Renan chama ajuste fiscal de "tacanho" e elogia Cunha em vídeo
domingo, 19 de julho de 2015
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), criticou duramente o ajuste fiscal proposto pelo Executivo, classificando-o de "tacanho" e "insuficiente", e previu meses "nebulosos" pela frente, em vídeo divulgado pela TV Senado.
Ao prestar contas sobre as atividades do Senado no primeiro semestre, Renan disse que o país vive um "raro momento de protagonismo do legislativo" e elogiou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que anunciou seu rompimento com o governo na sexta-feira.
"Acho que a atuação dele, sua independência, colaborou muito para este momento do Congresso Nacional", disse Renan, ressaltando que a independência do Legislativo é um "caminho sem volta".
Renan dedicou grande parte do pronunciamento de quase 17 minutos a criticar o ajuste econômico e falar sobre a crise política.
"O ajuste fiscal está mesmo se revelando como um desajuste social... Ele verdadeiramente ameaça as conquistas socieconômicas obtidas com tanto sacrifício", disse Renan, ressaltando que o Congresso não está disposto a aprovar aumento de impostos.
"Não vamos concordar com a asfixia da sociedade, enquanto o governo continuar perdulário e não alterar a sua postura diante das cobranças para diminuir gastos."
CRISE POLÍTICA
Renan comparou a situação política brasileira a um "filme de terror sem fim", e disse não saber o que irá acontecer, mas previu meses nebulosos pela frente, com uma agenda bastante pesada.
"Temos uma crise política, uma crise econômica, temos também uma crise de credibilidade, porque o sistema é presidencialista", disse Renan, acrescentando que o Congresso não irá contribuir para aumentar a instabilidade.
Durante o pronunciamento, Renan elogiou o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), e disse que vê com naturalidade a pretensão do PMDB de ter candidato próprio à presidência da República.
"A razão de ser de qualquer agremiação partidária é conquistar o poder pelo voto. Não somos defensores de soluções marginais, que estejam a margem da legalidade. O poder é conquistado nas urnas", disse Renan, em um momento em que cresce os discursos pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff.
(Por Raquel Stenzel)
Konstantinos - Uranus
domingo, 19 de julho de 2015
sábado, 18 de julho de 2015
Cunha rompe com Planalto, põe em xeque pauta governista no Congresso, mas pode se enfraquecer
Cunha rompe com Planalto, põe em xeque pauta governista no Congresso, mas pode se enfraquecer
sexta-feira, 17 de julho de 2015
Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), durante sessão, da Câmara, em Brasília, em março. 26/03/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
Por Eduardo Simões e Maria Carolina Marcello
SÃO PAULO/BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rompeu com o governo da presidente Dilma Rousseff nesta sexta-feira em uma decisão que coloca em xeque a pauta de votações do Executivo, mas também pode enfraquecer o deputado, principal pedra no sapato de Dilma no Congresso Nacional.
Em tom agressivo contra o Palácio do Planalto, Cunha anunciou seu rompimento por conta do que, segundo ele, seria uma ação orquestrada do governo com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para constrangê-lo.
Cunha referiu-se ao que chamou de "devassa fiscal" promovida contra ele e ao depoimento dado pelo empresário Julio Camargo, um dos delatores da operação Lava Jato, que acusa o deputado de lhe pedir pessoalmente propina de 5 milhões de dólares, o que é negado pelo presidente da Câmara.
"Eu formalmente, a partir de hoje, estou rompendo com o governo", disse Cunha em entrevista coletiva na Câmara, em Brasília, negando, entretanto, que sua decisão tenha influência em seu papel institucional como presidente da Câmara.
"Não há nenhum gesto da minha parte que possa dizer: acabou a governabilidade do governo hoje. Mas saibam que o presidente da Câmara a partir de hoje é oposição ao governo."
O deputado disse ainda que defenderá a ida do PMDB para a oposição a Dilma no congresso da legenda, marcado para setembro.
"Vou pregar que a minha posição pessoal possa vir a ser a posição do partido", disse.
O governo reagiu ao rompimento de Cunha enfatizando o caráter pessoal de sua decisão, exaltando a importância do PMDB para o Executivo e afirmando esperar que a posição contrária ao Planalto não reflita na atuação de Cunha na presidência da Câmara "Tanto o vice-presidente da República como os ministros e parlamentares do PMDB tiveram e continuam tendo um papel importante no governo", disse a Presidência da República em nota.
"O governo espera que esta posição (de Cunha) não se reflita nas decisões e nas ações da presidência da Câmara que devem ser pautadas pela imparcialidade e pela impessoalidade", acrescenta o comunicado, que afirma ainda que o Planalto atuou com "total isenção" em relação às investigações em curso.
Em sintonia com a nota da Presidência, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse que o PMDB é um "importante e fundamental aliado do governo".
Exaltado pelo Planalto após o rompimento de Cunha, o PMDB também divulgou nota em que reitera o caráter pessoal da decisão do presidente da Câmara, diz respeitar este posicionamento e afirma que cabe às instâncias decisórias da legenda definir um posicionamento partidário.
E é justamente a essas instâncias que a bancada do PMDB na Câmara, até janeiro liderada por Cunha e que hoje tem como líder um parlamentar próximo a ele, o deputado Leonardo Picciani (RJ), pedirá em agosto uma reunião para definir uma posição partidária após o rompimento anunciado nesta sexta-feira.
O PMDB é presidido pelo vice-presidente e articulador político de Dilma, Michel Temer, e comanda seis ministérios no governo.
CORDA ESTICADA
A decisão de Cunha teve o efeito imediato de deteriorar ainda mais o já debilitado cenário político, em um momento em que o governo precisa do Congresso Nacional para aprovar medidas de reequilíbrio das contas públicas. Diante desse desgaste e indagado no Rio de Janeiro sobre a decisão do presidente da Câmara, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, manifestou confiança na imparcialidade de Cunha ao tomar atitudes no exercício do cargo.
Ainda assim, os mercados financeiros reagiram mal ao anúncio de Cunha. O dólar avançou mais de 1 por cento ante o real e o Ibovespa, índice referência da Bolsa de Valores de São Paulo, caiu mais de 1 por cento.
Além dos possíveis efeitos negativos na economia, o rompimento de Cunha também pode acarretar efeitos colaterais desagradáveis para o próprio deputado, na visão de analistas e pessoas do meio político ouvidas pela Reuters.
Isso porque o tom agressivo do presidente da Câmara contra o Planalto, aliado a um momento de fragilidade política por conta de sua citação na Lava Jato, pode provocar uma debandada de aliados e até mesmo um isolamento de Cunha.
Uma fonte do PMDB que falou à Reuters sob a condição de anonimato avaliou que Cunha agiu individualmente ao anunciar o rompimento e que tem adotado postura mais impulsiva, o que pode afastar alguns aliados.
Outra fonte, essa do PT, também acredita que Cunha pode ficar mais "solitário" com a decisão de romper com o Planalto.
Essa avaliação de integrantes do meio político é compartilhada por analistas ouvidos pela Reuters.
"Eu acredito que o Eduardo Cunha talvez tenha esticado a corda excessivamente", disse à Reuters o cientista político da Fundação Getulio Vargas Claudio Couto.
"Ele também é vulnerável. Ele começou a cobrir demais essas apostas... de enfrentamento com o governo, e aí quando os problemas começam a aparecer para ele também, ...ele começa a se tornar enfraquecido", acrescentou. Ainda assim, numa possível sinalização do estrago que pode fazer da cadeira de presidente da Câmara, Cunha autorizou nesta sexta-feira, horas após romper com o Planalto, a criação de duas comissões parlamentares de inquérito (CPI) que desagradam o governo: uma que pretende investigar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e outra para apurar as atividades de fundos de pensão de estatais, esta última a ser efetivamente criada em agosto.
