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domingo, 27 de abril de 2014
Inconfidência Mineira Os detalhes de uma das maiores revoltas do Brasil Colônia: A Inconfidência Mineira.
Inconfidência Mineira
Os detalhes de uma das maiores revoltas do Brasil Colônia: A Inconfidência Mineira.
No século XVIII, a ascensão da economia mineradora trouxe um intenso processo de criação de centros urbanos pela colônia acompanhada pela formação de camadas sociais intermediárias. Os filhos das elites mineradoras, buscando concluir sua formação educacional, eram enviados para os principais centros universitários europeus. Nessa época, os ideais de igualdade e liberdade do pensamento iluminista espalhavam-se nos meios intelectuais da Europa.
Na segunda metade do século XVIII, a economia mineradora dava seus primeiros sinais claros de enfraquecimento. O problema do contrabando, o escasseamento das reservas auríferas e a profunda dependência econômica fizeram com que Portugal aumentasse os impostos e a fiscalização sobre as atividades empreendidas na colônia. Entre outras medidas, as cem arrobas de ouro anuais configuravam uma nova modalidade de cobrança que tentava garantir os lucros lusitanos.
No entanto, com o progressivo desaparecimento das regiões auríferas, os colonos tinham grandes dificuldades em cumprir a exigência estabelecida. Portugal, inconformado com a diminuição dos lucros, resolveu empreender um novo imposto: a derrama. Sua cobrança serviria para complementar os valores das dívidas que os mineradores acumulavam junto à Coroa. Sua arrecadação era feita pelo confisco de bens e propriedades que pudessem ser de interesse da Coroa.
Esse imposto era extremamente impopular, pois muitos colonos consideravam sua prática extremamente abusiva. Com isso, as elites intelectuais e econômicas da economia mineradora, influenciadas pelo iluminismo, começaram a se articular em oposição à dominação portuguesa. No ano de 1789, um grupo de poetas, profissionais liberais, mineradores e fazendeiros tramavam tomar controle de Minas Gerais. O plano seria colocado em prática em fevereiro de 1789, data marcada para a cobrança da derrama.
Aproveitando da agitação contra a cobrança do imposto, os inconfidentes contaram com a mobilização popular para alcançarem seus objetivos. Entre os inconfidentes estavam poetas como Claudio Manoel da Costa e Tomas Antonio Gonzaga; os padres Carlos Correia de Toledo, o coronel Joaquim Silvério dos Reis; e o alferes Tiradentes, um dos poucos participantes de origem popular dessa rebelião. Eles iriam proclamar a independência e a proclamação de uma república na região de Minas.
Com a aproximação da cobrança metropolitana, as reuniões e expectativas em torno da inconfidência tornavam-se cada vez mais intensas. Chegada a data da derrama, sua cobrança fora revogada pelas autoridades lusitanas. Nesse meio tempo, as autoridades metropolitanas estabeleceram um inquérito para apurar uma denúncia sobre a insurreição na região de Minas. Através da delação de Joaquim Silvério dos Reis, que denunciou seus companheiros pelo perdão de suas dívidas, várias pessoas foram presas pelas autoridades de Portugal.
Tratando-se de um movimento composto por influentes integrantes das elites, alguns poucos denunciados foram condenados à prisão e ao degredo na África. O único a assumir as responsabilidades pela trama foi Tiradentes. Para reprimir outras possíveis revoltas, Portugal decretou o enforcamento e o esquartejamento do inconfidente de origem menos abastada. Seu corpo foi exposto nas vias que davam acesso a Minas Gerais. Era o fim da Inconfidência Mineira.
Mesmo tendo caráter separatista, os inconfidentes impunham limites ao seu projeto. Não pretendiam dar fim à escravidão africana e não possuíam algum tipo de ideal que lutasse pela independência da “nação brasileira”. Dessa forma, podemos ver que a inconfidência foi um movimento restrito e incapaz de articular algum tipo de mobilização que definitivamente desse fim à exploração colonial lusitana.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Fonte: BRASIL ESCOLA.
Uma cerimônia inédita realizada neste domingo (27) na Praça de São Pedro, no Vaticano, e acompanhada por milhares de fiéis católicos, canonizou dois Papas: o polonês João Paulo II e o italiano João XXIII.
João Paulo II e João XXIII se tornam santos
Canonização foi celebrada pelo Papa Francisco na Praça de São Pedro.
Papa Bento XVI também participou da cerimônia presenciada por milhares.
Do G1, em São Paulo
Uma cerimônia inédita realizada neste domingo (27) na Praça de São Pedro, no Vaticano, e acompanhada por milhares de fiéis católicos, canonizou dois Papas: o polonês João Paulo II e o italiano João XXIII.
"Declaramos e definimos como santos os beatos João XXIII e João Paulo II e os inscrevemos no Catálogo dos Santos, e estabelecemos que em toda a Igreja sejam devotamente honrados entre os Santos", foi a fórmula pronunciada em latim pelo Papa Francisco, após a qual a multidão na praça rompeu em aplausos.
A canonização dupla reuniu, em um único evento, o atual Papa Francisco e o Papa Emérito Bento XVI, que renunciou no ano passado em uma situação inédita na história moderna da Igreja Católica.
Francisco concelebrou missa solene com cinco prelados, entre eles o bispo de Bergamo (cidade natal do italiano João XXIII), Francesco Beschi, e o ex-secretário particular do Papa João Paulo II e arcebispo de Cracóvia, Stanislaw Dziwisz.
"Estes foram dois homens de coragem ... e deram testemunho diante da Igreja e do mundo da bondade e misericórdia de Deus", disse Francisco. "Eles viveram os trágicos acontecimentos do século XX, mas não foram oprimidos por eles. Para eles, Deus era mais poderoso, a fé era mais poderosa."
As relíquias dos dois novos santos, uma ampola de sangue de João Paulo II e um pedaço de pele de João XXIII extraída durante sua exumação no ano 2000, foram colocadas ao lado do altar.
'Convivi com um santo, diz frei da Bahia que tirou foto com João Paulo II
A costarriquenha Floribeth Mora, cuja cura inexplicável permitiu elevar aos altares João Paulo II, levou a relíquia do Papa polonês, enquanto a de João XXIII foi entregue por seu sobrinho.
A cerimônia de canonização teve os mesmos moldes de uma missa e foi simples, sóbria e sem extravagâncias, segundo o Vaticano.
Bento XVI seguiu a cerimônia no setor esquerdo do altar, junto com os cardeais e os 1.000 bispos que concelebraram sucessivamente a missa.
Em 2011, a beatificação de João Paulo II, feita por Bento XVI, durou três dias e custou cerca de US$ 1,65 milhão, reunindo 1,5 milhão de fiéis na praça e nos seus arredores, segundo a polícia de Roma.
O Vaticano, citando fontes da polícia italiana, estimou que cerca de 800 mil pessoas participaram da celebração.
Segundo a Santa Sé, 500 mil pessoas lotaram a praça e sua via de acesso, a Via da Conciliação, e 300 mil seguiram o evento diante dos 17 telões instalados em diversos locais em Roma.
Os poloneses - conterrâneos de João Paulo II-, foram os estrangeiros mais numerosos presentes.
Trens especiais foram colocados em circulação para a viagem desde a Polônia.
A cerimônia do lado de fora da Basílica de São Pedro permitiu que mais pessoas participassem do evento.
Bandeiras de vários países, inclusive o Brasil, podiam ser vistas na multidão.
A praça foi enfeitada com 30 mil rosas vermelhas, amarelas e brancas doadas pelo Equador, cujo presidente, Rafael Correa, estava presente na cerimônia.
Telões foram espalhados na Praça e pela cidade de Roma, que teve esquema especial de trânsito para a celebração, com bloqueio de ruas e reforço nos transportes públicos.
Após a cerimônia, Francisco percorreu a praça no Papamóvel, cumprimentando os fiéis. Antes, ele levou cerca de 40 minutos para cumprimentar os integrantes das 93 delegações internacionais que compareceram à festa.
Vigília
A celebração dos novos santos começou na noite de sábado (26), com a “noite branca de oração”. Diversas igrejas no centro de Roma foram abertas para aqueles que quiserem rezar e se confessar.
A Basílica de São Pedro ficará aberta em um esquema especial, até 1h desta segunda-feira (28). Os peregrinos podem visitar o túmulo dos dois Papas, no subsolo da igreja.
Caminhos que se entrelaçam
O fato de que dois homens que são amplamente vistos como faces contrastantes da Igreja estejam sendo canonizados contribui para a importância de um evento que o papa Francisco espera que irá aproximar os 1,2 bilhão de católicos no mundo, depois de uma série de escândalos financeiros e sexuais.
Apesar das diferenças, os dois Papas santos têm caminhos que se entrelaçam. João Paulo II, por exemplo, se encarregou de decretar as "virtudes heroicas" e a beatificação de João XXIII.
Juntos, os dois simbolizam a abertura para o mundo e a confiança de ser católico.
Ambos os pontífices, cuja bondade e carisma fizeram com que após a morte fossem solicitadas suas beatificações por aclamação, atravessaram nos últimos anos um complexo processo de canonização, requisito “sine qua non” para se tornar um santo católico.
João Paulo II foi canonizado apenas nove anos após sua morte, em 2005. O segundo milagre atribuído ao polonês Karol Wojtyla, que nasceu em 1920 e liderou a Igreja Católica entre 1978 e sua morte, foi reconhecido pelo Vaticanox em julho do ano passado.
Já João XXIII, que foi Papa entre 1958 e 1963, foi canonizado com apenas um milagre comprovado.
Críticas
Também houve críticas acerca da rápida canonização de João Paulo II, que morreu apenas nove anos atrás.
Grupos que representam vítimas de abuso sexual por padres católicos também disseram que ele não fez o suficiente para erradicar um escândalo de pedofilia que surgiu no final do seu pontificado e que tem pairado sobre a Igreja desde então.
João Paulo II continuou muitas das reformas de João XXIII, mas apertou o controle central, condenou teólogos renegados e pregou uma linha mais rigorosa sobre questões sociais, como a liberdade sexual.
Um Papa carismático, ele foi criticado por alguns como um rígido conservador, mas a adoração pública que despertou foi mostrada por multidões, cujos gritos de "santo subito!" (santo já) em seu funeral em 2005 foram respondidos com a mais rápida declaração de santidade da história moderna.
