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quinta-feira, 7 de agosto de 2025

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sexta-feira, 25 de julho de 2025

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A história por trás da chocante foto do bebê faminto de Gaza (BBC News, Brasil)


 A história por trás da chocante foto do bebê faminto de Gaza (BBC News, Brasil) 

BBC News, Brasil

O bebê Muhammad e sua mãe em uma tenda em Gaza. Ele tem ossos aparentes e usa um saco plástico como fralda Crédito,Ahmed Jihad Ibrahim Al-arini/Anadolu via Getty Images

Legenda da foto,O bebê Muhammad e sua mãe foram deslocados de sua casa no norte de Gaza e, como muitas pessoas na Faixa de Gaza, estão sofrendo de desnutrição

Article Information

Author,Thais Carrança*

Role,Da BBC News Brasil em São Paulo

Há 19 minutos

"Se você olhar a foto com atenção, verá que ele está usando um saco plástico... devido à falta de ajuda humanitária."


O bebê Muhammad e sua mãe foram deslocados de sua casa no norte de Gaza e, como muitas pessoas na Faixa de Gaza, estão sofrendo de desnutrição.


A impressionante foto da criança, com os ossos aparentes e usando um saco plástico como fralda rodou o mundo, trazendo os olhos de todos para a grave crise humanitária no território palestino.


Ahmed al-Arini, fotógrafo em Gaza, diz que capturou as fotos angustiantes para "mostrar ao resto do mundo a fome extrema" que bebês e crianças estão enfrentando.


De acordo com Ahmed, a mãe e o filho estão vivendo em uma tenda "que está absolutamente vazia" e "parece um túmulo".


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Segundo ele, devido à falta de ajuda e suprimentos, "os preços dispararam", tornando até mesmo os recursos mais básicos inacessíveis para muitas pessoas.


"Levei algum tempo para fazer as fotos, porque precisei fazer pausas entre cada imagem, para recuperar meu fôlego e poder continuar", revelou Ahmed.


O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, afirma que nove pessoas morreram de desnutrição somente nas últimas 24 horas.


Um total de 122 pessoas, incluindo 83 crianças, morreram por falta de alimentos desde o início da guerra, segundo o ministério.


Mosab, um garoto palestino de 14 anos ferido em um ataque aéreo israelense perto de sua casa no mês passado, está se deteriorando devido à falta de alimentos e medicamentos, relata a BBC News Arabic, serviços de notícias em árabe da BBC.


Sua mãe, Shahenaz Al Debs, diz que ele pesava 40 kg antes do ferimento e agora quase não chega a 10 kg.


O diretor médico do hospital al-Shifa, em Gaza, Hassan al-Shaer, relata que o número de pessoas que sofrem de desnutrição no território palestino está aumentando rapidamente.


"Inicialmente, a situação se limitava a crianças, mas agora estamos vendo casos de desnutrição em todas as faixas etárias", diz ele, acrescentando que o tratamento é difícil porque "faltam todos os suprimentos necessários".


Mosab e sua mãe Shahenaz Al Debs

Legenda da foto,Mosab, de 14 anos, e sua mãe Shahenaz Al Debs: ela conta que o jovem pesava 40 kg antes de ser ferido por ataques israelenses e agora quase não chega a 10 kg

Na Cidade de Gaza, uma em cada cinco crianças está desnutrida e os casos aumentam a cada dia, afirma a Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês).


Em um comunicado divulgado na quinta-feira (24/7), o Comissário-Geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, citou um colega que lhe disse: "As pessoas em Gaza não estão nem mortas nem vivas, são cadáveres ambulantes."


Mais de 100 organizações internacionais de ajuda humanitária e grupos de direitos humanos também alertaram para a fome em massa, pressionando os governos a tomarem medidas.


Israel, que controla a entrada de todos os suprimentos em Gaza, afirma que não há cerco e culpa o Hamas por quaisquer casos de desnutrição.


A ONU, no entanto, alertou que o nível de ajuda que chega a Gaza é "irregular" e que a crise de fome no território "nunca foi tão grave".


