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quinta-feira, 20 de junho de 2019
segunda-feira, 17 de junho de 2019
Com R$ 65,5 bi em dívidas, Odebrecht pede uma das maiores recuperações judiciais do Brasil
Com R$ 65,5 bi em dívidas, Odebrecht pede uma das maiores recuperações judiciais do Brasil
Por Aluisio Alves
SÃO PAULO (Reuters) - Cerca de três anos após ter sido atingida pelos efeitos de uma profunda recessão no Brasil e das investigações da operação Lava Jato, a Odebrecht formalizou nesta segunda-feira seu pedido de recuperação judicial, com dívidas de 65,5 bilhões de reais, um dos maiores processos do tipo na história no país.
O pedido, apresentado à Justiça de São Paulo, ocorreu quase três semanas após a Atvos, braço de agronegócio, ter sido a primeira a unidade do grupo a pedir recuperação judicial. O pedido apresentado à Justiça nesta segunda-feira exclui, além da própria Atvos, a Braskem, a empreiteira OEC, a Ocyan, a incorporadora OR, a Odebrecht Transport e o estaleiro Enseada.
Em comunicado, a companhia informou que o processo envolve 51 bilhões de reais de dívidas concursais, ou seja, passíveis de reestruturação. Outros 14,5 bilhões de reais são compostos sobretudo por dívidas lastreadas em ações da Braskem e não passíveis de reestruturação. O montante também exclui dívidas cruzadas entre as unidades do grupo, de cerca de 30 bilhões. O processo envolve as controladoras da Odebrecht, Kiepe e Odbinv.
No documento apresentado à Justiça, ao qual a Reuters teve acesso, a Odebrecht afirma que a soma de todos esses valores chega 98,5 bilhões de reais.
“Nossa decisão foi o caminho encontrado para que possamos preservar a empresa, empregos e ao mesmo tempo permitir que nossos credores tenham a maior recuperação possível de seus recebíveis”, disse em entrevista à Reuters o presidente-executivo da Odebrecht SA, Luciano Guidolin.
O pedido de recuperação judicial expõe o fracasso das conversas da Odebrecht com seus maiores credores financeiros. Na semana passada, o presidente-executivo do Bradesco, Octavio de Lazari, disse que os grandes bancos do país negociavam uma recuperação extrajudicial da Odebrecht, processo negociado que em geral descarta reestruturação de dívidas, usando em vez disso um alongamento. Foi este o caminho usado por uma das unidades do grupo a Ocyan.
Um dos ativos mais valiosos do grupo, a Braskem, vinha tendo o controle negociado pela Odebrecht para a LyondellBasell, mas as conversas para a venda foram encerradas no começo deste mês. Segundo o documento apresentado à Justiça, a Braskem respondia por 79,4% da receita bruta do conglomerado em 2018.
Segundo três fontes familiarizadas com a situação, de forma sigilosa alguns pedidos de execução de garantias começaram a ser feitos em maio, pedidas pela Caixa Econômica Federal, após lhe ter negado o pedido para receber como garantia ações da Braskem, a exemplo do que a Odebrecht já fizera com BNDES, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander Brasil.
Uma das primeiras execuções é das garantias pela Caixa foi a ligada a dívidas da Odebrecht com o banco ligadas à construção do estádio do Corinthians, em São Paulo.
A Odebrecht tem 18,1 bilhões de reais em dívidas com bancos sem garantia real, sendo 7 bilhões com o BNDES, 4,75 bilhões com o Banco do Brasil, e 4,1 bilhões de reais com a Caixa. Outros 14,5 bilhões têm garantias reais como contrapartida: 4,37 bilhões com o Bradesco, 3,1 bilhões com o BB, 3 bilhões com o BNDES e 3,5 bilhões com o Itaú Unibanco.
Procurada, a Caixa afirmou que não comentará o assunto.