IMPEACHMENT
Outro fator de incerteza gerada pela decisão de Cunha gira em torno de um pedido de impeachment contra Dilma, já que cabe a ele, como presidente da Câmara, tomar a decisão sobre dar ou não seguimento a um eventual impedimento contra a presidente.
Na quinta-feira, Cunha disse que deve decidir em 30 dias sobre um pedido de impeachment apresentado contra Dilma. Na ocasião, ele afirmou que aguardava um posicionamento da área jurídica da Câmara e de juristas externos.
Além disso, as contas do governo Dilma em 2014 serão em breve analisadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que enviará um parecer ao Congresso, a quem cabe julgar as contas do Executivo.
Um eventual parecer contrário às contas do governo no TCU ou mesmo a rejeição das contas no Parlamento pode abrir caminho para um pedido de impeachment contra Dilma por crime de responsabilidade.
Questionado nesta sexta-feira sobre sua posição acerca de um eventual pedido de impeachment, Cunha manteve a posição manifestada na véspera, de que um processo de impedimento deve ser tratado dentro da Constituição e não do ponto de vista eleitoral.
Após o anúncio de Cunha, a consultoria política Eurasia Group colocou em 30 por cento as chances de impeachment de Dilma e apontou o possível enfraquecimento do presidente da Câmara como um dos motivos para este baixo percentual. "A tendência é que a capacidade dele (Cunha) de agregar aliados é declinante. Reduz a nossa visão de impeachment também em função disso. A capacidade de um presidente da Câmara sendo investigado capitanear o impeachment se reduz", avaliou o analista João Augusto de Castro Neves, da Eurasia.
(Reportagem adicional de Walter Brandimarte, em São Paulo)
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Mário de Andrade
Por Cristiana Gomes
Mário Raul de Morais Andrade nasceu em São Paulo no dia 9 de outubro de 1893.
Sua influência foi decisiva para o Modernismo se fixar definitivamente no Brasil.
Estudou música, foi professor de piano, compositor, pesquisador (interessava-se pelas várias manifestações artísticas), estudou e escreveu sobre folclore, pintura (contribuindo para a renovação da arte brasileira), além de ter sido crítico de arte em jornais e revistas.
mario-de-andradeEm 1917, escreveu seu primeiro romance sob o pseudônimo de Mario Sobral: “Há uma gota de sangue em cada poema”, nessa obra Mário de Andrade defendia a paz e criticava a Primeira Guerra Mundial e todas as conseqüências que ela causou.
Viajou o Brasil inteiro para pesquisar e conhecer. Visitou cidades históricas, conheceu poemas e canções populares, festas religiosas, lendas, músicas indígenas e etc.
Entre os anos de 1923 e 1930 escreveu “Clã do Jabuti” e “Remate de males”, frutos de suas pesquisas folclóricas.
Em 1922, publicou “Paulicéia Desvairada”, obra que na época agradou aos modernistas porque destruía os padrões literários vigentes e propunha uma nova linguagem poética (verso livre, neologismos, rupturas sintáticas).
A partir de 1930, a poesia de Mário de Andrade se volta para a reflexão, análise e denúncia dos problemas nacionais tomando dois caminhos:
Poesia intimista e introspectiva: destaca-se a obra “Poesia”, de 1942.
Poesia política: caracterizava-se por ter uma linguagem agressiva e combater as injustiças sociais. Destacam-se as obras “O carro da miséria” e “Lira Paulistana”, ambos de 1946.
Macunaíma
Considerada a obra mais importante da primeira fase modernista.
Para compor esta obra, Mário de Andrade se inspirou na obra do etnógrafo (de etnografia, significa, segundo o dicionário Aurélio: disciplina que tem por fim o estudo e a descrição dos povos, sua língua, raça, religião, etc, e manifestações materiais de sua atividade) Koch-Grünberg “Vom Roraima Zum Orinoco” (um conjunto de lendas dos índios Taulipangues e Arecunás).
Mário de Andrade chamou essa obra de rapsódia (nome que na música significa composição que envolve uma variedade de motivos populares). Porém, também pode ser chamada de Romance pois apresenta semelhanças com os romances medievais.
Características da obra Macunaíma
Vocábulos indígenas e africanos
Gírias
Provérbios
Ditados populares
Modismos
Anedotas da história brasileira
Erotismo
Surrealismo
O fantástico se confunde com o real
Superstições
Aspectos da vida urbana e rural do Brasil
Outras obras
A escrava que não é Isaura (ensaio)
Primeiro de maio (conto)
Peru de natal (conto)
Vestida de Preto (conto)
Losango cáqui (poesia)
Primeiro Andar (conto)
Contos Novos (conto)
Os filhos da Candinha (crônica)
Amar, verbo intransitivo (romance)
Macunaíma (rapsódia)
O Empalhador de Passarinho (ensaio)
Mário de Andrade morreu em São Paulo em 1945 e atualmente é considerado um dos maiores escritores da literatura brasileira.
Muitos pensam que ele e Oswald de Andrade tinham algum parentesco; porém, não é verdade. Os dois se conheceram em 1917 e por alguma razão desconhecida, essa amizade terminou em 1929.
http://www.infoescola.com/
sexta-feira, 17 de julho de 2015
Dilma diz que não há espaço para "aventuras antidemocráticas" na América do Sul
Dilma diz que não há espaço para "aventuras antidemocráticas" na América do Sul
sexta-feira, 17 de julho de 2015
Presidente Dilma Rousseff durante cúpula do Mercosul em Brasília.
REUTERS/Ueslei Marcelino
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira que não há espaço para "aventuras antidemocráticas" na América do Sul, em meio às crescentes discussões sobre um eventual pedido de impeachment contra ela no Congresso Nacional.
Em plenária de encontro de cúpula do Mercosul em Brasília, a presidente disse também que a crise econômica tem se mostrado persistente e que a recuperação da economia global é incerta, o que aumenta a importância econômica do bloco para os países membros.
(Reportagem de Alonso Soto e Silvio Cascione)
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sexta-feira, 17 de julho de 2015
Presidente Dilma Rousseff durante cúpula do Mercosul em Brasília.
REUTERS/Ueslei Marcelino
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira que não há espaço para "aventuras antidemocráticas" na América do Sul, em meio às crescentes discussões sobre um eventual pedido de impeachment contra ela no Congresso Nacional.
Em plenária de encontro de cúpula do Mercosul em Brasília, a presidente disse também que a crise econômica tem se mostrado persistente e que a recuperação da economia global é incerta, o que aumenta a importância econômica do bloco para os países membros.
(Reportagem de Alonso Soto e Silvio Cascione)
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Cunha rompe com governo e diz que defenderá ida do PMDB para oposição
sexta-feira, 17 de julho de 2015
Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, durante entrevista coletiva em Brasília. 12/05/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou nesta sexta-feira seu rompimento com o governo da presidente Dilma Rousseff e disse que defenderá no congresso do PMDB em setembro que o partido também vá para a oposição.
O anúncio acontece no dia seguinte a depoimento do empresário Julio Camargo, um dos delatores da operação Lava Jato, afirmando que Cunha teria pedido 5 milhões de dólares em propina a ele. O presidente da Câmara disse que o depoimento, aliado ao que chamou de "devassa fiscal" promovida pelo governo contra ele, é uma tentativa do Executivo de constrangê-lo, por isso a decisão de rompimento.
"Eu formalmente, a partir de hoje, estou rompendo com o governo", disse Cunha em entrevista coletiva na Câmara, em Brasília.
