Operação dos EUA na Síria mata líder do Estado Islâmico
Do UOL, em São Paulo 16/05/2015
Os EUA afirmaram neste sábado (16) que um dos principais líderes do grupo Estado Islâmico (EI) foi morto em uma operação antiterrorista na Síria durante a madrugada.
Em nota, o Pentágono informou que forças especiais americanas foram infiltradas no leste da Síria para conduzir a operação que matou Abu Sayyaf. Ele detinha controle sobre as reservas de petróleo e de gás em parte da Síria -- a principal fonte de renda do EI.
A Casa Branca afirmou que o presidente Barack Obama ordenou o ataque, na capacidade de comandante-em-chefe das Forças Armadas americanas.
Sayyaf e cerca de dez outros militantes morreram na troca de tiros. Nenhum soldado americano morreu no incidente, disse a Casa Branca.
A mulher dele, Umm Sayyaf, descrita como cúmplice em "atividades terroristas" e possivelmente na escravização de uma jovem da etnia yazidi resgatada durante a operação, foi capturada e levada para um centro de detenção no Iraque.
A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca Bernadette Meehan afirmou em comunicado que uma equipe dos EUA fora do Iraque conduziu a operação em al-Amr, no leste da Síria.
"Durante o curso das operações, Abu Sayyaf foi morto quando confrontou as forças norte-americanas", disse Meehan.
"O presidente autorizou esta operação sob recomendação unânime de seu time de segurança nacional assim que fosse desenvolvida inteligência suficiente e estivéssemos confiantes de que a missão poderia ser executada com sucesso e consistente com as exigências para tais operações", disse Meehan.
Meehan afirmou que a operação foi conduzida "com total consentimento das autoridades iraquianas" e "consistente com as leis doméstica e internacional". (Com agências internacionais e da BBC)
http://noticias.uol.com.br/
Konstantinos - Uranus
sábado, 16 de maio de 2015
quinta-feira, 14 de maio de 2015
REAÇÕES AO CAPITALISMO
Durante o século XIX, em meio as turbulências, houve um notável desenvolvimento industrial em grande parte dos países europeus, surgindo assim uma nova classe social, o operariado. Assim pode-se afirmar que o socialismo nasceu das contradições surgidas nas sociedades industriais.
A palavra operária a partir do século XVIII passou a ser relacionado ao trabalhador assalariado. No século XIX, o termo foi empregado no termo socialista e marxista, para demarcar o lugar do trabalhador em posição à burguesia.
Proletários, referia-se aos que só têm uma propriedade e as vendem aos donos do capital e dos meios de produção. Configurou-se, então, uma posição entre capital e trabalho.
Nos primeiros tempos da revolução industrial na Inglaterra e em outros países do mundo, a industrialização ampliou assustadoramente o numero de trabalhadores. O estado não interferiu nas relações patrão e empregado, deixando-os livres para estabelecê-las. Foi a partir principalmente das revoltas populares e operárias do século XIX que os trabalhadores conseguiram fazer voltar em seus respectivos países leis trabalhistas que lhes permitiam algumas garantias,as precárias condições de vida e de trabalho motivaram movimentos reivindicatórios, por vezes marcadas por grande violência e destruição de maquinas. Lentamente os movimentos foram ganhando força.
Socialismo, foi empregado com o objetivo de aumentar a produção de suas empresas. Acreditava-se que a cooperação e o bom tratamento oferecido aos seus empregados poderiam servir de base para a construção de uma sociedade mais solidária, em que operários e trabalhadores pudessem viver em harmonia.
Formularam os principais conceitos de uma nova doutrina social operária, socialismo cientifico, criaram uma sociedade sem classes, sem exploração do homem pelo homem, e uma nova forma de interpretação.
Para Marx, o desenvolvimento histórico sempre foi pautado por conflito entre classes dominantes e dominado. De acordo com seu pensamento, a sociedade ideal não teria nenhuma classe social, cuja existência faz surgirem antagonismo que levam a exploração de uma pela a outra, Marx chamou de comunismo.
Aprofundando o estudo do sistema capitalista, Marx desvendou um mecanismo de exploração do trabalho pelo capital, que ele considerou o mais importante instrumento de acumulação, a mais-valia.
Para desencadear a transição do capitalismo para o socialismo e comunismo, Marx defendeu a organização dos operários a fim de tomar o poder político (revolução social), isto é, substituição da burguesia pelo operariado, em seguida, deveria instaurar um ditadura do proletariado.
Anarquismo ou socialismo libertário propunha a supressão de qualquer forma de autoridade que eles considerassem violenta.
QUESTÕES
(UERJ 2012) O capitalismo do século XIX tropeçou de desastre em desastre nas bolsas de valores e nos investimentos empresariais irracionais. Após a Segunda Guerra Mundial, essa desordem foi de algum modo posta sob controle na maioria das economias avançadas: sindicatos fortes, garantias trabalhistas e empresas de grande escala combinaram-se e produziram uma era, de mais ou menos trinta anos, de relativa estabilidade.
Adaptado de SENNETT, Richard. A corrosão do caráter: as consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 2010.
A estabilidade mencionada no texto foi proporcionada pela condição socioeconômica e pelo modelo de organização do Estado identificados em:
a) implantação dos sistemas de crédito – moderno
b) estruturação dos impérios coloniais – corporativista
c) organização das redes produtivas globais – autocrático
d) formação das sociedades de consumo de massa – de bem-estar social
Alternativa D
(ENEM – 2010) O movimento operário ofereceu uma nova resposta ao grito do homem miserável no princípio do século XIX. A resposta foi a consciência de classe e a ambição de classe. Os pobres então se organizavam em uma classe específica, a classe operária, diferente da classe dos patrões (ou capitalistas). A Revolução Francesa lhes deu confiança: a Revolução Industrial trouxe a necessidade da mobilização permanente.
(HOBSBAWN, E. J. A era das revoluções. São Paulo: Paz e Terra, 1977.)
No texto, analisa-se o impacto das Revoluções Francesa e Industrial para a organização da classe operária. Enquanto a “confiança” dada pela Revolução Francesa era originária do significado da vitória revolucionária sobre as classes dominantes, a “necessidade da mobilização permanente”, trazida pela Revolução Industrial, decorria da compreensão de que:
a) a competitividade do trabalho industrial exigia um permanente esforço de qualificação para o enfrentamento do desemprego.
b) a completa transformação da economia capitalista seria fundamental para a emancipação dos operários.
c) a introdução das máquinas no processo produtivo diminuía as possibilidades de ganho material para os operários.
d) o progresso tecnológico geraria a distribuição de riquezas para aqueles que estivessem adaptados aos novos tempos industriais.
e) a melhoria das condições de vida dos operários seria conquistada com as manifestações coletivas em favor dos direitos trabalhistas.
Alternativa B
(ENEM 2012) Fugindo à luta de classes, a nossa organização sindical tem sido um instrumento de harmonia e de cooperação entre o capital e o trabalho. Não se limitou a um sindicalismo puramente ‘’operário’’, que conduziria certamente a luta contra o ‘’patrão’’, como aconteceu com outros povos
FALCÃO, W. Cartas Sindicais. In: Boletim do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
Rio de Janeiro, 10 (85), set. 1941 (adaptado).
Nesse documento oficial, à época do Estado Novo (1937-1945), é apresentada uma concepção de organização sindical que:
a) elimina conflitos no ambiente das fábricas.
b) limita os direitos associativos do segmento patronal.
c) orienta a busca do conscenso entre trabalhadores e patrões.
d) proíbe o registro de estrangeiros nas entidades profissionais do país.
e) desobriga o Estado quanto aos direitos e deveres da classe trabalhadora.
Alternativa C
(Ufu 2007) Considere a citação.
“Onde quer que tenha conquistado o Poder, a burguesia calcou aos pés as relações feudais, patriarcais e idílicas. Todos os complexos e variados laços que prendiam o homem feudal a seus “superiores naturais” ela os despedaçou sem piedade, para só deixar subsistir, de homem para homem, o laço do frio interesse, as duras exigências do pagamento à vista.”
MARX, K. & ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista, In:Obras Escolhidas, Vol. 1, São Paulo: Editora Alfa-Omega, s/d., vol. 4, p. 23.
Acerca do fenômeno central destacado nessa citação e conforme a teoria social de Karl Marx, assinale a alternativa correta.
a) O cálculo racional do lucro é a única determinação na sociedade capitalista.
b) A estratificação na sociedade feudal era um processo natural.
c) A conquista do poder político foi o principal objetivo das burguesias que derrotaram a ordem feudal.
d) No capitalismo, a mercantilização não se restringe à esfera econômica, ampliando-se para outras relações sociais.
Alternativa D
(ENEM 2010) “Homens da Inglaterra, por que arar para os senhores que vos mantêm na miséria?
Por que tecer com esforços e cuidado as ricas roupas que vossos tiranos vestem?
Por que alimentar, vestir e poupar do berço até o túmulo esses parasitas ingratos que exploram vosso suor — ah, que bebem vosso sangue?”
(SHELLEY. Os homens da Inglaterra. Apud HUBERMAN, L. História da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.)
A análise do trecho permite identificar que o poeta romântico Shelley (1792-1822) registrou uma contradição nas condições socioeconômicas da nascente classe trabalhadora inglesa durante a Revolução Industrial. Tal contradição está identificada
a)na pobreza dos empregados, que estava dissociada da riqueza dos patrões.
b) no salário dos operários, que era proporcional aos seus esforços nas indústrias.
c) na burguesia, que tinha seus negócios financiados pelo proletariado.
d) no trabalho, que era considerado uma garantia de liberdade.
e) na riqueza, que não era usufruída por aqueles que a produziam.
Alternativa E
(ENEM 1999) A Revolução Industrial ocorrida no final do século XVIII transformou as relações do homem com o trabalho. As máquinas mudaram as formas de trabalhar, e as fábricas concentraram-se em regiões próximas às matérias-primas e grandes portos, originando vastas concentrações humanas. Muitos dos operários vinham da área rural e cumpriam jornadas de trabalho de 12 a 14 horas, na maioria das vezes em condições adversas. A legislação trabalhista surgiu muito lentamente ao longo do século XIX e a diminuição da jornada de trabalho para oito horas diárias concretizou-se no início do século XX.
Pode-se afirmar que as conquistas no início deste século, decorrentes da legislação trabalhista, estão relacionadas com:
a) a expansão do capitalismo e a consolidação dos regimes monárquicos constitucionais.
b) a expressiva diminuição da oferta de mão-de-obra, devido à demanda por trabalhadores especializados.
c) a capacidade de mobilização dos trabalhadores em defesa dos seus interesses.
d) o crescimento do Estado ao mesmo tempo que diminuía a representação operária nos parlamentos.
e) a vitória dos partidos comunistas nas eleições das principais capitais européias.
Alternativa C
(Unicentro 2010) Para Karl Marx o conceito de Classes Sociais se desenvolve com a formação da sociedade capitalista. Dessa forma, é correto afirmar que:
a) as classes sociais formadas no capitalismo estabelecem intransponíveis desigualdades entre os homens, relações de exploração e antagonismo.
b) para Marx, a história humana é a história passiva da luta de classes e da aceitação do antagonismo entre burgueses e proletários.
c) as classes sociais são independentes entre si de tal forma que a diferenças entre elas não são sentidas pelos indivíduos de uma sociedade.
d) o capitalista divide com a classe de trabalhadores a mais-valia produzida por seu trabalho sem que haja a exploração de mão de obra.
e) as classes sociais não são opostas entre si, mais sim complementares e interdependentes.
