domingo, 30 de junho de 2019
China e EUA concordam em reiniciar discussões comerciais
China e EUA concordam em reiniciar discussões comerciais
Por Roberta Rampton e Michael Martina
OSAKA (Reuters) - Os Estados Unidos e a China concordaram, neste sábado, em reiniciar discussões comerciais, com os EUA suspendendo novas tarifas sobre exportações chinesas, em um sinal de pausa nas hostilidades comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
Ao comentar sobre uma longa disputa sobre a empresa de tecnologia chinesa Huawei, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que companhias norte-americanas receberiam permissão para vender componentes à maior fabricante de peças de telecomunicações do mundo, quando não houvesse problemas de segurança nacional.
A trégua ofereceu alívio a um impasse comercial de quase um ano, no qual os dois países impuseram tarifas em bilhões de dólares sobre importações um do outro, atrapalhando cadeias globais de fornecimento, agitando os mercados e prejudicando o crescimento global.
“Estamos de volta aos trilhos e vamos ver o que acontece”, disse Trump a repórteres, depois de uma reunião de 80 minutos com o presidente chinês, Xi Jinping, durante a cúpula dos líderes do G20 em Osaka, oeste do Japão.
Trump disse que, embora não suspenderia tarifas de importação existentes, ele evitaria impor novas cobranças em 300 bilhões de dólares de bens chineses adicionais — o que teria efetivamente estendido tarifas a tudo que a China exporta para os EUA.
“Estamos segurando as tarifas e eles comprarão produtos agrícolas”, disse, em uma entrevista coletiva, sem dar detalhes sobre compras futuras de produtos agrícolas pela China.
“Se chegarmos a um acordo, será um evento muito histórico”.
Trump não estabeleceu um cronograma para o que chamou de acordo complexo, mas disse que não estava com pressa. “Quero fazer direito”, afirmou.
HUAWEI
Sobre a Huawei, Trump afirmou que o Departamento de Comércio dos EUA iria se reunir nos próximos dias para discutir a retirada da empresa de uma lista de companhias proibidas de comprar componentes e tecnologias de empresas norte-americanas.
A China gostou da medida.
“Se os EUA fizerem o que dizem, então, claro, é bem-vindo”, disse Wang Xiaolong, enviado do ministério de Relações Exteriores da China para assuntos do G20.
Fabricantes de microchips norte-americanos também aplaudiram.
“Estamos animados que as conversas estão começando novamente e que novas tarifas estão suspensas e estamos ansiosos por mais detalhes sobre os comentários do presidente sobre a Huawei”, disse, em comunicado, o presidente da Associação de Semicondutores dos EUA.
A Huawei está sob escrutínio há mais de um ano devido a alegações dos EUA de que componentes em seus roteadores e outras peças permitiriam que a China espiasse as comunicações norte-americanas.
Embora a empresa tenha negado que seus produtos sejam uma ameaça de segurança, os EUA pressionaram seus aliados a evitar a Huawei em suas redes de quinta geração, ou 5G, e também sugeriram que isso poderia ser um fator em um acordo comercial.
Em um longo comunicado sobre discussões bilaterais, o ministério de Relações Exteriores da China creditou a Xi uma manifestação de esperança de que os EUA poderiam tratar as empresas chinesas com justiça.
Em assuntos de soberania e respeito, a China precisa resguardar seus interesses centrais, disse Xi, segundo o comunicado.
“A China é sincera sobre continuar a negociar com os Estados Unidos, mas negociações precisam ser em pé de igualdade e mostrar respeito mútuo”, disse Xi, segundo o ministério.
Trump havia ameaçado estender tarifas existentes a quase todas as importações chinesas para os EUA se a reunião não trouxesse progresso em várias demandas norte-americanas.
Agora, os mercados financeiros devem respirar aliviados com a retomada das discussões entre EUA e China.
Reportagem adicional de Chris Gallagher e Leika Kihara, em Osaka; Koh Gui Qing, em Nova York; e Ben Blanchard, em Pequim
(Reuters)
Por Roberta Rampton e Michael Martina
OSAKA (Reuters) - Os Estados Unidos e a China concordaram, neste sábado, em reiniciar discussões comerciais, com os EUA suspendendo novas tarifas sobre exportações chinesas, em um sinal de pausa nas hostilidades comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
Ao comentar sobre uma longa disputa sobre a empresa de tecnologia chinesa Huawei, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que companhias norte-americanas receberiam permissão para vender componentes à maior fabricante de peças de telecomunicações do mundo, quando não houvesse problemas de segurança nacional.
A trégua ofereceu alívio a um impasse comercial de quase um ano, no qual os dois países impuseram tarifas em bilhões de dólares sobre importações um do outro, atrapalhando cadeias globais de fornecimento, agitando os mercados e prejudicando o crescimento global.
“Estamos de volta aos trilhos e vamos ver o que acontece”, disse Trump a repórteres, depois de uma reunião de 80 minutos com o presidente chinês, Xi Jinping, durante a cúpula dos líderes do G20 em Osaka, oeste do Japão.
Trump disse que, embora não suspenderia tarifas de importação existentes, ele evitaria impor novas cobranças em 300 bilhões de dólares de bens chineses adicionais — o que teria efetivamente estendido tarifas a tudo que a China exporta para os EUA.
“Estamos segurando as tarifas e eles comprarão produtos agrícolas”, disse, em uma entrevista coletiva, sem dar detalhes sobre compras futuras de produtos agrícolas pela China.
“Se chegarmos a um acordo, será um evento muito histórico”.
Trump não estabeleceu um cronograma para o que chamou de acordo complexo, mas disse que não estava com pressa. “Quero fazer direito”, afirmou.
HUAWEI
Sobre a Huawei, Trump afirmou que o Departamento de Comércio dos EUA iria se reunir nos próximos dias para discutir a retirada da empresa de uma lista de companhias proibidas de comprar componentes e tecnologias de empresas norte-americanas.
A China gostou da medida.
“Se os EUA fizerem o que dizem, então, claro, é bem-vindo”, disse Wang Xiaolong, enviado do ministério de Relações Exteriores da China para assuntos do G20.
Fabricantes de microchips norte-americanos também aplaudiram.
“Estamos animados que as conversas estão começando novamente e que novas tarifas estão suspensas e estamos ansiosos por mais detalhes sobre os comentários do presidente sobre a Huawei”, disse, em comunicado, o presidente da Associação de Semicondutores dos EUA.
A Huawei está sob escrutínio há mais de um ano devido a alegações dos EUA de que componentes em seus roteadores e outras peças permitiriam que a China espiasse as comunicações norte-americanas.
Embora a empresa tenha negado que seus produtos sejam uma ameaça de segurança, os EUA pressionaram seus aliados a evitar a Huawei em suas redes de quinta geração, ou 5G, e também sugeriram que isso poderia ser um fator em um acordo comercial.
Em um longo comunicado sobre discussões bilaterais, o ministério de Relações Exteriores da China creditou a Xi uma manifestação de esperança de que os EUA poderiam tratar as empresas chinesas com justiça.
Em assuntos de soberania e respeito, a China precisa resguardar seus interesses centrais, disse Xi, segundo o comunicado.
“A China é sincera sobre continuar a negociar com os Estados Unidos, mas negociações precisam ser em pé de igualdade e mostrar respeito mútuo”, disse Xi, segundo o ministério.
Trump havia ameaçado estender tarifas existentes a quase todas as importações chinesas para os EUA se a reunião não trouxesse progresso em várias demandas norte-americanas.
Agora, os mercados financeiros devem respirar aliviados com a retomada das discussões entre EUA e China.
Reportagem adicional de Chris Gallagher e Leika Kihara, em Osaka; Koh Gui Qing, em Nova York; e Ben Blanchard, em Pequim
(Reuters)
sábado, 29 de junho de 2019
Mercosul e União Europeia fecham acordo de livre comércio
Mercosul e União Europeia fecham acordo de livre comércio
Por Philip Blenkinsop
BRUXELAS (Reuters) - O Mercosul e a União Europeia (UE) assinaram um acordo preliminar de livre comércio, anunciaram nesta sexta-feira as partes envolvidas, encerrando duas décadas de negociações.
Os dois blocos começaram a negociar há 20 anos, com diversos governos envolvidos nas conversas, mas os esforços foram intensificados após a eleição do presidente dos EUA, Donald Trump, quando a UE suspendeu negociações com o governo norte-americano e se voltou para outros aliados comerciais globais.
Com isso, foi selado acordo de livre comércio com o Canadá e com Japão e México e agora, após cerca de 40 rodadas de negociações, também chegaram a um acordo preliminar com o Mercosul, que inclui Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Mais cedo neste mês, a comissária de Comércio da UE, Cecilia Malmstrom, disse que selar um acordo comercial com o Mercosul era sua principal prioridade.
Após o anúncio, Malmstrom disse em uma entrevista coletiva que o acordo enviou uma “mensagem alta e clara” a favor da abertura comercial, num momento em que os líderes mundiais se reúnem na cúpula do G20, no Japão.
A UE já é o maior parceiro comercial e de investimentos do Mercosul e é o segundo maior em bens.
Em termos de reduções tarifárias, pode ser o acordo comercial mais lucrativo da UE até agora, com cerca de 4 bilhões de euros (US$ 4,55 bilhões) de economia em tarifas nas exportações, quatro vezes mais do que seu acordo com o Japão.
A Europa está de olho em aumentar o acesso para suas companhias fabricarem produtos industriais, notadamente carros, para os quais tarifas chegam a 35%, e permitindo a eles que concorram em licitações públicas. O Mercosul pretende elevar as exportações de carne bovina, açúcar, carne de aves e outros produtos agrícolas.