Ele negou, no entanto, que sua decisão pessoal terá influência em seu papel institucional como presidente da Câmara.
"Não há nenhum gesto da minha parte que possa dizer: acabou a governabilidade do governo hoje. Mas saibam que o presidente da Câmara a partir de hoje é oposição ao governo."
O deputado repetiu diversas vezes que seu rompimento com o governo é uma posição pessoal e que não fala pela bancada do PMDB ou pelo partido. Ele disse, no entanto, que defenderá no congresso da legenda a ida do PMDB para a oposição a Dilma.
"Vou pregar que a minha posição pessoal possa vir a ser a posição do partido."
Cunha disse ter comunicado sua decisão ao vice-presidente da República, Michel Temer, que é presidente do PMDB e articulador político do governo. Segundo o deputado, não há rompimento com Temer, que disse que "respeita" sua decisão. O presidente da Câmara disse ainda ter conversado por telefone com o presidente do Senado antes de anunciar o rompimento para a imprensa e afirmou que Renan Calheiros (PMDB-AL) tem "a mesma convicção" de que há uma "ação do governo" para constranger o Legislativo.
Renan deve conceder entrevista coletiva ainda nesta sexta, inicialmente para fazer um balanço do semestre legislativo. Originalmente, a entrevista do presidente do Senado estava marcada para esta manhã, mas foi postergada depois do anúncio da coletiva de Cunha.
O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), que é ligado a Cunha, não estava imediatamente disponível para comentar a decisão do aliado.
Em nota, o PMDB disse que a posição de Cunha é pessoal "que se respeita pela tradição democrática do PMDB", mas que uma posição partidária depende de decisão em consulta às instâncias decisórias da legenda.
IMPEACHMENT
Questionado sobre sua posição sobre um eventual pedido de impeachment contra Dilma, Cunha manteve a posição manifestada na véspera, de que um processo de impedimento deve ser tratado dentro da Constituição e não do ponto de vista eleitoral.
As contas do governo Dilma em 2014 serão em breve analisadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que enviará um parecer à Câmara a quem cabe julgar as contas do Executivo.
Um eventual parecer contrário às contas do governo no TCU ou mesmo a rejeição das contas pela Câmara pode abrir caminho para um pedido de impeachment contra Dilma por crime de responsabilidade e caberá a Cunha, como presidente da Câmara, decidir dar ou não seguimento a um eventual pedido de impedimento contra a presidente. Antes mesmo da decisão do TCU, um outro pedido de impeachment foi apresentado na Câmara e deve ter uma decisão de Cunha em até 30 dias. Na véspera ele disse que tinha pedido mais de uma análise jurídica para definir sua posição nesse caso.
ORQUESTRAÇÃO
Assim como fez na véspera, ao rebater as acusações feitas por Camargo em depoimento na Justiça Federal do Paraná, Cunha voltou a centrar fogo no procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e disse que ele atua em articulação com o governo para buscar sua recondução ao cargo neste ano.
O presidente da Câmara disse que Janot adota procedimentos diferentes ao pedir abertura de inquérito contra ele e outros políticos e não buscar investigar Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Comunicação Social), que também tiveram seus nomes citados por delatores na Lava Jato.
"Se for dar valor à declaração do senhor (Alberto) Youssef, deveria ter aberto inquérito contra a presidente da República. E no entanto, ele não fez. Se fosse dar valor ao delator, teria já que ter aberto um inquérito contra o ministro Mercadante, e não o fez", disse Cunha.
"Eu não estou aqui atribuindo culpa à presidente, ou ao ministro Mercadante, não estou dizendo que a delação é verdadeira. Acho até que não deve ser... mas se o procedimento de investigar é igual para todos, deveria ter aberto (inquérito) para todos", acrescentou.
Dilma e Lula teriam, segundo divulgado por veículos de imprensa, sido citados na delação premiada do doleiro Alberto Youssef, apontado como um dos operadores que lavavam dinheiro do esquema bilionário de corrupção na Petrobras.
Também segundo a mídia, Mercadante, Edinho e Dilma foram mencionados pelo dono da empreiteira UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, apontado como um dos chefes do cartel de empresas formado para obter contratos de obras da Petrobras com sobrepreço.
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, durante entrevista coletiva em Brasília. 12/05/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou nesta sexta-feira seu rompimento com o governo da presidente Dilma Rousseff e disse que defenderá no congresso do PMDB em setembro que o partido também vá para a oposição.
O anúncio acontece no dia seguinte a depoimento do empresário Julio Camargo, um dos delatores da operação Lava Jato, afirmando que Cunha teria pedido 5 milhões de dólares em propina a ele. O presidente da Câmara disse que o depoimento, aliado ao que chamou de "devassa fiscal" promovida pelo governo contra ele, é uma tentativa do Executivo de constrangê-lo, por isso a decisão de rompimento.
"Eu formalmente, a partir de hoje, estou rompendo com o governo", disse Cunha em entrevista coletiva na Câmara, em Brasília.
Ele negou, no entanto, que sua decisão pessoal terá influência em seu papel institucional como presidente da Câmara.
"Não há nenhum gesto da minha parte que possa dizer: acabou a governabilidade do governo hoje. Mas saibam que o presidente da Câmara a partir de hoje é oposição ao governo."
O deputado repetiu diversas vezes que seu rompimento com o governo é uma posição pessoal e que não fala pela bancada do PMDB ou pelo partido. Ele disse, no entanto, que defenderá no congresso da legenda a ida do PMDB para a oposição a Dilma.
"Vou pregar que a minha posição pessoal possa vir a ser a posição do partido."
Cunha disse ter comunicado sua decisão ao vice-presidente da República, Michel Temer, que é presidente do PMDB e articulador político do governo. Segundo o deputado, não há rompimento com Temer, que disse que "respeita" sua decisão. O presidente da Câmara disse ainda ter conversado por telefone com o presidente do Senado antes de anunciar o rompimento para a imprensa e afirmou que Renan Calheiros (PMDB-AL) tem "a mesma convicção" de que há uma "ação do governo" para constranger o Legislativo.
Renan deve conceder entrevista coletiva ainda nesta sexta, inicialmente para fazer um balanço do semestre legislativo. Originalmente, a entrevista do presidente do Senado estava marcada para esta manhã, mas foi postergada depois do anúncio da coletiva de Cunha.
O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), que é ligado a Cunha, não estava imediatamente disponível para comentar a decisão do aliado.
Em nota, o PMDB disse que a posição de Cunha é pessoal "que se respeita pela tradição democrática do PMDB", mas que uma posição partidária depende de decisão em consulta às instâncias decisórias da legenda.
IMPEACHMENT
Questionado sobre sua posição sobre um eventual pedido de impeachment contra Dilma, Cunha manteve a posição manifestada na véspera, de que um processo de impedimento deve ser tratado dentro da Constituição e não do ponto de vista eleitoral.
As contas do governo Dilma em 2014 serão em breve analisadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que enviará um parecer à Câmara a quem cabe julgar as contas do Executivo.
Um eventual parecer contrário às contas do governo no TCU ou mesmo a rejeição das contas pela Câmara pode abrir caminho para um pedido de impeachment contra Dilma por crime de responsabilidade e caberá a Cunha, como presidente da Câmara, decidir dar ou não seguimento a um eventual pedido de impedimento contra a presidente. Antes mesmo da decisão do TCU, um outro pedido de impeachment foi apresentado na Câmara e deve ter uma decisão de Cunha em até 30 dias. Na véspera ele disse que tinha pedido mais de uma análise jurídica para definir sua posição nesse caso.
