Konstantinos - Uranus

domingo, 11 de abril de 2021

Artigo brasileiro aponta eficácia de 50,7% da CoronaVac


 Artigo brasileiro aponta eficácia de 50,7% da CoronaVac

Segundo estudo, intervalo maior entre doses aumenta eficácia


Publicado em 11/04/2021 -  Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Um artigo enviado hoje (11) para revisão de pares e publicação na revista científica The Lancet aponta que a CoronaVac, vacina produzida pelo Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac contra a covid-19, tem eficácia de 50,7% para casos sintomáticos da doença, podendo chegar a 62,3% de eficácia quando há um intervalo maior entre as duas doses da vacina. A CoronaVac é uma das vacinas que vêm sendo aplicadas no Brasil por meio do Plano Nacional de Imunizações (PNI).


O valor é pouco maior do que já havia sido divulgado anteriormente pelo governo paulista. Em janeiro, o governo havia anunciado que a eficácia da vacina girava em torno de 50,38%.


Segundo o estudo que embasou o artigo, a eficácia global da vacina chegou a 62,3% quando a segunda dose foi aplicada em um intervalo superior a 14 dias da primeira dose. A segunda dose pode ser aplicada em um intervalo entre 14 e 28 dias.


Outro resultado divulgado no artigo é que a vacina tem uma eficácia entre 83,7% e 100% para os casos que requerem assistência médica. O dado superou o que o governo paulista havia anunciado anteriormente de eficácia para casos moderados, que girava em torno de 77,96%.


“Esse estudo corrobora o que já havíamos anunciado há cerca de três meses e nos dão ainda mais segurança sobre a efetiva proteção que a vacina do Butantan proporciona. Não resta nenhuma sombra de dúvida sobre a qualidade do imunizante”, disse Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, por meio de nota.


O artigo também aponta que a vacina, que é produzida com vírus inativado, protege contra as variantes P.1 (de Manaus) e P.2 (Rio de Janeiro).


O estudo com a vacina e que embasou o artigo foi feito entre os dias 21 de julho e 16 de dezembro de 2020, envolvendo 12.396 participantes voluntários de 16 centros de pesquisa no Brasil. Todos eles receberam ao menos uma dose da vacina ou placebo. Desse total, houve 9.823 participantes que receberam as duas doses. O estudo agora será revisado pelos pares.


Edição: Pedro Ivo de Oliveira


CoronaVac artigos científicos The Lancet saúde


https://agenciabrasil.ebc.com.br/

quinta-feira, 8 de abril de 2021

PARIS BELA E HISTÓRICA II HD / Se emocione com as belas imagens da Cidade Luz Paris

REPRESSÃO CULTURAL: A CENSURA ÀS ARTES DURANTE A DITADURA MILITAR BRASILEIRA /// https://aventurasnahistoria.uol.com.br/


 REPRESSÃO CULTURAL: A CENSURA ÀS ARTES DURANTE A DITADURA MILITAR BRASILEIRA

Entenda o sistema de opressão do Golpe de 64, que tirou Jango do poder e instaurou anos caóticos

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/

SÍLVIO ANAZ PUBLICADO EM 11/05/2019, ÀS 15H00 - ATUALIZADO EM 09/04/2021,


Em 1973, o governo militar vetou a música Uma Vida Só (Pare de Tomar a Pílula), do ídolo brega Odair José. A letra não pregava a resistência contra a ditadura, não falava de qualquer herói do comunismo nem fazia doutrinação marxista. A culpa foi do refrão: “Pare de tomar a pílula, porque ela não deixa o nosso filho nascer. Pare de tomar a pílula, pois ela não deixa sua barriga crescer”. O governo patrocinava uma campanha nacional de controle da natalidade na época. Não tinha, então, como tolerar o sucesso daqueles versos “pró-vida”.


Durante o regime militar, a repressão à produção cultural perseguiu qualquer ideia que pudesse ser interpretada como contrária às do governo – e vira e mexe incluíam aí canções bregas, que não tinham conteúdo diretamente político. Até a dupla de compositores Dom e Ravel, que havia emplacado Eu Te Amo, Meu Brasil, hino ufanista que mereceu cumprimentos pessoais do presidente Médici, teve de se explicar aos censores.


Bastava uma palavra ou uma frase mal interpretada e lá vinha a tesoura da censura, o “cálice/cale-se” cantado por Chico Buarque e Milton Nascimento. Naquele período, os militares prenderam, sequestraram, torturaram e exilaram artistas, jornalistas e intelectuais. Não fosse esse lado trágico, o saldo do período poderia ser considerado até cômico, tantas foram as trapalhadas da censura na hora de lidar com a liberdade de expressão.



Protesto durante a ditadura / Crédito: Divulgação

O regime vetou uma apresentação do prestigiado Ballet Bolshoi, referência mundial e histórica em excelência nas apresentações de balé, só porque a companhia de dança era uma estatal da União Soviética. Comunistas, portanto. Seria como proibir charutos por serem cubanos. Filmes de kung fu foram proibidos por conter “substrato maoísta”. O poeta Ferreira Gullar teve uma pasta com artigos apreendida em sua casa e acredita que a inscrição na capa, “Do Cubismo à Arte Neoconcreta”, foi interpretada pelo oficial como uma referência a Cuba.


Com Geisel e sua promessa de abertura lenta, gradual e segura, artistas e intelectuais esperavam um certo alívio na repressão. Só se esqueceram de combinar com o então ministro da Justiça, Armando Falcão. Em sua gestão, continuaram a ser expedidas dezenas de portarias cortando trechos de filmes, riscando faixas de discos ou vetando obras inteiras. Compositores, cineastas, escritores, jornalistas e dramaturgos tiveram de caprichar na criatividade para driblar a tesoura dos censores, usando para isso letras cheias de metáforas – expediente que começou nos anos de chumbo e ficou conhecido como “linguagem de frestas”.


A resistência artística, assim como a censura, teve diferentes fases durante o regime militar. Os primeiros anos depois do golpe foram de relativa liberdade de expressão. A censura tinha seus limites, refletindo a linha do ambíguo e moderado marechal Castello Branco. Com o endurecimento do regime, após 1968, a resistência cultural passou por maus lençóis.


Funcionários da Divisão de Censura de Diversões Públicas da Polícia Federal se instalaram nas redações dos principais jornais e revistas, controlando tudo o que estava para ser publicado. Vira e mexe, o espaço de notícias, fotos e charges censuradas acabava preenchido por receitas culinárias e versos de Camões, em sinal de protesto. A fúria do aparato repressivo resultou em teatros destruídos, no sequestro e interrogatório de artistas e no exílio de músicos e escritores.


Nessa fase, a produção cultural de contestação ao regime era engajada, com atenção aos grandes temas ideológicos da esquerda, como a luta pela reforma agrária e pela justiça social. Mas o sucesso nas rádios e nas lojas ficava para a música mais popular, que ressaltava as qualidades do país, como a ufanista País Tropical, de Jorge Ben (na época, sem o “jor” no fim do nome), que cantava o Brasil como “país abençoado por Deus e bonito por natureza”.



Ainda no período Geisel, a cultura e a resistência foram influenciadas pelas ideias da contracultura. Era um movimento que pregava uma ação social e política de oposição à violência e aos valores da sociedade de consumo – e a favor das liberdades sexuais, do uso de drogas para ampliar os horizontes da percepção e da vida em comunidades alternativas. Nos Estados Unidos, essa atitude serviu de combustível para o movimento hippie.