Alternativa A
(UFAL- 2009) O capitalismo modificou os costumes das sociedades tradicionais e incentivou a competição social. Com o crescimento da sociedade capitalista, as relações de mobilidade social:
a) ganharam um espaço importante para se compreender as crises existentes na produção dos valores econômicos.
b) construíram uma hierarquia definidora das relações de poder, destruindo as possibilidades de desigualdades.
c) são aceitas sem problemas pelas administrações públicas, não havendo políticas que objetivem alterá-las.
d) revelam situações de conflito entre grupos de valor apenas econômico, sem maiores problemas sociais.
e) mostram a força do capitalismo e das suas verdades que garantem a felicidade humana.
Alternativa A
https://historytellers.wordpress.com/2013/09/29/reacoes-ao-capitalismo/
Confederação do Equador 1824
Confederação do Equador
Por Cristiana Gomes
O absolutismo de D. Pedro I trouxe grande insatisfação à população e isso gerou protestos em Pernambuco, Paraíba e Ceará.
Os jornais “Sentinela da Liberdade na Guarita de Pernambuco” de Cipriano Barata e o “Tífis Pernambuco” de Frei Caneca (ambos liberais) ajudaram ainda mais a preparar o espírito das pessoas para a revolução.
Cipriano Barata era natural da Bahia e tornou-se notável pela sua atividade jornalística defendendo os valores liberais da época. Dedicou a sua vida à luta revolucionária e esteve ligado às camadas mais populares e por essa razão, foi preso várias vezes.
Frei Caneca era um dos discípulos de Cipriano e principal líder da Confederação do Equador contra D. Pedro.
Frei Caneca, preso
Em 1823, as idéias republicanas dominavam o nordeste e se acentuaram em face das ameaças do Imperador que, com a Constituição outorgada em 1824, impôs ao país um estado unitário. Pernambuco não aceitou essa Constituição e em 2 de julho de 1824, seu presidente Manuel de Carvalho Pais de Andrade proclamou a Confederação do Equador (movimento republicano e separatista que uniu Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte). No início a Constituição adotada foi a Colombiana. O objetivo era formar um novo estado completamente separado do Império, cujas bases eram um governo representativo e republicano, garantindo a autonomia das províncias confederadas.
Porém, a repressão ao movimento estava sendo preparada no Rio de Janeiro. Várias tropas foram enviadas para o Nordeste sob o comando do brigadeiro Francisco de Lima e Silva (forças terrestres) e de Lord Cochrane (forças navais).
Em setembro de 1824, as forças de Lima e Silva dominaram Recife e Olinda (principais centros de resistência), e dois meses depois foi a vez do Ceará.
As penas impostas aos revoltosos foram severas e D. Pedro não atendeu aos pedidos para que elas fossem mudadas. Frei Caneca foi condenado à forca, contudo, acabou sendo fuzilado, diante da recusa do carrasco em executar a sentença. Muitos companheiros de Caneca receberam a mesma condenação, outros tiveram mais sorte e conseguiram fugir.
Mesmo com o fim da Confederação do Equador, a insatisfação contra o absolutismo do Imperador continuava e crescia cada vez mais.
O jornal “A Aurora Fluminense” de Evaristo Veiga era o principal porta-voz da oposição e seu líder mais destacado era o deputado mineiro Bernardo Pereira de Vasconcelos.
Ambos defendiam a monarquia constitucional, criticavam a autocracia do Imperador e a distribuição de cargos públicos às pessoas de origem aristocrática (pregavam a conquista desses mesmos cargos por mérito próprio).
Arquivado em: Brasil Imperial
http://www.infoescola.com/historia/confederacao-do-equador/
Dólar cai abaixo de R$3 após novos dados fracos sobre economia dos EUA
Dólar cai abaixo de R$3 após novos dados fracos sobre economia dos EUA
quinta-feira, 14 de maio de 2015
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou abaixo de 3 reais nesta quinta-feira, reagindo à inesperada queda dos preços ao produtor nos Estados Unidos, que corroborou outros indicadores norte-americanos mais fracos que o esperado, reduzindo o temor de uma elevação em breve dos juros na maior economia do mundo.
A moeda norte-americana recuou 1,51 por cento, a 2,9927 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,2 bilhão de dólares.
Na véspera, números fracos sobre o varejo norte-americano já haviam alimentado expectativas de que o Federal Reserve irá postergar o aumento de juros. Nesta sessão, essas apostas ganharam mais força após os preços ao produtor dos EUA caírem 0,4 por cento em abril, contra estimativas de alta de 0,2 por cento.
"A economia dos EUA teve um início decepcionante no segundo trimestre", escreveram analistas da instituição financeira norte-americana Brown Brothers Harriman (BBH) em nota a clientes. Eles ressaltaram que, embora a taxa de desemprego pareça estar caindo mais rapidamente do que o esperado, o Fed "provavelmente se verá na difícil posição de ter de reduzir suas projeções de crescimento para o ano na reunião de junho".
Nesse contexto, o dólar recuava em escala global, apesar da volatilidade observada nos mercados mundiais de títulos soberanos. Os rendimentos dos juros dos papéis dos Estados Unidos e da Alemanha vêm subindo com força recentemente, o que tende a diminuir a atratividade de ativos de países como o Brasil.
Investidores têm afirmado que o dólar deve mostrar dificuldade para se sustentar abaixo de 3 reais. Pouco após a divisa romper esse patamar pela última vez, o Banco Central sinalizou que deve rolar apenas parcialmente os swaps cambiais que vencem em junho, levando alguns agentes econômicos a apostar que a autoridade monetária aproveitará o alívio no câmbio para diminuir sua posição em swaps.
"Há muita resistência nesse patamar, o quadro teria que mudar bastante para o dólar conseguir se firmar abaixo de 3 reais", afirmou o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de swaps para rolagem dos contratos que vencem em junho. O BC já rolou o equivalente a 3,545 bilhões de dólares, ou cerca de 37 por cento do lote total, que corresponde a 9,656 bilhões de dólares.
Investidores atentavam também para a conclusão da votação na Câmara dos Deputados da Medida Provisória 664, após a Casa contrariar o governo e aprovar na véspera a flexibilização do Fator Previdenciário, mecanismo que limita o valor da aposentadoria de pessoas mais novas. "O impacto sobre as contas públicas não é tão significativo, mas é mais um sinal de que ainda há muitos atritos entre governo e Congresso", afirmou o estrategista de um banco internacional.
(Por Bruno Federowski)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
quinta-feira, 14 de maio de 2015
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou abaixo de 3 reais nesta quinta-feira, reagindo à inesperada queda dos preços ao produtor nos Estados Unidos, que corroborou outros indicadores norte-americanos mais fracos que o esperado, reduzindo o temor de uma elevação em breve dos juros na maior economia do mundo.
A moeda norte-americana recuou 1,51 por cento, a 2,9927 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,2 bilhão de dólares.
Na véspera, números fracos sobre o varejo norte-americano já haviam alimentado expectativas de que o Federal Reserve irá postergar o aumento de juros. Nesta sessão, essas apostas ganharam mais força após os preços ao produtor dos EUA caírem 0,4 por cento em abril, contra estimativas de alta de 0,2 por cento.
"A economia dos EUA teve um início decepcionante no segundo trimestre", escreveram analistas da instituição financeira norte-americana Brown Brothers Harriman (BBH) em nota a clientes. Eles ressaltaram que, embora a taxa de desemprego pareça estar caindo mais rapidamente do que o esperado, o Fed "provavelmente se verá na difícil posição de ter de reduzir suas projeções de crescimento para o ano na reunião de junho".
Nesse contexto, o dólar recuava em escala global, apesar da volatilidade observada nos mercados mundiais de títulos soberanos. Os rendimentos dos juros dos papéis dos Estados Unidos e da Alemanha vêm subindo com força recentemente, o que tende a diminuir a atratividade de ativos de países como o Brasil.
Investidores têm afirmado que o dólar deve mostrar dificuldade para se sustentar abaixo de 3 reais. Pouco após a divisa romper esse patamar pela última vez, o Banco Central sinalizou que deve rolar apenas parcialmente os swaps cambiais que vencem em junho, levando alguns agentes econômicos a apostar que a autoridade monetária aproveitará o alívio no câmbio para diminuir sua posição em swaps.
"Há muita resistência nesse patamar, o quadro teria que mudar bastante para o dólar conseguir se firmar abaixo de 3 reais", afirmou o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de swaps para rolagem dos contratos que vencem em junho. O BC já rolou o equivalente a 3,545 bilhões de dólares, ou cerca de 37 por cento do lote total, que corresponde a 9,656 bilhões de dólares.
Investidores atentavam também para a conclusão da votação na Câmara dos Deputados da Medida Provisória 664, após a Casa contrariar o governo e aprovar na véspera a flexibilização do Fator Previdenciário, mecanismo que limita o valor da aposentadoria de pessoas mais novas. "O impacto sobre as contas públicas não é tão significativo, mas é mais um sinal de que ainda há muitos atritos entre governo e Congresso", afirmou o estrategista de um banco internacional.
(Por Bruno Federowski)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
segunda-feira, 11 de maio de 2015
Constantino e o Cristianismo
Constantino e o Cristianismo
Constantino I ou Constantino, o Grande (272-337), entrou para a história romana como o primeiro imperador romano a se converter ao Cristianismo. Contudo fica em aberto a seguinte questão, será que ele teria feito isso por pura devoção ou fora uma jogada política? Constantino antes de se tornar cristão, era um homem devoto inicialmente ao culto dos deuses romanos, ele próprio se comparava como sendo descendente do herói Héracles (Hércules), posteriormente em suas campanhas militares no Oriente tivera contato com o culto do Deus Sol Invictus, ligado ao Mitraísmo. Contudo sua aparente devoção ao deus dos cristãos só viria no ano de 312, quando este estava prestes a travar uma dura batalha contra o imperador Maxêncio. Nesta época o império romano estava dividido em porção Ocidental e Oriental, assim havia um governo com dois imperadores e dois césares (seus sucessores), no final eram quatro líderes que comandavam o império, algo que não se mostrou tão viável assim. O projeto de uma tetrarquia havia sido concebido poucos anos antes, pelo imperador Diocleciano o qual havia governado de 284 a 305. Diocleciano fora o responsável por reestruturar o império o qual se encontrava em crise e uma de suas medidas fora sua redivisão territorial em duas metades, a criação de novas províncias, dioceses (aqui diocese refere-se a uma organização administrava a qual fora adotada pela Igreja Católica posteriormente), etc.
Assim, após ter abicado do trono em 305 juntamente com Maximiano, imperador do Ocidente, Diocleciano deixou como sucessor Constâncio Cloro (250-306), pai de Constantino. Constâncio tinha como césar, Galério e no Oriente o sucessor de Maximiano fora Maxêncio e o seu césar Lícinio. Constâncio morrera em campanha militar na Bretanha, então seu filho, Constantino fora eleito pelo seu próprio exército sucessor direto de seu pai, indo de encontro ao direito de sucessão deixado para Galério, fato este que o imperador do Oriente Maxêncio não reconheceu Constantino como novo augusto (nome dado ao imperador nessa época) do Ocidente, assim uma guerra entre os quatro monarcas se iniciou.
Oficialmente Galério era o imperador do Ocidente, mas tivera que disputar seu poder com Constantino. Em 311, Galério morrereu e Constantino assumiu o cargo de imperador, contudo Maxêncio ainda não o aceitava como novo monarca. No ano de 312 na noite anterior a Batalha da Ponte Milvio contra as forças de Maxêncio, Constantino tivera um sonho no qual aparecia uma cruz, e nesta estava grafado a seguinte frase: In hoc signo vinces (sob este signo vencerás), com isso antes da batalha começar Constantino ordenou que os seus soldados pintassem o tal símbolo cristão, o lábaro em seus escudos, e de certa forma isso acabou lhe trazendo sorte, e eles venceram a batalha. Outras versões dizem que não fora um sonho, mas sim uma visão. Constantino andando pelo acampamento teria visto uma cruz no céu. Alguns historiadores sugerem que ele teria visto um meteoro ou estrela cadente e considerado como um presságio divino.
