Konstantinos - Uranus

terça-feira, 25 de julho de 2023

Censo 2022: 5 revelações sobre a população brasileira BBC News Brasil




Após a pandemia de coronavírus e cortes orçamentários, os resultados do Censo 2022 começaram a ser divulgados.

A primeira etapa de divulgação, que traz números da população do país, de Estados e municípios, revela que a população brasileira aumentou 6,5% e que várias capitais brasileiras diminuíram em população.

Nos próximos meses, serão divulgadas novas informações do Censo — por exemplo, sobre povos indígenas, migração e religião —, mas ainda não há um calendário fechado.

A repórter Laís Alegretti mostra cinco destaques das primeiras informações reveladas pelo Censo 2022, que visitou 106,8 milhões de endereços em todo o Brasil.

Reportagem em texto: https://www.bbc.com/portuguese/brasil...

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quinta-feira, 20 de julho de 2023

O MASSACRE de MUNIQUE: O Setembro Negro nas Olimpíadas de 1972.



Em 05/09/1972, um ataque terrorista marcou os Jogos Olímpicos e ficou conhecido como o Massacre de Munique. Nesse dia, 11 membros da equípe olímpica de Israel foram feitos de reféns pelo grupo terrorista palestino Setembro Negro. Ao longo do sequestro, todos os atletas foram assassinados. Um agente da polícia alemã e cinco terroristas também foram assassinados.

O Massacre de Munique 1972 - Setembro Negro Documentario (Dublado) History Chanell


Em 05/09/1972, um ataque terrorista marcou os Jogos Olímpicos e ficou conhecido como o Massacre de Munique. Nesse dia, 11 membros da equípe olímpica de Israel foram feitos de reféns pelo grupo terrorista palestino Setembro Negro. Ao longo do sequestro, todos os atletas foram assassinados. Um agente da polícia alemã e cinco terroristas também foram assassinados.

Os motivos para Europa buscar reaproximação com Brasil e outros países l...

domingo, 2 de julho de 2023

Martha Wash - Rise and Shine

Ícone da Disco MARTHA WASH fala sobre a evolução da indústria da música




CELEBRANDO A HISTÓRIA NEGRA

Disco ícone Martha Wash fala sobre a evolução da indústria da música

martha wash-indústria musical-cultura gay-discoteca-the weather girls-está chovendo men-sylvester

Martha Wash. Fotos por Mike Ruiz

Durante sua carreira de quase 50 anos, Martha Wash testemunhou a notável evolução da cultura gay e da música disco.


Na verdade, sua incursão na indústria da música envolveu ambos, já que ela era uma cantora de apoio para o ícone gay da discoteca Sylvester. 


Wash, 69 anos, lembrou-se de nem saber para quem ela estava fazendo o teste quando agendou o show aos 20 anos. “Eu pensei que iria fazer um teste para algumas pessoas que queriam cantores de fundo ou cantores de sessão – você sabe, cantores de estúdio”, disse ela. “Eu não sabia que iria fazer um teste para Sylvester.”


Sylvester, ou Sylvester James Jr., foi um cantor prolífico que produziu sucessos de disco, blues, soul e ritmo nas décadas de 1970 e 1980. Ele era uma raridade na indústria na época porque era aberto sobre sua sexualidade. Wash se lembra com carinho de Sylvester, que morreu em 1988, e dos shows que eles costumavam fazer juntos em clubes gays.


Embora ser gay não fosse tão amplamente aceito na cultura popular naquela época, Wash - também agora considerado um ícone gay por muitos - diz que a realidade sempre fez parte de sua vida e ela é uma defensora LGBTQ + há muito tempo. “Mesmo antes de cantar para Sylvester, havia crianças na minha escola que eram gays, e alguns deles eram meus amigos, e sempre foi assim”, diz Wash.


Olhando para trás em sua carreira 

Depois de trabalhar com Sylvester, Wash e sua colega cantora Izora Armstead formaram um novo grupo. Juntas, as duas mulheres se autodenominaram Two Tons O 'Fun e mais tarde passaram a se chamar The Weather Girls. Sua canção mais vendida, "It's Raining Men", foi escrita por Paul Jabara e Paul Shaffer e lançada em 1982.


“Jabara nos pediu para gravar a música, e inicialmente eu disse a ele que não achava que alguém compraria a música”, lembrou Wash. “Ele nos implorou para gravar a música. Ele o havia oferecido a Diana Ross, Cher, Barbra Streisand e Donna Summer - todas recusaram. A música estava basicamente finalizada, exceto pelo vocal principal, então gravamos a música alguns dias depois em Los Angeles. Saímos do estúdio e dissemos: 'Ok, até logo!' e voltamos a fazer o que estávamos fazendo.” 



Hoje, “It's Raining Men” é um ícone por si só e uma música tocada em eventos especiais, de casamentos a bar mitzvahs e festas de aniversário. “Acabou de se tornar uma daquelas músicas que todo mundo vai para a pista de dança e dança - dos avós aos netos. Todo mundo se diverte com essa música”, disse Wash.


