Konstantinos - Uranus

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Xenofobia na Europa


Xenofobia na Europa

O crescimento da xenofobia na Europa é revelador das relações entre a intolerância cultural e o crescimento migratório no continente.

 Entende-se por Xenofobia, em termos sociopolíticos, a repulsa ou aversão a povos estrangeiros em um dado local ou território. Essa denominação, primeiramente utilizada no contexto da psicologia e da biologia, é também encarada como uma questão política, cuja lógica se manifesta de forma mais acentuada em alguns países do continente europeu, em função da grande quantidade de imigrantes residentes nesse continente.

Para entender essa questão, é preciso, primeiramente, compreender a lógica da dinâmica migratória em direção à Europa. Os principais fatores que propiciam a presença de estrangeiros no território europeu são:

a) Dificuldades econômicas enfrentadas pelos países subdesenvolvidos e emergentes. Esses países sofrem com problemas graves de distribuição de renda, o que faz com que a população menos favorecida busque por novas oportunidades em países centrais. Dessa forma, a Europa torna-se um atrativo por oferecer uma maior mobilidade entre as diferentes nações, local onde esses imigrantes realizam os serviços mais básicos e destinam suas economias para seus locais de origem.

b) Necessidade de imigrantes por parte da Europa, uma vez que há carência de trabalhadores para as funções mais básicas da sociedade, vagas que costumam ser preenchidas por estrangeiros.

c) Investimentos econômicos em alguns setores na economia são também requisitados pelos europeus aos estrangeiros, uma vez que boa parte dos empresários do velho continente opta por investir em outras economias. Assim, na Europa, registra-se a presença de uma elite, principalmente, islâmica, que passa a ganhar cada vez mais representatividade no âmbito do poder.

d) Os avanços do meio técnico-científico-informacional no cerne da Globalização propiciaram também novas configurações territoriais, possibilitando e facilitando o rápido transporte de pessoas em todo o mundo, tornando-se o fator derradeiro para consolidar e intensificar os fluxos migratórios então existentes.

Graças a esses fatores, a presença de povos estrangeiros e de culturas e práticas sociais não europeias é cada vez maior, muito embora os fluxos migratórios venham diminuindo nos últimos anos. Com isso, o sentimento de alteridade para com outros povos por parte da população de alguns países na Europa é cada vez menor, aumentando casos de racismos, intolerância religiosa (principalmente com os muçulmanos) e rejeição aos estrangeiros.

Os principais fatores que motivam a ocorrência e os aumentos periódicos de ondas xenofóbicas são:

a) Crise de identidade que aumenta à medida em que a Europa vai gradativamente se transformando em um local multimiscigenado, haja vista que a maioria dos imigrantes não costuma retornar para os seus locais de origem, estabelecendo-se em espaço europeu e transmitindo suas heranças genéticas aos seus descendentes, provocando uma transformação étnica. Para agravar essa questão, observa-se que o crescimento migratório em vários países europeus é muito superior ao crescimento vegetativo, graças às quedas acentuadas das taxas de natalidade.

b) A ideia de que os imigrantes “roubam” os empregos dos europeus, pois muitos consideram que aqueles realizam os mesmos serviços da população local, porém com salários mais baixos e condições de trabalho mais degradantes. Apesar de isso ser verdade, a presença de imigrantes não diminui o índice de emprego para a população local, haja vista que os estrangeiros costumam atuar em áreas carentes de emprego, geralmente destinadas à população de renda mais baixa, além de atuarem também na informalidade.

c) A crise econômica que atinge a Europa, de forma mais intensa desde 2011, vem contribuindo para o crescimento de casos de xenofobia. Isso ocorre porque, com a crise econômica, parte da população passou a responsabilizar os povos estrangeiros por meio de ideias preconceituosas pela retração econômica. Além disso, com o aumento de problemas sociais ocasionados pela crise, como o desemprego, partidos de extrema direita angariaram mais espaço nos parlamentos, ganhando força para difundir seus ideais fascistas, racistas e anti-imigrantistas.

d) Os migrantes vêm procurando manter as suas tradições, ao contrário do que acontece, por exemplo, nos EUA, onde a população estrangeira modifica os seus hábitos e padrões de comportamento e comunicação para adequar-se aos valores nacionais. Na Europa, os grupos estrangeiros, cada vez maiores, mais influentes e mais organizados, articulam-se no sentido de conservar suas tradições, incluindo os seus idiomas. Isso gera uma crise social muito grande, pois os nativos europeus simplesmente não concebem essa ideia, gerando conflitos cotidianos e sociais, o que pode, em um futuro próximo, reverberar em uma crise sem precedentes no continente europeu.

Considerando essas razões, é possível perceber um crescimento de atos e posições xenofóbicas no contexto das sociedades europeias. Essas práticas, apesar de muitas vezes serem combatidas por leis e ações públicas, são referendadas pelos Estados nacionais, que lançam ações e posturas de diminuição dos direitos dos povos estrangeiros. Um exemplo disso é a Suíça, que aprovou leis de expulsão a imigrantes condenados por crimes graves após o cumprimento de suas penas, crimes esses que envolvem estupros, homicídios e tráfico de drogas, além de alguns outros considerados menores.

Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia
http://www.brasilescola.com/

domingo, 25 de janeiro de 2015

ESPECIAL: Para Armínio Fraga, ministro pouco pode fazer sozinho e ‘vai até um certo ponto’

Entrevista. Armínio Fraga
Para Armínio Fraga, ministro pouco pode fazer sozinho e ‘vai até um certo ponto’
'Levy é uma ilha em um mar de mediocridade'
Eliane Cantanhêde

24 Janeiro 2015 |

Num estilo mais direto e crítico do que de costume, o ex-vilão da campanha presidencial, Armínio Fraga, disse ao Estado que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, "largou bem, mas é uma ilha de competência em um mar de mediocridade, com honrosas exceções". Segundo Armínio, que foi presidente do Banco Central no governo FHC e seria o homem da economia num eventual governo de Aécio Neves, "o governo é carregado de incompetência, de ideologia e de corrupção".

 

Imagem. Percepção sobre o Brasil só vem piorando, avalia Armínio


Depois de virar o vilão da história durante a campanha, como o sr. se sente agora?
Estou me desintoxicando da campanha. Eu não sou vilão e me irritava o baixo nível do debate e aquela verdadeira produção de mentiras e de cenas, tudo muito teatral. Eu dizia uma coisa, eles deturpavam ou tiravam do contexto. Dizia outra, eles deturpavam de novo. Então, foi tudo muito frustrante. E eu não sou desse mundo.


Que mundo?
De campanha, de debate político, de confronto parlamentar. Sou uma pessoa engajada, que pensa o Brasil, que pensa política pública, mas não faço política diretamente.


O que o sr. conclui com a experiência?
Estamos vivendo uma enorme crise de valores e isso é gravíssimo. Nós temos exemplo para todo lado, é mensalão, é petrolão, mentiras na campanha, como se tudo isso fosse muito natural. Não é.


E a economia?
Há um ciclo, desde que o presidente Lula mudou de linha na área econômica no segundo mandato, com características populistas que incluem esse tipo de discurso distorcido e muito difícil de se contradizer. Muita gente acredita que um regime populista não se derrota; ele mesmo quebra, se destrói. Então, o que o Aécio tentou na campanha, e nós todos junto com ele, foi derrotar um regime populista que tem tentáculos enormes que atingem um número imenso de pessoas.


Baixo crescimento, inflação alta, juros altos, nada disso foi capaz de derrotar Dilma. Por quê?
No que se refere ao ciclo econômico, as coisas às vezes demoram a acontecer. As implicações de uma desaceleração drástica do crescimento, como ocorreu no primeiro mandato dela, ainda não se fizeram sentir. Estão a caminho. E quem vai sentir mais são os mais pobres. São sempre eles, sempre, sempre, sempre.


Pode-se dizer que a grande falha da era petista é a perda de competitividade?
Não gosto dessa palavra, competitividade. Ela tira o foco da palavra mais importante, que é produtividade. Como você chega a ser competitivo? Produzindo. Então, falta uma educação de qualidade, empresas acopladas aos melhores padrões globais, trazer para cá o que presta. O Brasil não precisa focar apenas em inovar. Em algumas áreas pode apenas imitar. E nem isso nós estamos conseguindo.


O Levy não está indo bem?
O Levy largou bem, mas é uma ilha de competência num mar de mediocridade no governo Dilma, com honrosas exceções, como os ministros Izabella Teixeira (Meio Ambiente), Kátia Abreu (Agricultura) e Alexandre Tombini (Banco Central). Sozinho, o Levy vai até um ponto. Pode evitar ou postergar um rebaixamento do crédito do País e até acalmar um pouco as expectativas, mas o lado qualitativo que nós imaginávamos vai continuar muito prejudicado. O Brasil tem uma renda per capita que é menos de 20% da americana. Então, há um espaço enorme para crescer. O Brasil deveria crescer e pode crescer, e rápido, mas tem de arrumar as coisas de uma maneira muito ampla.


Fundamental agora é arrumar as contas?
É bom arrumar as contas, mas não é só arrumar as contas. O Levy já anunciou medidas para tapar metade do buraco que ele definiu como meta para o primeiro ano. Não quero entrar em detalhes, mas umas são melhores, outras são muito polêmicas, como essas das pensões. São questões tão fora da curva global que nem deveria haver discussão, mas eram proibidas, vetadas, nessa campanha completamente maluca que nós tivemos.


As medidas anunciadas até agora não são suficientes?
Ele está focando mais do lado da receita do que do gasto. Em parte porque integra um governo que tem essa cabeça, que deixou essa herança aí. Num governo carregado de ideologia, de corrupção e de incompetência, não há nada para cortar? É lógico que tem muita gordura para cortar e, se houvesse um corte de 10% em todas as instâncias, a população nem ia notar. Eu até reordenaria: incompetência em primeiro lugar e depois ideologia e corrupção. Por mais gigantesca que seja a corrupção, acho que os outros dois têm até peso maior, aliás, bem maior.


É mesmo? Por quê?
O impacto econômico que se tem quando o país cresce zero, em vez de quatro, é inimaginável, incalculável, gigantesco. Muito maior do que esses 3% que, aparentemente, são cobrados aí de tudo.


O que mais é preciso fazer?
Tem de mexer em tudo, tem de abrir e dizer: "Tudo está valendo". Isso é que faz falta. Como o Levy vai trabalhar, se tudo o que está aí foi feito pelo próprio governo e com a própria presidente à qual ele se reporta? Então, ele trabalha numa saia-justa danada.


