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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Trump ameaça retirar ajuda financeira se palestinos não buscarem a paz

Trump ameaça retirar ajuda financeira se palestinos não buscarem a paz
Redação Reuters

Por Steve Holland e Yara Bayoumy

Presidente dos EUA, Donald Trump, durante encontro com premiê israelense, Benjamin Netanyahu, em Davos 25/01/2018 REUTERS/Carlos Barria
DAVOS (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou cortar o auxílio financeiro do país aos palestinos se eles não buscarem a paz com Israel, dizendo que os palestinos haviam desprezado os EUA por não terem se encontrado com o vice-presidente norte-americano, Mike Pence, durante uma visita recente.

Trump, falando depois de um encontro com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, disse que busca a paz no Oriente Médio.

Os palestinos ignoraram a visita de Pence à região neste mês depois que Trump reconheceu Jerusalém como a capital de Israel e prometeu transferir a embaixada dos EUA para a cidade, cujo status está no centro do conflito entre israelenses e palestinos.


O aval de Trump, em dezembro, sobre a reivindicação de Israel sobre Jerusalém como sua capital desencadeou a condenação de líderes árabes e críticas em todo mundo. Também rompeu com décadas de política externa dos EUA de que o status da cidade deveria ser decidido nas negociações entre Israel e os palestinos.

“Quando eles nos desrespeitaram há uma semana por não permitirem que nosso grande vice-presidente os visitasse, e nós damos a eles centenas de milhões de dólares em ajuda e apoio, números tremendos, números que ninguém entende -- esse dinheiro está na mesa e esse dinheiro não vai para eles, a menos que negociem a paz”, afirmou Trump.

Washington já havia dito que reteria cerca da metade do auxílio inicial que planejava dar a uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) que serve os palestinos.

Um porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse que os Estados Unidos se colocaram “fora da mesa” como um mediador da paz desde o reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel.

“Os direitos dos palestinos não estão à altura de nenhuma barganha e Jerusalém não está à venda. Os Estados Unidos não podem ter qualquer papel a menos que retirem sua decisão de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel”, disse o porta-voz Nabil Abu Rdainah à Reuters por telefone da Jordânia.

Abbas classificou a declaração de Trump sobre Jerusalém de “uma bofetada no rosto” e rejeitou Washington como um mediador honesto em futuras negociações com Israel. Abbas partiu para uma visita ao exterior antes que Pence chegasse.

O governo de Israel considera Jerusalém como sua capital eterna e indivisível, embora não seja reconhecida internacionalmente. Os palestinos veem Jerusalém Oriental como a capital de um futuro Estado palestino.

Trump disse que os palestinos tinham que se juntar à mesa de negociações.

“Porque eu posso dizer-lhes que Israel quer fazer a paz e eles terão que querer fazer a paz também ou não teremos mais nada o que fazer com eles”, declarou Trump.

Depois do TRF-4, Lula pode sofrer novas condenações nos próximos meses

Depois do TRF-4, Lula pode sofrer novas condenações nos próximos meses
Redação Reuters

Por Lisandra Paraguassu


PORTO ALEGRE (Reuters) - A condenação unânime pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) foi apenas o mais recente dos problemas com a Justiça enfrentados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um caminho cheio de obstáculos que tornam cada vez mais distante um novo mandato presidencial.

Fontes ouvidas pela Reuters apontam para o final de março, no máximo, a publicação da sentença do juiz Sérgio Moro no processo em que o ex-presidente é acusado de ter recebido 870 mil reais das empreiteiras Odebrecht e OAS em reformas em um sítio em Atibaia (SP).

Uma segunda condenação é dada como praticamente certa por quem conhece o processo, tido como mais bem detalhado e com mais evidências do que o próprio caso do tríplex do Guarujá (SP), no qual Lula foi condenado em segunda instância pelo TRF-4 na quarta-feira.

O ex-presidente ainda enfrenta mais quatro processos, que vão de formação de quadrilha a obstrução da Justiça e estão sendo tocados em outras varas e no Supremo Tribunal Federal (STF).

E, mesmo com ações que já podem lhe custar uma vida em condenações, se todas forem confirmadas, o ex-presidente segue na mira do Ministério Público. Fonte ouvida pela Reuters confirma que novas investigações, fruto das delações da Odebrecht, avançaram e atingem, mais uma vez, o ex-presidente.