No Brasil, afetou especialmente o teatro, o cinema e a música, então as principais frentes culturais de contestação ao autoritarismo. Gilberto Gil, Caetano Veloso e os Novos Baianos – grupo que vivia em comunidade e reunia Moraes Moreira, Pepeu Gomes e Baby (na época) Consuelo – transformaram a busca pelo prazer no tema principal de suas canções.


O lançamento do disco Bicho, de Caetano, em 1977, é um marco dessa influência. A faixa Odara – que traz os versos “deixe eu dançar / pro meu corpo ficar odara” (palavra africana que significa “sentir-se feliz”) – levou a esquerda engajada a acusar a postura bicho-grilo de Caetano e dos baianos de ser alienada e alienante. Que história era aquela de se sentir feliz naqueles anos de violência estatal?


Os tropicalistas e seus herdeiros musicais, apóstolos do desbunde, desagradaram tanto aos conservadores de direita quanto aos de esquerda. Mas haveria outros agentes subversivos na cultura, surgindo de onde ninguém esperava: os cafonas.


Repressão míope

Encarregados de lidar com sutilezas, os censores muitas vezes deixavam passar o que, se eles fossem melhores de interpretação de texto, certamente seria barrado. Chico Buarque – cansado da perseguição – adotou o nome artístico de “Julinho de Adelaide” para ter suas composições liberadas. A estratégia deu certo, e as canções de “Julinho” fizeram sucesso. Entre elas, Jorge Maravilha, que traz os versos “você não gosta de mim, mas sua filha gosta”.



Chico Buarque durante a ditadura / Crédito: Divulgação

A canção surgiu após um agente da Polícia Federal abordar Chico e lhe pedir um autógrafo, justificando: “É para minha filha”. No início dos anos 1970, as vitrines do país expunham livremente a capa do inovador disco Todos os Olhos, de Tom Zé, que trazia um ânus fotografado bem de perto com uma bolinha de gude no meio, simulando um olho. Outra que a censura não entendeu e liberou foi Festa Imodesta, de Caetano Veloso, gravada por Chico Buarque no disco Sinal Fechado (1974). A canção, em um típico uso da linguagem de frestas, traz nos versos críticas à própria censura: “Tudo aquilo que o malandro pronuncia / e que o otário silencia / toda festa que se dá ou não se dá / passa pela fresta da cesta e resta a vida”.


No teatro, Chico Buarque se baseou em um clássico para escrever com Paulo Pontes a peça Gota d’Água. Os autores transportaram o enredo da tragédia grega Medeia para uma favela em processo de reurbanização com a construção de um conjunto habitacional. A peça tinha como pano de fundo uma crítica ao milagre econômico, a partir da mobilização da população do morro contra os preços extorsivos das unidades postas à venda. Passou.


Para algumas obras, no entanto, a censura significou anos de espera. O Abajur Lilás, de Plínio Marcos, que fazia uma crítica irônica à repressão, foi proibida duas vezes, em 1970 e em 1975, sob a alegação de que atentava contra a moral e os bons costumes. A peça, que mostra o conflito entre prostitutas, um homossexual cafetão e seu guarda-costas, incluindo tortura e assassinato, só foi liberada em 1980.


No cinema, a produção nacional de resistência à ditadura praticamente deixou de existir nos anos da distensão. Nesse período, alguns dos diretores do contestador Cinema Novo, como Cacá Diegues, tiveram suas obras apoiadas pelo órgão oficial de fomento ao cinema do governo militar: a Embrafilme.


O “cinema de resistência” que restava explorava o erotismo, como as pornochanchadas produzidas na Boca do Lixo, em São Paulo, que afrontavam os padrões morais vigentes. Para burlar a Censura Federal, os cineastas da Boca inseriam cenas propositalmente “censuráveis” nos filmes. Os censores passavam a tesoura sem dó nesses trechos – e deixavam passar as peladonas.



As desgraças da AstraZeneca aumentam à medida que Austrália, Filipinas e União Africana restringem as doses de COVID-19


  As desgraças da AstraZeneca aumentam à medida que Austrália, Filipinas e União Africana restringem as doses de COVID-19

Pela equipe da Reuters


(Reuters) - A Austrália e as Filipinas limitaram o uso da vacina COVID-19 da AstraZeneca na quinta-feira, enquanto a União Africana abandonou os planos de comprar a vacina em meio à escassez global, prejudicando ainda mais as esperanças da empresa de entregar uma vacina para o mundo.



A vacina - desenvolvida com a Universidade de Oxford e considerada pioneira na corrida global por vacinas - tem sido atormentada por preocupações de segurança e problemas de abastecimento desde que os resultados do ensaio de Fase III foram publicados em dezembro, com a Indonésia sendo o último país forçado a buscar doses de outros fabricantes de medicamentos.


As Filipinas suspenderam o uso de vacinas AstraZeneca para menores de 60 anos depois que o regulador europeu disse na quarta-feira que encontrou casos raros de coágulos sanguíneos entre alguns receptores adultos, embora ainda acredite que os benefícios da vacina superam seus riscos.


A Austrália recomendou que as pessoas com menos de 50 anos de idade recebessem a vacina COVID-19 da Pfizer em vez da AstraZeneca, uma mudança de política que advertiu que atrasaria sua campanha de inoculação.


A injeção da AstraZeneca é vendida a preço de custo, por alguns dólares a dose. É de longe o mais barato e de maior volume lançado até agora, e não tem nenhum dos requisitos extremos de refrigeração de algumas outras vacinas COVID-19, tornando-se provavelmente o esteio de muitos programas de inoculação no mundo em desenvolvimento.


Mas mais de uma dúzia de países suspenderam ou suspenderam parcialmente o uso da injeção, primeiro por preocupações sobre a eficácia em pessoas mais velhas, e agora por preocupações sobre raros efeitos colaterais perigosos em pessoas mais jovens.


Isso, junto com contratempos na produção, atrasará o lançamento de vacinas em todo o mundo, enquanto os governos lutam para encontrar alternativas para domar a pandemia que matou mais de 3 milhões.


'EXTREMAMENTE RARO'


Na quarta-feira, a Itália se juntou a França, Holanda, Alemanha e outros países na recomendação de uma idade mínima para receber a injeção da AstraZeneca, e a Grã-Bretanha disse que menores de 30 anos deveriam ter uma alternativa. A Coreia do Sul também suspendeu o uso da vacina em pessoas com menos de 60 anos nesta semana, ao aprovar a vacina de dose única da Johnson & Johnson.


A AstraZeneca disse que está trabalhando com reguladores britânicos e europeus para listar possíveis coágulos sanguíneos cerebrais como “um potencial efeito colateral extremamente raro”.


A África do Sul também interrompeu as vacinações da AstraZeneca no mês passado, depois que um pequeno estudo mostrou que a injeção oferecia proteção mínima contra doenças leves a moderadas causadas pela variante local dominante do coronavírus.


Um trabalhador médico prepara uma dose da vacina AstraZeneca COVID-19 em um centro de vacinação, em meio ao surto da doença coronavírus, em Ronquieres, Bélgica, 6 de abril de 2021. REUTERS / Yves Herman / Foto do arquivo

A AstraZeneca está lutando com problemas de produção que levaram à escassez de sua vacina em vários países.


