ENFOQUE-Dilma não terá vida fácil com o Congresso em ano de ajustes econômicos
sexta-feira, 9 de janeiro de 2015
Por Eduardo Simões e Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA/SÃO PAULO (Reuters) - O primeiro ano do novo mandato da presidente Dilma Rousseff mal começou e o governo já enfrenta um cenário complicado no Congresso Nacional, com descontentamento no maior partido da base, o PMDB, e um fortalecimento da oposição após a eleição do ano passado, tendo como pano de fundo a necessidade de arrocho fiscal e expectativa de baixo crescimento econômico.
Como se não bastasse, o Executivo terá de negociar com uma base pulverizada em um número maior de partidos. Além disso, corre o risco de ter na presidência da Câmara um deputado com histórico de embates com o governo, e terá ainda de enfrentar as investigações de um dos maiores escândalos de corrupção da história recente.
Isso tudo em um ano em que o Congresso será crucial para chancelar as medidas de ajuste econômico que o Executivo pretende promover justamente para colocar as contas públicas em ordem, além de ter a prerrogativa de dar curso a reformas como a política e a simplificação das alíquotas interestaduais do ICMS, entre outras medidas, como a lei orçamentária de 2015.
"O relacionamento do Parlamento com o governo não vai ser fácil", avaliou o cientista político Carlos Melo, do Insper.
"Você tem um jogo difícil de prever", acrescentou, citando como elemento dessa imprevisibilidade os desdobramentos da operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga um suposto esquema de sobrepreços em contratos da Petrobras que alimentaria partidos e políticos.
Dilma já teve dificuldades na articulação com o Congresso no primeiro mandato, quando as queixas de aliados em relação a nomeações foi constante e o governo sofreu para aprovar medidas prioritárias até o último instante do primeiro período da presidente, caso da mudança no cálculo da meta fiscal, aprovada no fim de 2014.
A nova composição do primeiro e segundo escalões do governo serviu também para colocar mais lenha na fogueira de descontentamentos de aliados, algo que não é exatamente uma novidade, principalmente em se tratando do PMDB.
Embora tenha visto o número de pastas que comanda aumentar de cinco para seis, o partido teme perder espaço caso não consiga indicar postos de comandos em órgãos e empresas vinculados aos ministérios que detém.
Também preocupa os peemedebistas o fortalecimento do PSD, do ex-prefeito de São Paulo e agora ministro das Cidades, Gilberto Kassab, dentro do governo. A sigla, que já tinha a Secretaria de Micro e Pequenas Empresas, ganhou com o comando das Cidades uma pasta com recursos e alcance.
Kassab articula a refundação do PL, extinto em 2006 para dar lugar ao atual PR. A ideia é que o novo partido arrebanhe parlamentares governistas e depois se una ao PSD, criando uma nova força na base aliada o que enfraqueceria o PMDB.
Segundo o presidente da Executiva temporária do PL, Cleovan Siqueira, que diz ter relação de longa data com Kassab, o partido deverá ter entre 20 e 30 deputados e três senadores e pretende ingressar com pedido de registro no início de fevereiro. Ele admite a possibilidade de fusão com o PSD e diz que, caso ela não se concretize, as duas legendas serão "partidos-irmãos".
O PSD elegeu uma bancada de 37 deputados e 4 senadores na eleição de 2014. Se confirmada a previsão de Siqueira, o partido, unido ao novo PL, pode até superar o PMDB como segunda maior bancada da Câmara e se tornar a quarta maior do Senado. Existe no PMDB o temor que a articulação para que isso aconteça tenha o apoio do Palácio do Planalto.
Além disso, a indicação para o Ministério da Educação do ex-governador do Ceará Cid Gomes (Pros), que já declarou publicamente a intenção de criar uma frente de partidos à esquerda para fortalecer Dilma, também desagradou peemedebistas, sobretudo o líder do partido no Senado, Eunício Oliveira (CE), que perdeu a eleição ao governo cearense justamente para um petista apoiado por Cid.
"Há sempre uma preocupação num país que tem 32 partidos políticos, que há uma necessidade premente de se fazer uma reforma para moralizar essa questão da vida política, da vida pública, da lei eleitoral, da forma de uma eleição que não seja tão complicada como essa", disse Eunício à Reuters, ressoando a apreensão peemedebista.
Uma reunião na semana passada entre caciques do PMDB com o vice de Dilma e presidente do partido, Michel Temer, e o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, serviu para os peemedebistas expressarem seu descontentamento. Segundo uma fonte com conhecimento do que foi discutido, um novo encontro foi marcado, e os peemedebistas esperam uma posição clara de que o governo não busca enfraquecer a sigla.
A pulverização de partidos políticos é um obstáculo à articulação do governo com o Legislativo e as escolhas de Dilma para seu novo ministério, avalia Melo, do Insper, tentam justamente driblar isso. Na leitura do cientista político, a presidente se norteou muito mais pela representatividade dos escolhidos entre os setores do que dentro dos partidos.
"Você pega, por exemplo, a (ministra da Agricultura) Kátia Abreu. Ela tem pouca importância para o PMDB, mas tem uma grande importância para os ruralistas", exemplificou.
"Quando você tem 28 partidos, como na Câmara, é mais fácil você conversar com bancadas que têm interesses mais organizados. Agora, é claro que esses partidos se organizam também, é claro que esses partidos reagem."
PRESIDÊNCIA DA CÂMARA E OPOSIÇÃO
Outra frente crucial para o governo é a eleição para a Câmara dos Deputados. O líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), que já bateu de frente com o governo no passado, desponta como favorito para presidir a Casa, o que colocaria fim a um acordo vigente na atual legislatura sob o qual PT e PMDB --as duas maiores bancadas-- se revezaram na presidência.
"Se o PMDB fizer o Eduardo Cunha, vai ser um Eduardo Cunha sem nenhum compromisso com a presidente Dilma, o que pode significar uma convivência muito mais difícil", disse Melo.
A oposição também deve ser mais estridente na legislatura que começa em fevereiro.
Ainda mobilizados pela eleição presidencial mais acirrada desde a redemocratização, os oposicionistas terão o reforço de nomes de peso, especialmente no Senado, caso dos ex-governadores tucanos José Serra, (SP), Antonio Anastasia (MG) e Tasso Jereissati (CE), além do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), um dos mais ferozes contra o governo petistas.
"A nossa posição será frontalmente contrária a esse governo porque está totalmente perdido... Com esse ministério que está aí, sucedido por todos esses escândalos, é lógico que esse governo não tem a menor sobrevivência", disse Caiado, lembrando que a oposição já trabalha para criar uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar denúncias na Petrobras.
"Isso é uma matéria indiscutível, porque a cada dia que você abre os jornais é um escândalo novo na Petrobras. A Petrobras passou a ser um grande acordo de saqueadores", disparou.
(Reportagem adicional de Jeferson Ribeiro)
Konstantinos - Uranus
sábado, 10 de janeiro de 2015
Globo de Ouro entrega prêmios no domingo; "Birdman" lidera indicações
De Los Angeles (EUA)
UOL
"O Jogo da Imitação", "Birdman", "Boyhood" e "Still Alice" estão entre os indicados do Globo de Ouro 2015
O filme "Birdman", do diretor mexicano Alejandro González Iñárritu, lidera com sete indicações a disputa da 72ª edição do Globo de Ouro, que terá sua cerimônia de gala para entrega das estatuetas, concedidas pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood, celebrada no próximo domingo (11), em Los Angeles.
"Boyhood: Da Infância à Juventude", dirigido por Richard Linklater, e "O Jogo da Imitação", de Morton Tyldum, receberam cinco indicações cada.