“As investigações avançaram bastante. Ainda demora um pouco, mas tem coisa grande por aí”, disse uma fonte familiarizada com as investigações.

Novas condenações e novas acusações pioram a situação pessoal do petista, mas não sua condição eleitoral especificamente.

Apesar de a condenação em segunda instância, quando analisados todos os recursos ao TRF-4, torná-lo inelegível pela Lei da Ficha Limpa, o tribunal responsável por Lula ser ou não candidato é o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e isso apenas depois do petista registrar sua candidatura, em 15 de agosto.

Por lei, depois do registro feito, o TSE analisa se há algum impedimento para a candidatura. Se houver, ela é impugnada. Até lá --possivelmente em setembro-- Lula poderia manter sua campanha, e pretende fazê-lo.

O caminho, no entanto, será marcado por recursos judiciais que, antes de garantir uma candidatura, buscarão manter Lula fora da prisão.

UNANIMIDADE INESPERADA
O resultado por unanimidade no TRF-4, inclusive no aumento da pena de 9 anos e 6 meses para 12 anos e 1 mês em regime fechado, não estava no horizonte dos advogados de Lula, de acordo com uma fonte próxima ao petista. Em casos de repercussão, é a primeira vez que os desembargadores da 8ª turma do TRF-4 concordam em tudo, inclusive no tamanho da pena.

Isso reduziu a possibilidade dos recursos a serem apresentados nessa instância aos chamados embargos de declaração, em que a defesa pode apenas pedir esclarecimentos sobre os pontos da sentença e costumam ter uma solução em no máximo dois meses. Depois disso, o processo está pronto e o juiz inicial do caso, Sérgio Moro, pode determinar a prisão.

Segundo a assessoria do TRF, mesmo as férias dos desembargadores Victor Laus e Leandro Paulsen, programadas para as próximas semanas, não adiariam esse processo. A informação é que a turma continua a funcionar normalmente com os desembargadores convocados para subsituí-los.

Ao participar nesta quinta-feira de reunião aberta da Executiva Nacional do PT em São Paulo, Lula acusou os desembargadores da 8a Turma do TRF de formarem um “cartel” para condená-lo por unanimidade, e disse não ter “nenhuma razão para respeitar a decisão”. [nL2N1PK17N]

Em entrevista depois do resultado do julgamento, Cristiano Zanin, um dos advogados de Lula, afirmou que a defesa ainda irá esperar a publicação do acórdão --o que deve ocorrer em uma semana-- para então decidir as ações daqui para frente.

É fato, no entanto, que a defesa entrará com os embargos de declaração, porque apenas depois deles analisados poderá mover a ação para os tribunais superiores, onde é possível entrar com ações cautelares e pedir liminares com efeito suspensivo, da prisão e da inelegibilidade.

De acordo com a assessoria do TRF, depois de receber a intimação para dar ciência do acórdão, a defesa tem até 10 dias para fazê-lo. Depois de tomar conhecimento, tem 2 dias para apresentar os embargos. Quando a campanha eleitoral começar a esquentar, em abril deste ano, Lula estará dependendo dos tribunais superiores para saber se poderá passá-la fora da prisão.

domingo, 21 de janeiro de 2018

Revelações de Nossa Senhora à Santa Brígida acerca da dolorosíssima Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo

Revelações de Nossa Senhora à Santa Brígida acerca da dolorosíssima Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Chegada a hora da Paixão de meu Filho, seus inimigos o prenderam dando-lhe golpes em seu pescoço e em seu rosto e, cuspindo nele, o e...

Papa adverte América Latina sobre corrupção e menciona a Odebrecht

Papa adverte América Latina sobre corrupção e menciona a Odebrecht

Redação Reuters

LIMA (Reuters) - O papa Francisco completou sua viagem ao Chile e ao Peru neste domingo alertando que a América Latina estava em uma profunda crise pela corrupção, com a política na maioria dos países “mais doente do que bem”.

Falando em observações improvisadas aos bispos, ele mencionou o escândalo envolvendo a brasileira Odebrecht, que admitiu pagar bilhões em subornos, como um exemplo de ganância descontrolada por todo o continente em que nasceu.

Enquanto estava sentado ao lado do presidente peruano, Pedro Pablo Kuczynski, na sexta-feira, o papa disse que todas as partes da sociedade precisavam trabalhar para combater a corrupção.

