Konstantinos - Uranus
domingo, 7 de julho de 2019
Brasil derrota Peru por 3 x 1 e conquista título da Copa América no Maracanã
Brasil derrota Peru por 3 x 1 e conquista título da Copa América no Maracanã
Reuters
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A seleção brasileira derrotou o Peru por 3 x 1 neste domingo e conquistou o título da Copa América pela primeira vez desde 2007, para comemoração e alívio da torcida que lotou o Maracanã, mas que passou por momentos de apreensão depois que o time ficou com um homem a menos em campo.
Jogadores do Brasil erguem a taça da Copa América 07/07/2019 REUTERS/Sergio Moraes
O capitão Daniel Alves e os demais jogadores receberam as medalhas das mãos do presidente Jair Bolsonaro, que acompanhou a partida da tribuna de honra ao lado do ministro da Justiça, Sergio Moro, e de outras autoridades do governo e também do mundo do futebol.
Ao entrar em campo para a premiação, Bolsonaro ouviu um misto de vaias e aplausos da torcida e chegou a demonstrar certo desconforto enquanto caminhava pelo gramado, mas depois saudou os torcedores e posou para fotos com os jogadores do Brasil e a taça. Ao sair de campo, o presidente foi vaiado.
A vitória contra o Peru deu ao Brasil seu 9º título da Copa América, encerrando um jejum que durava 12 anos. Nas cinco ocasiões em que realizou o torneio continental, o Brasil foi campeão em todas.
Quase 70 mil torcedores compareceram ao estádio, o que resultou em uma renda superior a 38,6 milhões de reais.
Contra uma surpreendente seleção peruana, que chegou à final eliminando pelo caminho Uruguai e Chile, o Brasil abriu o marcador aos 14 minutos com Éverton, que empurrou para o gol após boa jogada de Gabriel Jesus.
O Peru, no entanto, manteve o equilíbrio das ações em campo, enquanto os jogadores brasileiros aparentavam nervosismo.
O capitão peruano, Paolo Guerrero, empatou a partida aos 43 minutos em cobrança de pênalti, depois que o árbitro assinalou penalidade máxima por um toque de mão de Thiago Silva dentro da área.
Gabriel Jesus colocou o Brasil em vantagem nos acréscimos do primeiro tempo com um toque no canto do goleiro, mas o atacante do Manchester City complicou a situação da seleção brasileira no segundo tempo ao ser expulso, aos 24 minutos, pelo segundo cartão amarelo.
Desolado ao sair de campo depois do cartão vermelho, o atacante empurrou o monitor do árbitro de vídeo e foi flagrado pelas câmeras de televisão chorando na escada de acesso ao campo.
Com um a menos, o Brasil foi ameaçado pelos peruanos em ao menos duas oportunidades, mas o empate peruano não saiu e a seleção brasileira ainda ampliou o marcador em cobrança de pênalti de Richarlison aos 46 minutos — depois de falta sofrida por Éverton dentro da área.
Além do título, o Brasil também dominou as premiações individuais do torneio. Daniel Alves foi eleito o melhor jogador, Alisson foi eleito o melhor goleiro e Éverton terminou como artilheiro.
Por Pedro Fonseca; Reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier
Reuters
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A seleção brasileira derrotou o Peru por 3 x 1 neste domingo e conquistou o título da Copa América pela primeira vez desde 2007, para comemoração e alívio da torcida que lotou o Maracanã, mas que passou por momentos de apreensão depois que o time ficou com um homem a menos em campo.
Jogadores do Brasil erguem a taça da Copa América 07/07/2019 REUTERS/Sergio Moraes
O capitão Daniel Alves e os demais jogadores receberam as medalhas das mãos do presidente Jair Bolsonaro, que acompanhou a partida da tribuna de honra ao lado do ministro da Justiça, Sergio Moro, e de outras autoridades do governo e também do mundo do futebol.
Ao entrar em campo para a premiação, Bolsonaro ouviu um misto de vaias e aplausos da torcida e chegou a demonstrar certo desconforto enquanto caminhava pelo gramado, mas depois saudou os torcedores e posou para fotos com os jogadores do Brasil e a taça. Ao sair de campo, o presidente foi vaiado.