ORQUESTRAÇÃO
Assim como fez na véspera, ao rebater as acusações feitas por Camargo em depoimento na Justiça Federal do Paraná, Cunha voltou a centrar fogo no procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e disse que ele atua em articulação com o governo para buscar sua recondução ao cargo neste ano.
O presidente da Câmara disse que Janot adota procedimentos diferentes ao pedir abertura de inquérito contra ele e outros políticos e não buscar investigar Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Comunicação Social), que também tiveram seus nomes citados por delatores na Lava Jato.
"Se for dar valor à declaração do senhor (Alberto) Youssef, deveria ter aberto inquérito contra a presidente da República. E no entanto, ele não fez. Se fosse dar valor ao delator, teria já que ter aberto um inquérito contra o ministro Mercadante, e não o fez", disse Cunha.
"Eu não estou aqui atribuindo culpa à presidente, ou ao ministro Mercadante, não estou dizendo que a delação é verdadeira. Acho até que não deve ser... mas se o procedimento de investigar é igual para todos, deveria ter aberto (inquérito) para todos", acrescentou.
Dilma e Lula teriam, segundo divulgado por veículos de imprensa, sido citados na delação premiada do doleiro Alberto Youssef, apontado como um dos operadores que lavavam dinheiro do esquema bilionário de corrupção na Petrobras.
Também segundo a mídia, Mercadante, Edinho e Dilma foram mencionados pelo dono da empreiteira UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, apontado como um dos chefes do cartel de empresas formado para obter contratos de obras da Petrobras com sobrepreço.
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quinta-feira, 16 de julho de 2015
Cunha diz que impeachment de Dilma não é improvável, mas seria passo atrás para democracia
quinta-feira, 16 de julho de 2015
Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, em Brasília. 12/05/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quinta-feira que o impeachment da presidente Dilma Rousseff não é improvável, mas seria um passo atrás para a democracia e não deveria ocorrer.
Cunha afirmou, em entrevista a jornalistas, que pediu análises jurídicas sobre pedido de impeachment protocolado na Câmara e espera ter uma posição nos próximos 30 dias.
O deputado afirmou ainda que seu partido já não “aguenta mais” a aliança com o PT, e que o discurso unificado do PMDB a favor de uma candidatura própria para a Presidência em 2018 foi um “recado” à sociedade.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
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Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, em Brasília. 12/05/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quinta-feira que o impeachment da presidente Dilma Rousseff não é improvável, mas seria um passo atrás para a democracia e não deveria ocorrer.
Cunha afirmou, em entrevista a jornalistas, que pediu análises jurídicas sobre pedido de impeachment protocolado na Câmara e espera ter uma posição nos próximos 30 dias.
O deputado afirmou ainda que seu partido já não “aguenta mais” a aliança com o PT, e que o discurso unificado do PMDB a favor de uma candidatura própria para a Presidência em 2018 foi um “recado” à sociedade.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
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quarta-feira, 15 de julho de 2015
James Koufos o australiano que se comoveu com o aposentado grego.
JAMES KOUFOS E SUA ESPOSA
Essa imagem - a de um aposentado de Tessalônica chorando sentado no chão, do lado de fora de uma agência bancária, com sua caderneta da poupança nas mãos e a carteira de identidade no chão - retrata o drama vivido, hoje, pelos gregos.
James Koufos o australiano que se comoveu com o aposentado grego.
Diante das agitações provocadas nos últimos dias pela crise econômica grega que abalou as estruturas da Zona do Euro e a vida da população grega. Um caso que chamou a atenção do mundo e passou a ser visto como Símbolo da Crise no País, foi a reportagem na TV de um aposentado grego desesperado Giorgos Shatzifotiadis, de 77 anos, que não conseguiu tirar a quantia exata no banco para comprar os medicamentos necessários para sua esposa doente. Já que havia um limite de 60 euros por cidadão por parte das autoridades, diante daquela situação o aposentado começou a chorar e a se desesperar. Pois bem enquanto a União Europeia estudava uma forma de tirar o país da crise a longo prazo. O aposentado grego pode sorrir de felicidades, pois o mesmo encontrou um Anjo em sua vida. Estamos falando de um australiano preocupado com as causas sociais James Koufos que ao assistir a reportagem, descobriu que o idoso se tratava de um velho amigo de seu pai. Já que Koufos é descendente de gregos. Pois bem a partir daquele momento James Koufos acionou todas as redes sociais para que encontrassem o velho amigo de seu pai. E prometeu como um grande ser humano que é, e em nome do povo grego ajudar o idoso Giorgos Shatzifotiadis até o fim de sua vida. Essa atitude nobre lhe rendeu uma série de comentários carinhosos nos sites de notícias e nas redes sociais do mundo inteiro. Um belo final de uma história comovente a parte. Agora só resta saber qual será o futuro do povo grego diante dessa crise tão avassaladora. O legal seria se todos os dirigentes da União Europeia e do mundo pensasse e agisse como o grande ser humano James Koufos. Acredito eu, que grande parte dos problemas do mundo seriam resolvidos. Conversando agora pouco com James Koufos sobre o caso no FACEBOOK, ele me contou de primeira mão que estará amanhã na Grécia para se encontrar com o velho amigo de seu pai.
Alarcon
www.historianews21.blogspot.com.br
James Koufos o australiano que se comoveu com o aposentado grego.
Diante das agitações provocadas nos últimos dias pela crise econômica grega que abalou as estruturas da Zona do Euro e a vida da população grega. Um caso que chamou a atenção do mundo e passou a ser visto como Símbolo da Crise no País, foi a reportagem na TV de um aposentado grego desesperado Giorgos Shatzifotiadis, de 77 anos, que não conseguiu tirar a quantia exata no banco para comprar os medicamentos necessários para sua esposa doente. Já que havia um limite de 60 euros por cidadão por parte das autoridades, diante daquela situação o aposentado começou a chorar e a se desesperar. Pois bem enquanto a União Europeia estudava uma forma de tirar o país da crise a longo prazo. O aposentado grego pode sorrir de felicidades, pois o mesmo encontrou um Anjo em sua vida. Estamos falando de um australiano preocupado com as causas sociais James Koufos que ao assistir a reportagem, descobriu que o idoso se tratava de um velho amigo de seu pai. Já que Koufos é descendente de gregos. Pois bem a partir daquele momento James Koufos acionou todas as redes sociais para que encontrassem o velho amigo de seu pai. E prometeu como um grande ser humano que é, e em nome do povo grego ajudar o idoso Giorgos Shatzifotiadis até o fim de sua vida. Essa atitude nobre lhe rendeu uma série de comentários carinhosos nos sites de notícias e nas redes sociais do mundo inteiro. Um belo final de uma história comovente a parte. Agora só resta saber qual será o futuro do povo grego diante dessa crise tão avassaladora. O legal seria se todos os dirigentes da União Europeia e do mundo pensasse e agisse como o grande ser humano James Koufos. Acredito eu, que grande parte dos problemas do mundo seriam resolvidos. Conversando agora pouco com James Koufos sobre o caso no FACEBOOK, ele me contou de primeira mão que estará amanhã na Grécia para se encontrar com o velho amigo de seu pai.
Alarcon
www.historianews21.blogspot.com.br
Não pode ficar só nessa agenda de Lava Jato", disse Lula
Não pode ficar só nessa agenda de Lava Jato", disse Lula
REUTERS/Paulo Whitaker
Lula em seminário chamado "Novos caminhao da democracia", em São Paulo
"Tem que governar, ir para a rua, conversar com o povo, divulgar os seus programas. Não pode ficar só nessa agenda de Lava Jato e ajuste fiscal", disse Lula a Dilma
Vera Rosa, do Estadão Conteúdo
Tânia Monteiro e Rafael Moraes Moura, do Estadão Conteúdo
Brasília - Preocupado com os efeitos da Operação Lava Jato sobre o governo, que já enfrenta grave crise política, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na terça-feira, 14, com a presidente Dilma Rousseff e ministros, no Palácio da Alvorada, para montar a estratégia de reação.
