Presidente Dilma Rousseff é vista durante coletiva de imprensa em Brasília, em 18 de dezembro. Dilma anunciou nesta segunda-feira que assinou decreto que eleva o salário mínimo para 724 reais a partir de janeiro do ano que vem. 18/12/2013 REUTERS/Ueslei
SÃO PAULO, 23 Dez (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira que assinou decreto que eleva o salário mínimo para 724 reais a partir de janeiro do ano que vem.
"Assinei decreto que reajusta o salário mínimo para 724 reais a partir de janeiro de 2014 --reajuste de 6,78 por cento sobre o valor atual", disse a presidente em sua conta no serviço de microblog Twitter.
No último dia 18, a presidente havia antecipado que o salário mínimo do próximo ano ficaria entre 722 e 724 reais, contra os 678 reais atuais.
A proposta enviada pelo governo ao Congresso em agosto previa salário mínimo de 722,90 reais, mas a proposta aprovada pelos parlamentares foi de 724 reais.
O reajuste do salário mínimo é feito com base na fórmula que leva em conta a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores mais a inflação do ano anterior, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O valor final é definido por decreto da Presidência.
(Reportagem de Eduardo Simões)
Konstantinos - Uranus
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Comissão da Verdade de SP declara que Juscelino Kubitschek foi assassinado pela ditadura militar
O ex-presidente Juscelino Kubitschek, morto num acidente de carro em 1976 em condições bastante suspeitas
POR RODRIGO RODRIGUES
A Comissão Municipal da Verdade de São Paulo, nominada “Comissão Vladimir Herzog” e liderada pela Câmara Municipal, declarou nesta segunda-feira (09) que não há dúvidas sobre o assassinato do ex-presidente da República, Juscelino Kubitschek, morto num acidente de carro em 1976.
Em relatório que será apresentado nesta terça-feira (10) na Câmara, o presidente da comissão, vereador Gilberto Natalini (PV), diz ter mais de 90 indícios, evidências e provas de que o JK não sofrera apenas um acidente de carro que o vitimou em 22 de agosto de 1976, durante viagem de carro na Rodovia Presidente Dutra, no Rio de Janeiro.
"Não temos dúvida de que Juscelino Kubitschek foi vítima de conspiração, complô e atentado político. Há provas documentais e testemunhos importantes, em mais de 29 páginas do relatório que será apresentado amanhã”, conta Gilberto Natalini.
Depoimentos
Há cerca de um mês e meio, a Comissão da Verdade ouviu o depoimento do motorista Josias Nunes de Oliveira, hoje com 69 anos, apontado durante a Ditadura como o responsável pelo acidente que provou a morte do ex-presidente.
Na ocasião do depoimento, Oliveira disse que depois do acidente dois homens ofereceram, na delegacia e na casa dele, dinheiro para que assumisse a culpa pelo acidente de 76.
O motorista dirigia o ônibus Cometa que bateu contra o carro do ex-presidente, matando Kubitschek e o motorista do carro, Geraldo Ribeiro, que na época dirigia o Chevrolet Opala adorado pelo ex-mandatário brasileiro. “Eles foram na minha casa e disseram que se eu não aceitasse o dinheiro e assumisse a culpa, eles bateriam em mim”, declarou aos vereadores Josias Nunes de Oliveira.
Além de Josias, a Comissão Municipal ouviu Serafim Jardim, que era secretário particular de Juscelino naquela ocasião; Paulo Castelo Branco, que solicitou a reabertura das investigações do caso em 1996; Paulo Oliver, um dos 33 passageiros do ônibus dirigido por Oliveira; e Gabriel Junqueira Villa Forte, filho do proprietário do hotel no qual o ex-presidente ficou hospedado antes do acidente fatal daquela noite.
No depoimento dado à comissão em Agosto, Serafim Melo Jardim disse ter certeza de que JK vinha sendo vigiado. "Acompanhei o presidente desde que voltou do exílio. Sempre que viajávamos ele dizia: "Estão querendo me matar", afirmou o ex-secretário, que acompanhou JK durante os últimos nove meses de vida.
Fraudes
Na época do acidente, Juscelino Kubitschek tinha 73 anos e havia recuperado os direitos políticos cassados pelo regime militar pouco tempo antes. Ele sempre fora tido como “inimigo dos militares” e “ameaça” à estabilidade política daquele período.
Segundo o vereador Gilberto Natalini, a partir desses quatro depoimentos a Comissão começou a investigar o caso e chegou ao veredicto: “Em cima desses depoimentos, fomos atrás de documentos que comprovassem as informações. Descobrimos laudos falsos, erros processuais e de perícia que nos levaram a declarar que Juscelino Kubitschek fora vítima de uma conspiração”, afirma o presidente da comissão.
Os documentos que comprovam a linha de raciocínio defendida pela comissão paulistana serão apresentados em reunião de amanhã, às 11h00 da manhã, na Câmara.
A partir do momento que o relatório for público, a Comissão Vladimir Herzog deve encaminhar os documentos para Brasília, no intuito de que a Comissão Nacional da Verdade também declare o assassinato de Juscelino Kubitschek. “É um caso de Justiça para com os brasileiros, a família do ex-presidente e a história do nosso país”, aponta Natalini, que também já foi perseguido político, torturado pelos militares na época do regime de exceção pela operação Oban.
Os restos do carro onde o ex-presidente Juscelino Kubitschek estava na noite do acidente, em 30 agosto de 1976 (Foto: Arquivo/AE)
Direitos cassados
Além da declaração de complô contra JK, a Comissão Vladimir Herzog realiza nesta segunda-feira (09) uma cerimônia onde vai restituir o mandato para 42 ex-vereadores, cassados em São Paulo por crimes de opinião, perseguição política e de cunho ideológico.
Os mandatos incluem não apenas os crimes praticados pelos militares da junta de presidentes não eleitos que governou o País após 1964, mas também de todo o período anterior, até 1939.
Além de comunistas e socilistas, a lista incluí dois militantes de extrema direita e do antigo Partido Integralista, de Plínio Salgado. "São personagens cujo único crime foi declarar preferência partidária e ideológica. Independente de que lado estavam, tinham o direito da livre opinião e foram censurados. Apenas dois deles estão vivos. Mas através das famílias, queremos demonstrar a nossa solidariedade e preservação da memória desses valorosos parlamentares", explica Natalini http://terramagazine.terra.com.br
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Nelson Mandela morre aos 95 anos
Nelson Mandela morre aos 95 anos
Do UOL, em São Paulo
O líder sul-africano Nelson Mandela, 95, morreu nesta quinta (5) em sua residência, em Johannesburgo, para onde havia sido levado no dia 1º de setembro após passar quase três meses internado para tratamento de uma infecção pulmonar.
O HERÓI AFRICANO
Prêmio Nobel da Paz por sua luta contra a violência racial na África do Sul, Nelson Mandela - ou Madiba, como é chamado na sua terra natal - passou 27 anos preso e se tornou o primeiro presidente negro daquele país.
O ex-presidente vivia em Johannesburgo com a mulher Graça Machel, viúva de Samora Machel (1933-1986), ex-presidente moçambicano.
Mandela foi o maior símbolo de combate ao regime de segregação racial conhecido como apartheid, que foi oficializado em 1948 na África do Sul e negava aos negros (maioria da população), mestiços e asiáticos (uma expressiva colônia de imigrantes) direitos políticos, sociais e econômicos.
A luta contra a discriminação no país o levou a ficar 27 anos preso, acusado de traição, sabotagem e conspiração contra o governo em 1963. Condenado à prisão perpétua, Mandela foi libertado em 11 de fevereiro de 1990, aos 72 anos. Durante sua saída, o líder foi ovacionado por uma multidão que o aguardava do lado de fora do presídio.
Em 1993, Nelson Mandela recebeu o prêmio Nobel da Paz por sua luta contra o regime do apartheid. Na ocasião, ele dividiu o prêmio com Frederik de Klerk, ex-presidente da África do Sul que iniciou o término do regime segregacionista e o libertou da prisão.
Um ano depois, em 1994, Mandela foi eleito presidente da África do Sul, após a convocação das primeiras eleições democráticas multirraciais no país. Sua vitória pôs fim a três séculos e meio de dominação da minoria branca na nação africana.
Ao tomar posse, o líder negro adotou um tom de reconciliação e superação das diferenças. Um exemplo disso foi a realização da Copa Mundial de Rúgbi, em 1995, no país. O esporte era uma herança do período colonial e, por isso, boicotado pelos negros, por representar o governo dos brancos.
Nos dois anos seguintes, a Constituição definitiva e o processo de transição foram concluídos. Entre os anos de 1996 e 1998, o arcebispo Desmond Tutu liderou a Comissão de Verdade e Reconciliação para apurar crimes cometidos durante o apartheid, e foram abertos processos judiciais para pagamentos de indenizações às vítimas do regime.
Mandela deixou a presidência em 1999 e passou a se dedicar a campanhas para diminuir os casos de Aids na África do Sul, emprestando seu prestígio para arrecadar fundos para o combate à doença.