Como a fome extrema devasta os corpos

Quando o corpo não recebe alimentos suficientes ou a combinação certa de nutrientes de que necessita para funcionar adequadamente, ou não consegue absorver os alimentos disponíveis, isso pode ter uma gama devastadora de efeitos, explica Smitha Mundasad, repórter de saúde da BBC News.


Crianças menores de cinco anos, adolescentes, gestantes ou lactantes, idosos e pessoas com doenças crônicas são os grupos de maior risco. Em particular, as crianças tendem a se desnutrir mais rapidamente do que os adultos.


"O sistema imunológico, por exemplo, para de funcionar quando não há alimentos disponíveis, deixando pessoas desnutridas muito vulneráveis a infecções comuns que normalmente seriam um pequeno inconveniente", afirma Mundasad.


Palestinos que lutam contra a fome se aglomeram enquanto uma instituição de caridade distribui alimentos na área de Al-Mawasi, em Khan Yunis, Gaza, em meio a restrições israelenses que impedem a chegada de ajuda humanitária a Gaza, em 24 de julho de 2025.Crédito,Getty Images

Legenda da foto,Palestinos que lutam contra a fome se aglomeram enquanto uma instituição de caridade distribui alimentos na área de Al-Mawasi, em Khan Yunis, Gaza

Um resfriado comum ou uma crise de diarreia podem matar uma criança desnutrida. É por isso que a desnutrição está associada a quase metade de todas as mortes de crianças menores de cinco anos, acrescenta a repórter especializada.


"Os sinais podem parecer óbvios – perda de peso, por exemplo. Somado a isso, haverá falta de força e energia. Mas então surgem problemas que podem estar mais ocultos: a anemia pode se instalar, levando à falta de ar", afirma.


Para crianças pequenas e bebês — como o pequeno Muhammad da foto que ganhou o mundo — , a desnutrição pode levar ao crescimento atrofiado. E em casos graves e agudos, como em Gaza, o rosto, a barriga e as pernas das pessoas podem inchar, apesar de seus corpos serem dolorosamente magros — uma condição conhecida como Kwashiorkor.


Ajuda humanitária aérea

Em meio ao agravamento da crise humanitária em Gaza e sob crescente pressão internacional, a rádio oficial do exército israelense informou nesta sexta-feira (25/7) que países estrangeiros poderão realizar lançamentos de ajuda humanitária aérea nos próximos dias.


O jornal Times of Israel afirma que a Jordânia e os Emirados Árabes Unidos realizarão esta rodada de lançamentos aéreos, embora a BBC não tenha confirmado essa informação de forma independente.


No ano passado, países como Reino Unido, EUA e Jordânia lançaram suprimentos em Gaza por meio de aviões militares, mas isso levou a problemas como a queda de suprimentos no mar e o afogamento de pessoas tentando recuperá-los. Outras pessoas foram mortas ou feridas por caixas que caíram do céu quando os paraquedas falharam.


Quando esses lançamentos aéreos aconteceram em 2024, depois que a ONU disse que a população de Gaza estava à beira da fome, organizações humanitárias disseram que esse método de entrega é insuficiente para atender às necessidades da população de Gaza.


Lançamento de ajuda humanitária sobre Gaza em 2024Crédito,EPA

Legenda da foto,Em 2024, países como Reino Unido, EUA e Jordânia lançaram suprimentos em Gaza por meio de aviões militares, mas isso levou a problemas

'É chegada a hora de pôr fim à guerra em Gaza', dizem Reino Unido, França e Alemanha

Em uma declaração conjunta divulgada nesta sexta-feira, Reino Unido, França e Alemanha afirmaram que "é chegada a hora de pôr fim à guerra em Gaza".


No comunicado, os países "exortam todas as partes a pôr fim ao conflito, alcançando um cessar-fogo imediato", antes de pedirem a "libertação incondicional de todos os reféns" mantidos em cativeiro pelo Hamas desde 7 de outubro de 2023.