No diagnóstico de Lula, o estrago foi grande com as buscas e apreensões realizadas em casas de políticos da base aliada, como o senador Fernando Collor (PTB-AL), e o cenário previsto é de mais dificuldades.
"Preparem-se porque as coisas vão ficar piores", afirmou o ex-presidente, segundo relatos obtidos pelo jornal "O Estado de S. Paulo". O encontro começou por volta de meio-dia, com um almoço, e terminou às 16h30.
Lula estava furioso com a forma como a Polícia Federal vem agindo e disse a Dilma que ela precisa sair logo dessa agenda negativa.
"Você não tem que ficar falando de Lava Jato", esbravejou Lula, de acordo com dois participantes da reunião no Alvorada. "Você tem que governar, ir para a rua, conversar com o povo, divulgar os seus programas. Não pode ficar só nessa agenda de Lava Jato e ajuste fiscal."
Antes de se reunir com Dilma, Lula esteve com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Pediu a ele que insista em divulgar as medidas para a etapa seguinte ao ajuste porque, na sua avaliação, o governo deve "vender" esperança.
Para o ex-presidente, a aprovação de Dilma e mesmo a dele desmoronaram muito mais por problemas na economia do que por denúncias de corrupção na Petrobras.
Lula disse a Levy que o governo ainda erra na comunicação. "O ajuste fiscal não pode ser apresentado como um fim em si mesmo", insistiu. "O que nós temos que mostrar para as pessoas é onde queremos chegar."
A conversa entre os dois foi cordial. Tanto que, no Alvorada, Lula afirmou que as divergências entre Levy e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, sobre a redução da meta fiscal precisam ser contornadas. O ex-presidente cobrou unidade no governo e chegou a elogiar o vice Michel Temer, que comanda o PMDB e é articulador político do Planalto.
Dilma concordou com o padrinho, mas não escondeu a insatisfação com as últimas críticas feitas por ele. Afirmou, ainda, nada poder fazer em relação às investigações da PF.
Nos bastidores, políticos dizem que os próximos alvos são os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Quebrando o gelo
Lula não conversava com Dilma havia quase um mês, desde que criticou a estratégia do Planalto para sair da crise. Num encontro com religiosos, o ex-presidente disse que ele e a sucessora estavam no "volume morto".
O receio do governo é que o novo movimento da PF provoque ainda mais tensão no relacionamento com a base, no momento em que Dilma que sofre ameaças de impeachment.
Há quem avalie, porém, que, se Cunha e Renan forem denunciados, o discurso pró-saída de Dilma perde consistência no Congresso.
Além de Lula, participaram da reunião no Alvorada os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Edinho Silva (Comunicação Social), Jaques Wagner (Defesa), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), o governador de Minas, Fernando Pimentel, e o presidente do PT, Rui Falcão. Pimentel é alvo de operação da PF que apura arrecadação ilegal de dinheiro em suas campanhas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Tópicos: Ajuste fiscal, Governo Dilma, Presidente Lula, Luiz Inácio Lula da Silva, Personalidades, Políticos, Políticos brasileiros, PT, Política no Brasil
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REUTERS/Paulo Whitaker
Lula em seminário chamado "Novos caminhao da democracia", em São Paulo
"Tem que governar, ir para a rua, conversar com o povo, divulgar os seus programas. Não pode ficar só nessa agenda de Lava Jato e ajuste fiscal", disse Lula a Dilma
Vera Rosa, do Estadão Conteúdo
Tânia Monteiro e Rafael Moraes Moura, do Estadão Conteúdo
Brasília - Preocupado com os efeitos da Operação Lava Jato sobre o governo, que já enfrenta grave crise política, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na terça-feira, 14, com a presidente Dilma Rousseff e ministros, no Palácio da Alvorada, para montar a estratégia de reação.
No diagnóstico de Lula, o estrago foi grande com as buscas e apreensões realizadas em casas de políticos da base aliada, como o senador Fernando Collor (PTB-AL), e o cenário previsto é de mais dificuldades.
"Preparem-se porque as coisas vão ficar piores", afirmou o ex-presidente, segundo relatos obtidos pelo jornal "O Estado de S. Paulo". O encontro começou por volta de meio-dia, com um almoço, e terminou às 16h30.
Lula estava furioso com a forma como a Polícia Federal vem agindo e disse a Dilma que ela precisa sair logo dessa agenda negativa.
"Você não tem que ficar falando de Lava Jato", esbravejou Lula, de acordo com dois participantes da reunião no Alvorada. "Você tem que governar, ir para a rua, conversar com o povo, divulgar os seus programas. Não pode ficar só nessa agenda de Lava Jato e ajuste fiscal."
Antes de se reunir com Dilma, Lula esteve com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Pediu a ele que insista em divulgar as medidas para a etapa seguinte ao ajuste porque, na sua avaliação, o governo deve "vender" esperança.
Para o ex-presidente, a aprovação de Dilma e mesmo a dele desmoronaram muito mais por problemas na economia do que por denúncias de corrupção na Petrobras.
Lula disse a Levy que o governo ainda erra na comunicação. "O ajuste fiscal não pode ser apresentado como um fim em si mesmo", insistiu. "O que nós temos que mostrar para as pessoas é onde queremos chegar."
A conversa entre os dois foi cordial. Tanto que, no Alvorada, Lula afirmou que as divergências entre Levy e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, sobre a redução da meta fiscal precisam ser contornadas. O ex-presidente cobrou unidade no governo e chegou a elogiar o vice Michel Temer, que comanda o PMDB e é articulador político do Planalto.
Dilma concordou com o padrinho, mas não escondeu a insatisfação com as últimas críticas feitas por ele. Afirmou, ainda, nada poder fazer em relação às investigações da PF.
Nos bastidores, políticos dizem que os próximos alvos são os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Quebrando o gelo
Lula não conversava com Dilma havia quase um mês, desde que criticou a estratégia do Planalto para sair da crise. Num encontro com religiosos, o ex-presidente disse que ele e a sucessora estavam no "volume morto".
O receio do governo é que o novo movimento da PF provoque ainda mais tensão no relacionamento com a base, no momento em que Dilma que sofre ameaças de impeachment.
Há quem avalie, porém, que, se Cunha e Renan forem denunciados, o discurso pró-saída de Dilma perde consistência no Congresso.
Além de Lula, participaram da reunião no Alvorada os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Edinho Silva (Comunicação Social), Jaques Wagner (Defesa), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), o governador de Minas, Fernando Pimentel, e o presidente do PT, Rui Falcão. Pimentel é alvo de operação da PF que apura arrecadação ilegal de dinheiro em suas campanhas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Tópicos: Ajuste fiscal, Governo Dilma, Presidente Lula, Luiz Inácio Lula da Silva, Personalidades, Políticos, Políticos brasileiros, PT, Política no Brasil
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Edgar Allan Poe
Edgar Allan Poe
Por Paula Perin dos Santos
Edgar Allan Poe (1809-1849), poeta, crítico e contista, nasceu em Boston, representando uma tendência à parte do movimento geral do Romantismo nos EUA. A tendência dos escritores pelo fantástico, pelo misterioso, pelo macabro. Cultivando na sua obra esses temas, Poe personifica uma das tendências mais marcantes do movimento romântico transplantado da Inglaterra para a América.
