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quinta-feira, 9 de junho de 2022

Homens que envergonham O Século XXI Nicolás Maduro Político venezuelano

Homens que envergonham O Século XXI Nicolás Maduro

Político venezuelano

Biografia de Nicolás Maduro

Nicolás Maduro (1962) é um político venezuelano que preside a Venezuela desde 2012, após a doença e morte do presidente Hugo Chaves. Sua gestão é marcada pelo autoritarismo, pelo declínio socioeconômico, inflação e o crescimento da pobreza.


Nicolás Maduro Moros nasceu em Caracas, Venezuela, no dia 23 de novembro de 1962. Cresceu em uma família bastante politizada, seu pai, Nicolás Maduro Garcia, estava engajado na política de esquerda e no movimento trabalhista.


Militante político

Desde criança, Maduro defendia o regime cubano e na juventude começou a participar da militância socialista. Com 12 anos, foi militante da Frente da Unidad Estudiantil del Liceo Urbaneja Achelpohl. Depois, ingressou na “Ruptura”, braço legal do clandestino Partido de la Revollución Venezolana (PRV).


Em seguida, ingressou na Liga Socialista, organização maoísta da Organización de Revolucionarios (OR). Maduro destacou-se como organizador e agitador político e foi enviado para Havana onde fez cursos de formação na escola do Partido Comunista de Cuba (PCC), entre 1986 e 1987.


Em 1990, Maduro foi aprovado em um concurso para trabalhar como motorista do Metrô de Caracas. Ao mesmo tempo, tornou-se representante de um sindicato da classe. Passou a liderar mobilizações e em 1993 fundou e tornou-se o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores do Metrô de Caracas;


No dia 4 de fevereiro de 1992, uma tentativa de golpe de estado liderada por Hugo Chávez contra o governo de Carlos Andrés Pérez, terminou com a prisão de Chávez.


No dia 27 de novembro de 1992, enquanto Chávez ainda estava preso, um novo golpe liderado por um pequeno grupo das Forças Armadas também fracassou.



Maduro e sua futura esposa, a advogada Cilia Flores, fizeram campanha pela libertação de Chávez. O primeiro encontro de Maduro e Chávez se deu na prisão no dia 16 de dezembro de 1993. Chávez foi solto em março de 1994.


Em dezembro de 1994, Maduro  foi convidado por Chávez para a direção nacional do reorganizado Movimento Bolivariano Revolucionário. Em 1997 participou da construção do Movimento Quinta República (MVR) em apoio à candidatura presidencial de Chávez, que venceu em 1998 com 56% dos votos.

Carreira política

Em 1999 Maduro foi eleito deputado e em seguida, foi convocado e tornou-se o líder da bancada da Assembleia Constituinte, que fez a redação de uma nova Constituição. Em 2005, foi reeleito deputado para a Assembleia Nacional, pouco depois, assumiu a presidência da Assembleia.


Em 2006, Maduro deixou o cargo, para atender o convite de Hugo Chávez para o cargo de Ministro das Relações Exteriores, função que desempenhou até janeiro de 2013. No cargo, trabalhou na resistência aos Estados Unidos e estabeleceu fortes laços com a Rússia, China, Síria e o Irã.


Aprofundou a solidariedade com a Palestina e Cuba. Foi uma das principais vozes contra os golpes em Honduras que derrubou Manuel Zelaya em 2009, e do Paraguai que derrubou Fernando Lugo, em 2013.



Em 7 de outubro de 2012, Hugo Chávez foi reeleito para o quarto mandato de presidente da Venezuela e convidou Nicolás Maduro para ocupar a vice-presidência, cargo que exerceu entre outubro de 2012 e março de 2013.


A ascensão à presidência

No dia 5 de março de 2013, o presidente da Venezuela faleceu, depois de lutar contra um câncer. Nicolás Maduro assumiu o cargo de presidente interino. Naquela ocasião o maior rival de Maduro era Diosdado Cabello, o então presidente da Assembleia Nacional, que segundo a Constituição deveria assumir a presidência do país.