Em 2004, aos 85 anos, ele anunciou que se retiraria da vida pública para passar mais tempo com a família e os amigos. Já aos 92 anos, o líder sul-africano dificilmente participava de qualquer tipo de evento, devido à saúde frágil.
Durante a Copa do Mundo de 2010, realizada na África do Sul, Mandela compareceu apenas ao encerramento da Copa, devido à morte de sua bisneta Zenani Mandela, em um acidente de carro logo depois da festa de abertura.
História
Mandela era filho do conselheiro do chefe máximo do vilarejo de Qunu, localizado na atual província do Cabo Oriental, onde nasceu, a 18 de julho de 1918. Aos sete anos, tornou-se o primeiro membro da família a frequentar a escola, onde lhe foi dado o nome inglês "Nelson". Aos 16 anos, seguiu para o Instituto Clarkebury, na mesma província, onde teve contato com a cultura ocidental pela primeira vez.
Ele então ingressou na faculdade de Direito da Universidade de Fort Hare, no município de Alice. Logo no primeiro ano de curso, Mandela se envolveu com o movimento estudantil e com o boicote às políticas universitárias. Tal atitude resultou em sua expulsão da instituição no segundo ano, mas ali ele iniciou sua militância.
A partir de então mudou-se para Johannesburgo e envolveu-se na oposição ao regime do apartheid. Ele começou a fazer parte do partido negro CNA (Congresso Nacional Africano, fundado em 1912) em 1942 e, em 1944, criou a Liga Juvenil do partido, com o manifesto "um homem, um voto".
Depois da eleição de 1948, que deu vitória aos afrikaners do Partido Nacional, apoiadores da política de segregação racial, Mandela tornou-se mais ativo no CNA. Ele participou do Congresso do Povo, em 1955, que divulgou a Carta da Liberdade --documento que continha um programa fundamental para a causa antiapartheid.
Comprometido de início apenas com atos não-violentos, Mandela e seus colegas aceitaram recorrer às armas após o massacre de Sharpeville, ocorrido em março de 1960, quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, matando 69 pessoas e ferindo 180. Em 1961, fundou a ala armada do CNA - Umkhonto we Sizwe (a Lança da Nação) - para combater a discriminação do apartheid.
Prisão
Acusado de crimes capitais no julgamento de Rivonia, em 1963, a declaração que deu, no banco dos réus, foi sua afirmação de posição política: "Tenho defendido o ideal de uma sociedade democrática e livre, na qual todas as pessoas convivam em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal pelo qual espero viver e que espero alcançar. Mas, se for preciso, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer". Em 1964, Mandela foi condenado à prisão perpétua.
No decorrer do tempo em que ficou preso, Mandela se tornou de tal modo associado à oposição ao apartheid que o clamor "Libertem Nelson Mandela" se tornou o lema das campanhas antiapartheid em vários países.
Durante os anos 1970, ele recusou uma revisão da pena e, em 1985, não aceitou a liberdade condicional em troca de não incentivar a luta armada. Mandela continuou na prisão até fevereiro de 1990, quando foi libertado em 11 de fevereiro, aos 72 anos, pelo presidente Frederik Willem de Klerk, que também revogou a proibição do CNA e de outros movimentos de libertação.
Nelson Rolihlahla Mandela deixou a prisão Victor Verster caminhando ao lado de Winie Madikizela, sua esposa na época. Ele havia passado os últimos 27 anos de sua vida atrás das grades por ousar se opor ao regime racista que dominava a África do Sul. Um mar de pessoas o aguardava nas ruas para dar início finalmente à edificação da democracia sul-africana.
Como presidente do CNA (de julho de 1991 a dezembro de 1997) e primeiro presidente negro da África do Sul (de maio de 1994 a junho de 1999), Mandela comandou a transição do regime racista, o apartheid, ganhando respeito internacional.
Em 1999, Mandela conseguiu eleger seu sucessor, Thabo Mbeki, que posteriormente foi obrigado a deixar a presidência, devido a uma manobra política do seu maior rival dentro do CNA, Jacob Zuma.
Casamentos, separações e aposentadoria
Mandela casou-se três vezes. Sua primeira esposa foi Evelyn Ntoko Mase, de quem se divorciou em 1957, após 13 anos de casamento. Em seguida, casou-se com Winie Madikizela, e com ela ficou por 38 anos. O casal se divorciou em 1996, após suas divergências políticas virem a público. No seu 80º aniversário, Mandela casou-se com Graça Machel, com quem esteve até os dias atuais.
Depois de deixar a presidência, Mandela passou a dedicar suas forças ao combate à Aids na África do Sul, levantando milhões de dólares para enfrentar a epidemia da doença. Seu único filho morreu vítima de Aids em 2005.
Ainda fora da Presidência, Mandela ganhou uma série de títulos e homenagens, como a Ordem de St. John, da rainha da Inglaterra, Elizabeth 2ª.; a medalha presidencial da Liberdade, do então presidente dos Estados Unidos George W. Bush; o Bharat Ratna (a distinção mais alta da Índia); a Ordem do Canadá, dentre outros.
Apesar de ter ganho a condecoração de Bush, Mandela realizou uma série de pronunciamentos, em 2003, em que atacava a política externa do presidente americano.
Em junho de 2004, Mandela anunciou que se retiraria da vida pública. Mas a militância continuou. Em 2007, comemorou o 89° aniversário criando um grupo internacional de estadistas idosos e altamente respeitados, incluindo seus colegas Prêmios Nobel da Paz Desmond Tutu e o ex-presidente americano Jimmy Carter, para combater problemas mundiais, que incluem as mudanças climáticas, o combate à Aids e à pobreza.
A comemoração de seu aniversário de 90 anos foi um ato público com shows, que ocorreu em Londres, em julho de 2008, e contou com a presença de artistas e celebridades engajadas nessas lutas.
Em 2009, com aparência frágil, o ex-presidente sul-africano compareceu a um comício eleitoral do CNA para ajudar a eleger Jacob Zuma, atual presidente do país.
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Ator Paul Walker, de "Velozes e Furiososo", morre em acidente de carro
Ator norte-americano Paul Walker, apresenta criação da coleção de verão da Colcci's durante a São Paulo Fashion Week, 21 de março de 2013. O ator Paul Walker, conhecido por seus papéis nos filmes de ação "Velozes e Furiosos", morreu no sábado em um acidente de carro no sul da Califórnia, informou seu agente. 21/03/2013 REUTERS/Filipe Carvalho
LOS ANGELES, 1 Dez (Reuters) - O ator Paul Walker, conhecido por seus papéis nos filmes de ação "Velozes e Furiosos", morreu no sábado em um acidente de carro no sul da Califórnia, informou seu agente.
Walker, de 40 anos, que participou de cinco dos seis filmes sobre corridas ilegais de rua, andava como passageiro no carro de um amigo e participaria de evento de caridade, de acordo com mensagem ligada à sua conta no Twitter.
"Infelizmente, tenho que confirmar que Paul morreu esta tarde em um acidente de carro", disse Ame Van Iden, agente de Walker, por email.
O Departamento do Xerife do Condado de Los Angeles informou em um comunicado que duas pessoas morreram em um acidente de carro em Valencia, uma comunidade na cidade de Santa Clarita, por volta das 15h30, horário local.
Agentes que chegaram ao local encontraram o veículo envolvido em chamas. As vítimas foram declaradas mortas no local, de acordo com o comunicado. Não foram fornecidas as identidades dos mortos, e a causa estava sob investigação.
Nos filmes da série "Velozes e Furiosos", o ator fazia o papel de Brian O'Conner, um policial. O primeiro filme da série, que ainda tem Vin Diesel, saiu em 2011, e o sétimo estava em desenvolvimento no momento da morte de Walker, informou em comunicado a Universal, o estúdio por trás da franquia.
O filme mais recente, que saiu em maio, foi um dos principais sucessos de bilheteria deste ano.
"Vou sentir muita falta de você", disse Diesel em um post no Instragram, acrescentando: "Estou absolutamente sem palavras. O céu ganhou um novo anjo. Descanse em paz."
De acordo com o site sobre filmes IMDb.com, Paul William Walker IV nasceu em Glendale, California, em 1973, e começou a atuar muito novo, aparecendo em muitos comerciais
Ator norte-americano Paul Walker, apresenta criação da coleção de verão da Colcci's durante a São Paulo Fashion Week, 21 de março de 2013. O ator Paul Walker, conhecido por seus papéis nos filmes de ação "Velozes e Furiosos", morreu no sábado em um acidente de carro no sul da Califórnia, informou seu agente. 21/03/2013 REUTERS/Filipe Carvalho
Segundo o IMDb, Walker tem uma filha chamada Meadow.
A Universal transmitiu suas condolências à família de Walker, dizendo que "todos nós na Universal estamos desolados".
"Paul foi de fato um dos membros mais amados e respeitados de nossa família no estúdio por 14 anos, e essa perda é devastadora para nós, para todos os envolvidos nos filmes Velozes e Furiosos, e para os inúmeros fãs."