González Iñárritu também está na disputa de melhor diretor e melhor comédia ou musical por "Birdman", filme que rendeu indicações para Michael Keaton (ator, filme de drama) e para os coadjuvantes Edward Norton e Emma Stone.
Entre os concorrentes a melhor filme de drama, estão "Boyhood", ""Foxcatcher - Uma História que Chocou o Mundo", "O Jogo da Imitação", "Selma" e "Teoria de Tudo".
O filme de Iñarritu também lidera os prêmios Spirit do cinema independente, com seis categorias, e recebeu o maior número de indicações da Screen Actors Guild (SAG), o sindicato de atores dos Estados Unidos, quatro ao todo, incluindo a de melhor elenco.
Na categoria televisão, para onde há cada vez mais "migrações" do cinema, competem como melhor série dramática "The Affair", "Downton Abbey", "Game of Trones", "The Good Wife" e "House of Cards".
Na comédia, disputarão "Girls", "Orange is the New Black" e três novidade: "Silicon Valley", "Transparent" e "Jane the Virgin".
Veja a lista completa de indicados:
CINEMA
Melhor filme de drama
"Boyhood - Da Infância à Juventude"
"Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo"
"O Jogo da Imitação"
"Selma"
"A Teoria de Tudo"
Melhor filme de comédia ou musical
"Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)"
"O Grande Hotel Budapeste"
"Caminhos da Floresta"
"Pride"
"Um Santo Vizinho"
Melhor diretor
Alejandro González Iñárritu ("Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)")
Wes Anderson ("O Grande Hotel Budapeste")
Ava DuVernay ("Selma")
David Fincher ("Garota Exemplar")
Richard Linklater ("Boyhood - Da Infância à Juventude")
Melhor atriz em drama
Jennifer Aniston, "Cake"
Felicity Jones, "A Teoria de Tudo"
Julianne Moore, "Still Alice"
Rosamund Pike, "Garota Exemplar"
Reese Witherspoon, "Livre"
Melhor atriz de comédia e musical
Amy Adams ("Grandes Olhos")
Emily Blunt ("Caminhos da Floresta")
Helen Mirren ("A 100 Passos de Um Sonho")
Julianne Moore ("Mapa para as Estrelas")
Quevenshane Wallis ("Annie")
Melhor ator de drama
Steve Carell ("Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo")
Benedict Cumberbatch ("O Jogo da Imitação")
Jake Gyllenhaal ("O Abutre")
David Oyelowo ("Selma")
Eddie Redmayne ("A Teoria de Tudo")
Melhor ator de comédia ou musical
Ralph Fiennes ("O Grande Hotel Budapeste")
Michael Keaton ("Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)")
Bill Murray ("Um Santo Vizinho")
Joaquin Phoenix ("Vício Inerente")
Christoph Waltz ("Grandes Olhos")
Melhor atriz coadjuvante
Patricia Arquette, "Boyhood - Da Infância à Juventude"
Keira Knightley, "O Jogo da Imitação"
Emma Stone, "Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)"
Meryl Streep, "Caminhos da Floresta"
Jessica Chastain, "O Ano Mais Violento"
Melhor ator coadjuvante
Robert Duvall ("O Juiz")
Ethan Hawke ("Boyhood - Da Infância à Juventude")
Edward Norton ("Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)")
Mark Ruffalo ("Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo")
J.K. Simmons ("Whiplash: Em Busca da Perfeição")
Melhor animação
"Operação Big Hero"
"Festa no Céu"
"Os Boxtrolls"
"Como Treinar o seu Dragão 2"
"Uma Aventura Lego"
Melhor roteiro
Wes Anderson, "O Grande Hotel Budapeste"
Gillian Flynn, "Garota Exemplar"
Alejandro González Inarritu, Nicolas Giacobone, Alexander Dinelaris, Armando Bo, "Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)"
Richard Linklater, "Boyhood - Da Infância à Juventude"
Graham Moore, "O Jogo da Imitação"
Melhor Filme Estrangeiro
"Força Maior" (Suécia)
"Gett: The Trial of Viviane Amsalem" (Israel)
"Ida" (Polônia)
"Leviatã" (Rússia)
"Tangerines" (Estônia)
Melhor canção
"Big Eyes" - "Grandes Olhos" (Lana Del Rey)
"Glory" - "Selma" (John Legend, Common)
"Mercy Is" - "Noé" (Patty Smith, Lenny Kaye)
"Opportunity" - "Annie"
"Yellow Flicker Beat" - "Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1" (Lorde)
Melhor trilha sonora
"O Jogo da Imitação" - Alexandre Desplat
"A Teoria de Tudo" - Jóhann Jóhannsson
"Garota Exemplar" - Trent Reznor, Atticus Ross
"Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)" - Antonio Sanchez
"Interestelar" - Hans Zimmer
TELEVISÃO
Melhor série de drama
"House of Cards"
"Game of Thrones"
"Downton Abbey"
"The Good Wife"
"The Affair"
Melhor série de comédia ou musical
"Girls"
"Orange Is the New Black"
"Jane the Virgin"
"Silicon Valley"
"Transparent"
Melhor minissérie ou filme feito para a TV
"The Normal Heart"
"Fargo"
"Olive Kitteridge"
"The Missing"
"True Detective"
Melhor atriz de série dramática
Julianna Margulies - "The Good Wife"
Robin Wright - "House of Cards"
Claire Danies - "Homeland"
Viola Davis - "How To Gert Away With Murder"
Ruth Wilson - "The Affair"
Melhor ator em série dramática
Clive Owen – "The Knick"
Liev Schrieber – "Ray Donovan"
Kevin Spacey - "House of Cards"
James Spader - "Blacklist"
Dominic West - "The Affair"
Melhor atriz em série de comédia ou musical
Lena Dunham, - "Girls"
Edie Falco - "Nurse Jackie"
Julia louis Dreyfus - "Veep"
Gina Rodriguez - "Jane the Virgin"
Taylor Schilling - "Orange Is The New Black"
Melhor ator em série de comédia ou musical
Louis CK - "Louie"
Don Cheadle - "House of Lies"
Ricky Gervais - "Derek"
William. H. Macy - "Shameless"
Jeffrey Tambor - "Transparent"
Melhor atriz em minissérie ou filme feito para a TV
Maggie Gylenhaal - "An Honorable Woman"
Jessica Lange - "American Horror Story"
Frances McDormand - "Olive Kitteridge"
Frances O'Connor - "The Missing"
Allison Torman - "Fargo"
Melhor ator em minissérie ou filme feito para a TV
Matthew McConaughey - "True Detective"
Woody Harrelson - "True Detective"
Martin Freeman - "Fargo"
Mark Ruffalo - "The Normal Heart"
Billy Bob Thorton - "Fargo"
Melhor atriz coadjuvante em série, minissérie, ou filme para a TV
Uzo Aduba - "Orange Is The New Black"
Kathy Bathes - "American Horror Story"
Joanne Froggatt – "Downton Abbey"
Allison Janney – "Mom"
Michelle Monaghan - "True Detective"
Melhor ator coadjuvante em série, minissérie, ou filme para TV
Matt Bomer - "The Normal Heart"
Colin Hanks - "Fargo"
Alan Cumming - "The Good Wife"
Bill Murray - "Olive Kitteridge"
Jon Voight - "Ray Donovan"
"O Jogo da Imitação", "Birdman", "Boyhood" e "Still Alice" estão entre os indicados do Globo de Ouro 2015
O filme "Birdman", do diretor mexicano Alejandro González Iñárritu, lidera com sete indicações a disputa da 72ª edição do Globo de Ouro, que terá sua cerimônia de gala para entrega das estatuetas, concedidas pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood, celebrada no próximo domingo (11), em Los Angeles.