O lábaro ou cristograma de Constantino. Símbolo no qual o imperador teria visto em um sonho. Existem outros tipos de cristograma.
Depois desta vitória, Constantino mostrou interesse em se converter ao Cristianismo. Vendo deste ponto pode se dizer que fora um ato de devoção, o qual viria a se reafirmar e a se fortificar quando em 313, Constantino juntamente com Lícinio o novo imperador do Oriente, assinaram o Édito de Milão, no qual proibia-se a perseguição aos cristãos, e legaliza o culto do Cristianismo pelos povos do império. Contudo, tanto Lícinio como outros membros da elite romana ainda se mantiveram ligados as antigas tradições e não enxergaram com bons olhos tal lei.
De qualquer forma, Constantino passou a ser bem quisto pelos cristãos, isso não terminaria por aí, ele ainda era um homem que possuía outras ambições. Nos anos seguintes Constantino governou conjuntamente com Lícinio até ordenar a morte deste em 324, e finalmente passar a ser regente único. Nesse meio tempo, Lícinio havia se tornado cunhado de Constantino, por ter se casado com uma de suas irmãs, mesmo assim isso não impediu que ele ordenasse a morte do cunhado. Além deste crime, Constantino também é acusado de ter ordenado a morte de um dos filhos e de uma das esposas, sobre o acusações de traição e conspiração, de toda forma, mesmo com as mãos sujas de sangue, ele se mantivera como um líder importante.
Em 325 ocorreu sob a organização e convocação do imperador o Concílio de Niceia, o qual fora o Primeiro Encontro Ecumênico da História. Neste concílio, o imperador reuniu os altos bispos do império a fim de reformular a doutrina cristã.
"Esse primeiro concílio em Niceia foi importante não apenas para a formulação da doutrina cristã, mas como o primeiro exemplo de cesaro-papismo. Constantino pretendia que a Igreja Cristã fosse estatal, tendo como chefe o imperador. Em sua gratidão, os cristãos não lhe fizeram objeção". (RUNCIMAN, 1977, p. 21).
"Assim, parecia chegar ao fim o velho antagonismo entre a Igreja Cristã. Não lhe era mais necessário atribuir-se descendência de Hércules ou Apolo: tinha uma nova santidade que redimiria todos os seus pecados. O sangue de seus rivais, de seu filho e até de sua mulher, manchava-lhe as mãos, mas para o mundo ele era o Isapostolos, o igual aos Apóstolos, o Décimo-Terceiro deles". (RUNCIMAN, 1977, p. 21).
No concílio questões de ordem doutrinária e política foram tratadas. Não me reterei a falar acerca destes devido a extensão do assunto, de qualquer forma alguns dos fatos tratados diziam respeito, a questão do arianismo, o qual punha em debate a essência de Jesus Cristo, se ele fora homem ou deus; a questão sobre o batismo dos heréticos, a perseguição aos cristãos realizadas pelo imperador Diocleciano que levou ao Cisma do bispo Milécio de Licópolis; perseguição aos prisioneiros de Lícinio; definição da data da Páscoa, estatuto sobre questões administrativas e clericais; a organização dos livros que iriam compor a Bíblia, etc.
Alguns fatos como a questão da Páscoa oscilar a cada ano, e preceder um período de quarenta dias desde a quarta-feira de cinzas, a chamada quaresma fora debatida nessa época. Além disso, a organização da Bíblia que hoje temos é basicamente igual a daquela época, onde fora se retirado os chamados evangelhos apócrifos e outros textos.
Outro fato, é que posteriormente também fora decidido, fora a data do Natal, já que no Novo Testamento não se menciona a data de nascimento de Jesus Cristo, assim Constantino decidiu que essa data deveria ser celebrada no dia 25 de dezembro, dia que corresponde ao nascimento do deus Mitra, lembrem-se que o mitraísmo era uma religião influente entre o exército romano, e o próprio imperador fora adepto desta. Além disso, a data 25 de dezembro marca entre alguns povos pagãos a comemoração do solstício de inverno, período em que começa-se a celebrar a espera da vinda da primavera e com esta o início das plantações. Assim, tal data não fora escolhida por mero acaso, os próprios romanos comemoravam a Saturnália no mês de dezembro, festas realizadas ao deus Saturno, deus da agricultura, justiça e do tempo. Embora a Saturnália termina-se antes de 25 de dezembro, alguns aspectos dessa celebração embasaram os primeiros ritos natalinos daquele tempo.
Enfim, Constantino fora o responsável por apaziguar a perseguição aos cristãos por um tempo, essas ainda voltaram a ocorrer anos depois. Ele também fora o primeiro imperador romano a se declarar cristão, organizou um concílio que estruturou questões da doutrina cristã, de sua organização secular, e do livro mais importante da cristandade, a Bíblia. Constantino teve suas contribuições, mesmo assim isso não o tornara um santo, devido a seus atos traiçoeiros. Mas suas iniciativas foram importantes pois deram o ponta-pé para que a Igreja Católica se firma-se de fato em Roma, embora já se encontra-se ali desde o século I, a Igreja nestes primeiros séculos devido a perseguição fora duramente combatida.
NOTA: Fora o imperador Teodósio I que decretou o Cristianismo como religião oficial do Império Romano. Teodósio governou de 378-395.
NOTA 2: A mãe de Constantino, Helena era uma cristã devota, ela chegou a realizar uma peregrinação a Jerusalém e trouxe desta algumas relíquias sagradas. Após a morte desta e de seu filho, ambos ainda eram figuras bem queridas entre alguns cristãos daquela época.
NOTA 3: Em 330, Constantino fundou a cidade de Constantinopla a qual se tornaria a futura capital do Império Bizantino, império que herdaria o legado cristão do Concílio de Niceia, originando o Cisma do Oriente em 1054, o qual separou a Igreja Católica, formando a Igreja Católica Romana e a Igreja Católica Ortodoxa.
NOTA 4: O cesaropapismo tivera origem com Constantino e posteriormente outros imperadores cristãos chegaram ao ponto de deter o poder imperial e pontifico. Negando a autoridade suprema do papa a frente da Igreja.
NOTA 5: Constantino pode ter sugerido a data para o Natal, mas a prova mais antiga que se tem de que o Natal passou a ser celebrado no dia 25 de dezembro, data do governo do imperador bizantino Justiniano, o Grande (483-565).
NOTA 6: Embora se disse-se cristão, Constantino apenas se batizou no final da vida, quando sentia que iria morrer. Por tal fato, alguns historiadores questionam se realmente ele tinha fé nesta religião, assim como sua mãe possuía.
NOTA 7: Constantino chegou a ser chamado por alguns de o "Décimo Terceiro Apóstolo".
Referências Bibliográficas:
MENDES, Norma Musca (Organizadora), Repensando o Império Romano: perspectiva socioecônomica, politica e cultural. Rio de Janeiro, Mauad, 2006.
BALDSON, J. P. V. D. O Mundo Romano. Rio de Janeiro, Zahar, 1968.
GRIMAL, Pierre. A Civilização Romana. Lisboa, Ed. 70, 1988.
RUNCIMAN, Steven. A Civilização Bizantina. 2a edição. Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1977.
http://seguindopassoshistoria.blogspot.com.br/
quarta-feira, 6 de maio de 2015
A História dos Hebreus
Os hebreus são conhecidos como israelitas ou judeus.
Antepassados do povo judeu, os hebreus têm uma historia marcada por migrações e pelo monoteísmo.
Muitas informações sobre a história dos hebreus baseiam-se na interpretação de textos do Antigo Testamento, a primeira parte da Bíblia. O Antigo testamento foi escrito com base na tradição oral dos hebreus. Consta dele, por exemplo, a interpretação feita por esse povo da origem do mundo e de muitas das normas éticas e morais de sua sociedade. Convém ressaltar, entretanto, que esses textos são repletos de símbolos e sua interpretação é bastante difícil.
Vestígios da sociedade hebraica continuam sendo encontrados. Eles contribuem para lançar novas luzes sobre a história dos hebreus.
Segundo a tradição, Abraão, o patriarca fundador da nação hebraica, recebeu de Deus a missão de migrar para Canaã, terra dos cananeus, depois chamada de palestina, onde se localiza hoje a Estado de Israel.
Após passarem um período na terra dos cananeus, os hebreus, foram para o Egito, onde viveram em 300 e 400 anos, e acabaram transformados em escravos. Sua historia começa a ganhar destaque a partir do momento em que resolvem sair do Egito e, sob a liderança de Moisés, voltar a Canaã. Na história judaica, esse retorno é chamado de êxodo e aconteceu entre 1300 e 1250 a.C.
Em 70 d.C., a Palestina era uma província do Império Romano; as muitas rebeliões ocorridas na região levaram o governo imperial a expulsar os hebreus da Palestina. Esse acontecimento é denominado de diáspora. Até 1948, quando foi fundado o estado de Israel, os judeus viveram sem pátria, atualmente são os palestinos que não tem pátria, pois suas terras foram tomadas pelos israelenses.
Praticam a agricultura, o pastoreio, o artesanato e o comércio. Têm por base social o trabalho de escravos e servos. As tribos são dirigidas de forma absoluta pelos chefes de família (patriarcas), que acumulam as funções de sacerdote, juiz e chefe militar. Com a unificação destas, a partir de 1010 a.C., elegem juízes para vigiar o cumprimento do culto e da lei. Depois se unem em torno do rei. Produzem uma literatura dispersa, mas importante, contida em parte na Bíblia e no Talmude.
Localização
A Palestina localizava-se em uma estreita faixa a sudoeste do atual Líbano. O rio Jordão divide a região em duas partes: a leste a Transjordânia; e a oeste, a Cisjordânia. Essa região é atualmente ocupada pelo estado de Israel.
Até hoje a região é bastaste árida. O principal rio é o Jordão, e assim mesmo não era suficiente para grandes obras de irrigação. Um solo pouco fértil e um clima bastante seco impediam que a região fosse rica. No entanto, tinha bastante importância, pois era passagem e ligação entre a Mesopotâmia e a Ásia Menor. E foi nessa região que assentou o povo hebreu, um entre os muitos que vagaram e se estabeleceram na Palestina.
Organização social e política dos hebreus
Após a morte de Moisés, os hebreus chegaram à palestina e, sob a liderança de Josué, que cruza o rio Jordão, combate com os cananeus que então habitavam a terra prometida. Vencidos os cananeus, os israelitas se estabelecem na Palestina. Nessa época, o povo hebreu estava dividido em 12 tribos (“os doze filhos de Israel”), que viviam em clãs compostos pelos patriarcas, seus filhos, mulheres e trabalhadores não livres.
O poder e prestígio desses clãs eram personificados pelo patriarca, e os laços entre esses clãs eram muito frágeis. Porém, devido às lutas pelas conquistas de Canaã ou Terra Prometida, surgiu necessidade do poder e do comando estar nas mãos de chefes militares. Estes chefes passaram a ser conhecidos como Juizes.
Com a concentração do poder em suas mãos, os juizes procuraram à união das doze tribos, pois ela possibilitaria a realização do objeto comum: O domínio da Palestina. As principais lideranças deste período foram os juizes: Sansão, Otoniel, Gideão e Samuel, todos eram considerados enviados de Jeová, para comandar os Hebreus.
A união das doze tribos era difícil de ser conseguida e mantida, pois os juizes tinham um poder temporário e mesmo com a unidade cultural, (língua, costumes, e, principalmente religião), havia muita divisão política entre as tribos. Assim foi preciso estabelecer uma unidade política. Isto foi conseguido através da centralização do poder nas mãos de um monarca, Rei, o qual teria sido escolhido por Jeová para governar.