O ministro da Saúde da Indonésia, Budi Gunadi Sadikin, disse na quinta-feira que o país está em negociações com a China para obter até 100 milhões de doses da vacina COVID-19 para preencher uma lacuna nas entregas causada por atrasos na chegada das vacinas AstraZeneca.


A Índia suspendeu temporariamente todas as principais exportações de injeção da AstraZeneca feita pelo Serum Institute of India (SII), o maior fabricante mundial de vacinas, à medida que aumentam as infecções domésticas.


Isso afetou os suprimentos para a instalação global de compartilhamento de vacinas COVAX, apoiada pela GAVI / OMS, por meio da qual 64 países mais pobres devem receber doses do SII, disse a UNICEF, parceiro de compras e distribuição do programa, à Reuters no mês passado.


A GAVI e a Organização Mundial da Saúde disseram em um comunicado na quinta-feira que a instalação entregou quase 38,4 milhões de doses a mais de 100 países e economias em seis continentes e espera entregar doses a todas as economias participantes que solicitaram vacinas na primeira metade do ano.


O presidente-executivo da AstraZeneca, Pascal Soriot, foi citado no comunicado dizendo que mais de 37 milhões de doses da vacina da empresa foram entregues através da COVAX.


“Continuamos a trabalhar 24 horas nos sete dias da semana para cumprir nosso compromisso inabalável com um acesso amplo, equitativo e acessível”, disse ele.


A União Africana está explorando opções de vacinas com a Johnson & Johnson, disse o chefe dos Centros Africanos para Controle e Prevenção de Doenças. Ela abandonou os planos de comprar a vacina da AstraZeneca da SII para evitar a duplicação de esforços da COVAX, que continuará a fornecer a vacina para a África.


A Grã-Bretanha está desacelerando o lançamento da vacina devido a atrasos no envio de vacinas AstraZeneca da Índia e está em desacordo com a UE sobre as exportações da vacina. A Austrália também culpou os atrasos em sua campanha de imunização em questões de abastecimento na Europa.


A AstraZeneca citou rendimentos reduzidos em uma fábrica europeia para o déficit de fornecimento para a União Europeia.


Reportagem dos escritórios da Reuters em todo o mundo; Escrito por Kirsten Donovan; Edição de Nick Macfie e Bill Berkrot


Nossos padrões: Princípios de confiança da Thomson Reuters.


México x Brasil: presidentes populistas confundem investidores Por rodrigo campos



 

México x Brasil: presidentes populistas confundem investidores

Por rodrigo campos  


https://www.reuters.com/



(Corrige erro de digitação no parágrafo 8 para dizer trilhões, não bilhões)


 O presidente do México, Andres Manuel Lopez Obrador, gesticula enquanto fala durante uma coletiva de imprensa no Palácio Nacional, na Cidade do México, México, em 24 de março de 2021. REUTERS / Edgard Garrido / Foto do arquivo

NOVA YORK (Reuters) - Quando um populista de esquerda e um legislador de extrema direita chegaram ao poder nas duas maiores economias da América Latina, os investidores pensaram que sabiam quem lhes mostraria o dinheiro.


Porém, mais de dois anos e uma pandemia cara depois, investidores desiludidos estão agora ocupados mudando de um Brasil que antes prometia reformas e privatizações convincentes para um México que deverá se beneficiar de uma recuperação econômica dos EUA.


Os investidores temem que o presidente mexicano Andres Manuel Lopez Obrador gastaria demais para apaziguar a base que lhe deu uma vitória esmagadora em 2018 ainda não se concretizou, e nem tampouco as promessas do presidente Jair Bolsonaro de agilizar a economia brasileira.


Lopez Obrador “é 'menos ruim' do que os investidores esperavam, e a administração Bolsonaro tem sido 'menos boa' do que os investidores esperavam”, disse Marshall Stocker, gerente de portfólio da Eaton Vance em Boston.


Embora a maneira como lidaram com a pandemia COVID-19 parecesse estar em sintonia às vezes, pois misturavam negação com desconfiança da ciência, suas respostas financeiras foram nitidamente diferentes.


Bolsonaro gastou 8,6% a mais do produto interno bruto na resposta, enquanto Lopez Obrador mal gastou 0,6% a mais do PIB, de acordo com dados do Fundo Monetário Internacional.


“A leitura do copo meio cheio é que o México não se envolveu em nenhuma das políticas agressivas de afrouxamento fiscal que seus vizinhos fizeram”, disse Patrick Esteruelas, chefe de pesquisa da Emso Asset Management em Nova York.


Isso, juntamente com a esperança de que um pacote de recuperação econômica de US $ 1,9 trilhão assinado pelo presidente Joe Biden irá alimentar um forte crescimento no norte, está estimulando uma mudança no sentimento dos investidores.


Embora ambos os países tenham sofrido saídas de investidores estrangeiros em fevereiro, as ações e títulos do México atraíram US $ 355 milhões nas primeiras três semanas de março, contra saídas do Brasil de US $ 465 milhões, mostram dados do Institute of International Finance.


O FMI esta semana elevou a perspectiva para o PIB do México em 2021 em 0,7% para 5,0%, enquanto empurrou o Brasil para cima em 0,1% para 3,7%.



A mudança a favor do México foi ainda apoiada pela situação do COVID-19 no Brasil, onde se espera que as mortes superem em breve o pior de uma onda recorde nos Estados Unidos em janeiro.


O Brasil relatou até agora mais de 13 milhões de infecções e mais de 336.000 mortes, enquanto o México relatou mais de 2,2 milhões de casos e cerca de 205.000 mortes, mostra uma contagem da Reuters.


Bolsonaro perguntou às forças armadas esta semana se eles tinham tropas disponíveis para controlar possíveis distúrbios sociais decorrentes da crise do COVID-19.


“O Bolsonaro perdeu o apoio de grande parte da comunidade empresarial, do grosso da população e de parte do alto escalão dos militares”, disse Elizabeth Johnson, diretora-gerente de pesquisa do Brasil na TS Lombard, em nota.


As lutas internas sobre o orçamento azedaram as relações entre o executivo e o Congresso, acrescentou ela.


BRASIL VULNERÁVEL


Bolsonaro pegou investidores de surpresa em fevereiro, quando demitiu o presidente da Petrobras, depois de uma batalha sobre o aumento dos preços dos combustíveis.


No mês passado, o CEO do Banco do Brasil, o maior banco estatal, renunciou após uma disputa com o Bolsonaro sobre o fechamento de agências.


Os mercados financeiros do Brasil não se recuperaram totalmente das vendas geradas por esses movimentos.


O real caiu mais de 7% este ano em relação ao dólar, contra uma queda de cerca de 1% do peso. Se o dólar norte-americano se firmar ainda mais, o efeito de uma moeda mais fraca beneficiaria o México mais voltado para as exportações em relação ao Brasil, onde um real mais fraco aumentaria principalmente as pressões inflacionárias.



Os desequilíbrios fiscais também estão tornando o Brasil mais vulnerável aos aumentos nos rendimentos do Tesouro dos EUA, com os rendimentos dos títulos de referência locais flertando com as altas vistas pela última vez há um ano.


