RACISMO
Escravos de um racismo
disfarçado e cruel
Basicamente, o racismo no Brasil começou por volta de 1530, quando os primeiros navios trouxeram africanos para a terra recém-descoberta. Mas as raízes da intolerância contra os negros no mundo vão um pouco mais para trás, mais precisamente para o século 7, quando mercadores islâmicos no norte do deserto do Saara compravam mão de obra no sul do continente. Por isso, com a resistência dos índios nativos no Brasil, os portugueses e depois os grandes latifundiários brasileiros foram à África. Pesquisas apontam entre 3,5 e 5,5 milhões de negros trazidos de Gana, Angola, Congo e Moçambique em condições sub-humanas. Trazidos, vendidos e tratados como animais, a história da Pátria Mãe-Gentil nos mostra que aqueles povos desde que puseram os pés aqui foram torturados, mortos e estupradas (as mulheres). E, agora, mais de cem anos depois da Lei Áurea, ruas, escolas, empresas e campos de futebol, nos mostram ainda um longo caminho a ser percorrido para uma igualdade.
"A miscigenação dos negros com os brancos no Brasil começou com os estupros sofridos pelas mulheres negras de seus patrões brancos. Foi a partir dos filhos dessas relações, conhecidos como bastardos", lembra o psicólogo Wellington Albuquerque Filho. Essa relação patrão branco/empregado preto (termo usado pelo IBGE) perpetua-se quase 500 anos depois do primeiro navio negreiro baixar as velas por aqui.
"Tem a população branca com vida mais confortável, que pode comprar bens. E os lugares reservados paras as populações negras, com acesso aos serviços muito dificultado. Durante muito tempo se acreditou que o filho da faxineira vai ser faxineiro, o filho do barbeiro vai ser barbeiro. Dizer que não é sociedade de castas é um mascaramento dessa condição, pois é o que sentimos na prática", ressalta a bióloga e coordenadora de saúde da população negra da Prefeitura de Olinda, Conceição Silva.
A condição é tão desigual que chega a se manifestar até depois da morte. De acordo com Conceição, 60% dos doadores de órgãos ao Sistema Único de Saúde são negros e pardos. Mas quem é mais beneficiado? "Menos de 10% dessa população não acessa esses transplantes. Você doa o coração ao SUS mas não faz uso dele. Esse é um dado real", aponta.
O professor de história Wellington Lima aborda a mais ostensiva manifestação dessa desigualdade racial: a violência. "Quando a gente abre o mapa da violência, vê que quem mais morre é o negro jovem e de periferia. O extermínio da juventude negra mata mais que o tráfico", diz. As palavras dele ecoam no organizador do Mapa da Violência no Brasil, Júlio Jacobo Waiselfisz. Os números do último relatório, organizado em 2015, aponta que para cada homem branco assassinado no Brasil, morrem 2,5 negros.
"Aqui, como nas outras partes do mundo, racismo mata, seja diretamente via genocídio direto, como nos casos do nazismo, Bósnia, Ruanda, Armênia, seja indiretamente, pelas escassas condições de acesso à saúde, educação e renda. No Brasil temos ambas, periferias urbanas segregadas e esquadrões da morte que originam um verdadeiro genocídio da juventude negra do País", explica.
Quando a gente abre o mapa da violência, vê que quem mais morre é o negro jovem e de periferia. O extermínio da juventude negra mata mais que o tráfico.
Wellington Lima
O conselheiro do Fundo das Nações Unidas para Formas Contemporâneas de Escravidão e doutor em ciência política, Leonardo Sakamoto resume muito do que foi dito nos parágrafos anteriores ao lembrar da institucionalização do racismo no Brasil. E usa como exemplo quem tem o papel de proteger. "Os representantes das forças policiais fazem distinção e atiram mais em negros do que em brancos. As balas da polícia sabem muito bem diferenciar um e outro. É uma questão de pele (raça) e não de classe social. "
Cotas
Um dos instrumentos utilizados para amenizar essa desigualdade crônica foi a criação das cotas em instituições públicas de ensino e nos concursos. Necessárias, todos os personagens que aqui falaram concordam, mas apenas o primeiro degrau de uma escada que ainda está longe de chegar à fatia mais bem colocada da população. "Não é só ter acesso à educação, é às oportunidades também. O modelo do Estado brasileiro é de excluir a população negra. Diariamente sofremos opressão de quem deveria nos proteger", avalia o sociólogo Adeíldo Araújo.
Sakamoto vai na mesma linha de pensamento ao recobrar a história. A tese dele é que o Estado nunca ajudou, apenas libertou a população negra do jugo dos senhores de engenho e os colocou como uma classe menor e perigosa. "O Estado os empurra para que eles cumpram a profecia que, nós brancos, criamos para eles". Para ele, a cota é necessária, mas enquanto houver uma subrepresentação da população negra em todos os setores da sociedade. "A cota é importante para forçar a garantia de que a representação dessa população seja melhor distribuída. Há uma subrepresentação de negros no Congresso, entre as prefeituras e no comando dos estados, em todos os lugares. Mas como uma sociedade que não se vê como negra vai poder garantir esses direitos aos negros? Mas aí iriam bradar que isso é meritocracia. Mas, desculpa, a meritocracia no Brasil é hereditária. O Estado precisa compensar minimamente essa desigualdade, não que vá garantir sempre, mas que todos tenham um quinhão inicial e façam com ele o que quiserem", ressalta.
No parlamento, tem que ter cotas para negros, indígenas, asiáticos e descendentes de europeus. Tem que ser feito de acordo com o IBGE.
