 2008 indica uma passagem de modelo, na qual os direitos civis perdem em importância para os direitos contratuais e o cidadão é menos importante do que o consumidor. Nesse contexto, o Brasil aparece como um lugar onde “as funções do Estado estão sendo usurpadas por grandes corporações”, conforme diz o professor Eugenio Bucci, do Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA.


Para combater esse diagnóstico, o professor Manuel Carlos Chaparro, também da ECA, propõe que se deixe de falar muito sobre liberdade de imprensa e se comece a falar mais em direito à informação. Ao mesmo tempo, é importante compreender o conteúdo do discurso que se produz no intervalo entre acontecimento e notícia, mesmo que este seja pequeno, como é atualmente. “É difícil entender censura e autocensura sem entender as relações de poder, a liberdade de imprensa que não é uma luta pelo direito à informação, mas pela liberdade para promover os interesses do capitalismo. As novas políticas permitem uma ruptura”, explica ele.


https://jornalggn.com.br/cidadania/a-censura-e-a-liberdade-de-expressao-no-seculo-xxi/

sábado, 20 de janeiro de 2024

Genocídio Armênio, uma política de Estado que inspirou os nazistas, é negado por motivos políticos. Apenas 30 países definem assim a matança de armênios iniciada em 1915, embora os historiadores não hesitem em usar esse termo (Guillermo Altares EL PAÍS)



RETROSPECTIVA


 Madri - 01/05 2021

Soldados turcos posam depois do enforcamento de vários armênios em 1915 em Aleppo, na Síria.


AFP


WASHINGTON, DC - APRIL 24: U.S. President Joe Biden boards Marine One on the Ellipse on April 24, 2021 in Washington, DC. U.S. President Joe Biden and First lady Jill Biden will spend the weekend in Delaware.   Tasos Katopodis/Getty Images/AFP

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Biden reconhece como “genocídio” o massacre de armênios sob o Império Otomano

Imagem do Instituto-Museu do Genocídio Armênio, na qual se vê um grupo de armênios enforcados pelas forças otomanas em junho de 1915.

Genocídio armênio: veja pontos-chave da matança


Papa define como genocídio a matança de armênios há um século

A palavra genocídio não foi cunhada na época do genocídio armênio. Mas foi esse crime contra a humanidade, que marcou no começo do século XX o início de uma era de extermínios em massa, que levou o jurista polonês Raphael Lemkin a procurar um novo termo que definisse uma atrocidade que até então não tinha nome: o empenho em assassinar na sua totalidade um grupo étnico ou religioso, pelo simples fato de existir.


Não é o único paradoxo que cerca a deportação e o extermínio, sistemático e planejado, de até 1,5 milhão de armênios pelo Império Otomano entre 1915 e 1918. Entre os historiadores independentes, existe uma aceitação sem fissuras de que se trata de um genocídio, mas apenas 30 países reconhecem isso —o mais recente a fazê-lo foram os Estados Unidos, na semana passada, por intermédio do seu presidente, Joe Biden; a Espanha e o Brasil ainda não o fizeram. A Turquia considera uma ofensa, e inclusive um delito previsto no artigo 301 do Código Penal, a utilização desse termo, preferindo em vez disso enquadrar as matanças no âmbito da I Guerra Mundial.


“O genocídio armênio é um fato estabelecido entre os acadêmicos”, diz dos Estados Unidos Taner Akçam, diretor do Centro de Estudos do Holocausto e dos Genocídios na Universidade Clark (Massachussets). Definido pelo The New York Times como “o Sherlock Holmes do genocídio armênio”, dedicou toda a sua carreira a buscar e publicar provas de que o assassinato de armênios não foi um pogrom desorganizado e espontâneo, e sim uma política de Estado dos chamados Jovens Turcos, que tomaram o poder em 1908 e se mantiveram até 1918, quando, depois da I Guerra, o Império Otomano se dissolveu. Na história otomana, a violência contra os armênios, e os cristãos em geral, era cíclica (200.000 armênios já haviam sido massacrados entre 1894 e 1896), mas até então ninguém havia estabelecido como objetivo o extermínio total.