Em comunicado interno enviado a funcionários, ao qual a Reuters teve acesso, Guidolin diz que a companhia foi obrigada a pedir recuperação judicial e que essa medida lhe dará, como garantidora de parcela importante dos financiamentos tomados pelas empresas operacionais “tranquilidade, transparência e resiliência para reorganizar a sua estratégia de forma coordenada com os seus credores”.
Atingida pela operação Lava Jato, que desvendou um multibilionário de esquema de corrupção envolvendo sobretudo contratos com estatais, a empresa criada em 1944 teve presos vários de seus principais executivos e linhas de financiamento interditadas para uma dívida que chegou a 110 bilhões de reais.
Com as receitas em forte queda, a companhia passou a vender ativos (Odebrecht Ambiental, Embraport, Via Rio, Via 4, Galeão, e Supervia), processo que não foi suficiente para equilibrar receitas e despesas. Com isso, a empresa que já chegou a ter 193 mil funcionários em 2013, reduziu esse quadro para 45 mil diretos e indiretos.
(Reuters)
Por Aluisio Alves
SÃO PAULO (Reuters) - Cerca de três anos após ter sido atingida pelos efeitos de uma profunda recessão no Brasil e das investigações da operação Lava Jato, a Odebrecht formalizou nesta segunda-feira seu pedido de recuperação judicial, com dívidas de 65,5 bilhões de reais, um dos maiores processos do tipo na história no país.
O pedido, apresentado à Justiça de São Paulo, ocorreu quase três semanas após a Atvos, braço de agronegócio, ter sido a primeira a unidade do grupo a pedir recuperação judicial. O pedido apresentado à Justiça nesta segunda-feira exclui, além da própria Atvos, a Braskem, a empreiteira OEC, a Ocyan, a incorporadora OR, a Odebrecht Transport e o estaleiro Enseada.
Em comunicado, a companhia informou que o processo envolve 51 bilhões de reais de dívidas concursais, ou seja, passíveis de reestruturação. Outros 14,5 bilhões de reais são compostos sobretudo por dívidas lastreadas em ações da Braskem e não passíveis de reestruturação. O montante também exclui dívidas cruzadas entre as unidades do grupo, de cerca de 30 bilhões. O processo envolve as controladoras da Odebrecht, Kiepe e Odbinv.
No documento apresentado à Justiça, ao qual a Reuters teve acesso, a Odebrecht afirma que a soma de todos esses valores chega 98,5 bilhões de reais.
“Nossa decisão foi o caminho encontrado para que possamos preservar a empresa, empregos e ao mesmo tempo permitir que nossos credores tenham a maior recuperação possível de seus recebíveis”, disse em entrevista à Reuters o presidente-executivo da Odebrecht SA, Luciano Guidolin.
O pedido de recuperação judicial expõe o fracasso das conversas da Odebrecht com seus maiores credores financeiros. Na semana passada, o presidente-executivo do Bradesco, Octavio de Lazari, disse que os grandes bancos do país negociavam uma recuperação extrajudicial da Odebrecht, processo negociado que em geral descarta reestruturação de dívidas, usando em vez disso um alongamento. Foi este o caminho usado por uma das unidades do grupo a Ocyan.
Um dos ativos mais valiosos do grupo, a Braskem, vinha tendo o controle negociado pela Odebrecht para a LyondellBasell, mas as conversas para a venda foram encerradas no começo deste mês. Segundo o documento apresentado à Justiça, a Braskem respondia por 79,4% da receita bruta do conglomerado em 2018.
Segundo três fontes familiarizadas com a situação, de forma sigilosa alguns pedidos de execução de garantias começaram a ser feitos em maio, pedidas pela Caixa Econômica Federal, após lhe ter negado o pedido para receber como garantia ações da Braskem, a exemplo do que a Odebrecht já fizera com BNDES, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander Brasil.
Uma das primeiras execuções é das garantias pela Caixa foi a ligada a dívidas da Odebrecht com o banco ligadas à construção do estádio do Corinthians, em São Paulo.