Adeíldo Araújo
Já Adeíldo pega o gancho da política para lembrar que apenas 5% do congresso brasileiro é formado por negros e pardos, quando 54% da população do País se declara destas raças. "No parlamento, tem que ter cotas para negros, indígenas, asiáticos e descendentes de europeus. Tem que ser feito de acordo com o IBGE. Assim se construiria uma democracia porque hoje, no Brasil, é o poder aquisitivo que faz chegar ao parlamento. "
Era digital e intolerante
Com a informação correndo cada vez mais rápido e atingindo um número muito maior de gente por causa das redes sociais, o racismo viu as duas faces da moeda aflorarem. Ao mesmo tempo que escancarou a intolerância de muitos, também serviu para outros se organizarem por mais direitos - ou não perderem o que já foi conquistado. Mostrou também que o preconceito está tão espalhado que não perdoa negros que pertencem às classes sociais mais abastadas: o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, a atriz Taís Araújo, o cantor Gilberto Gil e sua filha Preta Gil. Todos sofreram ataques racistas. "As redes sociais não tornaram o Brasil mais racista. Elas fizeram as pessoas se comunicarem melhor e determinados grupos da sociedade miram as redes sociais para descarregar discursos de ódio e intolerância", pontua Sakamoto.
O cientista político também acredita que esses discursos das redes começaram a ir às ruas com os protestos de junho de 2013. Para ele, naquele momento as pessoas foram chamadas para participar da discussão política e também deu brecha para grupos ultraconservadores bradarem seu ódio aos quatro ventos. "São grupos que defendem que os direitos de outros grupos sejam tolhidos. São grupos que defendem um discurso de ódio sob o argumento de liberdade de expressão. Isso é uma falácia porque você não pode usar um direito seu fundamental para tirar a existência de outr
Konstantinos - Uranus
sábado, 11 de março de 2017
Saques do FGTS atingem R$3,8 bi no 1º dia de pagamento de contas inativas
SÃO PAULO (Reuters) - Os saques do FGTS totalizaram 3,8 bilhões de reais no primeiro dia de pagamentos de contas inativas, na sexta-feira, para cerca de 3,3 milhões de pessoas, informou a Caixa Econômica Federal neste sábado.
Desse montante, 2 bilhões de reais foram pagos para cerca de 1,9 milhão de trabalhadores nascidos nos meses de janeiro e fevereiro e titulares de contas inativas do FGTS, em crédito em conta de clientes, segundo comunicado da Caixa.
Outros 1,8 bilhão de reais foram pagos para 1,4 milhão de pessoas para todos os motivos de saque. "A Caixa está processando tais pagamentos no sentido de segmentar quantos se referem à MP 763/16 (contas inativas)", informou o banco.
Nas agências, foram emitidas na sexta-feira 512 mil senhas de atendimentos a trabalhadores em busca de informações, acrescentou o banco.
O primeiro dia de pagamentos de contas inativas do FGTS foi marcado por filas antes mesmo da abertura antecipada -- a Caixa abriu as agências duas horas antes na sexta-feira -- e houve problemas técnicos.
Em estratégia para atender aos trabalhadores com direito a sacar as contas inativas do FGTS, a Caixa anunciou que abrirá 1.841 agências selecionadas em todo Brasil neste sábado.
O cronograma de saques segue até 1 de julho e vai de acordo com a data de nascimento dos trabalhadores. Em todo o Brasil, 4,8 milhões de beneficiários nascidos em janeiro e em fevereiro têm direito a retirar o dinheiro neste mês.
A Caixa prevê que os saques dos beneficiários nascidos nesses dois meses totalizem 6,96 bilhões de reais, 15,9 por cento do total disponibilizado.
(Por Tatiana Ramil, com reportagem adicional de César Raizer)
© Thomson Reuters 2017 All rights reserved.
Desse montante, 2 bilhões de reais foram pagos para cerca de 1,9 milhão de trabalhadores nascidos nos meses de janeiro e fevereiro e titulares de contas inativas do FGTS, em crédito em conta de clientes, segundo comunicado da Caixa.
Outros 1,8 bilhão de reais foram pagos para 1,4 milhão de pessoas para todos os motivos de saque. "A Caixa está processando tais pagamentos no sentido de segmentar quantos se referem à MP 763/16 (contas inativas)", informou o banco.
Nas agências, foram emitidas na sexta-feira 512 mil senhas de atendimentos a trabalhadores em busca de informações, acrescentou o banco.
O primeiro dia de pagamentos de contas inativas do FGTS foi marcado por filas antes mesmo da abertura antecipada -- a Caixa abriu as agências duas horas antes na sexta-feira -- e houve problemas técnicos.
Em estratégia para atender aos trabalhadores com direito a sacar as contas inativas do FGTS, a Caixa anunciou que abrirá 1.841 agências selecionadas em todo Brasil neste sábado.
O cronograma de saques segue até 1 de julho e vai de acordo com a data de nascimento dos trabalhadores. Em todo o Brasil, 4,8 milhões de beneficiários nascidos em janeiro e em fevereiro têm direito a retirar o dinheiro neste mês.
A Caixa prevê que os saques dos beneficiários nascidos nesses dois meses totalizem 6,96 bilhões de reais, 15,9 por cento do total disponibilizado.
(Por Tatiana Ramil, com reportagem adicional de César Raizer)
© Thomson Reuters 2017 All rights reserved.
segunda-feira, 6 de março de 2017
Governo admite negociar pontos da reforma da Previdência e prepara estratégia para diminuir resistências
Governo admite negociar pontos da reforma da Previdência e prepara estratégia para diminuir resistências
segunda-feira, 6 de março de 2017
Presidente Michel Temer
REUTERS/Ueslei Marcelino
Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O governo se prepara para começar a negociação da reforma da Previdência e o Palácio do Planalto já admite que tem espaço para negociar, desde que a conta final feche como espera a equipe econômica, disseram à Reuters fontes governistas.
A resistência a pontos polêmicos da reforma, mesmo dentro da base, levou o governo a chamar uma reunião com o próprio presidente Michel Temer e a cúpula do governo --incluindo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, da Secretaria Geral da Presidência, Moreira Franco, além dos líderes do governo-- para traçar uma estratégia de negociação.
"Tem três ou quatro pontos que serão fortemente questionados. O governo já admite que tem gordura para queimar, mas agora que vai começar a negociação de verdade", disse uma fonte palaciana.
A reunião no Alvorada, convocada pelo próprio Temer, vai tentar organizar a negociação para evitar que as resistências da base terminem por desfigurar a reforma.