"As necessidades mais básicas da população civil, incluindo o acesso à água e à alimentação, devem ser atendidas sem mais demora", afirmam.


Os países exortam Israel a "permitir urgentemente que a ONU e as ONGs humanitárias realizem seu trabalho para combater a fome. Israel deve cumprir suas obrigações sob o Direito Internacional Humanitário".


"O desarmamento do Hamas é imperativo, e o Hamas não deve ter nenhum papel no futuro de Gaza", acrescenta a declaração.


"Ameaças de anexação, assentamentos e atos de violência dos colonos contra palestinos minam as perspectivas de uma solução negociada de dois Estados", prossegue a declaração.


Os países reafirmam que estão comprometidos em trabalhar em prol de um "plano para a próxima fase de Gaza", que acompanhará a retirada das forças israelenses e a remoção da liderança do Hamas.


França anuncia que reconhecerá o Estado palestino

Antes da divulgação da nota conjunta entre Reino Unido, França e Alemanha, o presidente de França, Emanuel Macron, anunciou que seu país reconhecerá oficialmente o Estado palestino.


"Não há alternativa", disse Macron, cujo país é a primeira nação do G7 (grupo dos países mais industrializados do mundo) a tomar essa decisão.


Em mensagem publicada no X (antigo Twitter), Macron indicou que faria o anúncio formal em setembro, antes de uma sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York.


O presidente de França, Emanuel MacronCrédito,Getty Images

Legenda da foto,'Não há alternativa', disse presidente de França, Emanuel Macron, ao anunciar que seu país reconhecerá oficialmente o Estado palestino

"A necessidade urgente hoje é que a guerra em Gaza termine e que a população civil seja resgatada. A paz é possível. Precisamos de um cessar-fogo imediato, da libertação de todos os reféns e de assistência humanitária maciça para o povo de Gaza", escreveu o presidente francês


Autoridades palestinas saudaram a decisão de Macron, enquanto o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a medida "recompensa o terror" após os ataques do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023.


Na sexta-feira, um porta-voz do governo alemão descartou o reconhecimento do Estado palestino, relata Damien McGuinness, correspondente da BBC News em Berlim.


Berlim argumenta que esta deveria ser a etapa final de uma solução negociada de dois Estados, explica o correspondente.


Devido à culpa histórica pelo Holocausto, os políticos alemães geralmente evitam criticar Israel.


Friedrich Merz foi mais longe do que o habitual para um chanceler alemão ao condenar as ações de Benjamin Netanyahu em Gaza – descrevendo a situação em Gaza como "inaceitável" e dizendo a Netanyahu "explicitamente que não compartilhamos a política do governo israelense para Gaza".


Mas Merz parece relutante em apoiar suas palavras com ações, descartando sanções ou embargos de armas. O governo alemão argumenta que tais ações minariam a influência de Berlim sobre Netanyahu.


Enquanto isso, o sentimento público mudou na Alemanha – um país que tradicionalmente considera o apoio a Israel inegociável.


Os apelos para que Berlim mude de rumo estão aumentando dentro do próprio governo de Merz, e até mesmo dentro do serviço diplomático.


Após os ataques do Hamas em 7 de outubro, cerca de 50% dos alemães acreditavam que as ações de Israel em Gaza eram justificadas. Hoje, apenas 12% acreditam nisso.


*Com informações da live da BBC News, editada por Neha Gohil, com análises de Jeremy Bowen e Lyse Doucet

Alckmin conversa com secretário de Comércio dos EUA sobre tarifaço


 Vice-presidente ressaltou disposição do Brasil em negociar

Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil

Publicado em 24/07/2025 - 19:33

Brasília

Brasília (DF) 16/07/2025 - O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, fala durante entrevista coletiva após participar de reunião com Abrão Neto, Presidente da Câmara Americana de Comércio para Brasil - AMCHAM Brasil, para discutir medidas à tarifa de 50% dos EUA. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil© Valter Campanato/Agência Brasil

Versão em áudio

O vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, revelou nesta quinta-feira (24) ter mantido uma conversa telefônica com o secretário de Comércio dos Estados Unidos (EUA), Howard Lutnick, sobre a imposição de tarifas de importação contra produtos brasileiros. A conversa ocorreu, segundo Alckmin, no último sábado (19). Esta foi a primeira conversa entre altos integrantes dos dois governos desde o anúncio da taxações ao Brasil pelo presidente dos EUA, Donald Trump, há duas semanas.