A vitória contra o Peru deu ao Brasil seu 9º título da Copa América, encerrando um jejum que durava 12 anos. Nas cinco ocasiões em que realizou o torneio continental, o Brasil foi campeão em todas.
Quase 70 mil torcedores compareceram ao estádio, o que resultou em uma renda superior a 38,6 milhões de reais.
Contra uma surpreendente seleção peruana, que chegou à final eliminando pelo caminho Uruguai e Chile, o Brasil abriu o marcador aos 14 minutos com Éverton, que empurrou para o gol após boa jogada de Gabriel Jesus.
O Peru, no entanto, manteve o equilíbrio das ações em campo, enquanto os jogadores brasileiros aparentavam nervosismo.
O capitão peruano, Paolo Guerrero, empatou a partida aos 43 minutos em cobrança de pênalti, depois que o árbitro assinalou penalidade máxima por um toque de mão de Thiago Silva dentro da área.
Gabriel Jesus colocou o Brasil em vantagem nos acréscimos do primeiro tempo com um toque no canto do goleiro, mas o atacante do Manchester City complicou a situação da seleção brasileira no segundo tempo ao ser expulso, aos 24 minutos, pelo segundo cartão amarelo.
Desolado ao sair de campo depois do cartão vermelho, o atacante empurrou o monitor do árbitro de vídeo e foi flagrado pelas câmeras de televisão chorando na escada de acesso ao campo.
Com um a menos, o Brasil foi ameaçado pelos peruanos em ao menos duas oportunidades, mas o empate peruano não saiu e a seleção brasileira ainda ampliou o marcador em cobrança de pênalti de Richarlison aos 46 minutos — depois de falta sofrida por Éverton dentro da área.
Além do título, o Brasil também dominou as premiações individuais do torneio. Daniel Alves foi eleito o melhor jogador, Alisson foi eleito o melhor goleiro e Éverton terminou como artilheiro.
Por Pedro Fonseca; Reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier
quinta-feira, 4 de julho de 2019
Bolsonaro ignora Previdência em transmissão ao vivo e diz que trabalho não atrapalha crianças
Por Eduardo Simões
(Reuters) - No dia em que a comissão especial da reforma da Previdência aprovou o texto-base da proposta, apontada como crucial pela equipe econômica do governo, o presidente Jair Bolsonaro ignorou o assunto em sua transmissão semanal ao vivo em uma rede social e, entre outros assuntos que tratou, disse que o trabalho não prejudica as crianças.
A omissão de Bolsonaro em relação à reforma da Previdência, cujos destaques ao texto principal ainda estavam sendo analisados na comissão, ocorre um dia depois de o presidente entrar em campo sem sucesso em busca de um acordo para amenizar as regras de aposentadoria para policiais no texto da reforma.
Ao lembrar durante a transmissão que, quando criança, trabalhou na colheita de milho em uma fazenda em Eldorado Paulista (SP), Bolsonaro afirmou que o trabalho não prejudica as crianças. Mas procurou evitar mal-entendidos e disse que não apresentaria um projeto para descriminalizar o trabalho infantil, pois se fizesse isso, seria “massacrado”.
“Olha só, trabalhando com 9, 10 anos de idade na Fazenda, não fui prejudicado em nada. Quando algum moleque de 9 ou 10 anos vai trabalhar em algum lugar, está cheio de gente aí (falando) ‘trabalho escravo, não sei o que, trabalho infantil’. Agora, quando está fumando um paralelepípedo de craque, ninguém fala nada. Então trabalho não atrapalha a vida de ninguém”, disse o presidente.
“Fiquem tranquilos que eu não vou apresentar nenhum projeto aqui para descriminalizar o trabalho infantil, porque eu seria massacrado. Mas eu queria dizer que eu, um irmão mais velho, uma irmã minha um pouco mais nova trabalhávamos na fazenda, trabalho duro.”
Bolsonaro também revelou que aprendeu a dirigir ao volante de um trator na fazenda, também com 9 anos de idade, e que dava tiros com espingarda nessa época.
“Você vai falar: ‘ah, irresponsabilidade’. Nada, pô! Eu atirei jovem também, não tinha problema nenhum. Metia aqui uma espingarda ia lá para o meio do mato, metia fogo e atirava, sem problema nenhum”, contou.
