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segunda-feira, 27 de maio de 2019
Manifestação foi significativa e pode levar Congresso a aprovar projetos do governo, diz fonte
Manifestação foi significativa e pode levar Congresso a aprovar projetos do governo, diz fonte
Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - As manifestações do último domingo foram maiores do que o esperado e podem ajudar os parlamentares a “caírem em si” e trabalharem com o governo do presidente Jair Bolsonaro para aprovar projetos importantes para o país, disse à Reuters um importante auxiliar palaciano.
Palácio do Planalto em Brasília 27/04/2016 REUTERS/Ueslei Marcelino
A avaliação no Planalto é que os atos foram “expressivos” e “significativos” em termos de mensagem.
“O número foi até acima do esperado, isso todo mundo achou. E foi expressivo porque mostrou que aquele pessoal que compareceu é o pessoal que está pensando no Brasil. É uma manifestação de gente com uma visão diferente, isso aí foi muito importante”, disse a fonte.
As manifestações aconteceram em cerca de 156 cidades de todos os Estados e do Distrito Federal, enquanto os atos contrários ao governo e em defesa da educação, em 15 de maio, aconteceram em cerca de 222 municípios.
Os principais alvos das manifestações a favor do governo acabaram por ser os deputados —especialmente o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o chamado centrão. De acordo com a fonte, o resultado das ruas deve levar os parlamentares a trabalhar com o governo.
“Eles (os parlamentares) têm que parar para pensar. Podem estar incomodados, mas vão cair em si. Não estão pensando no Brasil, estão pensando na reeleição de Bolsonaro, que não pode passar não sei o quê porque Bolsonaro pode ser reeleito? Não é hora de pensar nisso, tem que pensar no Brasil. A gente está caminhando para um buraco”, disse a fonte.
Mesmo que um grupo de parlamentares decida endurecer, o clima está mais propício para uma reacomodação da relação com o Executivo, avalia.
Nesta terça, Bolsonaro terá um café da manhã no Palácio da Alvorada com o presidente da Câmara, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. Em suas falas depois das manifestações, Bolsonaro repetiu mais de uma vez que era preciso “ouvir a voz das ruas” e defendeu um “pacto pelo Brasil”.
“Ele quer fazer isso. Acho que todos eles querem”, disse a fonte.
Nesta segunda, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, repetiu a fala de Bolsonaro.
“Tem que aproveitar isso para tentar convencer os parlamentares que pelo amor de Deus parem de discutir e votem essa porcaria, aprovem a Previdência, depois vamos ver o que acontece. Se der errado, aí se execra o Bolsonaro, o governo dele, mas vamos tentar”, afirmou a fonte.
Apesar do otimismo do Planalto, no Congresso o clima não é o mesmo. Parlamentares ouvidos pela Reuters não consideram que as manifestações tenham tido todo o peso colocado pelo governo e que não alteram o andamento do Congresso. Ao contrário, avaliam os líderes, a beligerância com a Casa são um erro do presidente.
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Homo sapiens sapiens
Homo sapiens sapiens
Imagem: Reprodução/ internet
Você já deve ter ouvido falar que nós, humanos, somos descendentes dos macacos, não é verdade? Mas isso é real? Descubra como surgiu o Homo sapiens sapiens
Você já deve ter ouvido falar que nós, humanos, somos descendentes dos macacos, não é verdade? Mas isso é realmente verdade? Neste artigo vamos entender melhor a denominação de homo sapiens sapiens, mas antes vamos viajar no tempo e tentar compreender toda essa evolução que envolve os ancestrais dos seres humanos.
A evolução da espécie homo
Se compararmos os humanos, com outras espécies de animais no globo terrestre, podemos perceber que os homens são relativamente novos no planeta. Isso ocorre porque estudos arqueológicos e paleontológicos – estudos feitos com fósseis – , demonstram que todos os seres vivos passaram por um processo de seleção natural, em que só os mais adaptáveis às transformações da natureza e do meio poderiam sobreviver e deixar herdeiros de suas características. Da mesma forma ocorreu com o homem moderno ou, cientificamente falando, o homo sapiens sapiens.
Os humanos atuais possuem alguns parentes mais próximos ainda vivos, são os gorilas e os chimpanzés. Porém, os humanos não evoluíram a partir desses macacos. O que ocorre, entretanto, é que os homens modernos compartilham com esses primatas um ancestral em comum. Para entender melhor a evolução da nossa espécie é preciso conhecer as anteriores, como o australopithecos, homo habilis, homo ergaster e homo erectus, homo neanderthalensis e, por fim, o homo sapiens, a última geração anterior ao homo sapiens sapiens.
Os fósseis dos australopithecos, foram encontrados na África, onde viveram há aproximadamente três milhões de anos. Eram bípedes, moravam em cavernas e só conseguiam manipular instrumentos rústicos. O homo habilis se difere do anterior pelo fato de possuir uma habilidade com os instrumentos cortantes, e a partir de então tem uma dieta carnívora.
O homo ergaster e o homo erectus povoaram não só a África como também a Ásia, tendo, portanto, a característica de nômades. Como esses se locomoviam foi possível adotar uma postura mais ereta. Além disso, caçavam com mais habilidade e construíram suas próprias casas. A grande conquista dessa espécie foi a dominação do fogo.
Já o homo neanderthalensis possui tal nomenclatura porque seus fósseis foram encontrados na cidade de Neander, na Alemanha. Sendo assim, habitaram boas partes da Europa e também da Ásia. Acredita-se que essa espécie foi exterminada pelo homo sapiens, esse, por sua vez, é o que mais se assemelha ao homem moderno. Já se comunicava com uma linguagem falada e também eram hábeis caçadores de animais de grande porte.
Por fim, surgiram há 40 mil anos o homo sapiens sapiens, que por suas habilidades altamente desenvolvidas podiam dominar melhor a natureza e assim adaptá-la ao seu modo de vida. Este texto se aprofunda, justamente, nessa espécie. Vejamos a seguir.
O incrível homo sapiens sapiens
O homo sapiens sapiens é, na verdade, uma subespécie do homo sapiens. Além disso, pertence ao reino animalia, do filo chordata e subfilo vertebrata. É da classe mammalia, de ordem primata e subordem antropoidea. Sua superfamília é a hominoidea e a família hominidea, sendo do gênero homo. O significado do nome dado a essa subespécie é “homem que sabe o que sabe”, o que faz referência a principal características desses seres: o pensamento.
As outras espécies viviam da caça e eram unificadas em pequenas grupos nômades. Uma diferença entre essas e o homem atual é que esse último aprendeu a produzir seu próprio alimento, surgindo assim a agricultura e as sociedades. Por isso, são vistos como além de caçadores, mas também agricultores. E junto a essa prática aparecem outras formas de vida e de se relacionar com a sociedade.
Características do homem moderno
Os membros dessa subespécie possuem um cérebro muito desenvolvido, se comparado com os seus ancestrais. Com isso, a capacidade de raciocínio, linguagem, introspecção e a resolução de problemas é avançada. Por possuir um corpo completamente ereto, a possibilidade de usar os braços e mãos para manipular os objetos foram desenvolvidas, o que permitiu que o meio fosse adaptado as vontades e anseios do homem.
A auto-consciência, racionalidade e a sabedoria diferem o homo sapiens sapiens não só dos seus ancestrais mas de todos os seres vivos que habitam o planeta terra. A sociedade humana se construiu e atualmente podemos utilizar diversos sistemas de comunicação, como o verbal, gestual e escrito, sendo possível a troca de ideias, as formas de expressão e até uma melhor forma de organizar o social.