“Inclusive entre o establishment norte-americano”, prossegue Taner Akçam, “no Congresso ou no Executivo, não há nenhuma dúvida de que o que ocorreu com os armênios pode ser qualificado como genocídio. O presidente teve dúvidas quanto a usar esse termo por motivos políticos. Foi algo muito planejado. E posso demonstrar facilmente que temos mais provas documentais do genocídio armênio do que do Holocausto. Temos alguns quantos telegramas autentificados que mostram claramente a intenção genocida das autoridades turcas”.


Em livros como A shameful act (Um ato vergonhoso, sem tradução para o português) e Killing orders (ordens homicidas, também sem tradução), Akçam revela telegramas criptografados do ministro do Interior dos Jovens Turcos, Talat Pasha, assassinado em 1921 por um militante armênio, que não deixam dúvida quanto às suas intenções. Durante anos, o Governo turco afirmou serem falsificações, mas, depois de um trabalho detetivesco, Akçam demonstrou que eram autênticos.


Em um deles, em setembro de 1915, no princípio das matanças, Talat Pasha ordenava: “O Governo decidiu eliminar totalmente todos os armênios que vivem na Turquia (…). Sem dar atenção ao fato de serem mulheres, crianças ou doentes. Por mais trágicos que possam parecer estes métodos de extermínio, deve-se pôr fim à sua existência, sem escutar nossa consciência”. Embora os originais tenham sido destruídos, Akçam encontrou fotografias desses telegramas em Nova York em 2015.


Há provas de que os nazistas, antes do Holocausto, durante o qual foram assassinadas seis milhões de pessoas, tomaram nota do ocorrido na Turquia para seu projeto de exterminar os judeus europeus. “Em 22 de agosto de 1939, Hitler proferiu um discurso aos seus generais sobre a próxima guerra com a Polônia”, relata o historiador norte-americano Benjamin Carter Hett, autor de The death of democracy (A morte da democracia, sem tradução), sobre a chegada do Hitler ao poder. “Há três transcrições diferentes do que ele disse. Uma das transcrições, a menos confiável, o cita dizendo: ‘Quem, depois de tudo, fala hoje da aniquilação dos armênios?’. As outras duas transcrições não contêm esta frase”. O fato de essa transcrição circular depois de uma notícia do The New York Times em 1945 demonstra que, já na década de quarenta, se estabelece uma relação entre os massacres de armênios e judeus.


“Sem dúvida teve muita influência sobre Lemkin como modelo de estudo, como ele conta em sua autobiografia”, diz o juiz José Ricardo de Prada, um dos maiores especialistas espanhóis em justiça internacional e que participou do tribunal de apelação da sentença contra o genocida sérvio Radovan Karadzic. “Provavelmente fez parte do que seu conceito queria englobar, o que aconteceu é que este conceito não se transferiu, ao menos totalmente, à definição contida na Convenção de Genocídio, e que depois se transformou na definição penal de genocídio nos estatutos dos tribunais internacionais e nos códigos penais da maioria dos Estados. Esta definição é muito mais limitada.”


Samantha Power, que foi embaixadora dos EUA na ONU no governo Obama, ganhou em 2002 o prêmio Pulitzer com Genocídio (Companhia das Letras). Ali ela conta como Lemkin, sendo estudante na cidade de Lviv (então na Polônia, agora na Ucrânia), teve uma discussão com um professor que justificava as matanças de armênios sustentando que, no fim das contas, um Governo tinha o direito de fazer o que quisesse com seus cidadãos, inclusive assassiná-los “como um dono de granja que abatesse seus próprios frangos”. Da indignação que lhe provocou aquela discussão surgiu a ideia de que deveriam existir leis, acima dos Estados, que punissem esses crimes. O jurista britânico Philippe Sands narra em seu livro East-west street (Rua leste-oeste, sem tradução) o nascimento dos conceitos de genocídio e crimes contra a humanidade, que Lemkin apontou: “Uma nação foi assassinada, e os culpados foram deixados em liberdade”.