A Odebrecht tem 18,1 bilhões de reais em dívidas com bancos sem garantia real, sendo 7 bilhões com o BNDES, 4,75 bilhões com o Banco do Brasil, e 4,1 bilhões de reais com a Caixa. Outros 14,5 bilhões têm garantias reais como contrapartida: 4,37 bilhões com o Bradesco, 3,1 bilhões com o BB, 3 bilhões com o BNDES e 3,5 bilhões com o Itaú Unibanco.
Procurada, a Caixa afirmou que não comentará o assunto.
Em comunicado interno enviado a funcionários, ao qual a Reuters teve acesso, Guidolin diz que a companhia foi obrigada a pedir recuperação judicial e que essa medida lhe dará, como garantidora de parcela importante dos financiamentos tomados pelas empresas operacionais “tranquilidade, transparência e resiliência para reorganizar a sua estratégia de forma coordenada com os seus credores”.
Atingida pela operação Lava Jato, que desvendou um multibilionário de esquema de corrupção envolvendo sobretudo contratos com estatais, a empresa criada em 1944 teve presos vários de seus principais executivos e linhas de financiamento interditadas para uma dívida que chegou a 110 bilhões de reais.
Com as receitas em forte queda, a companhia passou a vender ativos (Odebrecht Ambiental, Embraport, Via Rio, Via 4, Galeão, e Supervia), processo que não foi suficiente para equilibrar receitas e despesas. Com isso, a empresa que já chegou a ter 193 mil funcionários em 2013, reduziu esse quadro para 45 mil diretos e indiretos.
(Reuters)
domingo, 16 de junho de 2019
Boris Johnson, candidato na disputa para substituir a primeira-ministra britânica Theresa May.
REUTERS/Toby Melville
LONDRES (Reuters) - Vários candidatos esperançosos na disputa por substituir a primeira-ministra britânica, Theresa May, criticaram o favorito Boris Johnson neste domingo, questionando sua promessa de deixar a União Europeia até o fim de outubro.
Com o ex-prefeito de Londres e ministro das Relações Exteriores Johnson mantendo um perfil discreto, os outros candidatos têm tentado apresentar seus casos para liderar o Partido Conservador. Mas a questão sempre volta para “Boris”.
A publicidade gratuita fez pouco até agora para afetar Johnson, que, ao contrário de muitos políticos, é mais conhecido pelo seu primeiro nome, Boris. Ele garantiu uma grande liderança na primeira rodada de votação e sua equipe espera por um aumento de participação nesta semana, na segunda.
Mas agora as luvas foram tiradas. Candidato após candidato questionou, no domingo, sua capacidade de navegar a saída do Reino Unido da UE, dizendo que sua promessa de sair em 31 de outubro era quase impossível e colocaria o Reino Unido no caminho de um Brexit sem acordo.
“A diferença entre mim e Boris é que eu tentaria fazer um acordo”, disse o ministro das Relações Exteriores, Jeremy Hunt, que ocupa o segundo lugar no concurso de liderança.
“Não vou criar um conjunto de circunstâncias que tornem quase impossível um acordo, porque acho que deveríamos oferecer ao país algumas escolhas melhores”, disse ele ao Andrew Marr Show, do canal BBC, acrescentando ser a única “alternativa”.
Por Elizabeth Piper
LONDRES (Reuters) - Vários candidatos esperançosos na disputa por substituir a primeira-ministra britânica, Theresa May, criticaram o favorito Boris Johnson neste domingo, questionando sua promessa de deixar a União Europeia até o fim de outubro.
Com o ex-prefeito de Londres e ministro das Relações Exteriores Johnson mantendo um perfil discreto, os outros candidatos têm tentado apresentar seus casos para liderar o Partido Conservador. Mas a questão sempre volta para “Boris”.
A publicidade gratuita fez pouco até agora para afetar Johnson, que, ao contrário de muitos políticos, é mais conhecido pelo seu primeiro nome, Boris. Ele garantiu uma grande liderança na primeira rodada de votação e sua equipe espera por um aumento de participação nesta semana, na segunda.