Se o Aécio Neves tivesse sido eleito, ele estaria fazendo tudo isso que a Dilma liberou o Levy para fazer?
Não sei bem o que é "tudo isso". Sinceramente, acho pouco.


O Aécio aumentaria as tarifas? Foi isso que disparou as manifestações de junho de 2013.
Num sistema no qual haja princípios, um certo realismo tarifário é essencial. É legítimo discutir para onde a conta vai, se vai para o consumidor, se vai para o contribuinte, mas para algum lugar ela vai. Do bolso de alguém sai. São decisões difíceis, mas é preciso o mercado funcionar para não haver racionamento.


E as dificuldade políticas para fazer exatamente as mesmas coisas ou mais? CUT, MST e UNE calam com a Dilma, mas não calariam com vocês. Seria um caos?
Talvez. Mas, de outro lado, nós teríamos um jato de ânimo, de energia na economia que colocaria as pessoas em dúvida quanto a ir para a rua fazer manifestação. Tem tanta coisa errada que um grupo de pessoas trabalhando com um bom objetivo, com visão clara do que precisa ser feito, chegando cedo e saindo tarde todo dia poderia fazer muito, muito mesmo.


Os críticos petistas das medidas de Dilma e do Levy dizem que a política econômica que eles estão fazendo é do PSDB, que pune trabalhadores, consumidores, contribuintes e poupa os ricos. Concorda?
O nosso modelo é muito, mas muito mesmo, mais progressista do que esse que está aí. Lugar de empresário é na fábrica, não é em Brasília. Isso é altamente regressivo. Um sistema muito ruim, no qual empresas doam centenas de milhões de reais para as campanhas. Como pode isso? Não é possível que dentro do PT e entre simpatizantes do PT não haja um monte de gente que não veja isso, que não enxergue a loucura que é tudo isso.


As pessoas vão ter de acordar.
O silêncio dessa base petista não é sobretudo estranho nos bancos oficiais e na Petrobrás? Acho que eles viveram o efeito do sapo na panela. Sabe como é? O sapo está lá na panela, no início a água é geladinha, depois vai esquentando devagar, ele não percebe, até que ferve e ele morre.


A água está fervendo?
Já ferveu. Muita gente da Petrobrás, do Banco do Brasil, da Caixa nos procurou para falar das frustrações deles. As origens do PSDB são de centro, de centro-esquerda. O Estado tem um papel importante para combater a pobreza, para promover a igualdade de oportunidades. Isso não é conservador. Conservador é ficar dando dinheiro para empresário.


E o risco sistêmico do escândalo da Petrobrás e das empreiteiras, sobretudo no setor financeiro?
Tira o financeiro, porque o risco é sobre toda a economia brasileira. O trabalho da PC, do MP e da Justiça é saudável, mas que isso gera uma certa paralisia durante um tempo, isso gera. É o preço a pagar. Certamente vale a pena.


Recessão este ano?
É, recessão. Na verdade, já tem recessão. O País cresceu menos de 1% no ano passado, deveria estar crescendo 4%. Vai dizer que não é recessão? Na China, quando cai de 8% para 7%, é recessão.


E os empregos?
É isso. Infelizmente, o desemprego vai aumentar. Primeiro, vem a insegurança, depois vem a falta de criação de postos de trabalho, e enfim vem demissão mesmo. Tudo dentro do quadro de recessão.


O sr. trabalhou anos fora. Qual o efeito de tudo isso sobre a imagem externa do Brasil?
É péssimo. Aquela euforia exagerada de 2010 passou totalmente. A percepção, então, é ruim e vem piorando. É e a percepção de um país que vem perdendo relevância. É triste.


E a política externa?
Sinceramente, perdeu a graça.

ESTADÃO

Protesto anti-islâmico na Alemanha reúne milhares de pessoas

25/01/2015

 
John MacDougal/AFP Photo
 

Milhares de pessoas se somaram neste domingo (25) em Dresden a uma nova manifestação do movimento islamofóbico Pegida (Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente), que a organização decidiu antecipar de segunda-feira para hoje para não coincidir com um grande ato a favor da tolerância.

Sob uma forte presença policial, os seguidores do Pegida estão congregados na praça diante do edifício da ópera de Dresden, a Semperoper, e a dezenas de metros se manifesta a associação "Dresden para todos" a favor de uma cidade aberta e tolerante.

Trata-se da primeira concentração do Pegida depois que teve de cancelar sua passeata na segunda-feira passada por ameaças e após a renúncia na quarta-feira de seu líder, Lutz Bachmann, pela aparição de uma foto sua caracterizado como Hitler.

A imagem tinha sido postada em sua conta no Facebook, onde o próprio Bachmann comentava uma série de mensagens nas quais insultava os peticionários de asilo.

Na quarta-feira passada, o grupo denominado Legida, variante local, embora mais radical, do Pegida, congregou na cidade de Leipzig, no leste da Alemanha, 15 mil simpatizantes para reivindicar o fim do que consideram "a imigração em massa".