De acordo com estimativas do Ministério da Economia brasileiro, o acordo “representará um incremento do PIB brasileiro de 87,5 bilhões de dólares em 15 anos, podendo chegar a 125 bilhões de dólares se consideradas a redução das barreiras não-tarifárias e o incremento esperado na produtividade total dos fatores de produção”, segundo o comunicado.
O pacto engloba “temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras governamentais, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual”, segundo comunicado conjunto dos Ministérios das Relações Exteriores e da Economia.
Em entrevista coletiva em Bruxelas, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse que o acordo é estratégico para todos os setores da economia do país ao permitir a redução de custos e abrir mercados preferenciais no que ele disse ser o maior mercado importador do mundo.
“Um acordo dessa magnitude não deve ser olhado apenas do lado estático, de tarifa, mas sobretudo sob o ponto de vista dinâmico. Ele mexe com todo o conjunto da economia”, disse Araújo.
Sob o acordo, produtos agrícolas como suco de laranja, frutas e café solúvel terão suas tarifas eliminadas e exportadores brasileiros terão acesso ampliado, por meio de cotas, para carnes, açúcar, etanol, entre outros produtos.
Empresas brasileiras ainda serão beneficiadas com a eliminação das tarifas na exportação de 100% de produtos industriais, disse o comunicado.
Dessa forma, serão “equalizadas as condições de concorrência com outros parceiros que já possuem acordos de livre comércio com a UE”, disseram os ministérios em comunicado.
Pelo Twitter, o presidente Jair Bolsonaro, que está no Japão para a cúpula do G20, chamou o pacto de “histórico” e disse que “será um dos acordos comerciais mais importantes de todos os tempos e trará benefícios enormes para nossa economia”.
Participaram das negociações em Bruxelas Araújo, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o Secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, segundo o comunicado conjunto.
Preocupações da UE com um possível aumento nas importações de carne bovina e a hesitação do Mercosul sobre abrir alguns setores industriais, como carros, significaram idas e vindas nos prazos anteriores para se chegar a um acordo.
O acordo ainda enfrenta um caminho possivelmente difícil até a aprovação. A França e outros países temem o impacto de uma acentuada alta nas importações de carne bovina, enquanto grupos ambientalistas, cuja influência é mais forte no novo Parlamento Europeu, argumentam que o acordo pode exacerbar o desmatamento.
Agora, países da UE e o Parlamento Europeu ambos precisam aprovar o acordo para que entre em vigor.
Reportagem adicional de Cassandra Garrison em Buenos Aires, Marcelo Teixeira e Laís Martins em São Paulo, Ricardo Brito, em Brasília
(Reuters)
Por Philip Blenkinsop
BRUXELAS (Reuters) - O Mercosul e a União Europeia (UE) assinaram um acordo preliminar de livre comércio, anunciaram nesta sexta-feira as partes envolvidas, encerrando duas décadas de negociações.
Os dois blocos começaram a negociar há 20 anos, com diversos governos envolvidos nas conversas, mas os esforços foram intensificados após a eleição do presidente dos EUA, Donald Trump, quando a UE suspendeu negociações com o governo norte-americano e se voltou para outros aliados comerciais globais.
Com isso, foi selado acordo de livre comércio com o Canadá e com Japão e México e agora, após cerca de 40 rodadas de negociações, também chegaram a um acordo preliminar com o Mercosul, que inclui Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Mais cedo neste mês, a comissária de Comércio da UE, Cecilia Malmstrom, disse que selar um acordo comercial com o Mercosul era sua principal prioridade.
Após o anúncio, Malmstrom disse em uma entrevista coletiva que o acordo enviou uma “mensagem alta e clara” a favor da abertura comercial, num momento em que os líderes mundiais se reúnem na cúpula do G20, no Japão.
A UE já é o maior parceiro comercial e de investimentos do Mercosul e é o segundo maior em bens.
Em termos de reduções tarifárias, pode ser o acordo comercial mais lucrativo da UE até agora, com cerca de 4 bilhões de euros (US$ 4,55 bilhões) de economia em tarifas nas exportações, quatro vezes mais do que seu acordo com o Japão.
A Europa está de olho em aumentar o acesso para suas companhias fabricarem produtos industriais, notadamente carros, para os quais tarifas chegam a 35%, e permitindo a eles que concorram em licitações públicas. O Mercosul pretende elevar as exportações de carne bovina, açúcar, carne de aves e outros produtos agrícolas.
De acordo com estimativas do Ministério da Economia brasileiro, o acordo “representará um incremento do PIB brasileiro de 87,5 bilhões de dólares em 15 anos, podendo chegar a 125 bilhões de dólares se consideradas a redução das barreiras não-tarifárias e o incremento esperado na produtividade total dos fatores de produção”, segundo o comunicado.
O pacto engloba “temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras governamentais, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual”, segundo comunicado conjunto dos Ministérios das Relações Exteriores e da Economia.
Em entrevista coletiva em Bruxelas, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse que o acordo é estratégico para todos os setores da economia do país ao permitir a redução de custos e abrir mercados preferenciais no que ele disse ser o maior mercado importador do mundo.
“Um acordo dessa magnitude não deve ser olhado apenas do lado estático, de tarifa, mas sobretudo sob o ponto de vista dinâmico. Ele mexe com todo o conjunto da economia”, disse Araújo.
Sob o acordo, produtos agrícolas como suco de laranja, frutas e café solúvel terão suas tarifas eliminadas e exportadores brasileiros terão acesso ampliado, por meio de cotas, para carnes, açúcar, etanol, entre outros produtos.
Empresas brasileiras ainda serão beneficiadas com a eliminação das tarifas na exportação de 100% de produtos industriais, disse o comunicado.
Dessa forma, serão “equalizadas as condições de concorrência com outros parceiros que já possuem acordos de livre comércio com a UE”, disseram os ministérios em comunicado.
Pelo Twitter, o presidente Jair Bolsonaro, que está no Japão para a cúpula do G20, chamou o pacto de “histórico” e disse que “será um dos acordos comerciais mais importantes de todos os tempos e trará benefícios enormes para nossa economia”.
Participaram das negociações em Bruxelas Araújo, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o Secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, segundo o comunicado conjunto.
Preocupações da UE com um possível aumento nas importações de carne bovina e a hesitação do Mercosul sobre abrir alguns setores industriais, como carros, significaram idas e vindas nos prazos anteriores para se chegar a um acordo.
O acordo ainda enfrenta um caminho possivelmente difícil até a aprovação. A França e outros países temem o impacto de uma acentuada alta nas importações de carne bovina, enquanto grupos ambientalistas, cuja influência é mais forte no novo Parlamento Europeu, argumentam que o acordo pode exacerbar o desmatamento.
Agora, países da UE e o Parlamento Europeu ambos precisam aprovar o acordo para que entre em vigor.
Reportagem adicional de Cassandra Garrison em Buenos Aires, Marcelo Teixeira e Laís Martins em São Paulo, Ricardo Brito, em Brasília
(Reuters)
quinta-feira, 27 de junho de 2019
Quem sabe Câmara aprova Previdência ao menos em 1º turno antes do recesso, diz Bolsonaro
Quem sabe Câmara aprova Previdência ao menos em 1º turno antes do recesso, diz Bolsonaro
Reuters
(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que gostaria que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência fosse aprovada pelo plenário da Câmara dos Deputados ao menos em primeiro turno antes do recesso parlamentar, que começa em 18 de julho.
“Como está sendo conversado pelo governo, pelo Congresso Nacional, na semana que vem se vota na comissão especial e, pelo que tudo indica, se aprova o texto que, logo depois, na semana seguinte, já pode ir para plenário e, quem sabe, votar pelo menos em primeiro turno antes do recesso parlamentar”, disse o presidente durante a transmissão semanal ao vivo que faz em uma rede social.
O presidente fez a transmissão direto de Osaka, no Japão, onde participa da reunião do G20.
Por se tratar de uma PEC, a reforma precisa de 308 votos em dois turnos de votação na Câmara e, posteriormente, 49 votos também em duas rodadas no Senado para ser aprovada.
O texto da reforma ainda precisa ser votado pela comissão especial da Câmara que analisa a PEC, o que deve acontecer na próxima terça-feira.
Por Eduardo Simões
quarta-feira, 26 de junho de 2019
Andy Warhol
Andy Warhol
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Andy Warhol, nascido Andrew Warhola (Pittsburgh, 6 de agosto de 1928 — Nova Iorque, 22 de fevereiro de 1987), foi um pintor e cineasta norte-americano, bem como uma figura maior do movimento de pop art.
Biografia
Andy Warhol nasceu em Pittsburgh, Pensilvânia. Era o quarto filho de Andre Minharola e Julia Zavacká (1892–1972), cujo primeiro filho nasceu na sua terra natal e morreu antes de sua migração para os Estados Unidos. Seus pais eram imigrantes da classe operária originários de Mikó (hoje chamada Miková), no nordeste da Eslováquia, então parte do Império Austro-Húngaro. O pai de Warhol emigrou para os E.U.A em 1914 e sua mãe se juntou a ele em 1921, após a morte dos avós de Andy Warhol. Seu pai trabalhou em uma mina de carvão. A família vivia na Rua Beelen 55, e mais tarde na Rua Dawson 3252, em Oakland, um bairro de Pittsburgh. A família era católica bizantina rutena e frequentava a igreja católica bizantina de São João Crisóstomo em Pittsburgh. Andy Warhol tinha dois irmãos mais velhos, Ján e Pavol, que nasceram na atual Eslováquia. O filho de Pavol, James Warhola, tornou-se um bem sucedido ilustrador de livros para crianças.