Processo
A primeira etapa da canonização é ser reconhecido Servo do Senhor. Para isso, os postuladores da causa apresentam um relatório à Santa Sé, que, após examiná-lo, tem que emitir o decreto “Nihil Obstat”.
Com este decreto, é iniciado oficialmente o processo, e o postulante é nomeado Servo do Senhor.
O processo de João XXIII foi aberto em 1965, dois anos após sua morte, enquanto o do pontífice polonês começou no ano de seu falecimento, em 2005, por desejo expresso de seu sucessor, Bento XVI, que eliminou o requisito canônico de se esperar cinco anos após a morte para o início do trâmite da causa.
A etapa seguinte consiste em reconhecer suas “virtudes heroicas”, um título que os transforma em Veneráveis Servos do Senhor.
Para que isto ocorra, uma comissão jurídica do Vaticano se reúne para estudar a ortodoxia dos textos que publicaram em vida e para analisar os testemunhos de pessoas que os conheceram.
Em seguida, o relator do processo, nomeado pela Congregação para a Causa dos Santos, elabora um documento denominado “Positio”.
Um compêndio dos relatos e dos estudos realizados pela comissão, assim que aprovado pelo pontífice, concede o título de Venerável Servo do Senhor, o segundo passo em direção à santidade.
João XXIII tornou-se Venerável em 1999, mais de três décadas após sua morte, enquanto João Paulo II obteve o título em 2009, quatro anos depois de seu falecimento.
Milagres
Após serem considerados Veneráveis, o passo seguinte é o da beatificação. Ser beato, ou bem-aventurado, significa representar um modelo de vida para a comunidade e, além disso, que essa pessoa tem a capacidade de agir como intermediário entre os cristãos e Deus.
Por esta razão, para alcançar este grau, é imprescindível o testemunho de um milagre que tenha sido realizado graças à intercessão do Venerável.
Ao Papa italiano foi atribuída em 2000 a cura da religiosa italiana Caterina Capitani, que esteve a ponto de morrer por uma perfuração gástrica hemorrágica com fístula externa e peritonite aguda. Ela conta que, após pedir um milagre a João XXIII, conseguiu sobreviver.
Já ao Papa polonês são atribuídas centenas de milagres, embora para sua beatificação, em 2011, tenha sido imprescindível o caso da freira francesa Marie Simon Pierre, que sofria de Parkinson (a mesma doença que João Paulo II tinha) e cuja cura, de acordo com os médicos externos convocados pelo Vaticano, “carece de explicação científica”.
Com estes milagres realizados por intercessão divina dos pontífices tendo sido aprovados, João XXIII e João Paulo II subiram oficialmente aos altares como beatos da Igreja Católica, o primeiro em 2000, e o segundo, em 2011.
Depois disso, ainda é preciso passar por mais uma fase para encerrar o complexo processo.
Trata-se da canonização, sua proclamação como santos, para a qual é requisito imprescindível um novo milagre, que deve ocorrer após sua nomeação como beatos. É aqui onde se dá outra particularidade que caracteriza a causa de João Paulo II e João XXIII.
No caso do italiano, o Papa Francisco, em 2013, decidiu canonizá-lo sem ter sido certificado o segundo milagre. A decisão do Papa de canonizar João XXIII sem registro de milagre, algo não muito frequente nas últimas décadas, é uma prerrogativa do chefe da Igreja, segundo as normas do Vaticano.
Já João Paulo II, intercedeu, segundo a Igreja, na cura de uma mulher costarriquenha que sofria de um grave aneurisma cerebral e que, segundo os médicos, tinha apenas um mês de vida.
Esta mulher, Floribeth Mora Díaz, que participará da cerimônia deste domingo, garante ter ouvido a voz do papa polonês afirmando: “Levante-se, não tenha medo”, quando estava internada em um hospital. E após ouvir estas palavras, começou seu processo de cura, inexplicável para a ciência.
Arquivos revelam como Brasil ajudou a ditadura chilena
Arquivos revelam como Brasil ajudou a ditadura chilena
Lisandra Paraguassu, enviada especial | Agência Estado
Tags: Brasil Chile ditadura arquivos @estadaoconteudo
Nos primeiros dias de 1974, um grupo de 55 policiais e militares chilenos chegava discretamente ao Brasil. Por 15 dias, eles estiveram em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. A viagem, acertada informalmente entre o então embaixador brasileiro em Santiago, Antônio Cândido Câmara Canto, e o governo chileno, foi tratada como "estritamente confidencial".
Era o início de um intercâmbio que se estenderia até os anos 1980. Documentos obtidos pelo Estado nos arquivos da Chancelaria do Chile, em Santiago, mostram que, só naquele ano, agentes chilenos estiveram pelo menos quatro vezes no Brasil. Parte deles passou a integrar grupos de extermínio organizados pela polícia secreta do ditador Augusto Pinochet.
Em 31 de dezembro de 1973, pouco mais de três meses depois do golpe militar que derrubou o presidente Salvador Allende, o embaixador chileno no Brasil, Hernán Cubillos, recebeu um telex cifrado e marcado como "estritamente confidencial". O texto dizia que os 55 oficiais chegariam ao Brasil entre os dias 20 e 22 de janeiro em uma viagem acertada "oficiosamente" por Câmara Canto com a concordância de Brasília. Defensor convicto da ditadura chilena, Canto era chamado, em Santiago, de "o 5.° Membro da Junta Militar", tal sua proximidade com Pinochet. Foi a primeira viagem de treinamento dos chilenos, numa aproximação que aos poucos se ampliou, inclui países vizinhos e se transformou na Operação Condor.
Em agosto de 1974, o chefe da Diretoria de Inteligência Nacional, Manuel Contreras, envia ofício reservado ao Itamaraty pedindo passaporte de trabalho para 12 oficiais que visitariam São Paulo. Os agentes "cumprirão determinada comissão de serviço". Seis deles iriam compor as unidades de extermínio de Contreras, as chamadas brigadas Lautaro e Purén.
Treinamento
A cooperação entre as duas ditaduras, na verdade, tinha começado antes disso. Investigações da Comissão Nacional da Verdade mostram que militares brasileiros chegaram ao Chile a 9 de setembro de 1973 - dois dias antes do golpe contra Allende - para treinar chilenos em técnicas de tortura. "Há muitos testemunhos de pessoas que foram presas no Estádio Nacional e viram torturadores do Brasil. Eles vieram ensinar a tortura", afirmou ao Estado o ministro das Relações Exteriores do Chile, Heraldo Muñoz.
Ainda em 1974, um grupo de 17 formandos da Escola de Inteligência do Exército chileno visita São Paulo, Rio e Brasília. Em outra visita, comandada pelo coronel Hector Contador, desembarcou em São Paulo um grupo de militares para conhecer a Engesa, empresa dedicada à produção de armamentos. O governo brasileiro garantiu ao Chile, na oportunidade, créditos no total de US$ 40 milhões para compra de equipamentos bélicos brasileiros.
Conexões
A cooperação entre as duas ditaduras, no entanto, vai além dos militares. Nas salas do Itamaraty, diplomatas trocaram os punhos de renda pelo uniforme de informantes. Notas do embaixador chileno à chancelaria de seu país revelam intensa parceria entre as duas diplomacias.
No Itamaraty o embaixador , Cubillos obteve informações sobre os brasileiros exilados no Chile que atuaram no sequestro, no Rio, do embaixador alemão Ehrenfried Von Holleben, em junho de 1970. "A Divisão de Segurança e Informação (do Itamaraty) expressou que as autoridades locais têm o maior interesse em conhecer o paradeiro dessas pessoas" e se dispõe a colaborar "em qualquer forma" para desarticular "a máquina terrorista que opera em nosso continente", escreveu Cubillos.
Entre os documentos obtidos pelo Estado na Chancelaria chilena está uma lista completa de todos os grupos de esquerda que atuavam no Brasil, quem estava preso, morto ou foragido, quais crimes cada grupo tinha cometido. Nos anos seguintes, a colaboração evoluiria para ações conjuntas de sequestro e morte de rivais.
A Operação Condor formalizou, em segredo, a cooperação entre Chile, Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil. Acostumado ao trabalho conjunto, o Brasil entrou em 1975 como observador. Depois, passou a se beneficiar da ajuda dos vizinhos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
sábado, 26 de abril de 2014
Pintor e escultor espanhol Salvador Dalí
Pintor e escultor espanhol
Salvador Dalí
11/05/1904, Figueres, Catalunha, Espanha
23/01/1989, Figueres, Catalunha, Espanha
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Salvador Dalí foi um importante pintor catalão, conhecido pelo seu trabalho surrealista. Os quadros de Dalí chamam a atenção pela incrível combinação de imagens bizarras, como nos sonhos, com excelente qualidade plástica.
Dalí foi influenciado pelos mestres da Renascença e foi um artista com grande talento e imaginação. Era conhecido por fazer coisas extravagantes para chamar a atenção, o que por vezes incomodava os seus críticos.
Salvador Domenec Felip Jacint Dalí Domenech era filho de Salvador Dalí i Cusí (de remota origem árabe), de classe média e figura popular da cidade, e de Felipa Domenech, uma dona-de-casa católica.
Iniciou sua educação artística na Escola de Desenho Municipal. Em 1916, durante férias de verão em Cadaquès, descobriu a pintura impressionista.
Sua primeira exposição pública foi no Teatro Municipal de Figueres, em 1919. Em 1921, sua mãe morreu e, passado um ano, o pai casou-se com Tieta, irmã de Felipa.
Em 1922, Dalí foi viver em Madri, onde estudou na Academia de Artes de San Fernando. Nessa época, ele já chamava a atenção nas ruas como um excêntrico, usando cabelo comprido, longos casacos, um grande laço no pescoço, calças até o joelho e meias altas.
Nos quadros fazia experiências com o cubismo e o dadaísmo. Tornou-se amigo do poeta Federico García Lorca e do cineasta Luis Buñuel.
Dalí foi expulso da Academia de Artes em 1926, depois de declarar que ninguém ali era suficientemente competente para avaliá-lo. Foi nesse mesmo ano que Dalí fez sua primeira viagem a Paris, onde se encontrou com Pablo Picasso.