Oficialmente, o discurso do governo continua sendo de que a proposta que está no Congresso é a que vale. "A estratégia é tentar manter a proposta como foi encaminhada. Vamos mapear as resistências e conversar para que os deputados possam votar com tranquilidade", disse o novo líder do governo no Congresso, André Moura.
O anúncio oficial de Moura no cargo foi feito no início da noite. O senador Romero Jucá (PMDB-RR), que ocupava a posição, será o novo líder do governo no Senado, no lugar de Aloysio Nunes Ferreira, novo ministro das Relações Exteriores.
Segundo Moura, começa nesta semana uma série de conversas dos técnicos do governo com partidos da base para "esclarecer" pontos da reforma.
As conversas começaram, no entanto, pelo próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o relator da reforma, deputado Arthur Maia. Depois de conversas com o ministro da Fazenda, os dois parlamentares saíram com discurso afinado em defesa da reforma como está, mesmo que o presidente da Câmara tivesse anteriormente afirmado que a reforma como está não passaria Outra estratégia será a de monitorar os pontos de descontentamento e os próprios descontentes para tentar negociar o que for possível para garantir uma vitória confortável, primeiro na comissão.
Presidente da comissão especial da Previdência, o peemedebista Carlos Marun (MS) admite que há resistências pontuais ao projeto e que podem ser feitas mudanças, mantendo a essência do projeto.
"Agora é o momento dos debates, quando estão se apresentando as diferenças. O principal vai ser preservado. A idade mínima vai ter. Agora se vai ser 65, 64, se vai ter diferença entre homens e mulheres, isso vai ter que se chegar a um acordo. A mesma coisa o tempo de contribuição", disse Marun. "O que se sabe é que vamos trabalhar mais e contribuir mais."
A idade mínima de 65 anos é um ponto considerado essencial para o governo, que não aceita, até agora, mudanças neste ponto.
segunda-feira, 6 de março de 2017
Presidente Michel Temer
REUTERS/Ueslei Marcelino
Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O governo se prepara para começar a negociação da reforma da Previdência e o Palácio do Planalto já admite que tem espaço para negociar, desde que a conta final feche como espera a equipe econômica, disseram à Reuters fontes governistas.
A resistência a pontos polêmicos da reforma, mesmo dentro da base, levou o governo a chamar uma reunião com o próprio presidente Michel Temer e a cúpula do governo --incluindo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, da Secretaria Geral da Presidência, Moreira Franco, além dos líderes do governo-- para traçar uma estratégia de negociação.
"Tem três ou quatro pontos que serão fortemente questionados. O governo já admite que tem gordura para queimar, mas agora que vai começar a negociação de verdade", disse uma fonte palaciana.
A reunião no Alvorada, convocada pelo próprio Temer, vai tentar organizar a negociação para evitar que as resistências da base terminem por desfigurar a reforma.
Oficialmente, o discurso do governo continua sendo de que a proposta que está no Congresso é a que vale. "A estratégia é tentar manter a proposta como foi encaminhada. Vamos mapear as resistências e conversar para que os deputados possam votar com tranquilidade", disse o novo líder do governo no Congresso, André Moura.
O anúncio oficial de Moura no cargo foi feito no início da noite. O senador Romero Jucá (PMDB-RR), que ocupava a posição, será o novo líder do governo no Senado, no lugar de Aloysio Nunes Ferreira, novo ministro das Relações Exteriores.
Segundo Moura, começa nesta semana uma série de conversas dos técnicos do governo com partidos da base para "esclarecer" pontos da reforma.
As conversas começaram, no entanto, pelo próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o relator da reforma, deputado Arthur Maia. Depois de conversas com o ministro da Fazenda, os dois parlamentares saíram com discurso afinado em defesa da reforma como está, mesmo que o presidente da Câmara tivesse anteriormente afirmado que a reforma como está não passaria Outra estratégia será a de monitorar os pontos de descontentamento e os próprios descontentes para tentar negociar o que for possível para garantir uma vitória confortável, primeiro na comissão.
Presidente da comissão especial da Previdência, o peemedebista Carlos Marun (MS) admite que há resistências pontuais ao projeto e que podem ser feitas mudanças, mantendo a essência do projeto.
"Agora é o momento dos debates, quando estão se apresentando as diferenças. O principal vai ser preservado. A idade mínima vai ter. Agora se vai ser 65, 64, se vai ter diferença entre homens e mulheres, isso vai ter que se chegar a um acordo. A mesma coisa o tempo de contribuição", disse Marun. "O que se sabe é que vamos trabalhar mais e contribuir mais."
A idade mínima de 65 anos é um ponto considerado essencial para o governo, que não aceita, até agora, mudanças neste ponto.
3 perguntas sobre a nova medida de Trump, que barra entrada de cidadãos de 6 países nos EUA
BBC
Carlos Barria/ Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma nova ordem executiva determinando a proibição da entrada de cidadãos de seis países de maioria muçulmana no território americano por 90 dias.
O Iraque acabou retirado da lista de nações que estavam na ordem original, barrada pela Justiça Federal dos EUA depois de gerar protestos e confusão em aeroportos - antes, eram sete os países afetados.
A medida, que inclui ainda a interrupção de 120 dias para a entrada de todos os refugiados, não vale para imigrantes que tenham vistos válidos para entrar nos EUA e entra em vigor a partir do próximo dia 16.
De acordo com o secretário de Estado, Rex Tillerson, a ordem serve para "eliminar vulnerabilidades que podem e serão exploradas por terroristas islâmicos radicais para fins destrutivos".
Segundo o procurador-geral (equivalente ao ministro da Justiça no Brasil), Jeff Sessions, dados do FBI, a polícia federal americana, afirmam que mais de 300 pessoas que entraram nos EUA como refugiados estão sendo investigadas por crimes potencialmente relacionados ao terrorismo.
"Como qualquer outra nação, os Estados Unidos têm o direito de controlar a entrada de pessoas no país e deixar de fora aqueles que podem nos causar danos", disse.
Entenda em três pontos:
1) O que muda com a nova ordem?
Cidadãos do Irã, Síria, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen - que estavam na lista original - serão mais uma vez sujeitos ao veto de entrada de 90 dias.
