Konstantinos - Uranus
sábado, 27 de abril de 2024
'Portugal deveria confrontar seu passado na escravidão', diz presidente português
sexta-feira, 26 de abril de 2024
Reformas de Sólon
Sólon, governador de Atenas, nascido nesta cidade, histórico como legislador e como fundador da democracia e considerado um dos sete sábios da Grécia. De origem nobre, mas de família empobrecida, dedicou-se na mocidade ao comércio, mas ganhou notoriedade ao liderar os atenienses (600 a. C.), na tomada da ilha de Salamina, que se encontrava sob o domínio de Mégara. Nesta época Atenas era dominada por uma aristocracia hereditária, cujos integrantes recebiam o nome de eupátridas, que possuíam as melhores terras e monopolizavam o poder e o sistema imperante se baseava no critério de riqueza.
REVOLTA DE ESPÁRTACUS
Espártaco (ou Spartacus) Espártaco viveu parte de sua vida como pastor e também serviu nas fileiras do exército romano. foi um famoso escravo que viveu entre a civilização romana e contra ela se rebelou, comandando uma revolta que agrupou cerca de 70 mil escravos. Durante três anos, entre 73 e 71 a.C., Espártaco e seus seguidores enfrentaram várias legiões do exército romano, vencendo-as em vários momentos.
Nascido na Trácia, região onde hoje se encontra parte dos territórios da Grécia, da Bulgária e da Turquia, Espártaco tornou-se escravo após ter sido soldado do exército romano e, possivelmente, ter desertado, abandonando as fileiras militares.
Capturado por tropas romanas, foi vendido como escravo em Cápua a Lentulus Batiatus, um ex-legionário e ex-gladiador que ganhava a vida como lanista, um negociante e treinador de gladiadores. As lutas de gladiadores eram apreciadas pela população romana, caracterizada pelas ações guerreiras e violentas contra os povos conquistados, o que possivelmente teria explicado o gosto por espetáculos sangrentos. Espártaco era um desses gladiadores.
Espártaco não aceitou as humilhações e violências cometidas por seu senhor contra os escravos e rebelou-se. Fugiu com vários de seus companheiros de cativeiro, iniciando a formação de um exército de escravos.
O governo romano enviou várias legiões para derrotar e prender Espártaco e os demais escravos. Mas elas foram sucessivamente derrotadas pelos fugitivos. A cada vitória, os escravos conseguiam se armar cada vez mais.
A notícia dos feitos do exército liderado por Espártaco espalhou-se pelo território romano, levando outros escravos a se rebelarem e a juntarem-se a Espártaco. Um imenso exército formou-se. As estimativas apontam que entre 70 e 90 mil escravos lutaram ao lado de Espártaco.
A amplitude de um exército desse tipo pode ser explicada no fato de Roma basear sua organização social no escravismo, impondo essa condição social a inúmeros povos que foram conquistados. As humilhações, violências, condições de trabalho e a perda da vida levaram esses escravos à rebelião.
Suas qualidades morais e militares, além de inteligência e força notáveis, foram apontadas como o que possibilitou a Espártaco liderar tão grande quantidade de pessoas. A luta dos escravos era pela liberdade individual, e não contra o sistema do escravismo.
Os escravos rebelados viviam também de pilhagens feitas em cidades e propriedades de romanos. Nessa função, deslocaram-se por várias partes da Península Itálica. Um dos objetivos era atravessar os Alpes, no norte da península, e, assim, alcançar a Gália e a partir de lá se dispersarem.
Porém, houve discórdias que impediram ações unificadas entre os escravos. Um grupo liderado por Crixus permaneceu no Sul da península e foi dizimado. Espártaco dirigiu-se ao Norte, para atravessar os Alpes, mas voltou para o Sul, derrotando no caminho várias legiões de romanos. Contornando a cidade de Roma, pretendia chegar ao mar e atravessá-lo rumo à Sicília.
Quem faria a travessia seriam piratas com os quais Espártaco havia estabelecido relações. Mas o líder escravo foi traído e seus planos foram informados aos generais romanos. O Senado romano destacou o general Crasso para enfrentar Espártaco. Este buscou negociar uma rendição, mas não foi atendido.