Maduro assumiu o poder presidencial definitivo através de uma eleição extraordinária no dia 14 de abril de 2013, quando se elegeu pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). O resultado foi apertado: 50,61% dos votos para Maduro e 49,12% para seu opositor Henrique Capriles. Apesar da eleição ter sido questionada, Maduro tomou posse em 19 de abril.


Desde o princípio do seu mandato, o presidente encontrou um país dividido: a classe média não estava ao seu lado enquanto os militares e a polícia o apoiavam. 


Ao longo desse primeiro mandato, Nicolás Maduro mandou prender diversos opositores políticos como Leopoldo López. Conhecido pelo autoritarismo, o governo foi acusado de uma série de processos de tortura.


Crise econômica e política

Com a descida do preço do petróleo, a Venezuela entrou em uma profunda crise econômica. A crise também ficou marcada pela queda na produção industrial e nas exportações.


A inflação alcançou números estratosféricos, dos mais altos do mundo. Em 2016 a inflação subiu quase 800%, em 2017 o PIB caiu 14% e no princípio de 2018 a inflação chegou a bater 2.400% nos primeiros meses do ano.


Com a economia em recessão, os venezuelanos sofreram com uma redução da capacidade de compra, escassez de alimentos, medicamentos e produtos básicos. A população passou a sofrer com a desnutrição.


Diante desse cenário, muitos venezuelanos resolveram deixar o país e cruzaram a fronteira, especialmente rumo ao Brasil.


Depois de 16 anos no comando da Assembleia Nacional, o Partido Socialista Unido da Venezuela perdeu as eleições e a oposição tomou o poder. Com isso, as forças entraram em conflito direto com o presidente.


Segundo mandato

No dia 20 de maio de 2018, Maduro foi reeleito para o segundo mandato depois de uma eleição com baixa adesão quando apenas 46% dos eleitores compareceram às urnas. Maduro venceu com cerca de 68% dos votos (ou seja, 5,8 milhões de votos).



Grande parte da oposição boicotou o pleito, pois os principais opositores do governo haviam sido impedidos de participar e o presidente ter uma rejeição de 75% da população.


No dia 4 de agosto de 2018, drones carregados com explosivos foram enviados para estourarem junto do presidente durante um desfile comemorativo em Caracas. O plano não deu certo, os seguranças agiram rapidamente e Maduro não foi ferido


Em 10 de janeiro de 2019, o então presidente foi empossado novamente. O segundo mandato o levaria a comandar o país até 2025. A eleição foi questionada internacionalmente e muitos chefes de Estado não reconheceram o resultado das urnas.


Depois das eleições, diversos países anunciaram sanções econômicas contra a Venezuela e internamente eclodiu uma grave crise política, com a Assembleia Nacional não reconhecendo a posse do presidente. Para a oposição, Maduro estava transformando a Venezuela em uma ditadura.


O opositor Juan Guaidó

No início do ano de 2019, Juan Guaidó, um opositor do regime chavista, foi eleito para ser o chefe da Assembleia Nacional.


No dia 23 de janeiro, Guaidó deu uma declaração alegando que Maduro não havia sido democraticamente eleito e auto proclamou-se líder da Venezuela. Logo após o pronunciamento, Guidó foi apoiado por uma série de países como Estados Unidos, Brasil, Chile, Argentina, Colômbia e Equador.


Maduro, por sua vez, declarou-se como único presidente do país e recebeu o apoio de outras nações como Cuba, México, Turquia e Rússia.


Nicolás Maduro e a Guerra na Ucrânia

Em 2022, após a invasão da Ucrânia pelas tropas Russas, o mundo ficou estarrecido com a destruição de diversas cidades e a morte de um grande número de civis.