"Nós tivemos uma conversa com o secretário de comércio, Howard Lutnick, uma conversa até longa, que entendo importante, colocando todos os pontos e destacando o interesse do Brasil na negociação", relatou.


"O presidente Lula tem orientado negociação, não ter contaminação política, nem ideológica, mas centrar na busca de solução para a questão comercial. E, ao invés de ter um perde e perde com inflação nos Estados Unidos e diminuição das nossas exportações para o mercado americano, nós invertermos isso, resolvermos problemas, aumentarmos a complementaridade econômica, a integração produtiva, investimentos recíprocos, discutimos não bitributação, enfim, avançamos numa agenda extremamente positiva", acrescentou o vice-presidente.


Questionado por repórteres sobre como o secretário norte-americano reagiu à conversa, Alckmin preferiu não entrar em detalhes, mas classificou o diálogo como positivo. "A conversa foi boa, tanto foi boa que foi quase 50 minutos e foi proveitosa. Agora, vamos aguardar, são conversas institucionais, devem ser reservadas, mas tivemos sim um contato e essa é a disposição do governo brasileiro", reforçou.


O vice-presidente coordena o Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais criado pelo governo federal para fazer frente à tarifa imposta pelos EUA, prevista para entrar em vigor daqui a uma semana, no dia 1º de agosto. Desde a semana passada, Geraldo Alckmin tem se reunido com diferentes setores que estão entre os mais afetados pelo tarifaço, da indústria ao agronegócio.


Mais cedo, nesta quinta, ele se reuniu com representantes da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), da empresa Taurus Armas e da Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições (ANIAM). O setor é um grande exportador para o mercado norte-americano. Alckmin também se reuniu com o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV).


Em uma reunião na Organização Mundial do Comércio (OMC), o governo brasileiro afirmou que sanções comerciais não podem ser usadas para afetar a soberania dos países. No carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 9 de julho, Trump também justificou a medida citando o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado; ele pede a anistia a Bolsonaro.


Em diferentes ocasiões, o presidente Lula disse que o Brasil vai adotar medidas de reciprocidade contra as tarifas unilaterais dos EUA, caso elas se confirmem e se mantenham. Até o momento, no entanto, nenhuma decisão específica foi adotada. A expectativa é que qualquer anúncio só ocorra a partir da entrada em vigor das tarifas.

https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2025-07/alckmin-conversa-com-secretario-de-comercio-dos-eua-sobre-tarifaco

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Jeremy Bowen: Aliados de Israel veem evidências de crimes de guerra em Gaza aumentando


 1 dia atrás


Jeremy Bowen

Editor internacional

Reuters Muitas mulheres estendem tigelas e baldes em busca de ajuda, algumas usando os baldes vazios para sacudir o rosto do sol.Reuters

Dois anos atrás, o Hamas estava dando os retoques finais em seu plano de atacar Israel. Em Israel, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu acreditava que os palestinos eram um problema a ser administrado. A verdadeira ameaça, ele insistia, era o Irã.


A retórica de Netanyahu contra o Hamas não diminuiu, mas ele também havia dado permissão ao Catar para canalizar dinheiro para Gaza. Isso lhe deu espaço para suas verdadeiras prioridades em política externa: confrontar o Irã e encontrar uma maneira de normalizar as relações com a Arábia Saudita.


Em Washington, o então presidente Joe Biden e seu governo acreditavam que estavam perto de fechar um acordo entre sauditas e israelenses.


Era tudo uma série de ilusões.


Netanyahu se recusou a abrir um inquérito para investigar os erros que ele cometeu junto com seu exército e chefes de segurança que deram ao Hamas a oportunidade de atacar com efeito tão mortal em 7 de outubro de 2023.


