Konstantinos - Uranus

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

DIVAS DOS ANOS 70 DONNA SUMMER





Donna Summer


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Donna Summer, nome artístico de LaDonna Adrian Gaines (Boston, 31 de dezembro de 1948Naples, 17 de maio de 2012), foi uma cantora norte-americana conhecida por suas gravações em estilo disco dos anos 70 e posteriormente dance-music nos anos 80, 90 e 2000´s. Recebeu o título de Rainha da Disco. Com 37 anos de carreira, estima-se que tenha vendido mais de 130 milhões de discos. Foi a primeira artista a ter três álbuns duplos consecutivos a atingir o primeiro lugar nas paradas da Billboard nos Estados Unidos. Também teve quatro singles que atingiram o número 1 nos Estados Unidos num período de 13 meses.






Biografia


Summer foi um caso raro na cena disco', pois sua carreira iniciou-se antes da "explosão" daquele estilo, e continuou após aquela fase. Apesar de ela ser uma das mais conhecidas artistas da "Era Disco'", seu repertório incluiu diversos gêneros, incluindo "rhythm'n blues" e rock, tendo ganho prêmios "Grammy" nestas categorias. Seu trabalho ainda é aplaudido pela crítica e ela permanece como uma das poucas artistas da Era Disco' ainda aceitas pela crítica atual.


Nascida numa família cristã devota em Boston, Massachusetts, Summer se envolveu com a música cantando nos corais da igreja, envolvendo-se posteriormente com bandas influenciadas pela Motown Sound. Levada pela contracultura dos anos 60, tornou-se a cantora de uma banda chamada Crow e mudou-se para New York.


 





Trecho de "Love to Love You Baby": o primeiro sucesso internacional de Donna Summer. Beyoncé interpretou um trecho em Naughty Girl.


Após mudar-se para Munique, Alemanha, Summer casou-se com Helmut Sommer ("Summer" é uma anglicização do nome "Sommer") e trabalhou em vários musicais e teatros como na versão alemã do musical "Hair". Em 1971, lançou a música "Sally Go 'Round the Roses", seu primeiro trabalho solo, sem sucesso. Após conhecer Giorgio Moroder e Pete Bellotte, lançou seu primeiro LP, Lady of the Night em 1975, com algum sucesso na Europa. Sua música Love to Love You Baby foi um grande "hit" no continente. A gravadora Casablanca Records começou a distribuir o álbum nos Estados Unidos, tornando-a uma sensação por lá também. Em seguida surgiu uma versão de 17 minutos de Love to Love You Baby aclamada pela crítica, e que estabeleceu um padrão hoje conhecido por "extended mix": versões extensas voltadas para pistas de dança.


 





Trecho de "I Feel Love": influenciou o desenvolvimento da "disco' music" e do techno.


Continuando a trabalhar com Moroder and Bellotte, surgiu o disco A Love Trilogy em 1976 e, no mesmo ano, o álbum conceitual Seasons of Love. O trabalho seguinte, I Remember Yesterday (de 1977) incluía o sucesso "I Feel Love", a primeira música de sucesso com acompanhamento inteiramente feito por sintetizador. Esta música, de enorme sucesso, influenciou o desenvolvimento da "disco' music" e do techno, graças às inovações introduzidas por Moroder.


Once Upon a Time foi lançada pouco depois de I Remember Yesterday; foi novamente uma produção conceitual, tendo como tema o conto de fadas Cinderela. Depois de atuar (e ganhar um Grammy pela trilha sonora) na comédia Thank God It's Friday ("Até que enfim é sexta-feira"), Summer lançou um álbum ao vivo, Live and More com outro enorme sucesso: MacArthur Park. Seu talento como compositora apareceu em Bad Girls (1979), e também em "Hot Stuff", ganhadora de outro Grammy. A música On the Radio, também de 1979, chegou a n-o 1 nas paradas americanas. Neste ano, gravou também um dueto com Barbra Streisand na música Enough is Enough (No More Tears).


Em 1978, Summer estrelou o filme disco Thank God It's Friday e a música que interpretou nessa película, Last Dance, conquistou o OscarHYPERLINK \l "cite_note-1"[1] e o Globo de OuroHYPERLINK \l "cite_note-2"[2] de melhor canção no ano seguinte.


Summer então decidiu deixar a gravadora Casablanca Records e assinar com a Geffen Records. Seu primeiro álbum pela Geffen foi The Wanderer, de 1980, que incluía influências do R&B e do rock. O álbum seguinte, I'm a Rainbow, só foi lançado em 1996 pois a Geffen não acreditava que fosse bom. Ao invés disso, a Geffen fez com que Donna Summer deixasse Moroder e Bellotte, seus compositores de longa data, e tivesse como produtor Quincy Jones, no álbum seguinte, "Donna Summer", o qual teve os sucessos "Love is in Control (Finger on the Trigger)" e a balada " The Woman in Me". Teve ainda a música de Vangelis chamada "State of Independence" com estilo New Age.





Trecho de "Breakaway": a canção não teve tanta repercussão mundial, mas é bastante conhecida nos países latinos, em especial no Brasil.


Em 1983, como parte do acordo judicial assinado com a Casablanca Records, Summer lançou o álbum She Works Hard for the Money, com produção de Michael Omartian. O que deveria ser apenas uma obrigação, transformou-se num estrondoso sucesso. Além da canção-título, outro grande hit foi "Unconditional Love". De volta à Geffen, seus trabalhados posteriores ("Cats Without Claws" e "All Systems Go") não foram tão bem recebidos pelo público, apesar de aclamados pela crítica.


 





Trecho de "Carry On": foi a primeira vencedora da categoria do Grammy Awards criada em 1998, Best Dance Recording.


Em relativo ostracismo, Donna Summer voltaria ao posto de diva da dance music através do álbum Another Place and Time, sob produção dos "hitmakers" ingleses Stock, Aitken e Waterman, mentores de artistas como Rick Astley e Kylie Minogue. Faixas como "This Time I Know It's For Real", "Love's About To Change My Heart" e "I Don't Wanna Get Hurt" ganharam as paradas de sucesso internacional. Curiosamente, no Brasil, a canção "Breakaway" tornou-se um grande sucesso, talvez um dos maiores da cantora no país, mas apenas 3 anos depois, em 1992, com a primeira visita da cantora para uma turnê.


Em 1991, foi lançado Mistaken Identity, fortemente influenciado pelo estilo r&b e que obteve pouca repercussão. Apenas em 2008, Donna Summer lançaria um novo disco apenas de canções inéditas, intitulado Crayons. Nesse intervalo, a cantora permanceu ativa, lançando vários singles decorrentes de participações em trilhas sonoras, coletâneas e projetos especiais ("Carry On", "Melody Of Love", "Whenever There Is Love", "The Power Of One", "I Will Go With You"). Além disso, em 1996, participou do álbum "Gently", de Liza Minnelli, no dueto "Does He Love You".


Morreu em 17 maio de 2012, em Manasota Key, em Englewood, na Flórida, vítima de câncer de pulmão. Segundo relatos de jornais do dia 18/05/2012 às 07:00 da manhã, Donna Summer foi diagnosticada com câncer de pulmão havia apenas 2 meses e apenas seu marido e suas três filhas sabiam da doença. Diagnosticada, Summer morreu após uma batalha contra a doença. Ela foi posteriormente chamada de "indiscutível rainha do boom Disco dos anos 70" e uma das cantoras femininas mais influentes do mundo. Seu trabalho com Moroder na canção "I Feel Love" foi descrito como "o começo da música eletrônica dance" pelo próprio Moroder.[3] [4] Foi sepultada no Harpeth Hills Memory Gardens Cemetery, Nashville, Tennessee no Estados Unidos.[5]






Discografia


1974 Lady of the Night (Países Baixos/Bélgica/Alemanha)[6]
1975 Love to Love You Baby (No. 8 EUA, No. 11 R.U.)
1976 A Love Trilogy (No. 18 EUA, No. 26 R.U.)
1976 Four Seasons of Love (No. 22 EUA)
1977 I Remember Yesterday (No. 9 EUA, No. 1 R.U.)
1977 Once Upon a Time (No. 16 EUA, No. 18 R.U.)
1978 Live and More (No. 1 EUA, No. 7 R.U.)
1979 Bad Girls (No. 1 EUA, No. 5 R.U.)
1980 The Wanderer (No. 4 EUA, No. 25 R.U.)
1982 Donna Summer (No. 10 EUA, No. 13 R.U.)
1983 She Works Hard for the Money (No. 3 EUA, No. 10 R.U.)
1984 Cats Without Claws (No. 24 EUA, No. 30 R.U.)
1987 All Systems Go (No. 20 EUA)
1989 Another Place and Time (No. 2 EUA, No. 4 R.U.)
1991 Mistaken Identity (No. 72 EUA, No. 50 R.U.)
1994 Christmas Spirit
2008 Crayons (No. 17 EUA)