“Hoje em dia é tanto direito, tanta proteção que temos uma juventude aí que parte considerável não está na linha certa. Então o trabalho dignifica o homem, a mulher, não interessa a idade.”
Entre os outros assuntos tratados por Bolsonaro na transmissão ao vivo estava o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia —com elogios ao ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, presente na transmissão, e especialmente à ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
Ele também falou sobre obras de infraestrutura e mudanças no Código de Trânsito —com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas— e eventos na área de pescado —com o secretário da Pesca do Ministério da Agricultura, Jorge Seif, que é presença constante nas transmissões ao vivo do presidente.
(Reuters)
Homens Que Marcaram O Século XX Pedro Bial
Biografia
Nascimento: 29 março 1958, Idade: 61 anos, Profissão: Jornalista / Escritor / Poeta / apresentador / Diretor
Pedro Bial é um jornalista e apresentador brasileiro, que ficou mais conhecido popularmente ao assumir o comando do reality show "Big Brother Brasil", no ar desde 2002 na TV Globo. Comandou a atração até a 16ª edição, exibida em 2016, e foi substituído em 2017 por Tiago Leifert.
Nascido no Rio de Janeiro em 29 de março de 1958, é irmão de Alberto Bial (treinador de basquete) e Irene Bial (psicoterapeuta). Em 1980, se formou em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio. Ao final da faculdade, iniciou a sua carreira na Globo no programa "Jornal Hoje" (1981) e, em seguida, trabalhou no "Globo Repórter" (1984). No fim da década de 1980 e início de 1990, o jornalista viveu por oito anos em Londres como correspondente da emissora, tendo a oportunidade de cobrir a Guerra do Golfo e a queda do Muro de Berlim, na Alemanha.
Ao voltar para o Brasil, assumiu o comando do programa dominical "Fantástico" (1996), onde ficou até 2007. Entre 2001 e 2003, Pedro Bial conciliou a atração com o programa "Espaço Aberto", no canal pago Globo News. Em 2012, estreou o "Na Moral" na TV Globo. O programa ganhou duas temporadas.
Além da TV, Bial também desenvolveu projetos no cinema: dirigiu o filme "Outras Estórias" (1999) e os documentários "Os nomes de Rosa" (1997) e "Jorge Mautner - O filho do Holocausto" (2013). No campo da literatura escreveu livros "Crônicas de Repórter" e "Leste Europeu, revolução ao vivo", além da biografia póstuma autorizada do dono das Organizações Globo, Roberto Marinho.
Já foi casado durante dois anos com a atriz Giulia Gam, com quem teve seu primeiro filho, Theo (1998). Também foi casado com a atriz Fernanda Torres, com a jornalista Renée Castelo Branco e com a produtora Isabel Diegues, com quem teve seu segundo filho, José Pedro (2002). Em maio de 2015, o jornalista se casou com a consultora de moda Maria Prata, filha do escritor Mário Prata.
Nascimento: 29 março 1958, Idade: 61 anos, Profissão: Jornalista / Escritor / Poeta / apresentador / Diretor
Pedro Bial é um jornalista e apresentador brasileiro, que ficou mais conhecido popularmente ao assumir o comando do reality show "Big Brother Brasil", no ar desde 2002 na TV Globo. Comandou a atração até a 16ª edição, exibida em 2016, e foi substituído em 2017 por Tiago Leifert.
Nascido no Rio de Janeiro em 29 de março de 1958, é irmão de Alberto Bial (treinador de basquete) e Irene Bial (psicoterapeuta). Em 1980, se formou em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC-Rio. Ao final da faculdade, iniciou a sua carreira na Globo no programa "Jornal Hoje" (1981) e, em seguida, trabalhou no "Globo Repórter" (1984). No fim da década de 1980 e início de 1990, o jornalista viveu por oito anos em Londres como correspondente da emissora, tendo a oportunidade de cobrir a Guerra do Golfo e a queda do Muro de Berlim, na Alemanha.
Ao voltar para o Brasil, assumiu o comando do programa dominical "Fantástico" (1996), onde ficou até 2007. Entre 2001 e 2003, Pedro Bial conciliou a atração com o programa "Espaço Aberto", no canal pago Globo News. Em 2012, estreou o "Na Moral" na TV Globo. O programa ganhou duas temporadas.