Nos anos seguintes, realizou uma série de trabalhos influenciados por Picasso e Miró, enquanto ia desenvolvendo seu estilo próprio.
O ano de 1929 foi importante para Dalí. Ele colaborou com Luis Buñuel no curta-metragem "Un Chien Andalou" e conheceu, em agosto, sua musa e futura mulher, Gala Éluard (Elena Ivanovna Diakonova, uma imigrante russa, na época casada com o poeta Paul Éluard).
Ainda em 1929, Dalí fez exposições importantes e juntou-se ao grupo surrealista no bairro parisiense de Montparnasse. Em 1934 Dalí e Gala, que já viviam juntos, casaram-se numa cerimônia civil.
Em 1939 os membros do grupo surrealista expulsaram Dalí por motivos políticos, já que o marxismo era a doutrina preferida no movimento e Dalí se declarava "anarco-monárquico". Dalí respondeu à sua expulsão declarando: "O surrealismo sou eu".
Quando do início da Segunda Guerra, Dalí e Gala mudaram-se para os Estados Unidos, onde viveram durante oito anos. Em 1942, Dalí publicou sua autobiografia "A Vida Secreta de Salvador Dalí".
Na Catalunha Dalí viveu o resto da vida. Em 1960, o pintor começou a trabalhar no Teatro-Museu Gala Salvador Dalí, em Figueres. Foi o projeto de maior vulto de toda a sua carreira e seu principal foco até 1974.
Os últimos anos de vida com Gala foram turbulentos. Ela fazia com que Dalí tomasse antidepressivos e calmantes em altas doses, o que lhe danificaria o sistema nervoso. Gala morreu em 10 de junho de 1982. Dalí ficou profundamente deprimido, perdendo toda a vontade de viver.
Mudou-se de Figueres para um castelo em Pubol. Em 1984, deflagrou um incêndio no seu quarto, em circunstâncias pouco claras. Dalí foi salvo e levado para Figueres, onde um grupo de amigos assegurou que o pintor vivesse confortavelmente seus últimos anos no teatro-museu.
Salvador Dalí morreu de pneumonia e falha cardíaca na cidade onde nasceu e foi sepultado no átrio principal de seu teatro-museu.
As duas maiores coleções de trabalhos de Dalí são o museu Salvador Dalí em Saint Petersbourg, na Flórida, Estados Unidos, e o Teatro-Museu Gala Salvador Dalí, em Figueres, na Catalunha, Espanha.
O Grande Masturbador,A Persistência da Memória (acima)
domingo, 20 de abril de 2014
AS 15 ORAÇÕES DE SANTA BRÍGIDA (REVELADAS POR JESUS À SANTA BRIGIDA NA GREJA DE SÃO PAULO EM ROMA)
AS 15 ORAÇÕES DE SANTA BRÍGIDA
(REVELADAS POR JESUS À SANTA BRIGIDA NA GREJA DE SÃO PAULO EM ROMA)
Estas orações foram APROVADAS pelo PAPA PIO IX em 31/05/1862, que as reconheceu como autênticas e de grande proveito para as almas.
AS PROMESSAS DE JESUS:
Como já há muito tempo Santa Brígida desejasse saber o número de golpes que JESUS levara durante a Sua dolorosíssima Paixão. Um dia enquanto rezava na Igreja de são Paulo em Roma apareceu-lhe o amoroso, misericordioso e fiel SENHOR dizendo:
“Recebi em todo o Meu Corpo 5.480 golpes. Se desejardes honrar as chagas que eles ME produziram, mediante uma veneração particular, deveis recitar 15 Pai Nossos, e 15 Ave Marias, acrescentando as seguintes orações, durante um ano inteiro; quando o ano terminar, tereis prestado homenagem a cada uma das Minhas Chagas. Quem recitar estas orações durante um ano inteiro conseguirá livrar do Purgatório 15 almas de sua família, 15 justos também de sua linhagem serão conservados em graça e 15 pecadores de sua família serão convertidos”.
A pessoa que as recitar será elevada ao mais eminente grau de perfeição e 15 dias antes da sua morte EU lhe darei meu Precioso Corpo, para que ela seja livre da fome eterna. EU lhe darei também de beber o Meu Precioso Sangue, afim de que não padeça sede eternamente e 15 dias antes da morte ela experimentará uma profunda contrição de todos os seus pecados e um perfeito conhecimento deles. Diante dela colocarei o sinal da Minha Cruz vitoriosa como socorro e defesa contra os embustes dos seus inimigos.
Antes da sua morte, EU virei em companhia de Minha muito cara e bem amada Mãe, para receber a sua alma e conduzi-la às alegrias eternas. E tendo-a levado até lá, EU lhe darei a beber um trago singular da fonte da Minha Divindade, o que não farei, absolutamente, a outros que não tenham recitado as Minhas Orações.
Aquele que disser estas Orações pode estar seguro de ser associado ao supremo coro dos Anjos e todo aquele que as ensinar a alguém, terá assegurado para sempre sua felicidade e seus méritos. Sim, eles serão estáveis e durarão perpetuamente.
No lugar onde se encontrarem e onde forem recitadas essas Orações DEUS estará também presente com Suas Graças”.
Todos esses privilégios foram prometidos a Santa Brígida por Nosso Senhor Crucificado com a condição de que as orações fossem recitadas diariamente. São, igualmente, prometidas a todos os que as recitarem, devotamente, durante um ano inteiro.
PERGUNTA : É necessário recitá-las sem interrupção?
RESPOSTA : Faltar o menos possível. Todavia devemos recuperá-las, se por força maior não as pudermos rezar em um dia. Devemos recitá-las 365 vezes dentro de um ano, com devoção, esforçando-nos para penetrar no sentido profundo das palavras que vamos pronunciando.
1. É bom rezar sempre a intenção antes de cada oração;
2. Não precisa ler este cabeçalho com as promessas de JESUS todos os dias;
3. As intenções citadas para cada uma das orações, são opcionais.
AS ORAÇÕES
Sinal da Cruz - Oração: Vinde ESPÍRITO SANTO...!
1ª ORAÇÃO: Pelos Sacerdotes, freiras e religiosos militantes!
Ó JESUS CRISTO, doçura eterna para aqueles que vos amam, alegria que ultrapassa todo entendimento e todo o desejo, esperança de salvação dos pecadores, que declarastes não terdes maior contentamento do que estar entre os homens, até o ponto de assumir a nossa natureza, na plenitude dos tempos, por amor deles. Lembrai-Vos dos sofrimentos, desde o primeiro instante da Vossa Conceição e sobretudo durante a Vossa Santa Paixão, assim como havia sido decretado e estabelecido desde toda a eternidade na mente divina. Lembrai-Vos Senhor, que, celebrando a Ceia com os Vossos discípulos, depois de lhes haverdes lavado os pés, deste-lhes o Vosso Sagrado Corpo e precioso Sangue e, consolando-os docemente lhes predissestes a Vossa Paixão iminente.
Lembrai-Vos da tristeza e da amargura que experimentastes em Vossa Alma como o testemunhastes Vós mesmo por estas palavras: “a Minha Alma está triste até a morte”. Lembrai-Vos, Senhor, dos temores, angustias e dores que suportastes em Vosso Corpo delicado, antes do suplício da Cruz, quando, depois de ter rezado por três vezes, derramado um suor de Sangue, fostes traído por Judas Vosso discípulo, preso pela nação que escolhestes, acusado por testemunhas falsas, injustamente julgado por três juizes, na flor da Vossa juventude e no tempo solene da Páscoa. Lembrai-Vos que fostes despojado de Vossas vestes e revestido com as vestes da irrisão, que Vos velaram os olhos e a face, que Vos deram bofetadas, que Vos coroaram de espinhos, que Vos puseram uma cana na mão e que, atado a uma coluna, fostes despedaçado por golpes e acabrunhado de afrontas e ultrajes. Em memória destas penas e dores que suportastes antes da Vossa Paixão sobre a Cruz, concedei-me, antes da morte, uma verdadeira contrição, a oportunidade de me confessar com pureza de intenção e sinceridade absoluta, uma adequada satisfação e a remissão de todos os meus pecados. Assim seja!
Pai Nosso... e Ave Maria ...
2ª ORAÇÃO: Pelos trabalhadores em Geral.
Ó JESUS CRISTO, verdadeira liberdade dos Anjos, paraíso de delícias, lembrai-Vos do peso acabrunhador de tristezas que suportastes, quando Vossos inimigos, quais leões furiosos, Vos cercaram e, por meio de mil injúrias, escarros, bofetadas, arranhões e outros inauditos suplícios Vos atormentaram a porfia.
Em consideração destes insultos e destes tormentos, eu Vos suplico, ó meu Salvador, que Vos digneis libertar-me dos meus inimigos, visíveis e invisíveis e fazer-me chegar, com o Vosso auxílio a perfeição da salvação eterna. Assim seja!
Pai Nosso... e Ave Maria ...
3ª ORAÇÃO: Pelos presos.
Ó JESUS, Criador do Céu e da terra, a quem coisa alguma pode conter ou limitar, Vós que tudo abarcais e tendes tudo sob o Vosso poder, lembrai-Vos da dor, repleta de amargura, que experimentastes quando os soldados, pregando na Cruz Vossas Sagradas mãos e Vossos pés tão delicados, transpassaram-nos com grandes e rombudos cravos e não Vos encontrando no estado em que teriam desejado, para dar largas a sua cólera, dilataram as Vossas Chagas, exacerbando assim as Vossas dores. Depois, por uma crueldade inaudita, Vos estenderam sobre a Cruz e Vos viraram de todos os lados, deslocando, assim, os Vossos membros. Eu vos suplico, pela lembrança desta dor que suportastes na Cruz, com tanta santidade e mansidão, que Vos digneis conceder-me o Vosso Temor e o Vosso Amor. Assim seja!
Pai Nosso... e Ave Maria ...
4ª ORAÇÃO: Pelos doentes.