(Reportagem de Mary Wisniewski e Piya Sinha-Roy em Los Angeles e Chris Michaud em Nova York)
LOS ANGELES, 1 Dez (Reuters) - O ator Paul Walker, conhecido por seus papéis nos filmes de ação "Velozes e Furiosos", morreu no sábado em um acidente de carro no sul da Califórnia, informou seu agente.
Walker, de 40 anos, que participou de cinco dos seis filmes sobre corridas ilegais de rua, andava como passageiro no carro de um amigo e participaria de evento de caridade, de acordo com mensagem ligada à sua conta no Twitter.
"Infelizmente, tenho que confirmar que Paul morreu esta tarde em um acidente de carro", disse Ame Van Iden, agente de Walker, por email.
O Departamento do Xerife do Condado de Los Angeles informou em um comunicado que duas pessoas morreram em um acidente de carro em Valencia, uma comunidade na cidade de Santa Clarita, por volta das 15h30, horário local.
Agentes que chegaram ao local encontraram o veículo envolvido em chamas. As vítimas foram declaradas mortas no local, de acordo com o comunicado. Não foram fornecidas as identidades dos mortos, e a causa estava sob investigação.
Nos filmes da série "Velozes e Furiosos", o ator fazia o papel de Brian O'Conner, um policial. O primeiro filme da série, que ainda tem Vin Diesel, saiu em 2011, e o sétimo estava em desenvolvimento no momento da morte de Walker, informou em comunicado a Universal, o estúdio por trás da franquia.
O filme mais recente, que saiu em maio, foi um dos principais sucessos de bilheteria deste ano.
"Vou sentir muita falta de você", disse Diesel em um post no Instragram, acrescentando: "Estou absolutamente sem palavras. O céu ganhou um novo anjo. Descanse em paz."
De acordo com o site sobre filmes IMDb.com, Paul William Walker IV nasceu em Glendale, California, em 1973, e começou a atuar muito novo, aparecendo em muitos comerciais
Ator norte-americano Paul Walker, apresenta criação da coleção de verão da Colcci's durante a São Paulo Fashion Week, 21 de março de 2013. O ator Paul Walker, conhecido por seus papéis nos filmes de ação "Velozes e Furiosos", morreu no sábado em um acidente de carro no sul da Califórnia, informou seu agente. 21/03/2013 REUTERS/Filipe Carvalho
Segundo o IMDb, Walker tem uma filha chamada Meadow.
A Universal transmitiu suas condolências à família de Walker, dizendo que "todos nós na Universal estamos desolados".
"Paul foi de fato um dos membros mais amados e respeitados de nossa família no estúdio por 14 anos, e essa perda é devastadora para nós, para todos os envolvidos nos filmes Velozes e Furiosos, e para os inúmeros fãs."
(Reportagem de Mary Wisniewski e Piya Sinha-Roy em Los Angeles e Chris Michaud em Nova York)
sábado, 30 de novembro de 2013
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Termina sem acordo negociação da OMC por texto de tratado global
Por Tom Miles
GENEBRA, 25 Nov (Reuters) - As exaustivas negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC) a respeito do primeiro acordo global de livre comércio foram abandonadas na madrugada desta segunda-feira, sem um acordo sobre o texto a ser apresentado no mês que vem numa reunião ministerial em Bali.
O destino do acordo que simplifica procedimentos alfandegários e acelera o comércio global parece agora depender de um acordo direto entre os ministros que irão se reunir na conferência bienal da OMC, a ser realizada na ilha indonésia.
A Câmara Internacional de Comércio diz que o acordo agregaria 960 bilhões de dólares à economia mundial e criaria 21 milhões de empregos, sendo 18 milhões em nações em desenvolvimento. O pacto também reavivaria a confiança na OMC como um fórum para negociações comerciais.
O acordo proposto inclui elementos da Rodada Doha de negociações comerciais, que foi iniciada em 2001, mas fracassou repetidamente na busca por um acordo na década subsequente.
O diretor-geral da OMC, o brasileiro Roberto Azevêdo, forçou os diplomatas dos 159 países membros a passarem por árduas dez semanas de negociações, na esperança de definirem o texto a ser aprovado pelos ministros.
Na sexta-feira, Azevêdo disse ter esperança de concluir um acordo no fim de semana. Mas a sessão final de negociação em Genebra terminou às 7h (4h em Brasília) sem acordo.
Taco Stoppels, conselheiro da missão holandesa junto à OMC, disse pelo Twitter que Azevêdo "encerrou a reunião simplesmente agradecendo a todos. O texto não está pronto".
Pessoas envolvidas nas negociações disseram que os participantes chegaram perto de um acordo, mas que o progresso em alguns momentos foi glacial. "Passamos nove horas em um parágrafo hoje de manhã. Mais uma vez, uma experiência de quase morte", disse um participante na noite de domingo.
Questões não resolvidas incluem um plano indiano para estoque de safras que estaria isento das regras da OMC sobre subsídios, e uma contestação ao embargo econômico dos EUA a Cuba. A Turquia também tem preocupações sobre as novas regras a respeito de trânsito de mercadorias, e a América Central resiste à eliminação dos despachantes aduaneiros.
Azevêdo falará aos embaixadores da OMC durante uma reunião do Conselho Geral do organismo na terça-feira, quando o trabalho será formalmente apresentado à conferência ministerial.
domingo, 24 de novembro de 2013
A Universidade Infantil/Performance - X FECON 2013
A Universidade Infantil/Performance
Queremos agradecer a todos os nossos alunos pela capacidade criadora, genialidade construtivista de elaborarem e colocarem em prática uma das feiras mais tecnológicas realizada em nossa instituição que foi a X FECON 2013. Nós mestres estamos muitos satisfeitos com o grande desempenho e determinação. Continuem assim porque acreditamos em vocês e desejamos a todos que esta meta cumprida venha a somar as muitas e muitas realizações de vossas vidas. Porque antes de tudo, acreditamos queridos alunos no sucesso de cada um de vocês. Obrigado!!!!
Os professores.
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Stuart Angel Jones preso, torturado, morto e dado como desaparecido político brasileiro.
Stuart Angel Jones
Stuart Edgart Angel Jones (Salvador, 11 de janeiro de 1946 — Rio de Janeiro, 14 de junho de 1971) foi um integrante da luta armada contra a ditadura militar no Brasil e militante do grupo guerrilheiro revolucionário de extrema esquerda MR-8, preso, torturado, morto e dado como desaparecido político brasileiro.
Stuart era filho do americano Norman Jones e de Zuleika Angel Jones, mais conhecida como Zuzu Angel, figurinista e estilista conhecida internacionalmente. Bicampeão carioca de remo pelo Clube de Regatas Flamengo na adolescência, ele foi estudante de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Possuía dupla nacionalidade, brasileira e americana.
Na virada das décadas de 60/70, passou a militar no MR-8, grupo de ideologia socialista que fazia a luta armada contra o regime militar, onde usava os codinomes "Paulo" e "Henrique". Preso, torturado e morto por membros do CISA (Centro de Informações de Segurança da Aeronáutica) em 14 de junho de 1971,4 aos 25 anos de idade. Foi casado com a também militante e guerrilheira Sônia Morais Jones, presa, torturada e morta dois anos depois e também dada como desaparecida.
Morte
Preso próximo a seu "aparelho", no bairro do Grajaú, perto da Avenida 28 de Setembro, na Zona Norte do Rio, Stuart foi levado pelos agentes do CISA à Base Aérea do Galeão para interrogatório. Dele, os militares queriam a informação da localização do ex-capitão Carlos Lamarca, chefe do MR-8 e então o grande procurado pelo regime. Negando-se a falar, Stuart foi então barbaramente torturado no pátio da base, vindo a morrer em consequência dos maus tratos.
Documento do SNI sobre Stuart, 1971
A versão mais conhecida e difundida de sua tortura e morte foi dada pelo ex-guerrilheiro Alex Polari, também preso na base, e que assistiu da janela de sua cela as torturas feitas contra Stuart, presenciando inclusive a cena em que ele foi arrastado por um jipe militar, com o corpo completamente esfolado e com a boca no cano de descarga do veículo, pelo pátio interno do quartel, o que causou sua morte por asfixia e envenenamento por gás carbônico.5 Polari escreveu uma carta a Zuzu Angel, contando-lhe o ocorrido com o filho. De posse dela, a estilista denunciou o assassinato de Stuart - que tinha cidadania brasileira e americana - ao senador Edward Kennedy, que levou o caso ao Congresso dos Estados Unidos.
O livro Desaparecidos Políticos, de Reinaldo Cabral e Ronaldo Lapa, aponta duas versões para o desaparecimento do corpo do guerrilheiro: " A primeira é de que teria sido transportado por um helicóptero da Marinha para uma área militar localizada na Restinga de Marambaia, na Barra de Guaratiba, próximo à (então) zona rural do Rio, e jogado em alto-mar pelo mesmo helicóptero. Mas, de acordo com outras informações, o corpo de Stuart teria sido enterrado como indigente, com o nome trocado, num cemitério de um subúrbio carioca, provavelmente Inhaúma." Os responsáveis, segundo eles: "os brigadeiros Burnier e Carlos Afonso Dellamora, o primeiro, chefe da Zona Aérea e, o segundo, comandante do CISA; o tenente-coronel Abílio Alcântara, o tenente-coronel Muniz, o capitão Lúcio Barroso e o major Pena – todos do mesmo organismo; o capitão Alfredo Poeck – do CENIMAR; Mário Borges e Jair Gonçalves da Mota – agentes do DOPS".