Além da TV, Bial também desenvolveu projetos no cinema: dirigiu o filme "Outras Estórias" (1999) e os documentários "Os nomes de Rosa" (1997) e "Jorge Mautner - O filho do Holocausto" (2013). No campo da literatura escreveu livros "Crônicas de Repórter" e "Leste Europeu, revolução ao vivo", além da biografia póstuma autorizada do dono das Organizações Globo, Roberto Marinho.
Já foi casado durante dois anos com a atriz Giulia Gam, com quem teve seu primeiro filho, Theo (1998). Também foi casado com a atriz Fernanda Torres, com a jornalista Renée Castelo Branco e com a produtora Isabel Diegues, com quem teve seu segundo filho, José Pedro (2002). Em maio de 2015, o jornalista se casou com a consultora de moda Maria Prata, filha do escritor Mário Prata.
quarta-feira, 3 de julho de 2019
Maia espera que comissão inicie processo de votação de reforma da Previdência nesta quarta-feira
Maia espera que comissão inicie processo de votação de reforma da Previdência nesta quarta-feira
Reuters
REUTERS/Adriano Machado
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse esperar que o processo de votação da reforma da Previdência na comissão especial da Casa seja iniciado ainda nesta quarta-feira.
Em entrevista a jornalistas após reunião com lideranças, Maia disse esperar que pelo menos as questões regimentais sejam superadas nesta quarta, ainda que a análise do mérito da proposta possa vir a ser feita apenas na quinta-feira.
A comissão deverá votar requerimento de inversão dos trabalhos e um para retirar a votação da pauta do colegiado. Além disso, antes da votação, o relator da reforma irá apresentar um novo adendo ao seu voto. E existem requerimentos de adiamento de votação a serem apreciados.
Maia destacou que não houve acordo para introduzir alterações nas regras para policiais.
O presidente da comissão, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), disse que o objetivo nesta noite é limpar a pauta da comissão e iniciar a votação do mérito da reforma na manhã de quinta-feira.
Reportagem de Maria Carolina Marcello
Reuters
REUTERS/Adriano Machado
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse esperar que o processo de votação da reforma da Previdência na comissão especial da Casa seja iniciado ainda nesta quarta-feira.
Em entrevista a jornalistas após reunião com lideranças, Maia disse esperar que pelo menos as questões regimentais sejam superadas nesta quarta, ainda que a análise do mérito da proposta possa vir a ser feita apenas na quinta-feira.
A comissão deverá votar requerimento de inversão dos trabalhos e um para retirar a votação da pauta do colegiado. Além disso, antes da votação, o relator da reforma irá apresentar um novo adendo ao seu voto. E existem requerimentos de adiamento de votação a serem apreciados.
Maia destacou que não houve acordo para introduzir alterações nas regras para policiais.
O presidente da comissão, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), disse que o objetivo nesta noite é limpar a pauta da comissão e iniciar a votação do mérito da reforma na manhã de quinta-feira.
Reportagem de Maria Carolina Marcello
segunda-feira, 1 de julho de 2019
domingo, 30 de junho de 2019
China e EUA concordam em reiniciar discussões comerciais
China e EUA concordam em reiniciar discussões comerciais
Por Roberta Rampton e Michael Martina
OSAKA (Reuters) - Os Estados Unidos e a China concordaram, neste sábado, em reiniciar discussões comerciais, com os EUA suspendendo novas tarifas sobre exportações chinesas, em um sinal de pausa nas hostilidades comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
Ao comentar sobre uma longa disputa sobre a empresa de tecnologia chinesa Huawei, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que companhias norte-americanas receberiam permissão para vender componentes à maior fabricante de peças de telecomunicações do mundo, quando não houvesse problemas de segurança nacional.
A trégua ofereceu alívio a um impasse comercial de quase um ano, no qual os dois países impuseram tarifas em bilhões de dólares sobre importações um do outro, atrapalhando cadeias globais de fornecimento, agitando os mercados e prejudicando o crescimento global.
“Estamos de volta aos trilhos e vamos ver o que acontece”, disse Trump a repórteres, depois de uma reunião de 80 minutos com o presidente chinês, Xi Jinping, durante a cúpula dos líderes do G20 em Osaka, oeste do Japão.