Apesar de a ordem deixar claro que os pedidos de refúgio já aprovados pelo Departamento de Estado serão mantidos e que os refugiados poderão entrar no país, a nova ordem limita a entrada de 50 mil pessoas nessas condições neste ano.
A nova diretriz também retira o veto aos refugiados sírios.
Pessoas que possuem o Green Card, o direito de residência permanente, não serão afetadas.
Segundo a agência de notícias Associated Press, ao contrário da ordem anterior, a nova diretriz não prioriza minorias religiosas.
Críticos do governo Trump argumentam que a ordem era inconstitucional porque demonstraria uma preferência a refugiados cristãos.
2) Quando o veto entra em vigor?
A nova ordem passa a vigorar em 16 de março.
O intervalo de dez dias até a efetividade pode ajudar a evitar algumas cenas caóticas, como as que ocorrem em aeroportos americanos no dia 27 de janeiro, quando a primeira ordem executiva foi anunciada, sem aviso prévio.
Alguns viajantes com vistos válidos estavam em aviões já preparados para desembarcar nos Estados Unidos quando a ordem foi divulgada - muitos foram barrados por oficiais da imigração na chegada ao país.
Na época, o presidente Trump defendeu a falta de aviso e afirmou no Twitter que "se o veto fosse anunciado com uma semana de antecedência, os 'maus' iriam correr para tentar entrar no país nesse intervalo".
3) A nova ordem será contestada na Justiça?
Sim. O procurador-geral do Estado de Nova York, Eric Schneiderman, afirmou nesta segunda-feira que sua equipe está pronta para contestar a nova ordem de Trump na Justiça.
"Embora a Casa Branca tenha feito mudanças no veto, a intenção de discriminar muçulmanos continua clara", afirmou.
"Meu escritório está analisando cuidadosamente a nova ordem executiva e está pronta para contestá-la judicialmente - de novo - para proteger as famílias, as instituições e a economia de Nova York."
O Comitê Árabe-Americano Antidiscriminação (ADC, na sigla em inglês), organização em defesa dos direitos civis, já começou a pedir doações para custear a iminente batalha legal em torno da medida do governo.
"Esse veto consiste em xenofobia e islamofobia", afirmou o grupo em uma nota enviada à BBC.
Carlos Barria/ Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma nova ordem executiva determinando a proibição da entrada de cidadãos de seis países de maioria muçulmana no território americano por 90 dias.
O Iraque acabou retirado da lista de nações que estavam na ordem original, barrada pela Justiça Federal dos EUA depois de gerar protestos e confusão em aeroportos - antes, eram sete os países afetados.
A medida, que inclui ainda a interrupção de 120 dias para a entrada de todos os refugiados, não vale para imigrantes que tenham vistos válidos para entrar nos EUA e entra em vigor a partir do próximo dia 16.
De acordo com o secretário de Estado, Rex Tillerson, a ordem serve para "eliminar vulnerabilidades que podem e serão exploradas por terroristas islâmicos radicais para fins destrutivos".
Segundo o procurador-geral (equivalente ao ministro da Justiça no Brasil), Jeff Sessions, dados do FBI, a polícia federal americana, afirmam que mais de 300 pessoas que entraram nos EUA como refugiados estão sendo investigadas por crimes potencialmente relacionados ao terrorismo.
"Como qualquer outra nação, os Estados Unidos têm o direito de controlar a entrada de pessoas no país e deixar de fora aqueles que podem nos causar danos", disse.
Entenda em três pontos:
1) O que muda com a nova ordem?
Cidadãos do Irã, Síria, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen - que estavam na lista original - serão mais uma vez sujeitos ao veto de entrada de 90 dias.
Apesar de a ordem deixar claro que os pedidos de refúgio já aprovados pelo Departamento de Estado serão mantidos e que os refugiados poderão entrar no país, a nova ordem limita a entrada de 50 mil pessoas nessas condições neste ano.
A nova diretriz também retira o veto aos refugiados sírios.
Pessoas que possuem o Green Card, o direito de residência permanente, não serão afetadas.
Segundo a agência de notícias Associated Press, ao contrário da ordem anterior, a nova diretriz não prioriza minorias religiosas.
Críticos do governo Trump argumentam que a ordem era inconstitucional porque demonstraria uma preferência a refugiados cristãos.
2) Quando o veto entra em vigor?
A nova ordem passa a vigorar em 16 de março.
O intervalo de dez dias até a efetividade pode ajudar a evitar algumas cenas caóticas, como as que ocorrem em aeroportos americanos no dia 27 de janeiro, quando a primeira ordem executiva foi anunciada, sem aviso prévio.
Alguns viajantes com vistos válidos estavam em aviões já preparados para desembarcar nos Estados Unidos quando a ordem foi divulgada - muitos foram barrados por oficiais da imigração na chegada ao país.
Na época, o presidente Trump defendeu a falta de aviso e afirmou no Twitter que "se o veto fosse anunciado com uma semana de antecedência, os 'maus' iriam correr para tentar entrar no país nesse intervalo".
3) A nova ordem será contestada na Justiça?
Sim. O procurador-geral do Estado de Nova York, Eric Schneiderman, afirmou nesta segunda-feira que sua equipe está pronta para contestar a nova ordem de Trump na Justiça.
"Embora a Casa Branca tenha feito mudanças no veto, a intenção de discriminar muçulmanos continua clara", afirmou.
"Meu escritório está analisando cuidadosamente a nova ordem executiva e está pronta para contestá-la judicialmente - de novo - para proteger as famílias, as instituições e a economia de Nova York."
O Comitê Árabe-Americano Antidiscriminação (ADC, na sigla em inglês), organização em defesa dos direitos civis, já começou a pedir doações para custear a iminente batalha legal em torno da medida do governo.