Ó JESUS, médico celeste, que fostes elevado na Cruz afim de curar as nossas chagas por meio das Vossas, lembrai-Vos do abatimento em que Vos encontrastes e das contusões que Vos infligiram em Vossos Sagrados membros, dos quais nenhum permaneceu em seu lugar, de tal modo que dor alguma poderia ser comparada a Vossa. Da planta dos pés até o alto da cabeça, nenhuma parte do Vosso Corpo esteve isenta de tormentos e, entretanto esquecido dos Vossos sofrimentos, não Vos cansastes de suplicar a Vosso PAI, pelos inimigos que Vos cercavam, dizendo-LHE: “PAI, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem”. Por esta grande misericórdia e em memória desta dor, fazei com que a lembrança da Vossa Paixão, tão impregnada de amargura, opere em mim uma perfeita contrição e a remissão de todos os meus pecados. Assim seja!
Pai Nosso... e Ave Maria ...
5ª ORAÇÃO: Pelos funcionários dos hospitais.
Ó JESUS, espelho do esplendor eterno. Lembrai-Vos da tristeza que sentistes, quando, contemplando a luz da Vossa Divindade a predestinação daqueles que deveriam ser salvos pelos méritos da Vossa santa paixão, contemplastes, ao mesmo tempo, a multidão dos réprobos, que deveriam ser condenados por causa de seus pecados e lastimastes, amargamente, a sorte destes infelizes pecadores, perdidos e desesperados. Por este abismo de compaixão e de piedade e, principalmente, pela bondade que manifestastes ao bom ladrão dizendo-lhe: “Hoje mesmo estarás Comigo no Paraíso”, eu Vos suplico ó Doce Jesus, que na hora da minha morte useis de misericórdia para comigo. Assim seja!
Pai Nosso... e Ave Maria ...
6ª. ORAÇÃO: Pelas famílias.
Ó JESUS, Rei amável e de todo desejável, lembrai-vos da dor que experimentastes quando, nu e como um miserável, pregado e levantado na Cruz, fostes abandonado por todos os vossos parentes e amigos, com exceção de Vossa mãe bem amada, que permaneceu, em companhia de São João, muito fielmente junto de Vós na agonia, lembrai-Vos que os entregastes um ao outro dizendo: “Mulher eis ai o teu filho”! e a João: “Eis ai a tua Mãe!” Eu vos suplico, ó meu Salvador, pela espada de dor que então transpassou a alma de Vossa Santa Mãe, que tenhais compaixão de mim, em todas as minhas angustias e tribulações, tanto corporais como espirituais e que Vos digneis assistir-me nas provações que me sobrevierem, sobretudo na hora da minha morte. Assim seja!
Pai Nosso... e Ave Maria ...
7ª ORAÇÃO: Contra a luxúria.
Ó JESUS, fonte inexaurível de piedade, que por uma profunda ternura de amor, dissestes sobre a Cruz: “Tenho sede!”, mas sede de salvação do gênero humano. Eu Vos suplico, ó meu Salvador, que Vos digneis estimular o desejo que meu coração experimenta de tender a perfeição em todas as minhas obras e extinguir, por completo, em mim, a concupiscência carnal e o ardor dos desejos mundanos. Assim seja!
Pai Nosso... e Ave Maria ...
8ª ORAÇÃO: Pelas crianças e jovens.
Ó JESUS, doçura dos corações, suavidade dos espíritos, pelo amargo sabor do fel e do vinagre que provastes sobre a Cruz por amor de todos nós, concedei-me a graça de receber dignamente o Vosso Corpo e Vosso Preciosíssimo Sangue, durante toda a minha vida e, na hora da minha morte afim de que sirvam de remédio e de consolo para minha alma. Assim seja!
Pai Nosso... e Ave Maria ...
9ª ORAÇÃO: Pelos agonizantes espirituais.
Ó JESUS, virtude real, alegria do espírito, lembrai-Vos da dor que suportastes, quando, mergulhado na amargura, ao sentir aproximar-se a morte, insultado e ultrajado pelos homens, julgastes haver sido abandonado por Vosso PAI dizendo: “Meu DEUS, Meu DEUS, porque Me abandonastes?” Por esta angustia eu Vos suplico ó meu Salvador, que não me abandoneis nas aflições e nas dores da morte. Assim seja!
Pai Nosso... e Ave Maria ...
10ª ORAÇÃO: Pelos sofredores em geral.
Ó JESUS, que sois em todas as coisas começo e fim, vida e virtude, lembrai-Vos de que por nós fostes mergulhado num abismo de dores, da planta dos pés até o alto da cabeça. Em consideração da extensão das Vossas Chagas, ensinai-me a guardar os Vossos Mandamentos, mediante uma sincera caridade, mandamentos estes que são caminhos espaçoso e agradável para aqueles que Vos amam. Assim seja!
Pai Nosso... e Ave Maria ...
11ª ORAÇÃO: Pelos pecadores de todo o mundo.
Ó JESUS, profundíssimo abismo de misericórdia, suplico-Vos, em memória de Vossas Chagas, que penetraram até a medula dos vossos ossos e atingiram até as vossas entranhas, que vos digneis afastar esse(a) pobre pecador(a) do lodaçal de ofensas em que está submerso(a) conduzindo- o(a) para longe do pecado. Suplico-Vos também, esconder-me de Vossa Face irritada, ocultando-me dentro de Vossas Chagas, até que a Vossa cólera e a Vossa justa indignação tenham passado. Assim seja!
Pai Nosso... e Ave Maria ...
12ª ORAÇÃO: Por todas as Igrejas.
Ó JESUS, espelho de verdade, sinal de unidade, laço de caridade, lembrai-Vos dos inumeráveis ferimentos que recebestes, desde a cabeça até os pés, ao ponto de ficardes dilacerado e coberto pela púrpura do Vosso Sangue adorável. Ó quão grande e universal foi a dor que sofrestes em Vossa Carne virginal por nosso amor! Ó Dulcíssimo JESUS, que poderíeis fazer por nós que não o houvésseis feito? Eu vos suplico, ó meu Salvador, que vos digneis imprimir, com o Vosso Precioso Sangue, todas as Vossas chagas em meu coração, afim de que eu relembre, sem cessar, as Vossas Dores e o Vosso Amor. Que pela fiel lembrança da Vossa Paixão, o fruto dos Vossos Sofrimentos seja renovado em mim, cada dia mais, até que eu me encontre, finalmente, Convosco, que sois o tesouro de todos os bens e a fonte de todas as alegrias. Ó Dulcíssimo JESUS, concedei-me poder gozar de semelhante ventura na vida eterna. Assim seja!
Pai Nosso... e Ave Maria ...
13ª ORAÇÃO: Pelos profetas atuais.
Ó JESUS, fortíssimo Leão, Rei imortal e invencível, lembrai-Vos da dor que vos acabrunhou quando sentistes esgotadas todas as vossas forças, tanto do Coração como do Corpo e inclinastes a cabeça dizendo: “Tudo está consumado!” Por esta angústia e por esta dor, eu Vos suplico, Senhor JESUS, que tenhais piedade de mim, quando soar a minha última hora e minha alma estiver amargurada e o meu espírito cheio de aflição. Assim seja!
Pai Nosso... e Ave Maria ...
14ª ORAÇÃO: Pelos políticos e pelos governantes.
Ó JESUS, Filho Único do PAI, esplendor e imagem da sua substância, lembrai-Vos da humilde recomendação que LHE dirigistes dizendo: “Meu PAI, em Vossas Mãos entrego o Meu Espírito!” Depois expirastes, estando Vosso Corpo despedaçado, Vosso Coração transpassado e as entranhas da Vossa Misericórdia abertas para nos resgatar. Por esta preciosa morte eu Vos suplico, ó Rei dos Santos, que me deis força e me socorrais, para resistir ao demônio, a carne a ao sangue, afim de que, estando morto(a) para o mundo, eu possa viver somente para Vós. Na hora da morte, recebei, eu Vos peço, minha alma peregrina e exilada que retorna para Vós. Assim seja!
Pai Nosso... e Ave Maria ...
15ª ORAÇÃO: Pelo Papa.
Ó JESUS, vide verdadeira e fecunda, lembrai-Vos da abundante efusão de Sangue, que tão generosamente derramastes de Vosso Sagrado Corpo, assim como a uva é triturada no lagar. Do Vosso lado aberto pela lança de um dos soldados, jorraram Sangue e água, de tal modo que não retivestes uma gota sequer. E, enfim, como um ramalhete de mirra elevado na Cruz, Vossa Carne delicada se aniquilou, feneceu o humor de Vossas entranhas e secou a medula dos Vossos ossos. Por esta tão amarga Paixão e pela efusão de Vosso precioso Sangue, eu vos suplico, ó Bom JESUS, que recebais minha alma quando eu estiver na agonia. Assim seja!
Pai Nosso... e Ave Maria ...
ORAÇÃO FINAL:
Ó doce JESUS, vulnerai o meu coração, afim de que lágrimas de arrependimento, de compunção e de amor, noite e dia me sirvam de alimento. Convertei-me inteiramente a Vós. Que o meu coração Vos sirva de perpétua habitação; Que a minha conduta vos seja agradável e que o fim da minha vida seja de tal modo edificante que eu possa ser admitido no Vosso Paraíso, onde, com os vossos Santos, hei de vos louvar para sempre. Assim seja!
CONSAGRAÇÃO DIÁRIA À NOSSA SENHORA:
Ó Santa Mãe Dolorosa de DEUS, ó Virgem Dulcíssima, eu Vos ofereço o meu coração afim de que o conserveis intacto como o Vosso Coração Imaculado.
Eu Vos ofereço a minha inteligência, para que ela conceba apenas pensamentos de paz e de bondade, de pureza e verdade.
Eu Vos ofereço a minha vontade, para que ela se mantenha viva e generosa ao serviço de DEUS.
Eu vos ofereço meu trabalho, minhas dores, meus sofrimentos, minhas angustias, minhas tribulações e minhas lágrimas, no meu presente e meu futuro, para serem apresentadas por Vós ao Vosso Divino FILHO, para purificação da minha vida.
Mãe Compassiva, eu me refugio em Vosso Coração Imaculado, para acalmar as dolorosas palpitações de minhas tentações, de minha aridez, de minha indiferença e das minha negligencias.
Escutai-me ó Mãe, guiai-me, sustentai-me e defendei-me, contra todos os perigos da alma e do corpo, agora e por toda a eternidade. Assim seja!