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias

sábado, 24 de janeiro de 2015

Japão condena aparente execução de refém pelo Estado Islâmico

Japão condena aparente execução de refém pelo Estado Islâmico

sábado, 24 de janeiro de 2015

 

Por Antoni Slodkowski e Nobuhiro Kubo

TÓQUIO (Reuters) - O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, exigiu a imediata libertação de um jornalista japonês capturado pelo Estado Islâmico depois que uma gravação de áudio sugeria que outro refém japonês havia sido executado.

Funcionários do governo japonês disseram que ainda não tinham confirmado a autenticidade de uma imagem que parecia ser Haruna Yukawa. Abe e outras autoridades exigiram a libertação imediata do outro refém japonês, o repórter Kenji Goto.

Yukawa foi capturado pelos militantes em agosto, depois que foi à Síria com planos de abrir o que ele descreveu ser uma empresa de segurança. Goto, um veterano correspondente de guerra, entrou na Síria no fim de outubro para garantir a libertação de Yukawa, de acordo com amigos e colegas de trabalho.

Um vídeo, publicado no YouTube neste sábado e depois apagado, mostrava uma imagem de Goto usando uma camiseta laranja e uma gravação que parecia ser ele falando em inglês.

Na suposta gravação, Goto diz que Yukawa tinha sido executado. Mas o jornalista afirmou que o governo do Japão poderia tomar medidas para salvar a sua vida.

"Nós estamos usando todos os canais diplomáticos e meios para trabalhar no sentido de uma libertação", disse Abe a repórteres em breve pronunciamento após uma reunião convocada às pressas com seus ministros do Exterior, da Defesa e de outras pastas.

"Este ato de terrorismo é um ato ultrajante e inaceitável de violência", disse Abe. "Eu tenho um forte sentimento de raiva e condeno com firmeza isso. Eu novamente exijo firmemente a libertação imediata do senhor Kenji Goto ileso."

A Reuters não pôde verificar independentemente a mensagem de áudio. Se confirmada, seria a primeira vez que o grupo, que já decapitou vários reféns estrangeiros, emitiu uma mensagem de áudio, em vez de um vídeo, para anunciar uma execução Agências de inteligência dos Estados Unidos estão trabalhando para verificar a autenticidade da gravação, disse o vice-porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Patrick Ventrell, em comunicado.

O prazo dado por militantes do Estado Islâmico para o Japão pagar um resgate de 200 milhões de dólares pelos dois japoneses acabou na sexta-feira.

A gravação divulgada neste sábado pretendia mostrar Goto dizendo que Yukawa tinha sido executado e que os militantes iriam libertá-lo em troca da soltura da mulher-bomba iraquiana Sajida Rishwai, ligada à Al Qaeda e detida na Jordânia.

Na gravação, a voz identificada como de Goto diz que o grupo retirou a sua exigência de um resgate.

"Eu quero acreditar no governo e esperar", disse a mãe de Goto, Junko Ishido, a repórteres. "O governo japonês não vai desapontar o meu filho. Ele vai voltar."

(Reportagem de William Mallard, em Tóquio; de Mariam Karouny, em Beirute; e de Matt Spetalnick, em Washington)




 

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Simone de Beauvoir

Simone de Beauvoir

Por Ana Lucia Santana

A escritora, ícone do feminismo e filósofa integrante do movimento existencialista, Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beuavoir, nasceu na cidade de Paris, na França, mais precisamente no boulevard du Montparnasse 103, no dia 9 de janeiro de 1908. Ela era a primogênita de duas irmãs, filha de um casal descendente de famílias tradicionais, porém decadentes. Seu pai era o advogado Georges Bertrand de Beauvoir, ex-membro da aristocracia francesa. A mãe era Françoise Brasseur, filha da alta burguesia. Em nome deste passado glorioso, os pais da moça optaram por convencê-la de que pertencia a uma esfera social elevada.



A escritora estuda inicialmente em uma escola católica privada, o Cours Désir, na qual permanece até os 17 anos. Sua inclinação literária é incentivada pelos pais, que cultivam em comum a paixão pelos livros. A mãe estimula a garota até mesmo a criar suas próprias histórias. Crescendo em um ambiente culto, ela se devota de corpo e alma aos estudos, impelida também por uma infinita vontade de descerrar os segredos do mundo.

Nesta instituição ela se torna amiga de Elizabeth Lacoin, também conhecida como Zaza, a qual exercerá uma influência definitiva sobre a personalidade de Simone, com sua irreverência e seu ceticismo quanto à Humanidade. A futura filósofa se torna mais atrevida, confiante e indisciplinada. Em 1929 sua família, em meio a uma crise financeira, se transfere para um endereço mais simples, na rue de Rennes. Nesta altura os conflitos entre Simone e seu pai crescem e, com quinze anos de idade, ela se declara descrente de Deus.

Sempre frequentando escolas particulares, Simone se gradua em filosofia, em 1929, e neste mesmo ano tem um encontro decisivo com o filósofo existencialista Jean-Paul Sartre, com quem manterá um relacionamento por toda sua vida. Mesmo determinada a ser escritora, a filósofa passa a lecionar para sobreviver. Na década de 30 ela conhece Raymond Aron, Paul Nizan, Pierre Guille e Madame Morel.