"Esse veto consiste em xenofobia e islamofobia", afirmou o grupo em uma nota enviada à BBC.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
Astrônomos encontram sete planetas do tamanho da Terra com possibilidade de vida
Astrônomos encontram sete planetas do tamanho da Terra com possibilidade de vida
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
Representação artística da possível superfície de TRAPPIST-1f, um dos sete novos planetas descobertos no sistema TRAPPIST-1
Por Irene Klotz
CABO CANAVERAL, Estados Unidos (Reuters) - Astrônomos encontraram um sistema solar próximo com sete planetas do tamanho da Terra, três dos quais circundam sua estrela-mãe à distância certa para haver água líquida na superfície, o que cria a perspectiva de vida, revelou um estudo publicado nesta quarta-feira.
A estrela, conhecida como TRAPPIST-1, é um corpo celeste pequeno e opaco da constelação de Aquário e se localiza a cerca de 40 anos-luz da Terra.
Pesquisadores disseram que a proximidade do sistema, combinada com o tamanho proporcionalmente grande de seus planetas em comparação com a pequena estrela, o tornam um bom alvo para estudos posteriores. Eles pretendem escanear as atmosferas dos planetas em busca de possíveis vestígios químicos de vida.
"Acho que demos um passo crucial para descobrir se existe vida lá fora", disse o astrônomo Amaury Triaud, da Universidade de Cambridge, aos repórteres em uma teleconferência na terça-feira.
A descoberta, publicada na edição desta semana do periódico científico Nature, avança uma pesquisa anterior que mostrou três planetas circundando a TRAPPIST-1. Eles estão entre os mais de 3.500 planetas descobertos fora do sistema solar, ou exoplanetas.
Os pesquisadores se dedicaram a encontrar planetas rochosos do tamanho da Terra com as temperaturas certas para que a água, se existir alguma, seja líquida, uma condição que se acredita ser necessária para a vida.
O diâmetro da TRAPPIST-1 é de cerca de 8 por cento do tamanho do sol, o que faz com que seus planetas pareçam grandes quando desfilam ao seu redor.
Do ponto de vista dos telescópios da Terra, os movimentos dos planetas bloqueiam regularmente parte da luz da estrela. Cientistas determinaram a arquitetura do sistema estudando estas oscilações. "Os dados são realmente claros e sem ambiguidade", escreveu Triaud em um email à Reuters.
Pelo fato de a TRAPPIST-1 ser tão pequena e fria, sua assim chamada "zona habitável" é muito próxima da estrela.
Três planetas estão posicionados adequadamente para conter água líquida, disse o pesquisador-chefe Michael Gillon, da Universidade de Liège, na Bélgica.
"Eles formam um sistema muito compacto", explicou Gillon em uma teleconferência. "Eles podem ter alguma água líquida, e talvez vida."
Mesmo que os planetas não tenham vida agora, ela pode se desenvolver. A TRAPPIST-1 tem ao menos 500 milhões de anos de idade, mas uma expectativa de vida de 10 trilhões de anos. O sol, em comparação, está aproximadamente na metade de seus estimados 10 bilhões de anos.
© Thomson Reuters 2017 All rights reserved.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
Representação artística da possível superfície de TRAPPIST-1f, um dos sete novos planetas descobertos no sistema TRAPPIST-1
Por Irene Klotz
CABO CANAVERAL, Estados Unidos (Reuters) - Astrônomos encontraram um sistema solar próximo com sete planetas do tamanho da Terra, três dos quais circundam sua estrela-mãe à distância certa para haver água líquida na superfície, o que cria a perspectiva de vida, revelou um estudo publicado nesta quarta-feira.
A estrela, conhecida como TRAPPIST-1, é um corpo celeste pequeno e opaco da constelação de Aquário e se localiza a cerca de 40 anos-luz da Terra.
Pesquisadores disseram que a proximidade do sistema, combinada com o tamanho proporcionalmente grande de seus planetas em comparação com a pequena estrela, o tornam um bom alvo para estudos posteriores. Eles pretendem escanear as atmosferas dos planetas em busca de possíveis vestígios químicos de vida.
"Acho que demos um passo crucial para descobrir se existe vida lá fora", disse o astrônomo Amaury Triaud, da Universidade de Cambridge, aos repórteres em uma teleconferência na terça-feira.
A descoberta, publicada na edição desta semana do periódico científico Nature, avança uma pesquisa anterior que mostrou três planetas circundando a TRAPPIST-1. Eles estão entre os mais de 3.500 planetas descobertos fora do sistema solar, ou exoplanetas.
Os pesquisadores se dedicaram a encontrar planetas rochosos do tamanho da Terra com as temperaturas certas para que a água, se existir alguma, seja líquida, uma condição que se acredita ser necessária para a vida.
O diâmetro da TRAPPIST-1 é de cerca de 8 por cento do tamanho do sol, o que faz com que seus planetas pareçam grandes quando desfilam ao seu redor.
Do ponto de vista dos telescópios da Terra, os movimentos dos planetas bloqueiam regularmente parte da luz da estrela. Cientistas determinaram a arquitetura do sistema estudando estas oscilações. "Os dados são realmente claros e sem ambiguidade", escreveu Triaud em um email à Reuters.
Pelo fato de a TRAPPIST-1 ser tão pequena e fria, sua assim chamada "zona habitável" é muito próxima da estrela.
Três planetas estão posicionados adequadamente para conter água líquida, disse o pesquisador-chefe Michael Gillon, da Universidade de Liège, na Bélgica.
"Eles formam um sistema muito compacto", explicou Gillon em uma teleconferência. "Eles podem ter alguma água líquida, e talvez vida."
Mesmo que os planetas não tenham vida agora, ela pode se desenvolver. A TRAPPIST-1 tem ao menos 500 milhões de anos de idade, mas uma expectativa de vida de 10 trilhões de anos. O sol, em comparação, está aproximadamente na metade de seus estimados 10 bilhões de anos.
© Thomson Reuters 2017 All rights reserved.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
Crise pode levar 3,6 milhões de brasileiros de volta à pobreza, diz estudo
Crise pode levar 3,6 milhões de brasileiros de volta à pobreza, diz estudo
Do UOL, em São Paulo
Pedro Ladeira/Folhapress
Até o fim do ano, 3,6 milhões de brasileiros podem voltar a viver abaixo da linha da pobreza, ou seja, com menos de R$ 140 por mês. Com isso, o Brasil teria 29,6 milhões de pessoas vivendo numa situação de pobreza extrema. As estimativas são de um estudo do Banco do Mundial.
