Konstantinos - Uranus

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Konstantinos - Eastern Reflections [ Album: New Age Mystical Visions ] A música do Século XXI


music: Konstantinos Delioglou
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Hamas x Israel: os principais momentos de ofensiva sem precedentes no Or...



O grupo militante palestino Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel, com seus combatentes adentrando comunidades próximas à Faixa de Gaza, causando a morte de residentes e fazendo reféns.

Israel foi pega de surpresa pela operação mais ambiciosa que o Hamas já lançou a partir de Gaza.

A magnitude do que vem acontecendo é sem precedentes. O Hamas violou a cerca que separa Gaza de Israel em vários lugares no ataque transfronteiriço mais sério que Israel enfrentou em mais de uma geração.

Veja neste vídeo as imagens que mostram os principais momentos do ataque do Hamas a Israel no último fim de semana.

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Como ataque do Hamas a Israel muda história da região



Em pleno shabat, o dia de descanso dos judeus após seis dias de trabalho, ataques por terra, água e ar. 

Uma chuva de foguetes – 5 mil segundo o grupo militante Hamas, ou 3 mil, segundo Israel – sobrecarregou o famoso sistema antimísseis israelense. Homens supostamente voavam de parapente para atravessar a fronteira em Gaza e Israel. Outros militantes armados tentavam chegar de barco pela praia.  

Sirenes de alerta dispararam por todo o país, até mesmo em Tel Aviv – que fica a 60 km de Gaza - e em Jerusalém Ocidental.

Em questão de horas, nuvens de fumaça e sangue cobriram cidades pegas de surpresa, enquanto militares, famílias e mulheres grávidas eram sequestradas em cenas de pânico e perplexidade. 

Era o início de um ataque sem precedentes, tanto em escala quanto em complexidade e nível de coordenação.  

Neste vídeo, o repórter Ricardo Senra, da BBC News Brasil em Londres, conta por que o episódio deve mudar, para sempre, a história de Israel e Palestina. 

#bbcnewsbrasil #orientemedio #israel #hamas #palestina 

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quinta-feira, 5 de outubro de 2023

5G: conexão veloz para utopias e distopias




De cirurgias à distância, através de robôs, às casas e carros “inteligentes”. Mas, junto a isso, maior será a capacidade de vigilância, ataques hackers e um consumo de entretenimento que não irá diferenciar o real do virtual

por El País Brasil
Publicado 09/09/2019
Por Joseba Elola, no El País

O surgimento das redes 5G vem acompanhado de promessas de velocidades de download inusitadas, de entornos de máquinas que se comunicam entre si, de carros autônomos que, por fim, poderão circular, de cirurgias à distância. As empresas de tecnologia anunciam o surgimento da enésima next big thing, o enésimo grande acontecimento que mudará tudo (e graças ao qual, de passagem, nos venderão novos produtos). Com sua chegada, prometem, por fim se abrirão as portas a novos mundos de realidade aumentada e virtual. Mas é preciso levar em conta o lado B do 5G: em um planeta hiperconectado, as possibilidades de que sejamos hackeados, espionados e controlados por empresas e Governos se multiplicarão.


Glória, glória, glória ao 5G, maná da nova era prestes a nascer. O entusiasmo pelo advento das novas estradas da comunicação pelas quais circularão nossos dados volta a saltar em epítetos superlativos. Se levarmos em consideração os cânticos de empresas de tecnologia, operadoras e demais agentes do mercado, o 5G é the next big thing, o novo grande acontecimento, o enésimo game changer, a chave que mudará tudo; conceitos periodicamente agitados para vender novos produtos.



O 5G desembarca envolto em campanhas de marketing e comunicação que anunciam um mundo hiperconectado de cirurgiões que operam à distância e em tempo real, através de um robô, pacientes de outro continente, de fazendas inteligentes com semeadura, irrigação e colheita eficientes graças ao processamento de dados do solo e do clima, e de carros autônomos compartilhando informação em milésimos de segundo que nos avisarão que há uma placa de gelo após a curva. Não faltam vozes que alertam de que nos encontramos diante de um novo hype, um fenômeno exagerado que, além disso, esconde efeitos colaterais inquietantes.