Em 2013, um novo nome foi descoberto, juntando-se aos demais citados após o cruzamento de dados com depoimentos de sobreviventes: o do sargento Abílio Correa de Souza, codinome "Pascoal", verdadeira identidade do suboficial da Aeronáutica na época apenas identificado como suboficial "Abílio Alcântara", um militar treinado em inteligência de combate e contraespionagem na Escola das Américas, no Forte Gulick, no Panamá. Abílio seria o principal torturador de Stuart e último a vê-lo ainda vivo em sua cela.
Stuart, segundo depoimentos de testemunhas, foi o único preso morto pela Aeronáutica naquela ocasião, entre vários outros guerrilheiros aprisionados. Sua morte veio a causar a transferência de todos os presos das celas do CISA para outros lugares. No fim daquele ano, toda a cúpula da Aeronáutica foi substituída, devido às pressões causadas pela incessante procura e denúncias do desaparecimento de Stuart por sua mãe, Zuzu Angel, usando a imprensa no Brasil e no exterior.
Desaparecido
Pelos anos seguintes, a mãe de Stuart, Zuzu, peregrinou pelo poder militar tentando conseguir explicações e informações sobre o corpo do filho, oficialmente dado como desaparecido. Sua campanha chegou ao mundo da moda, na qual tinha destaque, com desfiles de coleções feitas com roupas estampadas com manchas vermelhas, pássaros engaiolados e motivos bélicos. O anjo, ferido e amordaçado em suas estampas, tornou-se também o símbolo do filho. Zuzu chegou a realizar em Nova York um desfile-protesto, no consulado do Brasil na cidade.
Usando de sua relativa notoriedade internacional, ela envolveu celebridades de Hollywood que eram suas clientes, como Joan Crawford, Liza Minnelli e Kim Novak, em sua causa,9 e durante a visita de Henry Kissinger, então secretário de estado norte-americano, ao Brasil, chegou a furar a segurança para entregar-lhe um dossiê com os fatos sobre a morte do filho, também portador da cidadania americana.8
Zuzu morreu em 1976, num suspeito acidente de automóvel no bairro de São Conrado, Rio de Janeiro, sem jamais conseguir descobrir o paradeiro do corpo de Stuart Angel. Em 1998, a Comissão Especial dos Desaparecidos Políticos julgou o caso sob número de processo 237/96 e reconheceu o regime militar como responsável pela morte da estilista.
Em 2013, documentos inéditos foram descobertos nos arquivos do extinto SNI disponíveis no Arquivo Nacional, onde consta o informe nº 1008, de 14 de setembro de 1971. O documento, de 167 páginas e classificado como confidencial, demonstra que a morte de Stuart foi bastante documentada pelas agências de repressão política, existindo sobre o título "Stuart Angel Jones — Falecido". Outro documento, "Informação nº 4.057", descoberto nos arquivos do SNI de São Paulo, listam seu nome ao lado de outros 89 guerrilheiros mortos no período, com a data de 16 de setembro de 1971, dois dias depois de seu desaparecimento.
Cinema e literatura
Em 2006, a vida de Stuart e de sua mãe foram levadas ao cinema, com o filme Zuzu Angel, dirigido por Sérgio Rezende, com Daniel de Oliveira e Patrícia Pillar no papel do militante-guerrilheiro e da estilista.
O escritor José Louzeiro escreveu o romance "Em carne viva", com personagens e situações que lembram o drama da morte de Stuart Angel. Wikipédia, a enciclopédia livre.
terça-feira, 19 de novembro de 2013
Assassinato de Kennedy continua a despertar teorias da conspiração DA AFP, EM WASHINGTON http://www1.folha.uol.com.br/
Para muitos americanos, como Jesse Ventura, lutador profissional que se tornou político, John F. Kennedy foi o maior presidente americano da história moderna e seu assassinato, em 1963, é prova disso.
O ex-governador de Minnesota (norte dos Estados Unidos), autor do livro "Mataram o nosso presidente", acredita que Kennedy foi assassinado em Dallas em 22 de novembro porque queria fazer as pazes com a União Soviética.
Desse modo, pretendia desafiar a influência do complexo militar-industrial construído após o fracasso do desembarque --apoiado pela CIA-- da Baía dos Porcos, em Cuba, em 1961.
Kennedy fala com ex-presidente Dwight Eisenhower sobre invasão da Baía dos Porcos, em 1961
"Kennedy tinha mais inimigos dentro do governo do que entre os russos", assegura Ventura à AFP. "Imagine como o mundo seria diferente se Kennedy tivesse vivido, sem a Guerra do Vietnã e com o fim da Guerra Fria em 1965".
Uma comissão liderada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal da época, Earl Warren, no entanto, concluiu que o atirador, Lee Harvey, Oswald agiu sozinho. Mas as teorias da conspiração continuam vivas às vésperas do quinquagésimo aniversário do assassinato de John Kennedy.
Em uma pesquisa Gallup publicada em 2003, apenas 19% dos americanos acreditam na teoria de um único atirador, quando mais de um terço aposta na teoria de um assassinato fomentado pela CIA, e outro terço a de um crime ligado à máfia, porque Kennedy havia ameaçado seus interesses.
As suspeitas se concentram principalmente sobre como Oswald, um desertor da antiga União Soviética de vida agitada, conseguiu disparar sozinho contra o homem mais poderoso do mundo, a partir do Depósito de Livros Escolares do Texas.
E as chances de Oswald de se explicar publicamente foram reduzidas a zero, já que ele foi assassinado dois dias depois, em 24 de novembro 1963, por um ex-gerente de boate, Jack Ruby.
Em muitos livros que evocam um suposto complô, os autores se perguntam se não havia outro atirador. A comissão parlamentar de 1979 concluiu que um elemento acústico dava crédito a esta tese, posteriormente contestada.
"O HOMEM DO GUARDA-CHUVA"
Um vídeo feito por uma testemunha, Abraham Zapruder, alimentou uma outra teoria, a do "homem do guarda-chuva", que abriu seu objeto quando o dia estava muito bonito, algo que tem sido interpretado como o envio de um sinal para o atirador.
Outra grande teoria foi desenvolvida por Oliver Stone em seu filme "JFK", de 1991, que sugere o envolvimento do sucessor de Kennedy, Lyndon Johnson. O cineasta explicou que queria criar um "contra-mito", o que levou o Congresso a publicar mais informações sobre o assassinato.
A teoria oficial é contestada, inclusive fora dos Estados Unidos. Os filósofos britânico Bertrand Russell e francês Jean-Paul Sartre estimaram que a Comissão Warren, por sua natureza oficial, não divulgaria nenhuma tese envolvendo políticos.
Dallas, 50 anos depois
Cecil W. Stoughton/Reuters
Entrada do Parkland Memorial Hospital, em Dallas, para onde Kennedy foi levado após ser baleado em 1963.
Na outra extremidade do espectro político, um dos primeiros manifestantes nos Estados Unidos foi Revilo P. Oliver, um estudante ligado à extrema-direita e para quem Kennedy era um fantoche da União Soviética, morto porque se tornou um problema para Moscou.
Em um ensaio pouco tempo depois do assassinato de Kennedy, o historiador Richard Hofstadter considerou que as teorias eram parte de uma "tendência de paranoia na política americana". Para o ex-presidente Gerald Ford, um membro da Comissão Warren, não há provas que sustentem teorias da conspiração.
A família Kennedy aprovou desde o início o relatório oficial, embora Robert F. Kennedy Jr. tenha contestado a tese do homem sozinho.
Advogado ambientalista que defende teorias controversas sobre vacinas, Kennedy Jr. disse que seu pai, ministro da Justiça na época e que também foi morto durante a campanha presidencial de 1968, considerava o trabalho da Comissão Warren "desleixado".
De acordo com Lance DeHaven-Smith, um professor da Universidade da Flórida e autor de "A teoria da conspiração na America" , o termo " teoria da conspiração" é para descartar a ideia de que o governo pode cometer qualquer delito mesmo se complôs como Watergate ou Irangate tenham sido atualizados.
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
PRÉVIA-Chile daria passo à esquerda moderada com volta de Bachelet à Presidência
PRÉVIA-Chile daria passo à esquerda moderada com volta de Bachelet à Presidência
Partidário da candidata à presidência do Chile Michelle Bachelet, da Nueva Mayoria, levanta cartaz próximo a imagem do ex-presidente socialista Salvador Allende durante comício na vidade de Valparaíso, Chile. 13/11/2013 REUTERS/Eliseo Fernández
Por Antonio De la Jara
SANTIAGO, 14 Nov (Reuters) - O Chile se prepara para dar um giro moderado à esquerda na eleição presidencial de domingo, para onde a popular e carismática ex-mandatária Michelle Bachelet se encaminha com a vitória quase no bolso.