Mas agora as luvas foram tiradas. Candidato após candidato questionou, no domingo, sua capacidade de navegar a saída do Reino Unido da UE, dizendo que sua promessa de sair em 31 de outubro era quase impossível e colocaria o Reino Unido no caminho de um Brexit sem acordo.
“A diferença entre mim e Boris é que eu tentaria fazer um acordo”, disse o ministro das Relações Exteriores, Jeremy Hunt, que ocupa o segundo lugar no concurso de liderança.
“Não vou criar um conjunto de circunstâncias que tornem quase impossível um acordo, porque acho que deveríamos oferecer ao país algumas escolhas melhores”, disse ele ao Andrew Marr Show, do canal BBC, acrescentando ser a única “alternativa”.
Por Elizabeth Piper
Joaquim Levy renuncia à presidência do BNDES
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Joaquim Levy pediu para deixar a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), segundo informou o economista em nota publicada neste domingo, um dia após o presidente da República, Jair Bolsonaro, ameaçar publicamente demiti-lo se ele não afastasse um executivo do banco de fomento.
No comunicado, Levy disse que já encaminhou o pedido de desligamento ao ministro da Economia, Paulo Guedes, responsável por nomeações na área econômica.
Em comunicado, Levy agradeceu ao ministro pela confiança e disse que espera sucesso do país na aprovação de reformas.
“Agradeço também, por oportuno, a lealdade, dedicação e determinação da minha diretoria. E, especialmente, agradeço aos inúmeros funcionários do BNDES, que têm colaborado com energia e seriedade para transformar o banco”, disse Levy.
A relação de Levy com o planalto vinha desgastada há algum tempo e, dentre os motivos, estão temas como a devolução de recursos ao Tesouro Nacional e a abertura de informações do banco com detalhes sobre financiamentos do passado.
Mais recentemente houve um novo desgaste interno com as mudanças propostas no Fundo Amazônia, mas a gota da água foi a nomeação de um profissional para área de mercado de capitais do banco com ligação com o PT.
Levy nomeou o advogado Marcos Pinto, que teve cargo no banco durante governos do PT, para ser diretor de Mercado de Capitais da instituição.
No sábado, Bolsonaro afirmou a jornalistas que falou a Levy que ele deveria demitir Pinto ou que ele mesmo seria demitido.
O governo ainda não anunciou oficialmente a saída de Levy e o nome do substituto.
Por Rodrigo Viga Gaier
Reuters
sexta-feira, 14 de junho de 2019
terça-feira, 11 de junho de 2019
segunda-feira, 27 de maio de 2019
Filme brasileiro 'Bacurau' vence Prêmio do Júri no Festival de Cannes
Filme brasileiro 'Bacurau' vence Prêmio do Júri no Festival de Cannes
Produção de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles empatou com francês 'Les Misérables' na categoria, terceira mais importante do evento francês.
Por G1
Kleber Mendonça Filho recebe o Prêmio do Júri do Festival de Cannes 2019, na França — Foto: Reuters Kleber Mendonça Filho recebe o Prêmio do Júri do Festival de Cannes 2019, na França — Foto: Reuters
Kleber Mendonça Filho recebe o Prêmio do Júri do Festival de Cannes 2019, na França — Foto: Reuters
O filme brasileiro "Bacurau" ganhou o Prêmio do Júri no Festival de Cannes neste sábado (25), em empate com o drama francês "Les Misérables".
É a primeira vez que o Brasil ganha na categoria, terceira mais importante da competição oficial do evento francês.
Filme brasileiro ‘Bacurau’ ganha o Prêmio do Júri do Festival de Cannes
"Trabalhamos para a cultura no Brasil e o que precisamos é de seu apoio", afirmou o diretor Kleber Mendonça Filho ao receber o prêmio, segundo a agência de notícias France Presse. Ele divide a direção de "Bacurau" com Juliano Dornelles, que foi seu diretor de arte em "Aquarius" (2016).