Os reis hebreus
O primeiro rei hebreu foi Saul (1010 a.C.) que liderou guerras contra os filisteus, porém morreu sem conseguir vencê-los. Foi sucedido por Davi (1006 a 966 a.C.), que conseguiu derrotar os filisteus e estabeleceu domínio sobre a Palestina, fundando o Estado Hebreu, cuja a capital passou a ser Jerusalém. E iniciou uma fase marcada pelo expansionismo militar e pela prosperidade.
Em seguida, Salomão ( 966 a 926 a.C.); sábio e pacífico famoso pelo poder e riqueza. Filho de Davi desenvolveu o comércio, aumentando a influência do reinado sem recorrer a guerra. No entanto a fartura e a riqueza que marcaram o seu reinado exigiam o constante aumento de impostos, que empobreciam mais e mais o trabalhador, criando um clima de insatisfação no povo hebreu.
O cisma político-religioso: os reinos de Israel e Judá
Após a morte de Salomão, houve a divisão política e religiosa das tribos e o fim da monarquia unificada.
Os hebreus dividiram-se em Dez tribos do norte e formaram o Reino de Israel, liderados por Jerobaão. Após disputas internas, chegaram a um acordo em 878 a.C., com a escolha de Omri para rei. Apesar de a veneração a Iavé persistir, foi introduzido o culto a vários deuses.
Duas tribos do sul e formaram o Reino Judá, liderados por Reoboão, filho de Salomão (924 a.C.).
A dominação estrangeira
O Reino de Israel, desde o inicio viveu na idolatria; isto fez com que a ira de Deus se manifestasse sobre ele permitindo que no ano 722 a.C., fosse conquistado por Sargão II, da Assíria, e seu povo fosse levado para o cativeiro, sendo seu território habitado por outros povos, ali colocados por ordem do rei da Assíria.
O castigo de Deus veio sobre ela através do rei Nabucodonosor, da Babilônia, no ano 586 a.C. A cidade santa, Jerusalém, foi destruída e o Templo queimado e os nobres eram amarrados e levados para o cativeiro.
O cativeiro durou até os dias de Ciro, rei da Pérsia que permitiu que o povo que estava escravizado na Caldéia, regressar a Palestina e reerguer o Templo de Jerusalém (536 a.C.). A seguir a Palestina foi invadida por Alexandre da Macedônia (322 a.C.). Depois passou a seu protetorado egípcio (301 a.C.), Colônia Síria (198 a.C.), e província romana (63 a.C.).
No ano 70 da era cristã, após uma fracassada revolta contra a dominação romana, Jerusalém foi conquistada por Tito e seus exércitos, ocorrendo uma segunda destruição do Templo. Atualmente do templo de Jerusalém resta apenas um muro, conhecido como o Muro das Lamentações.
A religião dos hebreus
Os hebreus foram um dos primeiros povos a cultuar um único deus, isto é, eram monoteístas. No judaísmo, religião professada pelos hebreus, o único deus é Javé, cuja imagem não pode ser representada em pinturas ou estátuas.
O judaísmo é baseado nos Dez Mandamentos supostamente revelados a Moisés no monte Sinai.
Os dois traços característicos da religião dos hebreus são o monoteísmo e o salvacionismo isto é a crença na vinda de um Messias ou Salvador para libertar o povo hebreu.
O Judaísmo constitui uma das bases do cristianismo, com o qual o Islamismo formou tríade das religiões universais.
Aspectos culturais
Da cultura criada pelos hebreus, a religião, é sem dúvida o legado mais importante. A escrita e literatura, entre os hebreus, povo de língua semita, surgiu muito cedo através de uma escrita própria. A arqueologia revelou a existência da escrita a partir de meados do segundo milênios a. C., (época do Êxodo). Aos poucos, porém eles foram substituindo, em sua escrita a sua língua original pelo aramaico, que era a língua comercial e diplomática do Oriente, próximo na antiguidade. O alfabeto hebraico atual é uma variedade do aramaico, que juntamente com a língua aramaica tornou-se muito difundido, suplantando os outros alfabetos e línguas semitas.
Fragmento de pedra com escrita em aramaico
Nas artes o monoteísmo hebraico influenciou todas as realizações culturais dos hebreus. Deve-se destacar a arquitetura, especialmente a construção de Templos, muralhas e fortificações. A maior realização arquitetônica foi o Templo de Jerusalém.
Templo de Jerusalém
Nas ciências, não apresentaram progresso notável. A importância cultural da sociedade hebraica residiu principalmente na esfera religiosa e moral (na lei Mosaica), sua área de influência atingiu o Ocidente e grande parte do oriente.
http://www.sohistoria.com.br/
terça-feira, 5 de maio de 2015
Costa diz que alertou Dilma sobre atrasos, não sobre irregularidades na Petrobras
Costa diz que alertou Dilma sobre atrasos, não sobre irregularidades na Petrobras
terça-feira, 5 de maio de 2015
BRASÍLIA (Reuters) - O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos principais delatores e envolvidos no esquema de corrupção na estatal, disse nesta terça-feira que alertou a então ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff sobre atrasos em obras da estatal, mas que não chegou a tratar de irregularidades na companhia.
"Nunca falei com ela sobre esse tema", afirmou Costa em depoimento à CPI da Petrobras, esclarecendo não ter tratado de corrupção com Dilma.
Em depoimento anterior a uma outra comissão parlamentar no Congresso, no ano passado, Costa havia afirmado que fez "alerta" sobre "problema".
Mas nesta terça-feira ele explicou que enviou o email à Casa Civil porque estava preocupado com a “paralisação” da obra e buscava, enquanto diretor, evitar problemas de abastecimento.
Ele afirmou ainda que a aprovação de contratos compete à Diretoria Executiva da Petrobras, e não ao Conselho de Administração, que foi integrado por Dilma.
Segundo Costa, a diretoria da estatal aprovou projetos incompletos porque o país importava gasolina e diesel em quantidades excessivas.
"Eu, como diretor de Abastecimento, não estava preocupado com desvio de dinheiro, estava preocupado se houvesse a paralisação da obra, nós teríamos problemas sérios de abastecimento."
Uma das obras que mais sofreu atrasos e está no centro das investigações de corrupção envolvendo a estatal é a Refinaria do Nordeste (Rnest), em Pernambuco, também conhecida como Abreu e Lima.
A Rnest custou 4,2 bilhões de dólares a mais do que deveria, concluiu no final do ano passado a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que apurou denúncias de corrupção na estatal A Petrobras afirma um custo total da Rnest de 18,5 bilhões de dólares, um montante muito acima do orçamento inicial.
Em abril, a Justiça Federal do Paraná condenou Costa, o doleiro Alberto Youssef e outras seis pessoas por crimes como lavagem de dinheiro e por pertencerem a organização criminosa.
A condenação teve como base a denúncia de desvios de dinheiro na construção da Rnest por meio de pagamento de contratos com sobrepreços a empresas que prestaram serviços direta ou indiretamente à Petrobras entre 2009 e 2014.
Costa, que fechou acordo de delação premiada e denunciou o esquema de sobrepreço e corrupção na Petrobras que alimentaria os cofres de partidos políticos, foi sentenciado a sete anos e seis meses de reclusão.
"MAUS POLÍTICOS"
O ex-diretor disse ainda nesta terça-feira, em depoimento à CPI, que "maus políticos" envolveram a companhia em casos de corrupção.
"Nada disso teria acontecido se não fossem alguns maus políticos que levaram a Petrobras a fazer o que fez", afirmou Costa.
Segundo ele, políticos do PP, PMDB e do PT "são responsáveis por esquema de corrupção na Petrobras". Mas ele confirmou ainda que houve o pagamento de propina ao PSDB, ao então senador Sérgio Guerra, já falecido, que teve como objetivo esvaziar uma CPI para investigar a estatal em 2009.
O ex-diretor relatou também um "pedido" de doação à campanha de Eduardo Campos (PSB) --também já falecido-- ao governo de Pernambuco.
Costa citou à CPI o envolvimento de Renan Calheiros (PMDB), Romero Jucá (PMDB), Lindberg Farias (PT) e Humberto Costa (PT) em “situações irregulares” referentes à petroleira. Esses políticos e outros estão entre os investigados pelo Ministério Público Federal, com autorização do Supremo Tribunal Federal.[nL1N0WB0BV]
Costa afirmou ainda ter ouvido de empresários que “vários” repasses de recursos a partidos políticos vinham de esquema de propina e que faziam as doações com intuito de depois “recuperar” o investimento.
Costa reafirmou que só se chega a ser diretor na Petrobras por indicação política, e que isso ocorria desde 1985.
(Por Maria Carolina Marcello)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
terça-feira, 5 de maio de 2015
BRASÍLIA (Reuters) - O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos principais delatores e envolvidos no esquema de corrupção na estatal, disse nesta terça-feira que alertou a então ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff sobre atrasos em obras da estatal, mas que não chegou a tratar de irregularidades na companhia.
"Nunca falei com ela sobre esse tema", afirmou Costa em depoimento à CPI da Petrobras, esclarecendo não ter tratado de corrupção com Dilma.
Em depoimento anterior a uma outra comissão parlamentar no Congresso, no ano passado, Costa havia afirmado que fez "alerta" sobre "problema".
Mas nesta terça-feira ele explicou que enviou o email à Casa Civil porque estava preocupado com a “paralisação” da obra e buscava, enquanto diretor, evitar problemas de abastecimento.
Ele afirmou ainda que a aprovação de contratos compete à Diretoria Executiva da Petrobras, e não ao Conselho de Administração, que foi integrado por Dilma.
Segundo Costa, a diretoria da estatal aprovou projetos incompletos porque o país importava gasolina e diesel em quantidades excessivas.
"Eu, como diretor de Abastecimento, não estava preocupado com desvio de dinheiro, estava preocupado se houvesse a paralisação da obra, nós teríamos problemas sérios de abastecimento."
Uma das obras que mais sofreu atrasos e está no centro das investigações de corrupção envolvendo a estatal é a Refinaria do Nordeste (Rnest), em Pernambuco, também conhecida como Abreu e Lima.
A Rnest custou 4,2 bilhões de dólares a mais do que deveria, concluiu no final do ano passado a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que apurou denúncias de corrupção na estatal A Petrobras afirma um custo total da Rnest de 18,5 bilhões de dólares, um montante muito acima do orçamento inicial.
Em abril, a Justiça Federal do Paraná condenou Costa, o doleiro Alberto Youssef e outras seis pessoas por crimes como lavagem de dinheiro e por pertencerem a organização criminosa.
A condenação teve como base a denúncia de desvios de dinheiro na construção da Rnest por meio de pagamento de contratos com sobrepreços a empresas que prestaram serviços direta ou indiretamente à Petrobras entre 2009 e 2014.
Costa, que fechou acordo de delação premiada e denunciou o esquema de sobrepreço e corrupção na Petrobras que alimentaria os cofres de partidos políticos, foi sentenciado a sete anos e seis meses de reclusão.
"MAUS POLÍTICOS"
O ex-diretor disse ainda nesta terça-feira, em depoimento à CPI, que "maus políticos" envolveram a companhia em casos de corrupção.
"Nada disso teria acontecido se não fossem alguns maus políticos que levaram a Petrobras a fazer o que fez", afirmou Costa.
Segundo ele, políticos do PP, PMDB e do PT "são responsáveis por esquema de corrupção na Petrobras". Mas ele confirmou ainda que houve o pagamento de propina ao PSDB, ao então senador Sérgio Guerra, já falecido, que teve como objetivo esvaziar uma CPI para investigar a estatal em 2009.