Neste domingo, ele falou mais amplamente. “A política está em crise, muito em crise na América Latina”, disse ele, ao mesmo tempo que menciona paraísos fiscais e tráfico de drogas.

Em uma rara declaração para um papa, ele nomeou uma empresa específica. Francisco disse que a Odebrecht, que confessou em um acordo de leniência em 2016 pagar bilhões em troca de contratos em 10 países da América Latina, na verdade era apenas uma pequena parte do problema.

O papa falou sobre corrupção em viagens anteriores à América Latina. No Paraguai em 2015, ele disse que era uma “praga, uma gangrena da sociedade” e desde então expandiu a metáfora da doença.

São Boaventura

São Boaventura

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Boaventura, O.F.M. (em italiano: Bonaventura), nascido Giovanni di Fidanza, foi um teólogo e filósofo escolástico medieval nascido na Itália no século XIII. Sétimo ministro-geral da Ordem dos Frades Menores, foi também cardeal-bispo de Albano. Boaventura foi canonizado em 14 de abril de 1482 pelo papa Sisto IV e declarado Doutor da Igreja em 1588 pelo papa Sisto V como "Doutor Seráfico" (em latim: Doctor Seraphicus). Diversas obras que durante a Idade Média se acreditava ser de Boaventura foram depois atribuídas ao chamado "Pseudo-Boaventura".

Biografia

Boaventura nasceu em Bagnoregio, na região do Lácio perto de Viterbo, na época parte dos Estados Papais. Quase nada se sabe sobre sua infância, exceto os nomes de seus pais, Giovanni di Fidanza e Maria Ritella.

Ele entrou para a Ordem Franciscana em 1243 e estudou na Universidade de Paris, possivelmente sob a direção de Alexandre de Hales e certamente sob a de seu sucessor, João de la Rochelle. Em 1253, era o titular da cadeira franciscana em Paris. Infelizmente para Boaventura, a disputa entre os franciscanos seculares e os mendicantes atrasou seu mestrado até 1257, quando finalmente conseguiu o título - equivalente medieval ao de doutor - juntamente com Tomás de Aquino.[3] Três anos antes, sua fama já tinha lhe valido a posição de palestrante sobre "Os Quatro Livros de Sentenças", um livro de teologia escrito por Pedro Lombardo no século XII.

Depois de conseguir defender com sucesso sua ordem contra as críticas do grupo contrário aos mendicantes, Boaventura foi eleito ministro-geral da ordem. Em 24 de novembro de 1265, foi selecionado para o posto de arcebispo de York, mas jamais foi consagrado e acabou renunciando ao posto em outubro de 1266.

Durante seu mandato, o capítulo geral de Narbona, realizado em 1260, promulgou um decreto proibindo a publicação de qualquer obra por membros da ordem sem permissão prévia dos altos escalões. Esta proibição induziu muitos autores modernos a criticarem os superiores de Roger Bacon, acusados de invejarem as habilidades do pupilo.[6] Porém, a proibição que afetou Bacon foi uma geral, que se estendia a toda e qualquer obra e não apenas a de Bacon. Ademais, sua promulgação não tinha suas obras como alvo e sim as de Gerard de Borgo San Donnino, que havia publicado em 1254, sem permissão, uma obra herética chamada "Introductorius in Evangelium æternum. Foi para evitar que algo assim se repetisse que o capítulo-geral emitiu a proibição, idêntica à "constitutio gravis in contrarium" citada por Bacon. O decreto foi finalmente revogado, o que favoreceu Bacon, de forma inesperada em 1266.

Boaventura foi instrumental para a eleição do papa Gregório X, que premiou-o com o título de cardeal-bispo da Diocese de Albano e insistiu que ele comparecesse ao grande Concílio de Lyon de 1274. Lá, depois que suas importantes contribuições ajudaram a aprovar uma fugaz reunião das igrejas latina e grega, Boaventura morreu repentinamente e em circunstâncias suspeitas.[2] O artigo sobre ele na "Enciclopédia Católica" traz citações que sugerem que ele teria sido envenenado.[2] A única relíquia existente do santo são o braço e a mão que ele utilizou para escrever seu "Comentários sobre as Sentenças", ambos agora preservados em Bagnoregio, na igreja paroquial de São Nicolau.

Sua teologia é marcada pela tentativa de integrar completamente a fé e a razão. Ele acreditava que Cristo era o "único mestre verdadeiro" que oferece à humanidade conhecimentos que nascem da fé, se desenvolvem através de uma compreensão racional e tornam-se perfeitos pela união mística com Deus.