A vida de Edgar Allan Poe foi marcada pelo sofrimento. Seus pais eram atores de teatro. Depois que Edgar nasceu não se ouviu mais falar de seu pai. A mãe faleceu pouco tempo depois, vítima de tuberculose. Ele e seus irmãos foram adotados por John Allan e sua esposa, prósperos negociantes em Baltimore, onde Poe freqüentou a escola primária. Depois estudou na Inglaterra e, em seguida, na Universidade de Virgínia (EUA).
Desde cedo Poe demonstrou interesse em ser escritor e isso desgostava o Tio Allan, que era um homem de negócios e não se conformava com a determinação do garoto. Isso fez com que Poe crescesse com o sentimento de que o tio o rejeitava.
Publicou seu primeiro livro de poemas pouco depois de abandonar a Universidade. Dedicou-se à carreira militar, sabendo que não poderia viver só de literatura. Mas não se adaptou à disciplina militar e deixou a carreira das armas.
Passou a escrever para viver e se tornou editor de uma conceituada revista de Richmond: a “Mensageiro Literário do Sul”. Foi um período feliz na vida de Edgar. Casou-se com Virgínia, uma prima bem jovem. Pouco depois, perdeu o emprego, passou por dificuldades financeiras, a esposa adoeceu e, apesar de sua dedicação ao cuidar dela, ela faleceu.
Edgar Allan Poe foi o mais romântico dos principais escritores americanos. Em suas obras, ele não se preocupava em abordar os problemas entre o bem e o mal, nem tampouco dar lições de comportamento. Ele acreditava que, se fosse capaz de criar a beleza e tocar a sensibilidade dos seus leitores, já era o bastante.
Os poemas mais famosos de Poe são O corvo e Os sinos. Alguns críticos preferem “Para Helena” e “Annabel Lee”. O poeta acreditava que nada seria mais romântico que um poema sobre a morte de uma mulher bonita. Muitas de suas obras exploram a temática do sofrimento causado pela morte de um amante. Outra característica de sua poesia é a musicalidade, dando a impressão de que o som é mais importante que o sentido.
Edgar Allan Poe é considerado o “criador” do conto policial, mas seu principal mérito está na habilidade com que montava suas histórias. Ele as planejava como um bom arquiteto planeja um edifício, envolvendo o leitor de tal maneira que o conduz “hipnoticamente” ao desfecho da história. Isso revela o dualismo de sua arte e personalidade: de um lado “visionário e idealista”, mergulhado em poemas de tristeza e narrativas de horror e policiais. Um homem de vida conturbada, dominado pelo vício do álcool e excesso de ópio. Por outro lado, era um “artesão exigente”, um escritor que orgulhava de sua técnica e do racionalismo com que criava suas histórias. É essa dualidade que o projeta como um dos mestres da literatura mundial.
Principais Obras:
Contos
O gato preto, Ligéia, O coração delator, A queda da casa de Usher, O poço e o pêndulo, Berenice, O barril de Amontillado, Assassinato de Maria Roget, Os crimes da Rua Morgue, A Máscara da Morte Escarlate, William Wilson, A carta roubada, O Retrato Oval.
Poemas
O Corvo e outros Poemas (1845), Annabel Lee, A cidade do mar, Para Helena.
Fontes
POE, Edgar Allan. Biblioteca Universal Estados Unidos: Contos. São Paulo, Três, 1974, p. 09-15.
http://www.infoescola.com/
Collor escondeu Porsche e Lamborghini da Justiça
Collor escondeu Porsche e Lamborghini da Justiça
Leandro Mazzini 15/07/2015
A Lamborghini do senador Collor, avaliada em R$ 3,3 milhões, dirigida por um agente da PF. Foto: Folha/UOL
O Lamborghini do senador Collor, avaliada em R$ 3,3 milhões, dirigida por um agente da PF. Foto: Folha/UOL
Vinte e quatro anos depois da queda de Fernando Collor da Presidência da República, a famigerada e indevassável Casa da Dinda em Brasília, sua residência oficial, virou alvo de operação da Polícia Federal.
Os agentes saíram de lá com três caros carros importados: uma Ferrari, um Lamborghini e um Porsche.
Alvo da Operação Lava Jato, com as apreensões o senador Collor agora pode ter problemas também com a Justiça Eleitoral. ‘Apreenderam três veículos de minha propriedade’, frisou Collor na tribuna do Senado no fim da tarde de ontem, num discurso de protesto. Ocorre que o senador não declarou na relação de bens ao TSE, na campanha do ano passado, o Lamborghini e o Porsche.
Collor dirige o Lamborghini (R$ 3,3 milhões) e o Porsche (R$ 900 mil) por Brasília há mais de ano, indicam fontes ouvidas. Procurada, a assessoria do senador não retornou.
No seu discurso no Senado, no fim do dia, Collor criticou a operação da PF, a chamou de irregular e espetaculosa, por ‘recolher bens declarados’.
Ano passado o senador Collor, ao disputar a reeleição para o Senado, declarou à Justiça R$ 20,3 milhões em patrimônio entre imóveis, terrenos, cotas de empresas, automóveis etc.
UM JARDIM DE POSSANTES
Collor tem mais de R$ 3,6 milhões declarados apenas em carros. Citou à Justiça uma BMW avaliada em R$ 714 mil, dois Kia Carnival (de R$ 183 mil e de R$ 133 mil), a Ferrari (R$ 1,9 milhão), um Toyota Land Cruiser (R$ 180 mil), um Mercedes E320 (R$ 342 mil), duas picape Hillux (R$ 142 mil e R$ 14 mil, versão antiga).
São 14 carros no total. Segue a lista: um Hyunday Vera Cruz (R$ 132 mil), um Honda Accord (R$ 51 mil) e uma Land Rover (R$ 114 mil); Um Citroen C6 (R$ 322 mil), um Gol Rally (R$ 27 mil) e um Cadilac SRX (R$ 65 mil).
http://colunaesplanada.blogosfera.uol.com.br/
Leandro Mazzini 15/07/2015
A Lamborghini do senador Collor, avaliada em R$ 3,3 milhões, dirigida por um agente da PF. Foto: Folha/UOL
O Lamborghini do senador Collor, avaliada em R$ 3,3 milhões, dirigida por um agente da PF. Foto: Folha/UOL
Vinte e quatro anos depois da queda de Fernando Collor da Presidência da República, a famigerada e indevassável Casa da Dinda em Brasília, sua residência oficial, virou alvo de operação da Polícia Federal.
Os agentes saíram de lá com três caros carros importados: uma Ferrari, um Lamborghini e um Porsche.
Alvo da Operação Lava Jato, com as apreensões o senador Collor agora pode ter problemas também com a Justiça Eleitoral. ‘Apreenderam três veículos de minha propriedade’, frisou Collor na tribuna do Senado no fim da tarde de ontem, num discurso de protesto. Ocorre que o senador não declarou na relação de bens ao TSE, na campanha do ano passado, o Lamborghini e o Porsche.
Collor dirige o Lamborghini (R$ 3,3 milhões) e o Porsche (R$ 900 mil) por Brasília há mais de ano, indicam fontes ouvidas. Procurada, a assessoria do senador não retornou.
No seu discurso no Senado, no fim do dia, Collor criticou a operação da PF, a chamou de irregular e espetaculosa, por ‘recolher bens declarados’.
Ano passado o senador Collor, ao disputar a reeleição para o Senado, declarou à Justiça R$ 20,3 milhões em patrimônio entre imóveis, terrenos, cotas de empresas, automóveis etc.