Ela atua em várias instituições escolares, de 1931 a 1943. Simone e Sartre criam, em 1945, o veículo Les Temps Modernes, de periodicidade mensal, na qual ambos produzem os principais textos. Nos anos 40 ela integra um círculo de filósofos literatos que conferem ao existencialismo uma coloração literária. No final desta década, em 1949, a autora lança sua obra-prima O Segundo Sexo, que logo se torna um clássico do movimento feminista.

Seus livros enfocavam os elementos mais importantes da filosofia existencialista, revelando sua crença no comprometimento do intelectual com o tempo no qual ele vive. Na obra A Convidada, de 1943, ela aborda a degeneração das relações entre um homem e uma mulher, motivada pela convivência com outra mulher, hóspede na residência do casal. Uma de suas publicações mais conhecidas é Os Mandarins, de 1954, na qual a escritora flagra os intelectuais no período pós-guerra, seus esforços para deixarem a alta burguesia letrada e finalmente se engajarem na militância política.

Simone publica diversos livros filosóficos e ensaios. Ela se dedica também a registrar suas experiências em extensas obras autobiográficas, que compõem igualmente um retrato da época na qual ela viveu. A autora revela também uma inquietação diante da velhice e da morte, eternizando esta preocupação em livros como Uma Morte Suave, de 1964, e Old Age, de 1970.

Em A Cerimônia do Adeus, de 1981, ela narra o fim da existência de Sartre, com quem ela sempre manteve um relacionamento aberto e controvertido, pois ambos cultivavam relações com outros parceiros, e compartilhavam as experiências adquiridas neste e em outros campos da existência, em função de um pacto estabelecido entre ambos. O filósofo acreditava que os dois, antes mesmo de constituírem um casal apaixonado, eram escritores; sendo assim, era necessário mergulhar na essência do Homem, o que só seria possível com a vivência de inúmeras experiências. Daí a idéia de viver o máximo possível e trocar entre si as vivências de ambos.

Com a morte de seu companheiro, em 15 de abril de 1980, Simone vê sua saúde se complicar, com o uso abusivo do álcool e das anfetaminas. Ela falece no dia 14 de abril de 1986, aos 78 anos de idade. Cinco dias depois ela é enterrada no cemitério de Montparnasse, junto ao seu amado Sartre.

Fontes
http://www.simonebeauvoir.kit.net/crono_1908_30.htm
http://www.cobra.pages.nom.br/ft-beauvoir.html




InfoEscola

SPARK LIFE


Nuevo Chevrolet Spark LIFE 2014 Colombia - Lançamento oficial. Uma alternativa de carro popular para o Brasil e poderia ser exportado da Colômbia ou bem pertinho Uruguai


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Governo retoma Cide e anuncia outras medidas tributárias para levantar R$20,6 bi em 2015

Governo retoma Cide e anuncia outras medidas tributárias para levantar R$20,6 bi em 2015

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015


 
BRASÍLIA (Reuters) - O governo anunciou nesta segunda-feira um pacote de quatro medidas fiscais, entre elas a retomada da Cide sobre combustíveis, com a expectativa de elevar a arrecadação em 20,63 bilhões de reais em 2015, em mais uma ação para buscar colocar as contas públicas em ordem e reconquistar a confiança dos agentes econômicos.

Levando em conta outras medidas já anunciadas, até agora o governo estaria melhorando o quadro fiscal do país em pelo menos quase 70 bilhões de reais entre medidas para aumentar as receitas e cortar gastos.

"É uma sequência de ações que estão sendo tomadas... com objetivo de aumentar a confiança, o sentimento dos agentes econômicos, de tal forma que, no devido momento, a gente possa ter uma retomada da economia em novas condições", disse Levy em entrevista coletiva para anunciar as medidas.

Por decreto, o governo tributará a gasolina em 0,22 real e o diesel em 0,15 real por litro a partir de 1º de fevereiro via PIS/Cofins. A partir do início de maio, esses valores por litro serão divididos entre o PIS/Cofins e a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).

O cronograma, no caso da tributação sobre os combustíveis, decorre do fato de a Cide ser regida pelo princípio da noventena, ou seja, tem que ser publicada 90 dias antes de entrar em vigor.

Segundo Levy, a Cide e o PIS/Cofins somados sobre a gasolina de 0,22 real por litro será menos da metade do que foi no passado, quando considerado o tributo no passado corrigido pela inflação.

Questionado sobre o impacto dessa medida sobre a inflação, o ministro disse: "Eu não tenho envolvimento no preço da gasolina, quem tem é a Petrobras... Não é decisão do Ministério da Fazenda, é da empresa".

Também por decreto, o governo vai equiparar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre o atacadista ao industrial do setor de cosméticos, sem nenhum aumento de alíquota.

Além disso, o PIS/Cofins sobre produtos importados será elevado de 9,25 para 11,75 por cento. "Hoje, o PIS/Cofins no produto doméstico acaba sendo maior do que na importação, então a gente ajusta a alíquota de modo que não prejudique a produção doméstica", justificou Levy. Finalmente, a equipe econômica decidiu restabelecer a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em operações de crédito para pessoas físicas com prazo de até 365 dias, elevando-a de 1,5 para 3 por cento.

O ministro, ao ser questionado se outros aumentos de impostos estavam sendo preparados, disse que outras medidas estavam sendo "desenhadas" para estimular a economia, e não "só aumento de impostos".