A partir dessa nova espécie, os humanos puderam criar grupos que cooperam e também são concorrentes, à exemplo das famílias e até nações. A sociedade também criou uma série de tradições para que fossem cultuadas de geração para geração por meio do que conhecemos hoje como cultura. São valores sociais e éticos, beleza e estética, a criação da arte, música e literatura, religiões, ciências e mitologia, todas essas esferas compõe a vida de um homeme moderno, que apesar de novo já está na terra há aproximadamente 40 mil anos.
Escrito por Katharyne Bezerra Em 19/08/2015 (atualização: 08/08/2017)
https://www.estudopratico.com.br/homo-sapiens-sapiens/
sexta-feira, 8 de março de 2019
domingo, 3 de fevereiro de 2019
domingo, 27 de janeiro de 2019
Por enquanto esses sãos os nossos primeiros feras que já estão aprovados (UI /PERFORMANCE) para as melhores Universidades públicas de Pernambuco ( LUCAS, ALICE , PEDRO E GABY )
Maria Alice Aprovada UPE E UFPE (Curso Enfermagem)
Pedro Aprovado UPE (Curso de Matemática)
Maria Gabriela Aprovada UPE (Curso de Letras)
Ambos determinados e superaplicados, já sabiam desde cedo o queriam para as suas futuras carreiras profissionais. Um exemplo disso foram Lucas e Alice sempre inclinados as suas vocações queríamos que Lucas fosse um Cientista Político e Alice Médica. Mais bateram a tecla e optaram pelos seus sonhos. A mesma coisa foram Pedro e Jessycka. Estamos muito felizes por terem alcançado suas metas e que nessa nova trajetória de suas vidas façam aquilo que vocês sempre fizeram ao longo desses anos ""O MELHOR". Com carinho de todos os profissionais que acreditaram na realização dos seus sonhos, A Família UI/PERFORMANCE.( Professor ALARCON)
A Divina Sarah Vaughan
Sarah Vaughan
Sarah Lois Vaughan (Newark, 27 de março de 1924 — Los Angeles, 3 de abril de 1990) foi uma cantora estadunidense de jazz, descrita por Scott Yanow como "uma das vozes mais maravilhosas do século 20". Gravadora(s) Columbia, Mercury, Roulette, Pablo, BMG
Apelidada "Sailor" (por seu discurso salgado), "Sassy" e "A Divina", Sarah Vaughan foi ganhadora do Grammy e do NEA Jazz Masters, o "mais alta honra no jazz", atribuído pela National Endowment for the Arts em 1989.[4]
A voz de Vaughan caracterizava-se por sua tonalidade grave, por sua enorme versatilidade e por seu controle do vibrato. Sarah Vaughan foi uma das primeiras vocalistas a incorporar o fraseio do bebop.
Biografia
Asbury "Jake" Vaughan, pai de Sarah, era carpinteiro de profissão, bem como pianista e guitarrista amador. Sua mãe, Ada Vaughan, era lavadeira e cantora no coro da igreja.
Jake e Ada mudaram para Newark, no estado de Virgínia, durante a Primeira Guerra Mundial. Sarah era a única filha natural do casal, que na década de 60 adotou Donna, filha de uma mulher que viajou com Sarah.
Em uma casa na rua Brunswick, Sarah morou com sua família por toda infância.[6] Jake era profundamente religioso e a família, muito ativa na Igreja Batista Novo Monte Sião, na rua Thomas, 186. Aos sete anos de idade Sarah iniciou lições de piano. Era cantora no coro da igreja e, ocasionalmente, tocava em ensaios e serviços.
Sarah desenvolveu cedo um amor pela música popular, ouvindo gravações e rádio. Na década de 30, a cidade de Newark possuía um cenário musical ativo, e Sarah pode frequentemente ver bandas locais ou de turnê, tocando em lugares como a pista de patinação da rua Montgomery, Montgomery Street Skating Rink.[6] Na juventude, Sarah começa a se aventurar, ilegalmente, em clubes noturnos da cidade, atuando como pianista e, algumas vezes, cantora. Entre os locais mais notáveis, o Piccadilly Club e o Aeroporto de Newark.
Inicialmente, Sarah estudava na Escola Secundária do Lado Leste de Newark, mas foi transferida para a Escola Secundária de Artes de Newark,[6] fundada em 1931 como a primeira escola secundária especializada em artes. Porém sua atuação noturna começa a influenciar negativamente as atividades escolares, e, ainda nos primeiros anos, Sarah abandona a escola para se concentrar integralmente à música. Nessa época, ela e seus amigos já se arriscavam cruzando o Rio Hudson, em Nova Iorque, para ouvir a grandes bandas no Teatro Apollo.
Em 1944, Sarah gravou o tema famoso de Dizzy Gillespie, "Night in Tunisia", então intitulada "Interlude" e gravou ainda, ao lado do pai do bebop, Lover Man, tornando a gravação um clássico.
Início (1942–1943)
Biografias de Sarah frequentemente citam que ela foi imediatamente lançada ao sucesso após a performance vencedora na Noite de Amadores do Teatro Zeus. Na verdade, a história do biógrafo Renee, parece ser um pouco mais complexa. Sarah foi frequentemente acompanhada por seu amigo, Doris Robinson, em viagens a Nova Iorque. Em algum momento do outono de 42, quando Sarah tinha 18 anos, ela sugeriu que Doris entrasse no concurso da Noite de Amadores do Teatro Zeus. Sarah tocou piano acompanhando Doris, que ganhou o segundo lugar. Depois, Sarah então decidiu competir novamente, agora como cantora. Sarah cantou "Body and Soul" e ganhou, todavia a data exata da vitória ainda é incerta. O prêmio, que Sarah mais tarde recordou a Marian McPartland foi de 10 dólares e a promessa de um engajamento de uma semana no Apollo. Após considerável atraso, Sarah foi contatada pela Apollo na primavera de 1943 para abrir para Ella Fitzgerald.
Em alguma apresentação durante essa semana de apresentações no Apollo, Sarah foi apresentada a Earl Hines, líder de banda e pianista, embora os detalhes sobre o fato serem contestados. Billy Eckstine, na época cantor na banda de Earl, foi dito por Sarah e outros como quem a ouviu no Apollo e recomendou a Earl. Em contra partida, Earl diz tê-la descoberta sozinho e oferecido um emprego local. Fato é que, após alguns testes no Apollo, Earl substitui o cantor por Sarah, em 04 de abril de 1943.
Com Earl Hines e Billy Eckstine (1943–1944)
Sarah passou o resto de 43 e parte de 44 em turnê pelo país com a banda de Earl Hines, que tinha Billy Eckstine como barítono. Sarah foi contratada como pianista, supostamente Earl poderia a contratar pelo sindicato dos músicos (Federação Americana de Músicos) ao invés do sindicato dos cantores (Lei americana de diversos artistas), mas após Cliff Smalls ser contratado como trompetista e pianista, o trabalho de Sarah ficou exclusivo a cantar.
Por isso a banda de Earl Hines é lembrada como uma incubadora de bebop, que incluía o trompetista Dizzy Gillespie, o saxofonista Charlie Parker (tocando o saxofone tenor, não o saxofone alto, pelo qual ficou famoso mais tarde) e o trombonista Bennie Green. Dizzy Gillespie até arranjou um contrato para a banda, mas a união dos músicos vetou a banda gravar, deixando seu som e estilo para depois.