A possibilidade de o ex-presidente esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva concorrer contra o Bolsonaro no ano que vem também está aumentando a pressão sobre o Bolsonaro para aumentar os gastos sociais e diminuindo as chances de reformas legislativas.


É menos provável que as principais reformas administrativas e tributárias sejam aprovadas em breve, mas "mesmo que realizem qualquer uma dessas reformas, elas seriam muito diluídas com um ajuste fiscal muito atrasado", disse Gordon Bowers, analista na equipe de dívida de mercados emergentes da Columbia Threadneedle.


Um Brasil sobrevendido ainda pode oferecer oportunidades para caçadores de valor, dizem alguns investidores.


“A política do Brasil é complicada e sua comunicação é ruim, mas as regras ainda funcionam e o governo pode manter o controle do caminho”, disse Ricardo Adrogue, chefe de dívida soberana global e moedas do Barings. “Há orçamento para aumentar a proteção social e o déficit não será explosivo.”


“O resto é apenas barulho”, acrescentou, “e talvez uma grande oportunidade de investimento”.


Reportagem de Rodrigo Campos reportagem adicional de Karin Strohecker; Edição de Christian Plumb e Himani Sarkar

quarta-feira, 7 de abril de 2021

João Marcelo Aprovado na UPE em Educação Física ( UI/PERFORMANCE)





João Marcelo aprovado na UPE em Educação física

Olha aí galera quem foi aprovado no Curso de Educação Física da UPE o nosso querido aluno UI/Performance João Marcelo.  Já era de  se esperar pois como aluno da Instituição há muito tempo, esse garoto sempre nos encantou pelo respeito que tinha por todos os seus mestres e a determinação que sempre teve com os seus estudos.  João sempre foi uma aluno nota 10 e queridos por todos. Filho de uma das mais capacitadas professoras da instituição, grande profissional e grande ser humano nossa querida Fernanda foi sem dúvida uma grande  referência em sua trajetória escolar. Não só como uma grande professora mais tambem como uma mãe exemplar digna de se tirar o chapéu. Parabéns João nessa nova fase de sua vida e se lembre que você tem um grande potencial que possivelmente terá um reflexo positivo e muito produtivo nessa nova jornada de sua vida.  Com carinho da Família UI/Performance

 

NO PODER ATÉ 2036? CONHEÇA O GOVERNO PUTIN (https://aventurasnahistoria.uol.com.br/)


                                                     Imagem: https://freemindfreeworld.org/


NO PODER ATÉ 2036? CONHEÇA O GOVERNO PUTIN


Com um mandato caracterizado pelo autoritarismo, Vladimir assinou uma nova lei que pode garantir sua permanência no poder por mais tempo


Vladimir Putin, atual presidente da Rússia, causou polêmica na última segunda-feira, 5, ao assinar uma lei que garante algo recorrente: a manuntenção no poder. Diante da medida assinada, ele poderá concorrer por mais dois mandatos, com um total de seis anos no país. As informações são do veículo de notícias AFP.


Assim, com a regra, Putin poderia permanecer no poder até o ano de 2036 em uma reeleição. A informação foi passada pelo portal oficial da Rússia, que publicou a lei. Aos 68 anos, o político deixaria o poder em 2024, ano que marcaria o final do mandato, agora a manutenção da lei, mais anos de seu governo continuarão entre a população.


Mas afinal, o que marcou o governo Putin?


Vladimir Putin é hoje a principal figura da política russa e da Comunidade dos Estados Independentes. Ex-membro da KGB, passou anos vivendo na Rússia soviética e, após o colapso em 1991, entrou com posição de destaque no poder executivo do país. Desde 2000, Putin não deixou de assumir cargos governamentais na federação russa, como presidente ou primeiro-ministro.

 


Ele assumiu a presidência após o processo de abertura econômica do liberal Boris Yeltsin, em um cenário de forte crise econômica e fiscal. Uma das marcas do governo Putin foi a concretização de um projeto que, ao mesmo tempo, apoiava o capitalismo empresarial e combatia as oligarquias russas que dominavam a produção nacional.


O líder russo desapropriou boa parte das empresas dessa natureza e muitos oligarcas foram presos. Ele aumentou o poder econômico do Estado e ficou marcado por tirar a Rússia da crise em que estava nos anos 1990.


Putin também realizou reformas políticas que aumentaram seu poder, dando fim prático ao poder híbrido constitucional e abrindo espaço para um autoritarismo flutuante, que acompanhava sua figura, não seu cargo (que mudou várias vezes). 


Além disso, reestruturou o sistema de transportes de mercadoria e de transmissão de petróleo e gás — principais produtos do país —, dinamizando a economia. Todavia, o político também ficou famoso pela reabilitação que proporcionou à imagem do tirano Stalin.


Em termos de política externa, ele reabriu o conflito da Rússia com os países do Ocidente e com a OTAN, se aproximando de nações de quadro semelhante ao de seu país — potências emergentes de grande dimensão, que deram origem aos BRICS. 


Ao mesmo tempo, Putin fomentou campanhas pelo nacionalismo russo, dentro e fora de seu território. É o caso do movimento antiucraniano na Crimeia, que desejava retornar ao Estado Russo, e combateu movimentos rebeldes. O caso mais drástico é o da Chechênia, que passou por um processo de dominação completa do território e destruição dos movimentos independentistas.


Nessa linha, Putin conseguiu passar uma emenda que permite que o presidente indique do Kremlin governadores de províncias. O governo também foi marcado por escândalos de alto nível, como o assassinato não esclarecido dos opositores Anna Politkovskaia e Alexander Litvinenko.


https://aventurasnahistoria.uol.com.br/


Nouvelle Vague | Movimentos Cinematográficos #001

segunda-feira, 5 de abril de 2021

Nouvelle Vague: revolução no cinema francês dos anos 60 é um dos mais importantes capítulos da história do cinema



 Nouvelle Vague: revolução no cinema francês dos anos 60 é um dos mais importantes capítulos da história do cinema

por: Vitor Paiva  (https://www.hypeness.com.br/)


A Nouvelle Vague possui lugar de destaque e na história do cinema: o movimento francês se moveu ao ritmo furioso e apaixonado da juventude do final dos anos 1950 e início dos anos 1960, para contrariar e transgredir em absoluto as normas que regiam os filmes até ali e se tornar um ponto sem volta, uma refundação na forma de se fazer e ver filmes – e, assim, de viver a vida.


Dos temas aos enquadramentos, das fotografias até a própria maneira de se escrever, produzir e realizar uma obra cinematográfica, cada parte fez o todo que se tornou um dos mais influentes e importantes momentos artísticos do século XX – e que o Telecine exibe e comemora em festival tanto no streaming quanto no canal Telecine Cult, como parte das celebrações pelos 125 anos do cinema. Vale lembrar que novos assinantes da plataforma do Telecine ganham os primeiros 30 dias de acesso. 



-125 anos do cinema: Telecine faz mostra dedicada às pioneiras na 7ª arte


A “Nova Onda” do cinema na França combinava realismo, subjetividade, experimentalismo e forte pegada autoral para, pelas lentes de grandes como Éric Rohmer, Jacques Rivette, Alain Resnais, Agnès Varda, François Truffaut e Jean-Luc Godard, mostrar nas telas o mundo que mudava nos anos 1960 – e para onde esse mundo deveria mudar.