Compilações


1978 Greatest Hits (No. 4 R.U.)
1979 Greatest Hits On the Radio Vol. I & II (No. 1 EUA, No. 24 R.U.)
1980 Walk Away: Collector's Edition (No. 29 EUA)
1985 The Summer Collection
1987 The Dance Collection
1990 The Best of Donna Summer (No. 12 R.U.)
1993 The Donna Summer Anthology
1994 Endless Summer (No. 37 R.U.)
1998 Greatest Hits
2003 The Journey: The Very Best of Donna Summer (No. 111 EUA, No. 6 R.U.)
2005 Gold





Singles


1971 Sally Go 'Round the Roses
1974 Denver Dream
1974 The Hostage
1974 Lady of The Night
1975 Love to Love You Baby (No. 2 EUA, No. 4 R.U., No. 1 EUA Dance)
1976 Could It Be Magic (No. 28 EUA, No. 40 R.U., No. 1 EUA Dance)
1976 Try Me, I Know We Can Make It (No. 32 EUA, No. 1 EUA Disco)
1976 Wasted/Come With Me (No. 1 EUA Disco)
1976 Spring Affair (No. 26 EUA, No. 1 EUA Disco)
1976 Winter Melody (No. 16 EUA, No. 27 R.U.)
1977 Down Deep Inside (Tema de The Deep) (No. 18 EUA, No. 5 R.U., No. 3 EUA Dance)
1977 I Remember Yesterday (No. 14 UK, No. 1 EUA Dance)
1977 Can't We Just Sit Down (No. 20 EUA)
1977 I Feel Love (No. 6 EUA, No. 1 R.U., No. 1 EUA Dance)
1977 Love's Unkind (No. 3 R.U., No. 1 EUA Disco)
1977 Once Upon a Time (No. 1 EUA Disco)
1977 I Love You (No. 20 EUA, No. 10 R.U.)
1978 Back In Love Again (No. 29 R.U.)
1978 Last Dance (No. 4 EUA, No. 51 R.U., No. 1 EUA Dance)
1978 MacArthur Park (No. 1 EUA, No. 5 R.U., No. 1 EUA Dance)
1978 Rumour Has It (No. 32 EUA, No. 19 EUA)
1979 Bad Girls (No. 1 EUA, No. 11 R.U., No. 1 EUA Dance)
1979 Dim All the Lights (No. 2 EUA, No. 29 R.U., No. 54 EUA Dance)
1979 Sunset People (No. 46 R.U.)
1979 No More Tears(Enough Is Enough) (com Barbra Streisand) (No. 1 EUA, No. 3 R.U., No. 1 EUA Dance)
1979 Heaven Knows (No. 4 EUA, No. 34 R.U., No. 1 EUA Dance)
1979 Hot Stuff (No. 1 EUA, No. 11 R.U., No. 1 EUA Dance)
1980 On the Radio (No. 3 EUA, No. 32 R.U., No. 8 EUA Dance)
1980 Walk Away (No. 21 EUA)
1980 The Wanderer (No. 3 EUA, No. 48 R.U., No. 8 EUA Dance)
1981 Cold Love (No. 31 EUA, No. 44 R.U.)
1981 Who Do You Think You're Foolin' (No. 40 EUA)
1982 Love Is In Control (Finger On the Trigger) (No. 10 EUA, No. 18 R.U., No. 3 EUA Dance)
1982 State of Independence (No. 19 EUA, No. 14 R.U.)
1982 I Feel Love (remix) (No. 21 R.U.)
1983 She Works Hard For the Money (No. 3 EUA, No. 25 R.U., No. 3 EUA Dance)
1983 Unconditional Love (No. 41 EUA, No. 14 R.U.)
1983 The Woman In Me (No. 33 EUA, No. 62 R.U.)
1984 Love Has a Mind of Its Own (No. 70 R.U.)
1984 Supernatural Love (No. 75 EUA, No. 12 EUA Dance)
1984 There Goes My Baby (No. 21 EUA)
1987 Dinner with Gershwin (No. 48 EUA, No. 13 R.U., No. 1 EUA Dance)
1988 All Systems Go (No. 54 R.U.)
1989 Breakaway (No. 49 R.U., No. 31 EUA Hot Dance)
1989 Love's About Change My Heart (No. 24 EUA, No. 20 R.U., No. 3 EUA Dance)
1989 When Love Takes Over You (No. 72 UK)
1989 This Time I Know It's For Real (No. 7 US, No. 3 UK, No. 1 EUA Dance)
1989 I Don't Wanna Get Hurt (No. 7 R.U.)
1991 When Love Cries (No.77 EUA)
1991 Work That Magic (No. 74 R.U.)
1994 Melody of Love (No. 1 EUA Hot Dance, No. 21 R.U.)
1994 Any Way At All
1995 I Feel Love (remix) (No. 8 R.U., No. 9 EUA Dance)
1996 State Of Independence (remix) (No. 13 R.U.)
1997 Carry On (No. 65 R.U., No. 25 EUA Hot Dance)
1999 I Will Go With You (No. 79 EUA, No. 44 R.U., No. 1 EUA Dance)
1999 Love Is the Healer (No. 1 EUA Hot Dance)
2000 The Power of One (No. 2 EUA Hot Dance)
2004 Dream-A-Lot's Theme (No. 20 EUA Hot Dance)
2004 You're So Beautiful (Ultimate Mix) (No. 5 EUA Hot Dance)
2005 I Got Your Love (No. 4 EUA Hot Dance)
2008 I'm a Fire (No. 1 EUA Hot Dance)
2008 Stamp Your Feet (No. 1 EUA Hot Dance)
2009 Fame (The Game) (No. 1 EUA Hot Dance)
2010 To Paris with Love (No. 1 EUA Hot Dance)


quinta-feira, 29 de setembro de 2016

DIVAS DOS ANOS 70 SONIA BRAGA









                                                                      
                 

SÔNIA BRAGA

Biografia

Sônia Braga é sinônimo de mulher brasileira. Morena, sedutora e fatal, é uma das atrizes mais queridas do país, e uma das que mais sucesso fazem no exterior.

Paranaense nascida em Maringá, a data de seu nascimento exato é um mistério. Certas fontes dizem que ela nasceu no dia 8 de Junho de 1950, outras, dia 16 de Junho de 1950. Ajudando sua mãe, Zezé, na infância (o pai morreu quando ela era criança), em uma padaria no Belenzinho, bairro de São Paulo, teve uma infância difícil.

Braga fez sua primeira atuação em ‘’O Bandido da Luz Vermelha’’de 1968, dirigido por Rogério Sganzerla. Atuou nua na produção nacional da peça ‘’Hair’’. Só entrou no elenco por insistência do produtor Altair Lima, o diretor Ademar Guerra não a queria. Participou de alguns filmes menores e de novelas, como ‘’Irmãos Coragem’’ e ‘’Selva de Pedra’’.

Mas o sucesso veio mesmo com o papel principal de ‘’Gabriela’’, 1975, novela de extremo sucesso da Rede Globo baseada na obra de Jorge Amado. Bronzeada e com uma sexualidade marcante, Sônia Braga virou a mulher mais desejada do Brasil.

Participou de mais algumas novelas antes de estrelar ‘’Dona Flor e Seus Dois Maridos’’, 1978, e entrar definitivamente para a história do cinema nacional. Braga e o texto de Jorge Amado parecem se completar com perfeição. Dirigido por Bruno Barreto e com Mauro Mendonça e José Wilker no elenco, o filme foi um sucesso de crítica e público. Foi a maior bilheteria da época e permanece até hoje como uma das produções nacionais mais rentáveis. Musa absoluta no Brasil começava a chamar a atenção também nos EUA.

Seguiu-se ‘’A Dama do Lotação’’, 1978, roteiro de Nelson Rodrigues, em que interpretou a problemática Maria, uma atrevida ninfomaníaca e ‘’Eu te Amo’’, 1981, dirigido por Arnaldo Jabor, que garantiu a Braga o prêmio de melhor atriz em Gramado.

Não se dá bem com ‘’Gabriela’’, 1983. Dirigido novamente por Barreto, a parceria de Sônia Braga com Marcello Mastroianni foi extremamente criticada.

Dois anos depois, em ‘’O Beijo da Mulher Aranha’’, o reconhecimento internacional chega forte. Produção brasileira e americana que mistura atores de ambas as nacionalidades no elenco, foi indicado ao Oscar de Melhor Filme. Braga foi indicada ao Globo de Ouro de Melhor Atriz e atinge o auge da popularidade. Era hora de partir para o mundo.