Billy Eckstine deixou a banda no fim de 43 para atuar como diretor musical em sua própria big band, formada com Dizzy Gillespie. Charlie Parker logo foi também, e, ao longo dos anos, a banda de Billy Eckstine teve um elenco impressionante de grandes nomes do jazz, entre eles: Miles Davis, Kenny Dorham, Art Blakey, Lucky Thompson, Gene Ammons e Dexter Gordon.
Sarah aceitou o convite de Billy Eckstine para fazer parte da banda em 1944, dando a ela oportunidade de desenvolver sua musicalidade com figuras épicas desta era do jazz. A banda também lhe proporcionou sua primeira gravação, em 5 de dezembro daquele ano, data em que produziu a música "I'll Wait and Pray" para o selo Deluxe. A música fez o crítico e produtor Leonard Feather convidá-la a quatro músicas solo pela Continental naquele mês, apoiada por um septeto que incluía Dizzy Gillespie e Georgie Auld.
O pianista da banda, John Malachi, é citado como quem a apelidou Sassy, dito concordante a sua personalidade. Sarah gostou, e o apelido, e sua variante Sass, foi constantemente utilizado entre amigos e, eventualmente, a imprensa. Em cartas, por vezes Sarah assinava Sassie.
Sarah deixou a banda de Billy Eckstine oficialmente no final de 1944 para lançar sua carreira solo. Todavia continuou muito próxima a Billy Eckstine, que gravou frequentemente ao longo de sua vida.
Início da carreira solo (1945–1948)
Sarah iniciou sua carreira solo em 1945 como freelancer em clubes da Rua 52 de Nova Iorque, tais como, Three Deuces, Famous Door, Downbeat, e o Onyx. Sarah também se apresentava na Braddock Grill, vizinha do teatro Apollo. Em 11 de maio de 1945, gravou a música Lover Man para o selo Guild, junto ao quinteto: Dizzy Gillespie, Charlie Parker, Al Haig no piano, Curly Russell no contrabaixo e Sid Catlett na bateria. Mais tarde naquele mês, ela entrou em estúdio com um entrosamento entre Dizzy e Charlie um pouco diferente, maior, que por fim, gravaram mais 3 faixas.
Após convidada pelo violonista Stuff Smith para gravar a música Time and Again em outubro, foi oferecido a ela um contrato para gravar pelo selo Musicraft, pelo próprio dono, Albert Marx. Porém ela não poderia gravar como principal pelo selo até 07 de maio de 1946. Neste intervalo, fez diversas gravações para a Crown and Gotham e tocava frequentemente no Cafe Society, um clube de integração racial no centro de Nova Iorque.
Lá, se tornou amiga do trompetista George Treadwell, que também tornou-se seu gerente. Sarah delegou a ele muito do trabalho de diretor musical de suas gravações, deixando-a livre para focar-se quase integralmente em cantar. Nos próximos anos George também fez mudanças positivas na aparência dela no palco. Além do guarda-roupa e cabelos melhorados, Sarah ajustou os dentes, tampando uma lacuna desagradável entre os dois dentes da frente.
Muitas das gravações de Sarah para a Musicraft em 1946 se tornaram bastante conhecidas entre os aficionados de jazz, e críticos, incluindo, "If You Could See Me Now" (letra e arranjo por Tadd Dameron), "Don't Blame Me ", "I've Got a Crush on You", "Everything I Have Is Yours" e "Body and Soul".
Com uma relação profissional sólida, Sarah e George se casam em 16 de setembro de 1946.
O sucesso das gravações de suas para a Musicraft continuou até 1947 e 1948. "Tenderly" se tornou um inesperado hit pop no final de 1947, e "It's Magic" (do filme de Doris Day, Romance on the High Seas), gravada em 27 de dezembro de 1947, encontrou sucesso nas paradas no começo de 1948. "Nature Boy", gravada em 8 de abril de 1948, tornou-se sucesso paralelamente ao lançamento do famoso Nat King Cole, da mesma música. Por outra proibição de gravação pela união dos músicos, "Nature Boy" foi gravada com um coro a cappella como único acompanhamento, acrescentando um ar etéreo para uma canção com uma letra e melodia vagamente mística.
O estrelato e os anos com a Columbia (1948–1953)
A união dos músicos quase levou a Musicraft a falência com suas proibições, e, com o pagamento de royalties atrasados, Sarah usou a oportunidade para assinar com uma gravadora maior, a Columbia. Após as resoluções judiciais, ela continua nas paradas de sucesso, com "Black Coffee", no verão de 49. Na Columbia, até 53, Sarah dedicou-se, quase exclusivamente, a baladas [Música_pop|pop] comerciais, entre grandes sucessos, como: "That Lucky Old Sun", "Make Believe (You Are Glad When You're Sorry)", "I'm Crazy to Love You", "Our Very Own", "I Love the Guy", "Thinking of You" (com o pianista Bud Powell), "I Cried for You", "These Things I Offer You", "Vanity", "I Ran All the Way Home", "Saint or Sinner", "My Tormented Heart" e "Time".
Sarah também teve substancial apreço da crítica. Ganhou o prêmio "Nova Estrela" de 47 da revista Esquire, assim como prêmios sucessivos da Down Beat, de 47 a 52, e da Metronome, de 48 a 53.
Parte da crítica não gostava de sua forma de cantar, diziam muito "estilizado", refletindo nas calorosas controvérsias sobre quais seriam as novas tendências musicais da época, finais dos anos 40. Porém, em geral, a recepção da crítica à jovem cantora era positiva.
O sucesso de suas gravações, aliada a boa crítica, levaram-na a inúmeras oportunidades, apresentando-se, quase continuamente, em clubes pelo país no final da década de 40 e início da década 50. No verão de 49, Sarah fez sua primeira apresentação com a orquestra sinfônica em um evento beneficente para a Orquestra da Filadélfia, intitulado, "100 Homens e uma Garota". Nessa época, o artista de Chicago, Dave Garroway, inventou um segundo apelido para ela, "A Divina", que seguiu-a durante a carreira. Uma de suas primeiras aparições televisivas foi no programa de variedades Stars on Parade, de 53-54, da rede de televisão DuMont, onde cantou "My Funny Valentine" e "Linger Awhile".
Com a melhora financeira, Sarah e George Treadwell compraram, em 1949, uma casa de 3 andares na avenida 21 Avon de Newark, ocupando o andar superior durante os seus, cada vez mais raros, momentos em casa, alocando os pais de Sarah nos andares de baixo. No entanto, as pressões do trabalho e os conflitos de personalidade, levaram o casal a um esfriamento na relação. George contratou um gerente para as necessidades de Sarah em sua turnê, e abriu um escritório em Manhattan, onde podia apoiar Sarah, trabalhando com clientes.
A relação com a Columbia também piorou por sua insatisfação sobre um material comercial, que teve de fazer, e sucesso medíocre de suas gravações. Um pequeno grupo de artistas, a parte, gravou em 1950 com Miles Davis e Bennie Green, que estão entre os melhores de sua carreira, mas são atípicos nos registros da Columbia.
Os anos com a Mercury (1954–1958)
Em 1953, George Treadwell negociou para Sarah um único contrato, com a Mercury Records. Ela deveria gravar material comercial para o selo Mercury e material mais direcionado ao jazz por sua subsidiária EmArcy. Sarah e o produtor Bob Shad formaram par, e o excelente trabalho dessa relação, rendeu forte sucesso artístico e comercial. Sua sessão de gravação de estréia ocorreu em fevereiro de 1954, e ela permaneceu na gravadora até 1959. Mais tarde, após uma temporada com a Roulette Records (de 1960 à 1963), Sarah volta à Mercury de 1964 à 1967.