Por enquanto, a novela que cerca esse novo imã tecnológico não começou mal: mandatários com pinta de ogros enroscados em uma guerra comercial por trás da qual está a luta pela supremacia mundial; promessas de velocidade, aromas de latência e, como se faltassem ingredientes, perspectivas francamente favoráveis para todos os que quiserem ser hackers na nova era. Bem-vindos a um mundo hiperconectado e ultravulnerável.


Nossos celulares farão downloads mais rapidamente. Baixaremos filmes em um segundo. O tempo que transcorrerá entre o envio de uma mensagem e sua chegada – a latência – será de um milissegundo – agora oscila entre os 40 milissegundos e um décimo de segundo –, abaixo do tempo de resposta de um ser humano. O 5G, quinta geração de telefonia celular, permitirá o desenvolvimento de sistema que farão que nosso carro freie se o da frente o fizer. E serão milhares, depois milhões, o número de dispositivos – celulares, aparelhos, sensores – que poderão se conectar por metro quadrado sem que isso afete a cobertura. Tudo isso no futuro: as redes comerciais utilizadas hoje em países como a Espanha são um 5G que ainda se apoia nas redes 4G. A quinta geração de celular, em pleno rendimento, chegará, de fato, a partir de 2021.


A informação viajará por bandas de alta frequência, existirão antenas em todos os lugares – postes, mobiliário urbano – e pelas novas estradas da informação circularão enormes quantidades de dados. Isso permitirá ver pessoas jogando videogames como Fortnite, League of Legends e Call of Duty, que hoje em dia só dão bons resultados com a conexão de casa, no celular; fábricas inteligentes com todas as máquinas da produção conectadas e compartilhando informação, e em algum dia não muito distante, drones substituindo os mensageiros nas entregas a domicílio.

Atender melhor e mais rapidamente os feridos em um acidente e qualquer outra emergência também será mais eficaz graças ao 5G. Por exemplo, um acidente no porto de Valência. Os serviços de emergência poderão enviar um drone que emite imagens em tempo real que permitirão calibrar a situação. Se é um atentado ou se é um acidente. Os semáforos conectados ficarão verdes para dar passagem às ambulâncias. O furgão policial, ao chegar ao local dos fatos, poderá utilizar sua própria rede 5G se a área perder cobertura (o chamado network slicing, fornecendo comunicações de qualidade em um local específico em questão de segundos). “O tempo de reação é um elemento crítico para salvar vidas”, enfatiza Jaime Ruiz Alonso, engenheiro de telecomunicações e pesquisador do Nokia Bell Labs.


Ruiz Alonso sabe do que fala. Há dois anos presenciou ao vivo um incêndio na serra de Gata, na Extremadura, na Espanha. Estava na cidade de Villamiel. De lá viu como queimavam carvalhos e pinheiros pelo avanço impiedoso do fogo. Comprovou o que é atender uma emergência com as comunicações interrompidas, sem drones que permitem obter informação sem expor vidas de bombeiros. Em sua equipe de inovação na Nokia, o espanhol de 49 anos começou a trabalhar em protocolos de telefonia para recuperar comunicações em casos de emergência. Desenvolveu um modelo com o 4G, mas explica que tudo será mais fácil com a próxima geração de celulares. “Quando o 5G estiver espalhado, existirão protocolos para saber onde estão os usuários e comprovar se estão presos no meio da mata em chamas”, conta.


A combinação de 5G e inteligência artificial, se acredita, é a porta de entrada à muito alardeada Internet das coisas (IoT, na sigla em inglês). Caminharemos pela rua de uma cidade inteligente com óculos e fones que nos dirão o nome da pessoa que acabamos de encontrar e de quem gostaríamos de lembrar. A oportuna e valiosa informação aparecerá sobreposta à realidade graças aos óculos e nos será sussurrada ao ouvido. “Passaremos a viver na realidade mista” – também chamada realidade aumentada –, diz Xavier Alamán, professor de Ciências da Computação e Inteligência Artificial da Universidade Autônoma de Madri. Esperaremos o ônibus com nossos óculos, mas poderemos ver por onde vai e se está aproximando-se de nossa rua. “Prever é muito difícil, principalmente o futuro”, diz ironicamente Alamán, parafraseado a citação atribuída ao físico Niels Bohr, “mas eu acho que em 10 anos os celulares desaparecerão”.