Nos primeiros anos de estudo, Warhol teve coreia, uma doença do sistema nervoso que provoca movimentos involuntários das extremidades, que se acredita ser uma complicação da escarlatina e causa manchas de pigmentação na pele. Ele tornou-se um hipocondríaco, desenvolvendo um medo de hospitais e médicos. Muitas vezes de cama quando criança, se tornou um excluído entre os seus colegas de escola, ligando-se fortemente com sua mãe.Às vezes quando estava confinado à cama, desenhava, ouvia rádio e colecionava imagens de estrelas de cinema ao redor de sua cama. Warhol depois descreveu esse período como muito importante no desenvolvimento da sua personalidade, do conjunto de suas habilidades e de suas preferências.
Aos 17 anos, em 1945, entrou no Instituto de Tecnologia de Carnegie, em Pittsburgh, hoje Universidade Carnegie Mellon e se graduou em design.
Logo após mudou para Nova York e começou a trabalhar como ilustrador de importantes revistas, como Vogue, Harper's Bazaar e The New Yorker, além de fazer anúncios publicitários e displays para vitrines de lojas. Começa aí uma carreira de sucesso como artista gráfico ganhando diversos prêmios como diretor de arte do Art Director's Club e do The American Institute of Graphic Arts.
Fez a sua primeira mostra individual em 1952, na Hugo Galley onde exibe quinze desenhos baseados na obra de Truman Capote. Esta série de trabalhos é mostrada em diversos lugares durante os anos 50, incluindo o MOMA, Museu de Arte Moderna, em 1956. Passa a assinar Warhol.
A série de "Latas de Sopa Campbell", foi produzida por Warhol em 1962 e é um das suas obras mais conhecidas.
Warhol está enterrado no cemitério católico bizantino de S. João Batista na Pensilvânia.
Warhol e Tennessee Williams, num encontro em 1954.
Os anos 1960 marcam uma guinada na sua carreira de artista plástico e passa a se utilizar dos motivos e conceitos da publicidade em suas obras, com o uso de cores fortes e brilhantes e tintas acrílicas. Reinventa a pop art com a reprodução mecânica e seus múltiplos serigráficos são temas do cotidiano e artigos de consumo, como as reproduções das latas de sopas Campbell e a garrafa de Coca-Cola, além de rostos de figuras conhecidas como Marilyn Monroe, Liz Taylor, Michael Jackson, Elvis Presley, Pelé, Che Guevara, Brigitte Bardot e símbolos icônicos da história da arte, como Mona Lisa. Estes temas eram reproduzidos serialmente com variações de cores.
Além das serigrafias Warhol também se utilizava de outras técnicas, como a colagem e o uso de materiais descartáveis, não usuais em obras de arte.
Em 1968, Valerie Solanas, fundadora e único membro da SCUM (Society for Cutting Up Men - Sociedade para eliminar os homens) invade o estúdio de Warhol e o fere com três tiros, mas o ataque não é fatal e Warhol se recupera, depois de se submeter a uma cirurgia que durou cinco horas. Este fato é tema do filme I shot Andy Warhol (Eu atirei em Andy Warhol), dirigido por Mary Harron, em 1996. Em 1969 Andy Warhol fundou a revista de fofocas "Interview". Entre os anos 70 e 80, dedicou-se à pintura, escreveu diversos livros sobre si mesmo e sobre a Pop Art e apresentava um programa na TV.[carece de fontes]
Em 1987, ele foi operado na vesícula biliar. A operação correu bem mas Andy Warhol morreu no dia seguinte. Ele era célebre há 35 anos. De facto, a sua conhecida frase: In the future everyone will be famous for fifteen minutes (No futuro todos serão famosos durante quinze minutos), só se aplicará no futuro, quando a produção cultural for totalmente massificada e em que a arte será distribuída por meios de produção de massa.
The Velvet Underground
Andy Warhol também foi financiador e mentor intelectual da banda The Velvet Underground. Em 1967, forçou a entrada de sua amiga Nico, cantora e modelo alemã, para a banda. Houve rejeição e conflito por parte da banda e o nome do primeiro álbum foi The Velvet Underground and Nico, excluindo Nico, de certa forma. Logo depois da gravação do álbum White Light/White Heat, Andy Warhol se afastou e Nico foi expulsa da banda.
Filmografia
Ver também: Filmografia de Andy Warhol
Ano Filme Elenco Notas
1963 Sleep John Giorno O tempo corrente do filme é superior a 320 minutos
1963 Andy Warhol Films Jack Smith Filming Normal Love
1963 Sarah-Soap
1963 Denis Deegan
1963 Kiss
1963 Rollerskate/Dance Movie
1963 Jill and Freddy Dancing
1963 Elvis at Ferus
1963 Taylor and Me
1963 Tarzan and Jane Regained... Sort of
1963 Duchamp Opening
1963 Salome and Delilah
1963 Haircut No. 1
1963 Haircut No. 2
1963 Haircut No. 3
1963 Henry in Bathroom
1963 Taylor and John
1963 Bob Indiana, Etc.
1963 Billy Klüver
1963 John Washing
1963 Naomi and John
1964 Screen Tests
1964 Naomi and Rufus Kiss
1964 Blow Job DeVeren Bookwalter Filme mudo
1964 Jill Johnston Dancing
1964 Shoulder
1964 Eat Robert Indiana
1964 Dinner At Daley's
1964 Soap Opera
1964 Batman Dracula
1964 Three
1964 Jane and Darius
1964 Couch
1964 Empire O tempo corrente do filme é superior a 8 horas e 5 minutos
1964 Henry Geldzahler
1964 Taylor Mead's Ass Taylor Mead
1964 Six Months
1964 Mario Banana
1964 Harlot
1964 Mario Montez Dances
1964 Isabel Wrist
1964 Imu and Son
1964 Allen
1964 Philip and Gerard
1964 13 Most Beautiful Women
1964 13 Most Beautiful Boys
1964 50 Fantastics and 50 Personalities
1964 Pause
1964 Messy Lives
1964 Lips
1964 Apple
1964 The End of Dawn
1965 John and Ivy
1965 Screen Test #1
1965 Screen Test #2
1965 The Life of Juanita Castro
1965 Drink
1965 Suicide
1965 Horse
1965 Vinyl
1965 Bitch
1965 Poor Little Rich Girl Edie Sedgwick
1965 Face
1965 Restaurant
1965 Kitchen
1965 Afternoon
1965 Beauty No. 1 Edie Sedgwick
1965 Beauty No. 2 Edie Sedgwick
1965 Space
1965 Factory Diaries
1965 Outer and Inner Space
1965 Prison
1965 The Fugs and The Holy Modal Rounders
1965 Paul Swan
1965 My Hustler
1965 My Hustler II
1965 Camp
1965 More Milk, Yvette
1965 Lupe
1965 The Closet
1966 Ari and Mario
1966 3 Min. Mary Might
1966 Eating Too Fast
1966 The Velvet Underground and Nico: A Symphony of Sound
1966 Hedy
1966 Rick
1966 Withering Heights
1966 Paraphernalia
1966 Whips
1966 Salvador Dalí
1966 The Beard
1966 Superboy
1966 Patrick
1966 Chelsea Girls
1966 Bufferin
1966 Bufferin Commercial
1966 Susan-Space
1966 The Velvet Underground Tarot Cards
1966 Nico/Antoine
1966 Marcel Duchamp
1966 Dentist: Nico
1966 Ivy
1966 Denis
1966 Ivy and Denis I
1966 Ivy and Denis II
1966 Tiger Hop
1966 The Andy Warhol Story
1966 Since
1966 The Bob Dylan Story
1966 Mrs. Warhol
1966 Kiss the Boot
1966 Nancy Fish and Rodney
1966 Courtroom
1966 Jail
1966 Alien in Jail
1966 A Christmas Carol
1966 Four Stars aka **** O tempo corrente do filme é superior a 25 horas
1967 Imitation of Christ
1967 Ed Hood
1967 Donyale Luna
1967 I, a Man
1967 The Loves of Ondine
1967 Bike Boy
1967 Tub Girls
1967 The Nude Restaurant
1967 Construction-Destruction-Construction
1967 Sunset
1967 Withering Sighs
1967 Vibrations
1968 Lonesome Cowboys
1968 San Diego Surf
1968 Flesh
1969 Blue Movie
1969 Trash Joe Dallessandro, Holly Woodlawn
1970 Women in Revolt
1971 Water
1971 Factory Diaries
1972 Heat
1973 L'Amour
1973 Flesh for Frankenstein
1974 Blood for Dracula
1973 Vivian's Girls
Phoney
1975 Nothing Special footage
1975 Fight
1977 Andy Warhol's Bad
Livros
Andy Warhol foi autor de frases conhecidas como "Eles sempre dizem que o tempo mudará as coisas mas na verdade é você mesmo que terá que mudá-las", "No futuro todos serão famosos por 15 minutos" e "Eu sou uma pessoa profundamente superficial". Andy Warhol também foi autor de alguns livros:
A, A Novel;
The Philosophy of Andy Warhol;
Popism: The Warhol Sixties;
The Andy Warhol Diaries.
Também foi o fundador da revista Interview.
Sargento preso com cocaína na Espanha estava em avião de apoio a Bolsonaro; Mourão vê caso restrito à FAB
Sargento preso com cocaína na Espanha estava em avião de apoio a Bolsonaro; Mourão vê caso restrito à FAB
Reuters
RIO DE JANEIRO/MADRI (Reuters) - O sargento brasileiro preso na Espanha por levar 39 quilos de cocaína em um avião da Força Aérea Brasileira era parte da tripulação de uma aeronave de apoio ao presidente Jair Bolsonaro e o episódio está restrito à FAB, avaliou nesta quarta-feira o vice-presidente Hamilton Mourão, que está no exercício da Presidência da República.