Trump disse que, embora não suspenderia tarifas de importação existentes, ele evitaria impor novas cobranças em 300 bilhões de dólares de bens chineses adicionais — o que teria efetivamente estendido tarifas a tudo que a China exporta para os EUA.
“Estamos segurando as tarifas e eles comprarão produtos agrícolas”, disse, em uma entrevista coletiva, sem dar detalhes sobre compras futuras de produtos agrícolas pela China.
“Se chegarmos a um acordo, será um evento muito histórico”.
Trump não estabeleceu um cronograma para o que chamou de acordo complexo, mas disse que não estava com pressa. “Quero fazer direito”, afirmou.
HUAWEI
Sobre a Huawei, Trump afirmou que o Departamento de Comércio dos EUA iria se reunir nos próximos dias para discutir a retirada da empresa de uma lista de companhias proibidas de comprar componentes e tecnologias de empresas norte-americanas.
A China gostou da medida.
“Se os EUA fizerem o que dizem, então, claro, é bem-vindo”, disse Wang Xiaolong, enviado do ministério de Relações Exteriores da China para assuntos do G20.
Fabricantes de microchips norte-americanos também aplaudiram.
“Estamos animados que as conversas estão começando novamente e que novas tarifas estão suspensas e estamos ansiosos por mais detalhes sobre os comentários do presidente sobre a Huawei”, disse, em comunicado, o presidente da Associação de Semicondutores dos EUA.
A Huawei está sob escrutínio há mais de um ano devido a alegações dos EUA de que componentes em seus roteadores e outras peças permitiriam que a China espiasse as comunicações norte-americanas.
Embora a empresa tenha negado que seus produtos sejam uma ameaça de segurança, os EUA pressionaram seus aliados a evitar a Huawei em suas redes de quinta geração, ou 5G, e também sugeriram que isso poderia ser um fator em um acordo comercial.
Em um longo comunicado sobre discussões bilaterais, o ministério de Relações Exteriores da China creditou a Xi uma manifestação de esperança de que os EUA poderiam tratar as empresas chinesas com justiça.
Em assuntos de soberania e respeito, a China precisa resguardar seus interesses centrais, disse Xi, segundo o comunicado.
“A China é sincera sobre continuar a negociar com os Estados Unidos, mas negociações precisam ser em pé de igualdade e mostrar respeito mútuo”, disse Xi, segundo o ministério.
Trump havia ameaçado estender tarifas existentes a quase todas as importações chinesas para os EUA se a reunião não trouxesse progresso em várias demandas norte-americanas.
Agora, os mercados financeiros devem respirar aliviados com a retomada das discussões entre EUA e China.
Reportagem adicional de Chris Gallagher e Leika Kihara, em Osaka; Koh Gui Qing, em Nova York; e Ben Blanchard, em Pequim
(Reuters)
Por Roberta Rampton e Michael Martina
OSAKA (Reuters) - Os Estados Unidos e a China concordaram, neste sábado, em reiniciar discussões comerciais, com os EUA suspendendo novas tarifas sobre exportações chinesas, em um sinal de pausa nas hostilidades comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
Ao comentar sobre uma longa disputa sobre a empresa de tecnologia chinesa Huawei, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que companhias norte-americanas receberiam permissão para vender componentes à maior fabricante de peças de telecomunicações do mundo, quando não houvesse problemas de segurança nacional.
A trégua ofereceu alívio a um impasse comercial de quase um ano, no qual os dois países impuseram tarifas em bilhões de dólares sobre importações um do outro, atrapalhando cadeias globais de fornecimento, agitando os mercados e prejudicando o crescimento global.
“Estamos de volta aos trilhos e vamos ver o que acontece”, disse Trump a repórteres, depois de uma reunião de 80 minutos com o presidente chinês, Xi Jinping, durante a cúpula dos líderes do G20 em Osaka, oeste do Japão.
Trump disse que, embora não suspenderia tarifas de importação existentes, ele evitaria impor novas cobranças em 300 bilhões de dólares de bens chineses adicionais — o que teria efetivamente estendido tarifas a tudo que a China exporta para os EUA.
“Estamos segurando as tarifas e eles comprarão produtos agrícolas”, disse, em uma entrevista coletiva, sem dar detalhes sobre compras futuras de produtos agrícolas pela China.