Alamán, espanhol de 57 anos, demonstra ser um entusiasta da Microsoft HoloLens, óculos-viseira parecidos aos de esqui que nos permitem interagir com projeções de gráficos em 3D. Darão informação a, por exemplo, um mecânico que poderá ver gráficos do interior do motor flutuando no ar enquanto conserta um automóvel. Em um futuro não muito distante, os óculos nos permitirão abrir por sobre a realidade (o vagão do trem) uma tela de cinema virtual em que veremos o filme (em escala muito superior à dos atuais tablets) enquanto na lateral poderemos ler as mensagens de WhatsApp e equivalentes. “Se todos derem o salto a esse tipo de dispositivo, o mundo mudará mais do que o fez com o telefone celular”, prevê Alamán. As pessoas viverão em um entorno que mistura realidade com o virtual. A febre iniciada há três anos no Parque do Retiro (Espanha) com a caça de figuras virtuais do Pokémon GO é um simples aperitivo do que virá. As velocidades e as latências do 5G (e o 6G, que já está sendo trabalhado) são fundamentais para esse tipo de desenvolvimento.


Após os óculos virão as lentes de contato. E os tempos de andar pela rua com a cabeça baixa olhando a tela do celular serão história.


A prestigiosa revista de tecnologia Wired se aventurou a antecipar enfaticamente, no número de março, o mundo que virá. Foi batizado de mirrorworld, o mundo espelho. Uma plataforma tecnológica que replicará cada coisa do mundo real para nos oferecer sua via virtual. Com os dispositivos de realidade aumentada, o cirurgião verá uma réplica em 3D de nosso fígado enquanto o opera e veremos com os óculos como era nos anos 30 do século passado, quando foi bombardeado, o monumento que temos diante de nossos narizes.


O futuro que se abre no mundo dos wearables, as tecnologias colocáveis, óculos, relógios, fones de ouvido, é algo no qual muitas marcas apostam, entre elas a Samsung. O gigante tecnológico coreano apresentou sua estratégia 5G em junho em uma viagem da imprensa à Coreia – O El País Semanal foi convidado, ao lado de um seleto grupo de veículos de imprensa nacionais e internacionais –. Seul, de fato, é uma dessas cidades em que está sendo construído o futuro das telecomunicações. E a Coreia é um dos quatro países que lideram a corrida do 5G, atrás dos Estados Unidos e China e ao lado do Japão, de acordo com um estudo da consultoria Analysys Mason.


A capital coreana é uma cidade de arranha-céus e congestionamentos pelos quais as pessoas transitam em carros com os vidros de insulfilm. De dia, seus habitantes fogem do calor e da má qualidade do ar refugiando-se em shoppings climatizados nos quais usam o cartão de crédito. Em seu livro Problema no paraíso: Do fim da história ao fim do capitalismo, o filósofo esloveno Slavoj Zizek a descreveu como a epítome de um capitalismo tecnológico levado ao absurdo: trabalhar à extenuação para consumir como se não houvesse amanhã.


A utilização do 5G na cidade está bem avançada e se nota: o celular vai rápido. São registradas velocidades de até 820 megabits por segundo, o triplo do que com uma conexão padrão em Madri, com quedas a 400 em algumas regiões, de acordo com os testes realizados por vários jornalistas europeus. Nessa avançada cidade, a sexta mais poderosa do mundo de acordo com a revista Forbes, o presidente e executivo-chefe da Samsung, DJ Koh, recebeu a imprensa europeia em um hotel de luxo. Lá afirmou que os dispositivos inteligentes logo serão mais importantes do que os próprios telefones.


“A infraestrutura 5G será o motor e a força da quarta revolução industrial”, afirma Koh, executivo de 57 anos que vem de uma família pobre e que percorreu um longo caminho ao topo estudando, durante alguns anos, no Reino Unido. A combinação de 5G e inteligência artificial, afirma, irá mudar tudo. “A Internet das coisas é o que conectará indivíduos, casas, fábricas, escritórios, cidades e nações. E o carro conectará todos esses elementos”. Em sua opinião, nos próximos três ou quatro anos veremos mudanças de maior impacto do que na última década.