Teologia e obras

As obras de Boaventura, de acordo com a mais recente edição crítica pelo Collegio di San Bonaventura, são compostas por um "Comentário sobre as Sentenças de (Pedro) Lombardo", em 4 volumes, dentre os quais um "Comentário sobre o Evangelho de São Lucas" e diversas outras obras menores. As mais famosas destas são "Itinerarium Mentis in Deum", "Breviloquium", "De Reductione Artium ad Theologiam", "Soliloquium" e "De septem itineribus aeternitatis", nas quais se encontram as mais peculiares características de sua doutrina. O filósofo alemão Dieter Hattrup não acreditava que "De reductione artium ad theologiam" possa ter sido escrita por Boaventura alegando diferenças no estilo do pensamento em relação às demais obras dele,[9] mas sua posição tem sido amplamente desacreditada depois das pesquisas de Benson, Hammond, Hughes & Johnson no volume 67 dos "Estudos Franciscanos" (2009).

Foi para Santa Isabel da França, a irmã do rei São Luis IX da França, e seu mosteiro de clarissas em Longchamps (atualmente parte do Bois de Bologne, em Paris), que Boaventura escreveu seu tratado "Sobre a Perfeição da Vida".

O "Comentário sobre as Sentenças" ainda é, sem dúvida, a obra-prima de Boaventura e todas as suas demais obras lhes são devedoras. Ela foi escrita por ordem de seus superiores (superiorum praecepto) quando ele tinha apenas 27 anos de idade e é uma obra teológica de grande qualidade.

Filosofia

Boaventura escreveu sobre quase todos os assuntos acadêmicos de sua época e suas obras são numerosas. Contudo, a maioria trata de filosofia e teologia. Nenhuma delas é exclusivamente filosófica e todas são excelentes testemunhas da mútua interpenetração entre as duas disciplinas que marcou o período escolástico.

Muito do pensamento filosófico de Boaventura revela uma considerável influência de Santo Agostinho, tanta que De Wulf considera-o como o melhor representante do agostinianismo. Boaventura acrescenta princípios aristotélicos à doutrina platonista agostiniana, especialmente no que tange à iluminação do intelecto. O místico Dionísio, o Areopagita, foi outra notável influência.

Na filosofia, Boaventura foi bastante diferente de seus contemporâneos ilustres, Roger Bacon e Tomás de Aquino. Enquanto estes podem ser vistos como representantes, respectivamente, da ciência física - ainda que na sua infância - e do escolasticismo aristotélico em sua forma mais perfeita, ele apresenta uma forma de especulação teológica mística e platonizadora que já tinha, de alguma forma, aparecido nas obras de Bernardo de Claraval, Hugo e Ricardo de São Vítor. Para ele, o elemento puramente intelectual, embora jamais ausente, é de menor interesse quando comparado com o poder vivo dos sentimentos ou do coração.

Como Aquino, com quem compartilhava importantes opiniões em assuntos teológicos e filosóficos, Boaventura combatia vigorosamente a noção aristotélica da eternidade do mundo. Ele aceitava a doutrina platônica de que as ideias não existem in rerum natura, mas como ideais exemplificados pelo Divino, de acordo com o qual as coisas são formadas; e esta concepção tem grande influência sobre sua filosofia. Por conta dela, o filósofo e físico Max Bernhard Weinstein propôs que a doutrina de Boaventura revela fortes inclinações pandeísticas. Como todos os grandes doutores escolásticos, Boaventura inicia seus argumentos com uma discussão sobre a relação entre fé e razão. Todas as ciências seriam, de acordo com ele, empregadas da teologia; a razão pode descobrir algumas das verdades morais que formam a base do sistema cristão, mas outras só são podem ser recebidas e aprendidas através da divina iluminação. Para obter esta iluminação, a alma precisa empregar os métodos apropriados - a oração, o exercício da virtude, através dos quais ela se apronta para receber a luz divina, e a meditação, que pode chegar até mesmo à união extática com Deus. O objetivo supremo da vida seria esta união, uma união em contemplação ou no intelecto e de intensa absorção do amor. Contudo, ele defende que ela não pode ser inteiramente alcançada nesta vida e permanece sempre, para os fieis, como uma esperança para o futuro.