Torre do aeroporto de Sevilha, no sul da Espanha 23/06/2016 REUTERS/Marcelo del Pozo
Mourão, que mais cedo havia dito que o sargento preso voltaria na mesma aeronave que trará Bolsonaro de volta da reunião do G20 no Japão, se corrigiu no início desta noite e disse que o militar era tripulante de uma aeronave de apoio. Na mesma linha, o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica disse que o sargento “não integraria, em nenhum momento, a tripulação da aeronave presidencial”.
O vice-presidente ressaltou que o sargento não fazia parte da equipe de segurança de Bolsonaro.
“Se ele estivesse no grupo com o presidente, ele teria obrigatoriamente de ter passado (por uma revista). Esse pacote é da Força Aérea. É uma questão do controle interno da Força Aérea, ela vai ter que verificar onde é que houve a falha para que não ocorra novamente”, disse Mourão aos jornalistas.
“Eu não defendo nada. Isso é um problema do comandante da Força Aérea, não vamos passar essa bola para mim”, acrescentou.
O sargento foi preso no aeroporto de Sevilha, onde inicialmente Bolsonaro faria uma escala rumo ao Japão, onde participará da reunião do G20. Após a prisão do militar, a parada do presidente foi trocada por Lisboa.
O presidente, que na terça disse pelo Twitter ter sido informado do caso pelo ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, voltou à mesma rede social nesta quarta para afirmar que o sargento merece “punição exemplar”.
“Apesar de não ter relação com minha equipe, o episódio de ontem (terça-feira), ocorrido na Espanha, é inaceitável. Exigi investigação imediata e punição severa ao responsável pelo material entorpecente encontrado no avião da FAB. Não toleraremos tamanho desrespeito ao nosso país!”, disse.
Na nota que divulgou, o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica disse que o sargento, cujo nome não foi revelado, exercia função de comissário de bordo.
“Esclarecemos que o sargento partiu do Brasil em missão de apoio à viagem presidencial, fazendo parte apenas da tripulação que ficaria em Sevilha”, afirma a nota, que diz que o sargento foi preso “por suposto envolvimento no transporte de entorpecentes”.
“O militar encontra-se preso à disposição das autoridades espanholas. O Comando da Aeronáutica instaurou Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar todas as circunstâncias do caso. Medidas de prevenção a esse tipo de ilícito são adotadas regularmente. Em vista do ocorrido, essas medidas serão reforçadas”, acrescenta a nota.
Também nesta quarta, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) anunciou que apresentou requerimento convidando o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, para prestar esclarecimentos à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa sobre o episódio.
Reportagem de Pedro Fonseca, Eduardo Simões e Ricardo Brito; Reportagem adicional de Andres Gonzalez em Madri
Reuters
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RIO DE JANEIRO/MADRI (Reuters) - O sargento brasileiro preso na Espanha por levar 39 quilos de cocaína em um avião da Força Aérea Brasileira era parte da tripulação de uma aeronave de apoio ao presidente Jair Bolsonaro e o episódio está restrito à FAB, avaliou nesta quarta-feira o vice-presidente Hamilton Mourão, que está no exercício da Presidência da República.
Torre do aeroporto de Sevilha, no sul da Espanha 23/06/2016 REUTERS/Marcelo del Pozo
Mourão, que mais cedo havia dito que o sargento preso voltaria na mesma aeronave que trará Bolsonaro de volta da reunião do G20 no Japão, se corrigiu no início desta noite e disse que o militar era tripulante de uma aeronave de apoio. Na mesma linha, o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica disse que o sargento “não integraria, em nenhum momento, a tripulação da aeronave presidencial”.
O vice-presidente ressaltou que o sargento não fazia parte da equipe de segurança de Bolsonaro.
“Se ele estivesse no grupo com o presidente, ele teria obrigatoriamente de ter passado (por uma revista). Esse pacote é da Força Aérea. É uma questão do controle interno da Força Aérea, ela vai ter que verificar onde é que houve a falha para que não ocorra novamente”, disse Mourão aos jornalistas.
“Eu não defendo nada. Isso é um problema do comandante da Força Aérea, não vamos passar essa bola para mim”, acrescentou.
O sargento foi preso no aeroporto de Sevilha, onde inicialmente Bolsonaro faria uma escala rumo ao Japão, onde participará da reunião do G20. Após a prisão do militar, a parada do presidente foi trocada por Lisboa.
O presidente, que na terça disse pelo Twitter ter sido informado do caso pelo ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, voltou à mesma rede social nesta quarta para afirmar que o sargento merece “punição exemplar”.
“Apesar de não ter relação com minha equipe, o episódio de ontem (terça-feira), ocorrido na Espanha, é inaceitável. Exigi investigação imediata e punição severa ao responsável pelo material entorpecente encontrado no avião da FAB. Não toleraremos tamanho desrespeito ao nosso país!”, disse.
Na nota que divulgou, o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica disse que o sargento, cujo nome não foi revelado, exercia função de comissário de bordo.
“Esclarecemos que o sargento partiu do Brasil em missão de apoio à viagem presidencial, fazendo parte apenas da tripulação que ficaria em Sevilha”, afirma a nota, que diz que o sargento foi preso “por suposto envolvimento no transporte de entorpecentes”.
“O militar encontra-se preso à disposição das autoridades espanholas. O Comando da Aeronáutica instaurou Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar todas as circunstâncias do caso. Medidas de prevenção a esse tipo de ilícito são adotadas regularmente. Em vista do ocorrido, essas medidas serão reforçadas”, acrescenta a nota.
Também nesta quarta, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) anunciou que apresentou requerimento convidando o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, para prestar esclarecimentos à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa sobre o episódio.
Reportagem de Pedro Fonseca, Eduardo Simões e Ricardo Brito; Reportagem adicional de Andres Gonzalez em Madri
Reuters
Patriarcado Latino de Jerusalém
Patriarcado Latino de Jerusalém
O Patriarcado Latino de Jerusalém (em latim: Archidiœcesis Hierosolymitanus Latinorum) é uma arquidiocese da Igreja Católica em Jerusalém. Tem jurisdição sobre a Palestina, Israel, Jordânia e Chipre, sendo ligada diretamente à Santa Sé. O título de Patriarca Latino de Jerusalém é a dignidade atribuída, na hierarquia da Igreja Católica, ao Arcebispo Latino de Jerusalém. Atualmente, é o único arcebispo latino com a dignidade de Patriarca que não é metropolita, e ao lado do Patriarca de Goa é a Única dignidade eclesiástica concedida fora da Europa.
A sede da arquidiocese é a Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém Velha. Atualmente sua sede está vacante, e seu administrador apostólico é Pierbattista Pizzaballa.[1]
Ao contrário dos Patriarcas das Igrejas de rito oriental, o título de Patriarca de Jerusalém é meramente honorífico, estando sujeito ao Papa e usando o rito romano, tal como sucede com os Patriarcas de Veneza e de Lisboa, mas diferente destes, o Patriarca de Jerusalém não se torna Cardeal no primeiro consistório após a sua nomeação, tal como ocorre com o Patriarca das Índias Orientais.
Entre 1374 e 1847, o título de Patriarca de Jerusalém era titular, usado por vários cardeais e arcebispos. O Patriarca Latino de Jerusalém é, também, Grão-Prior da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém e os hebreus católicos estão sob sua subordinação.
História
Cruzadas
O cruzados criaram o Reino Latino de Jerusalém e em 1099 foi reeregida a Arquidiocese, seguindo o rito latino, pois, até então, os cristãos estavam sob a orientação do Patriarca de Jerusalém, sob o rito oriental. Essa Arquidiocese possuia 4 dioceses sufragâneas, Tiro, Cesareia, Nazaré e Petra. Quando a Cidade Santa foi invadida por Saladino, em 1187, a Sé foi transferida para Acra, depois para Chipre, em 1291, até por fim chegar a Roma, quando tornou-se uma Sé titular, em 1374. Já em 1342, o Papa Clemente VI entregou os cuidados cristão aos Franciscanos, através da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém, nomeando seu Grão-Prior ex officio apenas como título honorífico.
Entre 1374 e 1847, a Sé do Patriarcado foi a Basílica de São Lourenço Fora de Muros, em Roma.
Patriarcado Moderno
Em 1842, a Igreja Anglicana manda um missionário à Terra Santa, ao passo que o Patriarcado de Moscou também manda uma missão.
Em 23 de julho de 1847, o Papa Pio IX decide restabelecer o Patriarcado Latino de Jerusalém, mas desta vez considerando o Patriarca Greco-ortodoxo como legítimo sucessor do primeiro Bispo de Jerusalém.[1] Em 4 de outubro, o Sultão Otomano autoriza a instalação da Sé em Jerusalém. Ainda assim, as nomeações papais diziam respeito ao Grão-Prior da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém, até 1905.
A Catedral escolhida para Sé do Patriarcado foi a Catedral do Santo Sepulcro, na parte velha de Jerusalém. Entretanto, conforme o tratado Status Quo dos Lugares Santos de 1852, rerratificado pelo "Acordo fundamental entre Israel e o Vaticano" em 30 de dezembro de 1993, o Santo Sepulcro é propriedade de greco-ortodoxos, armênio-ortodoxos e católicos romanos, além de copta-ortodoxos egípcios, etíope-ortodoxos e sírio-ortodoxos. Por isso, a Cátedra do Patriarca Ortodoxo Grego toma a nave, ao passo que a Cátedra do Patriarca Latino fica na Concatedral do Santíssimo Nome de Jesus. Para evitar envolvimento em questões de caráter nacional foram nomeados apenas patriarcas italianos até 1987, quando foi nomeado o Patriarca Michel Sabbah, que é um palestino.
O Patriarca, atualmente, possui jurisdição sobre todo o território católico do rito latino nos territórios palestinos, Israel, Chipre e Jordânia.