Os quartéis-generais da Samsung estão em Sewon, a 80 quilômetros de Seul. Nesse espaço de torres altíssimas e longas avenidas vazias – com exceção da hora (melhor dizendo, meia hora) do almoço – se chega por uma rodovia com as mesmas sinalizações verdes das highways norte-americanas. Aqui as pessoas, como não podia deixar de ser, também se entregam às visionárias doutrinas de Stakhanov, artífice intelectual das jornadas de trabalho sem limites. Os funcionários (30.000 na base central, 320.000 em todo o mundo) têm em Sewon tudo o que é necessário para passar o dia e não ir para casa a não ser para dormir: as inevitáveis mesas de pingue-pongue, o clube de judô, salas para desenvolver os mais variados passatempos, a piscina para nadar um pouco…


Em um de seus edifícios possuem uma réplica da casa da Internet das coisas, um lar governado por celular. O ar condicionado é acionado do carro, antes de se chegar em casa, com uma ordem de voz. A porta se abre quando nosso telefone é detectado. Ao chegar à geladeira, temos nela uma tela com a qual colocamos música, consultamos a previsão do tempo e vemos as fotos do dia (isso já é uma realidade). Na sala, em uma televisão de 98 polegadas, são projetadas imagens de quem toca a campainha e das câmeras de segurança exteriores, além dos canais e plataformas, claro.


A Samsung afirma ter vendido um milhão de telefones 5G na Coreia nos primeiros 87 dias após seu lançamento. Já colocou redes de 5G em seis cidades. Em dois ou três anos, afirmam, terão coberto todo o país.


A Espanha, por sua vez, não está nesse nível no desenvolvimento do 5G, mas não está tão mal. Possui uma cobertura de fibra óptica


superior à do Reino Unido, França e Alemanha juntos, como diz em seu branco escritório o secretário de Estado da Agenda Digital, Francisco Polo. Em escala europeia, é um dos três Estados membros da UE que mais testes de funcionamento realizaram, de acordo com os relatórios do Observatório 5G europeu. “Minha esperança é que o 5G nos dê uma nova oportunidade”, diz Polo. “Se a extensão de infraestrutura determinasse o avanço tecnológico dos países, a Espanha já seria uma potência mundial”.


A quinta geração de telefonia celular terá um impacto econômico de 12 trilhões de dólares (49 trilhões de reais) até 2035, de acordo com a consultoria IHS Markit. Muitos atores do setor falam de uma nova fase de reindustrialização, de uma revolução industrial.


O desenvolvimento dessa nova tecnologia em escala planetária sofreu um sério golpe em 16 de maio quando o presidente Trump assinou uma ordem executiva proibindo a venda de bens e serviços à empresa chinesa Huawei, maior fornecedor mundial de redes 5G.


Estamos no momento da expansão de infraestrutura, de assinatura de contratos, e nos Estados Unidos é preocupante que os caminhos pelos quais circularão enormes quantidades de dados, e das quais infraestruturas críticas dependerão, estejam nas mãos do inimigo. Por trás do veto estava a acusação, sem provas, de que a tecnologia chinesa contém “portas traseiras”, buracos propícios à espionagem. “Nunca forneceram evidências e fatos e não ocorreu um processo judicial”, afirma nos quartéis-generais da empresa chinesa em Madri Tony Jin Yong, executivo-chefe da Huawei. “Vetar uma empresa privada que tem relações comerciais com empresas norte-americanas é realmente estúpido. E um pensamento muito a curto-prazo”.


A Huawei está em 170 países e já assinou 50 contratos com operadores de todo o planeta, de acordo com os dados fornecidos pela empresa. Foram os primeiros, enfatizam, em colocar à disposição de seus clientes uma rede 5G completa de uma ponta a outra – têm somente alguns rivais como fornecedores de redes: Nokia (Finlândia), Ericsson (Suécia), Samsung (Coreia), DoCoMo (Japão) e ZTE (China) –. Estão se espalhando pelo mundo oferecendo preços muito competitivos. E tudo isso contribui para que Jin Yong acredite que a Huawei está sendo usada na guerra comercial entre os EUA e a China. “Se não posso competir com você e superá-lo, irei vetá-lo”, diz Yong, irritado. “É uma lógica ridícula. E estão utilizando seu poder como nação contra a Huawei, uma empresa privada”.