Crasso e seus soldados foram atacados por Espártaco no norte da Lâcania, em 71 a.C. O objetivo do escravo era matar Crasso, mas não conseguiu. O exército de escravos rebeldes foi derrotado. Vários escravos morreram e outros foram novamente levados para o cativeiro. Espártaco provavelmente morreu em batalha.
Outros seis mil escravos foram crucificados ao longo dos 200 quilômetros da Via Ápia de Cápua. O objetivo era atemorizar outros escravos que poderiam querer se rebelar. A história de Espártaco ficou famosa por representar um grande perigo para Roma e também por ser um símbolo da luta contra a exploração e injustiça social.
Por Tales Pinto
Mestre em História
https://escolakids.uol.com.br/historia/revolta-de-espartaco.htm#:~:text=Esp%C3%A1rtaco%20(ou%20Spartacus)%20foi%20um,vencendo%2Das%20em%20v%C3%A1rios%20momentos.
FRANÇA RECEBE PEDIDO PARA QUE MONA LISA SEJA 'ELIMINADA' DO ACERVO DO LOUVRE
Em ação enviada à Justiça francesa, associação, que alega trabalhar para 'descendentes do herdeiro do pintor', pede restituição da Mona Lisa
POR FABIO PREVIDELLi
FPREVIDELLI_COLAB@CARAS.COM.B
'Mona Lisa' (1503), de Leonardo da Vinci - Domínio Público via Wikimedia Commons
Na última quinta-feira, 25, a Justiça francesa avaliou um inusitado pedido para restituição de Mona Lisa. Embora italiano, a obra-prima de Leonardo da Vinci está em exposição no Museu do Louvre, na França.
Conforme repercutido pela AFP, a International Restitutions enviou um pedido ao Conselho de Estado da França, mais alto tribunal administrativo do país, para que o órgão "declare inexistente" a decisão do rei Francisco I de "se apropriar" da Mona Lisa.
O que chama a atenção, no caso, é que a associação, que não revela onde está sua sede e tampouco quem faz parte de sua equipe diretiva, alega que trabalha "em nome dos descendentes do herdeiro do pintor".
Além disso, a International Restitutions aponta esperar que 'La Gioconda', como também é conhecida a obra do artista renascentista, seja "eliminada" do acervo do Museu do Louvre. O quadro, há anos, é alvo de intrigas entre a França e a Itália.
Se Leonardo da Vinci é italiano, por que a Mona Lisa está na França?
Processo viável?
A AFP repercute que muito provável que o pedido não seja favorável à International Restitutions, visto que a associação já entrou com pedidos similares de quadros com menos valor histórico, mas até mesmo essas ações não foram adiante.
Fabio Previdelli
Jornalista de formação, curioso de nascença, escrevo desde eventos históricos até personagens únicos e inspiradores. Entusiasta por entender a sociedade através do esporte. Vez ou outra você também pode me achar no impresso!
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/franca-recebe-pedido-para-que-mona-lisa-seja-eliminada-do-acervo-do-louvre.phtml
domingo, 21 de abril de 2024
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sexta-feira, 29 de março de 2024
Edgar Allan Poe
Edgar Allan Poe
Poeta norte-americano
Por Dilva Frazão
Biografia de Edgar Allan Poe
Edgar Allan Poe (1809-1849) foi um poeta, escritor, crítico literário e editor norte-americano. Autor do famoso poema “O Corvo”. Escreveu contos de mistério e horror, inaugurando um novo gênero e estilo na literatura.
Edgar Allan Poe nasceu em Boston, nos Estados Unidos, no dia 19 de janeiro de 1809. Filho de atores ambulantes, quando tinha um ano, seu pai deixou a casa e no ano seguinte, sua mãe faleceu. Com dois anos foi adotado por um rico comerciante escocês. Fez seus primeiros estudos em Glasgow, na Escócia e depois em um internato em Londres, onde a família se estabeleceu, em 1816.
Em 1820 já estava de volta aos Estados Unidos onde continuou os estudos em uma escola de Richmond, Virgínia. Em 1823 escreveu seus primeiros poemas. Em 1826 ingressou na Universidade de Virgínia. Nessa época, começou seu envolvimento com o jogo e o álcool. Tinha uma relação conflituosa com seu tutor.