Um mestre das frases memoráveis, Boaventura defendia que a filosofia abre a mente para pelo menos três diferentes caminhos que os seres humanos podem escolher em suas jornadas para Deus. As criaturas materiais não-intelectuais ele concebeu como sombras e vestígios (literalmente "pegadas") de Deus, compreendido como a causa final do mundo que a razão filosófica pode provar como tendo sido criado junto com o tempo. As criaturas intelectuais seriam as criadas à imagem e semelhança de Deus; o resultado da mente e da vontade humanas levando-nos a Deus, entendido como iluminador (revelador) do conhecimento e doador da graça e da virtude. A rota final é rota do ser, na qual Boaventura incorporou o argumento de Anselmo junto com a metafísica de Aristóteles e Platão para defender uma visão de Deus como um ser absolutamente perfeito cuja essência requer existência, um ser absolutamente simples que é a causa da existência de todos os demais seres compostos.

Na forma e no objetivo, as obras de São Boaventura são sempre obras teológicas e seu único ângulo de visão e critério de aproximação da verdade é a fé cristã. Este viés influencia sua própria importância na história da filosofia e, quando se soma o julgamento sobre seu estilo literário, Boaventura aparece como sendo, provavelmente, o menos acessível dentre as grandes figuras da filosofia do século XIII. E isto se dá não por ele ser um teólogo, mas por que a filosofia só lhe interessa como preparatio evangelica ("preparação para a pregação evangélica"), como algo que deve ser interpretado como uma sobra ou um desvio do que Deus revelou. De certa forma, o mesmo não vale para Aquino ou Alberto ou Duns Escoto e, conclui-se, Boaventura não sobreviveu bem à transição de seu tempo para o mundo contemporâneo. É difícil imaginar um filósofo contemporâneo, cristão ou não, citando uma passagem de Boaventura para apoiar um ponto de vista puramente filosófico. É claro que muitos filósofos leem Boaventura, mas o estudo de sua obra raramente é útil para compreender filósofos e seus característicos problemas. Boaventura, como teólogo, é outra história, é óbvio, assim como é Boaventura, o "autor edificante". Nestas disciplinas, e não propriamente na filosofia, que sua importância deve ser buscada.

Influência

Boaventura foi formalmente canonizado em 1482 pelo papa franciscano Sisto IV e foi declarado, juntamente com Tomás de Aquino, como o maior dos Doutores da Igreja por outro, papa Sisto V, em 1587. Ele era também considerado como um dos maiores filósofos da Idade Média.

A festa de São Boaventura foi incluída no Calendário Geral Romano logo depois de sua canonização. Inicialmente, era celebrada no segundo domingo de julho, mas foi movida em 1568 para o dia 14 de julho, pois no dia quinze, o aniversário de sua morte, já se comemorava a festa de Santo Henrique. A festa permaneceu sendo celebrada nesta data como festa de "segunda classe", até 1960, quando foi reclassificada como festa de "terceira classe". Em 1969, ela foi novamente classificada como uma memoria obrigatória e movida novamente para 15 de julho, aniversário de sua morte, data na qual se celebra São Boaventura atualmente.

Renault faz recall de 1.918 unidades do Kwid; berço do motor pode se rompe



Renault faz recall de 1.918 unidades do Kwid; berço do motor pode se rompe

A Renault divulgou neste sábado (20) um novo recall envolvendo o Kwid. Desta vez, o problema está relacionado com o berço do motor e afeta 1.918 unidades do compacto fabricadas entre 9 e 16 de setembro de 2017 com chassis não sequenciais entre JJ003408 e JJ998344.
De acordo com o comunicado oficial divulgado pela Renault, foi constatado que a solda do berço do motor pode se romper devido a uma não conformidade da peça do fornecedor. A orientação é para que os veículos envolvidos no recall sejam levados a uma das concessionárias da marca para a verificação e/ou a troca do componente defeituoso. O serviço é gratuito e tem duração aproximada de três horas e trinta minutos. Para mais informações a Renault disponibiliza o telefone 0800 055 5615 e o site.