O sucesso comercial na Mercury começou com o hit de 1954, "Make Yourself Comfortable", gravada no outono de 1954, com uma sucessão contínua de hits, incluindo: "How Important Can It Be" (com Count Basie), "Whatever Lola Wants", "The Banana Boat Song", "You Ought to Have A Wife" e "Misty". O pico de seu sucesso comercial foi em 1959, com "Broken Hearted Melody", canção considerada "brega" por ela , no entanto, esta tornou-se seu primeiro disco de ouro, e parte regular do repertório de suas apresentações nos próximos anos.
Em 1957, Sarah foi reunida a Billy Eckstine para uma série de gravações em dueto, que rendeu o hit, "Passing Strangers".
As gravações comerciais de Sarah foram tratadas por diversos maestros e arranjadores, principalmente Hugo Peretti e Hal Mooney.
Sua carreira em gravações jazz, também procedeu aceleradamente, apoiado por seu trio de trabalho ou por diversas combinações de famosos artistas do jazz. Um de seus próprios álbuns favoritos era um sexteto de 1954 que incluía Clifford Brown.
Na segunda metade da década de 1950 ela seguiu uma agenda de turnê que foi quase non-stop, com diversos músicos de jazz famosos.
No verão de 1954, ela foi destaque no primeiro Festival de Jazz de Newport, e se apresentou em edições posteriores do festival em Newport e Nova Iorque para o restante de sua vida. No outono daquele mesmo ano, se apresentou no Carnegie Hall com a Count Basie Orchestra, em um projeto que também incluiu Billie Holiday, Charlie Parker, Lester Young e o Modern Jazz Quartet. Nesta época, Sarah novamente viaja em turnê pela Europa com bastante sucesso, antes de outra turnê pelos Estados Unidos, agora com um "grande show", uma sucessão de cansativas apresentações de um dia, com celebres artistas, incluindo, Count Basie, George Shearing, Erroll Garner e Jimmy Rushing.
No Festival de Jazz de Nova Iorque de 1955, em Randall's Island, Sarah dividiu o palco com The Dave Brubeck Quartet, Horace Silver, Jimmy Smith, e a orquestra de Johnny Richards.
Mesmo que a relação entre Sarah e George tenha sido bem sucedida até os anos 50, a relação pessoal finalmente chega a uma ruptura, e Sarah pede o divórcio em 1958. Sarah delegou a George todas as questões financeiras, e, apesar de impressionantes números nos relatos de rendimento na década de 50, no acordo do casal George afirma ter restado apenas 16 mil dólares. O casal dividiu igualmente a quantia e os bens, terminando também sua relação de negócios.
A década de 60
A saída de George da vida de Sarah foi precipitada também pela entrada de Clyde "C.B." Atkins, homem de contexto incerto que ela conheceu em Chicago e casou-se em 4 de setembro de 1959. Mesmo Clyde não tendo experiência em gerência de artista ou musical, Sarah desejava uma relação mista (pessoal/profissional) como a que tinha com George. Ela deixou Clyde como seu empresário, embora continuasse sentindo o cheiro dos problemas que teve com George, e, inicialmente, manteve os olhos atentos sobre Clyde. Sarah e Clyde mudaram-se para uma casa em Englewood Cliffs, Nova Jérsei.[6]
Quando o contrato de Sarah com a Mercury Records terminou, no final de 1959, ela imediatamente assinou com a Roulette Records, um pequeno selo de propriedade de Morris Levy, que era um dos mantenedores do clube de jazz nova-iorquino, Birdland, onde ela aparecia frequentemente. O elenco da Roulette, também incluía: Count Basie, Joe Williams, Dinah Washington, Lambert, Hendricks e Ross e Maynard Ferguson.
Sarah começou a gravar para a mesma em abril de 1960, com uma série de discos fortes, organizado e conduzido por um grande grupo: Billy May, Jimmy Jones, Joe Reisman, Quincy Jones, Benny Carter, Lalo Schifrin, e Gerald Wilson.
Surpreendentemente, naquele ano ela também teve algum sucesso nas paradas pop, com "Serenata" pela Roulette e um par de faixas restantes de seu contrato com a Mercury, "Eternally" e "You're My Baby". Nos anos seguintes, fez também um par de álbuns intimistas no padrão jazz (vocal/guitarra/contrabaixo): After Hours, de 1961, com o guitarrista Mundell Lowe, fazendo dupla com o baixista George Duvivier, e Sarah + 2, de 1962, com o guitarrista Barney Kessell e o baixista Joe Comfort.
Sarah não podia ter filhos, então, em 1961, ela e Clyde Atkins adotam uma filha, Debra Lois. No entanto, a relação com Clyde revelou-se difícil e violenta, assim, após uma série de estranhos incidentes, ela pediu o divórcio em novembro de 1963. Para ajudar a resolver os destroços financeiros do casamento, ela contou com dois amigos: um conhecido de infância, o proprietário do clube John "Preacher" Wells, e Clyde "Pumpkin" Golden, Jr. Juntos, concluíram que os gastos com jogos de Clyde Atkins, a colocaram em uma dívida em torno de 150 mil dólares. A casa em Englewood acabou sendo apreendida pelo serviço de receita do governo dos Estados Unidos, IRS, por falta de pagamento de impostos. Sarah manteve a custódia da filha do casal, e Clyde Golden essencialmente tomou o lugar de Clyde Atkins, como gerente e amante de Sarah pelo resto da década.
Por volta da época de seu segundo divórcio, ela também se desencantou com a Roulette Records. As finanças da Roulette também foram ainda mais enganosas e obscuras que o normal nos negócios da indústria fonográfica, e os artistas de suas gravações, muitas vezes tinham pouco a mostrar para seus esforços de outros excelentes registros. Quando seu contrato com a mesma terminou, em 1963, Sarah retornou para os confinamentos mais familiares da Mercury Records. No verão de 1963, Sarah foi para a Dinamarca com o produtor Quincy Jones para gravar quatro dias de apresentações ao vivo com o seu trio, o Sassy Swings the Tivoli, uma excelente amostra de seu show ao vivo deste período. No ano seguinte, ela fez sua primeira aparição na Casa Branca, para o presidente Johnson.
Infelizmente, a gravação no Tivoli seria o mais brilhante momento de sua segunda temporada com a Mercury. Mudanças demográficas e de gostos em 1960 deixaram os artistas de jazz com audiências cada vez menores e material inadequado. Enquanto Sarah manteve um grande, e leal, número de seguidores, suficiente para manter a sua carreira de cantora, a quantidade e qualidade de sua produção gravada diminuiu, porém mesmo quando sua voz escureceu, sua habilidade não foi reduzida. Na conclusão dos negócios com a Mercury em 1967, ela ficou sem um contrato para o restante da década.
Em 1969, Sarah terminou seu relacionamento profissional com Clyde Golden e mudou-se para a Costa Oeste, estabelecendo-se primeiro em uma casa perto de Benedict Canyon em Los Angeles e, em seguida, para o que acabaria sendo sua última casa, em Hidden Hills.
Renascimento nos anos 70
Sarah conheceu Marshall Fisher após uma apresentação em um casino em Las Vegas em 1970 e ele logo caiu no papel familiar duplo, como amante e gerente de Sarah. Marshall Fisher foi outro homem de fundo incerto, sem nenhuma experiência musical ou nos negócios de entretenimento, mas, ao contrário de alguns de seus companheiros anteriores, ele era um fã genuíno, dedicado a promover a carreira de Sarah.