O conflito de um século entre judeus e árabes pelo controle da terra entre o Rio Jordão e o Mediterrâneo estava sem solução, inflamado e prestes a explodir em uma guerra que parece ser tão importante quanto seus outros marcos, em 1948 e 1967.


O Oriente Médio se transformou desde 7 de outubro e, quase dois anos após o início da guerra, o conflito em Gaza está em outro ponto de inflexão.



OMS condena ataques israelenses a instalações no centro de Gaza

Tanques israelenses avançam pela primeira vez na cidade de Deir al-Balah, em Gaza

Esta tem sido uma guerra difícil para os jornalistas reportarem.


Eles foram pegos de surpresa em 7 de outubro, quando o Hamas atacou, e desde então Israel proibiu jornalistas internacionais de Gaza de reportar livremente. Jornalistas palestinos dentro da Faixa de Gaza fizeram um trabalho valente, e quase 200 foram mortos em seu trabalho.


Mas os fatos principais são claros. O Hamas cometeu uma série de crimes de guerra nos ataques lançados em 7 de outubro, matando 1.200 pessoas, principalmente civis israelenses. O Hamas fez 251 reféns, dos quais acredita-se que talvez 20 ainda estejam vivos, os quais permanecem presos em Gaza.


E há evidências claras de que Israel cometeu uma série de crimes de guerra desde então.


A lista de Israel inclui a fome dos civis de Gaza, a falha em protegê-los durante operações militares nas quais as forças israelenses mataram dezenas de milhares de inocentes e a destruição gratuita de cidades inteiras de uma maneira desproporcional ao risco militar que Israel enfrenta.


Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa são alvo de mandados de prisão por crimes de guerra emitidos pelo Tribunal Penal Internacional. Eles insistem em sua inocência.


Israel também condenou um processo judicial no Tribunal Internacional de Justiça que alega que o país está cometendo genocídio contra palestinos. Israel nega as acusações e afirma que se trata de "libelos de sangue" antissemitas.


Israel está ficando sem amigos. Os aliados que se uniram após os ataques do Hamas em 7 de outubro perderam a paciência com a conduta de Israel em Gaza.


Até mesmo o aliado mais importante de Israel, Donald Trump, estaria perdendo a paciência com Netanyahu após ter sido pego de surpresa quando o líder israelense ordenou o bombardeio de Damasco — atacando o novo regime da Síria, que Trump reconheceu e encorajou.


Outros aliados ocidentais de Israel perderam a paciência há meses.


Outra declaração conjunta, condenando as ações de Israel, foi assinada em 21 de julho por ministros das Relações Exteriores do Reino Unido, de grande parte da União Europeia, do Canadá, da Austrália, da Nova Zelândia e do Japão. Eles usaram palavras fortes para descrever o sofrimento da população civil em Gaza e o sistema falho e mortal de distribuição de ajuda administrado pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF) , que Israel introduziu para substituir métodos testados e aprovados pela ONU e pelos principais grupos humanitários globais.


"O sofrimento dos civis em Gaza atingiu novos patamares", diz o comunicado .


O modelo de distribuição de ajuda do governo israelense é perigoso, alimenta a instabilidade e priva os moradores de Gaza da dignidade humana. Condenamos o fornecimento irrestrito de ajuda e o assassinato desumano de civis, incluindo crianças, que buscam atender às suas necessidades mais básicas de água e comida. É horrível que mais de 800 palestinos tenham sido mortos enquanto buscavam ajuda.


A negação, pelo governo israelense, de assistência humanitária essencial à população civil é inaceitável. Israel deve cumprir suas obrigações sob o direito internacional humanitário.



Reuters Danos no terreno em Deir al-Balah, na Faixa de GazaReuters

Os militares israelitas lançaram um ataque terrestre a Deir al-Balah na segunda-feira, desencadeando uma nova onda de deslocamentos

David Lammy, secretário de Relações Exteriores da Grã-Bretanha, fez uma declaração conjunta após a outra, usando linguagem semelhante, na Câmara dos Comuns, em Westminster.