A marca acusou uma queda de 30% nas vendas de celulares na Espanha na primeira semana após a crise desencadeada por Trump.


O analista e pesquisador bielorrusso Evgeny Morozov, autor da recente e incisiva coleção de ensaios Capitalismo Big Tech, vai além em sua análise da crise: “Qualquer país razoável pode ver que os EUA estão dispostos a utilizar ferramentas de extorsão para ganhar alguma vantagem nas negociações comerciais”, diz em conversa por telefone do sul da Itália. Morozov não descarta a existência de portas traseiras em equipamentos da Huawei, mas acrescenta: “A probabilidade de que os dispositivos e acessórios que chegam dos EUA tenham buracos e portas traseiras é ainda mais alta. Os norte-americanos há anos escutam nossos telefones e esse é um escândalo que a Europa ainda precisa abordar. Tecnicamente falando, preocupar-se pela vulnerabilidade de nossas redes não faz sentido porque já são vulneráveis: está claro que a NSA [agência de inteligência norte-americana] tem uma maneira de monitorá-las”.

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O futuro, de qualquer forma, se apresenta mais vulnerável. Ainda que os especialistas afirmem que as redes 5G são a priori mais seguras do que as predecessoras, a mera multiplicação de milhões de antenas e o crescimento exponencial dos dispositivos conectados na IoT oferecerão novas e suculentas oportunidades ao hackeamento. “Quanto mais tecnologia utilizarmos, mais vulneráveis somos”, afirma o especialista em segurança informática David Barroso; “quanto maior a exposição, pior”.


Barroso, fundador da CounterCraft, empresa de contrainteligência digital que elabora um produto dirigido a Governos e grandes empresas para colocar armadilhas aos atacantes, afirma que o perigo virá pelas brechas de segurança de dispositivos que a indústria colocará à venda sem as medidas de segurança necessárias. Algo que, diz, já acontece: cada novo dispositivo conectado (carros, geladeiras, webcams instaladas em casa, assistentes pessoais) têm um cartão SIM; às vezes os fabricantes instalam contrassenhas fáceis para que os administradores os acessem sem complicações: estamos expostos.


Se alguém conseguir acessar os comandos de um carro autônomo, fazer com que pareça um acidente será mais fácil. Sem falar dos comandos de um avião.


O coordenador europeu de luta antiterrorista Gilles de Kerchove publicou em junho um relatório em que alertava sobre o risco de emergência de novas formas de terrorismo muito mais letais pela utilização das redes 5G e dos avanços em inteligência artificial. Os computadores quânticos poderão decifrar dados encriptados; os aparelhos interconectados poderão se manipulados à distância e voltar-se contra nós, e a biologia sintética permitirá a recriação de vírus fora dos laboratórios, com diz em seu relatório. A Europa precisa de uma política de cibersegurança comum.


A polêmica sobre todas as vulnerabilidades das redes também desperta o debate sobre se colocar infraestruturas críticas em mãos privadas, não importa a procedência, é uma boa ideia.


As prevenções pelo desenvolvimento do 5G não acabam aí. Há vozes que se erguem contra algo que, dizem, aumentará a brecha digital, que conectará ainda mais os já conectados. Peter Bloom, fundador da Rhizomatica, associação civil que monta redes alternativas para abastecer lugares remotos e isolados, afirma em uma coleção de ensaios que o problema do 5 G é que não está centrado nos humanos, e sim nas máquinas. São elas as que se comunicam entre si, não nós. “Quando as pessoas já não são o foco intrínseco do sistema de comunicação”, escreve, “então algo fundamental mudou na natureza da Rede”.