Os anos setenta também anunciou o renascimento na atividade de gravação de Sarah. Em 1971, Bob Shad, que havia trabalhado com ela como produtor na Mercury Records, convidou-a para gravar para sua nova gravadora, a Mainstream Records. Ernie Wilkins veterano de Count Basie, fez o arranjo e conduziu seu primeiro disco para esta, o A Time In My Life em novembro de 1971. Em abril de 1972, Sarah gravou uma coleção de baladas escritas, arranjadas e conduzidas por Michel Legrand. Michel Legrand ainda se uniu a Peter Matz, Jack Elliott e Allyn Ferguson para o terceiro disco dela, o Feelin' Good. Sarah ainda gravou o Live in Japan, disco gravado ao vivo em Tóquio com seu trio em setembro de 1973.
Durante suas sessões com Michel Legrand, Bob Shad apresentou por consideração à Sarah a canção "Send In The Clowns", de Stephen Sondheim do musical da Broadway, A Little Night Music. A canção se tornaria sua assinatura, substituindo "Tenderly", que tinha estado com ela desde o início de sua carreira solo.
Infelizmente, sua relação com a Mainstream azedou em 1974, supostamente por um conflito precipitado com Marshall Fisher sobre a fotografia de capa do disco, e/ou por royalties não pagos.[carece de fontes] Isso deixou-a novamente sem um contrato de gravação por mais três anos.
Em dezembro de 1974, Sarah fez um show particular para o presidente dos Estados Unidos, Gerald Ford e o presidente francês Giscard d'Estaing durante uma conferência em Martinica.
No Final da década de 70 Sarah gravou discos no Brasil para as extintas gravadoras RCA e Philips acompanhada de grandes ícones da musica brasileira de projeção mundial como Wilson Simonal, Tom Jobim, Dorival Caymmi, Milton Nascimento, Hélio Delmiro, dentre outros.
Morte
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Em 1989, a saúde de Vaughan começou a declinar, embora ela raramente revelasse isto em suas performances. Ela cancelou uma série de compromissos na Europa. Em 1989, citando a necessidade de buscar tratamento para a artrite na mão, embora ela foi capaz de completar uma série de performances mais tarde no Japão. Durante uma corrida em Nova York Blue Note Jazz Club em 1989, Vaughan recebeu um diagnóstico de câncer de pulmão e estava muito doente para terminar o dia final do que viria a ser sua última série de apresentações públicas. Vaughan voltou para sua casa na Califórnia para começar a quimioterapia e passou seus últimos meses alternando estadias no hospital e em casa. Vaughan ficou cansada da luta e pediu para ser levada para casa, onde morreu na noite de 3 de abril de 1990, enquanto assistia a um filme de televisão, com sua filha, uma semana depois de seu 66 º aniversário. O funeral de Vaughan foi realizado no Monte Zion Baptist Church na 208 Broadway, em Newark, New Jersey, a mesma congregação que ela frequentava na infância. Após a cerimônia, uma carruagem puxada por cavalos transportado o corpo dela para o seu lugar de descanso final em Glendale Cemetery, Bloomfield em Nova Jersey.[7]
Discografia selecionada
1944 Sarah Vaughan and Her All-Stars (Continental Records)
1949 Sarah Vaughan in Hi-Fi
1953 "Hot Jazz" (Remington Records)
1954 The Divine Sarah Sings
1954 Sarah Vaughan with Clifford Brown (com Clifford Brown)
1955 In the Land of Hi-Fi
1957 At Mister Kelly's (ao vivo)
1957 Swingin' Easy
1957 Sarah Vaughan and Billy Eckstine: Irving Berlin songbook (com Billy Eckstine)
1957 Sarah Vaughan Sings George Gershwin
1957 Sarah Vaughan Sings Broadway: Great Songs from Hit Shows
1958 No Count Sarah (com Count Basie Orchestra)
1959 After Hours at the London House (ao vivo)
1959 Vaughan and Violins
1960 Close to You
1960 Dreamy
1961 The Divine One
1961 The Explosive Side of Sarah Vaughan
1961 Count Basie/Sarah Vaughan (com Count Basie Orchestra)
1961 After Hours
1962 You're Mine You
1962 Sarah + 2
1963 Sarah Sings Soulfully
1963 Snowbound
1963 Lonely Hours
1963 We Three (com Joe Williams e Dinah Washington)
1963 The World of Sarah Vaughan
1963 Sweet 'n' Sassy
1963 Star Eyes
1963 Sarah Slightly Classical
1963 Sassy Swings the Tivoli (ao vivo)
1963 Vaughan with Voices
1964 Pop Artistry
1964 Sweet 'N' Sassy
1964 The Lonely Hours
1965 ¡Viva! Vaughan
1965 Sarah Vaughan Sings the Mancini Songbook
1966 The New Scene
1967 Sassy Swings Again
1967 It's a Man's World
1971 A Time in My Life
1972 Sarah Vaughan with Michel Legrand (com Michel Legrand)
1972 Feelin' Good
1973 Live in Japan (ao vivo)
1974 Send in the Clowns
1975 Sarah Vaughan with the Jimmy Rowles Quintet
1977 I Love Brazil
1977 Ronnie Scott's Presents Sarah Vaughan Live (ao vivo)
1978 How Long Has This Been Going On?
1978 O Som Brasileiro de Sarah Vaughan.
1979 The Duke Ellington Songbook, Vol. 1
1979 The Duke Ellington Songbook, Vol. 2
1979 Exclusivamente Brasil (Com Hélio Delmiro)
1981 Songs of The Beatles
1981 I Love Brazil!
1981 Send in the Clowns (com Count Basie Orchestra)
1982 Crazy and Mixed Up
1982 Gershwin Live! (ao vivo, com Michael Tilson Thomas e Los Angeles Philharmonic,ganhou o Grammy Award for Best Jazz Vocal Performance, Female)
1984 The Mystery of Man (aka Let It Live, Sarah Vaughan Sings the Poetry of Pope John Paul II)
1986 South Pacific (comKiri Te Kanawa, Mandy Patinkin e José Carreras)
1987 Brazilian Romance
1989 Quincy Jones - Back on the Block
Fonte:Wikipédia, a enciclopédia livre.
quarta-feira, 2 de maio de 2018
Trótski Exílio e morte
Trótski Exílio e morte
Trótski e a sua filha Nina (França).
Após a deportação, Trótski passou pela Turquia, França (julho de 1933 a junho de 1935) e Noruega (junho de 1935 a setembro de 1936), fixando-se finalmente no México, a convite do pintor Diego Rivera, vivendo temporariamente em casa deste e mais tarde em casa da esposa de Rivera, a pintora Frida Kahlo. A medida que aumenta a repressão stalinista, multiplicam-se os lutos familiares. Além da morte dos seus quatro filhos, os genros, noras, netos, e outros parentes próximos de Trótski são igualmente vítimas da repressão por sua ligação com um "inimigo do povo" e desaparecem nos sucessivos expurgos da década de 1930, com exceção do único filho que Zina pôde levar consigo ao exterior, e que acabou por reunir-se ao avô no México, após complicadas negociações com a mulher francesa de Leon Sedov - que havia se responsabilizado pelo sobrinho até a sua própria morte num hospital parisiense.