“Se chegarmos a um acordo, será um evento muito histórico”.
Trump não estabeleceu um cronograma para o que chamou de acordo complexo, mas disse que não estava com pressa. “Quero fazer direito”, afirmou.
HUAWEI
Sobre a Huawei, Trump afirmou que o Departamento de Comércio dos EUA iria se reunir nos próximos dias para discutir a retirada da empresa de uma lista de companhias proibidas de comprar componentes e tecnologias de empresas norte-americanas.
A China gostou da medida.
“Se os EUA fizerem o que dizem, então, claro, é bem-vindo”, disse Wang Xiaolong, enviado do ministério de Relações Exteriores da China para assuntos do G20.
Fabricantes de microchips norte-americanos também aplaudiram.
“Estamos animados que as conversas estão começando novamente e que novas tarifas estão suspensas e estamos ansiosos por mais detalhes sobre os comentários do presidente sobre a Huawei”, disse, em comunicado, o presidente da Associação de Semicondutores dos EUA.
A Huawei está sob escrutínio há mais de um ano devido a alegações dos EUA de que componentes em seus roteadores e outras peças permitiriam que a China espiasse as comunicações norte-americanas.
Embora a empresa tenha negado que seus produtos sejam uma ameaça de segurança, os EUA pressionaram seus aliados a evitar a Huawei em suas redes de quinta geração, ou 5G, e também sugeriram que isso poderia ser um fator em um acordo comercial.
Em um longo comunicado sobre discussões bilaterais, o ministério de Relações Exteriores da China creditou a Xi uma manifestação de esperança de que os EUA poderiam tratar as empresas chinesas com justiça.
Em assuntos de soberania e respeito, a China precisa resguardar seus interesses centrais, disse Xi, segundo o comunicado.
“A China é sincera sobre continuar a negociar com os Estados Unidos, mas negociações precisam ser em pé de igualdade e mostrar respeito mútuo”, disse Xi, segundo o ministério.
Trump havia ameaçado estender tarifas existentes a quase todas as importações chinesas para os EUA se a reunião não trouxesse progresso em várias demandas norte-americanas.
Agora, os mercados financeiros devem respirar aliviados com a retomada das discussões entre EUA e China.
Reportagem adicional de Chris Gallagher e Leika Kihara, em Osaka; Koh Gui Qing, em Nova York; e Ben Blanchard, em Pequim
(Reuters)
sábado, 29 de junho de 2019
Mercosul e União Europeia fecham acordo de livre comércio
Mercosul e União Europeia fecham acordo de livre comércio
Por Philip Blenkinsop
BRUXELAS (Reuters) - O Mercosul e a União Europeia (UE) assinaram um acordo preliminar de livre comércio, anunciaram nesta sexta-feira as partes envolvidas, encerrando duas décadas de negociações.
Os dois blocos começaram a negociar há 20 anos, com diversos governos envolvidos nas conversas, mas os esforços foram intensificados após a eleição do presidente dos EUA, Donald Trump, quando a UE suspendeu negociações com o governo norte-americano e se voltou para outros aliados comerciais globais.
Com isso, foi selado acordo de livre comércio com o Canadá e com Japão e México e agora, após cerca de 40 rodadas de negociações, também chegaram a um acordo preliminar com o Mercosul, que inclui Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Mais cedo neste mês, a comissária de Comércio da UE, Cecilia Malmstrom, disse que selar um acordo comercial com o Mercosul era sua principal prioridade.
Após o anúncio, Malmstrom disse em uma entrevista coletiva que o acordo enviou uma “mensagem alta e clara” a favor da abertura comercial, num momento em que os líderes mundiais se reúnem na cúpula do G20, no Japão.
A UE já é o maior parceiro comercial e de investimentos do Mercosul e é o segundo maior em bens.
Em termos de reduções tarifárias, pode ser o acordo comercial mais lucrativo da UE até agora, com cerca de 4 bilhões de euros (US$ 4,55 bilhões) de economia em tarifas nas exportações, quatro vezes mais do que seu acordo com o Japão.
A Europa está de olho em aumentar o acesso para suas companhias fabricarem produtos industriais, notadamente carros, para os quais tarifas chegam a 35%, e permitindo a eles que concorram em licitações públicas. O Mercosul pretende elevar as exportações de carne bovina, açúcar, carne de aves e outros produtos agrícolas.