Prelados
Patriarcas Cruzados
Arnulfo de Rohes (1099)
Dagoberto de Pisa (1099 - 1102)
Evremar de Therouannes (1102 - 1105)
Dagoberto de Pisa (2ª vez) (1105 - 1107)
Gibelin de Arles (1108 - 1112)
Arnulfo de Rohes (2ª vez) (1112 - 1118)
Garmond de Picquigny (1119 - 1128)
Estevão de la Ferté (1128 - 1130)
Guilherme I de Mechelen (1130 - 1145)
Folco de Angoulême (1146 - 1157)
Amauri de Nesle (1157 - 1180)
Heráclio de Cesareia (1180 - 1191)
Sede vacante entre 1191 e 1194, nesta época a Sé do Patriarcado é transferida para Acre
Aimaro Mônaco (1194 - 1202)
Soffredo Errico Gaetani (1202 - 1204)
Alberto de Avogrado (1204 - 1214)
Raul de Mérencourt (1214 - 1225)
Geraldo de Lausanne (1225 - 1238)
Roberto de Nantes (1240 - 1254)
Opizzo Fieschi (1254), eleito, mas não confirmado, Patriarca Latino de Antioquia)
Jacques Pantaléon (1255 - 1261)
Guilherme II de Agen (1261 - 1270)
Tomás Agni de Cosenza, O. Praem. (1271 - 1277)
João Ayglier de Versalhes (1278 - 1279)
Elias (1279 - 1287)
Nicolas de Hanapes (1288 - 1291), nessa época, os Cruzados perdem o controle de Acre e o Patriarca é morto.
Patriarcas Titulares
Nessa época, até 1374, a Sé titular funciona em Chipre, quando é transferida para Roma, onde fica até 1847.
Landolfo (1295 - 1304)
Antony Bek (1306 - 1311), Príncipe-bispo de Durham
Pedro I Pleinecassagne (1314 - 1318)
Pedro II (1322 - 1324)
Raimundo Beguin (1324 - 1328)
Pedro III de Paludo (1329 - 1342)
Com a Custódia Franciscana da Terra Santa, os Grandes Mestres da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém ostentam o título de 1342 a 1847, em virtude da bula papal Gratiam agimus do Papa Clemente VI (a menos que alguém fosse nomeado especificamente como uma grande honra).
Elias II de Nabinal (1342 - 1345), cardeal
Emanuel Marinho (1345)
Pedro IV de Casa (1345 - 1348)
Guilherme III de Lamy (1349 - 1360)
Filipe de Cabassoles (1361 - 1369)
Guilherme IV Militis (1369 - 1371)
Guilherme V de la Garde (1371 - 1375)
Filipe d'Alençon (1375 - 1378)
Com o Grande Cisma do Ocidente (1378 - 1417), os Patriarcas eram nomeados por cada Papa, o que gerou dualidade nas nomeações.
Patriarcas em dualidade:
Patriarcas nomeados pelo papa de Roma
Patriarcas nomeados pelo papa de Avinhão
Estevão de Insula, arcebispo de Kalocsa (1381 - 1384)
Fernando, vigário de Aquileia (1386 - 1395)
Hugo Roberti, bispo de Padova (1396 - 1419)
Lope Fernández de Luna, arcebispo de Zaragoza (1380 - 1382)
Bertrando de Chanac (1382 - 1385)
Aimone Séchal, bispo de Moûtiers (1394 - 1408)
Francisco Eximini, O.F.M., bispo de Elne (1408 - 1409)
Francisco Clemente Pérez Capera (1419 - 1430)
Hugues de Lusignan (1424 - 1442
Leonardo Delfino (1430 - 1434)
Blasius Molino (1434 - 1448)
Christophorus Garatoni (1448 - 1449)
Basílio Bessarion (1449 - 1458), cardeal administrador apostólico
Lorenzo Zani (1458 - 1460)
Luís de Haricuria (1460 - 1479)
Bartolomeu de Ruvere, O.F.M. (1480 - 1494)
Sede vacante (1494 - 1500)
Giovanni Antonio Sangiorgio (1500 - 1503)
Bernardino López de Carvajal (1503 - 1523)
Rodrigo de Carvajal (1523 - 1539)
Alessandro Farnese (1539 - 1550)
Christophorus de Spiritibus (1550 - 1556)
Antônio Hélio (1558 - 1576)
Giovanni Antonio Facchinetti de Nuce (1576 - 1583)
Scipione Gonzaga (1585 - 1587)
Fabius Blondus de Montealto (1588 - 1618)
Francesco Cennini de’ Salamandri (1618 - 1621)
Diofebo Farnese (1621 - 1622)
Alfonso Manzanedo de Quinoñes (1622 - 1627)
Domenico de’ Marini (1627 - 1635)
Tegrimus Tegrimi (1627 - 1641)
Aegidius Ursinus de Vivere (1641 - 1647)
Camillo Massimo (1653 - 1670)
Aegidius Colonna, O.S.B. (1671 - 1686)
Bandino Panciatici (1689 - 1690)
Pietro Bargellini (1690 - 1694)
Francesco Martelli (1698 - 1706)
Mutius de Gaeta (1708 - 1728)
Vincenzo Ludovico Gotti, O.P. (1728)
Pompeo Aldrovandi (1729 - 1734)
Tomás Cervini (1734 - 1751)
Tomás de Moncada (1751 - 1762)
Giorgio Maria Láscaris (1762 - 1795)
Sede vacante (1795 - 1800)
Michele di Pietro (1800 - 1802)
Sede vacante (1802 - 1816)
Francesco Maria Fenzi (1816 - 1829)
Paulus Augustus Foscolo (1830 - 1847), depois Patriarca Latino de Alexandria
Patriarcas atuais
Com a restauração da Sé em Jerusalém, o Título de Patriarca Latino de Jerusalém volta a existir.
Giuseppe Valerga (1847 - 1872)
Vinceno Bracco (1873 - 1889)
Luigi Piavi, O.F.M. (1889 - 1905)
A Ordem Hierárquica Eclesiástica é restabelecida e as nomeações dos Patriarcas passam a referir-se ao prelado da Arquidiocese.
Filippo Camassei (1905 - 1919)
Luigi Barlassina (1920 - 1947)
Alberto Gori, O.F.M. (1949 - 1970)
Giacomo Giuseppe Beltritti (1970 - 1987)
Michel Sabbah (1987 - 2008), atual Patriarca-emérito
Fouad Twal (2008 - 2016), atual Patriarca-emérito.
Sede vacante (2016-atual)
Wikipédia
terça-feira, 25 de junho de 2019
Moro adia audiência na Câmara por viagem oficial aos EUA
Moro adia audiência na Câmara por viagem oficial aos EUA
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro Sergio Moro adiou participação em audiência na Câmara dos Deputados, prevista para quarta-feira, para prestar esclarecimentos sobre supostas trocas de mensagens com procuradores da operação da Lava Jato, em decorrência de viagem oficial aos EUA, informou o Ministério da Justiça e Segurança Pública nesta segunda-feira.
Uma nova data será definida com a Câmara para o comparecimento do ministro à Casa, disse o ministério em nota.
Moro viajou para os Estados Unidos no sábado e cumprirá agenda no país até quarta-feira. O ministro fará uma série de visitas a órgãos de segurança e inteligência dos EUA, com o intuito de reunir experiências e boas práticas para fortalecer as operações integradas no Brasil, de acordo com o ministério.
Na semana passada, Moro compareceu a audiência no Senado também para prestar esclarecimentos sobre as supostas conversas que teve com procuradores quando era juiz da Lava Jato no Paraná, reveladas pelo site The Intercept Brasil.
O ministro disse a senados que, se ficar comprovado que teve alguma atuação irregular no episódio, ele deixaria o cargo.
Reportagem de Ricardo Brito
(Reuters)
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro Sergio Moro adiou participação em audiência na Câmara dos Deputados, prevista para quarta-feira, para prestar esclarecimentos sobre supostas trocas de mensagens com procuradores da operação da Lava Jato, em decorrência de viagem oficial aos EUA, informou o Ministério da Justiça e Segurança Pública nesta segunda-feira.
Uma nova data será definida com a Câmara para o comparecimento do ministro à Casa, disse o ministério em nota.
Moro viajou para os Estados Unidos no sábado e cumprirá agenda no país até quarta-feira. O ministro fará uma série de visitas a órgãos de segurança e inteligência dos EUA, com o intuito de reunir experiências e boas práticas para fortalecer as operações integradas no Brasil, de acordo com o ministério.
Na semana passada, Moro compareceu a audiência no Senado também para prestar esclarecimentos sobre as supostas conversas que teve com procuradores quando era juiz da Lava Jato no Paraná, reveladas pelo site The Intercept Brasil.
O ministro disse a senados que, se ficar comprovado que teve alguma atuação irregular no episódio, ele deixaria o cargo.
Reportagem de Ricardo Brito
(Reuters)
Ninguém está querendo suprimir o papel do presidente, diz Maia
Ninguém está querendo suprimir o papel do presidente, diz Maia
Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira que o Congresso não tem a intenção de reduzir as atribuições do presidente da República.
Deputado Rodrigo Maia e Bolsonaro na Câmara dos Deputados 29/5/2019 Camara dos Deputados/via REUTERS
Maia falava sobre a disposição do Legislativo de tocar uma agenda de prioridades —relacionada principalmente às reformas da Previdência e tributária— em um podcast distribuído por sua assessoria nesta segunda-feira. No fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro sugeriu que o Parlamento estaria tentando transformá-lo em “rainha da Inglaterra” ao aprovar projeto que limita as indicações políticas para agências reguladoras.
“Eu e Davi (presidente do Senado, Davi Alcolumbre), a gente tem conversado muito sobre a necessidade do Congresso também cumprir um papel relevante na pauta do Brasil”, afirmou o presidente da Câmara.