OUTRAS AÇÕES

Levy esteve reunido com a presidente Dilma na manhã desta segunda-feira para acertar os detalhes das novas medidas, encontro que contou com a presença dos ministros Nelson Barbosa (Planejamento) e Aloizio Mercadante (Casa Civil).

O governo já havia anunciado outras ações para buscar melhorar as contas públicas no segundo mandato da presidente, entre elas mudanças em benefícios trabalhistas e previdenciários para economizar 18 bilhões de reais por ano e o cancelamento de subsídios ao setor elétrico de 9 bilhões de reais previstos no Orçamento de 2015.

O governo se comprometeu em fazer um superávit primário equivalente a 1,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e elevá-lo a 2 por cento nos próximos dois anos, após intensas críticas nos últimos anos na condução da política fiscal, que incluiu fortes desonerações e manobras contábeis para fechar as contas.

Em 2014, o Brasil deve ter fechado pela primeira vez em dez anos com saldo negativo na economia feita para pagamento de juros da dívida. Até novembro, o país tinha déficit primário acumulado no ano de 19,642 bilhões de reais.

Mesmo diante do iminente resultado negativo, o governo não sofrerá penalidades, porque conseguiu aprovar no Congresso Nacional, após muito esforço político e sob pesadas críticas, uma mudança na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014 que, na prática, acabou com a meta de primário do último ano.

Todo o esforço fiscal que o governo está fazendo agora terá efeitos positivos na economia mais à frente, pois vai gerar mais inflação e afetar a atividade no curto prazo. Mas especialistas são unânimes em concordar que essa é a saída.

Economistas de instituições financeiras ouvidos pelo Banco Central pela pesquisa Focus calculam que o PIB crescerá apenas 0,38 em 2015 e 1,80 por cento em 2016.

(Reportagem de Nestor Rabello
 

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

EUA revelam novas regras de comércio e viagens em relação a Cuba

EUA revelam novas regras de comércio e viagens em relação a Cuba

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

 

Por Anna Yukhananov e Krista Hughes

WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos revelaram um vasto conjunto de medidas nesta quinta-feira para aliviar significativamente o embargo de meio século contra Cuba, abrindo o país para vários tipos de viagens, comércio e atividades financeiras.

Em desafio aos críticos ferrenhos no Congresso, o presidente Barack Obama cumpriu o compromisso que havia assumido há um mês de distender algumas das sanções econômicas impostas pelos EUA contra a ilha governada por comunistas, como parte de um esforço para encerrar décadas de hostilidades.

Os Departamentos do Tesouro e Comércio emitiram um pacote de novas regras que vão permitir a exportação pelos EUA de equipamentos de telecomunicação, agricultura e construção, permitindo também viagens a Cuba e autorizando alguns tipos de relações bancárias.

Foi a primeira medida tangível dos EUA para implementar as mudanças prometidas por Obama em 17 de dezembro, quando ele e o presidente cubano Raúl Castro anunciaram os planos para restabelecer relações diplomáticas entre os antigos inimigos na Guerra Fria.

"O anúncio de hoje nos aproxima um passo de substituir políticas antiquadas, que não estavam funcionando, e coloca no lugar uma política que ajuda a promover a liberdade política e econômica para o povo cubano", disse o secretario do Tesouro norte-americano, Jacob Lew, em comunicado.

As novas regulações, que entram em vigor na sexta-feira, vão permitir que norte-americanos viagem a Cuba por uma dúzia de razões específicas, incluindo visitas familiares, estudos e religião, sem primeiro ser necessária a obtenção de uma licença especial do governo dos EUA, como antes.

Embora o turismo em geral continue proibido, aqueles viajantes norte-americanos que de fato visitarem Cuba poderão trazer para casa pequenas quantidades de charutos cubanos, altamente apreciados por aficionados.

As novas regras vão também tornar mais fácil para as companhias norte-americanas exportarem telefones celulares e softwares, assim como prover acesso a serviços de Internet em Cuba. Companhias aéreas dos EUA terão permissão para estender seus voos até a ilha caribenha.

Em uma expansão das remessas permitidas, norte-americanos poderão agora enviar até 8 mil dólares por ano a Cuba, ante os 2 mil dólares anteriormente permitidos, e poderão trazer até 10 mil dólares ao retornarem de viagens ao país. Eles também serão capazes de usar cartão de crédito e débito em Cuba.

O anúncio foi feito após o governo Obama ter dito na segunda-feira que o governo Castro havia cumprido integralmente sua promessa de libertar 53 prisioneiros políticos, como acordado com os EUA. Também ocorre uma semana antes da abertura de negociações de alto nível entre os dois países em Havana, destinadas a dar início à normalização das relações.

Ao anunciar as mudanças em dezembro, o presidente disse que as décadas de tentativas de forçar uma mudança em Cuba por meio do isolamento da ilha não tinham funcionado.

"Acreditamos firmemente que ao permitir o aumento das viagens, comércio e o fluxo de informação de e para Cuba nós vamos permitir aos EUA melhor avançar em seus interesses e a melhorar a vida dos cubanos comuns", disse ele.

Mas o senador republicano Marco Rubio, um cubano-americano e forte crítico da mudança nas políticas em relação a Cuba, afirma que isso vai prejudicar os cidadãos cubanos.