MENSAGEM DE SANTA BRÍGIDA À J.N.S.R, em Dozulé
Nota: Esta Mensagem foi ditada no dia 23 de Julho de 1990, festa de Santa Brígida que diz:
SANTA BRÍGIDA:
Coração adorável de Nosso Senhor Jesus Cristo, Coração cheio de Amor e de Compaixão que contemplei toda a minha vida, garantindo-me a Sua doce União com a minha pobre Alma que O procurava dia e noite.
Meu Deus, tende Piedade daqueles que lutam no desespero da solidão e do abandono, dai-lhes a Coragem de continuar a viver para Vós, nesta Terra, para depois Vos reencontrarem na Felicidade eterna, em que vivemos juntamente com os Anjos e todo o Povo dos Santos.
Ó MEU DEUS, que Felicidade, pertencer ao Vosso Sagrado Coração, inteiramente para Vós, envoltos neste Amor como uma criancinha mergulhada no seio de sua mãe, formando UM SÓ todo com o Vosso Amor. Ó MEU DEUS, como é doce rejubilar nesta Felicidade sem fim!
DEUS AMA-VOS E ESPERA-VOS
Queridas Almas, Irmãs da Terra, estai CERTAS de que Deus vos ama e vos espera. Meus Irmãos, estai CERTOS de que o Pai dos Céus vos assiste e sofre, ao ver tantos Filhos no desespero.
Meu Deus e Meu Pai, quanto sofrestes por JESUS, na CRUZ!
Hoje, sofreis cada vez mais por TANTOS Filhos em perigo de MORTE para as suas Almas.
Nós rezamos com todos vós, para suplicar ao Pai que lhes perdoe... Mas é muito triste, quando as vossas vozes se perdem sem eco:
Rezai todos, conosco, sem cessar, afim de que TODOS regressem ao Pai. Deus ama-VOS. Que grande alegria o sabermo-nos, TODOS amados!
Vós, que amais Deus, vós que possuís o sentido do VERDADEIRO, sois os Filhos privilegiados do Tempo em que aparecerá a Graça Divina diante de vós. Como os Pastores e os Magos, adorai Aquele que é "EU SOU", Aquele que Se fez Carne, no seio da Doce Virgem MARIA, e quer ir habitar CONvosco, NO MEIO de vós.
OS MAIS PEQUENINOS
Não sejais DESCRENTES: aqui, no Céu, faz-se Festa, ao pensar que o Rei dos Reis vai unir-Se aos Seus Filhos da Terra. Ó Meu Deus! Se conhecêsseis toda a Alegria do Nosso Deus, não estaríeis aí a interrogar-vos se o Mundo vos dará a felicidade porque não existe felicidade maior, tanto no Céu como na Terra, que o contemplar, para sempre, o Santo Rosto do Nosso Bem-Amado Senhor!
E vós, vós Filhos da Terra, tereis esse privilégio, essa alegria, essa felicidade de viver COM Ele, de vê-Lo viver CONvosco, de ouvi-Lo falar-vos de Amor, Ó Filhos benditos deste século cheio de Graças!
Sabereis porventura quanto os Santos rezam para que COMPREENDAIS que a Graça Divina irá VIVER convosco, que os vossos corações palpitarão com O do Senhor, e que as vossas próprias mãos O tocarão? Vós mesmos abraçareis os Seus Pés que caminharam pela Terra e a abençoarão, pisando-a de novo.
Deus serve-Se SEMPRE dos mais Pequeninos, para anunciar GRANDES coisas; NÃO TEMAS, eu digo-te a Verdade.
O Olhar do Senhor contempla a Terra TAL COMO IRÁ SER, o Seu doce Olhar é como que uma carícia feita a CADA UM de vós.
Quando Deus VIER, os Céus cantarão e a Terra tremerá de alegria. Não temais, porque tudo se fará com Harmonia.
Amai-vos uns aos outros e dai-vos as mãos, formando uma grande CADEIA de Amor. Combatei os medos e as incertezas. Sede Luz e Alegria, para todos os Infelizes da Terra, sobretudo para com aqueles que lutam desesperadamente por viver dia-a-dia na Dignidade de Filhos de Deus. São MUITOS e vêm de toda a parte. NÃO LHES FECHEIS as portas, mas acolhei-os e Deus, que os ama, vos recompensará.
Deus está NO MEIO deles,
Jesus está CONVOSCO.
A recompensa tê-la-eis, nos vossos próprios corações, quando vos sentirdes FELIZES pelo Trabalho feito com Amor; porque JESUS é A Recompensa. Deus guarda-vos; mas sede VIGILANTES e FORTES na tempestade. Quando tiverdes medo, CANTAI:
"JESUS é o meu Salvador.
MARIA é a Estrela que me guia".
Eu espero-vos, no Sagrado Coração de JESUS, para n 'Ele viverdes um Amor eterno.
A vossa Irmã Brígida, amada por Deus.
sábado, 5 de abril de 2014
José Wilker morre aos 66, vítima de infarto fulminante
José Wilker morre aos 66, vítima de infarto fulminante645
Do UOL, no Rio de Janeiro
1976 - Mauro Mendonça, Sônia Braga e José Wilker em cena de "Dona Flor e Seus Dois Maridos", filme dirigido por Bruno Barreto Divulgação
O ator José Wilker, 66, morreu na casa da namorada, a jornalista Claudia Montenegro, no Rio de Janeiro, na manhã deste sábado (5), vítima de um infarto fulminante, enquanto dormia. A informação foi confirmada ao UOL pelo produtor de teatro Cláudio Rangel. "Nós percebemos hoje de manhã. Graças a Deus, ele não sofreu nada", afirmou Rangel.
O socorro foi chamado por Claudia, que mora em Ipanema, Zona Sul do Rio, por volta das 10h, mas os médicos não conseguiram reanimar o ator. Na noite da última sexta, o ator estava aparentemente bem, ensaiando para uma peça que ia dirigir, disse Rangel.
Wilker deixa as filhas Isabel e Mariana. Ele foi casado três vezes, com as atrizes Renée de Vielmond, Mônica Torres e Guilhermina Guinle, e namorava Claudia Montenegro há três anos.
Jc Pereira e Sá Barreto/Agnews
5.abr.2014 - Ex-mulher de José Wilker, a atriz Renée de Vielmond vai ao apartamento da jornalista Claudia Montenegro, onde Wilker morreu
A atriz Renée de Vielmond e a filha Mariana foram pela manhã até o apartamento de Claudia, onde aguardaram a remoção do corpo. Este sábado é aniversário da Mariana, e uma festa estava programada no apartamento onde ela morava com Wilker, no Jardim Botânico.
O corpo de José Wilker será velado no Teatro Ipanema, na Zona Sul do Rio, hoje às 23h. A cerimônia será aberta ao público. No domingo, às 15h, o corpo será cremado no Cemitério Memorial do Carmo, na zona portuária da cidade.
O último trabalho do ator foi na novela "Amor à Vida", em que ele interpretou o médico Herbert. Antes disso, ele havia atuado em outra novela de Walcyr Carrasco, "Gabriela". Ao todo, Wilker atuou em 29 novelas, incluindo sucessos como "Roque Santeiro", "O Salvador da Pátria", "Anos Rebeldes" e "A Próxima vítima".
Pegos de surpresa, colegas e amigos de Wilker estão chocados. "O Zé é vivo ainda. Agora não adianta dizer o que fica dele. Não se pensou nisso. Ninguém pensou. Ele é muito vivo, presente, risonho, brincalhão", disse Vera Holtz ao UOL. Betty faria, Tony Ramos, Arlette Salles, Antônio Calloni e Maitê Proença também lembraram do como era a convivência com ele.
Nascido em Juazeiro do Norte, no Ceará, no dia 20 de agosto de 1947, José Wilker começou sua carreira como locutor de rádio no Ceará. Aos 19 anos, porém, ele se mudou para o Rio de Janeiro, onde começou a atuar. Um de seus primeiros trabalhos foi o filme "A Falecida", de 1965, protagonizado por Fernanda Montenegro.
Com uma extensa carreira também no cinema, Wilker atuou em 49 filmes, como "Bye Bye Brasil", "Dona Flor e Seus Dois Maridos", "Jango" e "Giovanni Improtta" - baseado em seu famoso personagem da novela "Senhora do Destino".
Na TV, atuou em mais de 30 novelas, a primeira foi em "Gabriela" (1979), como Mundinho Falcão. Em 2012, interpretou o Coronel Jesuíno Mendonça no remake da novela e ficou marcado pelo bordão "vou lhe usar".
Wilker também trabalhou como diretor, tendo sido o responsável por "Giovanni Improtta" e pelo seriado "Sai de Baixo", da Globo. Ele ainda dirigiu as novelas "Louco Amor", de 1983, e "Transas e Caretas", de 1984, assim como a peça de teatro "Rain Man".
sexta-feira, 4 de abril de 2014
Júlio César
Político e militar romano
Júlio César
13/7/100 a.C., Roma
15/3/44 a.C., Roma
Além de militar, César foi um intelectual ativo em Roma
"Alea jacta est.", isto é, "a sorte está lançada", disse Júlio César ao atravessar o rio Rubicão, voltando da Gália para Roma. Sabia que, a partir dali, não havia caminho de volta, ou tomava poder ou sua carreira política estaria encerrada.
Caio Júlio César nasceu em Roma, de uma família de patrícios, a elite romana. Segundo a lenda, sua antepassada mais remota era a própria deusa Vênus, mãe de Enéas, o primeiro povoador da península Itálica.
César viveu seus primeiros anos no bairro popular de Suburra, onde aprendeu, entre outras línguas, o hebraico e dialetos gálicos. Em 82 a.C. escapou às perseguições do ditador Lúcio Cornélio Sila, inimigo de sua família. Entre 81 a.C. e 79 a.C. Julio César prestou serviço militar na Ásia e na Cilícia (na atual Turquia).
Em 78 a.C., com a morte de Sila, regressou a Roma, iniciando carreira de advogado no fórum romano. Era o início de sua carreira política. Em 69 a.C., César foi eleito questor (magistrado encarregado de questões financeiras) pela Assembléia do povo. Foi-lhe designada a província romana da Hispania Ulterior.
Quatro anos mais tarde, foi eleito edil (encarregado dos serviços e obras públicas), e em 63 a.C. , "pontifex maximus" (sumo sacerdote - a religião romana estava ligada ao Estado). Neste mesmo ano, tornou-se pretor (juiz). Depois de um ano no cargo, assumiu o posto de governador da Hispania Ulterior.