No seu crescente isolamento pessoal e político, Trótski, a partir desta altura, aumenta consideravelmente a sua produção escrita, escrevendo importantes obras como sua autobiografia, Minha Vida (1930), a História da Revolução Russa (em 2 vols., 1930 e 1932), A Revolução Permanente (1930) e A Revolução Traída (1936), uma crítica violenta ao Estalinismo. Apoiando-se sobre um panfleto de Rakovski, Os Perigos profissionais do poder, Trótski considerava em A Revolução Traída que a União Soviética se tornara num Estado de trabalhadores degenerado, controlado por uma burocracia não-democrática - derivada, no entanto, da própria classe operária (em um processo descrito como Degenerescência Burocrática) e que teria eventualmente de ser derrubada por uma 2ª revolução política que restaurasse o caráter democrático da revolução socialista, ou, então, degenerar ao ponto de regressar ao capitalismo.[21]
Trótski rejeitou as teses ultraesquerdistas de certos opositores bolcheviques do estalinismo (notadamente os "Centralistas Democráticos" liderados por Sapronov), que consideravam que o stalinismo era uma restauração do capitalismo, algo similar à restauração da monarquia francesa pelos Bourbons em 1815. Através desta mesma analogia com a Revolução Francesa, Trótski considerou que o regime de Stalin era um Termidor soviético, no sentido de que, assim como o 9 Termidor francês havia derrubado o radicalismo pequeno-burguês de Robespierre, Saint-Just e dos jacobinos, mas preservado o caráter burguês da sociedade francesa, do mesmo modo o estalinismo havia eliminado todos os elementos internacionalistas e de democracia proletária do regime soviético, mas não havia, de momento, abolido o caráter socialista da economia e das relações sociais na Rússia. Considerando a URSS estalinista, assim, como presa num estágio de transição entre o capitalismo e o socialismo, e não considerando que ela houvesse se convertido num capitalismo de Estado, Trótski opôs-se, no início da Segunda Guerra Mundial, àqueles entre seus seguidores - especialmente fortes no partido trotskista americano, o Socialist Workers' Party (SWP), mas também figuras isoladas como o brasileiro Mário Pedrosa - que propunham retirar apoio à URSS em caso de ataque externo. Para Trótski, a defesa das aquisições da Revolução de Outubro exigia o respeito mais estrito à consigna de "defesa incondicional da União Soviética". Muito embora opusesse-se ao Pacto Molotov-Ribbentrop, que considerava desmoralizante para o movimento operário, orientou seus partidários para que apoiassem a expropriação dos latifúndios e das fábricas realizadas por Stalin no leste da Polônia e nos Países Bálticos quando da sua incorporação forçada na URSS.
Trotski no México, entre admiradores norte-americanos (1940)
A 3 de setembro de 1938, numa reunião com 25 delegados de 11 países, Trótski e seus seguidores fundam a Quarta Internacional, como alternativa à Terceira Internacional estalinista. Trótski tinha entrado entretanto em conflito com Diego Rivera - numa disputa que tinha tanto a ver com as pretensões políticas de Rivera no movimento trotskista, que Trótski desfavorecia, quanto com a breve ligação amorosa de Trótski com Frida Kahlo - e mudara-se em 1939 para uma casa própria no bairro de Coyoacán, na Cidade do México. A 24 de maio de 1940 sobrevive a um ataque à sua casa por assassinos alegadamente a mando de Stalin. Não sobreviverá, no entanto, ao segundo ataque de Stalin: em 20 de agosto de 1940, o agente Ramón Mercader consegue, sob disfarce, entrar pacificamente na sua sala para um encontro e, aproveitando um momento de distração, aplica com uma picareta um golpe fatal no seu crânio. Ao ouvir o ruído, os guarda-costas de Trótski precipitam-se para a sala e quase matam Mercader, mas Trótski detém-nos, exclamando:
“ Não o matem! Esse homem tem uma história para contar!. ”
Nas últimas horas da sua vida, o revolucionário manteve-se determinado e ditou tanto o seu testamento como artigos sobre estratégia política, num momento em que a humanidade vivia um dos mais mortíferos conflitos mundiais. Entre as frases ditadas, proferiu: “Morro com a certeza inabalável no futuro comunista da humanidade. Essa certeza dá-me hoje uma força que religião alguma me poderia dar.”
Faleceu no dia seguinte.
“ Pousei o casaco impermeável na mesa de forma a poder tirar a picareta que estava no bolso. Decidi não perder a grande oportunidade que surgiu. No momento em que Trótski começou a ler o artigo, deu-me a minha oportunidade; tirei a picareta do casaco, segurei-a firme na mão e, de olhos fechados, dei-lhe um golpe terrível na cabeça. ”
Túmulo de Leon Trótski em Coyoacán, bairro da cidade do México, no jardim da casa onde morou durante seus últimos anos de vida.
O líder a URSS desejava ocultar fatos de seu passado, como suas ações de agente provocador a serviço a polícia secreta tsarista (a Okhrana).[22] Neste período, Trótski escrevia uma biografia não autorizada sobre Stálin e este seria um dos motivos do crime.[22]
A casa de Trótski em Coyocán, preservada no mesmo estado em que se encontrava naquele dia, é hoje um museu, em cujos terrenos se encontra ainda o cenotáfio de Trótski, com a foice e martelo talhados sobre seu nome.
Trótski nunca foi formalmente reabilitado pelo governo soviético, seja durante a "desestalinização" de Khrushchov, seja durante a "Glasnost" de Mikhail Gorbatchov, apesar da reabilitação, durante estes dois episódios, da maioria da velha guarda bolchevique morta durante os grandes expurgos de Stalin. Dos descendentes de Trótski, o único que pôde preservar sua conexão com a família seria o seu neto, o engenheiro Esteban Volkov, filho de Zina, que seria criado por Natalia Sedova no México e muito faria pela preservação da memória do avô pela manutenção da sua casa de Coyoacán como um museu privado, depois apropriado pelo governo mexicano. Na década de 1990, Volkov viajaria à Rússia para encontrar-se, após sessenta anos de separação, com uma irmã recém-localizada, doente terminal de câncer, com a qual teve de conversar através de um intérprete, para explicar-lhe que a decisão de deixá-la na URSS havia sido imposta à sua mãe por Stalin.
A morte de Trótski na imprensa
Um dos secretários de Trótski, Joseph Hansen, entregou à imprensa um relato sobre o assassinato do líder comunista:
“ Trótski conhecia pessoalmente seu assassino, Frank Jackson (na verdade, Ramón Mercarder), há mais de seis meses, e tinha confiança nele devido às suas relações com o movimento trotskista na França e nos Estados Unidos. Ele nos visitava com freqüência e em momento algum tivemos motivos para desconfiar que ele fosse agente da GPU. ”
Segundo Hansen, Jackson chegou à casa de Trótski às 5h30 da tarde do dia 20 de agosto, dizendo-lhe que havia escrito um artigo, sobre o qual gostaria de sua opinião. Trótski concordou e ambos se encaminharam para a sala de jantar, onde estava a sra. Trótski. "Alegando estar com a garganta seca, Jackson pediu um copo de água. A sra. Trótski ofereceu-lhe chá. Ele agradeceu mas preferiu a água. Então, Trótski convidou-o a passarem para o seu escritório".
O primeiro indício de que algo de anormal acontecera foi o som de gritos lancinantes e de uma luta violenta. A princípio os secretários e guarda-costas julgaram que havia acontecido algum acidente, mas, ao ingressarem no escritório, encontraram Trótski com o rosto banhado em sangue. Um dos guarda-costas correu para socorrê-lo, enquanto o outro atracava-se com o assassino, que empunhava um revólver. "Provavelmente o assassino atacou-o por trás, utilizando uma picareta cuja ponta penetrou-lhe o cérebro. Mas em vez de cair inconsciente, como o assassino planejara, Trótski agarrou-se a ele".