"Esse é um presente ao regime Castro que será usado para financiar sua repressão contra os cubanos, assim como suas atividades contra os interesses dos EUA na América Latina e além", disse o senador em comunicado.

(Reportagem de Krista Hughes e Anna Yukhananov)

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Lava Jato investiga envolvimento de mais multinacionais em escândalo

ENTREVISTA-Lava Jato investiga envolvimento de mais multinacionais em escândalo

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Por Caroline Stauffer

SÃO PAULO (Reuters) - As investigações da Polícia Federal sobre o escândalo que envolveu a Petrobras podem encontrar o maior esquema de lavagem de dinheiro já registrado no país e apontam para suspeitas de participação de mais companhias internacionais num caso de corrupção generalizada.

A delegada da PF Erika Marena disse que a quantidade de dinheiro envolvido provavelmente será maior do que os 28 bilhões de dólares registrados em transferências ilícitas entre 2003 e 2007 no caso Banestado, até hoje considerado o maior esquema de lavagem de dinheiro no Brasil.

"Se você for considerar o valor investigado, o valor da obra da Petrobras, com certeza o potencial da investigação é ultrapassar em muito este valor", afirmou Erika em entrevista por telefone, em Curitiba, onde ela e outros agentes anteriormente trabalharam no caso do Banestado, há cerca de uma década.

A Polícia Federal está trabalhando em meio a pilhas de documentos, incluindo uma lista de 750 projetos de infraestrutura que podem ter tido fundos desviados para contas bancárias no exterior, enriquecendo executivos, políticos e partidos.

O caso tornou-se a maior crise para a presidente Dilma Rousseff, ameaçou suspender projetos de construção muito necessários e reduziu o valor da estatal Petrobras quase pela metade em dois meses.

Erika falou à Reuters na noite de terça-feira, antes de a polícia prender o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró. A promotoria o acusou de envolvimento em corrupção e lavagem de dinheiro, embora seu advogado tenha dito que ele não cometeu nenhum crime.

Os promotores dizem que Cerveró levou propina da empresa sul-coreana Samsung Heavy industries, que não tinha respondido a um pedido de comentário, e de outras companhias para garantir contratos com a Petrobras na costa da África e no Golfo do México.

A delegada disse que outras empresas internacionais provavelmente estão envolvidas

"Não posso citar nomes, mas há indícios de que outras grandes empresas internacionais estavam pagando propinas para conseguir contratos aqui no Brasil também", disse ela.

Advogados brasileiros disseram as empresas estrangeiras poderiam ser processadas aqui sob a nova lei anticorrupção do Brasil, que entrou em vigor em janeiro de 2014.

BEACON HILL

A polícia e uma força-tarefa de jovens promotores ambiciosos de Curitiba ganharam fama internacional depois de seu trabalho relacionado a cambistas brasileiros envolvidos em um esquema de lavagem de dinheiro relacionado à agência Beacon Hill, há uma década.

Sua investigação contribuiu para que fosse revelado o primeiro grande caso de lavagem de dinheiro após os ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos.

As autoridades esperam que a operação Lava Jato ajude a acabar com a prática generalizada de pagamento de subornos no Brasil e também se esforçam para obter recursos roubados de volta, uma batalha que elas já estão habituadas a travar.

"Nós corremos atrás do passado no Banestado. Chegamos sempre alguns anos depois que as contas se encerraram", disse, referindo-se à investigação relacionada ao extinto banco, que conseguiu obter de volta 1 bilhão de dólares.

"(Agora) Estamos trabalhando com muitos fatos atuais, contas abertas", ela acrescentou.

Um dos principais operadores do caso Banestado, o doleiro Alberto Youssef, é um importante delator das investigações da Lava Jato.

A polícia descobriu a relação depois que começou a investigar 10 bilhões de reais em operações financeiras suspeitas envolvendo Youssef, disse Marena.

Youssef é uma das 39 pessoas, incluindo ex-executivos e líderes de empreiteiras do Brasil, que foram acusadas no mês passado de formação de quadrilha por canalizar subornos para contratos superfaturados da Petrobras. Mais acusações são esperadas.

A Polícia Federal e o Ministério Público estão cada vez mais contando com a cooperação internacional na investigação, disse Marena.

Isso pode prolongar as investigações, mas também poderia ajudar a apontar mais projetos envolvidos em corrupção, bem como contas bancárias escondidas, disse ela.

O foco das investigações também deve se expandir em fevereiro para políticos que podem ter recebido subornos.

A presidente Dilma Rousseff foi presidente do Conselho de Administração da Petrobras entre 2003 e 2010, quando grande parte do alegado esquema de corrupção teria ocorrido, mas ela diz que não teve envolvimento no escândalo.

(Reportagem adicional de Jeb Blount)

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Mercado recebe bem declarações de Levy e dólar cai mais de 1%, a R$2,63

Mercado recebe bem declarações de Levy e dólar cai mais de 1%, a R$2,63

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

 

 

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em queda de mais de 1 por cento ante o real nesta terça-feira, com investidores recebendo bem as declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reforçando a perspectiva de maior austeridade na política fiscal neste ano.

A moeda norte-americana caiu 1,17 por cento, a 2,6369 reais na venda, após chegar a 2,6278 reais na mínima da sessão. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,7 bilhão de dólares.