Refletindo sobre a indústria da música 

Apesar de seu sucesso, ser uma cantora profissional nem sempre foi fácil. Wash observou que, durante o auge de sua carreira, o público e as gravadoras pareciam preferir uma aparência específica - ou seja, artistas magros - e que, no geral, a ótica parecia importar mais do que o talento. “Embora as mulheres negras grandes fossem conhecidas por seu talento, era o visual que os empresários levavam em consideração”, explicou ela. 


Wash se posicionou contra a indústria na época e hoje ela é uma artista independente e gosta de experimentar diferentes gêneros - um privilégio que ela não considera garantido. Renunciar a um contrato com uma gravadora é algo que ela encoraja os artistas mais jovens a se arriscarem, se puderem, embora reconheça que apenas uma pequena fração dos artistas independentes é notada.


Hoje em dia, Wash também continua a gravar e se apresentar, mais recentemente em uma turnê com as Primeiras Damas do Disco. Ela também continua sendo uma defensora da comunidade LGBTQ + , bem como das pessoas de cor. Ela acrescentou que, no que diz respeito à representação na indústria, melhorou - mas ainda há um longo caminho a percorrer.


“Acho que todos nós vimos ao longo dos anos e ao longo das décadas que muitas pessoas pensam que pessoas de cor e pessoas LGBTQ + não devem ser reconhecidas como cidadãs, como seres humanos, como parte deste país e como parte deste mundo. Está errado”, disse Wash. “Ninguém vive neste mundo sozinho. Nem todo mundo é o mesmo, e todo mundo nunca será o mesmo. Podemos superar as diferenças de qual é a cor da sua pele ou o gênero ao qual você se refere, mas trate-os como um ser humano - apenas mais uma pessoa que possivelmente um dia salvará sua vida. Se isso acontecesse, acho que este mundo seria muito melhor.”

FONTE:

https://www.modernwellnessguide.com/celebrating-black-history/disco-icon-martha-wash-on-the-evolution-of-the-music-industry/


 

quarta-feira, 28 de junho de 2023

Revolta dos Malês


 Revolta dos Malês

A Revolta dos Malês foi uma revolta de africanos escravizados que aconteceu na cidade de Salvador, em 1835, e mobilizou cerca de 600 africanos.

A cidade de Salvador foi palco da maior revolta de escravos da história do Brasil.


A Revolta dos Malês foi uma revolta de escravos que aconteceu na cidade de Salvador, na Bahia, em 1835. Essa foi a maior revolta de escravos da história do Brasil e mobilizou cerca de 600 escravos que marcharam nas ruas de Salvador convocando outros escravos a se rebelarem contra a escravidão. A Revolta dos Malês, que ficou marcada pela grande adesão de africanos muçulmanos, acabou fracassando e os envolvidos foram duramente punidos.


Escravidão no Brasil

A escravidão foi introduzida no Brasil ainda no século XVI pelos portugueses. Os primeiros africanos a desembarcarem como escravos foram trazidos para Recife. Ao longo de mais de 300 anos de escravidão, indígenas, africanos e crioulos (nascidos no Brasil) sofreram com a violência e a exploração dessa instituição.


Os escravos, por sua vez, não eram passivos à sua situação e resistiam ao trabalho escravo de diversas maneiras. Os escravos poderiam fugir individualmente ou até coletivamente e muitos dos que fugiam se abrigavam em quilombos, um reduto de escravos fugidos que teve em Palmares seu grande símbolo.


As revoltas também eram um ponto importante e muitas delas eram violentas. Nelas, os escravos voltavam-se contra seus senhores ou até mesmo contra as próprias autoridades da região em que eram escravizados. A Bahia foi um grande símbolo de revoltas de escravos, sobretudo na primeira metade do século XIX.


Acesse também: Entenda as diferenças da escravidão de indígenas e africanos


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Revoltas na Bahia escravista

Na primeira metade do século XIX, a Bahia recebeu um grande número de africanos escravizados, sobretudo nagôs (iorubás) e haussás. A grande presença de africanos naquele estado contribuía para que eles se organizassem contra a escravidão, mas a rebeldia dos escravos instalados na Bahia é explicada também pelo fato de que esses dois grupos citados haviam um histórico recente de envolvimento em guerras.


Na primeira metade do século XIX, aconteceram trinta revoltas de escravos na Bahia, das quais metade aconteceu na década de 1820, conforme pontua o historiador João José Reis|1|. A Revolta dos Malês foi o maior exemplo dessas revoltas escravas na Bahia do XIX, mas além dela outras revoltas aconteceram, como foi o caso da Revolta de 1807.


No caso da Revolta de 1807, uma conspiração de escravos foi descoberta em maio daquele ano. Os escravos que estavam se organizando, planejavam atacar igrejas católicas, queimar imagens católicas e promover a ascensão de um líder muçulmano no poder de Salvador. Os planos dos escravos incluíam a expansão territorial por parte do Nordeste brasileiro.