Braga se muda para os EUA e faz alguns filmes bem interessantes, como ‘’Luar Sobre Parador’’, 1988, comédia com Richard Dreyfuss, ‘’Rebelião em Milagro’’, 1988, drama dirigido por Robert Redford (com quem teve um caso), ‘’Rookie – Um Profissional do Perigo’’, 1990, policial dirigido e estrelado por Clint Eastwood (com quem também teve um caso). Nos EUA, participa também da série ‘’Bill Cosby Show’’, durante o auge do comediante.

Depois de ‘’Rookie’’, Braga passa por um período fraco em sua carreira. Dois filmes se destacam, ‘’A Última Prostituta’’, 1991, drama interessante e ‘’Amazônia em Chamas’’, 1994, filme biográfico feito para a TV que conta a história de Chico Mendes.

Volta para o Brasil em 1996, junto do namorado, o jazzman Pat Metheny, e ataca com a mesma fórmula que a tornou famosa: Jorge Amado. Em ‘’Tieta do Agreste’’, 1996, dirigido por Cacá Diegues, Braga interpreta a ovelha negra da família que volta rica para a cidadezinha de onde foi expulsa.

Desde então tem feito participações pequenas em filmes e novelas de pouca importância. Filmou alguns capítulos da novela global ''Força de Um Desejo'', 1999, e voltou para os EUA. Sônia parece até desaparecer aos poucos. Fez uma pequena participação em ''From Dusk Till Dawn 3'', 2000, sequência de filme trash sem sal. Mas o povo brasileiro, que tanto acompanha, gosta e conhece Sônia Braga, sabe que a energia desta mulher de 50 anos, que tanto nos surpreendeu, não deu o que tinha que dar.

Prêmios de Sônia Braga

Emmy

1995

Indicada ao prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante pelo filme de TV ‘’Amazônia em Chamas’’

Globo de Ouro

1995

Indicada ao Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante por filmes de TV ou minissérie por ‘’Amazônia em Chamas’’

1989

Indicada ao Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante pelo filme ‘’Luar Sobre Parador’’

1986

Indicada ao Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante pelo filme ‘’O Beijo da Mulher Aranha’’

 




Distribuidora americana fará campanha por Sonia Braga e "Aquarius" no Oscar




Carlos Helí de Almeida

Colaboração para o UOL, em Brasília

Esnobado pela comissão do Ministério da Cultura que escolheu o candidato brasileiro ao Oscar de melhor filme estrangeiro, "Aquarius", de Kleber Mendonça Filho, vai fazer campanha para concorrer em outras categorias do prêmio da Academia. Quem está por trás da estratégia, que terá a atriz Sonia Braga como principal trunfo, é o americano David Shultz, diretor da Vitagraph Films, a companhia encarregada de distribuir o longa-metragem nos Estados Unidos, onde ele estreia no dia 14 de outubro, depois de ser exibido no Festival de Nova York.

"O que posso dizer sobre o filme do Kleber nesse ponto é que ele representa o zeitgeist (espírito da época) do momento em que vivemos. Ele fala sobre o que está acontecendo no Brasil, mas também em todo o mundo, inclusive nos Estados Unidos", diz Shultz, explicando o alcance internacional da história de "Aquarius", sobre uma escritora e jornalista aposentada que luta sozinha contra o assédio de uma empreiteira que planeja derrubar o prédio onde ela mora para construir um arranha-céu.

"O americano, mais do que ninguém, conhece histórias de pessoas que perderam seus imóveis para empresários gananciosos. E um deles está concorrendo à presidência dos Estados Unidos, não é?", ironiza o executivo, referindo-se ao magnata Donald Trump, o postulante republicano à Casa Branca. "É importante que as pessoas lembrem de seu passado, e do que pode acontecer com suas crianças".



Polêmica


Um das produções brasileiras mais elogiadas dos últimos tempos, "Aquarius" saiu elogiado do Festival de Cannes, e rapidamente se tornou o favorito para representar o Brasil no Oscar. Mas foi preterido em nome de "Pequeno Segredo", de David Schurmann, depois de um processo polêmico, envolvendo um dos integrantes da comissão de seleção, o comentarista de cinema Marcos Petrucelli, que havia feito críticas nas redes sociais ao protesto da equipe do filme contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff em Cannes.

Ato contínuo, diretores de outros concorrentes à vaga, como Gabriel Mascaro, de "Boi Neon", e Anna Muylaert, de "Mãe Só Há uma", retiraram suas candidaturas em solidariedade a "Aquarius", e em protesto contra a parcialidade e contra como o que identificaram como tentativa de sabotar o filme.

"O engraçado é que ontem conversei com David Weisman, produtor de "O Beijo da Mulher-Aranha" (Hector Babenco, 1985), um dos filmes brasileiros mais conhecidos aqui nos Estados Unidos, e ele considera 'Aquarius' é um filme especial, e que se há alguém querendo barrá-lo, isso só o tornará mais especial no coração das pessoas que o assistirem", diz o distribuidor americano.

Coprodução com os Estados Unidos, "O Beijo da Mulher-Aranha" estreou no Festival de Cannes daquele ano, onde conquistou o prêmio de melhor ator (William Hurt) e acabou concorrendo aos Oscar de melhor filme, direção, roteiro adaptado e ator no ano seguinte, onde Hurt repetiu o feito do festival francês. O longa tem Sonia Braga em papel coadjuvante. "O filme está sendo muito recebido no Brasil, e se o governo brasileiro está tentando prejudicá-lo de alguma forma em relação a prêmios internacionais, é importante que o americano o conheça e o apoie também. Trata-se de uma retaliação contra um filme de arte", completa Shultz.



Sonia Braga em cena de "Aquarius" Imagem: Reprodução



Campanha


A ideia de Shultz é fazer uma turnê promocional do filme pelos Estados Unidos ao lado de Sonia Braga, radicada no país desde o final dos anos 1980. "Não somos uma empresa rica, mas trabalhamos em associação com a Angelika Film Center, uma rede de cinema de arte, com salas em Nova York, Wahsington, Dallas e San Diego (California). Vamos vender a Sonia como potencial candidata ao Oscar de melhor atriz e, no processo chamar a atenção dos votantes da Academia para outros aspectos do filme, como direção e roteiro. Para isso é preciso que o filme tenha uma carreira significativa nos cinemas daqui. O papel de Sonia nesse processo é importantíssimo".

A Vitagraph Films gravou um depoimento que a atriz fez no Angelika Film Center de Nova York e o exibirá junto com o trailer de "Aquarius" nos cinemas americanos. A campanha terá início daqui a duas semanas, com um jantar promocional em Los Angeles. "Não quero insultar nenhum outro ídolo brasileiro, como Pelé, mas Sonia é um tesouro nacional. É assim que a vemos aqui nos Estados Unidos. Nossa vontade é que ela esteja pessoalmente em algumas cidades-chaves do lançamento. É uma forma de disseminar a mensagem do filme, e Sonia é o melhor instrumento que temos para fazer isso".

Mendonça Filho está animado com os planos de Shultz. "Tem tudo a ver com as iniciativas recentes da Academia para aumentar a diversidade do Oscar", ressalta o cineasta pernambucano, que ministrou uma palestra sobre direção de filmes nesta segunda-feira (26) no 49º Festival de Brasília. "A decisão de ter Sonia como principal promotora do filme nos Estados Unidos é perfeita, porque ela é bem mais conhecida do que eu lá, e o público americano acolherá as palavras de alguém que lhe é mais familiar".

Em abril, após críticas a falta de atores não-brancos entre os indicados na categoria de interpretação nas últimas edições do prêmio, a presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs, anunciou medidas para aumentar o número de mulheres e representantes de minorias étnicas entre seus membros. Em junho, convidou 683 novos integrantes para seus quadros, incluindo os brasileiros Anna Muylaert, Alê Abreu, Rodrigo Teixeira e Lula Carvalho. Entre os novos membros, 46% eram mulheres, e 41% não-brancos.

Shultz reconhece que Sonia terá concorrentes fortes. A mais visível delas é a francesa Isabelle Huppert, protagonista de "Elle", de Paul Verhoeven, representante da França no Oscar de filme estrangeiro. "A Isabelle é uma queridinha dos críticos americanos. Então é muito importante que 'Aquarius' seja bem-sucedido em seu lançamento nos Estados Unidos, e que o seja tendo Sonia como figura chave nesse campanha, explicando pessoalmente por que o filme é importante para as pessoas".




Eleitor Consciente Vota no Professor Valdério. Vereador Prof. Valdério A educação transforma o mundo. Paulista quer mudança. 18156






Vereador Prof. Valdério A educação transforma o mundo. Paulista quer mudança. 18156







O Blog Historianews21,  todos os Amigos, alunos, ex- alunos e seguidores apoiam o candidato a vereador Professor Vadério Alexandre  18156 da REDE

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 O professor Valdério lhes apresentam como proposta primordial aquilo que ainda pode salvar o nosso país dessa profunda crise política e que tem trazido consequências trágicas para a nossa sociedade principalmente no campo social que é A educação transforma o mundo.