“No genocídio armênio não houve uma pessoa como Hitler”, observa por sua vez Taner Akçam quando perguntado sobre as diferenças entre esses dois crimes contra a humanidade. “O genocídio foi uma decisão de um partido político, o Comitê de União e Progresso, implementada por um partido político. Esta é uma das principais diferenças entre o Holocausto e o genocídio armênio. A outra é que os Jovens Turcos não tinham uma ideologia racista que possamos comparar com a dos nazistas. Eram nacionalistas, sem dúvida, mas tomaram a decisão genocida porque consideraram que a mera existência dos armênios era uma ameaça para o Império e acharam que podiam eliminar essa ameaça ao assassinar todos os armênios”. O pretexto esgrimido pelos Jovens Turcos para desencadear as matanças foi que os armênios se alinhariam com os russos na I Guerra Mundial.


O genocídio foi uma mistura de deportações maciças para os desertos da Síria, então parte do Império Otomano, e assassinatos em massa, das formas mais brutais. A limpeza étnica foi total. “Povoado após povoado, cidade após cidade, eram esvaziadas de sua população armênia”, afirma o escritor norte-americano de origem armênia Peter Balakian em seu emocionante livro Black dog of fate (Cão preto do destino, sem tradução). Balakian mistura as lembranças de sua família —sobrevivente do genocídio— com o relato histórico das perseguições, mas narra também outra consequência das matanças: a diáspora armênia.


Nem o Holocausto nem o genocídio armênio conseguiram cumprir seu objetivo final, apagar judeus e armênios da face da Terra. Entretanto, conseguiram destruir culturas milenares, a dos judeus da Europa Oriental e dos armênios da Anatólia. Auschwitz e Deir ez-Zor, o campo no deserto sírio onde dezenas de milhares de armênios foram mortos de fome; os cemitérios judaicos abandonados e as sinagogas esquecidas da Polônia; as ruínas de Ani, a capital medieval armênia, arrasada em 1921 pelas autoridades da nascente Turquia —todos esses lugares recordam as ausências que o horror do século XX deixou para trás, o silêncio das vítimas e o erro que é esquecer.


Fonte: EL PAÍS




 

Super alunos da Universidade Infantil/Performance que tiraram as melhores notas nas redações ENEM. Parabéns! queridos alunos. Presente atuante e futuro próspero a todos vocês nessa nova jornada de suas vidas









A maior felicidade que sentimos é ver nossos alunos voando cada vez mais alto e construindo um futuro brilhante! Temos certeza que essa conquista não foi à toa! Parabéns a vocês e a todos os professores que contribuíram para esse resultado! 


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quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Mark Twain, escritor norte-americano


 Mark Twain, escritor norte-americano

Por Dilva Frazão


Biografia de Mark Twain

Mark Twain (1835-1910) foi um escritor norte-americano, autor dos livros "Aventuras de Tom Sayer" “O Príncipe e o Mendigo”, "As Aventuras de Huckleberry Finn", entre outros. Foi considerado um dos autores mais importantes do oeste americano.


Mark Twain (1835-1910) nasceu na pequena vila de Florida, no Estado de Missouri, nos Estados Unidos, no dia 30 de novembro de 1835. Registrado com o nome de Samuel Langhorne Clemens, mais tarde, ficou conhecido com o pseudônimo de Mark Twain.


Em 1839, sua família mudou-se para a cidade portuária de Hannibal, às margens do rio Mississipi. Desde criança conheceu a tristeza quando foi levado a uma vila de pioneiros do oeste central e viu escravos açoitados e homens baleados, em plena rua.


Twain estudava em uma escola particular, mas quando tinha 12 anos ficou órfão de pai e aos 13 anos deixou a escola para se tornar aprendiz de tipógrafo.


Jornalista

Em 1850, começou a trabalhar no jornal de seu irmão, o Hannibal Journal, como impressor e assistente editorial. Foi então que descobriu que gostava de escrever textos humorísticos, que mais tarde empregaria em suas melhores obras.


Herdou do pai o espírito aventureiro e dois anos depois, deixou sua cidade para trabalhar em uma tipografia na cidade de St. Louis. Nessa época começou a escrever seus textos de humor.