Outras revoltas aconteceram em 1809, 1814, 1826 etc. A maior revolta africana que aconteceu no Brasil foi a Revolta do Malês, que se passou em Salvador em 1835. Essa revolta mobilizou cerca de 600 africanos escravizados e, apesar de ter sido fracassada no final, a possibilidade de novas revoltas de escravos atemorizou os senhores de escravos, sobretudo pelo medo de que o exemplo haitiano pudesse se repetir aqui.


Participantes

A Revolta do Malês aconteceu em Salvador, em 25 de janeiro de 1835. Na época, a capital da Bahia possuía cerca de 65 mil habitantes e desse número cerca de 40% era de escravos. Se fosse aglomerada toda a população de negros em Salvador, o número chegava a 78% da população da cidade. Assim, somente 22% da população de Salvador era de brancos|2|.


Os envolvidos nessa revolta foram, em sua maioria, escravos nagôs (também conhecidos como iorubás) e haussás – embora os segundos estivessem em menor número. Os participantes da revolta eram, em geral, muçulmanos, embora tenham existido aqueles que fossem adeptos de religiões de matriz africana.


O grande número de muçulmanos participando dessa revolta influenciou na forma como ela foi chamada. A palavra “malês” utilizada para nomear o acontecimento é derivado de imalê, que no idioma iorubá significa “muçulmano”. Ao todo, cerca de 600 africanos participaram da Revolta do Malês.


Os envolvidos com a Revolta do Malês optaram por fazer sua revolta no final do Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos. Os africanos escolheram exatamente o dia da festa conhecida como Lailat al-Qadr, traduzida como Noite da Glória, que relembrava o dia em que o Corão foi revelado a Muhammad (Maomé).


Essa revolta foi formada exclusivamente por escravos nascidos na África, e os historiadores possuem algumas evidências que apontam que os africanos envolvidos na revolta, caso fossem vitoriosos, voltariam-se contra todos aqueles que tivessem nascidos no Brasil, sejam eles escravos ou livres.


Os escravos que participaram da Revolta do Malês eram majoritariamente escravos urbanos e trabalhavam em diversos ofícios como sapateiros, ferreiros, carregadores de cadeira etc. Os escravos da lavoura era a minoria dos envolvidos e os poucos que participaram da revolta vieram da região do Recôncavo Baiano.


Líderes

A Revolta dos Malês contou com oito líderes dos quais a maioria era nagô. O nome dos líderes dessa revolta eram:


Ahuna


Pacífico Licutan


Sule ou Nicobé


Dassalu ou Damalu


Gustard


Manuel Calafate


Luís Sanim (esse era do povo tapa e também chamados de nupes)


Elesbão do Carmo ou Dandará (esse era haussá)


Como terminou a Revolta dos Malês?

A revolta eclodiu na madrugada do dia 25 de janeiro de 1835. Na ocasião, alguns escravos rebelaram-se abruptamente, porque sua conspiração havia sido denunciada. Todo o planejamento tinha sido realizado pelos escravos urbanos – aproveitavam-se do fato de possuírem uma maior liberdade em relação ao escravo da lavoura.


As reuniões aconteceram em diversos locais de Salvador, como nos locais de trabalho. Os escravos africanos que se rebelaram estavam usando um abadá branco (roupa típica dos muçulmanos) e estavam usando amuletos com escritos do Corão em árabe, como forma de proteção. As batalhas estenderam-se na cidade de Salvador por quatro horas e resultou na morte de 70 africanos e 9 mortos daqueles que lutaram contra os africanos|3|.


A última batalha aconteceu em um local de Salvador chamado Água de Meninos e ali, os africanos foram derrotados. O combate em Água de Meninos estendeu-se até por volta das 4 horas da madrugada e muitos dos escravos encurralados tentaram fugir a nado pelo mar e muitos se afogaram tentando fazer isso.


Acesse também: Entenda a revolta que agitou Salvador entre 1837 e 1840


Formas de punição

O historiador João José Reis listou que as formas de punição foram as seguintes: prisão simples, prisão com trabalho, açoite, morte e deportação para a África|4|. Houve casos de africanos sentenciados a sofrer 1200 chibatadas e dezesseis foram condenados à morte, mas desses, 12 reverteram sua pena e só quatro foram de fato executados.


O acontecimento da Revolta dos Malês aumentou consideravelmente a repressão sobre os escravos africanos na Bahia nos anos seguintes. Essa repressão afetou tanto escravos como libertos e existem estudos que afirmam que dos 5 mil libertos que habitavam em Salvador cerca de 20% foi forçada a retornar para a África|5|.


Esses libertos obrigados a retornar para a África foram o reflexo de uma lei aprovada em Salvador no mesmo ano da Revolta dos Malês, que afirmava que todos os africanos suspeitos de envolvimento com revoltas seriam deportados para o continente africano.


https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/revolta-males.htm