Quanto mais tecnologia usamos, mais problemas resolvemos, e mais criamos. A hiperconectividade vem carregada de facilidade de acesso, rapidez, agilidade nas comunicações, novas comodidades. Mas quanto mais dispositivos existirem e mais informação compartilharmos pelo éter, mais vulneráveis seremos e maiores serão as possibilidades de que nos vigiem, de que nos espiem e, portanto, de ser manipulados.







 

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

As fronteiras mais perigosas do mundo para imigrantes


Ambientes hostis, repletos de armadilhas naturais, muitas vezes controlados por traficantes humanos ou fortemente observados por guardas armados. 

Todos os anos, milhares de imigrantes perdem a vida ou são alvo de violência em algumas das fronteiras terrestres e marítimas mais perigosas do mundo.  

Alguns delas levam tiros à queima-roupa ou morrem de desidratação e afogamento. Outros são alvos de criminosos. Mesmo com tantos riscos, muitos imigrantes enxergam essas travessias como a única forma de fugir de circunstâncias ainda piores de pobreza e violência em seus países de origem. 

Neste vídeo, a repórter Paula Adamo Idoeta, da BBC News Brasil em Londres, detalha 7 fronteiras potencialmente mortais para imigrantes, que dão uma dimensão de várias crises humanitárias globais.

Ela lista também outras três fronteiras perigosas não necessariamente por causa da imigração, mas sim por serem focos latentes de tensões geopolíticas. 

#bbcnewsbrasil  #imigração #fronteiras #internacional 

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00:00 - Introdução

01:04 - Arábia Saudita - Iêmen

02:34 - Colômbia - Panamá

03:21 - Mianmar - Bangladesh

04:12 - Irã - Turquia

06:32 - Mar Mediterrâneo

07:52 - Líbia - Sudão

09:22 - Estados Unidos - México

10:34 - Outras rotas perigosas para imigrantes

11:03 - Outras fronteiras perigosas


quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Lula em NY: qual o resultado das 3 missões do presidente brasileiro nos EUA


Lula foi a Nova York com tres missões: impressionar a opinião internacional com seu discurso na ONU, reposicionar a relação entre Brasil e Estados Unidos e não permitir que um novo desencontro com o líder ucraniano Volodymyr Zelensky ofuscasse os dois primeiros objetivos. 

E deixou os Estados Unidos se sentindo bem sucedido em todas essas frentes.

Neste vídeo, a repórter Mariana Sanches, enviada especial da BBC News Brasil a Nova York, conta como foram os quatro dias de Lula nos Estados Unidos.

Leia mais sobre o tena em https://www.bbc.com/portuguese/articl...

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#bbcnewsbrasil #lula #viagem #biden #zelenski #onu

domingo, 17 de setembro de 2023

Universidade Infantil e Colégio e Curso Performance ///A Universidade do seu filho começa aqui!


 


A Universidade do seu filho começa aqui!


NOSSA MISSÃO

Formar cidadãos, desenvolvendo neles o senso crítico, de justiça, solidariedade e consciência dos seus direitos e deveres, para atuarem como agentes transformadores de progresso e desenvolvimento sustentável do nosso País, utilizando toda a base de conhecimento adquirido no processo educacional, possibilitando-os acesso ao mundo do trabalho e melhores condições de vida para si e para sua coletividade.

NOSSA VISÃO

Oferecer um serviço Educacional de excelência, ser reconhecida e lembrada pelo alto grau de desempenho como melhor opção para prestação destes serviços pela comunidade profissional e público em geral.

NOSSOS VALORES

 Satisfação
 Qualidade
 Reconhecimento
 Respeito
 Trabalho em equipe
 Criatividade
 Comprometimento
 Sustentabilidade


A Universidade do seu filho começa aqui!

R. Honorato Fernandez da Paz, 680 – Janga, Paulista – PE, 53435-550

Fone: (81)4109-3873 / (81)4109-3358 

Whatsapp: (81) 99453-6751

E-mail: uninfa@hotmail.com


FACES DA AMÉRICA LATINA // 50 anos do golpe no Chile: por que derrubada de Allende foi tão impactante

ESTREIA O NOVO FILME DE KLEBER MENDONÇA FILHO, “RETRATOS FANTASMAS”


Em seu novo filme “Retratos Fantasmas”, o cineasta Kleber Mendonça Filho fala do poder das imagens guardadas.