De acordo com estimativas do Ministério da Economia brasileiro, o acordo “representará um incremento do PIB brasileiro de 87,5 bilhões de dólares em 15 anos, podendo chegar a 125 bilhões de dólares se consideradas a redução das barreiras não-tarifárias e o incremento esperado na produtividade total dos fatores de produção”, segundo o comunicado.
O pacto engloba “temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras governamentais, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual”, segundo comunicado conjunto dos Ministérios das Relações Exteriores e da Economia.
Em entrevista coletiva em Bruxelas, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse que o acordo é estratégico para todos os setores da economia do país ao permitir a redução de custos e abrir mercados preferenciais no que ele disse ser o maior mercado importador do mundo.
“Um acordo dessa magnitude não deve ser olhado apenas do lado estático, de tarifa, mas sobretudo sob o ponto de vista dinâmico. Ele mexe com todo o conjunto da economia”, disse Araújo.
Sob o acordo, produtos agrícolas como suco de laranja, frutas e café solúvel terão suas tarifas eliminadas e exportadores brasileiros terão acesso ampliado, por meio de cotas, para carnes, açúcar, etanol, entre outros produtos.
Empresas brasileiras ainda serão beneficiadas com a eliminação das tarifas na exportação de 100% de produtos industriais, disse o comunicado.
Dessa forma, serão “equalizadas as condições de concorrência com outros parceiros que já possuem acordos de livre comércio com a UE”, disseram os ministérios em comunicado.
Pelo Twitter, o presidente Jair Bolsonaro, que está no Japão para a cúpula do G20, chamou o pacto de “histórico” e disse que “será um dos acordos comerciais mais importantes de todos os tempos e trará benefícios enormes para nossa economia”.
Participaram das negociações em Bruxelas Araújo, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o Secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, segundo o comunicado conjunto.
Preocupações da UE com um possível aumento nas importações de carne bovina e a hesitação do Mercosul sobre abrir alguns setores industriais, como carros, significaram idas e vindas nos prazos anteriores para se chegar a um acordo.
O acordo ainda enfrenta um caminho possivelmente difícil até a aprovação. A França e outros países temem o impacto de uma acentuada alta nas importações de carne bovina, enquanto grupos ambientalistas, cuja influência é mais forte no novo Parlamento Europeu, argumentam que o acordo pode exacerbar o desmatamento.
Agora, países da UE e o Parlamento Europeu ambos precisam aprovar o acordo para que entre em vigor.
Reportagem adicional de Cassandra Garrison em Buenos Aires, Marcelo Teixeira e Laís Martins em São Paulo, Ricardo Brito, em Brasília
(Reuters)
Por Philip Blenkinsop
BRUXELAS (Reuters) - O Mercosul e a União Europeia (UE) assinaram um acordo preliminar de livre comércio, anunciaram nesta sexta-feira as partes envolvidas, encerrando duas décadas de negociações.
Os dois blocos começaram a negociar há 20 anos, com diversos governos envolvidos nas conversas, mas os esforços foram intensificados após a eleição do presidente dos EUA, Donald Trump, quando a UE suspendeu negociações com o governo norte-americano e se voltou para outros aliados comerciais globais.
Com isso, foi selado acordo de livre comércio com o Canadá e com Japão e México e agora, após cerca de 40 rodadas de negociações, também chegaram a um acordo preliminar com o Mercosul, que inclui Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Mais cedo neste mês, a comissária de Comércio da UE, Cecilia Malmstrom, disse que selar um acordo comercial com o Mercosul era sua principal prioridade.
Após o anúncio, Malmstrom disse em uma entrevista coletiva que o acordo enviou uma “mensagem alta e clara” a favor da abertura comercial, num momento em que os líderes mundiais se reúnem na cúpula do G20, no Japão.
A UE já é o maior parceiro comercial e de investimentos do Mercosul e é o segundo maior em bens.
Em termos de reduções tarifárias, pode ser o acordo comercial mais lucrativo da UE até agora, com cerca de 4 bilhões de euros (US$ 4,55 bilhões) de economia em tarifas nas exportações, quatro vezes mais do que seu acordo com o Japão.