Espécie de primo europeu do Cinema Novo brasileiro, a Nouvelle Vague rejeitava certa tradição em favor da inovação e da imaginação – misturando obras aos temas sociais e à própria explosão iconoclasta da época: a câmera como um instrumento para a revolução, o idealismo, o sonho, o novo.



-Cinelist homenageia Buñuel e o cinema surrealista como parte das comemorações pelos 125 anos do cinema


 Liberdade era palavra de ordem, e não só nas narrativas e diálogos dos personagens, mas também na maneira de se filmar, montar e mesmo pensar os filmes – que se tornavam mais manufaturados e avessos aos padrões técnicos do mercado, para mergulharem com ironia e violência em temas existenciais e políticos. 


Jean-Luc Godard

Godard tornou-se símbolo do movimento e de uma época © Wikimedia Commons


A forma livre de filmar e fazer um filme se tornava, com o movimento, também parte da ética e da própria expressão em obras históricas como Hiroshima Meu Amor, de Resnais, Jules e Jim, de Truffaut, Acossado, de Godard e Cléo de 5 às 7, de Varda – que dizia que tinha no acaso seu melhor roteirista.


Agnès Varda

Varda no set em 1960 © Getty Images


-Blaxploitation, Spike Lee e o cinema negro são celebrados como um dos capítulos fundamentais dos 125 anos de cinema em festival virtual


E se o acaso era senhor para os roteiros de Varda, o gênio da cineasta falecida em 2019 ajudou a ampliar e amplificar a revolução do movimento – que, pela lente da diretora belga que se tornaria um dos mais importantes nomes da Nouvelle Vague, passava também a lidar com os temas do feminino e do feminismo, os limites da ficção e do real em obras documentais e outros tantos temas sociais tratados com experimentalismo, delicadeza e força.


Cena de "Cléo das 5 às 7", de Varda

Cena de “Cléo das 5 às 7”, de Varda


 Para Scorcese, Varda era “uma das deusas do cinema”, e muitos especialistas consideram seu filme La Pointe Courte, de 1955, como a verdadeira fundação do movimento. Pois essa divindade da sétima arte também será homenageada com um dia inteiro somente para sua filmografia no Telecine. 


Jean-Paul Belmondo e Jean Seberg em cena de "Acossado", de Godard

Jean-Paul Belmondo e Jean Seberg em cena de “Acossado”, de Godard © reprodução


-‘É proibido proibir’: Como o maio de 1968 mudou para sempre os limites do ‘possível’


O festival acontece dentro do hub de cinema, no streaming, a qualquer hora, e  mas também será exibido no canal Telecine Cult, nos horários destacados abaixo.


 Domingo, 4 de abril – AGNÉS VARDA E A NOUVELLE VAGUE


Exibições no Telecine Cult em 04/04/2021:


14:55 – Os Renegados (1985)


16:45 – Uma Canta, a Outra Não (1977)


18:55 – As Duas Faces da Felicidade (1965)


20:25 – Cléo das 5 às 7(1962)


22:00 – La Pointe Courte (1955)


23:30 – Varda por Agnès (2019)


 


Cena de "Os Guarda Chuvas do Amor", de Jacques Demy

Cena de “Os Guarda Chuvas do Amor”, de Jacques Demy © reprodução


Sábado, 10 de abril de 2021 – NOUVELLE VAGUE


Exibições no Telecine Cult em 10/04/2021:


10:00 – Duas Garotas Românticas, de Jacques Demy (1967)


12:10 – Os Guarda-Chuvas Do Amor, de Jacques Demy (1963)


13:50 – A Baía Dos Anjos, de Jacques Demy (1963)


15:20 – Técnica de um Delator, de Jean-Pierre Melville (1962)


17:20 – Paris nos Pertence, de Jacques Rivette (1961)


19:50 – Os Amantes, de Louis Malle (1958)


21:30 – Os Pivetes, de François Truffaut (1958)


22:00 – Os Incompreendidos, de François Truffaut (1959)


23:45 – Jules e Jim – Uma Mulher para Dois, de François Truffaut (1962)


01:40 – Beijos Proibidos, de François Truffaut (1968)


Além dos horários de exibição no Telecine Cult apontados acima e do Festival 125 anos de Cinema ocorrendo dentro do hub, importante frisar que a maioria dos títulos citados ligados à Nouvelle Vague estão disponíveis no streaming do Telecine, em uma cinelist especial dedicada ao movimento e reunindo outros verdadeiros clássicos do movimento, como Uma Mulher é Uma Mulher, Acossado, O Bando à Parte e O Demônio das Onze horas, todos de Jean-Luc Godard – entre muitos outros. Vale lembrar que novos assinantes da plataforma do Telecine ganham os primeiros 30 dias de acesso. 


(https://www.hypeness.com.br/)


domingo, 4 de abril de 2021

Covid-19: 1.129.310 doses das vacinas foram aplicadas em Pernambuco ( Redação PortalPE10 Publicado em 02/04/2021 )


 

Redação PortalPE10



Pernambuco já aplicou 1.129.310 doses da vacina contra a Covid-19, das quais 883.435 foram primeiras doses. Ao todo, foram feitas a primeira dose em 209.052 trabalhadores de saúde; 24.955 povos indígenas aldeados; 16.543 em comunidades quilombolas; 6.157 idosos em Instituições de Longa Permanência; 130.179 idosos de 64 a 69 anos; 315.703 idosos de 70 a 79 anos; 94.813 idosos de 80 a 84 anos; 85.139 idosos a partir de 85 anos; além de 894 pessoas com deficiência institucionalizadas.



Em relação à segunda dose, já foram beneficiados 160.687 trabalhadores de saúde; 24.155 povos indígenas aldeados; 22 em comunidades quilombolas; 4.438 idosos institucionalizados; 1.711 idosos de 64 a 69 anos; 25.983 idosos de 70 a 79 anos; 23.339 idosos de 80 a 84 anos; 4.847 idosos a partir de 85 anos, além de 693 pessoas com deficiência institucionalizadas; totalizando 245.875 pessoas que já finalizaram o esquema.


A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), confirmou nesta sexta-feira (02), que o número total de pacientes recuperados da doença chegou em 299.986 pacientes. Destes, 21.137 eram pacientes graves, que necessitaram de internamento hospitalar, e 278.849 eram casos leves.


O Brasil enfrenta "situação muito grave" na pandemia: OMS Pela equipe da Reuters


 GENEBRA (Reuters) - Vários estados do Brasil estão em estado crítico e os hospitais estão sobrecarregados com a pandemia de COVID-19, disse a epidemiologista da Organização Mundial da Saúde Maria van Kerkhove em uma entrevista coletiva na quinta-feira.


“De fato, há uma situação muito séria acontecendo no Brasil agora, onde temos vários estados em estado crítico”, disse ela, acrescentando que muitas unidades de terapia intensiva de hospitais estão mais de 90% lotadas.


O Brasil, onde circula uma variante do vírus mais transmissível, tornou-se o epicentro da pandemia.


Reportagem de Silke Koltrowitz e Stephanie Nebehay; Edição de Michael Shields


Nossos padrões: Princípios de confiança da Thomson Reuters.