Retratos Fantasmas é um documentário brasileiro dirigido por Kleber Mendonça Filho e ambientado no centro do Recife, durante o século XX. Ao longo de 1 hora e 33 minutos e reunindo imagens de arquivo, fotografias e registros em movimento, o filme busca explorar a história do centro da cidade, contada a partir das salas de cinema que movimentavam a população e ditavam comportamentos. Tendo levado 7 anos para a sua conclusão, o documentário marca o retorno de Kleber ao Festival de Cannes - após vencer o Prêmio do Júri, em 2019, com Bacurau. Tratando do desenvolvimento urbano acelerado, o filme segue o ponto de vista da janela da casa do diretor, onde morou por vários anos.

Cine Albatroz Rua Padre Lemos - Casa Amarela O cinema que virou igreja universal


 Cine Albatroz

Rua Padre Lemos - Casa Amarela 

Contribuição de Eneas Santana

(...)

Inaugurado em 1958 com 940 lugares, tinha o projeto de Lauro Ribeiro com a fachada em estilo modernista, pilares em “V” e marquise em concreto armado. Encerrou as atividades no ano de 1989 e posteriormente passou a funcionar a Igreja Universal.

Fonte: "A modernidade das salas de cinema do Recife", artigo de autoria dos professores Isabella Leite, Andréa Dornelas, Paulo Raposo e Andréa Lins Storch.

Via: https://cinefechadoparareforma.wordpress.com/.../cin.../amp/



Cinemas de Rua do Recife - Ontem e Hoje


Confira o vídeo produzido por Lucas Rigaud, no especial O Canto do Cinema – Os 65 anos do São Luiz:

*Vídeo disponível no especial O Canto do Cinema – Os 65 anos do São Luiz, no site da Unicap.


6 fotos de cinemas do Recife Antigamente

Por Rafael Dantas

Publicado em 2 abril, 2020
 
 
 
Em período de isolamento ou quarentena devido ao Covid-19, uma das dicas mais recorrentes para ocupar o tempo é assistir filmes ou séries. Se hoje estamos confinados na telinha do celular ou na TV, num passado bem recente eram as salas de cinema o lugar para apreciar as novidades da sétima arte. O Recife, por sinal, tinha uma série delas espalhadas pelos bairros, como o Rivoli, em Casa Amarela, e o da Torre. O Centro da cidade era o espaço que abrigava a maior quantidade de salas. Preparamos hoje uma série de imagens dos cinemas antigos da capital pernambucana.

De acordo com Lúcia Gaspar, da Fundaj, o primeiro cinema do Recife foi o Pathé, na Rua Nova, inaugurado em 1909. Meses depois nasceu o Royal, na mesma via, esse durou até 1954. O Teatro Santa Isabel já funcionou como cinema também, em 1913.

O mais famoso cinema Recifense, o São Luiz, só viria na década de 50. Antes disso, diversas outras salas operaram na cidade, como o Moderno, o Glória e o Ideal. “O cinema São Luiz, pertencente ao grupo de Luiz Severiano Ribeiro, foi inaugurado no térreo do Edficio Duarte Coelho, no dia 7 de setembro de 1952, com modernas e luxuosas instalações”, afirmou Lúcia Gaspar, no artigo Cinemas Antigos do Recife.

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Clique nas imagens para ampliar.
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Cinema da Torre


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Cinema São Luiz


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Teatro do Parque, que também tinha sala de cinema (Foto: Antônio Tenório/Museu da Cidade do Recife)

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Cine Art Palácio (Foto: Gustavo Maia/página do Facebook Prédios do Recife)


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Cine Trianon (frame do vídeo e livro Cinemas de Rua do Recife – Ontem e Hoje, de Lucas Rigaud, com a pesquisa da arquiteta Kate Saraiva)

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Cine Rivoli, em Casa Amarela, na década de 1980






*Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)



https://revista.algomais.com/6-fotos-dos-cinemas-do-recife-antigamente/

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Paradoxo da tolerância de Karl Popper


 Paradoxo da tolerância

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


The Open Society and Its Enemies, de Karl Popper, publicado em 1945.

