segunda-feira, 5 de abril de 2021

Nouvelle Vague: revolução no cinema francês dos anos 60 é um dos mais importantes capítulos da história do cinema



 Nouvelle Vague: revolução no cinema francês dos anos 60 é um dos mais importantes capítulos da história do cinema

por: Vitor Paiva  (https://www.hypeness.com.br/)


A Nouvelle Vague possui lugar de destaque e na história do cinema: o movimento francês se moveu ao ritmo furioso e apaixonado da juventude do final dos anos 1950 e início dos anos 1960, para contrariar e transgredir em absoluto as normas que regiam os filmes até ali e se tornar um ponto sem volta, uma refundação na forma de se fazer e ver filmes – e, assim, de viver a vida.


Dos temas aos enquadramentos, das fotografias até a própria maneira de se escrever, produzir e realizar uma obra cinematográfica, cada parte fez o todo que se tornou um dos mais influentes e importantes momentos artísticos do século XX – e que o Telecine exibe e comemora em festival tanto no streaming quanto no canal Telecine Cult, como parte das celebrações pelos 125 anos do cinema. Vale lembrar que novos assinantes da plataforma do Telecine ganham os primeiros 30 dias de acesso. 



-125 anos do cinema: Telecine faz mostra dedicada às pioneiras na 7ª arte


A “Nova Onda” do cinema na França combinava realismo, subjetividade, experimentalismo e forte pegada autoral para, pelas lentes de grandes como Éric Rohmer, Jacques Rivette, Alain Resnais, Agnès Varda, François Truffaut e Jean-Luc Godard, mostrar nas telas o mundo que mudava nos anos 1960 – e para onde esse mundo deveria mudar.


Espécie de primo europeu do Cinema Novo brasileiro, a Nouvelle Vague rejeitava certa tradição em favor da inovação e da imaginação – misturando obras aos temas sociais e à própria explosão iconoclasta da época: a câmera como um instrumento para a revolução, o idealismo, o sonho, o novo.



-Cinelist homenageia Buñuel e o cinema surrealista como parte das comemorações pelos 125 anos do cinema


 Liberdade era palavra de ordem, e não só nas narrativas e diálogos dos personagens, mas também na maneira de se filmar, montar e mesmo pensar os filmes – que se tornavam mais manufaturados e avessos aos padrões técnicos do mercado, para mergulharem com ironia e violência em temas existenciais e políticos. 


Jean-Luc Godard

Godard tornou-se símbolo do movimento e de uma época © Wikimedia Commons


A forma livre de filmar e fazer um filme se tornava, com o movimento, também parte da ética e da própria expressão em obras históricas como Hiroshima Meu Amor, de Resnais, Jules e Jim, de Truffaut, Acossado, de Godard e Cléo de 5 às 7, de Varda – que dizia que tinha no acaso seu melhor roteirista.


Agnès Varda

Varda no set em 1960 © Getty Images


-Blaxploitation, Spike Lee e o cinema negro são celebrados como um dos capítulos fundamentais dos 125 anos de cinema em festival virtual


E se o acaso era senhor para os roteiros de Varda, o gênio da cineasta falecida em 2019 ajudou a ampliar e amplificar a revolução do movimento – que, pela lente da diretora belga que se tornaria um dos mais importantes nomes da Nouvelle Vague, passava também a lidar com os temas do feminino e do feminismo, os limites da ficção e do real em obras documentais e outros tantos temas sociais tratados com experimentalismo, delicadeza e força.


Cena de "Cléo das 5 às 7", de Varda

Cena de “Cléo das 5 às 7”, de Varda


 Para Scorcese, Varda era “uma das deusas do cinema”, e muitos especialistas consideram seu filme La Pointe Courte, de 1955, como a verdadeira fundação do movimento. Pois essa divindade da sétima arte também será homenageada com um dia inteiro somente para sua filmografia no Telecine. 


Jean-Paul Belmondo e Jean Seberg em cena de "Acossado", de Godard

Jean-Paul Belmondo e Jean Seberg em cena de “Acossado”, de Godard © reprodução


-‘É proibido proibir’: Como o maio de 1968 mudou para sempre os limites do ‘possível’


O festival acontece dentro do hub de cinema, no streaming, a qualquer hora, e  mas também será exibido no canal Telecine Cult, nos horários destacados abaixo.


 Domingo, 4 de abril – AGNÉS VARDA E A NOUVELLE VAGUE


Exibições no Telecine Cult em 04/04/2021:


14:55 – Os Renegados (1985)


16:45 – Uma Canta, a Outra Não (1977)


18:55 – As Duas Faces da Felicidade (1965)


20:25 – Cléo das 5 às 7(1962)


22:00 – La Pointe Courte (1955)


23:30 – Varda por Agnès (2019)


 


Cena de "Os Guarda Chuvas do Amor", de Jacques Demy

Cena de “Os Guarda Chuvas do Amor”, de Jacques Demy © reprodução


Sábado, 10 de abril de 2021 – NOUVELLE VAGUE


Exibições no Telecine Cult em 10/04/2021:


10:00 – Duas Garotas Românticas, de Jacques Demy (1967)


12:10 – Os Guarda-Chuvas Do Amor, de Jacques Demy (1963)


13:50 – A Baía Dos Anjos, de Jacques Demy (1963)


15:20 – Técnica de um Delator, de Jean-Pierre Melville (1962)


17:20 – Paris nos Pertence, de Jacques Rivette (1961)


19:50 – Os Amantes, de Louis Malle (1958)


21:30 – Os Pivetes, de François Truffaut (1958)


22:00 – Os Incompreendidos, de François Truffaut (1959)


23:45 – Jules e Jim – Uma Mulher para Dois, de François Truffaut (1962)


01:40 – Beijos Proibidos, de François Truffaut (1968)


Além dos horários de exibição no Telecine Cult apontados acima e do Festival 125 anos de Cinema ocorrendo dentro do hub, importante frisar que a maioria dos títulos citados ligados à Nouvelle Vague estão disponíveis no streaming do Telecine, em uma cinelist especial dedicada ao movimento e reunindo outros verdadeiros clássicos do movimento, como Uma Mulher é Uma Mulher, Acossado, O Bando à Parte e O Demônio das Onze horas, todos de Jean-Luc Godard – entre muitos outros. Vale lembrar que novos assinantes da plataforma do Telecine ganham os primeiros 30 dias de acesso. 


(https://www.hypeness.com.br/)


Nenhum comentário:

Postar um comentário