"É um filme sobre o Nordeste, um filme sobre o Brasil, é um filme sobre educação, sobre história e estou muito feliz que esse filme nasceu aqui no Festival de Cannes e agora está começando a correr o mundo", afirma Kleber ao G1. "Vamos cuidar mais uns dos outros e respeitar a cultura, a educação, a ciência e o conhecimento", completa Dornelles.
'Bacurau' recebe prêmio do júri no Festival de Cannes
Na premiação principal de Cannes, são distribuídos sete prêmios. O mais importante é a Palma de Ouro, ganhado neste ano pelo coreano "Parasite". Além dele, há o Grand Prix, o Prêmio do Júri e as categorias de direção, roteiro, ator e atriz.
O Prêmio do Júri é entregue desde 1946. Em 2019, o júri do festival é presidido pelo diretor mexicano Alejandro González Iñárritu.
Sobre o que é 'Bacurau'?
Veja teaser do filme Bacurau
Com Sônia Braga no elenco, o diretor Kleber Mendonça Filho volta a concorrer à Palma de Ouro no Festival de Cannes, na França, depois de "Aquarius" (2016).
O filme retrata um pequeno povoado do sertão que sofre com a morte de Dona Carmelita, uma mulher muito querida. Dias depois, os moradores percebem que a comunidade não está mais nos mapas.
Pela primeira vez, Juliano Dornelles divide com Kleber Mendonça Filho a autoria e direção do longa, uma coprodução Brasil-França gravada no Sertão do Seridó, divisa do Rio Grande do Norte com a Paraíba.
Outro brasileiro premiado
Karim Ainouz, diretor de 'A Vida Invisivel de Euridice Gusmao', recebe o prêmio da mostra Um Certo Olhar em Cannes 2019 — Foto: Reuters Karim Ainouz, diretor de 'A Vida Invisivel de Euridice Gusmao', recebe o prêmio da mostra Um Certo Olhar em Cannes 2019 — Foto: Reuters
Karim Ainouz, diretor de 'A Vida Invisivel de Euridice Gusmao', recebe o prêmio da mostra Um Certo Olhar em Cannes 2019 — Foto: Reuters
Na sexta-feira (24), outro filme brasileiro foi premiado em Cannes. "A vida invisível de Eurídice Gusmão", dirigido por Karim Aïnouz, foi o vencedor da mostra Um Certo Olhar.
A produção deu ao Brasil seu primeiro prêmio principal da competição paralela do evento.
Brasil em Cannes
O Brasil já saiu vitorioso de Cannes em outras categorias:
A maior vitória foi ao levar a Palma de Ouro em 1962, com "O pagador de promessas", de Anselmo Duarte
Em 1969, Glauber Rocha levou como Melhor Diretor por "O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro"
Atrizes levaram na categoria interpretação feminina duas vezes, em 1986 (Fernanda Torres , por "Eu sei que vou te amar") e em 2008 (Sandra Coverloni, por "Linha de passe")
Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho recebem o Prêmio do Júri do Festival de Cannes 2019, na França — Foto: Reuters Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho recebem o Prêmio do Júri do Festival de Cannes 2019, na França —
Produção de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles empatou com francês 'Les Misérables' na categoria, terceira mais importante do evento francês.
Por G1
Kleber Mendonça Filho recebe o Prêmio do Júri do Festival de Cannes 2019, na França — Foto: Reuters Kleber Mendonça Filho recebe o Prêmio do Júri do Festival de Cannes 2019, na França — Foto: Reuters
Kleber Mendonça Filho recebe o Prêmio do Júri do Festival de Cannes 2019, na França — Foto: Reuters
O filme brasileiro "Bacurau" ganhou o Prêmio do Júri no Festival de Cannes neste sábado (25), em empate com o drama francês "Les Misérables".
É a primeira vez que o Brasil ganha na categoria, terceira mais importante da competição oficial do evento francês.