Paulista quer mudança. Só um cidadão e um político sério como o Professor Valdério dotado de uma consciência política crítica cita: Estamos enfrentando uma difícil história política, são muitos políticos corruptos representando a população brasileira. O povo quer mudança e precisamos dar as mãos e nos unir nessa grande batalha para um começo de uma nova história.

Como Professor compromissado com a educação, o nosso futuro vereador ainda comenta:  Como educador  acredito que as pessoas podem mudar o rumo do nosso país começando pela nossa cidade. Estou candidato a vereador. Conto com vocês e saibam que também podem contar comigo para uma Paulista melhor e renovada.

E o melhor de tudo é que a sua proposta não se limita apenas na questão educacional mais também se expande para outras áreas do  social como propostas para viabilizar as praias. Construções de praças poliesportivas, Mulher atitude, conscientização política nas escolas, política de valorização do professor, mobilidade urbana, mais saúde e capacitação profissional com cursos técnicos em nosso município.

É por essa bela proposta e por um trabalho sério e inovador que a partir do dia 02/10/2016 que o seu trabalho se tornará mais incansável para mostrar ao povo do nosso município como se faz uma política séria e verdadeira e de compromisso com a nossa população.  É por tudo isso  e muito mais  que o professor Alarcon e seus amigos estão depositando a confiança no Professor Valdério  com os seus votos e você pode fazer o mesmo basta confiar e acreditar. Eleitor Consciente Vota no Professor Valdério.

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Paulista quer mudança. Só um cidadão e um político sério como o Professor Valdério dotado de uma consciência política crítica cita: Estamos enfrentando uma difícil história política, são muitos políticos corruptos representando a população brasileira. O povo quer mudança e precisamos dar as mãos e nos unir nessa grande batalha para um começo de uma nova história.


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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Homens Que Marcaram O Século XX, Yasser Arafat







    
Yasser Arafat





Agosto de 1929 - Oriente Médio



11/11/2004 - Paris (França)



Da Redação


Em São Paulo





Mohammad Abdel Rauf Arafat al Qudwa al Husseini, 75, nasceu em agosto de 1929. O local de seu nascimento permanece um mistério. Ele afirmava que nascera em Jerusalém, mas há registros de que Arafat teria, na verdade, nascido no Egito, onde estudou engenharia. A data de seu aniversário também é incerta.

Arafat combateu nas milícias palestinas os sionistas (movimento internacional judeu que resultou na formação do Estado de Israel) em 1948.

Exilado no Kuait, em 1959 foi co-fundador do Fatah (Movimento para a Libertação da Palestina), movimento nacionalista que se tornaria, nos anos 1960, o núcleo principal da OLP (Organização para a Libertação da Palestina).

Ao fim da guerra árabe-israelense de 1967, Arafat reapareceu após dois anos na clandestinidade usando o nome de Abu Ammar, pelo qual é chamado até hoje pelos palestinos. Instalou-se na Jordânia, país com grande população palestina, comandando milícias que realizavam ataques contra Israel e atentados contra alvos israelenses ao redor do mundo. As ações deram grande destaque à causa palestina.

Em 1970, entrou em choque com o rei da Jordânia, Hussein, gerando os sangrentos combates do "setembro negro". Ele e a OLP acabaram expulsos do país. Estabeleceram-se no Líbano, usado como plataforma para ataques contra o norte israelense. Israel ocupou o país em 1982, e Arafat e a OLP novamente foram expulsos, para a Tunísia.

Em 1973 foi reconhecido pelos países árabes como seu único representante legítimo. Apesar dos golpes importantes que sofreu e de ter sido obrigado a enfrentar graves conflitos surgidos nas suas próprias fileiras devido à moderação da sua linha política, Arafat conseguiu manter a liderança graças à habilidade para estabelecer alianças, fazendo concessões em nome dos objetivos nacionais

No ano de 1989, em resposta ao reconhecimento do direito à existência do Estado de Israel, Arafat foi escolhido como presidente do futuro Estado da Palestina. Algumas das suas decisões, como o apoio a Saddam Hussein na Guerra do Golfo (1990-1991) ou a sua posição favorável aos golpistas contra Mikhail Gorbachev, colocaram-no temporariamente em dificuldades no plano internacional.

No entanto Arafat demonstrou ser um autêntico mestre em sobrevivência política e, em 1993, conseguiu seu maior êxito com a assinatura do tratado de paz com Israel, que previa a concessão de uma autonomia limitada aos territórios de Gaza e Jericó, a retirada do exército israelita desses locais em 1994 e o seu próprio regresso como chefe da Autoridade Nacional Palestina, depois de 27 anos de exílio.

Pelo acordo firmado com os israelenses, em 1994, Arafat, em conjunto com Itzhak Rabin e Shimon Peres, recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Depois do assassinato de Rabin (1995) e do subseqüente conservadorismo na política de Israel, os esforços para se encontrar um equilíbrio duradouro entre palestinos e israelenses sofreram um sério retrocesso.

Arafat tem estado, desde então, entre dois fogos: por um lado, a lentidão, e mesmo a interrupção, da retirada israelense dos territórios ocupados prevista nos acordos de paz e, por outro, o risco da perda de controle sobre as facções palestinas mais radicais e violentas.

Em meados de 2000, fracassou em nova tentativa de assinatura de um acordo final de paz com Israel. Seguiu-se a Intifada (rebelião popular palestina contra as forças de ocupação de Israel na faixa de Gaza e na Cisjordânia).

Desgastado com o desastroso saldo da violência que se sucedeu após a intifada, Arafat voltou a ter popularidade nos últimos anos após Israel aumentar a pressão sobre ele.

Em 29 de outubro, o líder palestino foi internado no hospital militar Percy, em Clamart, sudoeste de Paris, com graves problemas de saúde. Ele entrou em coma e diversos meios de comunicação noticiaram sua morte cerebral antes do dia 11 de novembro de 2004, quando seu falecimento foi oficialmente anunciado.

Na presidência da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), Arafat foi substituído por Mahmoud Abbas, também conhecido como Abu

Mazenhttp://educacao.uol.com.br/biografias/iasser-arafat.jhtm

  

Ana Prado | 13/07/2012




Por Carolina Vellei


Nos últimos dias, a morte do ex-líder palestino Yasser Arafat ganhou novamente destaque na mídia. Oito anos após seu falecimento, altas doses de um elemento radioativo raro, o polônio-210, foram encontradas nos pertences de Arafat. A descoberta foi feita pela rede de TV Al Jazeera em parceria com Instituto de Radiofísica de Lausanne, na Suíça. A família suspeita que o serviço secreto israelense seja o responsável pelo envenenamento. O Mossad, como é conhecido, já utilizou tóxicos para eliminar inimigos anteriormente (confira o quadro abaixo).



 

Com base nas novas notícias, a viúva do ex-líder, Suha Arafat pediu à Autoridade Palestina (AP) a exumação do corpo do falecido marido. Os médicos farão testes para encontrar a presença do polônio também nos ossos de Arafat. Morto em 2004, a razão da morte do ex-líder palestino permanece desconhecida, embora o comunicado oficial aponte a falência múltipla dos órgãos. O relatório das análises foi considerado sigiloso na época, o que gerou dezenas de teorias conspiratórias em torno de seu falecimento. Segundo alguns jornais, as especulações aumentaram também devido ao fato de Arafat ter adoecido subitamente. Em menos de um mês ele precisou ser transferido para a França a fim de fazer exames e procurar tratamento, mas não resistiu e morreu em 11 de novembro de 2004, aos 75 anos.

Na época, os médicos realizaram testes, mas não encontraram vestígios de substâncias tóxicas conhecidas. As suspeitas cresceram após o assassinato do ex-agente secreto russo Alexander Litvinenko, em 2006, que, segundo dados da política britânica, foi morto envenenado por polônio.





O serviço secreto de Israel

A história do Mossad começa nos anos 30, devido à crescente tensão entre árabes e judeus da Palestina, que na época era uma colônia britânica. Antes de declarar sua independência, em 1948, Israel já tinha seu serviço secreto. Criado oficialmente em 1951, o Instituto de Inteligência e Operações Especiais tinha como foco inicial os países árabes hostis a Israel. 
Outros casos do Mossad




Chocolates envenenados
Em 1976 um avião da Air France foi sequestrado por palestinos e levado para o aeroporto de Uganda. Mais de cem passageiros judeus ficaram reféns. Com uma mega operação de resgate, a Mossad conseguiu reaver as vítimas e matar os terroristas. O cérebro do sequestro, Wadi Haddad, chocólatra, recebeu doces envenenados de presente. Morreu no ano seguinte, vítima de uma doença misteriosa.