O Paradoxo da tolerância é um dos três paradoxos apontados pelo filósofo da ciência Karl Popper em seu livro The Open Society and Its Enemies. O paradoxo trata da ideia de que, no ambiente social, a tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância. Popper enfatiza, no entanto, que as ideias intolerantes, desde que contrariadas por argumentos racionais, sua proibição seria imprudente, mas o direito à proibição pode ser reivindicado quando tais ideias deixam a racionalidade de lado e tentam se impor por meio de "punhos ou pistolas". Outros dois paradoxos apresentados no livro são o paradoxo da liberdade e o paradoxo da democracia.


Paradoxo

O filósofo Karl Popper definiu o 'paradoxo da tolerância' em 1945 no volume 1 do livroThe Open Society and Its Enemies:


"A tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância. Se estendermos a tolerância ilimitada mesmo aos intolerantes, e se não estivermos preparados para defender a sociedade tolerante do assalto da intolerância, então, os tolerantes serão destruídos e a tolerância com eles. —Nessa formulação, não insinuo, por exemplo, que devamos sempre suprimir a expressão de filosofias intolerantes; desde que possamos combatê-las com argumentos racionais e mantê-las em xeque frente à opinião pública, suprimi-las seria, certamente, imprudente. Mas devemos-nos reservar o direito de suprimi-las, se necessário, mesmo que pela força; pode ser que eles não estejam preparados para nos encontrar nos níveis dos argumentos racionais, ao começar por criticar todos os argumentos e proibindo seus seguidores de ouvir argumentos racionais, porque são enganadores, e ensiná-los a responder aos argumentos com punhos ou pistolas. Devemos-nos, então, reservar, em nome da tolerância, o direito de não tolerar o intolerante. Devemos exigir que qualquer movimento que pregue a intolerância fique à margem da lei e que qualquer incitação à intolerância e perseguição seja considerada criminosa, da mesma forma que no caso de incitação ao homicídio, sequestro de crianças ou revivescência do tráfico de escravos".


Ele concluiu que devemos enfrentar a intolerância com argumentos.


Em 1971, o filósofo John Rawls concluiu todavia, em A Theory of Justice, que uma sociedade justa deve tolerar o intolerante, caso contrário, a sociedade seria então ela própria intolerante, e portanto injusta. Contudo, Rawls também insiste, como Popper, que a sociedade tem um direito razoável de auto-preservação que supera o princípio da tolerância: "ao passo que uma seita intolerante não possui pretexto para reclamar de intolerância, a sua liberdade deve ser restringida em relação aos tolerantes somente quando estes últimos creem que a sua própria segurança e as instituições que preservam a liberdade estão em perigo".


Em um trabalho de 1997, Michael Walzer indagou: "devemos tolerar os intolerantes?". Ele nota que a maioria dos grupos religiosos minoritários que são beneficiários da tolerância, são eles próprios intolerantes, pelo menos em alguns aspectos. Num regime tolerante, estas pessoas podem ter que aprender a tolerar, ou pelo menos comportar-se "como se possuíssem esta virtude".


The Open Society and Its Enemies

Karl Popper

Discurso de ódio

Tolerância

Lula em Cuba: quais os objetivos do presidente brasileiro na visita ao país


Cuba vive o que alguns analistas têm chamado de a pior crise econômica desde a revolução comunista, em 1959.  

E é nesse contexto que o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva chega à ilha, pra retomar relações que ficaram praticamente congeladas nos últimos anos e, entre outras coisas, reabrir as negociações com os cubanos para que eles paguem uma dívida bilionária que têm com o Brasil pela obra do icônico Porto de Mariel. 

Neste vídeo, a repórter Mariana Sanches, enviada especial da BBC News Brasil a Havana,  conta  como deve ser esta visita de 48 horas de Lula a Cuba, em uma espécie de pit stop do presidente brasileiro a caminho de Nova York, onde abrirá a Assembleia Geral da ONU pela oitava vez na vida, a primeira em seu terceiro mandato

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terça-feira, 12 de setembro de 2023

Konstantinos - Mystic Night Air [ New Age Mystical Visions ]


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