Não foi suficiente para os parlamentares trabalhistas, que querem que palavras fortes sejam apoiadas por ações fortes. Um deles me disse que havia "fúria" com a relutância do governo em agir de forma mais decisiva. No topo da agenda deles está o reconhecimento de um Estado palestino, o que já foi feito pela maioria dos membros das Nações Unidas. O Reino Unido e a França têm discutido isso em conjunto, mas até agora parecem acreditar que não é o momento certo.


O parlamento israelense, conhecido como Knesset, está a poucos dias do recesso de verão, que durará até outubro. Isso significa que Benjamin Netanyahu terá uma pausa na ameaça de um voto de desconfiança dos nacionalistas extremistas de sua coalizão, que se opõem a um cessar-fogo em Gaza. Sua relutância em negociar uma trégua é consequência das ameaças de renúncia do governo. Se Netanyahu perder o poder em uma eleição, o dia do acerto de contas pelos erros cometidos em 7 de outubro – bem como o fim de seu longo julgamento por corrupção – se aproximará rapidamente.


Um cessar-fogo parece mais possível, uma chance de sobrevivência para os civis de Gaza e para os reféns israelenses que são prisioneiros do Hamas há tanto tempo.


Nada disso significa que o conflito acabará. A guerra o levou a novos patamares. Mas, se houver um cessar-fogo, haverá outra chance de trocar a matança pela diplomacia.


https://www.bbc.com/news/articles/cp863mln0pmo


quinta-feira, 27 de março de 2025

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sábado, 8 de março de 2025

Economista David Ricardo

David Ricardo

Economista briânico

Por Dilva Frazão

Biblioteconomista e professora


Biografia de David Ricardo

David Ricardo (1772-1823) foi um economista britânico, um dos mais influentes de sua época. Deixou importantes contribuições para o pensamento econômico mundial.


Segundo a “lei de ferro dos salários”, desenvolvida pelo economista, são inúteis todas as tentativas de aumentar o ganho real dos trabalhadores, porque permanecerão sempre próximos ao nível de subsistência.


David Ricardo nasceu em Londres, Inglaterra, no dia 18 de abril de 1772. Seu pai era um judeu holandês que fez fortuna na Bolsa de Valores. Desde os 14 anos de idade já demonstrava grande aptidão para o negócio do pai e com ele aprendeu os conceitos básicos de finanças.


Com 21 anos, por desentendimentos religiosos, rompeu com sua família, converteu-se ao protestantismo unitarista e casou-se com uma quacre.


Continuou com suas atividades na bolsa e logo fez fortuna, passando a se dedicar à literatura e à ciência, especialmente à matemática, química e geologia.


Em 1799, com a leitura da obra de Adam Smith, principal teórico da escola clássica, “A Riqueza das Nações”, Ricardo passou a se interessar pela economia. Escreveu: “O Alto Preço do Ouro, uma Prova da Depreciação das Notas de Banco”.


Na obra, mostrou que a inflação que então ocorria se devia à política do Banco da Inglaterra, de não restringir a emissão de moeda. Seu ponto de vista foi aceito por um comitê da Câmara dos Comuns, o que lhe deu grande prestígio.


Em 1814, Ricardo aposentou-se de suas atividades profissionais e refugiou-se em sua propriedade rural em Gloucestershire. Nessa época escreveu “Ensaio Sobre a Influência de um Baixo Preço do Cereal Sobre os Lucros do Capital” (1815).



Em 1817 publicou sua principal obra Princípios de Economia Política e Tributação, no qual são analisadas as leis que determinam a distribuição de tudo o que poderia ser produzido pelas “três classes da comunidade”: os proprietários da terra, os trabalhadores e os donos do capital.


