Os temporais obrigaram a retirada de cerca de 3.393 pessoas em mais de 100 municípios do estado (foto: ANSELMO CUNHA / AFP)
Os temporais obrigaram a retirada de cerca de 3.393 pessoas em mais de 100 municípios do estado (foto: ANSELMO CUNHA / AFP)
Espártaco (ou Spartacus) Espártaco viveu parte de sua vida como pastor e também serviu nas fileiras do exército romano. foi um famoso escravo que viveu entre a civilização romana e contra ela se rebelou, comandando uma revolta que agrupou cerca de 70 mil escravos. Durante três anos, entre 73 e 71 a.C., Espártaco e seus seguidores enfrentaram várias legiões do exército romano, vencendo-as em vários momentos.
Nascido na Trácia, região onde hoje se encontra parte dos territórios da Grécia, da Bulgária e da Turquia, Espártaco tornou-se escravo após ter sido soldado do exército romano e, possivelmente, ter desertado, abandonando as fileiras militares.
Capturado por tropas romanas, foi vendido como escravo em Cápua a Lentulus Batiatus, um ex-legionário e ex-gladiador que ganhava a vida como lanista, um negociante e treinador de gladiadores. As lutas de gladiadores eram apreciadas pela população romana, caracterizada pelas ações guerreiras e violentas contra os povos conquistados, o que possivelmente teria explicado o gosto por espetáculos sangrentos. Espártaco era um desses gladiadores.
Espártaco não aceitou as humilhações e violências cometidas por seu senhor contra os escravos e rebelou-se. Fugiu com vários de seus companheiros de cativeiro, iniciando a formação de um exército de escravos.
O governo romano enviou várias legiões para derrotar e prender Espártaco e os demais escravos. Mas elas foram sucessivamente derrotadas pelos fugitivos. A cada vitória, os escravos conseguiam se armar cada vez mais.
A notícia dos feitos do exército liderado por Espártaco espalhou-se pelo território romano, levando outros escravos a se rebelarem e a juntarem-se a Espártaco. Um imenso exército formou-se. As estimativas apontam que entre 70 e 90 mil escravos lutaram ao lado de Espártaco.
A amplitude de um exército desse tipo pode ser explicada no fato de Roma basear sua organização social no escravismo, impondo essa condição social a inúmeros povos que foram conquistados. As humilhações, violências, condições de trabalho e a perda da vida levaram esses escravos à rebelião.
Suas qualidades morais e militares, além de inteligência e força notáveis, foram apontadas como o que possibilitou a Espártaco liderar tão grande quantidade de pessoas. A luta dos escravos era pela liberdade individual, e não contra o sistema do escravismo.
Os escravos rebelados viviam também de pilhagens feitas em cidades e propriedades de romanos. Nessa função, deslocaram-se por várias partes da Península Itálica. Um dos objetivos era atravessar os Alpes, no norte da península, e, assim, alcançar a Gália e a partir de lá se dispersarem.
Porém, houve discórdias que impediram ações unificadas entre os escravos. Um grupo liderado por Crixus permaneceu no Sul da península e foi dizimado. Espártaco dirigiu-se ao Norte, para atravessar os Alpes, mas voltou para o Sul, derrotando no caminho várias legiões de romanos. Contornando a cidade de Roma, pretendia chegar ao mar e atravessá-lo rumo à Sicília.
Quem faria a travessia seriam piratas com os quais Espártaco havia estabelecido relações. Mas o líder escravo foi traído e seus planos foram informados aos generais romanos. O Senado romano destacou o general Crasso para enfrentar Espártaco. Este buscou negociar uma rendição, mas não foi atendido.
Crasso e seus soldados foram atacados por Espártaco no norte da Lâcania, em 71 a.C. O objetivo do escravo era matar Crasso, mas não conseguiu. O exército de escravos rebeldes foi derrotado. Vários escravos morreram e outros foram novamente levados para o cativeiro. Espártaco provavelmente morreu em batalha.
Outros seis mil escravos foram crucificados ao longo dos 200 quilômetros da Via Ápia de Cápua. O objetivo era atemorizar outros escravos que poderiam querer se rebelar. A história de Espártaco ficou famosa por representar um grande perigo para Roma e também por ser um símbolo da luta contra a exploração e injustiça social.
Por Tales Pinto
Mestre em História
https://escolakids.uol.com.br/historia/revolta-de-espartaco.htm#:~:text=Esp%C3%A1rtaco%20(ou%20Spartacus)%20foi%20um,vencendo%2Das%20em%20v%C3%A1rios%20momentos.
POR FABIO PREVIDELLi
FPREVIDELLI_COLAB@CARAS.COM.B
'Mona Lisa' (1503), de Leonardo da Vinci - Domínio Público via Wikimedia Commons
Na última quinta-feira, 25, a Justiça francesa avaliou um inusitado pedido para restituição de Mona Lisa. Embora italiano, a obra-prima de Leonardo da Vinci está em exposição no Museu do Louvre, na França.
Conforme repercutido pela AFP, a International Restitutions enviou um pedido ao Conselho de Estado da França, mais alto tribunal administrativo do país, para que o órgão "declare inexistente" a decisão do rei Francisco I de "se apropriar" da Mona Lisa.
O que chama a atenção, no caso, é que a associação, que não revela onde está sua sede e tampouco quem faz parte de sua equipe diretiva, alega que trabalha "em nome dos descendentes do herdeiro do pintor".
Além disso, a International Restitutions aponta esperar que 'La Gioconda', como também é conhecida a obra do artista renascentista, seja "eliminada" do acervo do Museu do Louvre. O quadro, há anos, é alvo de intrigas entre a França e a Itália.
Se Leonardo da Vinci é italiano, por que a Mona Lisa está na França?
Processo viável?
A AFP repercute que muito provável que o pedido não seja favorável à International Restitutions, visto que a associação já entrou com pedidos similares de quadros com menos valor histórico, mas até mesmo essas ações não foram adiante.
Fabio Previdelli
Jornalista de formação, curioso de nascença, escrevo desde eventos históricos até personagens únicos e inspiradores. Entusiasta por entender a sociedade através do esporte. Vez ou outra você também pode me achar no impresso!
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/franca-recebe-pedido-para-que-mona-lisa-seja-eliminada-do-acervo-do-louvre.phtml