"Boyhood: Da Infância à Juventude", dirigido por Richard Linklater, e "O Jogo da Imitação", de Morton Tyldum, receberam cinco indicações cada.
González Iñárritu também está na disputa de melhor diretor e melhor comédia ou musical por "Birdman", filme que rendeu indicações para Michael Keaton (ator, filme de drama) e para os coadjuvantes Edward Norton e Emma Stone.
Entre os concorrentes a melhor filme de drama, estão "Boyhood", ""Foxcatcher - Uma História que Chocou o Mundo", "O Jogo da Imitação", "Selma" e "Teoria de Tudo".
O filme de Iñarritu também lidera os prêmios Spirit do cinema independente, com seis categorias, e recebeu o maior número de indicações da Screen Actors Guild (SAG), o sindicato de atores dos Estados Unidos, quatro ao todo, incluindo a de melhor elenco.
Na categoria televisão, para onde há cada vez mais "migrações" do cinema, competem como melhor série dramática "The Affair", "Downton Abbey", "Game of Trones", "The Good Wife" e "House of Cards".
Na comédia, disputarão "Girls", "Orange is the New Black" e três novidade: "Silicon Valley", "Transparent" e "Jane the Virgin".
Veja a lista completa de indicados:
CINEMA
Melhor filme de drama
"Boyhood - Da Infância à Juventude"
"Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo"
"O Jogo da Imitação"
"Selma"
"A Teoria de Tudo"
Melhor filme de comédia ou musical
"Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)"
"O Grande Hotel Budapeste"
"Caminhos da Floresta"
"Pride"
"Um Santo Vizinho"
Melhor diretor
Alejandro González Iñárritu ("Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)")
Wes Anderson ("O Grande Hotel Budapeste")
Ava DuVernay ("Selma")
David Fincher ("Garota Exemplar")
Richard Linklater ("Boyhood - Da Infância à Juventude")
Melhor atriz em drama
Jennifer Aniston, "Cake"
Felicity Jones, "A Teoria de Tudo"
Julianne Moore, "Still Alice"
Rosamund Pike, "Garota Exemplar"
Reese Witherspoon, "Livre"
Melhor atriz de comédia e musical
Amy Adams ("Grandes Olhos")
Emily Blunt ("Caminhos da Floresta")
Helen Mirren ("A 100 Passos de Um Sonho")
Julianne Moore ("Mapa para as Estrelas")
Quevenshane Wallis ("Annie")
Melhor ator de drama
Steve Carell ("Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo")
Benedict Cumberbatch ("O Jogo da Imitação")
Jake Gyllenhaal ("O Abutre")
David Oyelowo ("Selma")
Eddie Redmayne ("A Teoria de Tudo")
Melhor ator de comédia ou musical
Ralph Fiennes ("O Grande Hotel Budapeste")
Michael Keaton ("Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)")
Bill Murray ("Um Santo Vizinho")
Joaquin Phoenix ("Vício Inerente")
Christoph Waltz ("Grandes Olhos")
Melhor atriz coadjuvante
Patricia Arquette, "Boyhood - Da Infância à Juventude"
Keira Knightley, "O Jogo da Imitação"
Emma Stone, "Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)"
Meryl Streep, "Caminhos da Floresta"
Jessica Chastain, "O Ano Mais Violento"
Melhor ator coadjuvante
Robert Duvall ("O Juiz")
Ethan Hawke ("Boyhood - Da Infância à Juventude")
Edward Norton ("Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)")
Mark Ruffalo ("Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo")
J.K. Simmons ("Whiplash: Em Busca da Perfeição")
Melhor animação
"Operação Big Hero"
"Festa no Céu"
"Os Boxtrolls"
"Como Treinar o seu Dragão 2"
"Uma Aventura Lego"
Melhor roteiro
Wes Anderson, "O Grande Hotel Budapeste"
Gillian Flynn, "Garota Exemplar"
Alejandro González Inarritu, Nicolas Giacobone, Alexander Dinelaris, Armando Bo, "Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)"
Richard Linklater, "Boyhood - Da Infância à Juventude"
Graham Moore, "O Jogo da Imitação"
Melhor Filme Estrangeiro
"Força Maior" (Suécia)
"Gett: The Trial of Viviane Amsalem" (Israel)
"Ida" (Polônia)
"Leviatã" (Rússia)
"Tangerines" (Estônia)
Melhor canção
"Big Eyes" - "Grandes Olhos" (Lana Del Rey)
"Glory" - "Selma" (John Legend, Common)
"Mercy Is" - "Noé" (Patty Smith, Lenny Kaye)
"Opportunity" - "Annie"
"Yellow Flicker Beat" - "Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1" (Lorde)
Melhor trilha sonora
"O Jogo da Imitação" - Alexandre Desplat
"A Teoria de Tudo" - Jóhann Jóhannsson
"Garota Exemplar" - Trent Reznor, Atticus Ross
"Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)" - Antonio Sanchez
"Interestelar" - Hans Zimmer
TELEVISÃO
Melhor série de drama
"House of Cards"
"Game of Thrones"
"Downton Abbey"
"The Good Wife"
"The Affair"
Melhor série de comédia ou musical
"Girls"
"Orange Is the New Black"
"Jane the Virgin"
"Silicon Valley"
"Transparent"
Melhor minissérie ou filme feito para a TV
"The Normal Heart"
"Fargo"
"Olive Kitteridge"
"The Missing"
"True Detective"
Melhor atriz de série dramática
Julianna Margulies - "The Good Wife"
Robin Wright - "House of Cards"
Claire Danies - "Homeland"
Viola Davis - "How To Gert Away With Murder"
Ruth Wilson - "The Affair"
Melhor ator em série dramática
Clive Owen – "The Knick"
Liev Schrieber – "Ray Donovan"
Kevin Spacey - "House of Cards"
James Spader - "Blacklist"
Dominic West - "The Affair"
Melhor atriz em série de comédia ou musical
Lena Dunham, - "Girls"
Edie Falco - "Nurse Jackie"
Julia louis Dreyfus - "Veep"
Gina Rodriguez - "Jane the Virgin"
Taylor Schilling - "Orange Is The New Black"
Melhor ator em série de comédia ou musical
Louis CK - "Louie"
Don Cheadle - "House of Lies"
Ricky Gervais - "Derek"
William. H. Macy - "Shameless"
Jeffrey Tambor - "Transparent"
Melhor atriz em minissérie ou filme feito para a TV
Maggie Gylenhaal - "An Honorable Woman"
Jessica Lange - "American Horror Story"
Frances McDormand - "Olive Kitteridge"
Frances O'Connor - "The Missing"
Allison Torman - "Fargo"
Melhor ator em minissérie ou filme feito para a TV
Matthew McConaughey - "True Detective"
Woody Harrelson - "True Detective"
Martin Freeman - "Fargo"
Mark Ruffalo - "The Normal Heart"
Billy Bob Thorton - "Fargo"
Melhor atriz coadjuvante em série, minissérie, ou filme para a TV
Uzo Aduba - "Orange Is The New Black"
Kathy Bathes - "American Horror Story"
Joanne Froggatt – "Downton Abbey"
Allison Janney – "Mom"
Michelle Monaghan - "True Detective"
Melhor ator coadjuvante em série, minissérie, ou filme para TV
Matt Bomer - "The Normal Heart"
Colin Hanks - "Fargo"
Alan Cumming - "The Good Wife"
Bill Murray - "Olive Kitteridge"
Jon Voight - "Ray Donovan"
sexta-feira, 9 de janeiro de 2015
Sequestros acabam com morte de suspeitos e quatro reféns na França
sexta-feira, 9 de janeiro de 2015
Por John Irish e Emmanuel Jarry e Ingrid Melander
PARIS/DAMMARTIN-EN-GOELE, França (Reuters) - Dois irmãos suspeitos de cometerem o ataque fatal contra a redação do jornal semanal francês Charlie Hebdo foram mortos quando a polícia invadiu nesta sexta-feira a gráfica em que estavam escondidos, enquanto um segundo incidente terminou com a morte de quatro reféns num mercado judaico.