Estimulada pelo descontentamento com as políticas sociais do atual governo conservador, a candidata socialista, que representa uma aliança integrada por comunistas a democratas cristãos, tem o apoio suficiente para ganhar no primeiro turno, de acordo com algumas pesquisas.
Mas outros levantamentos não descartam um segundo turno, em que Bachelet teria de voltar à disputa para garantir uma vitória que a converteria na primeira a governar o país pela segunda vez desde o fim da ditadura há 23 anos.
No fim do governo de Sebastián Piñera, a candidata conseguiu conquistar o eleitorado com promessas de ambiciosas reformas para mudar, garante ela, o rosto do Chile, um dos países mais estáveis da América Latina, mas com um abismo entre ricos e pobres.
"O Chile destes anos nos confrontou com a necessidade de aprofundar nossa democracia, tornando-a mais aberta e mais permevável. Também nos demonstrou quão necessário é que façamos as transformações que permitam maiores níveis de igualdade", disse Bachelet a empresários em um recente fórum.
Bachelet, mãe de três filhos, quer ficar na história como a presidente que corrigiu as desigualdades e revolucionou a educação pública, mediante uma milionária reforma tributária que, segundo ela, não terá os mesmos efeitos se não for acompanhada de uma nova Constituição.
Sua ampla reforma tributária pretende arrecadar 8,2 bilhões de dólares adicionais mediante a elevação dos impostos às empresas, "sem a qual se torna inviável considerar o conjunto de transformações propostas", segundo a ex-presidente.
A principal rival de Bachelet será Evelyn Matthei, a candidata do governo, apesar de a ex-mandatária ter ao menos 18 pontos percentuais de vantagem, de acordo com as pesquisas.
A ex-ministra do atual governo garante que o programa de Bachelet não aponta na direção correta e que as propostas de sua rival podem comprometer o crescimento e o emprego.
Matthei, filha de um general de alta patente da ditadura de Augusto Pinochet, não conseguiu subir nas pesquisas depois de surgir no fim de julho como a opção do governo, mas confia que irá ao segundo turno.
EVITAR UMA "PRORROGAÇÃO"
Bachelet não está confiante e quase com voz disfônica percorreu o território chileno, convidando a maior quantidade possível de pessoas a votar no domingo. A ideia, admite, é não ir a uma "prorrogação", como no futebol, e, assim, evitar um segundo turno marcado para dezembro.
No domingo será a primeira eleição presidencial no Chile em que o voto não será obrigatório. Para analistas, o pleito será um enigma.
Apesar de o número de eleitores ser de 13,57 milhões, cálculos do Serviço Eleitoral apontam que até 9 milhões de pessoas irão às urnas.
Além disso, pela primeira vez há nove candidatos disputando a Presidência, um número que poderá diluir a captação de votos, embora Bachelet lidere confortavelmente as pesquisas.
Na última pesquisa do Centro de Estudos Públicos (CEP), o mais respeitado do país, Bachelet obteve 47 por cento das intenções de voto, enquanto Matthei apareceu com 14 por cento.
O resultado do CEP não inclui votos nulos ou brancos, o que poderá aumentar as chances de Bachelet ganhar no primeiro turno com mais de 50 por cento.
O indepentende Franco Parisi, um liberal que atrai votos do governista Aliança por Chile, ficaria em terceiro lugar, embora nas últimas semanas Marco Enriquez-Ominami, de esquerda, tenha ganhado força.
ELEIÇÃO CRUCIAL NO CONGRESSO
A eleição começará no domingo pouco antes das 8h (9h em Brasília) com a abertura dos centros de votação, que funcionarão até por volta de 18h (19h em Brasília).
Além de escolherem o próximo presidente, os eleitores elegerão senadores, deputados e conselheiros regionais, o que poderá prolongar a votação e a apuração.
Para Bachelet, a primeira mulher a governar o Chile entre 2006 e 2010, serão importantes os resultados da eleição parlamentar porque ela precisaria de uma sólida maioria no Congresso para aprovar as ambiciosas reformas com as quais propõe mudar a cara do país.
Os 120 assentos da Câmara dos Deputados serão renovados nesta eleição, assim como 20 dos 38 postos do Senado.
O primeiro boletim oficial dos resultados será divulgado quando a apuração estiver em 20 por cento ou perto das 19h30 (20h30 em Brasília). O segundo deve sair quando a contagem de votos atingir 60 por cento, ou por volta das 21h15 do domingo.
(Reportagem adicional de Rosalba O'Brien)
STF divulga decisão sobre mensalão e abre caminho para cumprimento de penas
STF divulga decisão sobre mensalão e abre caminho para cumprimento de penas
Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA, (Reuters) - O resultado do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que decidiu na quarta-feira pela execução imediata das penas dos condenados no mensalão foi oficialmente proclamado nesta quinta-feira, o que abre caminho para que essas sentenças sejam de fato cumpridas.
A proclamação do resultado e a aprovação da ata da sessão de quarta-feira são, em tese, requisitos formais necessários para iniciar a execução das penas.
A decisão pode resultar no início do cumprimento das penas do ex-ministro José Dirceu, do presidente do PT à época do escândalo, José Genoino, e do tesoureiro do partido na ocasião, Delúbio Soares. Ainda é necessária a expedição de mandados para que sejam cumpridas.
Havia a expectativa de que o resultado fosse anunciado nesta quinta-feira durante a sessão da Corte pelo presidente do Supremo e relator do caso, Joaquim Barbosa, que havia prometido apresentar um aperfeiçoamento da decisão.
A proclamação revisada foi divulgada, no entanto, pela Internet, e juntada eletronicamente ao processo.
Na quarta-feira, a Corte decidiu pela execução imediata das penas da maioria dos réus, com exceção daquelas que são objeto de recursos, critério que impede, por exemplo, a execução imediata das penas impostas por formação de quadrilha a Dirceu, Genoino e Delúbio.
"O tribunal, por maioria, excluiu da execução imediata do acórdão as condenações que já foram impugnadas por meio de embargos infringentes, considerados os estritos limites de cada recurso, por ainda estarem pendentes de exame de admissibilidade", diz o resultado incluído no processo.
Assessores de Barbosa ainda trabalham num levantamento de penas, agravos e recursos apresentados para elaborar uma lista daqueles que já podem iniciar o cumprimento das penas, e no caso de prisões, em que regime.
O ministro Marco Aurélio Mello ponderou, antes do início da sessão desta quinta, que não é comum realizar as prisões em feriados ou durante a noite.
"Não há realmente algumas franquias previstas na Carta quanto ao período noturno", disse o ministro. "Não é praxe você ter o implemento do mandado de prisão em um domingo, como não é praxe também ser no 25 de dezembro", afirmou.
Dirceu, condenado a mais de 10 anos de prisão pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha, era ministro-chefe da Casa Civil na época do escândalo e foi apontado como chefe do grupo que atuava no esquema de compra de apoio político no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Apesar de a defesa do ex-ministro ter apresentado um recurso referente à pena pelo crime de formação de quadrilha, poderá ter determinado o cumprimento da pena pelo crime de corrupção.
Delúbio e Genoino também apresentaram embargos infringentes --recurso possível quando o réu obtém pelo menos 4 votos pela absolvição no julgamento--, mas podem ser obrigados a cumprir penas por outros crimes.
O ministro Luís Roberto Barroso explicou na quarta-feira que o cumprimento das penas que são objeto de recursos será decidido em questão de "dias ou semanas", até que a Corte avalie se esses embargos são ou não admissíveis.
"O tribunal decidiu que todas as penas podem ser executadas imediatamente, salvo em relação àqueles crimes que foram objeto de embargos infringentes", explicou o ministro.
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Ka chega com a cara da Ford, 4 portas e preço misterioso
Protótipo adianta visual do novo Ka
Apresentação atraiu executivos e políticos: (a partir da esquerda) Steven Armstrong, presidente da Ford América do Sul, o governador Jaques Wagner e o ministro César Borges (Transportes); (à direita do carro) Bill Ford, neto de Henry Ford e presidente do Conselho da montadora, e o ministro Fernando Pimentel (Indústria) também estão entre os convidados Murilo Góes/UOL
A Ford mostrou nesta quarta-feira (13), em sua fábrica de Camaçari, na Bahia, a nova geração do Ka. O modelo compacto deve entrar em produção entre março e abril de 2014, poucos meses depois de seu maior rival, o Volkswagen Up, chegar às ruas do Brasil.
GLOBAL
Claudio Luís de Souza/UOL
Projeto global feito no Brasil, assim como o EcoSport, novo Ka atraiu políticos, empresários e até mesmo Bill Ford, bisneto de Henry Ford e presidente do Conselho Mundial da montadora, à apresentação na Bahia.
Primeiras aparições, sob camuflagem pesada, foram na Europa. O carro real já tem pelo menos um destino internacional certo: na Índia, chegará como modelo 2015 para substituir o popular Ford Figo, equivalente ao brasileiro Fiesta Rocam. Substituição indica movimento a ser feito também por aqui.