Guerra dos Seis Dias
Nos anos 60, o egípcio Eli Cohen, de uma família judaica ortodoxa, era um agente disfarçado que passou informações do ministério de defesa da Síria para Israel. Cohen enviou segredos militares cruciais para a vitória do país na Guerra de 1967, entre eles, a localização das tropas sírias nas Colinas de Golã.




Contra o Irã
Aparentemente, o Mossad é responsável pela morte de pelo menos 3 cientistas atônicos iranianos desde 2010. Agentes também teriam ajudado os EUA a fabricar vírus de computador usados para atrasar o programa nuclear iraniano











Para saber mais sobre o Mossad, leia a matéria de capa da edição 108 da revista Aventuras na História, em julho nas bancas.

Quem foi Yasser Arafat?

Arafat nasceu em Jerusalém, em 1929. Após a criação do Estado de Israel, em 1948, mudou-se para o Egito. Durante o curso de Engenharia, tornou-se presidente da União dos Estudantes Palestinos. Em 1956, já no Kuwait, fundou o grupo Al Fatah, que tem como objetivo eliminar o controle do exército israelense na Palestina, com base na luta de guerrilhas com pequenas ações isoladas.


Em maio de 1964, durante o 1° Congresso Nacional Palestino, surge a Organização para a Libertação da Palestina (OLP). O objetivo era centralizar a liderança de vários grupos clandestinos. No final da década de 1970, a Fatah ganha grande espaço na OLP e, em 1969, Yasser Arafat é nomeado presidente da organização.


Arafat iniciou sua carreira política com atos violentos. Na década de 70, o grupo Setembro Negro, conhecido como um braço extremista do Fatah, foi responsável por uma das tragédias internacionais mais famosas na história do conflito entre palestinos e israelenses. Nas Olimpíadas de 1972, 11 atletas israelenses foram sequestrados e mortos pelo grupo terrorista.


Na década de 70, o Mossad saiu à caça dos líderes do Setembro Negro e foi responsável por matá-los um a um. Alguns dos alvos eram representantes da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), da qual Arafat era presidente. A condenação internacional do Massacre de Munique, como ficou conhecido o ataque aos atletas, é geralmente descrito como um dos motivos para o líder palestino ter se distanciado oficialmente de grupos terroristas. Nos anos seguintes, Arafat assume uma postura mais moderada e reconhece a existência de Israel.





Como a questão pode ser abordado no vestibular

Ainda não é possível afirmar se Arafat foi assassinado ou mesmo quem teria cometido o ato. Segundo o professor Samuel Robes Loureiro, professor de História do Cursinho do XI, o vestibular não irá pedir para o estudante falar quem matou Arafat. "Essa questão é muito específica e não há provas de que ele foi mesmo assassinado. O que pode ser cobrado do aluno são as atitudes radicais de ambas as partes envolvidas no conflito: tanto de palestinos como de israelenses", explica.


O professor dá outra dica sobre a questão: prestar atenção aos processos de paz de ambos os lados (israelense e palestino) e os desenrolares disso. "O que os avaliadores podem pedir também é que o estudante conecte essa morte com o assassinato de Yitzhak Rabin". O primeiro-ministro de Israel foi morto em 1995 por um judeu, um jovem extremista ortodoxo, dois anos após iniciar um processo de paz com os palestinos. "O problema é que sempre que os dois lados dão um passo em direção à paz, sempre acontece algum ato violento de um grupo radical contrário a isso", pontua Samuel.





 
Em 1993, Arafat e Rabin assinaram o Acordo de Oslo, que reconhecia o estabelecimento da Autoridade Nacional Palestina (ANP) em parte da Faixa de Gaza e na cidade de Jericó. O acordo foi marcado pelo histórico aperto de mãos dos dois líderes, no gramado da Casa Branca. No ano seguinte, Israel estabeleceu relações diplomáticas com a Jordânia e com a Turquia. E pouco tempo depois, no dia 28 de setembro de 1995, novo acordo foi firmado (Oslo II), ampliando o controle da ANP sobre as grandes cidades da Cisjordânia, exceto Jerusalém.


Os radicais de ambos os lados começaram a agir. Ataques de grupos palestinos continuaram. Em Israel, a extrema direita considerou o ato de Rabin uma traição. Em novembro de 1995, Rabin levou três tiros no estômago e no peito, enquanto participava de uma passeata pela paz, com 100 mil manifestantes. Após a morte de Rabin, as tentativas de paz encabeçadas por Arafat se fragilizaram e o líder perdeu forças. A ocupação israelense continuou e, ao longo dos anos 90, os assentamentos judeus ilegais foram expandidos. Em 2000, novas tentativas de paz fracassaram, dessa vez lideradas pelo primeiro-ministro de Israel, Ehud Barak.








                                                                                                                                                                    


Brasil vai questionar EUA na OMC por sobretaxas a importação de aço laminado



quarta-feira, 28 de setembro de 2016 20:35 BRT


 


BRASÍLIA (Reuters) - A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou nesta quarta-feira que o governo brasileiro recorra à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra sobretaxas impostas pelos Estados Unidos às importações de aço laminado brasileiro, informou o ministro das Relações Exteriores, José Serra.


"O Brasil vai dar início a um processo de consultas na OMC sobre as sobretaxas a produtos siderúrgicos brasileiros", afirmou o ministro em entrevista coletiva após a reunião da Camex.


As sobretaxas sobre o aço laminado brasileiro foram impostas no início deste mês, mas o governo do presidente Michel Temer avalia que as exportações vêm sendo prejudicadas há meses, desde que o governo norte-americano abriu uma investigação sobre os programas brasileiros que foram considerados subsídios.


O Brasil exportou aos Estados Unidos 285 milhões de dólares em chapas de aço laminado a frio em 2015, e 1 bilhão de dólares em aço laminado a quente.


A sobretaxa, de 11 por cento, foi aplicada sobre o aço laminado a frio e a quente produzidos pela CSN e a Usiminas, maiores exportadoras brasileiras do produto, alegando que programas oficiais podem ser considerados subsídios indiretos.


"Para fazerem esses processos eles colocaram vários programas que a gente não considera subsídios. Por exemplo, o extratarifário, o drawback, a redução de IPI para bens de capitais. São procedimentos de regras gerais de tributação que não podem ser classificados como benefícios específicos ao setor", disse o embaixador Carlos Márcio Cozendey, subsecretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty.


O pedido de consultas na OMC é a primeira parte de um processo que pode levar à abertura de um painel contra os Estados Unidos. O próprio governo brasileiro admite que dificilmente apenas as consultas farão que os EUA revejam a sobretaxa e, se isso não ocorrer, a tendência é a abertura de um painel.


REINTEGRA


A decisão foi uma das 10 questões analisadas na primeira reunião da Camex coordenada pessoalmente por Temer, depois que a Câmara foi retirada do Ministério do Desenvolvimento e passou a ser ligada diretamente à Presidência da República.


Outra, que deve desagradar os exportadores, é a intenção de manter o cronograma original do Reintegra, o programa de compensação de créditos gerados na exportação, que voltará a ter uma alíquota de 2 por cento em janeiro de 2017 e chegará a 3 por cento apenas em 2018. Hoje, está em 0,1 por cento.


O programa tinha uma alíquota de 3 por cento até o início de 2015, quando foi praticamente extinto pela equipe econômica do governo da ex-presidente Dilma Rousseff em um esforço de contenção de despesas.


MERCOSUL


O ministro das Relações Exteriores anunciou, também, que o governo brasileiro vai intensificar os esforços para derrubar as barreiras comerciais intrabloco do Mercosul.


"Se pensa que está tudo livre em matéria de comércio interno. No entanto, há muitas barreiras internas na Argentina, no Paraguai, no Uruguai e, segundo os parceiros, no Brasil também. Há muita coisa ainda que precisa ser tratada", disse Serra.


Um levantamento inicial das queixas dos integrantes levantou 80 diferentes barreiras que afetam o comércio no bloco. De acordo com o ministro, o caso das travas argentinas contra a importação de carros produzidos no Brasil é o "mais vistoso", mas há várias outras. "Temos que caminhar, ainda falta muito. Vamos tratar disso agora na visita a Argentina e ao Paraguai com o presidente", afirmou.


O governo brasileiro também deverá suspender o tratado marítimo existente com o Chile desde 1975 que dá exclusividade aos navios chilenos e brasileiros no transporte de mercadorias entre os dois países e dobra o custo de importação e exportação.


"Foi feita uma avaliação de que hoje existe uma reserva de mercado que encarece as tarifas e diminui a concorrência", disse Serra.


