sexta-feira, 29 de março de 2024

Edgar Allan Poe


 Edgar Allan Poe

Poeta norte-americano

Por Dilva Frazão


Biografia de Edgar Allan Poe

Edgar Allan Poe (1809-1849) foi um poeta, escritor, crítico literário e editor norte-americano. Autor do famoso poema “O Corvo”. Escreveu contos de mistério e horror, inaugurando um novo gênero e estilo na literatura.


Edgar Allan Poe nasceu em Boston, nos Estados Unidos, no dia 19 de janeiro de 1809. Filho de atores ambulantes, quando tinha um ano, seu pai deixou a casa e no ano seguinte, sua mãe faleceu. Com dois anos foi adotado por um rico comerciante escocês. Fez seus primeiros estudos em Glasgow, na Escócia e depois em um internato em Londres, onde a família se estabeleceu, em 1816.


Em 1820 já estava de volta aos Estados Unidos onde continuou os estudos em uma escola de Richmond, Virgínia. Em 1823 escreveu seus primeiros poemas. Em 1826 ingressou na Universidade de Virgínia. Nessa época, começou seu envolvimento com o jogo e o álcool. Tinha uma relação conflituosa com seu tutor.


Carreira literária

Em 1827 publicou seu primeiro livro de poemas “Tamerlão e Outros Poemas”. Em 1829 foi viver com sua tia e uma prima. Nesse mesmo ano, publicou “Tamerlão e Poemas Menores”.


Em 1830, Allan Poe ingressou na Academia Militar de West Point. Depois de oito meses foi expulso por indisciplina. Em 1831 publicou o livro “Poemas”. Em 1833 recebeu um prêmio em dinheiro, do Saturday Visitor, por seu “Manuscrito Encontrado Numa Garrafa”.


Em 1835, Allan Poe tornou-se editor literário da Southern Literary Messenger, de Richmond. No mesmo ano, casou-se com sua prima Virginia Clemm, de apenas 13 anos. Seu problema com a bebida se agravou, sendo despedido do emprego.



Mudou-se para Nova Iorque e passou os anos seguintes envolvido com a criação de novas obras, ao mesmo tempo em que trabalhava em alguns periódicos da Filadélfia e de Nova Iorque.


Em 1838 publicou uma novela de tema marinho. Posteriormente, publicou coletâneas de seus textos de ficção: “Contos do Grotesco e Arabesco” (1839), “Romances em Prosa de Edgar A. Poe” (1843) e “Contos” (1845). Em 1847 sua mulher faleceu, agravando ainda mais o seu vício com o álcool.


A aura de escândalo que o envolvia impediu que seu prestígio se consolidasse. Esquecido e incompreendido por seus compatriotas, foram os simbolistas franceses e, em particular Charles Baudelaire, que lhe reconheceram o gênio


Em 1849, após viajar de Richmond para Baltimore, perdeu-se pelas ruas, sendo encontrado bêbado, delirando em uma taberna. Foi levado para um hospital onde passou seus últimos dias.


Edgar Allan Poe faleceu em Baltimore, Maryland, Estados Unidos, no dia 7 de outubro de 1849.


Características da Obra de Edgar Allan Poe

Allan Poe deixou poemas, contos e romance com temas de mistério e de horror. Muitas de suas obras exploram a temática do sofrimento causado pela morte. O poeta acreditava que nada seria mais romântico que um poema sobre a morte de uma mulher bonita.



Foi considerado o criador do conto policial. Seus poemas mergulham na tristeza e as narrativas em temas de morte, que refletem os tormentos do autor. Por outro lado, possuía grande capacidade analítica sendo considerado o pai das modernas histórias de detetive. Sua primeira novela policial foi “Os Assassinatos na Rua Morgue” (1841).


Suas obras foram um marco para a literatura norte-americana contemporânea, com destaque para "Contos do Grotesco e Arabesco", que influenciaram diversas gerações de escritores de livros de suspense e terror. Publicou os poemas, “O Gato Preto” (1843), “O Corvo e Outros Poemas” (1845) e “Annabel Lee” (1849).


O Corvo


Em certo dia, à hora, à hora

Da meia-noite que apavora,

Eu caindo de sono e exausto de fadiga,

Ao pé de muita lauda antiga,

De uma velha doutrina, agora morta,

Ia pensando, quando ouvi à porta

Do meu quarto um soar devagarinho

E disse estas palavras tais:

"É alguém que me bate à porta de mansinho;

Há de ser isso e nada mais." 


Ah! bem me lembro! bem me lembro!

Era no glacial dezembro;

Cada brasa do lar sobre o chão refletia

A sua última agonia.

Eu, ansioso pelo sol, buscava

Sacar daqueles livros que estudava

Repouso (em vão!) à dor esmagadora

Destas saudades imortais

Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora,

E que ninguém chamará jamais.


Outras Obras de Edgar Allan Poe

Poemas (1831)

Berenice (1835)

A Queda da Casa de Usher (1839)

O Retrato Oval (1842)

O Poço e o Pêndalo (1842)

O Coração Revelador (1843)

Filosofia da Composição (1845)

O Barril de Amontillado (1846)

Príncipe Poético (1850)


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