UM JARDIM DE POSSANTES
Collor tem mais de R$ 3,6 milhões declarados apenas em carros. Citou à Justiça uma BMW avaliada em R$ 714 mil, dois Kia Carnival (de R$ 183 mil e de R$ 133 mil), a Ferrari (R$ 1,9 milhão), um Toyota Land Cruiser (R$ 180 mil), um Mercedes E320 (R$ 342 mil), duas picape Hillux (R$ 142 mil e R$ 14 mil, versão antiga).
São 14 carros no total. Segue a lista: um Hyunday Vera Cruz (R$ 132 mil), um Honda Accord (R$ 51 mil) e uma Land Rover (R$ 114 mil); Um Citroen C6 (R$ 322 mil), um Gol Rally (R$ 27 mil) e um Cadilac SRX (R$ 65 mil).
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terça-feira, 14 de julho de 2015
Eduardo da Fonte no Esquema de Corrupção da lava Jato
Eduardo da Fonte
O doleiro Alberto Youssef disse que o deputado federal pernambucano Eduardo da Fonte (PP) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI) receberam entre 2010 e 2011 propinas de valores, ainda não determinados, pagos pela construtora Queiroz Galvão. Os recursos seriam para a implantação de tubo vias em Abreu e Lima. O contrato referente a este serviço é da ordem de R$ 2,7 bilhões. A Queiroz Galvão foi uma das responsáveis pela construção da Refinaria Abreu e Lima, no município de Ipojuca, no Grande Recife.
Ainda segundo o delator,Eduardo da Fonte, é acusado de intermediar a aproximação do esquema com o então senador Sérgio Guerra (PSDB), morto em março de 2014. As propinas seriam para evitar a instalação de uma CPI no Congresso. O ex-presidente do PSDB, o pernambucano Sérgio Guerra também teria sido um dos beneficiários pela propina paga pela Queiroz Galvão. O tucano recebeu, de acordo com Youssef, parte dos R$ 10 milhões destinados para impedir a realização da CPI da Petrobras.
Até quando OS CURDOS ficarão sem um ESTADO?
Até quando OS CURDOS ficarão sem um ESTADO?
Nick Cohen
Curdos estão certos ao classificar o islã radical como fascismo, mas o Ocidente é tímido demais para deter este grupo.
Sem saber ou se importar, os curdos que protestam contra a aceitação pelo mundo de que Kobani caia nas mãos do Estado Islâmico inflamaram duas causas agudas de desconforto ocidental. Eles não hesitaram em descrever o islã radical como "fascismo" e em ver Kobani como a Guernica de nossa geração. Eles foram igualmente rápidos em perguntar à "comunidade internacional" algo que ela não quer escutar: por quantos anos ainda vai permitir que um dos maiores e mais perseguidos grupos étnicos do mundo viva sem um Estado próprio?
"Flutuem nas ondas até Kobani", os manifestantes entoaram durante protestos inúteis contra a inação turca, que vem a ser colaboração. "Parem com o fascismo do EI."
Para mim, parece óbvio que a religião militante é uma força reacionária radical. Qualquer que seja sua forma, ela tritura os direitos das mulheres e nega as liberdades básicas da sociedade liberal. Está igualmente claro que sua variante islâmica se apoia em um grau extraordinário nas teorias da Europa fascista sobre a conspiração judaica. Se você duvida, veja a declaração nos documentos de fundação do Hamas de que os judeus "estiveram por trás da Revolução Francesa [e] da revolução comunista". Poderia ter vindo de Hitler. (Mas até Adolf teria hesitado em repetir a alegação do Hamas de que os judeus também criaram "os Rotary Clubs [e] os Lions" para alcançar "interesses sionistas".)
O islã radical, como o fascismo antes dele, chafurda no culto da morte: "Morte à inteligência! Longa vida à morte!", gritou o general franquista José Millán Astray em 1936. "Nós amamos a morte mais do que vocês amam a vida", gritam os combatentes islâmicos hoje. Existe o mesmo apoio de financistas e empresários, do que nós velhos esquerdistas costumávamos chamar de burguesia capitalista, e a mesma crença comum de que as mulheres não podem aspirar a ser qualquer coisa além de esposas obedientes.
Em um sentido, o islã radical supera os fascistas e até os comunistas. Os velhos totalitarismos podiam prometer a seus seguidores que a morte levaria apenas à maior glória da pátria ou à vitória inevitável da classe trabalhadora. Um radical islâmico pode dizer a seus executores que a morte não apenas aumentará o triunfo global do islã como levará o mártir ao paraíso.
Não posso encontrar boas bases para discordar dos esquerdistas iranianos que chamam o islamismo radical de fascismo da nossa época. Ninguém diz que você não pode falar sobre a "direita cristã" nos Estados Unidos, ao descrever os colonos judeus messiânicos nos territórios ocupados por Israel como "ultradireitistas". Fale da direita islâmica, porém, ou mencione suas ligações com a tradição fascista no Ocidente, e encontrará incompreensão irritada. Eu perdi a conta do número de vezes que adversários me disseram que o fascismo se baseava em Estados, e não em religiões. Alguns aceitavam que era legítimo descrever o Iraque de Saddam Hussein como fascista. Ele tinha todos os adereços: o grande líder com sua imagem em toda tela de TV e o Estado de partido único determinado a exterminar os racialmente impuros – os curdos, no caso do Iraque. Mas, eles continuavam em tons de dar calafrios, usar a mesma linguagem sobre extremistas religiosos era um jogo linguístico perigoso.
Muitos liberais temem que condenar o islamismo radical em uma linguagem clara de esquerda permitirá que a extrema-direita branca pinte todos os muçulmanos como extremistas. Uma esquerda liberal com princípios realmente rejeitaria suas preocupações e se oporia tanto ao racismo branco quanto ao preconceito religioso com a mesma força e, como gosto de dizer, pelos mesmos motivos. Ela tem ainda mais causas para fazê-lo agora que o islamismo radical tem um Estado, o Estado Islâmico com seu próprio califa supremo, Abu Bakr al-Baghdadi, e todos os armamentos modernos que o exército iraquiano deixou para trás ao fugir.
Como Saddam Hussein, o Estado Islâmico está decidido a usar suas armas para exterminar os curdos. Se você vive no Curdistão iraquiano, as finas distinções entre o totalitarismo baseado no Estado fascista e o totalitarismo religioso desapareceram. Tudo o que você sabe é que durante décadas assassinos marcharam em direção à sua terra natal querendo matá-lo porque você é da raça errada ou adora seu deus da maneira errada.
Amigos curdos iraquianos descrevem a década após a queda de Saddam Hussein como seus "anos dourados". No Iraque, se não nas áreas curdas do Irã, da Síria e da Turquia, eles tinham autonomia. A economia florescia e, apesar dos problemas habituais de corrupção proporcionados pela exploração do petróleo, os curdos construíram uma sociedade decente com proteções, embora imperfeitas, aos direitos das mulheres e das minorias religiosas. Apesar de a paz ter terminado com os ataques do Estado Islâmico, um estrangeiro poderia pensar que a sorte dos curdos estava melhorando.
Depois de duas décadas em que os ocidentais liberais defenderam o direito dos palestinos a ter um Estado, mas nunca mencionaram os curdos sem Estado, há manifestações animadoras de camaradagem na esquerda europeia. De modo mais significativo, os Estados Unidos e a Europa precisam dos curdos. Barack Obama e David Cameron garantem a seus eleitores que não haverá "botas em campo". Os peshmerga curdos irão à luta por nós. Os curdos lutaram contra Saddam Hussein, que já foi um aliado do Ocidente e virou inimigo do Ocidente. Hoje eles combatem o Estado Islâmico, que nossos líderes condenam como o movimento mais bárbaro do planeta. As regras normais da política ditam que eles deveriam ser recompensados por seus sacrifícios, particularmente quando é tão fácil encontrar uma recompensa adequada.