O fim violento dos dois sequestros simultâneos ocorreu após uma operação policial de escala sem precedentes, resposta da França a uma das maiores ameaças à sua segurança interna em décadas. A grande perda de vidas nos três dias consecutivos também traz o risco de fortalecer as vozes anti-imigrantes no país e em outros locais do Ocidente.
Autoridades disseram que Cherif Kouachi e o seu irmão Said, ambos na casa dos 30 anos, morreram quando forças antiterroristas entraram numa gráfica na pequena cidade de Dammartin-em-Goele, a nordeste de Paris, onde os principais suspeitos pelo ataque de quarta-feira haviam sido cercados. O refém que os dois fizeram foi salvo, disse uma autoridade.
Ocorreram tiros, seguidos de explosões, e então o silêncio, ao mesmo tempo que fumaça saía do telhado da gráfica. Em meio à neblina, um helicóptero pousou em cima do edifício, sinalizando o fim da ação. Uma fonte do governo disse que os irmãos saíram do prédio e abriram fogo contra a polícia antes de serem mortos.
Minutos depois, a polícia terminou com a segunda ação com reféns, num supermercado judaico no leste de Paris. Uma fonte do sindicato policial afirmou que quatro reféns haviam sido mortos junto ao agressor que, acredita-se, tinha ligações com o mesmo grupo islâmico dos irmãos Kouachi.
O presidente da França, François Hollande, confirmou a morte das quatro pessoas durante um pronunciamento na televisão, pediu união nacional e disse que o país deve continuar implacável diante do racismo e do antissemitismo.
"Na verdade, foi cometido um ato antissemita terrível", disse ele sobre a tomada de reféns por um atirador islâmico no supermercado Hiper Cacher, no distrito de Vincennes. REFÉNS RETIRADOS ÀS PRESSAS
Imagens do supermercado Hyper Cacher, no distrito de Vincennes, mostraram dezenas de policiais fortemente armados e aglomerados do lado de fora das duas entradas. A ação começou com tiros e uma explosão junto à porta. Depois, os reféns foram retirados às pressas.
Fotografias da Reuters tiradas de uma longa distância mostraram um homem segurando uma criança, parecendo tenso e sendo colocado numa ambulância pela polícia. Outros foram levados em macas.
Autoridades francesas mobilizaram uma força de quase 90 mil homens desde o ataque de quarta-feira contra o jornal satírico Charlie Hebdo, publicação semanal polêmica por ridicularizar o Islã e outras religiões.
Os irmãos Kouachi eram os principais suspeitos por esse ataque, em que homens encapuzados mataram a tiros 12 pessoas, incluindo alguns dos principais cartunistas franceses e dois policiais.
Fontes da área de segurança disseram que os dois irmãos nascidos na França, de origem argelina, haviam estado sob vigilância e sido colocados em listas de pessoas que não podiam voar para os Estados Unidos e outros países da Europa.
A violência levanta questões sobre a vigilância de radicais, políticos de extrema-direita, religião e censura num país que busca com dificuldades integrar parte da sua população muçulmana de cinco milhões de pessoas, a maior na União Europeia.
O jornal Charlie Hebdo há muito tempo gera controvérsia por causa da sátira sobre o Islã, outras religiões e líderes políticos. Uma testemunha do ataque de quarta-feira disse que um dos agressores gritou: "Matamos Charlie Hebdo! Vingamos o profeta!"
(Reportagem adicional de Alexandria Sage)
Por John Irish e Emmanuel Jarry e Ingrid Melander
PARIS/DAMMARTIN-EN-GOELE, França (Reuters) - Dois irmãos suspeitos de cometerem o ataque fatal contra a redação do jornal semanal francês Charlie Hebdo foram mortos quando a polícia invadiu nesta sexta-feira a gráfica em que estavam escondidos, enquanto um segundo incidente terminou com a morte de quatro reféns num mercado judaico.
O fim violento dos dois sequestros simultâneos ocorreu após uma operação policial de escala sem precedentes, resposta da França a uma das maiores ameaças à sua segurança interna em décadas. A grande perda de vidas nos três dias consecutivos também traz o risco de fortalecer as vozes anti-imigrantes no país e em outros locais do Ocidente.
Autoridades disseram que Cherif Kouachi e o seu irmão Said, ambos na casa dos 30 anos, morreram quando forças antiterroristas entraram numa gráfica na pequena cidade de Dammartin-em-Goele, a nordeste de Paris, onde os principais suspeitos pelo ataque de quarta-feira haviam sido cercados. O refém que os dois fizeram foi salvo, disse uma autoridade.
Ocorreram tiros, seguidos de explosões, e então o silêncio, ao mesmo tempo que fumaça saía do telhado da gráfica. Em meio à neblina, um helicóptero pousou em cima do edifício, sinalizando o fim da ação. Uma fonte do governo disse que os irmãos saíram do prédio e abriram fogo contra a polícia antes de serem mortos.
Minutos depois, a polícia terminou com a segunda ação com reféns, num supermercado judaico no leste de Paris. Uma fonte do sindicato policial afirmou que quatro reféns haviam sido mortos junto ao agressor que, acredita-se, tinha ligações com o mesmo grupo islâmico dos irmãos Kouachi.
O presidente da França, François Hollande, confirmou a morte das quatro pessoas durante um pronunciamento na televisão, pediu união nacional e disse que o país deve continuar implacável diante do racismo e do antissemitismo.
"Na verdade, foi cometido um ato antissemita terrível", disse ele sobre a tomada de reféns por um atirador islâmico no supermercado Hiper Cacher, no distrito de Vincennes. REFÉNS RETIRADOS ÀS PRESSAS
Imagens do supermercado Hyper Cacher, no distrito de Vincennes, mostraram dezenas de policiais fortemente armados e aglomerados do lado de fora das duas entradas. A ação começou com tiros e uma explosão junto à porta. Depois, os reféns foram retirados às pressas.
Fotografias da Reuters tiradas de uma longa distância mostraram um homem segurando uma criança, parecendo tenso e sendo colocado numa ambulância pela polícia. Outros foram levados em macas.
Autoridades francesas mobilizaram uma força de quase 90 mil homens desde o ataque de quarta-feira contra o jornal satírico Charlie Hebdo, publicação semanal polêmica por ridicularizar o Islã e outras religiões.
Os irmãos Kouachi eram os principais suspeitos por esse ataque, em que homens encapuzados mataram a tiros 12 pessoas, incluindo alguns dos principais cartunistas franceses e dois policiais.
Fontes da área de segurança disseram que os dois irmãos nascidos na França, de origem argelina, haviam estado sob vigilância e sido colocados em listas de pessoas que não podiam voar para os Estados Unidos e outros países da Europa.
A violência levanta questões sobre a vigilância de radicais, políticos de extrema-direita, religião e censura num país que busca com dificuldades integrar parte da sua população muçulmana de cinco milhões de pessoas, a maior na União Europeia.
O jornal Charlie Hebdo há muito tempo gera controvérsia por causa da sátira sobre o Islã, outras religiões e líderes políticos. Uma testemunha do ataque de quarta-feira disse que um dos agressores gritou: "Matamos Charlie Hebdo! Vingamos o profeta!"