Enquanto jazia, sangrando, no chão, Trótski disse a Hansen: "Jackson baleou-me com um revólver. Acho que, dessa vez, é o fim". Hansen tentou animá-lo, dizendo que o ferimento era superficial e que não podia ter sido causado por um tiro, já que ninguém tinha ouvido o estampido. "Não, sinto aqui que desta vez eles conseguiram" - disse Trótski, apontando para o coração. Trótski lutou pela vida por mais de 24 horas, vindo a falecer às 7h25 da noite de 21 de agosto.[23]
Biografias
Trótski encontrou, na década de 1950, um grande biógrafo na pessoa do marxista polonês radicado na Inglaterra Isaac Deutscher, que escreveu a monumental biografia em três volumes: O Profeta Armado - Trótski 1879-1921, O Profeta Desarmado - Trótski 1921-1929 e O Profeta Banido - Trótski 1929-1940, a qual encontra-se atualmente disponível no original em publicação da Verso Editions, e em português numa tradução da Editora Civilização Brasileira, republicada recentemente pela Editora Record.
Trata-se de uma biografia polêmica, onde Deutscher questiona frequentemente as posições de Trótski, o que a torna mais dinâmica que outra biografia também monumental e mais documentada e posterior do trotskista francês Pierre Broué, Trotsky (Paris, Fayard, 1988) não possui, por este defender diretamente as ideias de Trótski.
Trótski e a sua filha Nina (França).
Após a deportação, Trótski passou pela Turquia, França (julho de 1933 a junho de 1935) e Noruega (junho de 1935 a setembro de 1936), fixando-se finalmente no México, a convite do pintor Diego Rivera, vivendo temporariamente em casa deste e mais tarde em casa da esposa de Rivera, a pintora Frida Kahlo. A medida que aumenta a repressão stalinista, multiplicam-se os lutos familiares. Além da morte dos seus quatro filhos, os genros, noras, netos, e outros parentes próximos de Trótski são igualmente vítimas da repressão por sua ligação com um "inimigo do povo" e desaparecem nos sucessivos expurgos da década de 1930, com exceção do único filho que Zina pôde levar consigo ao exterior, e que acabou por reunir-se ao avô no México, após complicadas negociações com a mulher francesa de Leon Sedov - que havia se responsabilizado pelo sobrinho até a sua própria morte num hospital parisiense.
No seu crescente isolamento pessoal e político, Trótski, a partir desta altura, aumenta consideravelmente a sua produção escrita, escrevendo importantes obras como sua autobiografia, Minha Vida (1930), a História da Revolução Russa (em 2 vols., 1930 e 1932), A Revolução Permanente (1930) e A Revolução Traída (1936), uma crítica violenta ao Estalinismo. Apoiando-se sobre um panfleto de Rakovski, Os Perigos profissionais do poder, Trótski considerava em A Revolução Traída que a União Soviética se tornara num Estado de trabalhadores degenerado, controlado por uma burocracia não-democrática - derivada, no entanto, da própria classe operária (em um processo descrito como Degenerescência Burocrática) e que teria eventualmente de ser derrubada por uma 2ª revolução política que restaurasse o caráter democrático da revolução socialista, ou, então, degenerar ao ponto de regressar ao capitalismo.[21]
Trótski rejeitou as teses ultraesquerdistas de certos opositores bolcheviques do estalinismo (notadamente os "Centralistas Democráticos" liderados por Sapronov), que consideravam que o stalinismo era uma restauração do capitalismo, algo similar à restauração da monarquia francesa pelos Bourbons em 1815. Através desta mesma analogia com a Revolução Francesa, Trótski considerou que o regime de Stalin era um Termidor soviético, no sentido de que, assim como o 9 Termidor francês havia derrubado o radicalismo pequeno-burguês de Robespierre, Saint-Just e dos jacobinos, mas preservado o caráter burguês da sociedade francesa, do mesmo modo o estalinismo havia eliminado todos os elementos internacionalistas e de democracia proletária do regime soviético, mas não havia, de momento, abolido o caráter socialista da economia e das relações sociais na Rússia. Considerando a URSS estalinista, assim, como presa num estágio de transição entre o capitalismo e o socialismo, e não considerando que ela houvesse se convertido num capitalismo de Estado, Trótski opôs-se, no início da Segunda Guerra Mundial, àqueles entre seus seguidores - especialmente fortes no partido trotskista americano, o Socialist Workers' Party (SWP), mas também figuras isoladas como o brasileiro Mário Pedrosa - que propunham retirar apoio à URSS em caso de ataque externo. Para Trótski, a defesa das aquisições da Revolução de Outubro exigia o respeito mais estrito à consigna de "defesa incondicional da União Soviética". Muito embora opusesse-se ao Pacto Molotov-Ribbentrop, que considerava desmoralizante para o movimento operário, orientou seus partidários para que apoiassem a expropriação dos latifúndios e das fábricas realizadas por Stalin no leste da Polônia e nos Países Bálticos quando da sua incorporação forçada na URSS.
Trotski no México, entre admiradores norte-americanos (1940)
A 3 de setembro de 1938, numa reunião com 25 delegados de 11 países, Trótski e seus seguidores fundam a Quarta Internacional, como alternativa à Terceira Internacional estalinista. Trótski tinha entrado entretanto em conflito com Diego Rivera - numa disputa que tinha tanto a ver com as pretensões políticas de Rivera no movimento trotskista, que Trótski desfavorecia, quanto com a breve ligação amorosa de Trótski com Frida Kahlo - e mudara-se em 1939 para uma casa própria no bairro de Coyoacán, na Cidade do México. A 24 de maio de 1940 sobrevive a um ataque à sua casa por assassinos alegadamente a mando de Stalin. Não sobreviverá, no entanto, ao segundo ataque de Stalin: em 20 de agosto de 1940, o agente Ramón Mercader consegue, sob disfarce, entrar pacificamente na sua sala para um encontro e, aproveitando um momento de distração, aplica com uma picareta um golpe fatal no seu crânio. Ao ouvir o ruído, os guarda-costas de Trótski precipitam-se para a sala e quase matam Mercader, mas Trótski detém-nos, exclamando:
“ Não o matem! Esse homem tem uma história para contar!. ”
Nas últimas horas da sua vida, o revolucionário manteve-se determinado e ditou tanto o seu testamento como artigos sobre estratégia política, num momento em que a humanidade vivia um dos mais mortíferos conflitos mundiais. Entre as frases ditadas, proferiu: “Morro com a certeza inabalável no futuro comunista da humanidade. Essa certeza dá-me hoje uma força que religião alguma me poderia dar.”
Faleceu no dia seguinte.
“ Pousei o casaco impermeável na mesa de forma a poder tirar a picareta que estava no bolso. Decidi não perder a grande oportunidade que surgiu. No momento em que Trótski começou a ler o artigo, deu-me a minha oportunidade; tirei a picareta do casaco, segurei-a firme na mão e, de olhos fechados, dei-lhe um golpe terrível na cabeça. ”
Túmulo de Leon Trótski em Coyoacán, bairro da cidade do México, no jardim da casa onde morou durante seus últimos anos de vida.
O líder a URSS desejava ocultar fatos de seu passado, como suas ações de agente provocador a serviço a polícia secreta tsarista (a Okhrana).[22] Neste período, Trótski escrevia uma biografia não autorizada sobre Stálin e este seria um dos motivos do crime.[22]
A casa de Trótski em Coyocán, preservada no mesmo estado em que se encontrava naquele dia, é hoje um museu, em cujos terrenos se encontra ainda o cenotáfio de Trótski, com a foice e martelo talhados sobre seu nome.