O carrinho foi exibido fechado a sete chaves e ainda na forma de conceito (denominado Ka Concept) dentro da fábrica baiana da Ford. Políticos locais e o bisneto de Henry Ford, Bill, presidente do conselho mundial da empresa, estavam presentes. O ministro Fernando Pimentel (Indústria) representou o governo federal e a presidente.
A apresentação do protótipo reuniu centenas de funcionários da fábrica, que não pouparam aplausos e até gritos de "u-hu!" ao verem o simpático carrinho, ainda que de longe -- ele ficou num palco, ao qual tiveram acesso apenas as autoridades.
Antes, Bill Ford fez um discurso otimista, exaltando a nova fase da Ford, com foco na América do Sul, na Índia e na China (onde os carros compactos são os mais promissores até o final da década), e avisando: "O melhor ainda está por vir, e o novo Ka é apenas o começo".
Já os ministros Pimentel e César Borges (Transportes), além do governador Jaques Wagner, preferiram exaltar o bom momento da economia baiana, cujo PIB industrial cresce várias vezes mais que o nacional. Borges, tradicional político baiano, era o governador quando a Ford iniciou suas operações em Camaçari, no começo do século; Wagner está no cargo quando ela anuncia mais investimentos, que incluem nova fábrica de motores na mesma cidade.
CIDADÃO DO MUNDO
Desenvolvido no centro de design e projetos brasileiro da Ford, também em Camaçari, o novo Ka é mais um carro global da empresa, montado sobre a plataforma compacta já usada no New Fiesta e no EcoSport (este, outro projeto baiano). Por isso, o futuro compacto finalmente vai poder, entre outras coisas, oferecer quatro portas. O Ka atual, desde sempre, tem apenas duas.
Os preços e dados técnicos ficam para outra ocasião -- a promessa, no entanto, é que a nova geração traga itens inéditos em modelos compactos. Controles de tração e estabilidade, por exemplo, passam a ser possibilidades reais.
Já o infotainment deverá contar com docking station para smartphone e sistema multimídia Sync (ao menos nas versões mais caras), além de opção de ar-condicionado automático.
ESTILO
O Ka Concept traz linhas muito semelhantes às de outros modelos da Ford, como a grade dianteira formando um "bocão", a exemplo de New Fiesta e Fusion (o Focus ganha esta característica em 2014, mas apenas no exterior, já que acabou de ser lançado no Brasil).
Esse "family look", no entanto, é relativamente quebrado no Ka Concept pelo desenho do conjunto óptico, que lembra o de carros asiáticos, especialmente da Hyundai; e pela traseira, que não conseguiu fugir do que já conhecemos de hatches como Chevrolet Onix e Volkswagem Gol. Não é à toa: Onix e Gol, mais Hyundai HB20 e Fiat Palio, são apontados pela própria Ford como rivais do Ka (sobretudo com motorização de 1 litro).
O mesmo Ka aqui de Camaçari deve ser mostrado em breve na Índia, onde substitui o Figo, variação local do Fiesta Rocam. Assim como o Ka de segunda geração, também o nosso "Fiestinha" (hatch e sedã) será aposentado pela 3ª geração do compacto (que parece pouco maior que o atual). A carroceria sedã do novo Ka será exibida pela Ford apenas em 2014. Mas ela virá, para complementar a reforma geral na gama verde-amarela da Ford.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
O fim da URSS 1991 Especiamente para 2º e 3º médios do Colégio e Curso Performance.
Fim da União Soviética
Yeltsin e Gorbatchev conduziram o processo de abertura política e econômica da União Soviética.
A queda do governo de Stálin trouxe à tona uma série de transformações que abriu portas para o fim da centralização política promovida pelo stalinismo. No governo de Nikita Kruchev, várias das práticas corruptas e criminosas do regime stalinista foram denunciadas. Depois de seu governo, Leonid Brjnev firmou-se frente a URSS de 1964 a 1982. Depois desse período, Andropov e Constantin Tchernenko assumiram o governo russo.
Nesse período, os problemas gerados pela burocratização do governo soviético foram piorando a situação social, política e econômica do país. O fechamento do país para as nações não-socialistas forçou a União Soviética a sofrer um processo de atraso econômico que deixou a indústria soviética em situação de atraso. Além disso, os gastos gerados pela corrida armamentista da Guerra Fria impediam que a União Soviética fosse capaz de fazer frente às potências capitalistas.
A população que tinha acesso ao ensino superior acabou percebendo que o projeto socialista começava a ruir. As promessas de prosperidade e igualdade, propagandeadas pelos veículos de comunicação estatais, fazia contraste com os privilégios a uma classe que vivia à custa da riqueza controlada pelo governo. Esse grupo privilegiado, chamado de nomenklatura, defendia a manutenção do sistema unipartidário e a centralização dos poderes políticos.
No ano de 1985, o estadista Mikhail Gorbatchev assumiu o controle do Partido Comunista Soviético com idéias inovadoras. Entre suas maiores metas governamentais, Gorbatchev empreendeu duas medidas: a perestroika ( reestruturação) e a glasnost (transparência). A primeira visava modernizar a economia russa com a adoção de medidas que diminuía a participação do Estado na economia. A glasnost tinha como objetivo abrandar o poder de intromissão do governo nas questões civis.
Em esfera internacional, a União Soviética buscou dar sinais para o fim da Guerra Fria. As tropas russas que ocupavam o Afeganistão se retiraram do país e novos acordos econômicos foram firmados junto aos Estados Unidos. Logo em seguida, as autoridades soviéticas pediram auxílio para que outras nações capitalistas fornecessem apoio financeiro para que a nação soviética superasse suas dificuldades internas.
A ação renovadora de Mikhail Gorbatchev criou uma cisão política no interior da União Soviética. Alas ligadas à burocracia estatal e militar faziam forte oposição à abertura política e econômica do Estado soviético. Em contrapartida, um grupo de liberais liderados por Boris Ieltsin defendia o aprofundamento das mudanças com a promoção da economia de mercado e a privatização do setor industrial russo. Em agosto de 1991, um grupo de militares tentou dar um golpe político sitiando com tanques a cidade de Moscou.
O insucesso do golpe militar abriu portas para que os liberais tomassem o poder. No dia 29 de agosto de 1991, o Partido Comunista Soviético foi colocado na ilegalidade. Temendo maiores agitações políticas na Rússia, as nações que compunham a União Soviética começaram a exigir a autonomia política de seus territórios. Letônia, Estônia e Lituânia foram os primeiros países a declararem sua independência. No final daquele mesmo ano, a União Soviética somente contava com a integração do Cazaquistão e do Turcomenistão.
No ano de 1992, o governo foi passado para as mãos de Boris Ieltsin. Mesmo implementando diversas medidas modernizantes, o governo Ieltsin foi marcado por crises inflacionárias que colocavam o futuro da Rússia em questão. No ano de 1998, a crise econômica russa atingiu patamares alarmantes. Sem condições de governar o governo, doente e sofrendo com o alcoolismo, Boris Ieltsin renunciou ao governo. Somente a partir de 1999, com a valorização do petróleo no governo de Vladimir Putin, a Rússia deu sinais de recuperação. Brasil Escola
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Disco Music
Donna Summer foi considerada a maior expressão da Disco Music pelos seus grandes sucessos como Love To Love You Baby (1975) e I Feel Love (1977) que revolucionou a música eletrônica ao lado do seu produtor Giorgio Moroder. Recebendo o título de a Rainha das Discotecas (Disco Queen)
A música disco (também conhecida em inglês disco music ou, em francês, discothèque10 ) é um gênero de música de dança cuja popularidade atingiu o pico em meados da década de 1970. Teve suas raízes nos clubes de dança voltados para negros, latino-americanos, gays e apreciadores de música psicodélica, além de outras comunidades na cidade de Nova York e Filadélfia durante os anos 1970. A música disco foi um movimento de liberdade de expressão, liderado pelos gays, negros e latinos heterossexuais contra a dominância do rock e desvalorização da música dance da contracultura durante este período. Mulheres abraçaram bem o estilo, sendo consideradas “divas”, vários grupos também foram populares na época. O estilo é conhecido por ser o primeiro abraçado por casas de dança, denominados "discotecas" e posteriormentes apenas clubes.
As principais influências musicais incluem o funk, a música latina, psicodélica e o soul music. Arranjos de música clássica como acompanhamento são freqüentes no estilo, criando um som cheio de colcheias e fusas mas ao mesmo tempo muito repetitivo. A introdução de arranjos orquestrais é uma herança do som da Motown. As linhas de baixo elétrico vindo do funk, e os cantores geralmente preferiam cantar em falsete. Na maioria das faixas de disco, cordas, metais, pianos elétricos e guitarras criam um som de fundo luxuriante. Ao contrário do rock, guitarra é raramente usada em solos.
Nos anos 1970 os mais famosos artistas de disco eram Donna Summer, Bee Gees, KC and the Sunshine Band, ABBA, Chic, os irmãos The Jacksons. Summer se tornaria a primeira artista de disco popular, recebendo o título de "Rainha do Disco", e também desempenhou um papel pioneiro no som da eletrônica, que mais tarde tornou-se uma parte da disco. Embora os artistas tenham acumulado a maior parte da atenção pública, os produtores por trás das cenas tiveram um papel importante na música disco, já que muitas vezes escreviam canções e criavam sons inovadores. O filme Saturday Night Fever contribuiu para o aumento da popularidade da disco music.