O ministro garante que houve um consenso sobre a intenção de denunciar o tratado --termo diplomático para suspender sua efetividade-- mas a decisão ainda não foi tomada. O Ministério dos Transportes pediu 30 dias para analisar a implicação desta suspensão.


 


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domingo, 25 de setembro de 2016

EUA condenam ação russa na Síria como "barbárie"; Moscou diz que paz é quase impossível

domingo, 25 de setembro de 2016


NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Os Estados Unidos classificaram neste domingo como "barbárie" e não "contraterrorismo" a ação da Rússia na Síria, enquanto o emissário de Moscou às Nações Unidas disse que acabar com a guerra é "uma tarefa quase impossível neste momento", depois que as forças do governo sírio, apoiadas por Moscou, bombardearam a cidade de Aleppo.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniu neste domingo a pedido dos EUA, Grã-Bretanha e França para discutir o agravamento dos combates em Aleppo após o anúncio na quinta-feira de uma ofensiva do exército sírio para retomar a cidade.
"O que a Rússia está patrocinando e fazendo não é contraterrorismo, é barbárie", disse a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Samantha Power, diante dos 15 membros do Conselho.
"Em vez de procurar a paz, a Rússia e Assad fazem guerra. Em vez de tentar buscar socorro imediato aos civis, a Rússia e Assad bombardeiam comboios humanitários, hospitais e socorristas que estão desesperadamente tentando manter as pessoas vivas", disse Power.
O cessar-fogo acordado em 9 de setembro entre o secretário de Estado norte-americano John Kerry e o ministro russo das Relações Exteriores Sergei Lavrov, cujo objetivo era colocar o processo de pacificação da Síria de volta aos trilhos, entrou em colapso na segunda-feira com o bombardeio de um comboio humanitário.
"Na Síria, centenas de grupos armados estão recebendo mais armas, o território do país está sendo bombardeado indiscriminadamente e trazer a paz é uma tarefa quase impossível neste momento por estes motivos", disse o embaixador da Rússia na ONU Vitaly Churkin ao conselho.
O emissário da Grã Bretanha nas Nações Unidas, Matthew Rycroft, disse neste domingo que a tentativa de EUA e Rússia firmarem o processo de paz na Síria está "muito, muito perto do fim e, sim, o Conselho de Segurança deve estar pronto para cumprir com suas responsabilidades."
"O regime Assad e a Rússia mergulharam em novas profundezas e desencadearam um novo inferno em Aleppo", disse Rycroft no conselho. "A Rússia está atuando em parceria com o regime sírio para executar crimes de guerra."
No entanto, a Rússia é um dos cinco países com poder de veto no Conselho, ao lado de EUA, França, Grã-Bretanha e China. A China e a Rússia têm protegido o governo do presidente sírio Bashar al-Assad ao bloquear diversas tentativas de ação do conselho.
"É hora de apontar quem está por trás desses ataques aéreos e quem está matando civis. A Rússia tem um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, isso é um privilégio e uma responsabilidade. Assim, na Síria e em Aleppo, a Rússia está abusando deste privilégio histórico", disse Power.
O embaixador da Síria na ONU, Bashar Ja'afari começou a discursar para o Conselho e imediatamente Power, Rycroft e o emissário da França nas Nações Unidas François Delattre deixaram a sala, de acordo com diplomatas.
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quinta-feira, 15 de setembro de 2016

O que há em comum entre o golpe de 1964, o impeachment de Collor e hoje?

O que há em comum entre o golpe de 1964, o impeachment de Collor e hoje?
 
Nathan Lopes
Do UOL, em São Paulo
Processos sofridos por João Goulart (esquerda) e Fernando Collor voltaram à tona
Uma das principais discussões sobre o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff refere-se a um termo: golpe. Em 1964, a palavra foi usada quando João Goulart foi retirado do comando do país. Há, porém, quem defenda que o que acontece hoje não é uma ação golpista, mas o legítimo processo de impeachment, tal qual o que Fernando Collor sofreu em 1992.
Com a ajuda de historiadores e cientistas políticos, o UOL resgatou esses dois momentos históricos do país para avaliar seus pontos-chave e tentar entender o momento que vive o Brasil.


Era considerado golpe? Jango - sim, porque o presidente foi retirado de seu posto de forma ilegal, com os militares assumindo o governo em seguida.
Collor - não, porque as denúncias de corrupção, a perda de apoio no Congresso e as manifestações das ruas tornaram o governo insustentável.
Dilma - o governo chama de golpe por não haver crime de responsabilidade; a oposição considera que o impeachment está previsto em lei e há argumentos para depor a presidente.
O que pesou contra cada governo? Jango - ter a "pecha de comunista", proposta de reformas que desagradavam setores da sociedade, Congresso hostil.
Collor - inflação alta, confisco da poupança, denúncias de corrupção envolvendo o governo, falta de apoio político.
Dilma - desemprego em alta, inflação fora da meta, pedaladas fiscais, denúncias de corrupção envolvendo membros ligados ao governo.
Como se portaram as forças políticas? Jango - Brizola e aliados quiseram resistir, mas ele temia uma guerra civil e desistiu de reclamar pelo cargo.
Collor - PMDB, PT e PSDB se uniram e foram fundamentais na instalação e condução dos trabalhos na CPI que investigou Collor.
Dilma - Foi abandonada pelos partidos da base aliada (PMDB, PP, PRB, PSD) e até por seu vice-presidente.
Qual é a principal oposição? Jango - Militares, mídia, empresários, agricultores, movimentos civis.
Collor - Movimentos civis, partidos políticos, empresários.
Dilma - Movimentos civis, partidos políticos, empresários.
O vice que quase não assumiu


Considerado "esquerdista" e "comunista", João Goulart foi impedido de assumir a Presidência da República quando Jânio Quadros renunciou ao cargo, em agosto de 1961.
Para Jango assumir, foi feito um acordo entre lideranças militares e parlamentares, que fizeram o Congresso mudar o regime político do país de presidencialista para parlamentarista, o que foi revertido em referendo em 1963.
Em 1964, a tensão aumentou quando Jango --enfraquecido pelos problemas econômicos e sob pressão de opositores e da opinião pública-- apoiou marinheiros e fuzileiros navais que contrariaram ordens de seus superiores no episódio conhecido como a Revolta dos Marinheiros.
Dias depois, um movimento militar, iniciado em Juiz de Fora (MG), começou o que terminaria com a tomada do poder pelos militares. "Efetivamente, um presidente foi retirado de seu posto de forma ilegal e, em seu lugar, os militares assumiram", recorda a professora de Ciência Política da FGV (Fundação Getúlio Vargas) Liliam Furquim.


O "novo"


Apresentado aos eleitores brasileiros pela mídia como "caçador de marajás" e "guardião da moralidade", o governador de Alagoas em 1989, Fernando Collor, surgiu como candidato à Presidência da República por um partido nanico (leia mais aqui), o PRN (Partido da Reconstrução Nacional, atual PTC - Partido Trabalhista Cristão).
Até então desconhecido da maior parte da população, Collor foi ganhando cada vez mais a preferência do eleitorado ao proferir discursos contra a corrupção e a alta inflação, que era de 1.782,85%. Mas tudo mudou quando Collor assumiu. Como primeira medida de seu governo, sua equipe econômica anunciou o confisco dos valores nas cadernetas de poupança dos brasileiros.
Perdendo apoio popular, Collor também começava a ficar sem força política dentro do Congresso à medida que apareciam denúncias de corrupção em seu governo. Uma CPI foi instalada e levou ao processo de impeachment. Em 29 de dezembro de 1992, por 76 votos a 3, os senadores afastaram Collor em definitivo da Presidência, deixando-o inelegível por oito anos.
"O impeachment do Collor veio com a sensação de uma grande execução, mas também foi uma prova de maturidade política da sociedade", analisa Marcos Antonio da Silva, professor do departamento de história da USP. "O processo se deu dentro das regras da Constituição. No entanto, Collor foi absolvido [em 1994 e 2014] das acusações pelo STF", recorda Lilian.


E hoje?