(Reportagem adicional de Alexandria Sage)
Governo francês tem "quase certeza" que suspeitos de ataque ao Charlie Hebdo foram cercados
sexta-feira, 9 de janeiro de 2015
PARIS (Reuters) - O governo da França disse ter poucas dúvidas de que localizou os dois principais suspeitos de terem atacado o jornal Charlie Hebdo em uma instalação industrial no norte da França, onde fontes da polícia disseram mais cedo que havia reféns.
"Temos quase certeza que esses dois indivíduos estão cercados naquele prédio", disse o porta-voz do Ministério do Interior Pierre-Henry Brandet à emissora de televisão iTele, nesta sexta-feira.
Os suspeitos procurados são cidadãos franceses filhos de argelinos, ambos na casa dos 30 anos e que já estavam sob observação da polícia. Um deles passou 18 meses preso por tentar viajar ao Iraque para lutar como integrante de uma célula terrorista. A polícia descreveu os suspeitos como "armados e perigosos".
Os dois irmãos são suspeitos de serem os militantes islâmicos que mataram 12 pessoas em uma ataque à sede do jornal semanal de sátiras Charlie Hebdo na quarta-feira.
(Reportagem de Mark Joh
PARIS (Reuters) - O governo da França disse ter poucas dúvidas de que localizou os dois principais suspeitos de terem atacado o jornal Charlie Hebdo em uma instalação industrial no norte da França, onde fontes da polícia disseram mais cedo que havia reféns.
"Temos quase certeza que esses dois indivíduos estão cercados naquele prédio", disse o porta-voz do Ministério do Interior Pierre-Henry Brandet à emissora de televisão iTele, nesta sexta-feira.
Os suspeitos procurados são cidadãos franceses filhos de argelinos, ambos na casa dos 30 anos e que já estavam sob observação da polícia. Um deles passou 18 meses preso por tentar viajar ao Iraque para lutar como integrante de uma célula terrorista. A polícia descreveu os suspeitos como "armados e perigosos".
Os dois irmãos são suspeitos de serem os militantes islâmicos que mataram 12 pessoas em uma ataque à sede do jornal semanal de sátiras Charlie Hebdo na quarta-feira.
(Reportagem de Mark Joh
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
Petrobras torna-se maior produtora de petróleo entre empresas de capital aberto
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras tornou-se a maior produtora de petróleo entre as empresas de capital aberto no mundo, após superar a norte-americana ExxonMobil no terceiro trimestre de 2014, informou a petroleira estatal nesta quinta-feira.
A ExxonMobil produziu 2,065 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) no terceiro trimestre, segundo o balanço da companhia, enquanto a Petrobras produziu 2,209 milhões de barris/dia no mesmo período.
Quando somadas as produções de óleo e gás, a Petrobras ainda ocupa a quarta posição no ranking, ponderou a estatal.
A notícia positiva acontece em um momento em que o preço do petróleo atingiu mínima de diversos anos no mercado internacional, reduzindo a receita com a venda do produto no exterior, enquanto a companhia ainda é alvo de acusações de envolvimento em esquemas de desvio de dinheiro.
Apesar do cenário ruim, que tem feito as ações da Petrobras sofrerem na bolsa, a empresa comemora um bom momento de resultados operacionais, após diversos atrasos na entrada em operação de plataformas.
De acordo com a petroleira, ela também foi a empresa que mais aumentou a sua produção de óleo, tanto em termos percentuais quanto absolutos, em 2014 até setembro.
"Nos nove primeiros meses de 2014, a Petrobras e a ConocoPhillips foram as únicas empresas de capital aberto que registraram aumento de produção de petróleo", afirmou a estatal. "No caso da Petrobras, esse aumento foi de 3,3 por cento e, da Conoco, de 0,4 por cento."
A Petrobras destacou ainda que bateu novo recorde de produção, de 2,286 mil bpd de óleo, em 21 de dezembro, e frisou que atingiu no pré-sal do Brasil, junto com outras petroleiras, o recorde de 700 mil bpd em 16 de dezembro.
Segundo a companhia, em 2014 foram adicionados 500 mil bpd de capacidade, com a entrada em operação de quatro novas unidades de produção. "Esse volume será gradativamente incorporado à produção, garantindo que em 2015 a empresa continue aumentando a produção de óleo e gás", afirmou.
Entretanto, a P-61, uma das plataformas programadas para o ano passado, que inicialmente entraria em operação em 2013 no campo de Papa-Terra, na Bacia de Campos, não havia começado a produzir até o final de dezembro.
O crescimento na produção em 2014, após pesados investimentos nos últimos anos, ocorreu depois de dois anos de recuo na extração no Brasil.
Em sua última previsão, a estatal previu elevar a produção de petróleo no país entre 5,5 e 6 por cento em 2014, abaixo da meta de 7,5 por cento traçada inicialmente no ano passado, em meio a atrasos na entrega de equipamentos.
A empresa ainda não divulgou a produção fechada de dezembro.
(Por Marta Nogueira)
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras tornou-se a maior produtora de petróleo entre as empresas de capital aberto no mundo, após superar a norte-americana ExxonMobil no terceiro trimestre de 2014, informou a petroleira estatal nesta quinta-feira.
A ExxonMobil produziu 2,065 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) no terceiro trimestre, segundo o balanço da companhia, enquanto a Petrobras produziu 2,209 milhões de barris/dia no mesmo período.
Quando somadas as produções de óleo e gás, a Petrobras ainda ocupa a quarta posição no ranking, ponderou a estatal.
A notícia positiva acontece em um momento em que o preço do petróleo atingiu mínima de diversos anos no mercado internacional, reduzindo a receita com a venda do produto no exterior, enquanto a companhia ainda é alvo de acusações de envolvimento em esquemas de desvio de dinheiro.
Apesar do cenário ruim, que tem feito as ações da Petrobras sofrerem na bolsa, a empresa comemora um bom momento de resultados operacionais, após diversos atrasos na entrada em operação de plataformas.
De acordo com a petroleira, ela também foi a empresa que mais aumentou a sua produção de óleo, tanto em termos percentuais quanto absolutos, em 2014 até setembro.
"Nos nove primeiros meses de 2014, a Petrobras e a ConocoPhillips foram as únicas empresas de capital aberto que registraram aumento de produção de petróleo", afirmou a estatal. "No caso da Petrobras, esse aumento foi de 3,3 por cento e, da Conoco, de 0,4 por cento."
A Petrobras destacou ainda que bateu novo recorde de produção, de 2,286 mil bpd de óleo, em 21 de dezembro, e frisou que atingiu no pré-sal do Brasil, junto com outras petroleiras, o recorde de 700 mil bpd em 16 de dezembro.
Segundo a companhia, em 2014 foram adicionados 500 mil bpd de capacidade, com a entrada em operação de quatro novas unidades de produção. "Esse volume será gradativamente incorporado à produção, garantindo que em 2015 a empresa continue aumentando a produção de óleo e gás", afirmou.
Entretanto, a P-61, uma das plataformas programadas para o ano passado, que inicialmente entraria em operação em 2013 no campo de Papa-Terra, na Bacia de Campos, não havia começado a produzir até o final de dezembro.
O crescimento na produção em 2014, após pesados investimentos nos últimos anos, ocorreu depois de dois anos de recuo na extração no Brasil.
Em sua última previsão, a estatal previu elevar a produção de petróleo no país entre 5,5 e 6 por cento em 2014, abaixo da meta de 7,5 por cento traçada inicialmente no ano passado, em meio a atrasos na entrega de equipamentos.