Filme brasileiro ‘Bacurau’ ganha o Prêmio do Júri do Festival de Cannes
"Trabalhamos para a cultura no Brasil e o que precisamos é de seu apoio", afirmou o diretor Kleber Mendonça Filho ao receber o prêmio, segundo a agência de notícias France Presse. Ele divide a direção de "Bacurau" com Juliano Dornelles, que foi seu diretor de arte em "Aquarius" (2016).
"É um filme sobre o Nordeste, um filme sobre o Brasil, é um filme sobre educação, sobre história e estou muito feliz que esse filme nasceu aqui no Festival de Cannes e agora está começando a correr o mundo", afirma Kleber ao G1. "Vamos cuidar mais uns dos outros e respeitar a cultura, a educação, a ciência e o conhecimento", completa Dornelles.
'Bacurau' recebe prêmio do júri no Festival de Cannes
Na premiação principal de Cannes, são distribuídos sete prêmios. O mais importante é a Palma de Ouro, ganhado neste ano pelo coreano "Parasite". Além dele, há o Grand Prix, o Prêmio do Júri e as categorias de direção, roteiro, ator e atriz.
O Prêmio do Júri é entregue desde 1946. Em 2019, o júri do festival é presidido pelo diretor mexicano Alejandro González Iñárritu.
Sobre o que é 'Bacurau'?
Veja teaser do filme Bacurau
Com Sônia Braga no elenco, o diretor Kleber Mendonça Filho volta a concorrer à Palma de Ouro no Festival de Cannes, na França, depois de "Aquarius" (2016).
O filme retrata um pequeno povoado do sertão que sofre com a morte de Dona Carmelita, uma mulher muito querida. Dias depois, os moradores percebem que a comunidade não está mais nos mapas.
Pela primeira vez, Juliano Dornelles divide com Kleber Mendonça Filho a autoria e direção do longa, uma coprodução Brasil-França gravada no Sertão do Seridó, divisa do Rio Grande do Norte com a Paraíba.
Outro brasileiro premiado
Karim Ainouz, diretor de 'A Vida Invisivel de Euridice Gusmao', recebe o prêmio da mostra Um Certo Olhar em Cannes 2019 — Foto: Reuters Karim Ainouz, diretor de 'A Vida Invisivel de Euridice Gusmao', recebe o prêmio da mostra Um Certo Olhar em Cannes 2019 — Foto: Reuters
Karim Ainouz, diretor de 'A Vida Invisivel de Euridice Gusmao', recebe o prêmio da mostra Um Certo Olhar em Cannes 2019 — Foto: Reuters
Na sexta-feira (24), outro filme brasileiro foi premiado em Cannes. "A vida invisível de Eurídice Gusmão", dirigido por Karim Aïnouz, foi o vencedor da mostra Um Certo Olhar.
A produção deu ao Brasil seu primeiro prêmio principal da competição paralela do evento.
Brasil em Cannes
O Brasil já saiu vitorioso de Cannes em outras categorias:
A maior vitória foi ao levar a Palma de Ouro em 1962, com "O pagador de promessas", de Anselmo Duarte
Em 1969, Glauber Rocha levou como Melhor Diretor por "O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro"
Atrizes levaram na categoria interpretação feminina duas vezes, em 1986 (Fernanda Torres , por "Eu sei que vou te amar") e em 2008 (Sandra Coverloni, por "Linha de passe")
Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho recebem o Prêmio do Júri do Festival de Cannes 2019, na França — Foto: Reuters Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho recebem o Prêmio do Júri do Festival de Cannes 2019, na França —
Manifestação foi significativa e pode levar Congresso a aprovar projetos do governo, diz fonte
Manifestação foi significativa e pode levar Congresso a aprovar projetos do governo, diz fonte
Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - As manifestações do último domingo foram maiores do que o esperado e podem ajudar os parlamentares a “caírem em si” e trabalharem com o governo do presidente Jair Bolsonaro para aprovar projetos importantes para o país, disse à Reuters um importante auxiliar palaciano.