“Ninguém está querendo suprimir o papel do presidente da República, nem as suas prerrogativas. Até porque tem muitos projetos que nós dependemos do Poder Executivo,”, argumentou.
O deputado afirmou que mantém contato constante com técnicos da equipe econômica para discutir a agenda de votações e acrescentou que deve se reunir ainda nesta semana com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
“Essa semana vamos estar com o presidente do Banco Central para discutir a nova lei cambial que ele está preparando”, disse Maia, acrescentando que a redução dos juros bancários e a autonomia da autoridade monetária também devem ser abordados no encontro.
O presidente da Câmara afirmou ainda ter a expectativa que a reforma da Previdência possa ser votada até a quinta-feira desta semana na comissão especial da Câmara onde tramita, para que possa ser analisada pelo plenário da Casa na primeira ou segunda semana de julho.
Maia também acredita que a instalação da comissão especial da reforma tributária possa ocorrer até a quinta-feira.
Sobre o projeto que suspende os efeitos de um decreto de Bolsonaro que flexibiliza regras para posse e porte de armas, o presidente da Câmara disse manter conversas com Alcolumbre para que o Senado possa disciplinar temas constitucionais da medida por meio de projetos de lei.
“O Senado deve ter essa iniciativa, talvez essa semana”, disse, acrescentando que dois pontos devem ser objeto de novos projetos: o que trata de colecionadores e o que diz respeito à posse em propriedades rurais.
“O Senado organizando essa votação, a gente organiza a questão do decreto”, disse.
Segundo o presidente da Câmara, a Casa deve deliberar ainda neste semestre ou em agosto o projeto de lei que traz novas regras para o setor de saneamento.
Maia defendeu, ainda, uma participação mais ativa do setor privado nas áreas de saúde e educação e considerou importante o estabelecimento de um novo marco legal para a saúde privada no país
(Reuters)
Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira que o Congresso não tem a intenção de reduzir as atribuições do presidente da República.
Deputado Rodrigo Maia e Bolsonaro na Câmara dos Deputados 29/5/2019 Camara dos Deputados/via REUTERS
Maia falava sobre a disposição do Legislativo de tocar uma agenda de prioridades —relacionada principalmente às reformas da Previdência e tributária— em um podcast distribuído por sua assessoria nesta segunda-feira. No fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro sugeriu que o Parlamento estaria tentando transformá-lo em “rainha da Inglaterra” ao aprovar projeto que limita as indicações políticas para agências reguladoras.
“Eu e Davi (presidente do Senado, Davi Alcolumbre), a gente tem conversado muito sobre a necessidade do Congresso também cumprir um papel relevante na pauta do Brasil”, afirmou o presidente da Câmara.
“Ninguém está querendo suprimir o papel do presidente da República, nem as suas prerrogativas. Até porque tem muitos projetos que nós dependemos do Poder Executivo,”, argumentou.
O deputado afirmou que mantém contato constante com técnicos da equipe econômica para discutir a agenda de votações e acrescentou que deve se reunir ainda nesta semana com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
“Essa semana vamos estar com o presidente do Banco Central para discutir a nova lei cambial que ele está preparando”, disse Maia, acrescentando que a redução dos juros bancários e a autonomia da autoridade monetária também devem ser abordados no encontro.
O presidente da Câmara afirmou ainda ter a expectativa que a reforma da Previdência possa ser votada até a quinta-feira desta semana na comissão especial da Câmara onde tramita, para que possa ser analisada pelo plenário da Casa na primeira ou segunda semana de julho.
Maia também acredita que a instalação da comissão especial da reforma tributária possa ocorrer até a quinta-feira.
Sobre o projeto que suspende os efeitos de um decreto de Bolsonaro que flexibiliza regras para posse e porte de armas, o presidente da Câmara disse manter conversas com Alcolumbre para que o Senado possa disciplinar temas constitucionais da medida por meio de projetos de lei.
“O Senado deve ter essa iniciativa, talvez essa semana”, disse, acrescentando que dois pontos devem ser objeto de novos projetos: o que trata de colecionadores e o que diz respeito à posse em propriedades rurais.
“O Senado organizando essa votação, a gente organiza a questão do decreto”, disse.
Segundo o presidente da Câmara, a Casa deve deliberar ainda neste semestre ou em agosto o projeto de lei que traz novas regras para o setor de saneamento.
Maia defendeu, ainda, uma participação mais ativa do setor privado nas áreas de saúde e educação e considerou importante o estabelecimento de um novo marco legal para a saúde privada no país
(Reuters)
sexta-feira, 21 de junho de 2019
Homens Que Marcaram O Século XX Adolf Hitler
Adolf Hitler
Político alemão nascido na Áustria (1889-1945). Liderou o bloco alemão durante a Segunda Guerra Mundial.
Adolf Hitler, considerado por muitos como um dos maiores vilões da história, nasceu em 20 de abril de 1889. Seu pai chamava-se Alois Hitler e era um inspetor de alfândega da cidade de Braunau, Áustria. Como queria se tornar artista, Hitler candidatou-se em 1907 à Academia de Belas Artes de Viena. Mas não teve sorte e em 1908 seu pedido foi recusado. Como ele passava a maior parte de seu tempo livre com ocultistas e extremistas dos dois lados do espectro político, acredita-se que essa convivência tenha influenciado seu desenvolvimento intelectual e reforçado seu ódio pela classe média, principalmente por pessoas de descendência judaica.
Quando a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) teve início, Hitler tentou entrar para o exército austríaco, mas foi rejeitado. Em seguida, ele conseguiu se alistar no exército alemão. Inclusive, devido à sua bravura, ele chegou a ganhar a Cruz de Ferro. Mas, depois do fim da guerra, como tantos outros, ele também não conseguiu arrumar emprego. A Alemanha do pós-guerra passava por uma transformação social e o colapso da monarquia e da economia tornaram o terreno fértil para o crescimento de filosofias extremistas, que iam do comunismo ao nacionalismo. Nessa época, Hitler viajou para Munique, onde se tornou um dos primeiros membros do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães – abreviado como Nazista.
A depressão econômica mundial, iniciada em 1929, tornou possível aos nazistas fazer avanços políticos em meio ao descontente eleitorado alemão. Aos poucos, eles passaram a ser reconhecidos como um legítimo partido político, e Hitler, que era um orador brilhante, começou a se destacar e receber vários apoios. Em 1933, o Partido Nazista era tão poderoso que o presidente Paul von Hindenburg (1847-1934) viu-se forçado a apontar Adolf Hitler como chanceler da Alemanha. Imediatamente ele começou a se valer de sua nova posição para derrubar Hindenburg e assumir o controle ditatorial da Alemanha. Ele decidira também rearmar militarmente a Alemanha e reafirmar seus interesses territoriais na Europa.
Em março de 1938, Hitler anexou a Áustria, tornando-a parte da Alemanha. E um ano depois, em março de 1939, suas tropas tomaram o controle da Tchecoslováquia. Embora Inglaterra e França tenham se oposto abertamente à investida alemã, elas não tomaram nenhuma iniciativa para tentar evitar uma guerra. Em 24 de agosto de 1939, a Alemanha assinou um pacto de não-agressão com a União Soviética. E no dia 1 de setembro, desferiu um ataque em grande escala sobre a Polônia. No dia 3 de setembro, Inglaterra e França declararam que o estado de guerra já se constituíra por dois dias. Era o início da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os dois primeiros anos de guerra foram marcados por grandes sucessos militares das forças alemãs. A França caiu em questão de semanas em 1940, e, embora a Inglaterra não tenha chegado a ser invadida, seu poder militar na Europa era totalmente nulo. A dominação total de Hitler na Europa durou de 1941 a 1944, quando os aliados anglo-americanos tomaram bases importantes na França e na Itália e os exércitos soviéticos forçaram os alemães a recuar do leste europeu. No início de 1945, os alemães estavam defendendo desesperadamente seu próprio território e, em 7 de maio, a guerra estava acabada.
O espírito de Hitler entre 1939 e 1942 tinha sido o de um invencível otimismo. Seus planos eram para um Império Germânico, ou Reich, na Europa, que durasse mil anos. Para realizar seu sonho de um Reich racialmente puro, o ditador criou uma rede de crematórios para a execução em massa de judeus, ciganos e outros povos considerados por ele "indesejáveis". Entre 1943 e 1945, Hitler foi se tornando uma pessoa cada vez mais deprimida e irritada. Ele passou também a se envolver com crenças ocultas e acreditar que uma forma de magia negra, combinada com misteriosas armas secretas, poderia salvar a Alemanha da derrota. Em 30 de abril, tudo indica que, ao mesmo tempo em que exércitos soviéticos cercavam Berlim, a capital da Alemanha, Hitler, que havia se escondido numa casamata fortificada nos subterrâneos de um prédio de Berlim, assassinou Eva Braun, sua amante de longa data, com quem havia se casado pouco tempo antes, e depois tirou sua própria vida.
Como referenciar: "Adolf Hitler" em Só História. Virtuous Tecnologia da Informação, 2009-2019. Consultado em 22/06/2019 às 00:36. Disponível na Internet em http://www.sohistoria.com.br/biografias/adolf/
Moro é "patrimônio nacional" e saiu fortalecido de audiência no Senado, diz Bolsonaro
Reuters
Presidente Jair Bolsonaro e ministro da Justiça, Sergio Moro 17/06/2019 REUTERS/Adriano Machado
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira que o ministro da Justiça, Sergio Moro, é um “patrimônio nacional” e saiu fortalecido após ter participado de audiência pública no Senado para prestar esclarecimento sobre supostas conversas vazadas com procuradores da Lava Jato quando era juiz da operação.
Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, Bolsonaro também minimizou nova reportagem do site The Intercept Brasil sobre as supostas conversas que alegadamente envolvem o atual ministro e procuradores do Ministério Público Federal.
“Já falei que o Sergio Moro é um patrimônio nacional. É um homem que conseguiu um ponto de inflexão nesse grande mal que assola o país há décadas, que é a corrupção”, disse.
“Agora, os vazamentos em si, ninguém tem certeza da fidelidade do que está publicado ali. Existem programas hoje que simulam conversas entre aplicativos entre duas pessoas que nunca se viram”, acrescentou.
Na avaliação do presidente, Moro saiu do Senado “mais fortalecido do que entrou” após prestar os esclarecimentos em audiência na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Casa. “Para mim, é motivo de honra e orgulho tê-lo em meu ministério”, afirmou.
Na quarta-feira, Moro compareceu voluntariamente ao Senado para dar explicações sobre reportagens do site The Intercept Brasil que relatariam supostas conversas dele com o chefe da força-tarefa do Ministério Público Federal na operação, Deltan Dallagnol.
Na audiência, o ministro não atestou a validade das conversas, negou quaisquer irregularidades e disse que, se ficar comprovado uma atuação irregular dele no episódio das supostas trocas de mensagens, ele deixa o cargo.
Por Ricardo Brito
Reuters
Presidente Jair Bolsonaro e ministro da Justiça, Sergio Moro 17/06/2019 REUTERS/Adriano Machado
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira que o ministro da Justiça, Sergio Moro, é um “patrimônio nacional” e saiu fortalecido após ter participado de audiência pública no Senado para prestar esclarecimento sobre supostas conversas vazadas com procuradores da Lava Jato quando era juiz da operação.
Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, Bolsonaro também minimizou nova reportagem do site The Intercept Brasil sobre as supostas conversas que alegadamente envolvem o atual ministro e procuradores do Ministério Público Federal.
“Já falei que o Sergio Moro é um patrimônio nacional. É um homem que conseguiu um ponto de inflexão nesse grande mal que assola o país há décadas, que é a corrupção”, disse.
“Agora, os vazamentos em si, ninguém tem certeza da fidelidade do que está publicado ali. Existem programas hoje que simulam conversas entre aplicativos entre duas pessoas que nunca se viram”, acrescentou.
Na avaliação do presidente, Moro saiu do Senado “mais fortalecido do que entrou” após prestar os esclarecimentos em audiência na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Casa. “Para mim, é motivo de honra e orgulho tê-lo em meu ministério”, afirmou.
Na quarta-feira, Moro compareceu voluntariamente ao Senado para dar explicações sobre reportagens do site The Intercept Brasil que relatariam supostas conversas dele com o chefe da força-tarefa do Ministério Público Federal na operação, Deltan Dallagnol.
Na audiência, o ministro não atestou a validade das conversas, negou quaisquer irregularidades e disse que, se ficar comprovado uma atuação irregular dele no episódio das supostas trocas de mensagens, ele deixa o cargo.
Por Ricardo Brito
Reuters
Ao STF, Dodge opina contra pedido de Lula para anular caso tríplex por suspeição de Moro
Reuters
Procuradora-Geral da Rep[ublica, Raquel Dodge 01/02/2018 REUTERS/Ueslei Marcelino
BRASÍLIA (Reuters) - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, encaminhou parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira, contra a anulação do processo do tríplex do Guarujá (SP) pelo qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso por suspeição do ex-juiz federal e ministro da Justiça, Sergio Moro.
A 2ª Turma do STF incluiu o julgamento desse recurso da defesa do ex-presidente na pauta da próxima terça-feira, dia 25.
A defesa de Lula defende a anulação do processo do tríplex após terem vindo à tona reportagens do site Intercept Brasil que cita supostas conversas de Moro, ex-juiz da Lava Jato, e o chefe da força-tarefa da operação no Ministério Público Federal, Deltan Dallagnol. Nos supostos diálogos, teria havido direcionamento de ações de Moro a ações do MPF —o que ambos os lados negam.
Moro foi quem condenou o ex-presidente pela primeira vez em 2017, abrindo posteriormente caminho para que Lula fosse preso e passasse a cumprir pena há pouco mais de um ano na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR).
Em seu parecer, Dodge argumentou que as supostas conversas apontadas pela defesa de Lula não foram apresentadas às autoridades públicas para que a integridade fosse avaliada. Destacou também que há “fundada dúvida jurídica” sobre os fatos relatados, o que, a seu ver, leva à rejeição do pedido de suspeição de Moro.
“Diante disso, a sua autenticidade não foi analisada e muito menos confirmada. Tampouco foi devidamente aferido se as referidas mensagens foram corrompidas, adulteradas ou se procedem em sua inteireza, dos citados interlocutores”, disse.
“Estas circunstâncias jurídicas têm elevado grau de incerteza neste momento processual, que impede seu uso com evidência a corroborar a alegação de suspeição feita pela defesa do paciente nestes autos”, completou Dodge, no parecer.
No texto, Dodge aproveitou para manifestar preocupação com o fato de que as supostas mensagens tenham sido obtidas de forma criminosa, o que fere a privacidade das comunicações e caracteriza grave atentado às autoridades brasileiras. Citou ter determinado a abertura de um inquérito sobre este fato e providências administrativas no âmbito do Ministério Público Federal sobre o assunto.
Reportagem de Ricardo Brito
Reuters
Procuradora-Geral da Rep[ublica, Raquel Dodge 01/02/2018 REUTERS/Ueslei Marcelino
BRASÍLIA (Reuters) - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, encaminhou parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira, contra a anulação do processo do tríplex do Guarujá (SP) pelo qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso por suspeição do ex-juiz federal e ministro da Justiça, Sergio Moro.
A 2ª Turma do STF incluiu o julgamento desse recurso da defesa do ex-presidente na pauta da próxima terça-feira, dia 25.
A defesa de Lula defende a anulação do processo do tríplex após terem vindo à tona reportagens do site Intercept Brasil que cita supostas conversas de Moro, ex-juiz da Lava Jato, e o chefe da força-tarefa da operação no Ministério Público Federal, Deltan Dallagnol. Nos supostos diálogos, teria havido direcionamento de ações de Moro a ações do MPF —o que ambos os lados negam.
Moro foi quem condenou o ex-presidente pela primeira vez em 2017, abrindo posteriormente caminho para que Lula fosse preso e passasse a cumprir pena há pouco mais de um ano na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR).
Em seu parecer, Dodge argumentou que as supostas conversas apontadas pela defesa de Lula não foram apresentadas às autoridades públicas para que a integridade fosse avaliada. Destacou também que há “fundada dúvida jurídica” sobre os fatos relatados, o que, a seu ver, leva à rejeição do pedido de suspeição de Moro.
“Diante disso, a sua autenticidade não foi analisada e muito menos confirmada. Tampouco foi devidamente aferido se as referidas mensagens foram corrompidas, adulteradas ou se procedem em sua inteireza, dos citados interlocutores”, disse.
“Estas circunstâncias jurídicas têm elevado grau de incerteza neste momento processual, que impede seu uso com evidência a corroborar a alegação de suspeição feita pela defesa do paciente nestes autos”, completou Dodge, no parecer.
No texto, Dodge aproveitou para manifestar preocupação com o fato de que as supostas mensagens tenham sido obtidas de forma criminosa, o que fere a privacidade das comunicações e caracteriza grave atentado às autoridades brasileiras. Citou ter determinado a abertura de um inquérito sobre este fato e providências administrativas no âmbito do Ministério Público Federal sobre o assunto.
Reportagem de Ricardo Brito
Reuters
Trump diz ter abortado ataque em retaliação ao Irã para poupar vidas
Trump diz ter abortado ataque em retaliação ao Irã para poupar vidas
Reuters
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que abortou um ataque militar contra o Irã porque este poderia ter matado 150 pessoas, uma reação desproporcional ao fato de Teerã ter abatido um drone de vigilância dos EUA.
Presidente dos EUA, Donald Trump 20/06/2019 REUTERS/Jonathan Ernst
Trump disse que o plano era atingir três locais em resposta à derrubada do drone na quinta-feira, que Teerã afirma ter ocorrido sobre seu território e Washington diz ter acontecido no espaço aéreo internacional sobre o Estreito de Hormuz.
O incidente com o drone agravou os temores globais de um confronto militar direto entre os inimigos de longa data, e os preços do petróleo subiram nesta sexta-feira devido às apreensões a respeito de possíveis transtornos nas exportações de petróleo do Golfo.
A decisão abrupta de Trump de cancelar o ataque sugere que ele quer uma solução diplomática para acabar com semanas de tensões com o Irã, que Washington acusa de vários ataques a petroleiros na região do Golfo.
Em uma série de tuítes matutinos, Trump disse não ter pressa de lançar um ataque e que as sanções econômicas norte-americanas, concebidas para forçar o Irã a conter suas atividades nuclear e de mísseis e seu envolvimento em guerras regionais, estão surtindo efeito.
Ele ainda disse que os EUA impuseram sanções adicionais ao Irã na noite de quinta-feira, na esteira da destruição do drone Global Hawk, causada por um míssil terra-ar, mas não ficou claro de imediato quais seriam essas penalidades.
“Dez minutos antes do ataque eu o parei, não é proporcional à derrubada de um drone não-tripulado. Não estou com pressa, nossas forças militares estão recompostas, novas e prontas para agir, de longe as melhores do mundo”, tuitou Trump.
O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, e a diretora da CIA, Gina Haspel, além do restante da equipe de Trump, foram a favor de um ataque retaliatório, disse uma autoridade sênior do governo Trump.