O ex-diretor relatou também um "pedido" de doação à campanha de Eduardo Campos (PSB) --também já falecido-- ao governo de Pernambuco.
Costa citou à CPI o envolvimento de Renan Calheiros (PMDB), Romero Jucá (PMDB), Lindberg Farias (PT) e Humberto Costa (PT) em “situações irregulares” referentes à petroleira. Esses políticos e outros estão entre os investigados pelo Ministério Público Federal, com autorização do Supremo Tribunal Federal.[nL1N0WB0BV]
Costa afirmou ainda ter ouvido de empresários que “vários” repasses de recursos a partidos políticos vinham de esquema de propina e que faziam as doações com intuito de depois “recuperar” o investimento.
Costa reafirmou que só se chega a ser diretor na Petrobras por indicação política, e que isso ocorria desde 1985.
(Por Maria Carolina Marcello)
© Thomson Reuters 2015 All rights reserved.
Código de Hamurabi
Código de Hamurabi
Por Emerson Santiago
É chamado Código de Hamurabi uma compilação de 282 leis da antiga Babilônia (atual Iraque), composto por volta de 1772 a.C. Hamurabi é o sexto rei da Babilônia, responsável por decretar o código conhecido com seu nome, que sobreviveu até os dias de hoje em cópias parcialmente preservadas, sendo uma na forma de uma grande estela (monolito) de tamanho de um humano médio, além de vários tabletes menores de barro.
Características
Estela contendo as inscrições do Código de Hamurabi. Foto: Sailko [GFDL
Estela contendo as inscrições do Código de Hamurabi. Foto: Sailko [GFDL, CC-BY-SA-3.0 or CC-BY-2.5], via Wikimedia Commons
O Código de Hamurabi é visto como a mais fiel origem do Direito. É a legislação mais antiga de que se tem conhecimento, e o seu trecho mais conhecido é a chamada lei de talião. Ele é pequeno, tendo em seu original três mil e seiscentas linhas, sendo essas linhas ordenadas em duzentos e oitenta e dois artigos, sendo que de alguns deles não há conhecimento completo de sua redação.
O original do Código de Hamurabi foi escrito/gravado em um bloco, e parte desses artigos foram apagados quando o bloco foi levado para Susa, confiscado depois de uma guerra. Com isso, alguns artigos ficaram com a sua compreensão comprometida. Alguns dos artigos apagados são conhecidos pela existência de cópias. O bloco original em que foi escrito o Código encontra-se atualmente no museu do Louvre, em Paris.
Na verdade, como o Código de Hamurabi é a única legislação daquele povo, ele não deveria receber tal nomenclatura, tendo em vista que não apresenta-se da maneira de um código, noção que foi concebida após o Código Civil Napoleônico. Vale lembrar que o este código é uma legislação que está composta por vários fragmentos, sendo alguns civis, outros penais, alguns referentes ao direito do trabalho, etc.
Sociedade babilônica
Importante lembrar que a sociedade que produziu o Código de Hamurabi era uma sociedade estratificada. As disposições determinam qual comportamento é pertinente para cada classe.
A sociedade babilônica tinha por base a desigualdade. A primeira classe, e mais numerosa era a dos awilu, os cidadãos, proprietários, camponeses, artesãos e comerciantes.
Em posição intermediária estavam os mushkenu (palavra, através do árabe, responsável pelo vocábulo português “mesquinho”); são os semi-livres, entre livres e escravos. Era formada por antigos escravos, homens livres desclassificados (plebe), muitas vezes estrangeiros.
Abaixo destes estava a classe dos escravos, wardu, resultante, sobretudo, da guerra, mas também determinada pelo nascimento, em virtude de sua hereditariedade.
As disposições presentes no Código contemplam todas as classes, mas podemos observar que a legislação é feita com total parcialidade em favor da classe superior, os “awilum”. A maior parte dos artigos dão a entender que somente eles possuem direitos, pois frequentemente lemos a palavra awilum, e não qualquer expressão mais genérica que demonstraria imparcialidade.
No parágrafo 271 temos:
“Se um awilum alugou animais, um carro e seu condutor, dará três parsiktum de grão por dia.”
No 272 está escrito:
“Se um awilum alugou só o carro dará 4 uitum de grão por dia.”
Isso demonstra claramente que o código não considera a todos como iguais, pois se assim fosse qual a necessidade de se especificar qual a classe? Os enunciados dos artigos certamente trariam a palavra cidadão ou equivalente, evitando assim, a distinção de classe social. Entretanto, assim não é, pois as leis são específicas para cada classe social. Assim, cada classe tem o seu nome especificado no código.
A Mesopotâmia e Hamurabi
Hamurabi é o responsável pela fundação do primeiro império babilônico, conseguindo com isso, unificar a região. Para sua edificação foi decisiva ainda a invasão dos amoritas, que derrubaram os acádios, a força predominante na área.
Esta parte do planeta está delimitada por dois rios importantíssimos, que são o Tigre e o Eufrates, vindo daí o nome Mesopotâmia, derivado do grego, e que significa “terra entre rios”. É por isso mesmo que encontramos no código determinados artigos que tratam sobre a irrigação e regulamentam a profissão de barqueiro. Isso já deixa evidente a importância da água, não somente como a necessidade física, mas para finalidades secundárias, mas não menos importantes. Nos parágrafos 53, 55 e 56 temos exemplos de disposições que demonstram a preocupação com a racional utilização da água:
Se alguém é preguiçoso em ter em boa ordem o próprio dique e não o tem em ordem, e em conseqüência nele produziu-se uma fenda e os campos da aldeia foram inundados pela água, aquele em cujo dique produziu-se a abertura deverá ressarcir o grão que fez perder
Se alguém abre seu reservatório de água para irriga, mas é negligente, e a água inunda o campo do seu vizinho, deverá ressarcir o grão conforme o produzido pelo vizinho.
Se alguém deixa passar a água, e a água inundar o cultivo do vizinho, deverá indenizá-lo pagando para cada dez ‘gan’ (medida de superfície) dez ‘gur’ (medida de volume) de grão.
Nesses parágrafos vemos a preocupação com a questão da irrigação, e delitos previstos em caso de negligência no uso da água, prevendo penas para os infratores. A presença de três parágrafos para mostrar o que deveria ser feito quando ocorresse algum problema com a irrigação de algum campo demonstra claramente a importância acentuada da água, considerando que são apenas duzentos e oitenta e dois artigos. Afinal, a atividade econômica desenvolvia-se toda praticamente em torno da exploração da água.
Divisão do Código de Hamurabi
Como era de se imaginar, o Código de Hamurabi não apresenta o mesmo formato das leis contemporâneas. A conformação que prevalece nos dias atuais surgiu apenas com o Código Civil Napoleônico.
As lacunas existentes no código são evidentes para os especialistas. Exemplo disso é o fato de somente as classes profissionais especiais terem as suas atuações regulamentadas. Porque somente algumas classes eram contempladas? Mesmo na Antiguidade já havia uma diversidade considerável de profissões.
De qualquer modo, estudiosos como E. Bergmann procuraram estruturar de forma racional a estrutura do código:
Leis punitivas de prováveis delitos praticados durante um processo judicial (parágrafos 1 a 5)
Leis regulatórias do direito patrimonial (parágrafos 6 a 126)
Leis regulatórias do direito de família e heranças (parágrafos 127 a 195)
Leis destinadas a punir lesões corporais (parágrafos 196 a 214)
Leis que regulam os direitos e obrigações de classes especiais como: a) Médicos (§§215 – 223) b) Veterinários (§§ 224 – 225) c) Barbeiros (§§ 226 – 227) d) Pedreiros (§§ 228 - 233) e) Barqueiros (§§ 234 – 240) (parágrafos 215 a 240)
Leis regulatórias de preços e salários (parágrafos 241 – 277)
Leis adicionais regulatórias da posse de escravos (parágrafos 278 – 282)
Ao contrário da classificação sugerida por Bergman, Hugo Winker faz a divisão em quatorze partes:
Encantamentos, juízos de Deus, falso testemunho, prevaricação dos juízes. (parágrafos 1 a 5)
Crime de furto e rapina, reivindicação de móveis. (parágrafos 6 a 25)
Direitos e deveres dos oficiais, dos gregários em geral.(parágrafos 26 a 41)
Locação em regime geral dos fundos rústicos, mútuos, locação de casas, doações em pagamento. (parágrafos 42 a 65)
Relação entre comerciantes e comissionários. (parágrafos 100 a 107)
Regulamento das tabernas (taberneiras prepostas, polícia, penas e tarifas). (parágrafos 108 a 111)
Obrigações (contratos de transportes, mútuos), processo de execução e servidão por dívidas. (parágrafos 112 a 119)
Contratos de depósitos (parágrafos 120 a 126)
Injúria e difamação (parágrafo 127)
Matrimônio e família, crimes contra a ordem da família, contribuições e doações nupciais, sucessão. (parágrafos 128 a 184)
adoção, ofensa aos genitores. Substituição do recém-nascidos. (parágrafos 185 a 195)
Crimes e penas (lesões corporais) talião, indenização e composição. (parágrafos 196 a 214)
Médicos e veterinários, arquitetos e barqueiros (mercês, honorários e responsabilidade), choque de navios. (parágrafos 215 a 240)
Sequestro, locações de animais, trabalhos nos campos, pastores, operários. Danos, furtos de utensílios para água, escravo (ação redibitória, responsabilidade por evicção, disciplina). (parágrafos 241 a 282)
Este detalhamento nada mais é do que a ampliação do significado do primeiro. Entretanto, podemos aqui observar que o Código de Hamurabi não é somente morte e disposições penais como muitos o conhecem. Tal sistematização serve ainda para demonstrar que esta é uma legislação de grande valor e que traz alguns princípios que, com certeza, foram adotados por legislações posteriores no mundo do direito.
Lei de talião
A lei (ou pena) de talião é o ponto principal e fundamental para o Código de Hamurabi.
A despeito do que muitos pensam, talião não é um nome próprio. O termo vem do latim talionis, que significa “como tal”, “idêntico”. Daí temos a pena que se baseia na justa reciprocidade do crime e da pena, frequentemente simbolizada pela expressão “olho por olho, dente por dente”.
Ela se faz presente na maior parte dos duzentos e oitenta e dois artigos do código. Muitos delitos acabam tendo com sanção punitiva o talião, ou às vezes a pena de morte. Apesar de parecer chocante a condenação à pena de morte, esta era uma condenação bastante usual, pelo menos na legislação.
Finalidade
Com uma melhor análise do conteúdo do código, fica claro que o objetivo (ao menos aparentemente) dessa legislação era trazer a justiça, mesmo que a maioria dos seus duzentos e oitenta e dois artigos sejam taliônicos e não correspondam às ideias mais modernas de justiça científica.
Um bom ponto que talvez ilustre perfeitamente a finalidade da composição de tal legislação é o prólogo, no qual está escrito o seguinte: “(...) por esse tempo Anu e Bel me chamaram, a mim Hamurabi, o excelso príncipe, o adorador dos deuses, para implantar justiça na terra, para destruir os maus e o mal, para prevenir a opressão do fraco pelo forte, para iluminar o mundo e propiciar o bem-estar do povo (...)”
InfoEscola
Por Emerson Santiago
É chamado Código de Hamurabi uma compilação de 282 leis da antiga Babilônia (atual Iraque), composto por volta de 1772 a.C. Hamurabi é o sexto rei da Babilônia, responsável por decretar o código conhecido com seu nome, que sobreviveu até os dias de hoje em cópias parcialmente preservadas, sendo uma na forma de uma grande estela (monolito) de tamanho de um humano médio, além de vários tabletes menores de barro.