A empresa ainda não divulgou a produção fechada de dezembro.
(Por Marta Nogueira)
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
Je Suis Charlie ( Liberdade, Igualdade e Fraternidade de todos os cidadãos da França e do Mundo)
Pela liberdade, Pelo direito de ir vir, Pela liberdade de expressão.
Liberdade, Igualdade e Fraternidade de todos os cidadãos da França e do Mundo.
Historia News Sec. 21
Liberdade, Igualdade e Fraternidade de todos os cidadãos da França e do Mundo.
Historia News Sec. 21
Ao menos 11 pessoas morrem em ataque a jornal satírico em Paris, diz polícia
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
PARIS (Reuters) - Pelo menos 11 pessoas morreram e 10 ficaram feridas em um ataque a tiros no escritório em Paris do jornal satírico Charlie Hebdo, que foi alvo de ataque no passado após publicar charges com piadas sobre líderes muçulmanos, informou a polícia.
Segundo a polícia, cinco feridos estão em estado grave.
Testemunhas disseram ao canal de notícias francês iTELE terem visto o incidente a partir de um prédio próximo no coração da capital francesa.
"Cerca de meia hora atrás dois homens com capuz preto entraram no prédio com (fuzis) Kalashnikovs", disse Benoit Bringer à emissora. "Poucos minutos depois, nós ouvimos vários tiros", disse, acrescentando que os homens depois foram vistos fugindo do prédio.
O policial Luc Poignant disse ter conhecimento da morte de um jornalista e de vários feridos, incluindo três policiais.
"É uma carnificina", disse Poignant à BFM TV.
A sede do Charlie Hebdo foi alvo de ataque com uma bomba incendiária em novembro de 2011 após o jornal ter publicado uma imagem do profeta Maomé em sua capa.
(Reportagem de Brian Love e Nicholas Vinocur)
Presidente da França diz que não há dúvida de que ataque a Charlie Hebdo foi terrorismo
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
PARIS (Reuters) - O presidente da França, François Hollande, disse que não há dúvida de que o ataque ao jornal satírico francês Charlie Hebdo nesta quarta-feira, no qual ao menos 11 pessoas foram mortas, foi um ataque terrorista.
O governo da França anunciou ter elevado o nível de segurança no país para o mais alto.
(Reportagem de Gerard Bon)
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
Governo deve limitar despesa não obrigatória a 1/18 até aprovação do Orçamento de 2015, diz fonte
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
Por Jeferson Ribeiro
BRASÍLIA (Reuters) - O governo deve anunciar nesta terça-feira corte nas despesas, que deve incluir investimentos, até que o Orçamento de 2015 seja aprovado no Congresso Nacional, o que só deve ocorrer entre fevereiro e março, informou à Reuters uma fonte do governo com conhecimento sobre o assunto.
Além disso, será criado um comitê de avaliação do gasto público para balizar cortes orçamentários futuros, acrescentou a fonte, que falou sob condição de anonimato.
Como o Orçamento de 2015 não foi aprovado até o fim do ano passado, a legislação determina que o governo só pode aplicar até 1/12 da previsão orçamentária a cada mês.
No caso dos gastos não obrigatórios, que envolvem também investimentos, essa economia agora será ainda maior. Segundo a fonte, esses gastos devem ser limitados a cerca de 1/18 da previsão orçamentária a cada mês.
Em relação aos gastos obrigatórios, como salários e benefícios previdenciários, a proporção continuará de 1/12.
Segundo a fonte, a decisão foi tomada em reunião na segunda-feira entre os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Nelson Barbosa (Planejamento) e Joaquim Levy (Fazenda). O tema também já foi discutido com a presidente Dilma Rousseff, que chega a Brasília nesta terça-feira depois de alguns dias de descanso na base naval de Aratu, na Bahia.
A economia maior nas despesas não obrigatórias serve, segundo a fonte, para dar uma mensagem clara de que o governo está comprometido com a meta de superávit primário equivalente a 1,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano.
Desde que a nova equipe econômica foi anunciada, o governo tem emitido sinais de que fará forte ajuste fiscal em 2015.
Para isso, já reduziu subsídios do Tesouro Nacional a empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e anunciou mudanças em benefícios trabalhistas, além de ter aprovado no Congresso novos parâmetros na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015.
Por Jeferson Ribeiro
BRASÍLIA (Reuters) - O governo deve anunciar nesta terça-feira corte nas despesas, que deve incluir investimentos, até que o Orçamento de 2015 seja aprovado no Congresso Nacional, o que só deve ocorrer entre fevereiro e março, informou à Reuters uma fonte do governo com conhecimento sobre o assunto.
Além disso, será criado um comitê de avaliação do gasto público para balizar cortes orçamentários futuros, acrescentou a fonte, que falou sob condição de anonimato.
Como o Orçamento de 2015 não foi aprovado até o fim do ano passado, a legislação determina que o governo só pode aplicar até 1/12 da previsão orçamentária a cada mês.
No caso dos gastos não obrigatórios, que envolvem também investimentos, essa economia agora será ainda maior. Segundo a fonte, esses gastos devem ser limitados a cerca de 1/18 da previsão orçamentária a cada mês.
Em relação aos gastos obrigatórios, como salários e benefícios previdenciários, a proporção continuará de 1/12.
Segundo a fonte, a decisão foi tomada em reunião na segunda-feira entre os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Nelson Barbosa (Planejamento) e Joaquim Levy (Fazenda). O tema também já foi discutido com a presidente Dilma Rousseff, que chega a Brasília nesta terça-feira depois de alguns dias de descanso na base naval de Aratu, na Bahia.
A economia maior nas despesas não obrigatórias serve, segundo a fonte, para dar uma mensagem clara de que o governo está comprometido com a meta de superávit primário equivalente a 1,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano.
Desde que a nova equipe econômica foi anunciada, o governo tem emitido sinais de que fará forte ajuste fiscal em 2015.
Para isso, já reduziu subsídios do Tesouro Nacional a empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e anunciou mudanças em benefícios trabalhistas, além de ter aprovado no Congresso novos parâmetros na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2015
Revolta dos Malês
Por Ana Paula de Araújo
Dentre os diversos conflitos na História do Brasil Império, durante o período regencial (transição do primeiro para o segundo reinado) aconteceu a Revolta dos Malês, mais precisamente na noite de 24 para 25 de Janeiro, no ano de 1835.
A revolta foi rápida e duramente reprimida pelos poderes constituídos, já que se tratava de um movimento dos escravos muçulmanos (malês), que se organizaram com a proposta de libertação de todos os escravos africanos que pertencessem à religião islâmica. Aconteceu na cidade de Salvador, capital da então Província da Bahia, e teve a participação dos escravos pertencentes às etnias hauçá, igbomina e Picapó.
O plano de ação dos malês se constituiu a partir das experiências de combate que tiveram anteriormente na África e consistia em propostas como o fim do catolicismo, o assassinato e o confisco dos bens de todos os brancos e mulatos, a implantação de uma monarquia islâmica e a escravização de todos que não fossem muçulmanos, independentemente de sua raça. De acordo com seus planos, eles sairiam do bairro da Vitória e iriam até Itapagipe tomando as terras e matando os ‘brancos’, em seguida se reuniriam com os demais revoltosos para então tomar o governo. Tinham o objetivo também de divulgar sua religião e "conquistar" seus direitos. A ação seguinte seria a invasão dos engenhos de açúcar e a libertação dos escravos muçulmanos.