A Europa está de olho em aumentar o acesso para suas companhias fabricarem produtos industriais, notadamente carros, para os quais tarifas chegam a 35%, e permitindo a eles que concorram em licitações públicas. O Mercosul pretende elevar as exportações de carne bovina, açúcar, carne de aves e outros produtos agrícolas.
De acordo com estimativas do Ministério da Economia brasileiro, o acordo “representará um incremento do PIB brasileiro de 87,5 bilhões de dólares em 15 anos, podendo chegar a 125 bilhões de dólares se consideradas a redução das barreiras não-tarifárias e o incremento esperado na produtividade total dos fatores de produção”, segundo o comunicado.
O pacto engloba “temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras governamentais, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual”, segundo comunicado conjunto dos Ministérios das Relações Exteriores e da Economia.
Em entrevista coletiva em Bruxelas, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse que o acordo é estratégico para todos os setores da economia do país ao permitir a redução de custos e abrir mercados preferenciais no que ele disse ser o maior mercado importador do mundo.
“Um acordo dessa magnitude não deve ser olhado apenas do lado estático, de tarifa, mas sobretudo sob o ponto de vista dinâmico. Ele mexe com todo o conjunto da economia”, disse Araújo.
Sob o acordo, produtos agrícolas como suco de laranja, frutas e café solúvel terão suas tarifas eliminadas e exportadores brasileiros terão acesso ampliado, por meio de cotas, para carnes, açúcar, etanol, entre outros produtos.
Empresas brasileiras ainda serão beneficiadas com a eliminação das tarifas na exportação de 100% de produtos industriais, disse o comunicado.
Dessa forma, serão “equalizadas as condições de concorrência com outros parceiros que já possuem acordos de livre comércio com a UE”, disseram os ministérios em comunicado.
Pelo Twitter, o presidente Jair Bolsonaro, que está no Japão para a cúpula do G20, chamou o pacto de “histórico” e disse que “será um dos acordos comerciais mais importantes de todos os tempos e trará benefícios enormes para nossa economia”.
Participaram das negociações em Bruxelas Araújo, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o Secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, segundo o comunicado conjunto.
Preocupações da UE com um possível aumento nas importações de carne bovina e a hesitação do Mercosul sobre abrir alguns setores industriais, como carros, significaram idas e vindas nos prazos anteriores para se chegar a um acordo.
O acordo ainda enfrenta um caminho possivelmente difícil até a aprovação. A França e outros países temem o impacto de uma acentuada alta nas importações de carne bovina, enquanto grupos ambientalistas, cuja influência é mais forte no novo Parlamento Europeu, argumentam que o acordo pode exacerbar o desmatamento.
Agora, países da UE e o Parlamento Europeu ambos precisam aprovar o acordo para que entre em vigor.
Reportagem adicional de Cassandra Garrison em Buenos Aires, Marcelo Teixeira e Laís Martins em São Paulo, Ricardo Brito, em Brasília
(Reuters)
quinta-feira, 27 de junho de 2019
Quem sabe Câmara aprova Previdência ao menos em 1º turno antes do recesso, diz Bolsonaro
Quem sabe Câmara aprova Previdência ao menos em 1º turno antes do recesso, diz Bolsonaro
Reuters
(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que gostaria que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência fosse aprovada pelo plenário da Câmara dos Deputados ao menos em primeiro turno antes do recesso parlamentar, que começa em 18 de julho.
“Como está sendo conversado pelo governo, pelo Congresso Nacional, na semana que vem se vota na comissão especial e, pelo que tudo indica, se aprova o texto que, logo depois, na semana seguinte, já pode ir para plenário e, quem sabe, votar pelo menos em primeiro turno antes do recesso parlamentar”, disse o presidente durante a transmissão semanal ao vivo que faz em uma rede social.
O presidente fez a transmissão direto de Osaka, no Japão, onde participa da reunião do G20.
Por se tratar de uma PEC, a reforma precisa de 308 votos em dois turnos de votação na Câmara e, posteriormente, 49 votos também em duas rodadas no Senado para ser aprovada.
O texto da reforma ainda precisa ser votado pela comissão especial da Câmara que analisa a PEC, o que deve acontecer na próxima terça-feira.
Por Eduardo Simões
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