Características
Estela contendo as inscrições do Código de Hamurabi. Foto: Sailko [GFDL
Estela contendo as inscrições do Código de Hamurabi. Foto: Sailko [GFDL, CC-BY-SA-3.0 or CC-BY-2.5], via Wikimedia Commons
O Código de Hamurabi é visto como a mais fiel origem do Direito. É a legislação mais antiga de que se tem conhecimento, e o seu trecho mais conhecido é a chamada lei de talião. Ele é pequeno, tendo em seu original três mil e seiscentas linhas, sendo essas linhas ordenadas em duzentos e oitenta e dois artigos, sendo que de alguns deles não há conhecimento completo de sua redação.
O original do Código de Hamurabi foi escrito/gravado em um bloco, e parte desses artigos foram apagados quando o bloco foi levado para Susa, confiscado depois de uma guerra. Com isso, alguns artigos ficaram com a sua compreensão comprometida. Alguns dos artigos apagados são conhecidos pela existência de cópias. O bloco original em que foi escrito o Código encontra-se atualmente no museu do Louvre, em Paris.
Na verdade, como o Código de Hamurabi é a única legislação daquele povo, ele não deveria receber tal nomenclatura, tendo em vista que não apresenta-se da maneira de um código, noção que foi concebida após o Código Civil Napoleônico. Vale lembrar que o este código é uma legislação que está composta por vários fragmentos, sendo alguns civis, outros penais, alguns referentes ao direito do trabalho, etc.
Sociedade babilônica
Importante lembrar que a sociedade que produziu o Código de Hamurabi era uma sociedade estratificada. As disposições determinam qual comportamento é pertinente para cada classe.
A sociedade babilônica tinha por base a desigualdade. A primeira classe, e mais numerosa era a dos awilu, os cidadãos, proprietários, camponeses, artesãos e comerciantes.
Em posição intermediária estavam os mushkenu (palavra, através do árabe, responsável pelo vocábulo português “mesquinho”); são os semi-livres, entre livres e escravos. Era formada por antigos escravos, homens livres desclassificados (plebe), muitas vezes estrangeiros.
Abaixo destes estava a classe dos escravos, wardu, resultante, sobretudo, da guerra, mas também determinada pelo nascimento, em virtude de sua hereditariedade.
As disposições presentes no Código contemplam todas as classes, mas podemos observar que a legislação é feita com total parcialidade em favor da classe superior, os “awilum”. A maior parte dos artigos dão a entender que somente eles possuem direitos, pois frequentemente lemos a palavra awilum, e não qualquer expressão mais genérica que demonstraria imparcialidade.
No parágrafo 271 temos:
“Se um awilum alugou animais, um carro e seu condutor, dará três parsiktum de grão por dia.”
No 272 está escrito:
“Se um awilum alugou só o carro dará 4 uitum de grão por dia.”
Isso demonstra claramente que o código não considera a todos como iguais, pois se assim fosse qual a necessidade de se especificar qual a classe? Os enunciados dos artigos certamente trariam a palavra cidadão ou equivalente, evitando assim, a distinção de classe social. Entretanto, assim não é, pois as leis são específicas para cada classe social. Assim, cada classe tem o seu nome especificado no código.
A Mesopotâmia e Hamurabi
Hamurabi é o responsável pela fundação do primeiro império babilônico, conseguindo com isso, unificar a região. Para sua edificação foi decisiva ainda a invasão dos amoritas, que derrubaram os acádios, a força predominante na área.
Esta parte do planeta está delimitada por dois rios importantíssimos, que são o Tigre e o Eufrates, vindo daí o nome Mesopotâmia, derivado do grego, e que significa “terra entre rios”. É por isso mesmo que encontramos no código determinados artigos que tratam sobre a irrigação e regulamentam a profissão de barqueiro. Isso já deixa evidente a importância da água, não somente como a necessidade física, mas para finalidades secundárias, mas não menos importantes. Nos parágrafos 53, 55 e 56 temos exemplos de disposições que demonstram a preocupação com a racional utilização da água:
Se alguém é preguiçoso em ter em boa ordem o próprio dique e não o tem em ordem, e em conseqüência nele produziu-se uma fenda e os campos da aldeia foram inundados pela água, aquele em cujo dique produziu-se a abertura deverá ressarcir o grão que fez perder
Se alguém abre seu reservatório de água para irriga, mas é negligente, e a água inunda o campo do seu vizinho, deverá ressarcir o grão conforme o produzido pelo vizinho.
Se alguém deixa passar a água, e a água inundar o cultivo do vizinho, deverá indenizá-lo pagando para cada dez ‘gan’ (medida de superfície) dez ‘gur’ (medida de volume) de grão.
Nesses parágrafos vemos a preocupação com a questão da irrigação, e delitos previstos em caso de negligência no uso da água, prevendo penas para os infratores. A presença de três parágrafos para mostrar o que deveria ser feito quando ocorresse algum problema com a irrigação de algum campo demonstra claramente a importância acentuada da água, considerando que são apenas duzentos e oitenta e dois artigos. Afinal, a atividade econômica desenvolvia-se toda praticamente em torno da exploração da água.
Divisão do Código de Hamurabi
Como era de se imaginar, o Código de Hamurabi não apresenta o mesmo formato das leis contemporâneas. A conformação que prevalece nos dias atuais surgiu apenas com o Código Civil Napoleônico.
As lacunas existentes no código são evidentes para os especialistas. Exemplo disso é o fato de somente as classes profissionais especiais terem as suas atuações regulamentadas. Porque somente algumas classes eram contempladas? Mesmo na Antiguidade já havia uma diversidade considerável de profissões.
De qualquer modo, estudiosos como E. Bergmann procuraram estruturar de forma racional a estrutura do código:
Leis punitivas de prováveis delitos praticados durante um processo judicial (parágrafos 1 a 5)
Leis regulatórias do direito patrimonial (parágrafos 6 a 126)
Leis regulatórias do direito de família e heranças (parágrafos 127 a 195)
Leis destinadas a punir lesões corporais (parágrafos 196 a 214)
Leis que regulam os direitos e obrigações de classes especiais como: a) Médicos (§§215 – 223) b) Veterinários (§§ 224 – 225) c) Barbeiros (§§ 226 – 227) d) Pedreiros (§§ 228 - 233) e) Barqueiros (§§ 234 – 240) (parágrafos 215 a 240)
Leis regulatórias de preços e salários (parágrafos 241 – 277)
Leis adicionais regulatórias da posse de escravos (parágrafos 278 – 282)
Ao contrário da classificação sugerida por Bergman, Hugo Winker faz a divisão em quatorze partes:
Encantamentos, juízos de Deus, falso testemunho, prevaricação dos juízes. (parágrafos 1 a 5)
Crime de furto e rapina, reivindicação de móveis. (parágrafos 6 a 25)
Direitos e deveres dos oficiais, dos gregários em geral.(parágrafos 26 a 41)
Locação em regime geral dos fundos rústicos, mútuos, locação de casas, doações em pagamento. (parágrafos 42 a 65)
Relação entre comerciantes e comissionários. (parágrafos 100 a 107)
Regulamento das tabernas (taberneiras prepostas, polícia, penas e tarifas). (parágrafos 108 a 111)
Obrigações (contratos de transportes, mútuos), processo de execução e servidão por dívidas. (parágrafos 112 a 119)
Contratos de depósitos (parágrafos 120 a 126)
Injúria e difamação (parágrafo 127)
Matrimônio e família, crimes contra a ordem da família, contribuições e doações nupciais, sucessão. (parágrafos 128 a 184)
adoção, ofensa aos genitores. Substituição do recém-nascidos. (parágrafos 185 a 195)
Crimes e penas (lesões corporais) talião, indenização e composição. (parágrafos 196 a 214)
Médicos e veterinários, arquitetos e barqueiros (mercês, honorários e responsabilidade), choque de navios. (parágrafos 215 a 240)
Sequestro, locações de animais, trabalhos nos campos, pastores, operários. Danos, furtos de utensílios para água, escravo (ação redibitória, responsabilidade por evicção, disciplina). (parágrafos 241 a 282)
Este detalhamento nada mais é do que a ampliação do significado do primeiro. Entretanto, podemos aqui observar que o Código de Hamurabi não é somente morte e disposições penais como muitos o conhecem. Tal sistematização serve ainda para demonstrar que esta é uma legislação de grande valor e que traz alguns princípios que, com certeza, foram adotados por legislações posteriores no mundo do direito.
Lei de talião
A lei (ou pena) de talião é o ponto principal e fundamental para o Código de Hamurabi.
A despeito do que muitos pensam, talião não é um nome próprio. O termo vem do latim talionis, que significa “como tal”, “idêntico”. Daí temos a pena que se baseia na justa reciprocidade do crime e da pena, frequentemente simbolizada pela expressão “olho por olho, dente por dente”.
Ela se faz presente na maior parte dos duzentos e oitenta e dois artigos do código. Muitos delitos acabam tendo com sanção punitiva o talião, ou às vezes a pena de morte. Apesar de parecer chocante a condenação à pena de morte, esta era uma condenação bastante usual, pelo menos na legislação.
Finalidade
Com uma melhor análise do conteúdo do código, fica claro que o objetivo (ao menos aparentemente) dessa legislação era trazer a justiça, mesmo que a maioria dos seus duzentos e oitenta e dois artigos sejam taliônicos e não correspondam às ideias mais modernas de justiça científica.
Um bom ponto que talvez ilustre perfeitamente a finalidade da composição de tal legislação é o prólogo, no qual está escrito o seguinte: “(...) por esse tempo Anu e Bel me chamaram, a mim Hamurabi, o excelso príncipe, o adorador dos deuses, para implantar justiça na terra, para destruir os maus e o mal, para prevenir a opressão do fraco pelo forte, para iluminar o mundo e propiciar o bem-estar do povo (...)”
InfoEscola
domingo, 3 de maio de 2015
O Profeta Elias
Profeta Elias
Elias revivendo o filho da viúva de Sarepta, por Louis Hersent.
Profeta
Local de nascimento
Tisbe, Gilad
Venerado por
Judaísmo, cristianismo, islamismo
Festa
20 de julho
Elias (em hebraico: אֱלִיָּהוּ, transl. Eliyahu, lit. "Meu Deus é Javé";1 2 em grego: Ηλίας, transl. Elías; em árabe: إلياس, transl. Ilyās) é um personagem bíblico, um profeta e um taumaturgo que viveu no reino de Israel3 durante o reinado de Acab (século IX a.C.).
De acordo com o Livro dos Reis, Elias defendeu o culto de Javé contra a veneração do deus canaanita Baal (que era considerado um culto idólatra); ele ressuscitou os mortos, fez chover fogo dos céus, e foi levado por um redemoinho (acompanhado por uma carruagem e cavalos em chamas, ou cavalgando-os. No Livro de Malaquias, o retorno de Elias foi profetizado "antes que venha o grande e temível dia do Senhor", o que fez dele um arauto do Messias e da escatologia nas diversas fés que reverenciam a Bíblia hebraica. Referências a Elias aparecem no Talmude, na Mishná, no Novo Testamento e no Corão.
No judaísmo, o nome de Elias é invocado no ritual semanal do Havdalá, que marca o fim do Shabbat, além de outros costumes daquela religião, como o Sêder de Pessach e o brit milá (circuncisão ritual). Elias é mencionado ainda em diversas histórias e referências no Hagadá e na literatura rabínica, entre eles o Talmud Babilônico.
No cristianismo, o Novo Testamento descreve como tanto Jesus quanto João Batista foram comparados com Elias e, em determinadas ocasiões, tidos como manifestações dele; além disso, Elias aparece, juntamente com Moisés, durante a Transfiguração de Jesus.
No islamismo, o Corão descreve Elias como um profeta grande e justo de Deus, que pregou intensamente contra o culto a Ba'al.