Durante o início da década de 1980, a disco music começou a sofrer preconceito nos Estados Unidos que criticavam as danças, e os amantes do estilo que eram minorias na sociedade como negros, mulheres e homossexuais. A música disco da década foi apelidada de Pós-Disco, e o rock votou a dominar as paradas estado-unidenses. Apesar da queda da popularidade nos Estados Unidos, a disco music continuou a fazer sucesso no mundo todo durante toda a década de 1980 até evoluir para os derivados de música dance/eletrônica populares nas décadas seguintes. Wikipedia
The Doors - Light My Fire (Live) New York
http://www.youtube.com/v/vw40NMa_0RM?autohide=1&version=3&attribution_tag=ZRODqIV1SvTSWFlneOrGkw&autoplay=1&showinfo=1&feature=share&autohide=1
Sex Pistols - Holidays In The Sun
http://www.youtube.com/v/227m9lw5CcI?version=3&autohide=1&autohide=1&feature=share&showinfo=1&autoplay=1&attribution_tag=Y9yx-tYGnEFaCctJoxJ_zQ
Movimento Punk
Figura 3 Ramones: canções e um visual que inspirou milhares de punks ao redor do mundo
No mundo pós-Segunda Guerra, observamos que a formação de uma cultura jovem tomava proporções nunca antes imaginadas. O “baby boom” dessa época acabou sendo responsável pela existência de toda uma geração de adolescentes e jovens adultos que ganharam tremenda relevância nos mais diversos tipos de manifestação artística. No mundo da música, o rock’n’roll foi, de longe, o mais bem sucedido manifestante dessa cultura jovem.
Em pouco tempo, a estética trazida pelo rock foi empregada para se transmitir as diferentes formas de mensagem. Sendo assim, na década de 1960, alguns jovens começaram se identificar com uma música de temas menos pretensiosos e que falasse das experiências cotidianas de modo crítico e direto. Em geral, esse tipo de demanda apareceu entre os jovens norte-americanos, que não se identificavam tanto com a lisergia e o experimentalismo que começavam a ganhar espaço entre diversas bandas.
Foi assim que, nos Estados Unidos, bandas como MC5, Stooges e Velvet Underground ofereceram um tipo de performance e letras que foram uma das primeiras referências para a ascensão do punk como estilo musical. As canções rápidas e a falta de arranjos mais complexos indicavam um caminho que tinha muito a oferecer. Na década de 1970, a banda Ramones solidificou um modo de comportamento e canções ainda mais toscas e objetivas.
Até aquele exato momento, os punks – que ainda nem chegavam a se identificar uniformemente de tal modo – tinham toda aquela energia voltada para a provocação, a ironia e o deboche. Na Inglaterra, os problemas econômicos e sociais serviram de base de sustentação para que o punk assumisse uma vertente bem mais crítica e agressiva. Nas terras da rainha, surgiu a banda Sex Pistols como uma eficiente representação dessa nova situação que o punk assumiu.
Com o passar do tempo, a popularização do punk teve a capacidade de influenciar jovens de diferentes partes do mundo e promover a organização de festivais, o surgimento de outras bandas e a produção de uma literatura oriunda desse mesmo contexto. Tal êxito acabou servindo de inspiração para que a própria indústria cultural absorvesse elementos visuais e musicais que estabeleceram a explosão do gênero musical “New Wave”, na década de 1980.
Enquanto essa absorção dos grandes meios de comunicação acontecia, o punk continuava a se frutificar em uma versão ainda virulenta com o aparecimento das bandas de hardcore, que dialogavam com alguns elementos do heavy metal. Ainda hoje, percebemos que muitos dos elementos do movimento punk foram trazidos para o consumo massificado. De tal forma, notamos que o punk vive uma crise contemporânea em que a sua própria existência e viabilidade são foco de constantes debates.
Por Rainer Sousa
Mestre em História
Equipe Brasil Escola
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Hippies
Ícones do Movimento Hippie /Bob Dylan, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison e Joan Baez
Os hippies foram parte do movimento de contracultura dos anos 1960. Embora tendo uma relativa queda de popularidade nos anos 1970 nos Estados Unidos, o movimento apenas ganhou mais força em países como o Brasil somente a partir dessa década. Uma das frases associadas a este movimento foi a célebre máxima "paz e amor" (em inglês, "peace and love"), que precedeu a expressão "ban the bomb" ("proíbam a bomba"), a qual criticava o uso de armas nucleares. As questões ambientais, a prática de nudismo e a emancipação sexual eram ideias respeitadas recorrentemente por estas comunidades.
Adotavam um modo de vida comunitário1 , tendendo a uma espécie de socialismo libertário, a um estilo de vida nômade e à vida em comunhão com a natureza. Negavam o nacionalismo e a Guerra do Vietnã, bem como todas as guerras2 . Abraçavam aspectos de religiões orientais como o budismo e o hinduísmo e das religiões das culturas nativas norte-americanas. Estavam em desacordo com valores tradicionais da classe média americana e das economias capitalistas. Enxergavam o patriarcalismo, o militarismo, o poder governamental, as corporações industriais, a massificação, o capitalismo, o autoritarismo e os valores sociais tradicionais como parte de uma instituição única sem legitimidade.
O termo derivou da palavra em inglês hipster, que designava as pessoas nos Estados Unidos que se envolviam com a cultura negra, como Harry The Hipster Gibson. Em 6 de setembro de 1965, o termo hippie foi utilizado pela primeira vez: foi em um artigo do jornalista Michael Smith, em um jornal de São Francisco. A eclosão do movimento foi antecedida pela chamada Geração Beat, os beatniks, uma leva de escritores e artistas que assumiram os comportamentos que viriam a ser copiados posteriormente pelos hippies3 . Com a palavra "beat", John Lennon, transformado em um dos principais porta-vozes pop do movimento hippie, criou o nome da sua banda - The Beatles. Tanto o termo beatnik como o termo hippie assumiram sentido pejorativo para a grande massa norte-americana.
Nos anos 1960, muitos jovens passaram a contestar a sociedade e a pôr em causa os valores tradicionais e o poder militar e econômico. Esses movimentos de contestação iniciaram-se nos Estados Unidos, impulsionados por músicos e artistas em geral. Os hippies defendem o amor livre e a não violência. O lema "Paz e Amor" sintetiza bem a postura política dos hippies, que constituíram um movimento por direitos civis, igualdade e antimilitarismo nos moldes da luta de Gandhi e Martin Luther King, embora não tão organizadamente, mantendo uma postura mais anárquica do que anarquista propriamente, neste sentido.
Como grupo, os hippies tendem a viver em comunidades coletivistas ou de forma nômade, vivendo e produzindo independentemente dos mercados formais. Usam cabelos e barbas mais compridos do que era considerado "elegante" na época do seu surgimento. Muita gente não associada à contracultura considerava os cabelos compridos uma ofensa, em parte por causa da atitude iconoclasta dos hippies, às vezes por acharem "anti-higiênicos" ou os considerarem "coisa de mulher". Foi quando a peça musical Hair saiu do circuito chamado off-Broadway para um grande teatro da Broadway em 1968 que a contracultura hippie se massificou.
Os Hippies não pararam de fazer protestos contra a Guerra do Vietnã. A massa dos hippies eram soldados que voltaram depois de ter contato com os Indianos e a cultura oriental e que, a partir desse contato, se inspiraram na religião e no jeito de viver oriental para protestarem contra o estilo de vida ocidental. Seu principal símbolo era a figura circular com 3 intervalos iguais.
Outras características associadas aos hippies
A kombi se tornou um dos símbolos principais da contracultura e do movimento hippie, desde 1960 até hoje
Roupas velhas e naturalmente rasgadas, para ir em oposição ao consumismo, ou então roupas com cores berrantes para fazer apologia à psicodelia, além de diversos outros estilos incomuns (tais como calças boca-de-sino, camisas tingidas, roupas de inspiração indiana).
Predileção por certos estilos de música, como rock psicodélico, The Beatles, Grateful Dead, Jefferson Airplane, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Led Zeppelin, Quicksilver Messenger Service, The Doors, Pink Floyd, The Kinks, Bob Dylan, Raul Seixas, Neil Young, Mutantes, Zé Ramalho, Secos & Molhados, os tropicalistas (Caetano Veloso, Gilberto Gil etc.), Novos Baianos, A Barca do Sol , soft rock como Sonny & Cher e Fleetwood Mac, hard rock como The Who etc. Também apreciavam o Goa Trance, isto, quando hippies viajantes, buscadores espirituais e um sem-número de pessoas ligadas a manifestações de contracultura, munidos de conhecimento técnico de produção de música electrónica e de um puro desejo de curtir e experimentar, desenvolveram, de forma intuitiva, um novo estilo sonoro. Um dos principais fundadores deste movimento foi Goa Gil.