Se há certeza entre os acadêmicos sobre a realização de um golpe em 1964 e sobre a constitucionalidade do processo de impeachment em 1992, o mesmo não se pode dizer sobre fatos que estão em andamento. "Uma das grandes dificuldades é realizar a seleção daquilo que pode servir de fonte ao analista", explica historiador e professor do departamento de história da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
Sobre 2016, um dos fatores que explicam a dificuldade para se ter uma definição sobre o momento liga-se a "deficiências reais das leis e da postura do Judiciário, fazendo que as avaliações variem conforme as opiniões polarizadas", avalia o cientista político Fábio Reis, professor emérito da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). "Os próprios ministros do STF se manifestam agora de maneira divergente sobre o assunto. Alguns simplesmente repetem que o impeachment é previsto na Constituição. Outros destacam que a Constituição fala de crime, o que abre a possibilidade de que, não havendo crime caracterizado com clareza, o impeachment redunde em golpe."
A professora da FGV Lilian Furquim ressalta que "o direito não é uma ciência exata e está aberto a interpretações". "Diante disso, temos uma divisão a respeito do que é ou não crime de responsabilidade. A meu ver, temos todos os elementos, inclusive jurídicos, para o impeachment ocorrer."
Para a professora de Ciência Política Vera Chaia, da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo, a crise política do país é decorrência das dificuldades encontradas pela presidente desde o início do segundo mandato, em 2015. "Dilma sofre uma oposição enorme desde o período eleitoral. Tem uma oposição que não aceitou perder as eleições, falando de fraude nas urnas. E a composição do Congresso foi muito diferente, um 'Congresso BBB', de Bala, Bíblia, e Boi. E a aliança com o PMDB, que já vinha de eleições anteriores, não deu certo. É difícil pensar em um governo funcionando assim."
Um outro ponto contribui para a crise atual, segundo Lilian Furquim: a Operação Lava Jato, "que passa a revelar um esquema muito bem organizado de uso de recursos públicos para pagamento de propina". "No epicentro do esquema, está o PT." Para a professora, as revelações obtidas pela operação acabam deteriorando a imagem do partido e, por consequência, da própria presidente.


'Sistema moribundo'


Já Nicolazzi, da UFRGS, aponta uma situação caracterizada por um governo de caráter popular, "mas que não quis ou não encontrou os meios para implementar as reformas estruturais que realmente transformariam a sociedade". Isso teria tornado o governo "refém de um moribundo sistema de coalizão partidária, que modificou radicalmente sua agenda social e o afastou das suas bases políticas históricas".
Chaia avalia que o julgamento do governo Dilma é político. "Eu acredito nos juristas que dizem que não existe condição para impeachment. Ela não roubou, não esteve envolvida em escândalos. Aí, é um golpe político, que está sendo preparado desde a eleição."
Além da crise política, o que preocupa os acadêmicos é o futuro. "É um clima de muita radicalidade, que não sei como vai terminar", avalia a professora da PUC-SP. "E o que ninguém discute é um projeto para o país, não se questionam mecanismos de empoderamento para consolidação da soberania do eleitor", diz Francisco Uribam Xavier, da UFC (Universidade Federal do Ceará). "A situação é extremamente apavorante para a política do Brasil. Não sei o que vai restar disso. Sem democracia, é o caos", pontua Marcos Antonio da Silva, da USP.
 

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Lucy, a famosa australopithecus, provavelmente morreu ao cair de uma árvore

Lucy, a famosa australopithecus, provavelmente morreu ao cair de uma árvore
 
 
29/08/201615h50
 
 
Paris, 29 Ago 2016 (AFP) - Lucy, a famosa australophitecus que viveu na África há 3,18 milhões de anos, provavelmente morreu ao cair de uma árvore, revela um estudo científico publicado nesta segunda-feira pela revista Nature.

Os ossos do braço de Lucy se estilhaçaram com o impacto da queda - um tipo de trauma também comum em vítimas de acidentes de carro, afirmaram pesquisadores dos Estados Unidos e da Etiópia.

Seus ferimentos sugerem que "ela estendeu os braços no momento do impacto, em uma tentativa de amortecer a queda", disse à AFP o antropólogo e coautor do estudo John Kappelman, da Universidade do Texas, em Austin, que analisou as diferentes fraturas reveladas pelo fóssil.


Lucy, que media cerca de 1,10 metros, teria caído de uma altura de mais de 12 metros, a uma velocidade de mais de 56 km/h, segundo Kappelman. "A morte aconteceu muito rápido", afirma.

Até agora, não havia nenhuma teoria oficial sobre as circunstâncias da morte de Lucy, que pertence à espécie Australopithecusafarensis - um membro extinto da família dos hominídeos, que incluem os seres humanos modernos e todos os nossos ancestrais - e cujos ossos foram descobertos na Etiópia, em 1974.

Estudos anteriores sugeriram que a quebra dos ossos havia ocorrido após o falecimento.

O novo estudo, baseado em imagens 3D de alta resolução, mostrou que as fraturas foram bastante consistentes com um impacto traumático, como uma queda de uma altura "considerável", disse a equipe.

As novas descobertas adicionam, ainda, provas à teoria de que Lucy e sua espécie passaram parte do seu tempo em árvores.

A descoberta de Lucy, um dos fósseis de hominídeo mais completos já descobertos - seus ossos compõem quase 40% de um esqueleto - preencheu uma grande lacuna na árvore evolutiva humana.

Embora Lucy tivesse um crânio, mandíbulas, dentes e longos braços similares ao de um macaco, ela andava ereta como nós.

Lucy foi considerada durante muito tempo a "mãe da humanidade". Hoje, porém, já não é vista como a ancestral direta do homem, mas como uma prima distante.

No entanto, a popularidade do fóssil A.L.288-1 continua sendo imensa.

'Triste notícia'Durante dez dias, a equipe escaneou o fóssil e obteve imagens de tomografia computadorizada de alta resolução.

As imagens mostraram que Lucy também teve fraturas no tornozelo, joelho, pelve e pelo menos uma costela, o que sustenta a tese da queda fatal e sugere que ela deve ter sofrido lesões graves nos órgãos internos, concluíram os pesquisadores.

"Triste notícia, pobre Lucy!", comenta o paleoantropólogo Yves Coppens, que participou da equipe que descobriu o fóssil.

"Os arborícolas têm, em geral, uma habilidade espantosa, agilidade, equilíbrio. Após 20 anos vendo arborícolas (chimpanzés, gorilas, etc.) em seu meio natural, nunca vi ocorrer algo assim", afirma Coppens à AFP.

"Mas a priori não sou hostil a essa tese, que vale tanto como qualquer outra", acrescentou o pesquisador.

"Lucy vivia ao mesmo tempo no solo e nas árvores, e as características físicas adaptadas que a permitiam andar ereto e se deslocar de modo eficaz sobre a terra podem ter comprometido sua habilidade para escalar as árvores. Sua espécie teria uma predisposição a sofrer quedas com mais frequência", explicou John Keppelman.

mlr-pcm/mh/gw/db

terça-feira, 26 de julho de 2016

Homo erectus já andava como seres humanos há 1,5 milhão de anos






Paula Moura
Colaboração para o UOL


25/07/2016

 
O estilo de andar e a estrutura de grupo do Homo erectus eram similares às dos seres humanos atuais


Pegadas de Homo erectus encontradas no nordeste do Quênia trouxeram uma oportunidade única de entender como esses hominídeos que viveram há 1,5 milhão de anos andavam e se comportavam em grupo. O Homo erectus está no meio da linha de evolução entre o Homo habilis e nós, os Homo sapiens.


Usando técnicas analíticas novas, os pesquisadores do Instituto de Antropologia Evolucionária Max Planck, em Leipzig, na Alemanha, e colaboradores de diversos países demonstraram que as pegadas do Homo erectus, primeiros a caminharem em pé, preservam evidências de que o estilo de andar e a estrutura de grupo eram similares às dos seres humanos atuais.


As pegadas ajudaram a chegar a estimativas de massa corporal dos hominídeos (cerca de 48,9 kg) e também se eram do sexo masculino ou feminino. Isso fez com que pudessem desenvolver teorias sobre o comportamento do grupo.


Nos dois principais locais, há evidências de que passaram por lá diversos indivíduos do sexo masculino, o que deixa implícito algum nível de tolerância e possível cooperação entre eles. A cooperação é um dos comportamentos sociais que diferencia humanos modernos de outros primatas.


"Não é surpreendente que encontramos evidência de tolerância mútua e talvez cooperação entre os hominídeos do sexo masculino que viveram há 1,5 milhões de anos, especialmente o Homo erectus, mas é nossa primeira chance de ver o que parece ser um vislumbre direto da dinâmica comportamental no passado distante", diz Kevin Hatala, pesquisador do Instituto Max Planck e da Universidade George Washington.


Divulgação/Kevin G. Hatala






Bípedes


A locomoção sobre os dois pés também é uma característica dos humanos modernos em comparação com outros primatas e a evolução desse comportamento nos nossos ancestrais teve efeitos profundos em sua biologia. No entanto, tem havido muito debate sobre quando e como os hominídeos começaram a andar apoiados apenas nas pernas. Isso ocorre principalmente por causa de discordâncias sobre como deduzir informações biomecânicas da morfologia dos esqueletos.


Enquanto fósseis e ferramentas de pedra podem dar muitas informações sobre a evolução humana, eles não conseguem transmitir alguns comportamentos dinâmicos dos nossos ancestrais, como a maneira de se mover e como cada indivíduo interagia com os outros.