Carsale

Manifestantes pró-Lula começam a montar acampamento em Porto Alegre

Manifestantes pró-Lula começam a montar acampamento em Porto Alegre
ANA LUIZA ALBUQUERQUE, ENVIADA ESPECIAL

PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) - A Frente Brasil Popular, formada por movimentos de esquerda, começou a montar na tarde deste domingo (21) o acampamento que abrigará a militância em Porto Alegre. Na quarta-feira (24), o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) julgará a apelação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado pelo juiz Sergio Moro em julho de 2017 a 9 anos e meio de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

O acampamento está sendo montado, conforme diálogo com as autoridades do Estado, no Anfiteatro Pôr-do-Sol, a cerca de 1 km do tribunal. A estrutura para a montagem já foi descarregada. Segundo a assessoria de imprensa do MST, cerca de 200 sem-terra estão envolvidos na construção das tendas, que servirão não só como alojamento, mas também como plenária para debates.

Alguns militantes do interior do Paraná já estão a caminho, mas a maioria das caravanas deve desembarcar somente nesta segunda (22). A Frente Brasil Popular espera 300 ônibus do interior do Paraná e 150 de outros estados.

A programação dos movimentos terá início na segunda com uma marcha da Ponte do Guaíba (BR-116) até o local do acampamento, que começará a receber as delegações. A partir das 14h, haverá no local um seminário sobre supostas arbitrariedades no processo contra o ex-presidente. Mais tarde, às 18h, no Fetrafi-RS (Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande Do Sul), está marcado um encontro de juristas em defesa da democracia.

O evento principal ocorrerá na tarde de terça-feira (23), a partir das 17h, na Esquina Democrática. Haverá um ato político, seguido por uma marcha pelo centro até o acampamento, onde ocorrerá uma vigília. A presença de Lula na cidade ainda é uma incógnita. Caso o petista vá a Porto Alegre, deverá comparecer a essa manifestação.

O JULGAMENTO

Lula será julgado em segunda instância seis meses após ter sido condenado pelo juiz Sergio Moro a nove anos e meio de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.

Na ação, o petista é acusado de receber R$ 3,7 milhões de propina da empreiteira OAS em decorrência de contratos da empresa com a Petrobras. O valor, apontou a acusação, se referia à cessão pela OAS do apartamento tríplex ao ex-presidente, a reformas feitas pela construtora nesse imóvel e ao transporte e armazenamento de seu acervo presidencial.

O TRF-4 já informou que, caso condenado, Lula só poderá ser preso após a tramitação de todos os recursos. Em caso de condenação em segunda instância, o ex-presidente fica inelegível pela Lei da Ficha Limpa, mas pode se manter na disputa também por meio de recursos.

Ataque a hotel em Cabul deixa mais de 30 mortos

Ataque a hotel em Cabul deixa mais de 30 mortos
Redação Reuters

Por Akram Walizada e Mirwais Harooni

CABUL (Reuters) - Homens armados com uniformes do exército que invadiram o Hotel Intercontinental de Cabul no final do sábado e lutaram contra as forças especiais afegãs pela madrugada mataram mais de 30 pessoas e feriram muito mais, mas o número final de mortos e feridos pode ser maior.

Wahid Majroh, porta-voz do ministério da saúde pública, disse que 19 corpos foram trazidos para hospitais da cidade, sendo seis identificados como estrangeiros.

Uma autoridade sênior de segurança afegã, contudo, que falou sob condição de anonimato porque não estava autorizada a conversar com a mídia, disse que o número de mortos ultrapassava 30 e que poderia subir ainda mais. Entre os mortos estavam funcionários do hotel e hóspedes, bem como membros das forças de segurança que lutaram contra os atiradores.

Todos os cinco atiradores também foram mortos, disse o porta-voz do Ministério do Interior, Najib Danesh.


O ataque foi o último de uma série de ataques que mostraram a vulnerabilidade da cidade e a capacidade dos militantes para montar operações destinadas a minar a confiança no governo apoiado pelo ocidente.

Mais de 150 hóspedes conseguiram fugir, com partes do prédio pegando fogo, com alguns deles utilizando cordas de lençóis para descer dos andares superiores e outros resgatados pelas forças afegãs.

A companhia aérea local, Kam Air, disse que cerca de 40 de seus pilotos e tripulação, muitos dos quais são estrangeiros, estavam hospedados no hotel e pelo menos 10 foram mortos. A mídia local disse que entre os mortos estavam cidadãos da Venezuela e Ucrânia.

Zamari Kamgar, o vice-diretor da companhia aérea, disse que ainda estava tentando localizar sua equipe.

O Talibã, que atacou o mesmo hotel em 2011, foi responsável pelo ataque, disse o seu porta-voz Zabihullah Mujahid em um comunicado.