David Ricardo exerceu grande influência no século XIX tanto entre os defensores do liberalismo e do capitalismo quanto entre seus opositores, como Karl Marx. Entre as teorias formuladas por David Ricardo destacam-se:


Teoria do Valor-trabalho

Segundo David Ricardo o valor de determinado bem poderia ser medido a partir da quantidade de trabalho investido na produção desse bem. Dessa forma, o custo não deveria ser baseado apenas na compensação da mão de obra, mas em todo custo envolvido no processo produtivo.


Teoria das Vantagens Comparativas

Em oposição ao mercantilismo, David Ricardo formulou um sistema de livre comércio e produção de bens que permitiria a cada país se especializar na fabricação dos produtos nos quais tivesse vantagens comparativas.


Um país te vantagem comparativa em importar certos produtos, mesmo que possa produzi-los por custos mais baixos, se tiver vantagem ainda maior em comparação com outros produtos.


O sistema também chamado de custos comparativos, ainda é aplicado em comércio exterior.



Teoria da Renda da Terra

A Teoria da Renda da Terra trata do benefício que os proprietários poderiam ter a partir do aluguel das terras. O valor poderia ser maior em terras férteis em detrimento das áreas menos férteis.


Mais tarde, esse conceito foi empregado na economia política para definir a valorização dos aluguéis. O preço poderia ser influenciado com base na execução das políticas públicas.


Últimos anos

Em 1819, David Ricardo entrou para o Parlamento Inglês, onde denunciou os excessos das finanças e da grande emissão de notas por parte do governo britânico, levando a uma depreciação da moeda.


Seu prestígio como economista fez com que suas teorias sobre o livre comércio fossem recebidas com respeito, embora não fossem totalmente aceitas pelos comuns.


David Ricardo faleceu em Gatcombe Park, em Gloucestershire, Inglaterra, no dia 11 de setembro de 1823.


Dilva Frazão

É bacharel em Biblioteconomia pela UFPE e professora do ensino fundamental.

https://www.ebiografia.com/david_ricardo/

 

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quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Mulheres Que Marcaram o Século XX: Eunice Paiva


 Maria Lucrécia Eunice Facciolla Paiva (São Paulo, 7 de novembro de 1929 – São Paulo, 13 de dezembro de 2018) foi uma advogada e símbolo da luta contra a ditadura militar no Brasil. Trabalhou ativamente pelos direitos humanos dos desaparecidos durante a ditadura civil militar e seus familiares e pela causa indígena.


Biografia

Eunice Paiva passou a infância no bairro do Brás, onde residia em uma comunidade de italianos que vieram para o Brasil no começo do século XX, e mais tarde se mudou com a família para o bairro de Higienópolis. Desde cedo, cultivou o gosto pela leitura. Aos dezoito anos, se formou no curso de Letras da Universidade Mackenzie e falava fluentemente o francês e o inglês. Aos 23 anos, casou-se com o engenheiro Rubens Beyrodt Paiva, com quem teve cinco filhos: Vera Sílvia Facciolla Paiva (1953), Maria Eliana Facciolla Paiva (1955), Ana Lúcia Facciolla Paiva (1957), Marcelo Rubens Paiva (1959) e Maria Beatriz Facciolla Paiva (1960).  Foi amiga de grandes escritores, como Lygia Fagundes Telles, Antônio Calado e Haroldo de Campos.


Em janeiro de 1971, seu marido foi sequestrado, torturado e assassinado nos porões do DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna) no Rio de Janeiro pela ditadura militar brasileira. A família morava no Rio de Janeiro quando os militares foram até sua casa e levaram ela, o marido e a filha Eliana ao DOI-CODI, localizado na Rua Barão de Mesquita nº 425, no bairro da Tijuca. Eliana ficou presa por 24 horas, enquanto Eunice permaneceu por 12 dias, submetida a interrogatório.[8] Em 1973, Eunice ingressou novamente na Universidade Mackenzie e iniciou o curso de direito, formando-se aos 47 anos.


Morreu no dia 13 de dezembro de 2018, aos 89 anos, em São Paulo, depois de 15 anos vivendo com Alzheimer.