Mesmo num cenário mais otimista, considerando que ocorra um pequeno crescimento da economia neste ano, o Banco Mundial estima que serão 2,5 milhões de brasileiros voltando a viver abaixo da linha da pobreza até o fim de 2017.
Esses "novos pobres", como intitula o estudo, viviam com mais de R$ 140 por mês em 2015, mas tiveram o padrão de vida reduzido por causa da crise econômica.
O aumento das taxas de pobreza deve acontecer principalmente em áreas urbanas, e menos em áreas rurais, onde já são altas, segundo o banco.
Bolsa Família
O Banco Mundial também analisou o impacto que isso teria no programa Bolsa Família.
No cenário mais pessimista, 1,16 milhões de novas famílias poderão se tornar dependentes do programa de transferência de renda do governo até o fim deste ano. Na simulação mais otimista, 810 mil famílias passariam a depender do benefício para viver.
Em 2016, o Bolsa Família tinha cerca de 14 milhões de famílias cadastradas, segundo o estudo (com base em dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome).
Metodologia
O Banco Mundial fez cálculos e simulações considerando dados oficiais do país, como inflação, desemprego e PIB (Produto Interno Bruto), para chegar às conclusões do estudo.
Do UOL, em São Paulo
Pedro Ladeira/Folhapress
Até o fim do ano, 3,6 milhões de brasileiros podem voltar a viver abaixo da linha da pobreza, ou seja, com menos de R$ 140 por mês. Com isso, o Brasil teria 29,6 milhões de pessoas vivendo numa situação de pobreza extrema. As estimativas são de um estudo do Banco do Mundial.
Mesmo num cenário mais otimista, considerando que ocorra um pequeno crescimento da economia neste ano, o Banco Mundial estima que serão 2,5 milhões de brasileiros voltando a viver abaixo da linha da pobreza até o fim de 2017.
Esses "novos pobres", como intitula o estudo, viviam com mais de R$ 140 por mês em 2015, mas tiveram o padrão de vida reduzido por causa da crise econômica.
O aumento das taxas de pobreza deve acontecer principalmente em áreas urbanas, e menos em áreas rurais, onde já são altas, segundo o banco.
Bolsa Família
O Banco Mundial também analisou o impacto que isso teria no programa Bolsa Família.
No cenário mais pessimista, 1,16 milhões de novas famílias poderão se tornar dependentes do programa de transferência de renda do governo até o fim deste ano. Na simulação mais otimista, 810 mil famílias passariam a depender do benefício para viver.
Em 2016, o Bolsa Família tinha cerca de 14 milhões de famílias cadastradas, segundo o estudo (com base em dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome).
Metodologia
O Banco Mundial fez cálculos e simulações considerando dados oficiais do país, como inflação, desemprego e PIB (Produto Interno Bruto), para chegar às conclusões do estudo.
domingo, 12 de fevereiro de 2017
My Everything (Anita Baker album)
My Everything é o sexto álbum de estúdio de Anita Baker, lançado em 7 de setembro de 2004. O álbum estreou em # 4 no Billboard US 200 vendendo 132.000 cópias em sua primeira semana. Em maio de 2005, o álbum vendeu 568.000 cópias nos EUA e foi certificado Gold pela RIAA. [4]
Foi o primeiro álbum de Baker para Blue Note Records e seu primeiro álbum de material novo em dez anos. Para seu álbum de retorno, Baker queria estar "no controle" de tudo, e mais uma vez se uniu com Barry J. Eastmond e George Duke. Kenneth "Babyface" Edmonds também contribuiu. A maioria das faixas foi cortada ao vivo (o que significa que a banda tocou enquanto Baker cantava).
Baker escreveu ou co-escreveu oito das dez faixas do álbum. A última faixa, "Men in My Life" foi escrita para seu marido e dois filhos.
Track listing[edit]
Todas as canções de Anita Baker and Barry J. Eastmond, exceto
"You're My Everything" (Baker, Eastmond, Esther Ridgeway, Gloria Ridgeway, Gracie Ridgeway) – 5:03
"How Could You" – 4:21
"In My Heart" – 5:06
"Serious" (Dawn Thomas) – 5:25
"How Does It Feel" – 4:42
"Like You Used to Do" (Baker, Eastmond, Babyface) – 5:11
"Close Your Eyes" – 4:42
"You're My Everything" (Revisited) – 1:12
"I Can't Sleep" (Baker, Jimmy Haslip, Russell Ferrante, Lori Perry, William Kennedy) – 5:08
"Men in My Life" (Baker) – 3:37
Executive Producer - Anita Baker; Produced by Barry J. Eastmon
domingo, 5 de fevereiro de 2017
Sem acordo, Fox corta sinal da Sky e pode deixar 5,2 milhões sem Walking Dead
DIVULGAÇÃO/AMC
Jeffrey Dean Morgan (à esq.) e Andrew Lincoln em cena de The Walking Dead: retorno dia 12 - Divulgação/AMC
DANIEL CASTRO e LUCIANO GUARALDO
A programadora Fox decidiu neste domingo tirar seus canais do catálogo da operadora de TV via satélite, a segunda maior do país. Com isso, os 5,2 milhões de assinantes da Sky poderão ficar sem a volta da temporada da série The Walking Dead, a mais vista do país, no próximo dia 12. O sinal dos canais da Fox na Sky foi cortado às 18h deste domingo (5), pegando de surpresa os telespectadores do clássico italiano Juventus x Inter, pela Fox Sports, que protestaram nas redes sociais.
As negociações pela renovação de contrato, no entanto, não foram encerradas. Uma nova rodada acontecerá nesta segunda. Com o corte do sinal, a Fox aumenta a pressão sobre a Sky. Além da renovação do contrato de seus canais básicos (Fox, FX, Fox Sports), a Fox quer a distribuição de um pacote premium, que acarretará aumento de custos para a operadora e/ou assinantes.