Mark Twain assistiu a morte de uma irmã e um irmão.  Com 23 anos outro irmão morreu na explosão de um navio, no Mississipi. Aos trinta anos, estava tão desalentado que encostou uma pistola na cabeça, mas não se sentiu com coragem de puxar o gatilho.



Com a guerra civil de 1861, seguiu para o noroeste e chegou a Nevada. Em 1863, em Virgínia City, usou pela primeira vez, como reporter, o pseudônimo de "Mark Twain", expressão usada pelos barqueiros que significava “marca segura para se navegar”.


Início da carreira de escritor

Atraído pela corrida do ouro, foi para a Califórnia e colaborou com dois jornais. Em 1865 conquistou o público e ganhou fama com o conto “A Célebre Rã Saltadora do Condado de Calaveras”, publicado no Evening Press de New York.


Em 1867, Twain viajou para a França, Itália e Palestina, em busca de material para seu primeiro livro, “Os Inocentes no Estrangeiro”, que foi publicado em 1869, e nele o autor estabeleceu sua reputação humorística, que ocultava em um coração amargurado. 


Em 1870, contratado por dois jornais, viajou como correspondente à Europa, Turquia e Palestina. O material serviu para escrever seu segundo livro “Os Inocentes no Estrangeiro” (1869).


A consagração veio com o livro: “As Aventuras de Tom Sawyer” (1876), uma reconstituição da infância, mas também uma resposta aos livros moralistas em voga, que se tornou um clássico da literatura juvenil.


Twain continuou fazendo sucesso com o lançamento de: “Vida no Mississipi” (1883) e “As Aventuras de Huckleberry”, sua obra prima.

Sua popularidade cresceu com a publicação do romance histórico para crianças “O Príncipe e o Mendigo” (1884) e com a sátira “Um Ianque na Corte do Rei Artur”.

Com o passar dos anos, o humor de Mark Twain virou pessimismo. Ateu, tornou-se cada dia mais radical na crítica ao puritanismo predominante nos Estados Unidos.

Nas obras “O Forasteiro Misterioso” (1916) e “Autobiografia” (1924), publicados postumamente, dirigiu duras e revoltadas críticas à sociedade americana.

Mark Twain faleceu em Redding, em Connecticut, Estados Unidos, no dia 21 de abril de 1910.


Frases de Mark Twain

Recolha um cão de rua, dê-lhe de comer e ele não morderá: eis a diferença fundamental entre o cão e o Homem.

Vamos agradecer aos idiotas. Não fosse por eles não faríamos tanto sucesso.

Algumas pessoas nunca cometem os mesmos erros duas vezes. Descobrem sempre novos erros para cometer.

Se estiver zangado, conte até cem; se estiver mesmo muito zangado, blasfeme.

É melhor merecer honrarias e não recebê-las do que recebê-las sem merecer.

A gente não se liberta de um hábito atirando-o pela janela: é preciso fazê-lo descer a escada, degrau por degrau.

 Fonte: https://www.ebiografia.com/mark_twain/

domingo, 14 de janeiro de 2024

O que emperra a solução de dois Estados para israelenses e palestinos?




dez. de 2023  #hamas #bbcnewsbrasil #israel
Em meio ao conflito entre tropas israelenses e o Hamas na faixa de Gaza, cresceram os apelos pela chamada solução de dois Estados, que propõe a criação de um Estado Palestino independente ao lado de Israel.

Apesar de contar com amplo apoio da comunidade internacional e de ter sido a base para os Acordos de Oslo, de 1993, a solução nunca saiu do papel.

Neste vídeo, nosso repórter Ricardo Senra explica a posição de cada lado, detalha os obstáculos para a paz e debate: a solução de dois Estados ainda é viável? Confira.

#bbcnewsbrasil #israel #hamas #gaza 

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quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

MAITREYA [ ELECTRONIC MUSIC ] Konstantinos Delioglou. Essa nova música é fascinante.


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EYA [ ELECTRONIC MUSIC ]

Konstantinos Delioglou