Elias também é uma figura importante em diversas tradições folclóricas cristãs, muitas vezes identificado com deuses pagãos relacionados ao trovão ou ao céu.
Narrativa bíblica e contexto histórico
Mapa de Israel tal como o território se encontrava no século IX a.C.; em azul está o Reino de Israel, e em amarelo está o Reino de Judá.
No século IX a.C., o Reino de Israel, que havia sido unido pelo rei Salomão, havia sido dividido em dois: o Reino de Israel, no norte, e o Reino de Judá, no sul, que seguia mantendo a sede histórica de governo e foco da religião israelita no Templo de Jerusalém. Omri, rei de Israel, manteve em prática políticas que datavam do reinado de Jeroboão, contrárias às leis de Moisés, que visavam reorientar o foco religioso para longe da cidade de Jerusalém, encorajavam a construção de altares e templos locais para a realização de sacrifícios, a indicação de sacerdotes que não pertenciam à família dos levitas, e permitindo ou até mesmo encorajando a construção de templos dedicados ao deus canaanita Baal. Omri conseguiu uma situação doméstica segura através de uma aliança obtida com o casamento de seu filho, Acab, e a princesa Jezabel, uma sacerdotisa de Baal, filha do rei de Sídon, na Fenícia. Estas soluções trouxeram segurança e prosperidade econômica para Israel por algum tempo, porém não lograram obter paz com os profetas israelitas, que estavam interessados numa interpretação deuteronômica rígida da lei mosaica.
Como rei, Acab exarcebou estas tensões. Ele permitiu o culto a um deus estrangeiro dentro de seu próprio palácio, construindo ali um templo para Baal e permitindo que Jezabel trouxesse consigo um grande séquito de sacerdotes e profetas, tanto de Baal quanto de Aserá, para seu país. Neste contexto, Elias é apresentado no Primeiro Livro dos Reis (17:1) como "Elias, o tesbita". Ele alerta Acab que se seguirão anos de uma seca tão catastrófica que nem mesmo o orvalho cairá, porque Acab e sua rainha ocupavam o fim de uma fila de reis de Israel que teriam "feito o mal aos olhos do Senhor."
Primeiro e Segundo Livro de Reis
Elias no deserto, de Washington Allston.
Nenhum contexto acerca da pessoa de Elias é dado nos textos bíblicos. Seu nome, em hebraico, significa "Meu Deus é Javé", e pode ser um título aplicado a ele devido ao seu questionamento ao culto de Baal.10 11 12 13 14
O desafio feito por Elias, característico de seu comportamento em outros episódios de sua história, tal como narrada na Bíblia, é ousado e direto. Baal era o deus canaanita responsável pela chuva, pelo trovão, pelo relâmpago e pelo orvalho. Elias desafia não só Baal, para defender seu próprio Deus, Javé, mas também Jezabel, seus sacerdotes, Acab e o povo de Israel.
Viúva de Sarepta
Ressurreição do filho da viúva de Sarepta
Após Elias confrontar Acab, Deus lhe ordena que fuja de Israel, para um esconderijo ao lado do riacho de Carit, a leste do rio Jordão, onde ele é alimentado por corvos. Quando o rio seca, Deus lhe ordena que vá para uma viúva que habita a cidade de Sarepta, na Fenícia. Quando Elias a encontra e pede a ela que o alimente, ela afirma que não tem comida suficiente para manter vivos ela e o próprio filho. Elias afirma que Deus não deixará que sua reserva de farinha e azeite se esgote, afirmando: "Não temas; (...) Porque eis o que diz o Senhor, Deus de Israel: a farinha que está na panela não se acabará, e a ânfora de azeite não se esvaziará, até o dia em que o Senhor fizer chover sobre a face da terra." Ela o alimenta com tudo o que resta de sua comida, e a promessa de Elias, miraculosamente, se realiza, e a mulher recebe a bênção prometida: Deus lhe dá o "maná" dos céus ao mesmo tempo em que negava comida ao povo de sua terra prometida, que lhe fôra infiel. Algum tempo depois, o filho da viúva morre, e ela reclama, furiosa: "Vieste, pois, à minha casa para lembrar-me os meus pecados e matar o meu filho?" Movido por uma fé semelhante à de Abraão (Romanos 4:17, Hebreus 11:19), Elias reza a Deus para que ele ressuscite seu filho, demonstrando assim a veracidade e a confiabilidade da palavra de Deus. O Primeiro Livro dos Reis (17:22) relata então como Deus "ouviu a oração de Elias: a alma do menino voltou a ele, e ele recuperou a vida." Este é o primeiro exemplo de uma ressureição relatada nas Escrituras. Esta viúva, que nem sequer era israelita, recebeu a maior bênção divina na forma da vida de seu filho - a única esperança de uma viúva numa sociedade antiga. A viúva então exclamou: "Agora vejo que és um homem de Deus e que a palavra de Deus está verdadeiramente em teus lábios", fazendo assim uma profissão de fé que nem mesmo os israelitas haviam feito.
Depois de mais de três anos de seca e fome, Deus ordena a Elias que retorne a Acab e anuncie o fim da seca, não devido a qualquer tipo de arrependimento por parte dos israelitas, mas por determinação a se revelar novamente ao seu povo. No caminho, Elias encontra Obadias, intendente de Acab, que havia escondido cem profetas do Deus de Israel quando Acab e Jezabel começaram a assassiná-los. Elias envia Obadias de volta a Acab, para anunciar seu retorno a Israel.
Desafio a Baal
Estátua de Elias na Caverna de Elias, Monte Carmel, Israel.
A oferenda de Elias é consumida pelo fogo dos céus num vitral da Igreja Evangélica Luterana Alemã de São Mateus em Charleston, Carolina do Sul, Estados Unidos.
Quando Acab confronta Elias, ele se refere a ele como "o perturbador de Israel". Elias responde devolvendo a acusação a Acab, afirmando que ele é que teria perturbado Israel ao permitir o culto a falsos deuses. Elias então repreende tanto o povo de Israel quanto Acab por tolerar o culto a Baal. "Até quando claudicareis dos dois pés? Se o Senhor é Deus, segui-o, mas se é Baal, segui a Baal!" (Primeiro Livro dos Reis, 18:21). "O povo nada respondeu." O termo hebraico traduzido como o verbo "claudicar" é o mesmo utilizado para "dançar" no versículo 26, utilizado para descrever a dança frenética dos profetas de Baal; Elias fala com uma ironia afiada: Israel, ao se envolver nesta ambivalência religiosa, estaria tomando parte numa "dança" religiosa fútil e selvagem.
Neste ponto Elias propõe um teste direto dos poderes de Baal e Javé. O povo de Israel, 450 profetas de Baal e 400 profetas de Aserá são convocados ao Monte Carmel. Lá, dois altares são erguidos, um para Baal e um para Javé, sobre os quais madeira é colocada. Dois bois são sacrificados e cortados em pedaços, que são colocados sobre a madeira. Elias pede então aos sacerdotes de Baal que rezem para que o fogo acenda sob o sacrifício; eles oram de manhã até o meio-dia, sem sucesso. Elias ridiculariza seus esforços, e eles respondem cortando a si mesmos e derramando seu próprio sangue sobre o sacrifício (a mutilação do próprio corpo era estritamente proibida pela lei mosaica). Os sacerdotes continuam a orar até o anoitecer, sem sucesso.
Elias ordena então que o altar de Javé seja encharcado com a água de quatro jarras grandes, derramadas por três vezes (18:33-34), ele pede a Deus que aceite o sacrifício. O fogo do Senhor desce do céu, consumindo a água, o sacrifício e as pedras do altar. Elias aproveita-se da situação e ordena a morte dos sacerdotes de Baal, e em seguida, reza com furor para que a chuva volte a cair sobre a terra - o que acontece, simbolizando o fim da fome.
Monte Horeb
Jezabel, enfurecida porque Elias ordenou a morte de seus sacerdotes, ameaça matá-lo (Primeiro Livro de Reis, 19:1-13). Este foi o primeiro encontro entre ambos, embora não o último. Posteriormente, Elias faria uma profecia acerca da morte de Jezabel, devido a seus pecados. Elias foge então para Bersabéia, no Reino de Judá, e de lá segue, sozinho, pelo deserto, até que finalmente se senta sob um arbusto (zimbro, segundo algumas traduções, giesta, segundo outras), onde pede a Deus que o mate. Acaba por adormecer ali, e é tocado por um anjo, que ordena a ele que acorde e coma. Ao despertar, ele encontra ao lado de si pão e uma jarra de água; após adormecer novamente, ele volta a ser acordado pelo anjo, que ordena a ele que volte a comer e beber pois tem diante de si uma longa jornada.
Elias viaja por quarenta dias e quarenta noites até o Monte Horeb, onde Moisés havia recebido os Dez Mandamentos. Elias é a única pessoa mencionada na Bíblia a retornar a Horeb depois que Moisés e sua geração haviam passado pelo lugar, muitos séculos antes. Lá, ele procura abrigo numa caverna. Deus novamente volta a falar com ele (19:9): "Que fazes aqui, Elias?" Elias não dá uma resposta direta à pergunta de Deus, mas fala de maneira evasiva, deixando a entender que o trabalho que o Senhor havia começado séculos antes não havia levado a lugar algum, e que seus próprios esforços haviam sido em vão. Ao contrário de Moisés, que tentou defender Moisés quando eles haviam pecado com o bezerro de ouro, Elias reclama, com amargura, a respeito da impiedade dos israelitas e afirma que ele era "o único que havia ficado". Até então, Elias contava apenas com a palavra de Deus para guiá-lo, porém agora ele recebe a ordem de sair da caverna e colocar-se "na presença do Senhor". Um vento terrível passa por ele, porém Deus não estava nele. Em seguida, um grande terremoto sacode a montanha, porém Deus tampouco se revela nele. Então um fogo se acende, e novamente Deus não se revela nele. Elias ouve então o "murmúrio de uma brisa ligeira", que lhe pergunta novamente: "Que fazes aqui, Elias?" Elias novamente responde a pergunta de maneira evasiva, com o mesmo lamento, mostrando que não compreendeu a importância da revelação divina que ele havia acabado de presenciar. Deus então ordena que ele parta novamente, desta vez para Damasco, para ungir Hazael como rei da Síria, Jeú como rei de Israel, e Eliseu como seu substituto.
Caverna de Elias, Monte Carmel, Israel.
Vinha de Nabot
Elias encontra Acab novamente no Primeiro Livro dos Reis, 21, após Acab ter adquirido uma vinha através de um assassinato. Acab desejava obter a vinha de Nabot, em Jezrael, e para isso ofereceu uma vinha melhor ou um preço justo pelo terreno; Nabot, no entanto, fala a Acab que Deus lhe ordenou que não se desfizesse do terreno. Acab aceita a resposta com irritação e mau humor, mas Jezabel desenvolve um plano para adquirir o terreno: ela envia cartas em nome de Acab aos anciões e nobres que viviam nas proximidades de Nabot, para que organizassem um banquete e o convidassem. Neste banquete, uma falsa acusação de blasfêmia e ofensas contra Acab seriam feitas contra Nabot. O plano é posto em prática, e Nabot acaba sendo apedrejado até a morte. Quando ouve a notícia de que Nabot está morto, Jezabel diz a Acab que ele já pode se apoderar da vinha.
Deus então volta a falar com Elias, e lhe ordena que confronte Acab com uma pergunta e uma profecia: "Mataste, e agora usurpas?" e "no mesmo lugar em que os cães lamberam o sangue de Nabot, lamberão também o teu." (21:19). Acab confronta então Elias, chamando-o de seu inimigo. Elias responde afirmando que ele mesmo havia se tornado inimigo de Deus por seus próprios atos, e afirmando que todo o reino rejeitaria a autoridade de Acab, que Jezabel seria devorada por cães em Jezrael, e que todos membros de sua família seriam devorados por cães, se morressem dentro de uma cidade, ou por pássaros, se morressem no campo. Ao ouvir isso, Acab se arrepende de tal maneira que rasgou suas vestes, cobriu-se com um saco e entrou em jejum; Deus então desiste de puni-lo, porém insiste em punir Jezabel e seu filho, Ocozias.
