quinta-feira, 13 de maio de 2021

A ESCOLA NÃO COMBINA COM IDEOLOGIAS, BULLYING, AUTORITARISMO OU QUALQUER TIPO DE OPRESSÃO /// Esse é o caso de Another Brick In The Wall, do quarteto Pink Floyd. A música foi lançada em 1979, no disco The Wall, e é, até hoje, um hino do rock progressivo. E não é para menos: a letra fala sobre temáticas bastante importantes, como sistema educacional, ideologia, autoritarismo e sociedade. //Another Brick In The Wall - Pink Floyd (Legendado PT-BR)




O PAPEL DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DO CIDADÃO 

A escola exerce dois papéis fundamentais na sociedade: socializar e democratizar o acesso ao conhecimento e promover a construção moral e ética nos estudantes. Esses dois papéis compõem a formação de pessoas conscientes, críticas, engajadas e com potencial de transformação de si mesmas e da sociedade.

O papel da escola na formação do cidadão é essencial para o bom funcionamento da sociedade. De todo educador e de toda instituição da Educação Básica é esperada atenção especial a esse propósito social e, ainda mais após a aprovação da Base Nacional Comum Curricular, esse princípio deve nortear cada etapa do processo de aprendizagem.

Neste artigo, você vai entender com mais detalhes o lugar na escola na formação cidadã e qual é o papel dos educadores no desenvolvimento de seus estudantes para enfrentar os desafios da vida adulta e do que fazer após a escola.

Entenda o papel da escola na formação do cidadão
A escola atua em vários campos possíveis na formação integral das crianças e adolescentes. Continue lendo e saiba mais sobre a importância e o papel da escola na formação da sociedade:

A criança é o futuro da sociedade
Trabalhar para um futuro melhor, uma sociedade mais justa e um país mais próspero deve necessariamente passar por um investimento direto nas gerações futuras, ou seja, as crianças.

Como futuros cidadãos e cidadãs, as crianças devem aprender desde o princípio da vida social qual é o seu lugar no mundo, quais são os direitos e deveres de que dispõem (e como lutar por eles), e a importância de formar opiniões críticas e engajadas sobre os problemas da sociedade, do país e do mundo.

Nesse processo, as crianças estão inseridas em um contexto histórico e social próprio, no qual serão também agentes. A escola deve colaborar para que os mais jovens aprendam a ser e estar nesse contexto, assimilando o funcionamento das instituições, o modo como os conhecimentos são construídos e qual é o espaço que temos de transformação.

O trabalho educativo, portanto, está centrado na assimilação da cultura e do conhecimento que levará à formação histórica e social necessária para que o novo cidadão consiga compreender o contexto de sua existência e como pode se tornar um agente histórico.

O desenvolvimento da individualidade

A escola é o ambiente primário da socialização fora da família, sendo um dos espaços primordiais para a construção da personalidade de cada um. Cada indivíduo que ingressa na escola tem a oportunidade de construir as próprias opiniões, compartilhar ideias e, em último lugar, formar a própria personalidade.

Sendo assim, a socialização escolar é fundamental para desenvolver a autonomia na criança, que aprende a reproduzir as relações sociais e, a partir da convivência, consegue construir seu próprio modo de pensar e existir em sociedade. É esse trabalho que levará à formação de indivíduos críticos.

O estímulo ao pensamento crítico e à autonomia

Uma vez consolidados os aprendizados básicos sobre o funcionamento da sociedade, o papel da escola é estimular o pensamento crítico, a autonomia, a colaboração e cooperação entre indivíduos e a capacidade de tomada de decisões. Essas são habilidades essenciais para os futuros cidadãos na condução dos processos históricos dos quais eles serão agentes.

A escola pode trabalhar para isso promovendo debates e discussões com rigor e excelência de conhecimento; estimulando que os alunos desenvolvam projetos próprios e estimulando o ingresso na vida acadêmica e, a depender, na produção de conhecimento, como veremos adiante.

Saiba como motivar os alunos para a vida acadêmica

O trabalho de tornar os estudantes mais autônomos, independentes e críticos já é parte do preparo que a escola deve ter na formação e já serve como gatilho para que eles tenham interesse natural em continuar os estudos e investir na própria vida acadêmica.

Especialmente na terceira série do Ensino Médio, falar sobre carreira, profissão e cursos universitários deve ser comum. Os professores devem informar os estudantes sobre processos seletivos, bolsas de estudo, ENEM, além de incentivar uma boa orientação profissional por meio de eventos e programação especial.

ENEM e vestibulares

A escola deve preparar palestras específicas e inserir, na grade curricular normal, alguns momentos para explicar e tirar dúvidas dos estudantes sobre vestibulares e processos seletivos em geral, além de obtenção de bolsas de estudo e financiamento estudantil. Um dos focos principais deve ser o ENEM, principal porta de entrada para o Ensino Superior no Brasil.

Orientação profissional

Se a escola contar com psicólogo e orientador profissional em seu corpo de funcionários, a preparação psicológica e o processo de escolha de curso superior e de carreira para os alunos e alunas pode ganhar um bom aliado com este profissional. Docentes e coordenação devem estimular os estudantes a procurarem o orientador e marcarem sessões fixas esporádicas para que o acompanhamento seja feito de forma mais próxima.

Feiras de profissões

A escola pode organizar ao longo do ano uma feira de profissões, ou articular recursos para organizar uma excursão para levar os estudantes a uma feira universitária. Essa programação é uma ótima forma de aproximar os alunos e alunas do ambiente universitário e dos cursos na prática, podendo conversar com estudantes dos cursos e profissionais já formados.

Uma outra forma fácil de promover essa vivência dentro da escola é organizar um evento e convidar ex-estudantes da instituição, que estejam cursando diferentes tipos de graduação, para conversar com os alunos do Ensino Médio.

O pós-escola: Orientando para os desafios da vida adulta
A formação de um cidadão e adulto vai para muito além do vestibular e da definição profissional. É preciso orientar o jovem para os desafios que virão com a grande autonomia que a vida adulta, como um todo, traz.

Nesse momento, os estudantes estão enfrentando grandes desafios em suas vidas: escolher uma graduação, por vezes sair de casa, mudar-se de cidade, ter que lidar com muitas transformações muito rapidamente em ambiente não familiar.

A responsabilidade por suavizar os baques e eventuais problemas não é apenas da família, mas também da escola, que tem estrutura e suporte para oferecer uma orientação especializada.

Essa orientação pode estar dentro da grade curricular, com palestras e oficinas sobre esse momento de transição, ou também por meio de trabalhos e projetos extracurriculares que podem ser desenvolvidos, como oficinas de cidadania e responsabilidade civil, cursos de empreendedorismo e projeto de vida, entre outros.

O intuito é, também, mostrar a infinidade de possibilidades que há na vida para se seguir, ajudando a reduzir o peso do momento da escolha no vestibular e dando uma perspectiva mais ampla para o que é possível fazer e apostar na vida.

Conclusão

O papel último da escola é formar, idealmente, cidadãos éticos, social e ambientalmente responsáveis, com criticidade e autonomia de pensamento e engajados em transformar e melhorar a sociedade em que vivem. A formação cidadã busca este ideal orientando da melhor forma possível o processo de crescer e começar a atuar.

Docentes e coordenadores, ao longo de todo o Ensino Básico, devem ter essa referência em mente, reforçando em cada estudante a importância de colocar-se politicamente no mundo e de transformar seu meio com base na profissão que escolherem e no caminho que estiverem aptos a seguir.



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