O impasse entre a Fox e a Sky já se arrasta há alguns meses: no dia 24 de janeiro, a programadora divulgou um comunicado em que lamentava não ter chegado a um acordo "depois de vários meses de negociações" e anunciava o fim da distribuição de seus canais pela operadora no dia 31. No fim do mês, um novo comunicado adiou a data definitiva para esta sexta-feira (3). Na sexta, a corte foi adiado novamente.
Mais que a negociação pela permanência de seus sete canais básicos (Fox, FX, NatGeo, NatGeo Wild, Fox Sports, Fox Sports 2 e Fox Life), sem contar as versões HD (alta definição), a briga entre a programadora e a operadora é pela inclusão no serviço do pacote premium da Fox, que conta com o Fox1 e o Fox Action, lançado no início do ano passado.
Os canais, porém, vêm com um preço extra, de R$ 24,90 por mês (R$ 14,90 nos primeiros 12 meses), para o assinante. No momento de crise financeira atravessado pelo país, com queda do número de assinantes, as operadoras não querem repassar o custo adicional para seus clientes. Para não perder os canais da Fox, as operadoras estão se vendo obrigadas a arcar com os custos adicionais dos canais premium, distribuído apenas nos pacotes mais caros.
A Sky não é a primeira "vítima" da pressão do grupo Fox: em fevereiro do ano passado, a programadora tirou seus canais da Oi, afetando mais de 1 milhão de assinantes. Voltou ao ar uma semana depois. Em julho, a briga foi com a Net e a Claro, que somam 10 milhões de clientes _na ocasião, o acordo foi feito antes de uma atitude mais drástica.
Para aumentar seu poder de persuasão, a Fox ainda incentivou seu público a bombardear as operadoras com mensagens solicitando a permanência dos canais nos pacotes. Em vídeo exibido na internet e nos intervalos da grade, a mensagem de possível saída da Sky surgia em tom de quase ameaça:
"Atenção assinantes da Sky. Lamentamos informar que não chegamos a um acordo com a sua operadora de TV por assinatura e a partir de 1º de fevereiro todos os canais da Fox vão sair do ar. Você escutou bem. Todos estes canais (Fox Sports, Fox Sports 2, FX, Fox, Fox Life, National Geographic, NatGeo Wild) vão desaparecer da sua televisão. Ligue para a central de atendimento ao assinante da Sky e diga 'quero a Fox'", sugeria a mensagem
Original: http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/mercado/sem-acordo-fox-corta-sinal-da-sky-e-pode-deixar-52-milhoes-sem-walking-dead-14045#ixzz4Xqgwoxoy
Asteroide de grandes dimensões passa perto da Terra neste domingo
Do UOL, em São Paulo*
Nasa
O Observatório Nacional informou que um asteroide de grandes dimensões passa perto da Terra neste domingo (5), mas que não há risco de colisão. O objeto, identificado como 2013FK, tem 94 metros de diâmetro e passará a uma distância, segura, de 2,7 milhões de quilômetros do planeta. Para se ter uma ideia, a Lua está a 384 mil km de distância e a Estação Espacial Internacional, a 400 km.
De acordo com o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, o monitoramento espacial é feito pelo Observatório Nacional por meio do projeto Impacton (Iniciativa de Mapeamento e Pesquisa de Asteroides nas Cercanias da Terra). No Brasil, ele é feito por um telescópio, com espelho de 1,5 metro, instalado no interior do Estado de Pernambuco.
No Observatório do Sertão de Itaparica, em Itacuruba (PE), são estudadas as propriedades físicas desses objetos.
O asteroide deste domingo não será o único a passar perto da Terra neste domingo. Pelo menos outros três também passarão perto de nosso planeta neste 5 de fevereiro. Dois deles mais perto do que o 2013FK, mas menores do que ele.
Mais asteroides durante o ano
Em 2017 são previstas mais de 65 aproximações com asteroides -- nenhuma oferece riscos à Terra.
No dia 12 de outubro, outro objeto, menor - com 19 metros de diâmetro - chegará ainda mais perto: 38.400 quilômetros da superfície do planeta. O valor equivale a um décimo da distância entre o nosso planeta e a Lua. Mesmo assim, não há risco de colisão.
Antes deste, em 23 de setembro, outro objeto, de 11 metros de diâmetro, se deslocará próximo à Terra, a uma distância de cerca de 153 mil quilômetros. Até o momento, são os dois únicos identificados que estarão numa distância inferior a entre a Terra e a Lua.
Com o equipamento, os pesquisadores conseguem estudar as propriedades físicas dos asteroides. "A depender do seu brilho, tamanho e distância, um objeto pode ser visto da Terra até mesmo com o uso de binóculos", diz nota do ministério. (Com Agências)
Receba notícias pelo Facebook Messenger
Quer receber as principais notícias do dia de graça pelo Facebook Messenger? Clique aqui e siga as instruções.
sábado, 4 de fevereiro de 2017
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017
Gestora Janieide Roldao da Escola Isaura de França em Caetés I inova ao iniciar o ano letivo 2017
A gestora Janieide Roldao da Escola Isaura de França em Caetés I inova ao iníciar o ano letivo 2017 ao apresentar sua capacitação Acolhida do professor voltada para a motivação profissional com a presença de todos os funcionários da instituição. Na capacitação foi apresentada uma palestra na própria instituição que contou com grandes questionamentos dos participantes apresentando perspectivas e metas para o início do ano letivo. A proposta apresentada pela gestora Janieide foi mostrar a importância de cada profissional dentro da instituição.
A culminância do grande evento que aconteceu no dia 01/02/17 acabou com um belo lanche contando com a presença de todos. Gestão com inovação tem que haver acolhimento e muito diálogo é uma meta primordial da gestora Janieide Roldao. Professor Alarcon
Reis gays: A monarquia no armário Como grandes líderes driblavam a repressão
Reis gays: A monarquia no armário
Como grandes líderes driblavam a repressão
Texto: Mauro Tracco
A coroa concedia o privilégio de não ser perseguido | <i>Crédito: Wikimedia Commons
A coroa concedia o privilégio de não ser perseguido | Crédito: Wikimedia Commons
Os moralistas da Idade Moderna definiram uma hierarquia para os pecados relacionados à luxúria. Do menos grave ao mais nefasto, a ordem era a seguinte: simples fornicação, prostituição, estupro, adultério, incesto, sacrilégio com um sacerdote, sacrilégio com uma monja e, por último, o pecado que mais ofendia a Deus, a sodomia.