"Aparentemente, o governo está mirando em um 'upgrade' do rating (do país). Isso é favorável para o real, porque atrai mais capital para o mercado", disse o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano.

Levy afirmou que trazer a dívida pública para a faixa de 50 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) seria um objetivo positivo no longo prazo e que o Brasil tem condições de melhorar sua classificação de risco.

As declarações da nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff, que vem prometendo uma política fiscal mais austera, têm agradado os investidores. Mas o mercado ainda mostrava dúvidas sobre a capacidade do governo de cumprir as metas de superávit primário, consideradas difíceis.

Para este ano, o objetivo equivale a 1,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e, para os dois anos seguintes, a 2 por cento.

"A cada declaração mais ortodoxa que o Levy dá, parece que o mercado caminha mais na direção de acreditar que a economia pode melhorar nos próximos anos", disse o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho.

No mercado externo, a expectativa de estímulos do Banco Central Europeu manteve o dólar em alta em relação ao euro.

Pela manhã, o Banco Central manteve suas intervenções diárias e vendeu a oferta de até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Foram 500 contratos para 1º de setembro e 1,5 mil para 1º de dezembro, com volume correspondente a 98,2 milhões de dólares.

O BC também vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de fevereiro, equivalentes a 10,405 bilhões de dólares. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 38 por cento do lote total.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Confira a lista completa dos vencedores do Globo de Ouro 2015



Confira a lista completa dos vencedores do Globo de Ouro 2015

 

Aconteceu nesse domingo (11) o Globo de Ouro 2015. Veja os vencedores da noite.

 


CINEMA
MELHOR FILME – DRAMA

Boyhood – Da Infância à Juventude



MELHOR FILME – COMÉDIA/MUSICAL

O Grande Hotel Budapeste



MELHOR ATOR – DRAMA

Eddie Redmayne (A Teoria de Tudo)



MELHOR ATRIZ – DRAMA

Julianne Moore (Para Sempre Alice)



MELHOR DIRETOR

Richard Linklater (Boyhood – Da Infância à Juventude)


MELHOR ATOR – COMÉDIA/MUSICAL


Michael Keaton (Birdman)


MELHOR ATRIZ – COMÉDIA/MUSICAL
Amy Adams (Grandes Olhos)

MELHOR ATOR COADJUVANTE

J.K. Simmons (Whiplash – Em Busca da Perfeição)


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE


Patricia Arquette (Boyhood – Da Infância à Juventude)


MELHOR ROTEIRO
Birdman



MELHOR TRILHA SONORA
A Teoria de Tudo



MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
Glory (Selma, John Legend and Common)


MELHOR FILME ESTRANGEIRO

 


Leviatã (Rússia)


MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO


Como Treinar o Seu Dragão 2


 

TV
MELHOR SÉRIE DE TV – DRAMA

The Affair




MELHOR ATOR – DRAMA
Kevin Spacey (House of Cards)
MELHOR ATRIZ – DRAMA

Ruth Wilson (The Affair)
MELHOR MINISSÉRIE/TELEFILME

Fargo



MELHOR SÉRIE DE TV – COMÉDIA/MUSICAL

Transparent


MELHOR ATOR – MINISSÉRIE/TELEFILME
Billy Bob Thornton (Fargo)
MELHOR ATRIZ – MINISSÉRIE/TELEFILME

Maggie Gyllenhaal (The Honourable Woman)


MELHOR ATOR – COMÉDIA/MUSICAL
Jeffrey Tambor (Transparent)


MELHOR ATRIZ – COMÉDIA/MUSICAL

Gina Rodriguez (Jane The Virgin)


MELHOR ATOR COADJUVANTE – SÉRIE DE TV/MINISSÉRIE/TELEFILME


Matt Bomer (The Normal Heart)


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE – SÉRIE DE TV/MINISSÉRIE/TELEFILME
Joanne Froggatt (Downton Abbey)

domingo, 11 de janeiro de 2015

Lei de Talião é usada na França para matar terroristas do Charlie Hebdo e Mercado Judeu

Lei de Talião é usada na França para matar terroristas do Charlie Hebdo e Mercado Judeu

Não estou querendo justificar o massacre ao Charlie Hebdo, foi totalmente cruel desumano e desnecessário um agrave às liberdades e ao direito à vida das pessoas que foram mortas drasticamente no atentado que chocou o mundo no último dia 07 de janeiro . Mas no caso da França que é conhecida como a Terra da Liberdade, Igualdade e Fraternidade a Lei de Talião foi o único remédio utilizado para destruir os terroristas que deixou o país num caos social nos últimos dias. O que me chocou é que qualquer estratégia de rendição ou negociação foram destacadas pelas autoridades, pois esperávamos que no mínimo esses terroristas fossem capturados com vida para dar um respaldo a tanto extremismo e explicar, o que relamente os motivou e a qual organização terrorista eles faziam parte. Em algum momento assistindo todos os esforços das autoridades para capturar os terroristas, cheguei a acreditar que a justiça francesa não fosse tão cega e que esses terroristas ao serem capturados fossem levados à júri popular ou serem julgados como criminosos de guerra. É mais se tratando de Oriente e Ocidente parece que as mentalidades não são tão diferentes pois os mesmos são adeptos do ¨ Olho por olho, Dente por dente. Dá a entender que estamos vingados! Há extremismos de ambos os lados.
Alarcon.