Os curdos iraquianos estão organizando um referendo de independência, sob a alegação de que o Iraque é um Estado falido cujas fronteiras foram traçadas por colonialistas europeus mortos e cujos governantes só lhes trouxeram terror. De modo tocante, eles enviaram representantes à Escócia para aprender como o mundo civilizado resolve essas coisas. Eles também aprenderam a amarga lição de que, por mais liberal que seja sua sociedade ou corajosos seus combatentes, o mundo civilizado não aceitará seu direito à autodeterminação.
O Ocidente e os países árabes temem que um acordo justo para os curdos do Iraque perturbe a Turquia, apesar de os curdos iraquianos serem escrupulosos em seu apoio ao protesto interno turco-curdo pela paz e não façam reivindicações territoriais. Somado a isso, há o medo mais amplo de que a liberdade para os curdos, mesmo depois de tudo o que eles sofreram e sofrerão nas lutas contra o fascismo moderno em todas as suas formas, perturbe a "estabilidade do Oriente Médio".
Eu conheço Bayan Abdul Rahman, a maravilhosa embaixatriz do Curdistão iraquiano na Grã-Bretanha, há vários anos. Ela é uma diplomata modelo: de fala suave, educada e discreta. Mas quando ouve arengas sobre a "estabilidade" no Oriente Médio ela solta um desabafo totalmente antidiplomático. "Estabilidade?", grita. "Que estabilidade? Por quanto tempo teremos de ser punidos por uma estabilidade que não existe?"
Carta Capital / Diário Liberdade
http://brasilsoberanoelivre.blogspot.com.br/
Fonte: Wikipedia
Os Curdos
Curdos
(Kurd)
População total
27 a 36 milhões
Regiões com população significativa
Curdistão: Turquia, Irã, Iraque, Síria e Armênia
Línguas
curdo, zazaki, gorani, turco, árabe, persa
Religiões
Islamismo (maioritariamente sunita), Iazdânismo
Os curdos (em curdo: Kurd; em turco: Kürtler) são um grupo étnico que se considera como sendo nativo de uma região frequentemente referida como Curdistão, que inclui partes adjacentes do Irã, Iraque, Síria , Turquia , Armênia e Geórgia. Também há comunidades curdas no Líbano, Azerbaijão (Kalbajar e Lachin, a oeste de Nagorno-Karabakh) e, em décadas recentes, em alguns países europeus e nos Estados Unidos. Etnicamente aparentados com outros povos iranianos, eles falam curdo, uma língua indo-europeia do ramo iraniano. Todavia, as origens étnicas curdas são incertas.
De acordo com Vladimir Minorsky, "não há dúvidas que o termo mar (medos) se refere aos curdos". Além disso, ele escreve que "no raro manuscrito armênio contendo amostras de alfabetos e línguas, escrito em algum momento antes de 1446, uma oração curda aparece como exemplo da língua dos medos"
População
O número exato de curdos vivendo no Oriente Médio ainda não se sabe, devido à análise dos recenseamentos recentes e à relutância dos vários governos das regiões habitadas por curdos em fornecer dados importantes.
De acordo com o CIA Factbook, os curdos compreendem 20% da população da Turquia, de 15 a 20% no Iraque, possivelmente 8% na Síria, 7% no Irã e 1,3% na Armênia. Em todos estes países com exceção do Irã, os curdos são o segundo maior grupo étnico. Aproximadamente 55% dos curdos no mundo vivem na Turquia, 20% no Irã, 20% no Iraque e um pouco menos de 5% na Síria. Estas estimativas estabelecem o número total de curdos entre 27 e 36 milhões.
Há outras fontes que registram uma população maior de curdos que a que está acima. Além disso, estima-se que os curdos, especialmente na Turquia, têm um índice de natalidade quase 50% mais que os turcos. Devido a isso, eles são vistos como um desafio demográfico para o estado.
PF cumpre mandados de busca e apreensão contra Collor no âmbito da Lava Jato
PF cumpre mandados de busca e apreensão contra Collor no âmbito da Lava Jato
terça-feira, 14 de julho de 2015
(Reuters) - A Polícia Federal lançou nesta terça-feira ação para cumprir mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da operação Lava Jato e, segundo a mídia, o senador e ex-presidente Fernando Collor de Melo (PTB-AL) foi um dos alvos.
Policiais estiveram nas residências de Collor em Brasília e Alagoas, e também foram à TV Gazeta no Estado nordestino, que tem Collor como um dos principais acionistas, segundo reportagens. O também senador Ciro Nogueira (PP-PI) seria outro alvo da chamada Operação Politéia, de acordo com a mídia.
A investigação contra Collor foi autorizada pelo STF após pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por suspeita de envolvimento no esquema bilionário de corrupção na Petrobras investigado pela Lava Jato.
Em comunicado, a Polícia Federal informou que a nova operação tem como objetivo o cumprimento de 53 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF referentes a seus processos instaurados a partir de provas obtidas na Lava Jato.
Os mandados foram expedidos para os Estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo, além do Distrito Federal.
"As buscas ocorrem na residência de investigados, em seus endereços funcionais, sedes de empresas, em escritórios de advocacia e órgãos públicos", disse a PF em nota.
"As medidas decorrem de representações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal nas investigações que tramitam no Supremo. Elas têm como objetivo principal evitar que provas importantes sejam destruídas pelos investigados."
Segundo a polícia, os investigados respondem a acusações por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, fraude a licitação, organização criminosa, entre outros.
A Lava Jato investiga um esquema de corrupção na Petrobras no qual empreiteiras formaram um cartel para vencerem contratos de obras da estatal. Em troca, pagavam propina a funcionários da empresa, a operadores que lavavam dinheiro do esquema, a políticos e partidos.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
terça-feira, 14 de julho de 2015
(Reuters) - A Polícia Federal lançou nesta terça-feira ação para cumprir mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da operação Lava Jato e, segundo a mídia, o senador e ex-presidente Fernando Collor de Melo (PTB-AL) foi um dos alvos.
Policiais estiveram nas residências de Collor em Brasília e Alagoas, e também foram à TV Gazeta no Estado nordestino, que tem Collor como um dos principais acionistas, segundo reportagens. O também senador Ciro Nogueira (PP-PI) seria outro alvo da chamada Operação Politéia, de acordo com a mídia.
A investigação contra Collor foi autorizada pelo STF após pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por suspeita de envolvimento no esquema bilionário de corrupção na Petrobras investigado pela Lava Jato.
Em comunicado, a Polícia Federal informou que a nova operação tem como objetivo o cumprimento de 53 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF referentes a seus processos instaurados a partir de provas obtidas na Lava Jato.
Os mandados foram expedidos para os Estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo, além do Distrito Federal.
"As buscas ocorrem na residência de investigados, em seus endereços funcionais, sedes de empresas, em escritórios de advocacia e órgãos públicos", disse a PF em nota.
"As medidas decorrem de representações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal nas investigações que tramitam no Supremo. Elas têm como objetivo principal evitar que provas importantes sejam destruídas pelos investigados."
Segundo a polícia, os investigados respondem a acusações por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, fraude a licitação, organização criminosa, entre outros.
A Lava Jato investiga um esquema de corrupção na Petrobras no qual empreiteiras formaram um cartel para vencerem contratos de obras da estatal. Em troca, pagavam propina a funcionários da empresa, a operadores que lavavam dinheiro do esquema, a políticos e partidos.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)
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