Carreira literária
Em 1827 publicou seu primeiro livro de poemas “Tamerlão e Outros Poemas”. Em 1829 foi viver com sua tia e uma prima. Nesse mesmo ano, publicou “Tamerlão e Poemas Menores”.
Em 1830, Allan Poe ingressou na Academia Militar de West Point. Depois de oito meses foi expulso por indisciplina. Em 1831 publicou o livro “Poemas”. Em 1833 recebeu um prêmio em dinheiro, do Saturday Visitor, por seu “Manuscrito Encontrado Numa Garrafa”.
Em 1835, Allan Poe tornou-se editor literário da Southern Literary Messenger, de Richmond. No mesmo ano, casou-se com sua prima Virginia Clemm, de apenas 13 anos. Seu problema com a bebida se agravou, sendo despedido do emprego.
Mudou-se para Nova Iorque e passou os anos seguintes envolvido com a criação de novas obras, ao mesmo tempo em que trabalhava em alguns periódicos da Filadélfia e de Nova Iorque.
Em 1838 publicou uma novela de tema marinho. Posteriormente, publicou coletâneas de seus textos de ficção: “Contos do Grotesco e Arabesco” (1839), “Romances em Prosa de Edgar A. Poe” (1843) e “Contos” (1845). Em 1847 sua mulher faleceu, agravando ainda mais o seu vício com o álcool.
A aura de escândalo que o envolvia impediu que seu prestígio se consolidasse. Esquecido e incompreendido por seus compatriotas, foram os simbolistas franceses e, em particular Charles Baudelaire, que lhe reconheceram o gênio
Em 1849, após viajar de Richmond para Baltimore, perdeu-se pelas ruas, sendo encontrado bêbado, delirando em uma taberna. Foi levado para um hospital onde passou seus últimos dias.
Edgar Allan Poe faleceu em Baltimore, Maryland, Estados Unidos, no dia 7 de outubro de 1849.
Características da Obra de Edgar Allan Poe
Allan Poe deixou poemas, contos e romance com temas de mistério e de horror. Muitas de suas obras exploram a temática do sofrimento causado pela morte. O poeta acreditava que nada seria mais romântico que um poema sobre a morte de uma mulher bonita.
Foi considerado o criador do conto policial. Seus poemas mergulham na tristeza e as narrativas em temas de morte, que refletem os tormentos do autor. Por outro lado, possuía grande capacidade analítica sendo considerado o pai das modernas histórias de detetive. Sua primeira novela policial foi “Os Assassinatos na Rua Morgue” (1841).
Suas obras foram um marco para a literatura norte-americana contemporânea, com destaque para "Contos do Grotesco e Arabesco", que influenciaram diversas gerações de escritores de livros de suspense e terror. Publicou os poemas, “O Gato Preto” (1843), “O Corvo e Outros Poemas” (1845) e “Annabel Lee” (1849).
O Corvo
Em certo dia, à hora, à hora
Da meia-noite que apavora,
Eu caindo de sono e exausto de fadiga,
Ao pé de muita lauda antiga,
De uma velha doutrina, agora morta,
Ia pensando, quando ouvi à porta
Do meu quarto um soar devagarinho
E disse estas palavras tais:
"É alguém que me bate à porta de mansinho;
Há de ser isso e nada mais."
Ah! bem me lembro! bem me lembro!
Era no glacial dezembro;
Cada brasa do lar sobre o chão refletia
A sua última agonia.
Eu, ansioso pelo sol, buscava
Sacar daqueles livros que estudava
Repouso (em vão!) à dor esmagadora
Destas saudades imortais
Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora,
E que ninguém chamará jamais.
Outras Obras de Edgar Allan Poe
Poemas (1831)
Berenice (1835)
A Queda da Casa de Usher (1839)
O Retrato Oval (1842)
O Poço e o Pêndalo (1842)
O Coração Revelador (1843)
Filosofia da Composição (1845)
O Barril de Amontillado (1846)
Príncipe Poético (1850)
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