Em março de 2022, o presidente americano Joe Biden anunciou um boicote às importações de petróleo e gás da Rússia e sinalizou a disposição de estreitar as relações com a Venezuela, que haviam sido cortadas em 2019.


Uma delegação de altos representantes dos Estados Unidos se reuniu com o presidente da Venezuela para negociar a importação do petróleo Venezuelano como substituto às importações da Rússia.


Após o encontro, um executivo da Citgo, a subsidiária americana da petroleira estatal, Petróleos da Venezuela (PDVSA), que estava preso desde 2017 na Venezuela, e um jovem americano que tentou entrar no país em 2021, de posse de um drone, foram soltos pelas autoridades venezuelanas.

Vida pessoal

Nicolas Maduro casou-se com Cilia Flores no dia 19de abril de 2013, depois de 19 anos de união,

Advogada, defensora dos presos políticos chavistas, Cilia era líder política. Foi deputada, presidente da Assembleia, procuradora geral da Venezuela e secretária executiva da campanha de Maduro para a presidência.

Nicolás tem um único filho biológico - Nicolás Maduro Guerra, também conhecido como Nicolasito - fruto do primeiro casamento.

Cilia tem dois filhos de relações anteriores: Yoswal Gavidia Flores e Walter Gavidia Flores.

Como o homem chegou mais perto de outros mundos | 21 notícias que marcar...

segunda-feira, 23 de maio de 2022

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Homens que envergonham O Século XXI: Bashar al-Assad ditador Sírio

Bashar Hafaez al-Assad é presidente da Síria desde 2000. Ele nasceu em Damasco, capital da Síria, em 11 de setembro de 1965. Filho de Hafaez al-Assad, que foi presidente do mesmo país por três décadas, ele é formado em oftalmologia, profissão que teve que abrir mão depois da morte do pai e do irmão, que seria o sucessor político natural.


Sua primeira eleição aconteceu por meio de um referendo, onde ele era o único candidato. A legenda que o representava também figurava sozinha no pleito, pois as demais foram proibidas de atuar. A segunda vitória veio em 2007, quando ele conquistou 97% dos votos válidos sob as mesmas condições (um só partido, um só candidato). Em 2014, o resultado se repetiu: deu Bashar Hafaez al-Assad mais uma vez.


Sua ascensão ao poder criou muitas expectativas e esperança na fase inicial. Porém, não foi isso que aconteceu na prática. O descontentamento popular com o desemprego, a pobreza e a desigualdade, fez com que em 2011 ocorresse um levante popular nas principais cidades sírias: Damasco, Daraa e Alepo.


Protestos e Guerra

Depois de dois meses de protestos intensos, o presidente Bashar Hafaez al-Assad na tentativa de agradar à população prometeu tomar algumas medidas populares, entretanto seu esforço não convenceu os sírios que já estavam nas ruas e pediam que ele deixasse o cargo.


Isso o incomodou e revelou uma face ainda mais obscura do ditador: ele mandou o exército para as ruas e acabou matando muitos militantes. Alguns deles reagiram e outros formaram grupos rebeldes, como o Estado Islâmico.


Desta forma, começou uma guerra que se estende até os dias de hoje e que, segundo a BBC já fez 400 mil mortos e provocou o êxodo de quase cinco milhões de pessoas.



Entenda as principais ações mais recentes do ditador sírio

– No auge da Primavera Árabe (2011) que levou milhares de sírios às ruas para protestar contra as péssimas condições de vida, o ditador Bashar Hafaez al-Assad prometeu retirar o estado de sítio que o país vivia há 48 anos. Mas ele não convenceu e as pessoas continuaram protestando;


– Em 2012, o conflito entre os simpatizantes dos rebeldes e os defensores do presidente tomaram a capital Damasco e Aleppo. Bashar Hafaez al-Assad intensificou a luta quando ela ganhou contornos religiosos, opondo a maioria sunita contra os xiitas alauítas, braço do islamismo ao qual ele pertence;