Brasil busca US $ 1 bilhão em ajuda externa para conter o desmatamento na Amazônia por 30-40% - ministro do Meio Ambiente (Reuters)


 

SÃO PAULO (Reuters) - O ministro do Meio Ambiente do Brasil quer US $ 1 bilhão em ajuda externa de países como os Estados Unidos para ajudar a reduzir o desmatamento na Amazônia entre 30% e 40%, segundo entrevista publicada sábado no jornal O Estado de São Paulo.


“O plano é de US $ 1 bilhão em 12 meses”, disse o ministro Ricardo Salles ao jornal. “Se esses recursos estivessem disponíveis para serem usados ​​dessa forma (no combate ao desmatamento), podemos nos comprometer com uma redução entre 30% e 40% em 12 meses.”



O Brasil tem sido amplamente criticado por não conter o desmatamento na Amazônia, a maior floresta tropical do mundo. O presidente de extrema direita Jair Bolsonaro disse que prefere explorar os recursos econômicos da floresta tropical ao invés de protegê-la, e enviou tropas para tentar lidar com o problema com pouco sucesso.


Um terço do dinheiro seria usado para financiar ações de combate direto ao desmatamento, disse Salles, enquanto os dois terços restantes seriam usados ​​para o desenvolvimento econômico, para dar oportunidades alternativas às pessoas que se beneficiaram com a floresta tropical



Ele acrescentou que pediu dinheiro aos Estados Unidos e também perguntou à Noruega “se eles queriam colaborar”.


Os militares permaneceriam no comando, disse Salles, porque é mais barato pagar suas diárias do que contratar funcionários em tempo integral no Ibama. A agência sofreu cortes no orçamento sob o governo de Bolsonaro.


“Se não conseguirmos o dinheiro, faremos o melhor que pudermos com nossos recursos, mas não posso me comprometer com uma porcentagem específica de redução (do desmatamento)”, disse Salles.


Reportagem de Marcelo Rochabrun; Edição de Bill Berkrot


Nossos padrões: Princípios de confiança da Thomson Reuters.

Cangaço


 Cangaço


As referências deste artigo necessitam de formatação. Por favor, utilize fontes apropriadas contendo referência ao título, autor, data e fonte de publicação do trabalho para que o artigo permaneça verificável no futuro. (Janeiro de 2020)

Disambig grey.svg Nota: Se procura por por algum dos filmes sobre o Cangaço, veja O Cangaceiro.


Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, considerado o Rei do Cangaço por ter sido o mais bem-sucedido bandoleiro do Nordeste brasileiro.


Lampião e seu bando fotografados em Limoeiro do norte após ataque à cidade de Mossoró em 1927.

O cangaço foi um fenômeno do banditismo, crimes e violência ocorrido em quase todo o sertão do Nordeste do Brasil, entre o século XVIII e meados do século XX. Seus membros vagavam em grupos, atravessando estados e atacando cidades, onde cometiam pilhagens, assassinatos e estupros. Para muitos especialistas, o cangaço nasceu como uma forma de defesa dos sertanejos diante de graves problemas sociais e da ineficácia do Estado em manter a ordem e aplicar a lei. Um dos principais líderes do cangaço foi Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião. O termo cangaço vem da palavra canga, uma peça de madeira usada para prender junta de bois a carro ou arado, conhecida também como jugo.


Origem da palavra


Por volta de 1834, o termo cangaceiro já era utilizado para se referir a bandos de camponeses pobres que habitavam os desertos do nordeste brasileiro, vestindo roupas de couro e chapéus, carregando carabinas, revólveres, espingardas e facas longas e estreitas, conhecidas como peixeiras.


O termo Cangaceiro era uma expressão pejorativa, que designava a pessoa que não podia se adaptar ao estilo de vida costeira.


Por esta altura naquela região, havia dois principais grupos de bandidos armados frouxamente organizados: os jagunços, mercenários que trabalhavam para quem pagou o seu preço, geralmente proprietários de terras que queriam proteger ou expandir seus limites territoriais e também lidar com os trabalhadores rurais e os cangaceiros, bandidos que tinham algum nível de apoio da população mais pobre, com ​​os bandidos sustentando alguns comportamentos benéficos, como atos de caridade, a compra de bens por preços mais altos e promovendo bailes. A população fornecia abrigo e as informações que os ajudavam a escapar das forças policiais, conhecidos como volantes, enviados pelo governo para detê-los.


Divisão


O Cangaço pode ser dividido em três subgrupos: os que prestavam serviços caracterizados para os latifundiários; os satisfatórios, expressão de poder dos grandes fazendeiros; e os cangaceiros independentes, com características de banditismo.


Os cangaceiros conheciam bem a Caatinga, por isso era fácil fugir das autoridades. Estavam sempre preparados para enfrentar todo o tipo de situação. Conheciam as plantas medicinais, as fontes de água, locais com alimentos, rotas de fuga e lugares de difícil acesso.


O primeiro bando de cangaceiros que se tem conhecimento foi o de Jesuíno Alves de Melo Calado, Jesuíno Brilhante, que agiu por volta de 1870, nas proximidades da cidade de Patu e entre a divisa dos estados do Rio Grande do Norte e Paraíba, embora alguns historiadores atribuam a Lucas Evangelista o feito de ser o primeiro a agregar um grupo característico de cangaço, nos arredores de Feira de Santana, em 1828, sendo ele preso junto com a sua quadrilha em 28 de janeiro de 1848, por provocar, durante vinte anos, assaltos contra a população de Feira.  O último grupo cangaceiro famoso foi o de Corisco (Cristino Gomes da Silva Cleto), morto em 25 de maio de 1940.


Lampião


O cangaceiro mais famoso foi Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, também denominado Senhor do Sertão e O Rei do Cangaço. Atuou durante as décadas de 1920 e 1930, em praticamente todos os estados do nordeste. Ele começou sua vida criminosa ainda jovem, alegando uma vingança que nunca aconteceu.


Vagando por Santa Brígida, no estado da Bahia, ele conheceu Maria Alia da Silva, também conhecida como Maria de Déia, esposa do sapateiro Zé de Nenê. Mais tarde ela seria conhecida como Maria Bonita.


Por parte das autoridades, Lampião simbolizava a brutalidade, o mal, uma doença que precisava ser cortada. Para uma parte da população do sertão, ele encarnou valores como a bravura, o heroísmo e o senso da honra, semelhante ao que acontecia com o mexicano Pancho Villa.


O cangaço teve o seu fim a partir da decisão do então Presidente da República, Getúlio Vargas, de eliminar todo e qualquer foco de desordem sobre o território nacional. O regime denominado Estado Novo incluiu Lampião e seus cangaceiros na categoria de extremistas. A sentença passou a ser matar todos os cangaceiros que não se rendessem.


No dia 28 de julho de 1938, na localidade de Angico, no estado de Sergipe, Lampião finalmente foi apanhado em uma emboscada das autoridades, onde foi morto junto com sua companheira, Maria Bonita, e mais nove cangaceiros. Pedro de Cândida teria passado sua localização à polícia. Na ofensiva, onze dos integrantes do bando foram mortos: Lampião, Maria Bonita, Luís Pedro, Mergulhão, Enedina, Elétrico, Quinta-Feira, Moeda, Alecrim, Colchete e Macela.


Os cangaceiros foram degolados e suas cabeças colocadas em aguardente e cal, para conservá-las. Foram expostas por todo o Nordeste e por onde eram levadas atraiam multidões.