Provavelmente foi o primeiro a controlar o fogo


O Homo erectus, cujos achados mais antigos datam de 1,9 milhões de anos, é o primeiro hominínideo proporções corporais similares às do homem moderno, altura entre 1,50 a 1,80m, com braços curtos e pernas relativamente longas, propícias para caminhar longas distâncias.


Possivelmente foi o primeiro ancestral humano a controlar o fogo e o cozimento dos alimentos há 1 milhão de anos atrás. O Homo erectus migrou para fora da África e povoou a Ásia e a Europa. A espécie sobreviveu até cerca de 30 mil anos atrás.


As pegadas analisadas no estudo do Instituto Max Planck foram encontradas no Quênia, próximo à cidade de Ileret. O local guarda um dos depósitos mais ricos de artefatos da época em que o Homo erectus viveu, entre 2 milhões e 1,5 milhão de anos atrás.


Na área foram preservadas 97 trilhas criadas por pelo menos 20 diferentes indivíduos, que eles acreditam ser Homo erectus.







 

BC reforça riscos para a inflação e descarta corte nos juros tão cedo, mostra ata





terça-feira, 26 de julho de 2016


 


Por Marcela Ayres


BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central reforçou a existência de pressões negativas sobre a inflação e chamou a atenção para a importância de ajustes necessários no campo fiscal, em ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta terça-feira, na qual afastou a possibilidade de corte na taxa básica de juros.


No documento, o BC informou que a projeção de inflação para 2017 caminhando para o centro da meta, de 4,5 por cento pelo IPCA, vem com a Selic em 14,25 por cento constante (cenário de referência). Pelo cenário de mercado, vê alta em torno de 5,3 por cento.


Para 2016, tanto pelo cenário de referência quanto pelo de mercado, a estimativa é de inflação em torno de 6,75 por cento --estourando a meta de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais. Para 2017,


"O processo de implantação dos ajustes necessários na economia, inclusive de natureza fiscal, apresenta-se, ao mesmo tempo, como um risco e uma oportunidade para o processo desinflacionário em curso", trouxe a ata do Copom.


Na semana passada, o BC manteve a Selic em 14,25 por cento ao ano, patamar que segue desde julho de 2015, na primeira reunião do Copom sob o comando de Ilan Goldfajn e que trouxe mudanças significativas no comunicado, mais extenso e detalhado.


O BC vem reiterando o compromisso de levar a inflação para o centro da meta, com margem de tolerância é de 1,5 ponto percentual. Nesse contexto, afirmou novamente que "o cenário básico e o atual balanço de riscos indicam não haver espaço para flexibilização da política monetária".


Na ata, o BC informou que apesar dos progressos obtidos até agora e da melhora no cenário macroeconômico, a desinflação em curso tem procedido em velocidade aquém da almejada e que "a continuidade dos esforços para aprovação e implementação dos ajustes na economia, notadamente no que diz respeito a reformas fiscais, é fundamental para facilitar e reduzir o custo do processo de desinflação".


O BC destacou ainda que o ajuste das contas públicas pode envolver medidas com impactos diretos desfavoráveis sobre a inflação, risco que deve ser monitorado.


Na véspera, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reconheceu que o governo pode elevar impostos para reforçar as receitas no ano que vem. Nos bastidores, a equipe econômica debate a elevação na alíquota de tributos que não demandam aval do Congresso, como a Cide sobre combustíveis, que tem impacto direto sobre a inflação.


"Há várias referências sobre horizonte relevante para a política monetária (na ata), o que significa que não há espaço para reduzir a Selic", afirmou o economista-chefe do banco Fator, José Francisco Gonçalves, para quem o BC vai cortar a taxa de juros em outubro, mas não descarta que isso possa ocorrer apenas em novembro.


Na pesquisa Focus mais recente, conduzida pelo BC com uma centena de economistas todas as semanas, a expectativa para inflação mostrou pequeno alívio tanto para 2016 (7,21 por cento) quanto para 2017 (5,29 por cento), embora tenha seguido distante dos objetivos perseguidos pelo BC.


A ata do Copom também veio com formato diferente, explorando em diversos momentos pontos que não eram consenso entre os membros do colegiado.


"Alguns membros ponderaram que, diante da desaceleração econômica observada até aqui, esperava-se uma queda maior da inflação. Outros membros chamaram a atenção para a desinflação de serviços já observada. Alguns membros do Comitê esperam que os efeitos desinflacionários do nível de ociosidade na economia ainda possam vir a se manifestar de maneira mais intensa", destaca um dos trechos do documento.


De maneira geral, a ata deu mais detalhes sobre os riscos que o BC vê para o processo de desinflação, incluindo, além do fiscal, pressões sobre preços de alimentos.


Com a ata divulgada mais cedo, o mercado de juros futuros passou a ver que o ciclo de redução da Selic vai começar apenas em novembro, no último encontro do Copom neste ano. O próximo é no final de agosto.


"É um BC que está olhando não só para os modelos dele, mas está olhando o comportamento das expectativas de inflação", afirmou o economista-chefe da Votorantim Corretora, Roberto Padovani, para quem a Selic vai começar a ser reduzida em outubro.


 


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segunda-feira, 11 de julho de 2016

Theresa May vence disputa para premiê britânica após desistência de rival pró-Brexit

segunda-feira, 11 de julho de 2016
 
Por Elizabeth Piper e Mark Trevelyan


LONDRES (Reuters) - A ministra britânica do Interior, Theresa May, irá se tornar a primeira-ministra do Reino Unido na quarta-feira com a tarefa de conduzir a saída do país da União Europeia depois que sua rival Andrea Leadsom, encerrou abruptamente sua campanha curta e desastrosa pela liderança do Partido Conservador.
May, de 59 anos, irá suceder David Cameron, que anunciou sua renúncia depois que os britânicos votaram no mês passado em um referendo que decidiu a desfiliação do país da UE. A planejada separação do Reino Unido enfraqueceu o bloco de 28 nações, criou uma grande incerteza a respeito do comércio e dos investimentos e abalou os mercados financeiros.
May e Leadsom deveriam disputar a liderança entre os membros do partido, e o resultado deveria ser anunciado em 9 de setembro. Mas Leadsom desistiu subitamente nesta segunda-feira após uma campanha assombrada por comentários infelizes sobre a falta de filhos de sua adversária e dúvidas sobre a possibilidade de ela ter exagerado seu currículo.
"Causa-me honra e humildade ter sido escolhida pelo Partido Conservador para me tornar sua líder", disse May, que foi a favor da permanência britânica na UE, mas deixou claro que não há volta no referendo de 23 de junho.
"Brexit (saída britânica da UE) significa Brexit, e faremos dele um sucesso."
Mais cedo, Cameron disse aos repórteres diante da residência oficial do premiê, o número 10 de Downing Street, que deve presidir sua última reunião de gabinete na terça-feira e responder perguntas no Parlamento na quarta-feira antes de entregar sua carta de renúncia à rainha Elizabeth.
May irá se tornar a segunda mulher a ocupar o cargo de premiê no Reino Unido. A primeira foi a também conservadora Margaret Thatcher, uma das principais lideranças britânicas do século passado.
Sua vitória significa que o processo complexo de separar o Reino Unido da UE será conduzido por alguém do lado derrotado da consulta popular do mês passado. Ela já disse que o país precisa de tempo para elaborar sua estratégia de negociação e que não deveria iniciar os procedimentos formais de rompimento antes do final do ano.
Em um discurso feito no início desta segunda-feira na cidade de Birmingham, no centro do país, May disse que não pode haver um segundo referendo e nenhuma tentativa de voltar à UE pela porta dos fundos.
"Como primeira-ministra, farei com que saiamos da União Europeia", afirmou.
Leadsom, de 53 anos, era uma ministra da Energia pouco conhecida do público britânico até emergir como uma voz de destaque na campanha bem-sucedida pela desfiliação do país da União Europeia.
Ela vinha sendo muito criticada por uma entrevista a um jornal na qual pareceu insinuar que ser mãe significava que ela tinha mais em jogo no futuro do país do que May, que não tem filhos. Alguns conservadores disseram ter ficado indignados com os comentários, pelos quais Leadsom se desculpou mais tarde, enquanto outros afirmaram que eles revelaram ingenuidade e falta de discernimento.
Leadsom disse aos repórteres que estava se retirando da disputa para evitar uma campanha de nove semanas incerta em um momento no qual se exige uma liderança forte. Ela reconheceu que May conquistou um apoio muito maior em uma votação de correligionários do Parlamento na semana passada.
"Cheguei... à conclusão de que os interesses do país são mais bem servidos pela indicação imediata de uma primeira-ministra forte e bem apoiada. Estou, portanto, me retirando da eleição pela liderança e desejo a Theresa May o maior sucesso".
 
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