– No começo, o conflito era exclusivamente entre a oposição moderada contra o exército oficial de Bashar Hafaez al-Assad. Contudo, a fragilidade do país tornou-se o espaço perfeito para a solidificação de radicais e jihadistas, mais especificamente, o Estado Islâmico e a Frente Nusra (filiada à Al-Qaeda);


– Em meio ao conflito, os Estados Unidos passaram a apoiar o Exército Curdo, que atuam no norte da Síria, defendendo a população dos grupos rebeldes que criaram uma guerra dentro de outra guerra, com muita violência e terror. Apesar disso, nunca houve apoio explícito ao presidente Bashar Hafaez al-Assad;


– Em 2014, o presidente Bashar Hafaez al-Assad ficou bastante acuado com o avanço das forças subversivas e recebeu apoio da Rússia, que o ajudou a tomar Aleppo em 2016;


– Ao assumir a presidência dos EUA, em 2017, Donald Trump tentou uma aproximação com o presidente Bashar Hafaez al-Assad, afirmando que o objetivo da América era combater o Estado Islâmico e não o ditador sírio;


– No começo de abril deste ano, 86 pessoas, sendo 27 delas crianças, foram mortas por armas químicas na cidade de Khan Sheikhoun, na província de Idlib. O massacre teria sido ordenado pelo presidente Bashar Hafaez al-Assad;


– Esse ataque mudou a postura do Governo dos Estados Unidos que reagiu com o envio de mísseis para destruir a base de armas químicas do Governo sírio;


– O presidente Bashar Hafaez al-Assad negou a acusação e colocou a culpa nos rebeldes.

 

sábado, 14 de maio de 2022

Suécia e Finlândia anunciam a intenção de aderir à Otan

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Série: Escritores Latino-Americanos: Carlos Fuentes escritor mexicano


 Carlos Fuentes, escritor mexicano

Por Dilva Frazão


https://www.ebiografia.com/carlos_fuentes/

Biografia de Carlos Fuentes

Carlos Fuentes (1928-2012) foi um escritor mexicano, considerado um dos maiores romancistas em língua espanhola, na América Latina. Nos anos 60, Carlos Fuentes viveu em Paris, Veneza e Londres. Lecionou em Harvard, Cambridge, Princeton e outras universidades de renome internacional.


Carlos Fuentes nasceu na cidade do Panamá, no Panamá, no dia 11 de novembro de 1928, na época em que seu pai servia como diplomata mexicano no país.


Fuentes passou a infância em diversos países, entre eles Argentina, Brasil, Chile, Uruguai e Estados Unidos. Aos 16 anos foi para o México, onde iniciou seu trabalho como jornalista.


Formação

Carlos Fuentes formou-se em Direito pela Universidade Nacional Autônoma do México e em Economia pelo Instituto de Altos Estudos Internacionais de Genebra, na Suíça.


Carreira literária e diplomática

Em 1954, Carlos Fuentes fundou, com o crítico Emmanuel Carballo, a Revista Mexicana de Literatura, que passou a editar ao mesmo tempo em que colaborava com outras publicações.


Em 1954, Fuentes estreou na literatura com o livro de contos, “Los Dias Enmascarados”, que foi bem aceito pela crítica.


A fama do escritor veio com sua estreia como romancista com a publicação de “A Região Mais Transparente”, editado em 1958, obra ambiciosa em que procurou se engajar na corrente do Romance Experimental.


A partir dessa obra, sua produção incorporou influências estranhas à literatura hispânica e recursos literários como o monólogo interior e frequentes referências do passado.



Com a publicação de “Las Buenas Conciencias” (1959), Carlos Fuentes iniciou uma tetralogia que deixou inacabada. A obra narra as esperanças do jovem Jaime Ceballos, de família aristocrática e católica, na Revolução Mexicana, e a desilusão final com o destino do movimento.


Nos anos 60, Carlos Fuentes viveu em Paris, Veneza e Londres. Lecionou em Harvard, Cambridge, Princeton e outras universidades de renome internacional.