Trótski nunca foi formalmente reabilitado pelo governo soviético, seja durante a "desestalinização" de Khrushchov, seja durante a "Glasnost" de Mikhail Gorbatchov, apesar da reabilitação, durante estes dois episódios, da maioria da velha guarda bolchevique morta durante os grandes expurgos de Stalin. Dos descendentes de Trótski, o único que pôde preservar sua conexão com a família seria o seu neto, o engenheiro Esteban Volkov, filho de Zina, que seria criado por Natalia Sedova no México e muito faria pela preservação da memória do avô pela manutenção da sua casa de Coyoacán como um museu privado, depois apropriado pelo governo mexicano. Na década de 1990, Volkov viajaria à Rússia para encontrar-se, após sessenta anos de separação, com uma irmã recém-localizada, doente terminal de câncer, com a qual teve de conversar através de um intérprete, para explicar-lhe que a decisão de deixá-la na URSS havia sido imposta à sua mãe por Stalin.
A morte de Trótski na imprensa
Um dos secretários de Trótski, Joseph Hansen, entregou à imprensa um relato sobre o assassinato do líder comunista:
“ Trótski conhecia pessoalmente seu assassino, Frank Jackson (na verdade, Ramón Mercarder), há mais de seis meses, e tinha confiança nele devido às suas relações com o movimento trotskista na França e nos Estados Unidos. Ele nos visitava com freqüência e em momento algum tivemos motivos para desconfiar que ele fosse agente da GPU. ”
Segundo Hansen, Jackson chegou à casa de Trótski às 5h30 da tarde do dia 20 de agosto, dizendo-lhe que havia escrito um artigo, sobre o qual gostaria de sua opinião. Trótski concordou e ambos se encaminharam para a sala de jantar, onde estava a sra. Trótski. "Alegando estar com a garganta seca, Jackson pediu um copo de água. A sra. Trótski ofereceu-lhe chá. Ele agradeceu mas preferiu a água. Então, Trótski convidou-o a passarem para o seu escritório".
O primeiro indício de que algo de anormal acontecera foi o som de gritos lancinantes e de uma luta violenta. A princípio os secretários e guarda-costas julgaram que havia acontecido algum acidente, mas, ao ingressarem no escritório, encontraram Trótski com o rosto banhado em sangue. Um dos guarda-costas correu para socorrê-lo, enquanto o outro atracava-se com o assassino, que empunhava um revólver. "Provavelmente o assassino atacou-o por trás, utilizando uma picareta cuja ponta penetrou-lhe o cérebro. Mas em vez de cair inconsciente, como o assassino planejara, Trótski agarrou-se a ele".
Enquanto jazia, sangrando, no chão, Trótski disse a Hansen: "Jackson baleou-me com um revólver. Acho que, dessa vez, é o fim". Hansen tentou animá-lo, dizendo que o ferimento era superficial e que não podia ter sido causado por um tiro, já que ninguém tinha ouvido o estampido. "Não, sinto aqui que desta vez eles conseguiram" - disse Trótski, apontando para o coração. Trótski lutou pela vida por mais de 24 horas, vindo a falecer às 7h25 da noite de 21 de agosto.[23]
Biografias
Trótski encontrou, na década de 1950, um grande biógrafo na pessoa do marxista polonês radicado na Inglaterra Isaac Deutscher, que escreveu a monumental biografia em três volumes: O Profeta Armado - Trótski 1879-1921, O Profeta Desarmado - Trótski 1921-1929 e O Profeta Banido - Trótski 1929-1940, a qual encontra-se atualmente disponível no original em publicação da Verso Editions, e em português numa tradução da Editora Civilização Brasileira, republicada recentemente pela Editora Record.
Trata-se de uma biografia polêmica, onde Deutscher questiona frequentemente as posições de Trótski, o que a torna mais dinâmica que outra biografia também monumental e mais documentada e posterior do trotskista francês Pierre Broué, Trotsky (Paris, Fayard, 1988) não possui, por este defender diretamente as ideias de Trótski.
quinta-feira, 5 de abril de 2018
HOMEM CHEDDAR, O MAIS ANTIGO DA INGLATERRA, ERA NEGRO E TINHA OLHOS AZUIS
O “Homem Cheddar” é conhecido como sendo um dos primeiros habitantes do Reino Unido, tendo vivido na região há mais de 10 mil anos. Seu esqueleto foi encontrado dentro de uma caverna no sudoeste da Inglaterra há mais de 100 anos, e ainda hoje a Ciência descobre novidades sobre ele. A mais recente foi a reconstituição facial, que revelou que o humano provavelmente tinha uma pele bastante escura, mas os olhos azuis.
Através do sequenciamento do DNA, retirado do interior dos ossos, foi possível determinar que o “Homem Cheddar” provavelmente era negro – algo bastante notável, já que se assumia anteriormente que os humanos primitivos, que chegaram à região há cerca de 45 mil anos, teriam mudado suas características para feições mais claras.
homem cheddar
Busto do Homem Cheddar mostra as recentes descobertas, derrubando a ideia de que a pele europeia já era clara há 10 mil anos
Porém, esse espécime mostra que na verdade os desbravadores do Reino Unido mantiveram características da África subsaariana por muito mais tempo do que se imaginava. Já a cor dos olhos é mais uma estimativa: aparentemente ele tinha olhos bastante claros, podendo ser verdes, mas mais é mais provável que tenham sido azuis, disseram os cientistas.
Essas características batem com outras ossadas encontradas em regiões distintas da Europa com a mesma datação. “Ele nos mostra que você não deve fazer suposições sobre como as pessoas se pareciam no passado com base no que as pessoas se parecem no presente, e que os emparelhamentos de características que costumamos ver hoje não são algo fixo”, analisa Tom Booth, pesquisador do Museu de História Natural do Reino Unido.
homem cheddar
Esqueleto encontrado em 1903 é o mais completo de um humano primitivo do Reino Unido e também um dos mais antigos
HOMEM CHEDDAR, O MAIS ANTIGO DA INGLATERRA, ERA NEGRO E TINHA OLHOS AZUIS
Através do sequenciamento do DNA, retirado do interior dos ossos, foi possível determinar que o “Homem Cheddar” provavelmente era negro – algo bastante notável, já que se assumia anteriormente que os humanos primitivos, que chegaram à região há cerca de 45 mil anos, teriam mudado suas características para feições mais claras.
homem cheddar
Busto do Homem Cheddar mostra as recentes descobertas, derrubando a ideia de que a pele europeia já era clara há 10 mil anos
Porém, esse espécime mostra que na verdade os desbravadores do Reino Unido mantiveram características da África subsaariana por muito mais tempo do que se imaginava. Já a cor dos olhos é mais uma estimativa: aparentemente ele tinha olhos bastante claros, podendo ser verdes, mas mais é mais provável que tenham sido azuis, disseram os cientistas.
Essas características batem com outras ossadas encontradas em regiões distintas da Europa com a mesma datação. “Ele nos mostra que você não deve fazer suposições sobre como as pessoas se pareciam no passado com base no que as pessoas se parecem no presente, e que os emparelhamentos de características que costumamos ver hoje não são algo fixo”, analisa Tom Booth, pesquisador do Museu de História Natural do Reino Unido.
homem cheddar
Esqueleto encontrado em 1903 é o mais completo de um humano primitivo do Reino Unido e também um dos mais antigos
HOMEM CHEDDAR, O MAIS ANTIGO DA INGLATERRA, ERA NEGRO E TINHA OLHOS AZUIS
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