Em 59 a.C. Júlio César tornou-se cônsul (chefe de governo) pela primeira vez. Em 58 a.C. iniciou a campanha militar pela conquista da Gália, que duraria até 52 a.C. O historiador Plutarco apontou como saldo dessas guerras 800 cidades capituladas, 300 tribos submetidas, um milhão de gauleses escravizados e outros três milhões mortos nos campos de batalha.
Em 50 a.C., o senado liderado por Pompeu ordenou o regresso de César e a desmobilização das suas legiões na Gália. Júlio César não cumpriu a ordem e, atravessando o Rubicão, no norte da Itália, deu início a uma guerra civil que duraria dois anos. Em 48 a.C. derrotou definitivamente Pompeu, em Farsala. Regressou a Roma, tornando-se ditador (na Roma antiga, o governante com plenos poderes, embora nomeado pelo Senado e por um período previamente estabelecido).
César consolidou seu domínio do mundo conhecido na época, através de uma série de campanhas complementares: no Egito, na África , na Espanha (48-45 a.C.). Em Roma sua posição tornou-se cada vez mais monárquica, à medida que assumia sucessivamente o consulado e estendia a duração de seus poderes ditatoriais. Por fim, assumiu não somente a realeza (convertendo a República romana em Império), mas também a condição de deus vivo.
Entre o povo e as legiões romanas, sua popularidade era imensa, devido aos triunfos militares que enriqueciam a cidade e eram generosamente distribuídos, embora de forma desigual, aos cidadãos romanos. Durante o período em que esteve à frente do Estado romano, introduziu importantes reformas administrativas e estendeu a cidadania romana a outras regiões do império. Também reformou o calendário, introduzindo um que encerrava os séculos de confusão causados pela defasagem entre o ano lunar e o solar.
Nesse meio tempo, teve a célebre relação amorosa com Cleópatra, a quem fez rainha do Egito - então uma das mais ricas províncias romanas. Mas em Roma os senadores não só desaprovavam essa união como usavam-na como pretexto para difamá-lo. Percebendo sua intenção de acabar definitivamente com a República e centralizar em suas mãos o poder, bem como transmiti-lo a um descendente, os senadores conspiraram para matar César, o que aconteceu em 44 a.C.
Em seu testamento, porém, ele deixou todos os seus bens para a população de Roma. Esta, também incitada por Marco Antônio, reagiu contra os conspiradores, forçando-os a fugir da cidade. Alguns historiadores contemporâneos levantam a tese de que Júlio César, sentindo-se velho e sofrendo de epilepsia, deixou-se matar, acreditando que com isso, seu sucessor no governo romano seria seu herdeiro legal, Otaviano Augusto, como aconteceu de fato.
Destaque-se que, além do talento militar, César teve também uma grande atuação intelectual em Roma. Foi um orador elogiado por Cícero - o maior dos oradores romanos. Escreveu poesia e dois livros sobre gramática latina. Sua obra principal chama-se "Comentários" que abrange sete livros sobre a guerra da Gália e sobre a guerra civil, em que, com um estilo supostamente objetivo e imparcial, defende-se das muitas acusações que lhe foram feitas por seus críticos.
http://educacao.uol.com.br/
CPI da Espionagem aponta Brasil vulnerável e propõe nova legislação
CPI da Espionagem aponta Brasil vulnerável e propõe nova legislação
Por Karla Mendes, especial para a Reuters
BRASÍLIA, 4 Abr (Reuters) - O relatório final da CPI da Espionagem confirma a vulnerabilidade do Brasil e sugere uma lei que determine o fornecimento de dados de cidadãos e empresas nacionais a organismos no exterior apenas mediante autorização judicial, segundo mostra documento obtido com exclusividade pela Reuters.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi instalada no Senado Federal em setembro de 2013, após uma série de revelações de espionagem no Brasil pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA), com base em documentos vazados pelo ex-prestador de serviços da agência norte-americana Edward Snowden.
"Os acontecimentos que motivaram esta CPI assinalam... o despreparo do poder público no Brasil para fazer frente às ações de inteligência de outros governos e organizações", atesta o relatório de 301 páginas, que será divulgado oficialmente na próxima quarta-feira, 9 de abril.
O relatório da CPI --que foi presidida pela autora do requerimento de criação da comissão, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), e que teve como relator o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES)-- vai na contramão de declarações da presidente Dilma Rousseff em setembro passado na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, quando afirmou que "o Brasil sabe proteger-se".
Até comunicações de Dilma com seus assessores diretos teriam sido monitoradas pela NSA, de acordo com as denúncias de Snowden.
Ao apontar que há "profunda vulnerabilidade do Estado brasileiro e de nossa população a ações de espionagem" e que isso continuará a ocorrer, a CPI conclama que o país "desenvolva mecanismos de proteção do conhecimento e de segurança cibernética".
Segundo o relatório, algumas das vulnerabilidades são consequências da própria infraestrutura de comunicações que o Brasil tem adotado ao longo dos anos. A maioria dos cabos submarinos para ligações internacionais passa por Miami, mesmo que os EUA não sejam o destino final da chamada.
"Estamos entregando informação para eles (os norte-americanos)", alertou o especialista em segurança cibernética Paulo Pagliusi, um dos ouvidos pela CPI, em uma entrevista no Rio de Janeiro.
Uma integrante do grupo Code Pink protesta contra o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a Agência de Segurança Nacional (NSA) antes da chegada dele no Departamento de Justiça em Washington, nos EUA, em janeiro. 17/01/2014 REUTERS/Larry Downing
Há ainda limitações do próprio sistema de inteligência brasileiro. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin), por exemplo, não pode interceptar ligações e tem orçamento apertado. Dos quase 530 milhões de reais previstos para a Abin em 2012, 467,2 milhões de reais tinham como destinação gastos com pessoal e encargos sociais, 55,7 milhões de reais para outras despesas correntes e apenas 4,9 milhões de reais para investimentos.
"Não há interesse em investir em inteligência. E se tem medo da inteligência", ressaltou o consultor legislativo do Senado e ex-agente da Abin, Joanisval Brito Gonçalves.
O relatório final da CPI sugere mudanças que aumentem a segurança cibernética do Brasil em quatro grandes linhas de atuação: tecnológica, pessoal, processual e institucional.
A construção de cabos submarinos que não passem pelos EUA, o lançamento de satélite brasileiro e o desenvolvimento de tecnologia nacional são algumas das recomendações. Investimentos em sistemas de inteligência, inteligência de sinais e criptografia também devem ser priorizados.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) recomenda, entre outras coisas, que o governo crie mecanismos de controle para monitorar o ciclo completo de desenvolvimento e produção de hardware e software no país.
SEM INDÍCIOS DE AUTORIA
O relatório da CPI mostra que não foi possível confirmar a "materialidade de crime" relacionada às denúncias de espionagem divulgadas pela imprensa em 2013, com investigações inconclusivas sob essa ótica.
A CPI avalia que a Polícia Federal terá dificuldade para comprovar delito e indícios de autoria.
"Os depoimentos colhidos nos autos do inquérito são todos, infelizmente, muito evasivos, de modo que até então a PF sequer tinha ideia de onde teria sido efetuada a interceptação clandestina: se no território brasileiro, nos cabos submarinos, nos satélites geoestacionários ou se as informações foram simplesmente cedidas pelas empresas de serviços de Internet, a partir de servidores localizados nos EUA", destaca o relatório.
Uma integrante do grupo Code Pink protesta contra o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a Agência de Segurança Nacional (NSA) antes da chegada dele no Departamento de Justiça em Washington, nos EUA, em janeiro. 17/01/2014 REUTERS/Larry Downing
PROJETO DE LEI
O relatório da CPI traz em anexo um projeto de lei que exige autorização judicial prévia para o acesso por autoridades e organismos internacionais a dados de brasileiros e empresas nacionais.
Ao mesmo tempo em que destaca que os brasileiros têm direito à inviolabilidade e ao sigilo do fluxo de suas comunicações, salvo por ordem judicial, a CPI reconhece que "faz-se necessário assegurar o livre fluxo de informações entre autoridades governamentais e tribunais estrangeiros para a investigação de atos ilícitos".
Pelo projeto, o Poder Judiciário deverá elaborar e publicar semestralmente relatório com os pedidos formulados por organismos estrangeiros a respeito de dados de comunicações de brasileiros ou de empresas nacionais, "indicando o número, a natureza das requisições e se os dados foram ou não fornecidos".
domingo, 30 de março de 2014
Forças policiais ocupam favelas da Maré sem violência
Forças policiais ocupam favelas da Maré sem violência
RIO DE JANEIRO, 30 Mar (Reuters) - Em cerca de vinte minutos e sem nenhum disparo de arma de fogo, tropas militares do Rio de Janeiro, com apoio das Forças Armadas, ocuparam neste domingo o conjunto de favelas da Maré, na zona norte da cidade, local próximo a importantes vias expressas da capital fluminense e do aeroporto internacional da cidade.
A ocupação já havia sido anunciada na última sexta-feira e moradores das comunidades da Maré informaram que traficantes já tinham fugido. Por isso, não houve resistência à ocupação. Operações rotineiras já vinham sendo feitas pela Polícia Militar em algumas comunidades da Maré e um dos chefes do tráfico de drogas, conhecido como Menor P, foi preso na última quarta-feira.
Aproximadamente 1,5 mil militares foram empregados na dominação da Maré. Vinte e um blindados da Marinha deram apoio logístico e operacional à ocupação. "É um local estratégico para nós, uma cidade dentro da cidade e com a presença de traficantes durante anos", disse a jornalistas o secretário de segurança pública do Estado, José Mariano Beltrame.
O complexo da Maré reúne cerca de 15 favelas onde moram aproximadamente 130 mil pessoas. O conjunto de favelas é um dos locais mais perigosos da cidade e um importante entreposto de armas, drogas e munições.
Ali perto, passam vias expressas como Avenida Brasil, Linha Vermelha e Linha Amarela. Todas foram interditadas ainda de madrugada para a passagem das forças de segurança que entraram na Maré. O aeroporto internacional do Rio de Janeiro também fica a poucos quilômetros da comunidade.