Em 1962, Carlos Fuentes lançou uma de suas obras mais conhecidas, “La Muerte de Artêmio Cruz”, que narra a história de um homem que venceu na vida graças a Revolução e depois, rico e poderoso, não hesita em traí-la e morre na miséria.


 Entre os anos de 1975 a 1977, foi embaixador do México na França. Diplomata e atuante intelectual público, ele se orientava por uma concepção de esquerda democrática. Foi por muito tempo um crítico dos desmandos do Partido Revolucionário Institucional do México.


Sua obra ficcional, composta de 22 romances e nove coletâneas de contos, constitui um vasto panorama da história mexicana. Foi, ao lado de Mário Vargas Llosa, Gabriel Garcia Marquez e Octávio Paz, um expoente do boom literário latino-americano da década de 60.


Carlos Fuentes notabilizou-se pelo estilo do realismo fantástico, característica frequente em autores latino-americanos. A obra "Gringo Velho" (1985), que foi adaptada para o cinema.



Carlos Fuentes recebeu o Prêmio Nacional de Literatura, o mais importante do gênero em seu país. Recebeu o Prêmio Miguel de Cervantes, em 1987, o Prêmio Príncipe de Astúrias, na Espanha, a Medalha Picasso, da UNESCO, e o título de Doutor Honoris Causa, pela Universidade das Ilhas Baleares, Espanha, pela qualidade e extensão de sua obra.


Carlos Fuentes Macias faleceu na cidade do México, México, no dia 15 de maio de 2012.


Frases de Carlos Fuentes

"Há coisas que sentimos na pele, outras que vemos com os olhos e outras que apenas pulsam no coração."


"Certamente, existem atos que só acontecem porque os tememos. Se o nosso medo não os convidassem, não viriam."


"O passado está escrito na memória e o futuro está presente no desejo."


"Toda descoberta é um desejo, e todo desejo, uma necessidade. Nós inventamos o que descobrimos; descobrimos o que imaginamos. Nossa recompensa é o encantamento."


Obras de Carlos Fuentes

Los Dias Enmascarados (1954)

La Región Más Transparente (1957)

Las Buenas Consciencias (1959)

Aura (1962)

La Muerte de Artemio Cruz (1962)

Cantar de Ciegos (1964)

Zona Sagrada (1967)

Cambio de Piel (1967)

Cumpleaños (1969)

La Nueva Novela Hispano Americana (1968)

El Mundo de José Luís Cuevas (1969)

Todos los Gatos son Pardos (1970)

La Casa com Dos Puertas (1970)

Tiempos Nexicano (1971)

Terra Nostra (1975)

Uma Família Lejana (1980)

Gringo Velho (1985)

Cristóbal Nonato (1987)

La Campaña (1990)

El Espejo Enterrado (1992)

Diana ou a Caçadora Solitária (1996)

Los Años com Laura Diaz (1999)

Instinto de Inez (2001)

En Esto Creo (2002)

La Silla del Águila (2003)

Contra BUsh (2004)

Todas as Familias Felices (2006)

La Voluntad y la Fortuna (2008)

Vlad (2010)

La Gran Novela Latino Americana (2011). 

quinta-feira, 12 de maio de 2022

Homens que envergonham o Século XXI: Vladimir Putin


 Vladimir Putin (1952) é o presidente da Rússia, desde 2012, cargo que já havia exercido em dois mandatos anteriores (2000-2004 e 2004-2008).


Vladimir Vladimirovich Putin nasceu em São Petersburgo, antiga Leningrado, na Rússia, no dia 7 de outubro de 1952. Estudou Direito na Universidade Estadual de Leningrado, concluindo o curso em 1975.


Nesse mesmo ano, entrou para o treinamento na KGB - o serviço secreto russo, e começou sua vida profissional na direção do Serviço de Espionagem Russo, na antiga URSS. Primeiro servia em sua cidade natal, em seguida foi designado como agente em Dresden, na Alemanha Oriental.