Há controvérsias sobre quem foi o autor da delação, mas o fato é que o plano dos malês foi delatado para um juiz de Paz de Salvador, e este rapidamente acionou os soldados das forças oficiais que, bem preparados e armados, cercaram os revoltosos na região da Água dos Meninos, antes mesmo de chegarem a Itapagipe. Neste local aconteceram violentos conflitos nos quais morreram setenta escravos e sete soldados. Foram presos cerca de 200 revoltosos, os quais foram julgados pelos tribunais. Alguns foram condenados a trabalhos forçados e açoites, outros foram enviados para a África, e os líderes foram condenados à pena de morte.
Dentre os pertences dos escravos foram encontrados livros em árabe e orações muçulmanas. Por conta do episódio, a partir de então o governo local decretou leis que proibiam a circulação dos muçulmanos no período da noite e a prática de suas cerimônias, alegando ter que evitar outras revoltas do tipo.
Apesar de ter sido reprimida com rapidez, a Revolta dos Malês mostrou a capacidade de rebelião que o povo tinha, ficando então a "ameaça" de novas revoltas durante o restante do período regencial e no segundo reinado.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_dos_Mal%C3%AAs
http://www.historiabrasileira.com/periodo-regencial/revolta-dos-males/
http://www.historiazine.com/2011/07/a-revolta-dos-males.html
Dentre os diversos conflitos na História do Brasil Império, durante o período regencial (transição do primeiro para o segundo reinado) aconteceu a Revolta dos Malês, mais precisamente na noite de 24 para 25 de Janeiro, no ano de 1835.
A revolta foi rápida e duramente reprimida pelos poderes constituídos, já que se tratava de um movimento dos escravos muçulmanos (malês), que se organizaram com a proposta de libertação de todos os escravos africanos que pertencessem à religião islâmica. Aconteceu na cidade de Salvador, capital da então Província da Bahia, e teve a participação dos escravos pertencentes às etnias hauçá, igbomina e Picapó.
O plano de ação dos malês se constituiu a partir das experiências de combate que tiveram anteriormente na África e consistia em propostas como o fim do catolicismo, o assassinato e o confisco dos bens de todos os brancos e mulatos, a implantação de uma monarquia islâmica e a escravização de todos que não fossem muçulmanos, independentemente de sua raça. De acordo com seus planos, eles sairiam do bairro da Vitória e iriam até Itapagipe tomando as terras e matando os ‘brancos’, em seguida se reuniriam com os demais revoltosos para então tomar o governo. Tinham o objetivo também de divulgar sua religião e "conquistar" seus direitos. A ação seguinte seria a invasão dos engenhos de açúcar e a libertação dos escravos muçulmanos.
Há controvérsias sobre quem foi o autor da delação, mas o fato é que o plano dos malês foi delatado para um juiz de Paz de Salvador, e este rapidamente acionou os soldados das forças oficiais que, bem preparados e armados, cercaram os revoltosos na região da Água dos Meninos, antes mesmo de chegarem a Itapagipe. Neste local aconteceram violentos conflitos nos quais morreram setenta escravos e sete soldados. Foram presos cerca de 200 revoltosos, os quais foram julgados pelos tribunais. Alguns foram condenados a trabalhos forçados e açoites, outros foram enviados para a África, e os líderes foram condenados à pena de morte.
Dentre os pertences dos escravos foram encontrados livros em árabe e orações muçulmanas. Por conta do episódio, a partir de então o governo local decretou leis que proibiam a circulação dos muçulmanos no período da noite e a prática de suas cerimônias, alegando ter que evitar outras revoltas do tipo.
Apesar de ter sido reprimida com rapidez, a Revolta dos Malês mostrou a capacidade de rebelião que o povo tinha, ficando então a "ameaça" de novas revoltas durante o restante do período regencial e no segundo reinado.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_dos_Mal%C3%AAs
http://www.historiabrasileira.com/periodo-regencial/revolta-dos-males/
http://www.historiazine.com/2011/07/a-revolta-dos-males.html
Levy diz que cumprimento das metas fiscais será fundamento da retomada do crescimento
Levy diz que cumprimento das metas fiscais será fundamento da retomada do crescimento
segunda-feira, 5 de janeiro de 2015
BRASÍLIA (Reuters) - O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou em seu primeiro discurso no comando da economia, que o cumprimento das metas fiscais nos próximos anos será fundamento do novo ciclo de crescimento e que o Brasil tem condições de ter equilíbrio nas contas públicas sem redução de benefícios sociais.
Levy, que assume em meio à crescente deterioração das contas públicas, disse ainda nesta segunda-feira que a responsabilidade fiscal da primeira metade dos anos 2000 foi indispensável para a política de inclusão de milhões de brasileiros e para se ter a política anticíclica a partir de 2008.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello e Alonso Soto)
segunda-feira, 5 de janeiro de 2015
BRASÍLIA (Reuters) - O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou em seu primeiro discurso no comando da economia, que o cumprimento das metas fiscais nos próximos anos será fundamento do novo ciclo de crescimento e que o Brasil tem condições de ter equilíbrio nas contas públicas sem redução de benefícios sociais.
Levy, que assume em meio à crescente deterioração das contas públicas, disse ainda nesta segunda-feira que a responsabilidade fiscal da primeira metade dos anos 2000 foi indispensável para a política de inclusão de milhões de brasileiros e para se ter a política anticíclica a partir de 2008.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello e Alonso Soto)
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Nossa escola se dedica única e exclusivamente a educação, buscando o bem estar Psicosocial do aluno. Oferecemos aos nossos educandos, um harmonioso espaço recreativo, salas amplas, aconchegantes e totalmente climatizadas, além de uma completa assessoria pedagógica qualificada e habilitada para introduzi-los, no mundo fantástico do conhecimento. Hoje desenvolvemos um excelente trabalho didático com metodologias renovadas, com o objetivo de desenvolver o potencial que cada um tem guardado em si. Desenvolvemos a psicomotricidade, estimulando a liberdade de explorar, enriquecendo assim o aprendizado de cada um. Seja mais um de nossos alunos venha fazer parte da nossa escola. Faça já a sua Matrícula 2015.
ENDEREÇO: Rua Honorato Fernandes da Paz, 680 Janga - Paulista - PE Fone: (081) 3436-2689
Site: www. universidadeinfantil.net
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
Entenda a crise na Rússia e possíveis efeitos no Brasil
Do G1, em São Paulo
Funcionário conta notas de rublo em um escritório em Krasnoyarsk, na Sibéria (Foto: Ilya Naymushin/Reuters)
Funcionário conta notas de rublo em um escritório em Krasnoyarsk, na Sibéria (Foto: Ilya Naymushin/Reuters)
A forte desvalorização do rublo tem provocado turbulência nos mercados internacionais, sobretudo em países emergentes como o Brasil, e gerado temores de uma nova crise financeira como a de 1998, quando a Rússia declarou moratória de sua dívida, afetando a economia mundial.
A moeda russa vem sendo pressionada, principalmente, pela acentuada queda nos preços do petróleo – principal fonte de recursos de Moscou – e pelas sanções ocidentais impostas ao país por conta da atuação do governo de Vladimir Putin na Ucrânia.
A desconfiança é tamanha que nem mesmo um aumento de 6,5 pontos percentuais na taxa de juros, de 10,5% para 17% ao ano, foi capaz de evitar que a moeda atingisse mínimas recordes. Na terça-feira (16), o rublo perdeu 11% frente ao dólar, a queda diária mais aguda desde a crise financeira da Rússia em 1998. No ano, a moeda já acumula desvalorização de mais de 50%.
“O rublo vale o que vale o poder de Putin no mercado”, resumiu o jornal independente russo Novaya Gazeta.
Para tentar evitar o colapso do rublo, o Banco Central russo tem anunciado medidas como a venda diária de bilhões de dólares em divisas estrangeiras, mas obteve pouco sucesso até o momento.