Operações paralelas foram feitas pela PM do Rio em favelas do Rio de Janeiro e Grande Rio, onde foram apreendidos armas, drogas e suspeitos. Na Maré, também houve prisão de suspeitos e apreensão de drogas.
A ocupação do conjunto de favelas ocorre após uma onda de ataques de traficantes a policiais e bases de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em diversos pontos da cidade.
"Fomos provocados e intimidados nos últimos dois, três meses pelo poder paralelo em uma tentativa de enfraquecer uma política de segurança. É uma resposta que o povo do Rio de Janeiro e do Brasil reconhece", disse a jornalistas o Governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB).
A ideia do governo estadual é manter temporariamente os policiais militares na Maré por um tempo e depois transferir o controle da região às Forças Armadas, que devem permanecer no local até que a secretaria de segurança tenha efetivo suficiente para implantar uma UPP no complexo de favelas no segundo semestre.
Especula-se que o Exército entrará na Maré a partir da primeira semana de abril com ao menos 4 mil pessoas.
(Por Rodrigo Viga Gaier)
Van Gogh, Pintor holandês
Pintor holandês
Van Gogh
30/03/1853, Groot-Zundert, Holanda
29/07/1890, Auvers-sur-Oise, França
Auto-retrato do pintor holandês Vincent Van Gogh
A genialidade de Vincent Van Gogh somente foi reconhecida após a sua morte. Em vida, o artista holandês, que passou fome e frio, viveu em barracos e conheceu a miséria, vendeu apenas uma pintura _ "O Vinhedo Vermelho". Em maio de 1990, uma de suas mais conhecidas obras, "O Retrato de Dr. Gachet", pintado um século antes, justamente no ano de sua morte, foi comercializado por US$ 82,5 milhões.
Maior expoente do pós-impressionismo, ao lado de Paul Gauguin e Paul Cézanne, Vicent Willen Van Gogh, foi sempre sustentado pelo irmão Theodorus, com quem trocou mais de 750 correspondências, documentos fundamentais para um estudo mais aprofundado de sua arte. Na sua fase mais produtiva (1880/90), Van Gogh foi completamente ignorado pela crítica e pelos artistas. Atualmente, os seus quadros estão entre os mais caros do mundo.
Na infância, Van Gogh aprendeu inglês, francês e alemão. Mas, com apenas 15 anos, deixou os estudos para trabalhar na loja de um tio, em Haia (Holanda). Com 24 anos, achou que a sua vocação era trabalhar com a evangelização, chegando a estudar teologia, em Amsterdã. Pouco tempo depois, dividiu os seus poucos bens com os pobres e passou a ser sustentado pelo irmão, ao mesmo tempo em que iniciava a carreira profissional como pintor.
Van Gogh, que também morou na França e na Bélgica (onde conviveu com mineiros extremamente pobres), pintou mais de 400 telas _os três anos anteriores à sua morte foram os mais produtivos. Uma mudança fundamental na vida do pintor holandês aconteceu quando Van Gogh trocou Paris por Arles, mais ao sul da França. Na pequena cidade, Van Gogh aluga uma casa e intensifica o seu trabalho, ao lado de Gauguin.
Após um período de ótima convivência, os dois pintores começam a discutir muito e Van Gogh ataca Gauguin com uma navalha em dezembro de 1888. Inconformado com o fracasso do ataque e completamente transtornado, Van Gogh corta o lóbulo de sua orelha esquerda com a própria arma. Em seguida, embrulha o lóbulo e o entrega a uma prostituta. Internado em um hospital, recebe a visita do irmão Theodorus. No começo de janeiro de 1889, Van Gogh deixa o hospital, mas apresenta sinais evidentes de disfunção mental _às vezes, aparenta tranqüilidade, em outras oportunidades, demonstra alucinações.
Internado pelo irmão em um asilo, Van Gogh não deixa de pintar. Por ironia, à medida que a sua saúde fica ainda mais deteriorara, a classe artística começa a reconhecer o seu talento, expondo alguns de seus trabalhos em museus. Quando deixou o asilo, o pintor holandês foi morar nas imediações da casa de seu irmão. Nesta época, pinta, em média, um quadro por dia. Depois de ver os seus problemas mentais serem agravados, Theodorus decide que Van Gogh será tratado pelo médico Paul Gachet. Em maio de 1890, aparentando estar recuperado, Van Gogh passa a morar em Auvers-sur-Oise, a noroeste de Paris, onde pinta freneticamente.
Em julho, uma nova recaída no estado de saúde do pintor holandês, que também demonstra inconformismo com as dificuldades financeiras enfrentadas pelo seu irmão. No dia 27, Van Gogh sai para fazer um passeio e toma uma decisão drástica _atira contra si mesmo, no tórax. Cambaleando, volta para a sua casa, mas não comenta com ninguém que tinha tentado o suicídio. Encontrado por amigos, Van Gogh passa as últimas 48 horas de sua vida, conversando com o seu irmão _os médicos não conseguiram retirar a bala do tórax. No dia 29, pela manhã, o pintor morreu e o seu caixão foi coberto com girassóis, flor que ele amava. Aliás, a tela "Os Girassóis" é uma das obras-primas de Van Gogh. uol educação
domingo, 23 de março de 2014
Reedição da Marcha da Família pede intervenção militar no País Por Carolina Garcia - iG - São Paulo
Reedição da Marcha da Família pede intervenção militar no País
Por Carolina Garcia - iG - São Paulo
Com o objetivo de "salvar o Brasil do comunismo", manifestantes percorreram as ruas do centro de São Paulo; quatro pessoas foram detidas.
50 anos após o golpe, SP é palco de marchas a favor e contra a ditadura
A reedição da "Marcha da Família com Deus pela Liberdade", em São Paulo, contou com mil pessoas, sendo grande parte formada por curiosos, de acordo com a Polícia Militar. O número de manifestantes neste sábado foi menor do que a página do grupo no Facebook previa. Nas redes sociais, ao menos 2 mil pessoas confirmaram presença. Entre faixas, camisetas e adereços militares, todos gritavam por uma imediata intervenção militar no Brasil, um golpe contra a atual presidente Dilma Rousseff, chamada de terrorista pelos presentes.
Ao menos 150 homens da Polícia Militar, entre a Força Tática e a chamada Tropa do Braço, foram deslocados para fazer a segurança da manifestação. O ato percorreu as ruas do centro da capital. Por volta das 16h, o movimento marchou da Praça da República até a Praça da Sé, que era ponto de encontro para a segunda manifestação do dia, a Antifacista, que relembrou os violentos e crimes contra os direitos humanos da Ditadura.
Já na concentração da Marcha ocorreram os primeiros atritos com manifestantes chamados de "petistas", por usarem peças de roupa vermelhas, cor do Partido dos Trabalhadores (PT). A PM precisou ser acionada para intervir aos gritos de "Lula ladrão" e "PT roubou". Um fotógrafo chegou a ser agredido no tumulto. Outros dois incidentes chamaram a atenção nesta tarde. Um grupo de 30 pessoas que seguia para o show do Metallica passou por apuros. Os metaleiros vestiam preto e foram confundidos com black blocks. Logo, manifestantes da Marcha começaram a gritar "lixo, lixo". Felizmente, o equívoco foi desfeito e não houve embate.
Dois homens não tiveram a mesma sorte dos metaleiros. Carregando cartazes da "Marcha da quase Família" e com vestes de empregadas domésticas, eles não foram bem recebidos pelos manifestantes. Rapidamente tiveram seus cartazes rasgados e foram hostilizados. "Vai para Cuba", gritaram os manifestantes. Muitos jornalistas homens foram hostilizados e chamados de comunistas por participantes porque tinham barba. Durante todo o trajeto a Marcha contou como plano de fundo o Hino Nacional, que foi cantado ao menos dez vezes.
O ato terminou por volta das 18h30 já no seu destino final, a Praça da Sé, com um saldo de quatro pessoas detidas pela PM. Todos teriam sido encaminhados ao 8º DP. Entre os presos, uma jovem que irá responder por crime ambiental, por ter pichado a faixa de um manifestante e outros três homens foram enquadrados por agressão, um deles teria atirado uma pedra na cabeça de um tenente da PM. Outro teria acertado um policial com uma lâmpada.
Marcha para quê?
Os organizadores do evento dizem que há ameaça comunista no Brasil e pedem a volta dos militares ao poder para acabar com a corrupção e moralizar o País. Para tanto, decidiram fazer a reedição da Marcha da Família com Deus pela Liberdade.
Em 19 de março de 1964, a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, convocada por parte da elite paulistana e da classe média, reuniu mais de 200 mil pessoas e protestava contra a "ameaça comunista". O ato virou símbolo do golpe que tirou o presidente eleito João Goulart do poder em 1º de abril.
Às 15 horas deste sábado (22), manifestantes chegaram à Praça da República, no centro de São Paulo, com roupas camufladas que lembravam o Exército e carregando imagens de santos, uma alusão à Igreja. Muitos seguravam cartazes e estavam enrolados em bandeiras do Brasil.
Aos gritos de “um, dois, três, quatro, cinco, mil, queremos os militares no comando do Brasil”, os manifestantes seguiram em direção à Praça da Sé, às 4h20. Foram deslocados 150 homens da PM, Força Tática e Tropa do Braço para fazer a segurança da manifestação.
“O País esta perdendo o seus valores e indo para o ralo. Não podemos suportar isso. Queremos resgatar os valores com os militares no poder”, disse o técnico em enfermagem, Abraão Alberto Silva, 54 anos, durante a reedição da Marcha.
Mesmo com a decepção com o País, o ufanismo era forte entre os manifestantes. Nas duas primeiras horas de evento, foi possível escutar três vezes o hino nacional. No carro que abria a marcha, a imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, agradou religiosos. Um grupo de seminaristas apoiou o uso da imagem já que para eles, ela representa o mais puro sentimento de humanismo e família.
O seminarista Gabriel Piccoli, 20 anos, veio prestar apoio ao movimento e acredita que a intervenção militar pode ser uma opção. Ele só discorda do tom dado ao movimento, como ofensas a presidente Dilma, tratada como terrorista e comunista pela maioria dos manifestantes.