Vladimir Putin permaneceu na Alemanha até o desmoronamento da URSS e a queda do muro de Berlim, em 1989, uma vez que a reunificação da Alemanha desmantelou os serviços da KGB naquele país.


Carreira Política

Ao regressar para Leningrado, Putin foi convidou para ocupar o cargo de vice-diretor adjunto de relações internacionais da Universidade local.


Passou também a se dedicar à política municipal de Leningrado. Em 1990 foi nomeado assessor do Presidente do Conselho Municipal de Leningrado, Anatoll Sobtchak, que conhecera nos tempos da universidade.


Em 1991, após o golpe de estado contra o então presidente Mikhail Gorbatchov, Putin deixa a KGB com a patente de coronel, mas continua a fazer parte do Partido Comunista.


Em 1994, Vladimir Putin passou a exercer a função de vice-prefeito de São Petersburgo, antes Leningrado, sendo responsável pela área de investimentos, parceria com empresas estrangeiras e instituições de empresa mista.



Em 1996, depois da derrota de Sobchak, nas eleições, Putin se mudou para Moscou onde ocupou cargos próximos ao presidente Boris Yeltsin. Em poucos meses foi nomeado vice-diretor do Serviço Administrativo e Técnico do Presidente da Rússia, cargo que ocupou durante 1996 e 1997.


Em julho de 1998 foi nomeado diretor do Serviço Federal de Segurança (FSB), a mais importante dos quatro ramos em que se dividiu a KGB e herdara as funções de polícia política. A partir de março de 1999, Putin acumulou o cargo de Secretário do Conselho de Segurança.


De Primeiro Ministro à Presidente

Em 9 de agosto de 1999 Boris Yeltsin, presidente da Rússia desde sua fundação em 1991, nomeou Putin para Primeiro Ministro em substituição a Serguei Stephasin, que estava no cargo apenas por 3 meses.


No dia 31 de dezembro de 1999, debilitado, Boris Yeltsin apresentou sua demissão durante um discurso de fim de ano, e nomeou Putin como seu favorito para a sucessão ao Kremlin. Putin torna-se então presidente interino da Rússia.


No dia 20 de março de 2000, pelo Partido Rússia Unida, Vladimir Putin venceu as eleições para presidente, com mais da metade dos votos. Foi reeleito em 2004, para o segundo mandato.


No final de 2007, não podendo se reeleger, indicou como sucessor seu primeiro-ministro Demitri Medvedev, que iniciou seu mandato em 2008, e nomeou Putin para primeiro-ministro.



Em setembro de 2011, Vladimir Putin foi novamente eleito para presidente, iniciando seu mandato em 2012. A partir deste ano, a duração do mandato foi alterada e passou a ser de seis anos, portanto ele ficou no cargo até 2018.


putin


Em 2018 Putin foi reeleito com 76% dos votos. A Constituição russa não permitia que Putin concorresse à próxima eleição em 2024, mas em fevereiro de 2021, a Câmara dos Deputados russa aprovou uma norma pela qual o presidente poderá se candidatar a dois novos pleitos e governar até 2036.


Política econômica

Graças à abundância de petróleo e gás, na primeira década do governo Putin, a economia da Rússia foi marcada pela recuperação do nível de vida dos russos e do Estado enfraquecido após a queda da URSS.


Com doses em grande parte contraditórias em defesa da democracia e das liberdades, autoritarismo evidente, apoio à economia de mercado e à economia dirigida e exaltação dos valores nacionalistas e militares, o presidente russo tem procurado manter sua popularidade entre grande parte da população ao longo de seus sucessivos mandatos.


Política externa

No início como primeiro-ministro, Vladimir Putin se mostrou relativamente tolerante e disposto a manter boas relações com o Ocidente, mas já apresentava uma imagem severa e deu início a segunda guerra da Chechênia.