Atuação profissional

Tendo papel central na busca por informações sobre o paradeiro de seu marido, Eunice Paiva liderou campanhas pela abertura de arquivos sobre vítimas do regime militar e tornou-se símbolo da luta contra a ditadura militar. Com sua militância e crítica ao regime ditatorial arriscou a própria vida, como mostrou documentos do SNI (Serviço Nacional de Inteligência) que vieram a público em 2013, pois tanto ela quanto seus filhos foram vigiados por agentes militares de 1971 até 1984.  Foi uma das principais forças de pressão que culminou com a promulgação da Lei 9.140/95, que reconhece como mortas as pessoas desaparecidas em razão de participação em atividades políticas durante a ditadura militar. Eunice foi a única parente de desaparecido convidada a assistir à solenidade em que Fernando Henrique Cardoso assinou a lei.  Em 23 de fevereiro de 1996, após 25 anos de luta por memória, verdade e justiça, Eunice conseguiu que o Estado brasileiro emitisse oficialmente o atestado de óbito de Rubens Paiva.


Em sua atuação como advogada, Eunice Paiva foi ganhando cada vez mais notoriedade por conta da sua seriedade e comprometimento. Dedicou-se à causa indígena, atuando profissionalmente contra a violência e expropriação indevidas de terras sofridas pela população indígena. Em outubro de 1983, assinou com Manuela Carneiro da Cunha, na seção "Tendências e Debates" da Folha, o artigo "Defendam os pataxós", que foi um marco na luta indígena brasileira e serviu de modelo para outros povos indígenas, inclusive africanos, americanos e esquimós.  Em 1987, ao lado de outros parceiros, fundou o Instituto de Antropologia e Meio Ambiente (IAMA), ONG que atuou até 2001 na defesa e autonomia dos povos indígenas. Em 1988, foi consultora da Assembleia Nacional Constituinte, que promulgou a Constituição Federal Brasileira.


Homenagens

Lançado em 1978, o documentário Eunice, Clarice, Thereza, dirigido por Joatan Berbel, conta a trajetória de três viúvas de presos políticos: Clarice Herzog (viúva do jornalista Vladimir Herzog); Thereza Fiel (viúva do operário Manuel Fiel Filho); Eunice Paiva. Três mulheres unidas contra a ditadura e a repressão do regime militar.


Publicado em 2015, o romance autobiográfico Ainda Estou Aqui, escrito pelo seu filho, Marcelo Rubens Paiva, aborda a vida de Eunice Paiva e faz um paralelo entre a sua história e o período de ditadura no Brasil. O livro ganhou o terceiro lugar no Prêmio Jabuti, na categoria indicação do leitor e foi indicado aos prêmios Oceanos e Governador do Estado, entrando na lista dos melhores livros de 2015, do jornal O Globo.


O livro Ainda Estou Aqui ganhou uma adaptação para o cinema. Dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres, Ainda Estou Aqui foi lançado no Brasil em 7 de novembro de 2024. O filme ganhou o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Veneza de 2024, foi escolhido para representar o Brasil no Óscar 2025 na categoria de melhor filme internacional e recebeu o Globo de Ouro 2025 na categoria de melhor atriz em filme de drama, protagonizado por Fernanda Torres.


Em 5 de abril de 2024, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), outorga o Colar de Honra ao Mérito Legislativo a três personagens que simbolizam a luta contra a ditadura: Clarice Herzog; Ana Dias (viúva do operário Santo Dias da Silva); e, postumamente, Eunice Paiva. Os maridos das três foram assassinados pelas forças de repressão.


Em 8 de janeiro de 2025, para relembrar os dois anos dos ataques antidemocráticos em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina o decreto que cria o Prêmio Eunice Paiva de Defesa da Democracia, que deve ser entregue anualmente a uma pessoa que tenha colaborado de forma notória, seja por atuação profissional, intelectual, social ou política, para a preservação, restauração ou consolidação do regime democrático no Brasil. A premiação, além de destacar e exaltar as trajetórias dos vencedores, pretende evocar a memória de luta de Eunice Paiva em favor da resistência democrática e da defesa dos direitos humanos.

 Fonte: Wikipedia

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