Uma declaração do Ministério do Interior culpou a rede Haqqani, um grupo afiliado ao Talibã que é conhecido por seus ataques a alvos urbanos.

Abdul Rahman Naseri, um hóspede que estava no hotel para uma conferência, estava no corredor do hotel quando viu quatro homens armados vestidos com uniformes do exército.

“Eles estavam gritando em Pashto (língua), ‘Não deixe nenhum deles vivo, bom ou ruim’. ‘Atire e mate todos’, gritou um deles ”, disse Naseri.

“Eu corri para meu quarto no segundo andar. Abri a janela e tentei sair usando uma árvore, mas o galho quebrou e eu caí no chão. Eu machuquei minhas costas e quebrei uma perna.”

Mesmo depois que as autoridades informaram o fim do ataque, disparos esporádicos e explosões podiam ser ouvidos no local.

Reportagem adicional de Hamid Shalizi e Jibran Ahmad em Peshawar e David Brunnstrom em Washington

Pseudo-Dionísio, o Areopagita


Pseudo-Dionísio, o Areopagita ou simplesmente Pseudo-Dionísio, ou São Dionísio,é o nome pelo qual é conhecido o autor de um conjunto de textos (Corpus Areopagiticum) que exerceram, segundo os historiadores da filosofia e da arte, uma forte influência em toda a mística cristã ocidental na Idade Média. Esses textos foram muito lidos e admirados pelo Abade Suger de Saint-Denis, construtor do primeiro grande exemplar de arquitetura gótica: a basílica de Saint-Denis[1] (ou Pseudo-Dionísio, em português).

O autor se apresenta como Dionísio, o ateniense membro do Areópago, um dos convertidos por São Paulo (em Atos 17:34), no Século I. Mas provavelmente os textos foram escritos por um teólogo bizantino sírio do fim do século V ou início do século VI, originalmente em grego, depois traduzidos para o latim por João Escoto Erígena.

Até o século XVI, os textos tinham valor quase apostólico, já que Dionísio fora o primeiro discípulo de Paulo de Tarso. Nessa época surgiram as primeiras controvérsias a respeito da sua autenticidade. Argumentava-se que os textos continham marcada influência de Proclo, da escola neoplatônica de Atenas, e portanto não poderiam ser anteriores ao século V. Mas somente a partir do século XIX essa tese foi aceita e o autor desconhecido passou e ser chamado Pseudo-Dionísio.

Apesar disso, por sua linguagem poética e pela coerente exposição de ideias, o Corpus permanece considerado como expressão autêntica do neoplatonismo ateniense e da tradição mística cristã.

É considerado santo pela Igreja Católica, é lembrado no calendário litúrgico no dia 03 de outubro.


Iluminura medieval O Paraíso - A Jerusalém Celeste (Très Riches Heures du Duc de Berry)
Índice  [esconder]
1 Estrutura da Obra
2 Nota
3 Bibliografia
4 Ligações externas
5 Ver também
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Ver artigo principal: Anjo#As hierarquias angélicas no Cristianismo
O Corpus Areopagiticum compreende quatro tratados (três longos e um curto) e 10 cartas, que expõem vários aspectos da filosofia cristã, a partir de uma perspectiva mística e neoplatônica.

a) Tratados:

I - De coelesti hierarchia (Da hieraquia celeste), composto de quinze capítulos, trata das hierarquias de anjos citados, segundo um esquema semelhante à Theologia Platonica de Proclo, devidamente cristianizada.
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II - De ecclesiastica hierarchia (Da hierarquia eclesiástica), com sete capítulos, descreve e interpreta alegoricamente a liturgia.
III - De divinis nominibus (Dos nomes divinos), em treze capítulos, o mais longo dos livros do Corpus, trata dos nomes atribuídos a Deus, nas Escrituras.
IV - De mystica theologia (Da teologia mística), em cinco capítulos, refere-se ao conhecimento místico.

b) Cartas:

I – Sobre o conhecimento místico.
II – Sobre como Deus está acima do divino e do bem.
III – Trata da divindade oculta de Jesus.
IV – Sobre a encarnação de Jesus, verdadeiro homem e supra-essencial.
V - As trevas divinas.
VI – Exorta a firmeza na verdade.
VII - Crítica a alguns sofistas.
VIII - Sobre a mansidão.
IX – O simbolismo das escrituras.
X – A São João Evangelista, no seu exílio na ilha de Patmos.