domingo, 26 de janeiro de 2014

Egito antecipa eleições presidenciais; violência aumenta

Egito antecipa eleições presidenciais; violência aumenta

 Tropa de choque na ponte Seis de Outubro durante conflitos com manifestantes contra o governo e membros da Irmandade Muçulmana, perto da Praça Tahrir, no centro de Cairo, 25 de janeiro de 2014. O número de mortos nos confrontos durante protestos no Egito, no sábado, subiu para 49, afirmou o site estatal de notícias Al-Ahram, citando um representante do Ministério da Saúde do país neste domingo. 25/01/2014 REUTERS/Mohamed Abd El Ghany

CAIRO, 26 Jan (Reuters) -

O Egito realizará eleições presidenciais antes das parlamentares, disse o presidente Adly Mansour neste domingo, em uma mudança no cenário político que pode pavimentar o caminho para a rápida eleição do chefe do exército, general Abdel Fattah al-Sisi.

As eleições parlamentares estavam previstas para ocorrer primeiro, no plano desenhado depois que o exército derrubou o presidente Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, em julho, após protestos em massa contrários a seu governo.

A decisão de revisar a ordem das eleições deverá aprofundar as tensões no Egito, que enfrenta ondas de violência política. Quarenta e nove pessoas morreram em protestos anti-governo no sábado, o terceiro aniversário da revolta popular que derrubou o ditador Hosni Mubarak.

"Tomei a decisão de alterar o cenário para o futuro, realizando as eleições presidenciais primeiro e depois as eleições parlamentares", disse o líder interino Mansour em discurso televisionado.

Os críticos defendiam uma mudança no planejamento, dizendo que o país precisava de um líder eleito para dirigir o governo em um cenário de crise política e econômica e para firmar alianças políticas antes das eleições parlamentares, que potencialmente trarão divisões.

Sisi deverá anunciar sua candidatura para a presidência em alguns dias e poderá ganhar por ampla vantagem. Seus apoiadores o veem como uma figura forte e decisiva, capaz de estabilizar o Egito.

A Irmandade Muçulmana, por outro lado, o acusa de planejar um golpe e o considera responsável pelos abusos aos direitos humanos em uma repressão contra o movimento que deixou mais de 1 mil islamitas mortos e colocou líderes da Irmandade atrás das grades.
Uma nova constituição votada no início deste mês abriu a possibilidade de mudança na ordem dos pleitos ao deixar em aberto qual eleição deveria ocorrer primeiro.

Mansour não anunciou uma data para a eleição presidencial. A constituição afirma que o primeiro dos pleitos deve ocorrer em até 90 dias da tarificação do documento, em meados de janeiro.

(Por Asma Alsharif e Shadia Nasralla) Curta a Reuters a maior e melhor Agência de notícia do mundo -Blog historianews21

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