Palácio do Planalto em Brasília 27/04/2016 REUTERS/Ueslei Marcelino
A avaliação no Planalto é que os atos foram “expressivos” e “significativos” em termos de mensagem.
“O número foi até acima do esperado, isso todo mundo achou. E foi expressivo porque mostrou que aquele pessoal que compareceu é o pessoal que está pensando no Brasil. É uma manifestação de gente com uma visão diferente, isso aí foi muito importante”, disse a fonte.
As manifestações aconteceram em cerca de 156 cidades de todos os Estados e do Distrito Federal, enquanto os atos contrários ao governo e em defesa da educação, em 15 de maio, aconteceram em cerca de 222 municípios.
Os principais alvos das manifestações a favor do governo acabaram por ser os deputados —especialmente o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o chamado centrão. De acordo com a fonte, o resultado das ruas deve levar os parlamentares a trabalhar com o governo.
“Eles (os parlamentares) têm que parar para pensar. Podem estar incomodados, mas vão cair em si. Não estão pensando no Brasil, estão pensando na reeleição de Bolsonaro, que não pode passar não sei o quê porque Bolsonaro pode ser reeleito? Não é hora de pensar nisso, tem que pensar no Brasil. A gente está caminhando para um buraco”, disse a fonte.
Mesmo que um grupo de parlamentares decida endurecer, o clima está mais propício para uma reacomodação da relação com o Executivo, avalia.
Nesta terça, Bolsonaro terá um café da manhã no Palácio da Alvorada com o presidente da Câmara, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. Em suas falas depois das manifestações, Bolsonaro repetiu mais de uma vez que era preciso “ouvir a voz das ruas” e defendeu um “pacto pelo Brasil”.
“Ele quer fazer isso. Acho que todos eles querem”, disse a fonte.
Nesta segunda, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, repetiu a fala de Bolsonaro.
“Tem que aproveitar isso para tentar convencer os parlamentares que pelo amor de Deus parem de discutir e votem essa porcaria, aprovem a Previdência, depois vamos ver o que acontece. Se der errado, aí se execra o Bolsonaro, o governo dele, mas vamos tentar”, afirmou a fonte.
Apesar do otimismo do Planalto, no Congresso o clima não é o mesmo. Parlamentares ouvidos pela Reuters não consideram que as manifestações tenham tido todo o peso colocado pelo governo e que não alteram o andamento do Congresso. Ao contrário, avaliam os líderes, a beligerância com a Casa são um erro do presidente.
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Homo sapiens sapiens
Homo sapiens sapiens
Imagem: Reprodução/ internet
Você já deve ter ouvido falar que nós, humanos, somos descendentes dos macacos, não é verdade? Mas isso é real? Descubra como surgiu o Homo sapiens sapiens
Você já deve ter ouvido falar que nós, humanos, somos descendentes dos macacos, não é verdade? Mas isso é realmente verdade? Neste artigo vamos entender melhor a denominação de homo sapiens sapiens, mas antes vamos viajar no tempo e tentar compreender toda essa evolução que envolve os ancestrais dos seres humanos.
A evolução da espécie homo
Se compararmos os humanos, com outras espécies de animais no globo terrestre, podemos perceber que os homens são relativamente novos no planeta. Isso ocorre porque estudos arqueológicos e paleontológicos – estudos feitos com fósseis – , demonstram que todos os seres vivos passaram por um processo de seleção natural, em que só os mais adaptáveis às transformações da natureza e do meio poderiam sobreviver e deixar herdeiros de suas características. Da mesma forma ocorreu com o homem moderno ou, cientificamente falando, o homo sapiens sapiens.
Os humanos atuais possuem alguns parentes mais próximos ainda vivos, são os gorilas e os chimpanzés. Porém, os humanos não evoluíram a partir desses macacos. O que ocorre, entretanto, é que os homens modernos compartilham com esses primatas um ancestral em comum. Para entender melhor a evolução da nossa espécie é preciso conhecer as anteriores, como o australopithecos, homo habilis, homo ergaster e homo erectus, homo neanderthalensis e, por fim, o homo sapiens, a última geração anterior ao homo sapiens sapiens.