Ocozias
Ícone russo do profeta Elias, século XVIII (Iconóstase do mosteiro de Kiji, Carélia, Rússia).
Elias parte então para encontrar-se com Ocozias. A cena se abre com Ocozias recuperando-se de um ferimento grave que teve depois de uma queda de sua janela, tendo enviado emissários aos sacerdotes de Baal-Zebub, em Acaron, fora do reino de Israel, para saber se poderia se recuperar. Elias intercepta os emissários e os envia de volta a Ocozias com uma mensagem. Como é de seu costume, sua mensagem se inicia com uma pergunta direta e impertinente: "Não há porventura um Deus em Israel, para irdes consultar Baal-Zebub, deus de Acaron?" (Segundo Livro de Reis, 1:3) Ocozias pede aos emissários que descrevam a pessoa que lhes deu esta mensagem; eles afirmam que ele trajava um casaco felpudo com um cinto de couro, e ele instantaneamente o reconhece como Elias, o tesbita.
Ocozias envia então três grupos de cinquenta soldados para prender Elias. Os dois primeiros são destruídos por chamas que Elias faz descer dos céus. O líder do terceiro grupo então implora por misericórdia para si próprio e seus homens; Elias concorda e pede que eles o acompanhem até Ocozias, onde ele faz pessoalmente a profecia que havia mencionado a Acab.
Arrebatamento
Elias, juntamente com Eliseu, se aproxima do rio Jordão. Lá, ele dobrou seu manto e golpeou a água (2:8); imediatamente a água se dividiu, permitindo que Elias e Eliseu caminhassem em meio a ela. Repentinamente surgiu uma carruagem de fogo, acompanhado por cavalos igualmente em chamas, levantando Elias sobre um turbilhão. Enquanto ele era erguido, seu manto caiu sobre solo, e de onde foi prontamente apanhado por Eliseu.
Menção final: Segundo Livro de Crônicas
Santo Elias na caverna e sobre uma carruagem de fogo. Afresco do Mosteiro de Rila, Bulgária, tradição ortodoxa medieval, restauração do século XX.
Elias é mencionado mais uma vez no Segundo Livro de Crônicas (21), sua última menção na Bíblia hebraica. Uma carta é enviada com seu nome para Jorão de Judá, mencionando que ele havia induzido o povo de Judá à idolatria da mesma maneira que Acab havia feito com o povo de Israel; a mensagem termina profetizando para ele, por este motivo, uma morte dolorosa ("uma enfermidade que fará sair de teu corpo as entranhas durante longos dias"). Esta carta é um enigma até hoje aos leitores da Bíblia por diversos motivos: primeiro, ela foi destinada a um rei do reino meridional de Judá, enquanto Elias costumava se preocupar unicamente com o reino setentrional de Israel; em segundo lugar, ela se inicia com: "Eis o que diz o Senhor (YHVH), Deus de Davi, teu pai", no lugar de "...em nome do Senhor (YHVH), Deus de Israel", mais comum. A mensagem também parece vir após a ascensão de Elias. Diversos autores especularam sobre os possíveis motivos para esta carta, entre eles o de que ela poderia ser um exemplo de um nome de um profeta menos conhecido sendo substituído posteriormente pelo nome de outro mais conhecido.15 Já outros, como John Van Seters, da Universidade da Carolina do Norte, no entanto, rejeitam pura e simplesmente a carta como tendo qualquer tipo de ligação com a tradição de Elias.16 Michael Wilcock, no entanto, do Trinity College, de Bristol, argumentou que a carta de Elias estaria se referindo a uma situação muito peculiar ao reino do norte e que estaria ocorrendo no reino do sul, e que, por este motivo, seria autêntica.
O fim cristão de Elias no Livro de Malaquias
"Vou mandar-vos o profeta Elias, antes que venha o grande e temível dia do Senhor, e ele converterá o coração dos pais para os filhos, e o coração dos filhos para os pais, de sorte que não ferirei mais de interdito a terra."
— Malaquias, 4:5–6
Enquanto a menção final de Elias na Bíblia hebraica ocorre no Livro de Crônicas, a inversão na ordem dos livros feita na Bíblia cristã, visando colocar o Livro de Malaquias, que profetiza a vinda de um Messias, imediatamente antes dos Evangelhos cristãos, significa que a aparição final de Elias no "Antigo Testamento" ocorre justamente no Livro de Malaquias, onde se pode ler: "Vou mandar-vos o profeta Elias, antes que venha o grande e temível dia do Senhor." Este dia é descrito como uma fornalha, no qual "...nada ficará: nem raiz, nem ramos" (4:1). No judaísmo, tradicionalmente, isto é interpretado como indicando que o retorno de Elias antecederá a chegada do Messias, enquanto no cristianismo a tradição dita que o ministério de João Batista teria cumprido essa profecia. Além disso, estes versos são vistos como a representação de que Elias teria um papel no fim dos tempos, imediatamente após a segunda vinda de Jesus.
Análise textual
De acordo com pelo menos um estudioso recente,18 as histórias de Elias teriam sido adicionados à História Deuteronomística em quatro etapas. A primeira data da edição final da História, por volta de 560 a.C., quando as três histórias (a vinha de Nabot, a morte de Ocozias e a história do golpe de Jeú) foram incluídas no texto para representar os temas da confiabilidade da palavra de Deus, o ciclo do culto de Baal e a reforma religiosa ocorrida na história do reino setentrional. As narrativas a respeito das guerras que envolveram o rei Omri teriam sido acrescentadas pouco tempo depois, para ilustrar um tema recém-introduzido, o de que a atitude do rei com relação às palavras dos profetas determinaria o destino de Israel. Os capítulos 17 e 18 do Primeiro Livro dos Reis teriam sido adicionados no período pós-exílico (após 538 a.C.) para demonstrar a possibilidade de uma vida nova, em comunhão com Deus, após o dia do julgamento. No século V a.C., os versículos de 1 a 18 do capítulo 19 do Primeiro Livro dos Reis, bem como o restante das histórias que envolvem Eliseu, teriam sido inseridas para dar à profecia um alicerce legítimo na história de Israel.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
quarta-feira, 29 de abril de 2015
FMI prevê maior desaceleração em mais de 20 anos, mas elogia ajustes
FMI prevê maior desaceleração em mais de 20 anos, mas elogia ajustes
Do UOL, em São Paulo
O Brasil enfrenta a maior desaceleração econômica em mais de duas décadas, afirma o FMI (Fundo Monetário Internacional) em relatório divulgado nesta quarta-feira (29).
O fundo projeta uma queda de até 1% na economia brasileira neste ano, seguida por uma recuperação em 2016, com crescimento estimado em 1%.
O órgão, no entanto, elogia os ajustes que estão sendo feitos no país, e diz que é preciso continuar com os recentes esforços para conter um aumento da dívida pública e reconquistar a confiança na política econômica.
Elogio aos ajustes do governo
O FMI diz que é inevitável o ajuste das contas públicas brasileiras, mesmo num momento de desaceleração da atividade econômica. O elevado deficit público faz com que o governo tenha pouca opção além de promover um aperto fiscal, diz o FMI, que tem elogiado o programa de ajuste comandado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Na América Latina, as decisões de políticas fiscal atuais não podem levar em conta apenas o que seria desejável de um ponto de vista cíclico, pois é preciso considerar a sustentabilidade da dívida, afirma a instituição.
Baixo investimento e falta de confiança do consumidor
O cenário atual no Brasil é marcado pelo baixo investimento do setor privado e pela queda da confiança do consumidor, diz o FMI.
O aperto da política fiscal do governo e o aumento dos juros também contribuem para a fraqueza da economia no curto prazo, mas essas medidas são fundamentais para conter a alta da dívida pública e reconstruir a confiança do mercado.
Segundo relatório divulgado nesta quarta-feira, o investimento privado continua um importante freio à atividade econômica no Brasil. Para o Fundo, o investimento é afetado por problemas de competitividade existentes há muito tempo, além de piores termos de troca (a relação entre preços de exportação e de importação) e de uma incerteza elevada, devido ao impacto da investigação da Petrobras e ao efeito da seca prolongada sobre a oferta de energia.
"A confiança do consumidor também piorou abruptamente, num quadro de inflação alta, crédito mais apertado e o começo da fraqueza do mercado de trabalho", diz o FMI.
"Do mesmo modo, o realinhamento em curso de preços relativos importantes, como a taxa real de câmbio, deve ajudar a melhorar as perspectivas para o investimento ao longo do tempo."
A análise faz parte do Panorama Econômico Regional para o Hemisfério Ocidental, divulgado nesta quarta-feira. As avaliações sobre o Brasil são muito parecidas com as feitas há duas semanas, durante a reunião de primavera do FMI e do Banco Mundial, realizada em Washington.
(Com Valor)
Do UOL, em São Paulo
O Brasil enfrenta a maior desaceleração econômica em mais de duas décadas, afirma o FMI (Fundo Monetário Internacional) em relatório divulgado nesta quarta-feira (29).
O fundo projeta uma queda de até 1% na economia brasileira neste ano, seguida por uma recuperação em 2016, com crescimento estimado em 1%.
O órgão, no entanto, elogia os ajustes que estão sendo feitos no país, e diz que é preciso continuar com os recentes esforços para conter um aumento da dívida pública e reconquistar a confiança na política econômica.
Elogio aos ajustes do governo
O FMI diz que é inevitável o ajuste das contas públicas brasileiras, mesmo num momento de desaceleração da atividade econômica. O elevado deficit público faz com que o governo tenha pouca opção além de promover um aperto fiscal, diz o FMI, que tem elogiado o programa de ajuste comandado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Na América Latina, as decisões de políticas fiscal atuais não podem levar em conta apenas o que seria desejável de um ponto de vista cíclico, pois é preciso considerar a sustentabilidade da dívida, afirma a instituição.
Baixo investimento e falta de confiança do consumidor
O cenário atual no Brasil é marcado pelo baixo investimento do setor privado e pela queda da confiança do consumidor, diz o FMI.
O aperto da política fiscal do governo e o aumento dos juros também contribuem para a fraqueza da economia no curto prazo, mas essas medidas são fundamentais para conter a alta da dívida pública e reconstruir a confiança do mercado.
Segundo relatório divulgado nesta quarta-feira, o investimento privado continua um importante freio à atividade econômica no Brasil. Para o Fundo, o investimento é afetado por problemas de competitividade existentes há muito tempo, além de piores termos de troca (a relação entre preços de exportação e de importação) e de uma incerteza elevada, devido ao impacto da investigação da Petrobras e ao efeito da seca prolongada sobre a oferta de energia.
"A confiança do consumidor também piorou abruptamente, num quadro de inflação alta, crédito mais apertado e o começo da fraqueza do mercado de trabalho", diz o FMI.
"Do mesmo modo, o realinhamento em curso de preços relativos importantes, como a taxa real de câmbio, deve ajudar a melhorar as perspectivas para o investimento ao longo do tempo."
A análise faz parte do Panorama Econômico Regional para o Hemisfério Ocidental, divulgado nesta quarta-feira. As avaliações sobre o Brasil são muito parecidas com as feitas há duas semanas, durante a reunião de primavera do FMI e do Banco Mundial, realizada em Washington.
(Com Valor)
terça-feira, 28 de abril de 2015
segunda-feira, 27 de abril de 2015
Assinar:
Postagens (Atom)