“Ao contrário do que muitos pensam, nós seminaristas estamos muito ligados no que acontece no Brasil. Se os militares resgatarem os valores morais da sociedade eles são uma opção sim. Tudo é bem vindo menos o comunismo e o socialismo que são abomináveis”, disse.
sexta-feira, 21 de março de 2014
quinta-feira, 20 de março de 2014
As Cruzadas
As Cruzadas
As Cruzadas foram expedições organizadas pela nobreza sob a inspiração do Papado para libertar a Terra Santa, isto é, a Palestina, onde Jesus Cristo nascera, pregara e morrera, do domínio dos turcos. Estes, originários do Turquestão, haviam se convertido ao islã, e uma de suas tribos, os Seldjúlcidas ocupara, em meados do século XI, a Mesopotâmia, a Síria, a Palestina e parte da Ásia Menor, proibindo as peregrinações de cristãos.
Para "salvar" a Europa Oriental e a Terra Santa o Papa Urbano II convocou a nobreza européia dando origem em 1095 a 1ª Cruzada, transformava assim a guerra tão comum no Ocidente, em "guerra contra os infiéis". As Cruzadas, que se estenderam até o século XIII, tiveram como principal motivação a fé, seguida do gosto pela aventura e pelo interesse de cidades italianas em incentivarem o comércio, que já existia, com os muçulmanos.
As Causas das Cruzadas
Vitral de As Cruzadas
A população da Europa Medieval possuía mentalidade profundamente religiosa; vivia apegada a superstições e profecias que prenunciavam o fim do mundo. Eles acreditavam que os problemas que estavam acontecendo eram causados pela ocupação do túmulo de Cristo (o Santo Sepulcro na Terra Santa, ou Jerusalém) pelos mulçumanos. Portanto, em sua mentalidade, a solução para seus problemas era acabar com o poder islâmico sobre a região. Além disso, a Igreja pregava aos fiéis que se lutassem contra a ocupação da Terra Santa estariam agradando a Deus e conquistando um lugar no paraíso.
As Cruzadas representavam vantagens para a nobreza secundogênita, uma vez que apenas os primogênitos teriam direito de herança sobre a terra e os bens da família. Assim, os movimentos cruzadistas davam a esses nobres a chance de possuir terras, motivando-os a lutar contra os "infiéis".
A explosão demográfica foi outro fator para que ocorressem as expedições. A necessidade de obter terras para diminuir a pressão populacional na Europa foi decisiva o início do movimento.
Além disso, a Igreja queria diminuir a violência que era comum na Idade Média e estava presente em festas e banquetes com o intuito de divertir. Para isso, o clero decidiu redirecionar essa violência para causas mais "úteis". No caso, expulsar os mulçumanos de Jerusalém.
Os europeus tinham interesse também nos produtos orientais: especiarias(pimenta, cravo, canela, etc), tecidos, jóias, etc.
1ª Cruzada (1095-1099)
Convocada, na França, como uma guerra santa, pelo papa Urbano II. Teve inicio efetivamente com a partida rumo à Jerusalém em 1096. Obtiveram sucesso, conquistaram a Terra Santa, o principado de Antioquia, e os condados de Trípoli e Edessa, ficando estes praticamente independentes do rei de Jerusalém. Os expedicionários fundaram vários "Estados" no Oriente Próximo, conhecidos, então, pela denominação de Outremer, ou seja, "Além mar". Esses "Estados" estavam organizados segundo os padrões feudais.
2ª Cruzada (1147-1149)
Foi estimulada por São Bernardo, em vista da retomada, pelos islâmicos, da cidade de Edessa. O fracasso só não pode ser considerado pleno, porque Lisboa acabou sendo conquistada dos muçulmanos pelos soldados cruzados que saíram de Flandres e da Inglaterra em direção à Palestina. O resultado ali obtido foi de fundamental importância para a formação do Reino de Portugal. Fora isso, também, conseguiram os cruzados normandos conquistar aos infiéis, possessões anteriormente pertencentes ao Império Bizantino, Corfu, Corinto e Tebas. Na Segunda Cruzada não houve aquele calor ardente nem o empenho da primeira, como conseqüência suas forças pereceram na Ásia Menor e as que alcançaram a Palestina sofreram grave derrota em 1148, quando intentavam tomar Damasco. Foi um desastre total deixando profundo ressentimento no Ocidente contra o Império do Oriente em face do insucesso.
3ª Cruzada (1189-1192)
Decidida pelo papa Gregório VIII, essa Cruzada foi organizada depois que o sultão Saladino retomou Jerusalém, a Cidade Santa. Teve a participação de Ricardo Coração de Leão, da Inglaterra; do imperador Frederico Barbarossa, ou Barba-Ruiva, do Sacro Império Romano Germânico; e Filipe Augusto, de França. Essa Cruzada ficou conhecida como a Cruzada dos Reis. Nela Frederico Barba-Ruiva, então com 67 anos, morreu afogado e Ricardo Coração de Leão assinou com Saladino um acordo que permitia aos cristãos peregrinar com segurança até Jerusalém.
4ª Cruzada (1202-1204)
A Quarta Cruzada teve grandes conseqüências políticas e religiosas. Em vez de se dirigirem para a Terra Santa que era o ponto crucial do conflito entre cristãos e mulçumanos, resolveu se deslocar na direção de Constantinopla. O papa Inocêncio III não gostou desta idéia e proibiu este desvio do propósito inicial, que tinha como meta derrubar o Imperador Aleixo III. Tudo isto por causa da promessa de Aleixo, filho do deposto Isaque II, que prometeu aos cruzados bom pagamento pelo auxílio para que assumisse o Império. O imperador foi derrubado, mas Aleixo não conseguiu cumprir suas promessas, motivo pelo qual os cruzados tomaram Constantinopla em 1204 e saquearam seus tesouros. As relíquias das igrejas foram as mais visadas. O Império Oriental foi dividido. Balduíno de Flandres foi feito imperador e um patriarca latino foi nomeado papa. Esta conquista latina tornou-se um desastre porque enfraqueceu o Império Oriental e agravou o ódio entre a cristandade grega e latina.
A Cruzada das crianças (1212)
Constituída por crianças e adolescentes que acreditavam estarem possuídas do poder Divino e, por isso, alcançariam com facilidade e sucesso a posse de Jerusalém. Multidões de crianças e jovens partiram da França e do Sacro Império em direção aos portos do litoral, querendo dali embarcar em direção a Palestina. Teve fim trágico pois, além de muitos perecerem na viagem, assim que alcançaram o porto de Alexandria, no Egito, foram vendidos, pelos mercadores de Marselha, como escravos para os muçulmanos.
5ª Cruzada (1217-1221)
Essa Cruzada ficou conhecida pelo completo fracasso que conseguiu. Chefiada primeiro por André II, rei da Hungria e depois por João Brienne, não conseguiu suportar as enchentes do rio Nilo, no Egito, e viu-se obrigada a desistir de seus objetivos. Era constituída por austríacos, cipriotas, francos da Síria, frísios, húngaros e noruegueses. Foi motivada pela decisão de Inocêncio III em tomar uma fortaleza muçulmana existente sobre o monte Tambor, no Egito.
6ª Cruzada (1228-1229)
A Sexta Cruzada teve como líder o Imperador Frederico II que partiu em 1227, adoeceu e retornou. Ao chegar o Papa Gregório IX o considerou desertor e, tendo outros motivos para hostilizá-lo, o excomungou. Em 1228 partiu novamente e no ano seguinte, assinou um tratado feito com o sultão do Egito, obteve a posse de Jerusalém, Belém, Nazaré e um ponto da costa. Jerusalém ficou em poder dos cristãos novamente. Mas, em 1244 foi definitivamente perdida mais uma vez. Quando o espírito das Cruzadas estava morrendo o Rei Francês Luís IX, levou uma expedição desastrosa contra o Egito. Foi preso e num ataque em Túnis em 1270 foi morto.
7ª Cruzada (1248-1250)
Foi organizada a partir de pregação de Inocêncio IV feita no Concílio de Lyon (1245). Teve por comandante Luís IX, de França. Também enfrentou problemas com as cheias do Nilo, onde debateu-se e foi eliminada pelo tifo. Luís IX acabou capturado na derrota que sofreu em Mansurá e seus correligionários, para reavê-lo, submeteram-se a pagar um pesado resgate de 500 mil moedas de ouro.
8ª Cruzada (1270)
Também foi comandada por Luís IX. A situação no Oriente Próximo apresentava-se bem mais complicada que em qualquer outro período anterior às demais Cruzadas. As ordens religiosas cristãs existentes na região para defendê-la e auxiliar os peregrinos encontravam-se em discórdia umas com as outras. Os turcos encontravam, além de desunidos, enfrentando a ameaça de outro poderosos inimigo: os mongóis, chefiados por Gêngis Khan. Por outro lado, os cristãos estavam sendo atacados e conduzidos em direção ao mar Mediterrâneo pelos muçulmanos seldjúcidas, ou mamelucos, do Egito. Nem bem desembarcou em Túnis, Luís IX veio a falecer devido à peste. Devido, entre outras coisas, a sua abnegação, Luís IX, mais tarde, passou a ser conhecido como São Luís.
Conclusão
Considerando pelos objetivos as cruzadas foram um fracasso. Não conquistaram de modo permanente a Terra Santa. Não se tem certeza de ter evitado o avanço do Islamismo. O seu custo foi muito caro em vidas e em bens.
Acredita-se porém que as cruzadas motivaram o crescimento da Europa, principalmente no comércio das cidades ao Norte da Itália e a grande rota comercial dos Alpes e do Reno cresceram de importância. A rica civilização do Oriente contribuiu para o enriquecimento da cultura européia.
Por toda a Europa houve melhora do desenvolvimento intelectual. O desenvolvimento teológico através do escolaticismo se desenvolveu. A Igreja presenciou muitos movimentos religiosos populares. As universidades se desenvolveram. Grande desenvolvimento na literatura vernácula e artística. A Europa no período das Cruzadas despertou-se e iluminou-se se comparada com séculos anteriores
Texto Escrito pela Professora Patrícia Barboza da Silva Licenciada pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande – FURG.
Referências Bibliográficas:
FERREIRA, José Roberto Martins, História. São Paulo: FTD; 1997.
MORAES, José Geraldo. Caminho das Civilizações. São Paulo: Atual. 1994. Cola da web
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