Este acontecimento veio a marcar o final do cangaço, pois, a partir da repercussão da morte de Virgulino, os chefes dos outros bandos existentes na Nordeste vieram a se entregar às autoridades policiais para não serem mortos.


História do cangaço


Consta que o primeiro homem a agir como cangaceiro teria sido o Cabeleira, como era chamado José Gomes. Nascido em 1751, em Glória do Goitá, cidade da zona da mata pernambucana, ele aterrorizou sua região. Mas foi somente no final do século XIX que o cangaço ganhou força e prestígio, principalmente com Antonio Silvino, Lampião e Corisco.


Entre meados do século XIX e início do século XX, o Nordeste do Brasil viveu momentos difíceis, aterrorizado por grupos de homens que espalhavam a violência por onde andavam. Eles eram os cangaceiros, bandidos que abraçaram a vida nômade e irregular de malfeitores por motivos diversos. Alguns deles foram impelidos pelo despotismo das mulheres poderosas.


Lucas da Feira, ou Lucas Evangelista, agiu na região da cidade baiana de Feira de Santana entre 1828 e 1848. Ele e seu bando de mais de 30 homens roubavam viajantes e estupravam mulheres. Foi enforcado em 1849.[7] No ano de 1877, em meio a estiagem, destaca-se no sul do Ceará as ações do cangaceiro João Calangro, que chefiava um bando que atuava em todo o Cariri. Calangro era um capanga do grupo de Inocêncio Vermelho, que tinha o apoio do juiz do município de Jardim. Com a morte de Inocêncio Vermelho, João Calangro lidera um séquito de cangaceiros, que em virtude de seu nome, passam a ser intitulados de calangos. Após muitos embates, João Calangro, que jactava-se de ter cometido 32 homicídios, foge para Piauí, e a partir de então o desfecho de seu destino torna-se ignoto concernente aos registros sobre o mesmo.


Os cangaceiros conseguiram dominar o sertão durante muito tempo, pois eram protegidos de coronéis, que se utilizavam deles para cobrança de dívidas, entre outros serviços sujos.


Um caso particular foi o de Januário Garcia Leal, o Sete Orelhas, que agiu no sudeste do Brasil, no início do século XIX, tendo sido considerado justiceiro e honrado por uns, e cangaceiro por outros.


No sertão, consolidou-se uma forma de relação entre os grandes proprietários e seus vaqueiros.


A base desta relação era a fidelidade dos vaqueiros aos fazendeiros. O vaqueiro se disponibilizava a defender, de armas na mão, os interesses do patrão.


Como as rivalidades políticas eram grandes, havia muitos conflitos entre as poderosas famílias, que se cercavam de jagunços para defesa, formando assim verdadeiros exércitos. Porém, chegou o momento em que começaram a surgir os primeiros bandos armados, livres do controle dos fazendeiros.


Os coronéis tinham poder suficiente para impedir a ação dos cangaceiros.


O cangaceiro, em especial Lampião, tornou-se personagem do imaginário nacional, ora caracterizado como uma espécie de Robin Hood, que roubava dos ricos para dar aos pobres, ora caracterizado como uma figura pré-revolucionária, que questionava e subvertia a ordem social de sua época e região.


Coiteiros


Coiteiros eram pessoas que ajudaram os cangaceiros, dando-lhes abrigo e comida. Faziam isso por serem parentes, amigos, ex-vizinhos, ou ainda por interesse ou medo.


Volantes e macacos


Os volantes eram pequenos grupos de soldados, cerca de 20 a 60, de todos os estados da federação brasileira, formada pelo governo através das agências de aplicação da lei, enviados para procurar e destruir os cangaceiros, que muitas vezes se referiam a eles como macacos, devido seus uniformes marrons e sua vontade de obedecer ordens. Alguns deles portavam as estão modernas metralhadoras Hotchkiss, armas que os cangaceiros rapidamente aprenderam a temer, mas estavam sempre dispostos a roubar para seu próprio uso.


Estilo cangaceiro



Lampião e sua esposa, Maria Bonita, a direita.

Os cangaceiros tinham noções muito específicas de como se comportar e de se vestir. Primeiro de tudo, a maioria deles sabia costurar muito bem. Vivendo nas terras semiáridas do nordeste do Brasil, tiveram que sobreviver em meio a arbustos secos pontiagudos. Apesar do calor durante o dia, os cangaceiros preferiam usar roupas de couro, enfeitadas com todos os tipos de fitas coloridas e peças de metal.


Eles também usaram luvas de couro com moedas e outras peças de metal costuradas por eles, quase como uma armadura.

Por causa do forte calor e da ausência de água, alguns cangaceiros, especialmente Lampião, usavam perfumes, inclusive caros como os franceses, muitas vezes roubados de casas das pessoas ricas e usados em grandes quantidades.


Kit básico para o cangaço:


Chapéu de couro com abas largas dobradas

Munição (até 18 quilos) e armas (a mais comum era o rifle Winchester 44)

Bolsa (capanga) com remédios, fumo e brilhantina

Punhal

Lenço para proteger boca e nariz contra a poeira

Roupa resistente com mangas compridas contra o sol

Cantil com água ou cachaça

Armas do cangaceiro

Arma do cangaço

Rifle


As armas dos cangaceiros eram principalmente revólveres, espingardas, e o famoso pára belo. Alega-se que como macaco, belo era outra gíria para os policiais. Assim, pistolas e rifles Winchester eram apelidados de pára belo. No entanto, o nome parece ser na verdade uma derivação do nome oficial da pistola alemã Luger P08 Parabellum, cuja expressão latina parabellum significa preparar para a guerra. Foi designada como arma oficial das tropas governamentais brasileiras e por alguns soldados responsáveis pela aplicação da lei.


Eles também ficaram famosos por usarem uma faca fina, longa e bem afiada chamada Peixeira, criada originalmente para a limpeza de peixe, usada pelos cangaceiros para torturar e matar seus inimigos.


Cultura popular

Literatura de cordel

Exemplo de cordéis

O cangaço é um dos principais temas mais explorados na literatura de cordel, onde o cangaceiro é retratado como herói.  Literatura de Cordel é, como qualquer outra forma artística, uma manifestação cultural. Por meio da escrita são transmitidas as cantigas, os poemas e as histórias do povo — pelo próprio povo. O nome de Cordel teve origem em Portugal, onde os livretos, antigamente, eram expostos em cordéis, como roupas no varal.


Livros

O Cabeleira, de Franklin Távora

Jurisdição dos Capitães — A História de Januário Garcia Leal e Seu Bando — Editora Del Rey, Belo Horizonte, 2001, Marcos Paulo de Souza Miranda.

Lampião e Maria bonita de Liliana Iacocca, Editora Ática

Flor de Romances Trágicos, de Luís da Câmara Cascudo, Editora Cátedra.

Lampião: herói ou bandido, de Antonio Amaury Correa de Araújo e Carlos Elydio Correa. São Paulo: Editora Claridade, 2009.

Filmes


Alberto Ruschel e Milton Ribeiro em cena do filme O Cangaceiro

Os primeiros filmes sobre o cangaço datam de meados da década de 1920 e início da década de 1930. Entre as década de 1950 e década de 1960, os filmes brasileiros sobre o cangaço eram bastante influenciados pelos filmes de faroeste dos Estados Unidos e são conhecidos como nordestern, western macaxeira,  ou western feijoada,  um deles foi O Cangaceiro (1953).