Dependência do petróleo
O país, que já é afetado pela inflação, caminha agora para uma recessão, à medida que as altas taxas de juros devem prejudicar o crescimento. A Rússia pode ver sua economia recuar em até 5% em 2015 se os preços do petróleo não passarem dos US$ 60, segundo alertou o próprio banco central russo.
Petróleo e gás representam cerca de dois terços das exportações russas, de cerca de US$ 530 bilhões ao ano. Sem eles, o país teria um grande déficit comercial e de transações financeiras, e passaria a ter grande dificuldade de honrar seus compromissos e manter o atual patamar de importações.
Por enquanto, trata-se de uma crise cambial. Mas o temor de calote e o mau humor de investidores estrangeiros avessos a riscos já provoca fuga de capitais para títulos de dívidas soberanas considerados mais seguros.
saiba mais
Rússia toma do Brasil posto de país com maior juro do mundo
E o Brasil?
É neste contexto de temor de contágio financeiro que a turbulência russa também afeta outros países emergentes como o Brasil. O real brasileiro e a lira turca, por exemplo, também têm se desvalorizado ante o dólar. Mas, por enquanto, uma situação de crise em cascata parece distante, uma vez que muitos deles acumularam reservas significativas, capazes de amortecer choques externos. As reservas do Brasil, por exemplo, estão em cerca de US$ 375 bilhões.
Segundo a agência de classificação de risco Fitch, no momento, os países mais vulneráveis seriam aqueles com forte dependência de exportação de petróleo como Venezuela, Nigéria e Bahrein.
Comércio Brasil-Rússia
No caso do Brasil, o principal reflexo até o momento tem sido o mau humor generalizado dos investidores em relação aos emergentes, sobretudo os exportadores de matéria-prima, que já vinham sofrendo com o cenário de crescimento menor da China e de estagnação na Europa.
Um agravamento da crise, entretanto, tende a afetar a capacidade russa de importar e, consequentemente, reduzir as exportações brasileiras para a Rússia.
No acumulado no ano até novembro, o comércio bilateral Brasil-Rússia soma US$ 6,3 bilhões. Embora as vendas para o país representem menos de 2% das exportações brasileiras, as compras russas saltaram 33% neste ano na comparação com 2013, impulsionadas pela maior abertura aos produtos agropecuários brasileiros, principalmente carne bovina e suína, após ter decidido proibir a importação de alimentos e produtos agrícolas da União Europeia e dos Estados Unidos em retaliação a resistência desses países em aceitar a anexação da Crimeia pelo Kremlin.
As vendas de carne bovina e suína para a Rússia no ano até novembro somaram quase R$ 2 bilhões, representando cerca de 55% das exportações brasileiras para o país (US$ 3,53 bilhões).
Do outro lado da balança, as importações brasileiras da Rússia cresceram cerca de 10% ano, somando até novembro US$ 2,7 bilhões. Os principais produtos comprados da Rússia são matérias-primas e insumos para a indústria como cloreto de potássio, diidrogenofosfato de amônio, alumínio, nitrato de amônio e diesel.
Funcionário conta notas de rublo em um escritório em Krasnoyarsk, na Sibéria (Foto: Ilya Naymushin/Reuters)
Funcionário conta notas de rublo em um escritório em Krasnoyarsk, na Sibéria (Foto: Ilya Naymushin/Reuters)
A forte desvalorização do rublo tem provocado turbulência nos mercados internacionais, sobretudo em países emergentes como o Brasil, e gerado temores de uma nova crise financeira como a de 1998, quando a Rússia declarou moratória de sua dívida, afetando a economia mundial.
A moeda russa vem sendo pressionada, principalmente, pela acentuada queda nos preços do petróleo – principal fonte de recursos de Moscou – e pelas sanções ocidentais impostas ao país por conta da atuação do governo de Vladimir Putin na Ucrânia.
A desconfiança é tamanha que nem mesmo um aumento de 6,5 pontos percentuais na taxa de juros, de 10,5% para 17% ao ano, foi capaz de evitar que a moeda atingisse mínimas recordes. Na terça-feira (16), o rublo perdeu 11% frente ao dólar, a queda diária mais aguda desde a crise financeira da Rússia em 1998. No ano, a moeda já acumula desvalorização de mais de 50%.
“O rublo vale o que vale o poder de Putin no mercado”, resumiu o jornal independente russo Novaya Gazeta.
Para tentar evitar o colapso do rublo, o Banco Central russo tem anunciado medidas como a venda diária de bilhões de dólares em divisas estrangeiras, mas obteve pouco sucesso até o momento.
Dependência do petróleo
O país, que já é afetado pela inflação, caminha agora para uma recessão, à medida que as altas taxas de juros devem prejudicar o crescimento. A Rússia pode ver sua economia recuar em até 5% em 2015 se os preços do petróleo não passarem dos US$ 60, segundo alertou o próprio banco central russo.
Petróleo e gás representam cerca de dois terços das exportações russas, de cerca de US$ 530 bilhões ao ano. Sem eles, o país teria um grande déficit comercial e de transações financeiras, e passaria a ter grande dificuldade de honrar seus compromissos e manter o atual patamar de importações.
Por enquanto, trata-se de uma crise cambial. Mas o temor de calote e o mau humor de investidores estrangeiros avessos a riscos já provoca fuga de capitais para títulos de dívidas soberanas considerados mais seguros.
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Rússia toma do Brasil posto de país com maior juro do mundo
E o Brasil?
É neste contexto de temor de contágio financeiro que a turbulência russa também afeta outros países emergentes como o Brasil. O real brasileiro e a lira turca, por exemplo, também têm se desvalorizado ante o dólar. Mas, por enquanto, uma situação de crise em cascata parece distante, uma vez que muitos deles acumularam reservas significativas, capazes de amortecer choques externos. As reservas do Brasil, por exemplo, estão em cerca de US$ 375 bilhões.
Segundo a agência de classificação de risco Fitch, no momento, os países mais vulneráveis seriam aqueles com forte dependência de exportação de petróleo como Venezuela, Nigéria e Bahrein.
Comércio Brasil-Rússia
No caso do Brasil, o principal reflexo até o momento tem sido o mau humor generalizado dos investidores em relação aos emergentes, sobretudo os exportadores de matéria-prima, que já vinham sofrendo com o cenário de crescimento menor da China e de estagnação na Europa.
Um agravamento da crise, entretanto, tende a afetar a capacidade russa de importar e, consequentemente, reduzir as exportações brasileiras para a Rússia.
No acumulado no ano até novembro, o comércio bilateral Brasil-Rússia soma US$ 6,3 bilhões. Embora as vendas para o país representem menos de 2% das exportações brasileiras, as compras russas saltaram 33% neste ano na comparação com 2013, impulsionadas pela maior abertura aos produtos agropecuários brasileiros, principalmente carne bovina e suína, após ter decidido proibir a importação de alimentos e produtos agrícolas da União Europeia e dos Estados Unidos em retaliação a resistência desses países em aceitar a anexação da Crimeia pelo Kremlin.
As vendas de carne bovina e suína para a Rússia no ano até novembro somaram quase R$ 2 bilhões, representando cerca de 55% das exportações brasileiras para o país (US$ 3,53 bilhões).
Do outro lado da balança, as importações brasileiras da Rússia cresceram cerca de 10% ano, somando até novembro US$ 2,7 bilhões. Os principais produtos comprados da Rússia são matérias-primas e insumos para a indústria como cloreto de potássio, diidrogenofosfato de amônio, alumínio, nitrato de amônio e diesel.
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