Era o pecado contra natura, ato sexual que não tinha como único fim a procriação, considerado uma afronta direta ao Criador. Apesar disso, muitos dos monarcas que governaram amparados pelo Direito Divino não se adequavam aos papeis sexuais exigidos pela religião e sociedade. Para o historiador Miguel Cabañas Agrela, autor do livro Reyes Sodomitas, além de casos notórios, como o de Jaime I da Inglaterra, existem vários documentos que sugerem que figuras como o francês Luís XIII e Frederico II, da Prússia também tiveram amores masculinos.
O Renascimento recuperou referências culturais e artísticas da antiguidade clássica. Isso não incluiu a tolerância deles ao amor entre o mesmo gênero. Paradoxalmente, “a Idade Moderna foi o período da história ocidental em que a sexualidade em geral, e a homossexualidade em particular, foram mais perseguidas pela Igreja e pelo Estado”, afirma Cabañas. Na Idade Média o “pecado impronunciável” já era considerado um vício atroz, mas as leis para punir quem desafiasse a suposta ordem natural das coisas foram criadas só na Idade Moderna, quando a sodomia passou a ser um crime contra o Estado. Assim como aconteceu com as bruxas, o castigo era a fogueira, para purificar o que era tido como maligno.
http://aventurasnahistoria.uol.com.br/
Os reis, porém, tinham suas prerrogativas. Em tempos de absolutismo, quem teria poder para puni-los? Quem teria coragem de acusá-los? “Nenhum tribunal ousaria comprometer um rei por questões referentes à sua vida privada. Não faltavam fofocas, mas as acusações eram feitas na esfera privada”, diz Cabañas.
Outra razão porque ninguém denunciava os reis é porque um monarca gay podia ser uma oportunidade. Em uma sociedade de corte, criar vínculos com figuras do alto escalão era a principal estratégia de ascensão. E contar com o afeto do rei era como ganhar na loteria. Alguns soberanos adotaram essa política de promoção sem disfarçar o favorecimento a cortesãos jovens.
O historiador Matt Cook, da Universidade de Londres, ressalta que nessa época não existia o conceito de homossexualidade, que só surgiu no século 19. “Durante a Renascença, muitos homens faziam sexo entre si, sem que isso fosse visto como sinal de identidade diferenciada ou de uma subcultura. A maioria mantinha relações íntimas também com mulheres.”
Independentemente do que acontecia entre as paredes dos aposentos reais, quase todos os monarcas foram à luta e honraram sua principal obrigação em vida: casar e gerar descendência.
Dentro do armário real
Conheça oito dos mais famosos monarcas gays
1. Cristina da Suécia (1626-1689)
O traço mais marcante da soberana foi a necessidade insaciável em ser diferente. Suas peculiaridades sexuais faziam parte desse afã em se distinguir dos demais. Culta e inquisitiva, Cristina usava roupas masculinas e nunca quis se casar para não estar sujeita a nenhum homem. Entre os muitos casos que teve estão um cardeal e uma bela cortesã chamada Ebba Sparre.
2. Luis XIII da França (1601-1643)
Não existem provas definitivas da preferência sexual de Luis XIII, que aparentava mais ser assexuado do que homossexual. Apesar de sua indiscutível retidão moral, era tímido e inseguro. Essa falta de confiança o levava a buscar refúgio na companhia de homens com personalidade forte. Ciente disso, o cardeal Richelieu tratou de arranjar amizades masculinas que mantivessem o rei distraído enquanto ele tomava as rédeas do governo francês.
3. Frederico II da Prússia (1712-1786)
O rude Frederico Guilherme I se empenhou em transformar seu filho em um líder viril. Mas os soldados designados para ensinar o herdeiro acabaram tornando-se amigos muito mais próximos do que gostaria o pai. Em tempos de paz, Frederico II quase não saía do Templo da Amizade, palácio frequentado exclusivamente por homens. Exemplo de déspota esclarecido, aboliu a pena de morte para delitos de sodomia.
4. Papa Júlio III (1487-1555)
Escandalizou o mundo católico ao nomear cardeal o seu cuidador de macacos, um jovem de 17 anos. Segundo relatos, a total falta de vocação sacerdotal do garoto contrastava com seus óbvios atributos físicos. A nomeação foi a forma encontrada por Júlio III para justificar a presença de seu favorito dentro dos muros sagrados do Vaticano. As más línguas chamavam o jovem cardeal de “o macaco do papa”.
5. Jaime I da Inglaterra (1566-1625)
Quase nenhum historiador discute a homossexualidade de Jaime I. Aos 13 anos, teve um romance com seu tio, 24 anos mais velho. Idoso, preferia a companhia de rapazes. Foi visto em público aos beijos e abraços com outros homens e sobrepôs seus sentimentos aos interesses do reino.
6. Henrique III de Valois (1551-1589)
Entrou para a história como o “rei dos mignons”, como era conhecido o bando de atraentes jovens que estavam sempre ao seu lado. Fez questão de desenhar o vestido e de pentear sua noiva no dia das bodas. Era entusiasta do transformismo e sua corte ficou conhecida como a mais refinada e libertina da Europa.
8. Guilherme III da Inglaterra (1650-1702)
Criado pela avó, Guilherme de Orange teve ao longo da vida companheiros inseparáveis. Desde a adolescência, manteve uma relação especial com o nobre holandês Hans Bentinck. A amizade de 30 anos foi traída quando Guilherme fez do jovem Arnold van Keppel, de 18 anos, seu novo favorito. A revolta de Bentinck foi tão evidente que os fofoqueiros da corte não tardaram em apelidá-lo de “velho cornudo”.
http://aventurasnahistoria.uol.com.br/
Assinar:
Postagens (Atom)