Os fósseis dos australopithecos, foram encontrados na África, onde viveram há aproximadamente três milhões de anos. Eram bípedes, moravam em cavernas e só conseguiam manipular instrumentos rústicos. O homo habilis se difere do anterior pelo fato de possuir uma habilidade com os instrumentos cortantes, e a partir de então tem uma dieta carnívora.
O homo ergaster e o homo erectus povoaram não só a África como também a Ásia, tendo, portanto, a característica de nômades. Como esses se locomoviam foi possível adotar uma postura mais ereta. Além disso, caçavam com mais habilidade e construíram suas próprias casas. A grande conquista dessa espécie foi a dominação do fogo.
Já o homo neanderthalensis possui tal nomenclatura porque seus fósseis foram encontrados na cidade de Neander, na Alemanha. Sendo assim, habitaram boas partes da Europa e também da Ásia. Acredita-se que essa espécie foi exterminada pelo homo sapiens, esse, por sua vez, é o que mais se assemelha ao homem moderno. Já se comunicava com uma linguagem falada e também eram hábeis caçadores de animais de grande porte.
Por fim, surgiram há 40 mil anos o homo sapiens sapiens, que por suas habilidades altamente desenvolvidas podiam dominar melhor a natureza e assim adaptá-la ao seu modo de vida. Este texto se aprofunda, justamente, nessa espécie. Vejamos a seguir.
O incrível homo sapiens sapiens
O homo sapiens sapiens é, na verdade, uma subespécie do homo sapiens. Além disso, pertence ao reino animalia, do filo chordata e subfilo vertebrata. É da classe mammalia, de ordem primata e subordem antropoidea. Sua superfamília é a hominoidea e a família hominidea, sendo do gênero homo. O significado do nome dado a essa subespécie é “homem que sabe o que sabe”, o que faz referência a principal características desses seres: o pensamento.
As outras espécies viviam da caça e eram unificadas em pequenas grupos nômades. Uma diferença entre essas e o homem atual é que esse último aprendeu a produzir seu próprio alimento, surgindo assim a agricultura e as sociedades. Por isso, são vistos como além de caçadores, mas também agricultores. E junto a essa prática aparecem outras formas de vida e de se relacionar com a sociedade.
Características do homem moderno
Os membros dessa subespécie possuem um cérebro muito desenvolvido, se comparado com os seus ancestrais. Com isso, a capacidade de raciocínio, linguagem, introspecção e a resolução de problemas é avançada. Por possuir um corpo completamente ereto, a possibilidade de usar os braços e mãos para manipular os objetos foram desenvolvidas, o que permitiu que o meio fosse adaptado as vontades e anseios do homem.
A auto-consciência, racionalidade e a sabedoria diferem o homo sapiens sapiens não só dos seus ancestrais mas de todos os seres vivos que habitam o planeta terra. A sociedade humana se construiu e atualmente podemos utilizar diversos sistemas de comunicação, como o verbal, gestual e escrito, sendo possível a troca de ideias, as formas de expressão e até uma melhor forma de organizar o social.
A partir dessa nova espécie, os humanos puderam criar grupos que cooperam e também são concorrentes, à exemplo das famílias e até nações. A sociedade também criou uma série de tradições para que fossem cultuadas de geração para geração por meio do que conhecemos hoje como cultura. São valores sociais e éticos, beleza e estética, a criação da arte, música e literatura, religiões, ciências e mitologia, todas essas esferas compõe a vida de um homeme moderno, que apesar de novo já está na terra há aproximadamente 40 mil anos.
Escrito por Katharyne Bezerra Em 19/08/2015 (atualização: 08/08/2017)
https://www.estudopratico.com.br/homo-sapiens-sapiens/
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