O Cangaceiro, de Lima Barreto, 1953 (trilha sonora original por Riz Ortolani)

A Morte Comanda o Cangaço, Walter Guimarães Motta 1961

Deus e o Diabo na Terra do Sol, Inglês título: "Deus Branco, Black Devil", de Glauber Rocha, 1963

O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro , de Glauber Rocha, 1968

O' Cangaceiro (no Brasil, Rebelião dos Brutos), Itália-Espanha, filme inspirado no cinema de faroeste italiano (western spaghetti), 1970 

Baile Perfumado, Paulo Caldas e Lírio Ferreira, 1997

O Matador de Marcelo Galvão, 2017, feito para a a Netflix

Histórias em quadrinhos

Em 1938, Euclides Santos publicou a tira Vida de Lampeão na revista A Noite Ilustrada. Na década de 1950, inspirado no sucesso de O Cangaceiro, o quadrinista Gedeone Malagola lança uma revista em quadrinhos sobre o fictício "Milton Ribeiro, O Cangaceiro", Milton Ribeiro é o ator que interpretou o cangaceiro Galdino no filme de 1953, a diferença de Milton Ribeiro para Galdino, é que nos quadrinhos Milton é o herói.[16] Em 1953, José Lanzellotti lança Raimundo, o Cangaceiro para a revista Aliança Juvenil da editora Aliança, na década de 1960, a série seria publicada pela La Selva.  Em 1954, o haitiano André LeBlanc adaptou o romance Os Cangaceiros de José Lins do Rego para a revista Edição Maravilhosa da EBAL.


Em 1963, Mauricio de Sousa comandava o Suplemento Infanto-Juvenil do jornal Folha de S. Paulo, Mauricio então pediu a Julio Shimamoto que criasse uma tira para o suplemento, Shimamoto elaborou dois projetos: uma tira sobre cangaceiros e outra sobre gaúchos, no fim resolveu criar a tira O Gaúcho, na época, cangaceiros eram retratados como bandidos.  Os programas de rádio Jerônimo, o Herói do Sertão e Juvêncio, o justiceiro do sertão transportavam as histórias dos faroeste para o sertão brasileiro e também tiveram histórias em quadrinhos, Jerônimo em 1957 pela Rio Gráfica Editora, com textos de Moysés Weltman e desenhos de Edmundo Rodrigues,[20] e Juvêncio entre 1968 e 1969 pela Editora Prelúdio, com roteiros de Gedeone Malagola, R. F. Lucchetti, Helena Fonseca e Fred Jorge e desenhos de Sérgio Lima, Rodolfo Zalla, Eugênio Colonnese e Mário Cafiero,[21] a Editora Prelúdio também publicava literatura de cordel e publicou uma adaptação de "A Chegada de Lampião no inferno" de José Pachêco por Sérgio Lima.


Na década de 1970, O quadrinista Floriano Hermeto de Almeida Filho, um dos responsáveis pelas histórias do super-herói Judoka, chegou a produzir sete páginas de uma história sobre o cangaço, que permaneceram inéditas até novembro de 2018, quando foram publicadas no livro "O Judoka por FHAF", publicado pela AVEC Editora, apos uma campanha de financiamento coletivo no site Catarse.


Em 1974, o brasileiro Jô Oliveira publicou a história "A Guerra do Reino Divino" na revista italiana alterlinus, dois anos depois a editora brasileira Codecri (mesma editora responsável por O Pasquim) publicou a obra no país.  A arte de Jô Oliveira é bastante influenciada pela xilogravura presente nos cordéis e é apontada como uma das primeiras graphic novels brasileiras. Apesar de ser um tema brasileiro, o tema também é explorado por autores de outros países, em Mister No 3, 4 e 5, publicada em 1975 pela editora italiana Sergio Bonelli Editore, o piloto americano com histórias ambientadas no Brasil, encontra com cangaceiros, o belga Hermann Huppen que escreveu e desenhou a HQ Caatinga (publicada no Brasil pela Editora Globo), ou também o italiano Hugo Pratt ("La macumba du Gringo").


Zagor, série de faroeste também publicada pela Bonelli, encontrou com cangaceiros em Zagor n° 452 (março de 2002)  e Zagor n° 573 (abril de 2013). 


Na oitava edição da revista Spektro da Editora Vecchi, publicada em 1978, o pernambucano Watson Portela publica Paralela, uma história de ficção científica com um cangaceiro chamado Asa Branca.


Outros autores retrataram o cangaço como Ataide Braz (roteiro) e Flavio Colin (desenhos) com Mulher Diaba no rastro de Lampião, publicada em 1994 pelo selo Graphic Brasil da Nova Sampa,  Danilo Beyruth em Bando de dois,  Flávio Luiz com a futurista O Cabra, Wilson Vieira, Eugênio Colonnese e Mozart Couto no álbum Cangaceiros - Homens de Couro da editora CLUQ de Wagner Augusto, o cordelista e editor Klévisson Viana com Lampião — era o cavalo do tempo atrás da besta da vida: uma história em quadrinhos, Haroldo Magno (roteiro) e Edvan Bezerra (desenhos) nos álbuns Sertão Vermelho - Lampião em Quadrinhos (2004) e Sertão Vermelho - Lampião em Quadrinhos 2 (2005), financiados com apoio da prefeitura e empresas locais de Paulo Afonso, na Bahia, o primeiro álbum teve capa de Júlio Shimamoto, o segundo teve participações do próprio Shimamoto, Rodolfo Zalla, Eugênio Colonnese e Vítor Barreto. 


Fim do cangaço

O cangaço em sua forma de banditismo foi um dos últimos movimentos do Brasil de luta armada e de classe pobre, que dominou por um longo período de tempo o nordeste brasileiro. Virgulino Ferreira conhecido como Lampião foi um dos maiores líderes da história dos movimentos armados independentes do Brasil.


Os cangaceiros atingiam tanto pessoas pobres como ricas, porém o espírito de liberdade e independência demonstradas pelos integrantes desses grupos ao infringirem as normas da sociedade, iludiam e fascinavam os demais habitantes das regiões do Sertão Nordestino. Muitos destes cangaceiros utilizavam dessa imagem de instrumento de justiça social para justificar seus crimes.


A extinção desse fenômeno foi consequência, sobretudo da mudança das condições sociais no país, das perspectivas de uma vida melhor que se abria para a massa nordestina com a migração para Sul, e das maiores facilidades de comunicação, entre outros fatores.[carece de fontes]


Os traficantes das grandes favelas brasileiras roubam e matam criando seus próprios protocolos e leis em seus locais de dominância, característica semelhante à dos cangaceiros nordestinos. Foram os cangaceiros que introduziram o sequestro em larga escala no Brasil. Faziam reféns em troca de dinheiro para financiar novos crimes. Caso não recebessem o resgate, torturavam e matavam as vítimas, a tiro ou punhaladas. A extorsão era outra fonte de renda. Essas características são evidentes nas favelas quando relacionadas às milícias. Os cangaceiros corrompiam oficiais militares e autoridades civis, de quem recebiam armas e munição. Um arsenal bélico sempre mais moderno e com maior poder de fogo que aquele utilizado pelas tropas que os combatiam.[carece de fontes]


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.