Às vezes, tocar músicas nas casas de amigos ou em festas ao ar livre, como na famosa "Human Be-In" de San Francisco, ou no Festival de Woodstock em 1969. Atualmente, há o chamado Burning Man Festival.
Amor livre e sem distinções.
Ideais anarquistas de comunidades igualitárias e total liberdade não violenta.
Rejeição à produtos industrializados, consumo de produtos artesanais, principalmente na alimentação a opção por produtos naturais e orgânicos.
Vida em comunidades onde todos os ditames do capitalismo são deixados de lado. Por exemplo, todos os moradores exercem uma função dentro da comunidade, as decisões são tomadas em conjunto, normalmente é praticada a agricultura de subsistência e o comércio entre os moradores é realizado através da troca. Existem comunidades hippies espalhadas no mundo inteiro; vivem para a subsistência.
O incenso e meditação são parte integrante da cultura hippie pelo seu caráter simbólico e quase religiosos;
Uso de drogas como marijuana (maconha), haxixe, e alucinógenos como o LSD e psilocibina (alcalóide extraído de um cogumelo), visando a "liberação da mente", seguindo as ideias dos beats e de Timothy Leary, um psicólogo proponente dos benefícios terapêuticos e espirituais do LSD. Porém muitos consideravam o cigarro feito de tabaco como prejudicial à saúde. O uso da maconha era exaltado também por sua natureza iconoclasta e ilícita, mais do que por seus efeitos psicofarmacêuticos;
Culto ao prazer livre, seja ele físico, sexual ou intelectual.
Repúdio à ganância e à falsidade.
Quanto à participação política, mostravam algum interesse, mas nunca de maneira tradicional. Eram adeptos do pacifismo e, contrários à guerra do Vietnã, participaram de algumas manifestações antiguerra dos anos 1960, não todas, como se acredita. Nos Estados Unidos, pregaram o "poder para o povo". Muitos não se envolvem em qualquer tipo de manifestação política por privilegiarem muito mais o bem estar da alma e do indivíduo, mas assumem uma postura tendente à esquerda, geralmente elevando ideais anarquistas ou socialistas. São contra qualquer tipo de autoritarismo e preocupados com as questões sociais como a discriminação racial, sexual etc.
Fome intelectual insaciável. Raramente são adeptos de muitas inovações tecnológicas, preferindo uma vida distante de prazeres materiais.
Misticismo.
Por volta de 1970, muito do estilo hippie se tornou parte da cultura principal, disseminando a sua essência por todas as áreas das sociedades atuais. A liberdade sexual, a não discriminação das minorias, o ambientalismo e o misticismo atual são, em larga medida, produto da contestação hippie.
No entanto, a grande imprensa perdeu seu interesse na subcultura hippie, apesar de muitos hippies terem continuado a manter uma profunda ligação com a mesma. Como os hippies tenderam a evitar publicidade após a era do Verão do Amor e de Woodstock, surgiu um mito popular de que o movimento hippie não mais existia. No entanto, ele continuou a existir em comunidades mundo afora, como andarilhos que acompanhavam suas bandas preferidas, ou às vezes nos interstícios da economia global. Ainda hoje, muitos se encontram em festivais e encontros para celebrar a vida e o amor, como no Peace Fest e nas reuniões da família arco-íris. Wikipedia
Balança comercial brasileira tem déficit de US$224 mi em outubro--Ministério
A balança comercial brasileira acumula um déficit de US$ 1,832 bilhão no ano, entre os meses de janeiro e outubro, ante um superávit de US$ 17,350 bilhões em igual período de 2012 (Foto: Divulgação)
BRASÍLIA, 1 Nov (Reuters) - A balança comercial brasileira registrou déficit de 224 milhões de dólares em outubro, informou nesta sexta-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O resultado veio abaixo do esperado pela mediana dos especialistas consultados pela Reuters, com projeção de saldo positivo de 1,5 bilhão de dólares, que variaram de déficit de 1 bilhão de dólares a superávit de 9,95 bilhões de dólares.
O saldo negativo ocorre depois de dois meses de superávit. Em setembro, a balança comercial havia registrado saldo positivo de 2,147 bilhões de dólares.
No mês passado, as exportações somaram 22,822 bilhões de dólares e as importações, 23,046 bilhões de dólares, ainda segundo o ministério.
(Reportagem de Luciana Otoni)
BRASÍLIA, 1 Nov (Reuters) - A balança comercial brasileira registrou déficit de 224 milhões de dólares em outubro, informou nesta sexta-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O resultado veio abaixo do esperado pela mediana dos especialistas consultados pela Reuters, com projeção de saldo positivo de 1,5 bilhão de dólares, que variaram de déficit de 1 bilhão de dólares a superávit de 9,95 bilhões de dólares.
O saldo negativo ocorre depois de dois meses de superávit. Em setembro, a balança comercial havia registrado saldo positivo de 2,147 bilhões de dólares.
No mês passado, as exportações somaram 22,822 bilhões de dólares e as importações, 23,046 bilhões de dólares, ainda segundo o ministério.
(Reportagem de Luciana Otoni)
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Tropicália
Tropicália
Por Ana Lucia Santana
O universo musical brasileiro estava saindo dos embalos da bossa nova, quando mergulhou num movimento cultural contestador e vanguardista, em plena década de 60, a Tropicália ou Tropicalismo. O país
estava recém-dominado pela ditadura militar, em plena efervescência social e política, lutando contra a presença dos militares no poder, contra as sementes iniciais da censura. Embora prestes a enfrentar um regime endurecido, após um golpe dentro do golpe, realizado em 1968 pela ala mais conservadora do Exército, através da promulgação do Ato Institucional número 5, o famoso AI-5, a geração dos Centros Populares de Cultura, da Arena, dos movimentos estudantis, continuava a pleno vapor no exercício de uma energia criativa que parecia inesgotável.
É neste contexto que nasce o movimento tropicalista, sob a inspiração da esfera pop local e da estrangeira, principalmente do pop-rock e do concretismo. A tropicália era o espelho do sincretismo brasileiro, pois mesclava em um único caldeirão as mais diversas tendências, como a cultura popular brasileira e inovações extremas na estética. Ela pretendia subverter as convenções, transgredir as regras vigentes, tanto nos aspectos sócio-políticos, quanto nas dimensões da cultura e do comportamento.
Integraram diligentemente esta corrente cultural o cantor e compositor baiano Caetano Veloso, Torquato Neto, também poeta, Gilberto Gil, Os Mutantes, Tom Zé, o maestro e arranjador Rogério Duprat, as cantoras Gal Costa e Nara Leão, no campo musical; Hélio Oiticica e outros criadores nas Artes Plásticas; Glauber Rocha e seu Cinema Novo na esfera audiovisual; e figuras como José Celso Martinez Corrêa no teatro.
A Tropicália não era exatamente uma nova modalidade musical, mas principalmente uma renovada forma de agir e de participar do cenário cultural nacional, com ares críticos e transformadores. Não era contra a Bossa Nova que esta corrente pretendia se insurgir, mas sim contra a paisagem morna, entediante e de certa forma reacionária que se instaurara nos meios musicais dominados pela MPB. Alguns artistas se deram conta, então, da necessidade de abalar este contexto, apropriando-se das guitarras vibrantes do rock ou até mesmo dos embalos da Jovem Guarda, então liderada por Roberto e Erasmo Carlos, entre outros.
Era preciso conquistar a simpatia do maior número possível de adeptos para se quebrar as correntes nacionalistas que engessavam a cultura neste momento, e assim nomes de peso, como os de Dorival Caymmi, Edu Lobo, Chico Buarque de Hollanda, Paulinho da Viola e Sérgio Ricardo, foram cortejados pelos ideais de Caetano e Gil, mas estes não obtiveram êxito em suas tentativas, pois a vertente das músicas de protesto ganhava força com a situação de opressão vivida pela Nação.
Os festivais da Record simbolizaram naquele momento a arena na qual estes antagonismos mais se traduziram, gerando controvérsias e empolgando platéias, divididas entre seus ídolos e sonhos distintos. Nestes palcos vieram à luz canções como Alegria, Alegria, de Caetano, e Domingo no Parque, de Gilberto Gil, na terceira versão deste famoso festival, em 1967. As posições do público eram acirradas, já que muitos dos presentes eram estudantes de esquerda, que viam no uso de guitarras e no rock símbolos do domínio dos EUA. Mas o júri e uma boa parte dos que testemunhavam este momento histórico, de seus lugares no auditório, receberam muito bem esta novidade. Assim, a composição de Gil tornou-se vice-campeã, ao lado da vencedora Ponteio, de Edu Lobo e Capinam, enquanto Alegria, Alegria, embora tenha ocupado o quarto lugar, virou campeã de execução nas rádios brasileiras.
Os críticos do Tropicalismo o consideravam uma corrente cultural sem nenhum engajamento político, o qual era quase um requisito obrigatório, nesta época, para se passar pelo crivo da crítica. Porém, os próprios tropicalistas não pretendiam se enquadrar nesta categoria, pois não eram revolucionários no conteúdo tradicional, mas sim na estética. Esta era realmente sua forma de subverter os padrões vigentes. InfoEscola
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