Em 2004, com a “Revolução Laranja”, que levou à presidência da Ucrânia um político pró-Ocidente, o Kremlin considerou o episódio uma interferência Ocidental em seu quintal.


Em 2008, a Rússia invadiu a Geórgia, quando esse país tentou se aproximar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).


Em 2011, com o início da Guerra Civil na Líbia, Putin condenou as intervenções militares do país, considerando a resolução da ONU como “defeituosa e falha”.


Durante toda a Revolução Síria, Putin apoiou o regime de Bashar Assas e continuou a vender armas para esse país. Putin se opôs contra qualquer intervenção estrangeira.


A Rússia e a Ucrânia

O território que hoje é a Ucrânia já fez parte da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, mas em 1991 o bloco se desmembrou em vários países e um deles é hoje a Ucrânia.


Em 24 de fevereiro de 2014, as Forças Especiais Russas desembarcaram na península da Crimeia, no sul da Ucrânia, e tomaram o controle da região, anexando a Crimeia à Federação Russa.


Vários países condenaram a Rússia, acusando-a de violar o direito internacional e a soberania da Ucrânia, provocando a pior crise diplomática entre a Rússia e o Ocidente desde a Guerra Fria.



A Ucrânia vem tentando caminhar em direção às instituições europeias e entrar para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que é liderada pelos EUA e constitui em um sistema de defesa coletiva através do qual os seus Estados membros concordam com a defesa mútua em resposta a um ataque por qualquer entidade externa à organização.


Em janeiro de 2022 a crescente tensão entre a Rússia e a Ucrânia se agravou, uma vez que  Putin vem tentando, a qualquer custo, barrar o ingresso da Ucrânia na Otan, pois a Ucrânia faz fronteira tanto com a União Europeia como com a Rússia e isso representa uma ameaça para a sua segurança.


Tropas russas foram enviadas para a fronteira da Ucrânia e mobilizadas para uma invasão caso os interesses de Putin sejam negados.


No dia 21 de fevereiro de 2022, Vladimir Putin anunciou que reconhece oficialmente a independência de duas regiões separatistas na Ucrânia: Donetsk e Luhansk, em apoio aos rebeldes que lutam nessas áreas contra forças militares ucranianas, porém recebeu ameaças de sanções de vários países.

no dia 24 de fevereiro de 2022 Putin dá início a sangrenta guerra da Ucrânia e se estende até hoje chocando e se tornando um dos piores tiranos do século XXI.


Fortuna

Putin está no poder por quatro mandato e nesse período acumulou uma fortuna estimada pelos opositores em 46 bilhões de dólares.


Esta soma extraordinária é baseada em alegações de que Putin possui ações em três empresas de petróleo e gás. É também um dos principais acionistas de uma empresa que não pode ser nomeada por razões legais, e que nega qualquer relação com Putin.


Segundo o vive-primeiro ministro, Boris Nemtsov, o presidente Putin possui vários palácios, mansões e residências, aviões, helicópteros e iates.


Religião na Rússia

Com a intenção de unificar as diferentes religiões sob a autoridade do Estado, na Rússia, as religiões tradicionais são permitidas, entre elas, o Budismo, o Cristianismo Ortodoxo, o Islamismo e o Judaísmo.


Putin frequenta os eventos mais importantes da Igreja Ortodoxa Russa. Como presidente, participou ativamente da promoção do Ato de Comunhão Canônica com o Patriarcado de Moscou, assinado em 17 de maio de 2007, que restabeleceu as relações com a Igreja Ortodoxa Russa do Exterior, após o Cisma de 80 anos.


Vida pessoal

Vladmir Putin foi casado com Lyudmila Shkrebneva entre os anos de 1983 e 2013, dessa união nasceram suas duas filhas, Maria Poutina e Katerina Poutina.


Putin que tem só 1,67 m de altura, se projetou na mídia com a imagem de esportista pela prática de judô e também por suas caçadas.