Mais cedo nesta sexta, autoridades iranianas disseram à Reuters que Teerã recebeu uma mensagem de Trump alertando que um ataque norte-americano ao Irã era iminente, mas dizendo que ele não quer uma guerra, e sim discutir uma série de assuntos.
A notícia sobre a mensagem, entregue via Omã de madrugada, veio pouco depois de o jornal New York Times dizer que Trump cancelou ataques visando radares e baterias de mísseis iranianas na última hora.
“Em sua mensagem, Trump disse que é contra qualquer guerra com o Irã e que quer conversar com Teerã sobre vários assuntos”, disse uma das autoridades à Reuters, pedindo anonimato.
“Ele deu um período de tempo curto para receber nossa resposta, mas a resposta imediata do Irã foi que cabe ao líder supremo (aiatolá Ali) Khamenei decidir sobre esta questão”, acrescentou a fonte.
Washington também solicitou uma reunião a portas fechadas do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) na segunda-feira sobre o Irã.
A decisão de Trump teve reações diversas em Washington, com algumas pessoas criticando-o por recuar, enquanto outras, notadamente democratas de alto escalão, elogiaram o que viram como moderação.
“Um ataque com esse tamanho de danos colaterais seria muito provocador, e estou feliz que o presidente não fez isso”, disse a repórteres a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, a principal democrata no Congresso.
Já Michael Makovsky, ex-autoridade do Pentágono que dirige o Instituto Judaico de Segurança Nacional da América, um centro de estudos que favorece fortes laços de segurança entre os EUA e Israel, disse que Trump estava minando a credibilidade norte-americana.
“Trump deu a impressão de que perdeu a coragem”, disse Makovsky em um comunicado.
Reuters
Reuters
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que abortou um ataque militar contra o Irã porque este poderia ter matado 150 pessoas, uma reação desproporcional ao fato de Teerã ter abatido um drone de vigilância dos EUA.
Presidente dos EUA, Donald Trump 20/06/2019 REUTERS/Jonathan Ernst
Trump disse que o plano era atingir três locais em resposta à derrubada do drone na quinta-feira, que Teerã afirma ter ocorrido sobre seu território e Washington diz ter acontecido no espaço aéreo internacional sobre o Estreito de Hormuz.
O incidente com o drone agravou os temores globais de um confronto militar direto entre os inimigos de longa data, e os preços do petróleo subiram nesta sexta-feira devido às apreensões a respeito de possíveis transtornos nas exportações de petróleo do Golfo.
A decisão abrupta de Trump de cancelar o ataque sugere que ele quer uma solução diplomática para acabar com semanas de tensões com o Irã, que Washington acusa de vários ataques a petroleiros na região do Golfo.
Em uma série de tuítes matutinos, Trump disse não ter pressa de lançar um ataque e que as sanções econômicas norte-americanas, concebidas para forçar o Irã a conter suas atividades nuclear e de mísseis e seu envolvimento em guerras regionais, estão surtindo efeito.
Ele ainda disse que os EUA impuseram sanções adicionais ao Irã na noite de quinta-feira, na esteira da destruição do drone Global Hawk, causada por um míssil terra-ar, mas não ficou claro de imediato quais seriam essas penalidades.
“Dez minutos antes do ataque eu o parei, não é proporcional à derrubada de um drone não-tripulado. Não estou com pressa, nossas forças militares estão recompostas, novas e prontas para agir, de longe as melhores do mundo”, tuitou Trump.
O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, e a diretora da CIA, Gina Haspel, além do restante da equipe de Trump, foram a favor de um ataque retaliatório, disse uma autoridade sênior do governo Trump.
Mais cedo nesta sexta, autoridades iranianas disseram à Reuters que Teerã recebeu uma mensagem de Trump alertando que um ataque norte-americano ao Irã era iminente, mas dizendo que ele não quer uma guerra, e sim discutir uma série de assuntos.
A notícia sobre a mensagem, entregue via Omã de madrugada, veio pouco depois de o jornal New York Times dizer que Trump cancelou ataques visando radares e baterias de mísseis iranianas na última hora.
“Em sua mensagem, Trump disse que é contra qualquer guerra com o Irã e que quer conversar com Teerã sobre vários assuntos”, disse uma das autoridades à Reuters, pedindo anonimato.
“Ele deu um período de tempo curto para receber nossa resposta, mas a resposta imediata do Irã foi que cabe ao líder supremo (aiatolá Ali) Khamenei decidir sobre esta questão”, acrescentou a fonte.
Washington também solicitou uma reunião a portas fechadas do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) na segunda-feira sobre o Irã.
A decisão de Trump teve reações diversas em Washington, com algumas pessoas criticando-o por recuar, enquanto outras, notadamente democratas de alto escalão, elogiaram o que viram como moderação.
“Um ataque com esse tamanho de danos colaterais seria muito provocador, e estou feliz que o presidente não fez isso”, disse a repórteres a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, a principal democrata no Congresso.
Já Michael Makovsky, ex-autoridade do Pentágono que dirige o Instituto Judaico de Segurança Nacional da América, um centro de estudos que favorece fortes laços de segurança entre os EUA e Israel, disse que Trump estava minando a credibilidade norte-americana.
“Trump deu a impressão de que perdeu a coragem”, disse Makovsky em um comunicado.
Reuters
quinta-feira, 20 de junho de 2019
Bolsonaro diz que está à disposição para buscar reeleição caso não haja "boa" reforma política
Bolsonaro diz que está à disposição para buscar reeleição caso não haja "boa" reforma política
Por Pablo Garcia e Eduardo Simões
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que está à disposição para tentar a reeleição em 2022 caso o Congresso não faça uma “boa reforma” política e, ao participar da Marcha para Jesus, em São Paulo, defendeu temas caros à sua base, como porte de armas e fim dos radares eletrônicos.
Presidente Jair Bolsonaro participa da Marcha para Jesus em São Paulo 20/06/2019 REUTERS/Nacho Doce
“Se tiver uma boa reforma política, eu posso até, nesse caso, jogar fora a possibilidade de reeleição, posso fazer isso aí. Agora, se não tiver uma boa reforma política, se o povo quiser, estamos aí para continuar mais quatro anos”, disse o presidente a jornalistas ao participar do evento que reúne milhares de evangélicos na capital paulista.
O presidente também rebateu declarações dadas pelo general Carlos Alberto Santos Cruz, que deixou o comando da Secretaria de Governo nesta semana e classificou a gestão Bolsonaro em entrevista à revista Época como “um show de besteiras”.
“Eu não li ainda. Caso Santos Cruz é página virada”, disse o presidente inicialmente. “Não sei o que ele falou, ele integrou o governo por seis meses e nunca falou que tinha bobagem lá dentro”, disse Bolsonaro.
Bolsonaro demonstrou irritação com a pergunta sobre Santos Cruz e também expressou incômodo com questionamentos relacionados à divulgação de supostas mensagens entre o ministro da Justiça, Sergio Moro, —a quem chamou de “patrimônio nacional”— e procuradores da operação Lava Jato.
Exaltado, o presidente criticou jornalistas e sugeriu o que deveriam perguntar.
“Faz uma pergunta inteligente, meu Deus do céu. Como é que está o Brasil, o que é que a gente está fazendo, a esperança, a Previdência”, disparou.
“Vocês querem voltar ao que era antes? A imprensa aqui é Lula Livre? É Lula Livre, é um bandido livre, condenado por três instâncias? Pelo amor de Deus, vamos ser coerentes. Por isso cada vez mais a imprensa cai em descrédito no Brasil.”
O presidente defendeu a medida provisória editada por seu governo que retira da Fundação Nacional do Índio (Funai) a responsabilidade pela demarcação de terras indígenas —após a proposta já ter sido rejeitada pelo Congresso— assim como o decreto que flexibiliza o porte de armas e que já teve aprovada sua derrubada pelo Senado.
“Quem demarca terras indígenas sou eu, não é nenhum ministro. Quem manda sou eu. Nessa questão e em tantas outras”, disse.
“Votaram contra o decreto (das armas) ou contra o presidente Bolsonaro, para dar um recado para mim? Ninguém dá recado para mim, eu converso com o Parlamento numa boa. Se alguns querem dar um recado para mim, estão agindo de forma errada”, afirmou.
Bolsonaro também voltou a criticar o que chama de indústrias da multa, referindo-se às punições ambientais aplicadas pelo Ibama e às penalidades impostas por radares eletrônicos por excesso de velocidade.
O presidente chegou a afirmar que, ao retirar radares eletrônicos de estradas federais, está ajudando a reduzir a inflação.
“Não tem mais o Ibama multando os outros por aí. Não tem mais o Ibama atrapalhando quem quer produzir. Acabou essa brincadeira. Como estamos tirando das costas de vocês a multagem eletrônica, indústria da multa. Quem tem prazer de dirigir aqui no Brasil? Só multa em cima de multa”, defendeu.
“Hoje em dia quem produz já coloca na planilha de custo o preço da multa. Dessa maneira, estamos ajudando a diminuir a inflação.”
(Reuters)
Por Pablo Garcia e Eduardo Simões
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que está à disposição para tentar a reeleição em 2022 caso o Congresso não faça uma “boa reforma” política e, ao participar da Marcha para Jesus, em São Paulo, defendeu temas caros à sua base, como porte de armas e fim dos radares eletrônicos.
Presidente Jair Bolsonaro participa da Marcha para Jesus em São Paulo 20/06/2019 REUTERS/Nacho Doce
“Se tiver uma boa reforma política, eu posso até, nesse caso, jogar fora a possibilidade de reeleição, posso fazer isso aí. Agora, se não tiver uma boa reforma política, se o povo quiser, estamos aí para continuar mais quatro anos”, disse o presidente a jornalistas ao participar do evento que reúne milhares de evangélicos na capital paulista.
O presidente também rebateu declarações dadas pelo general Carlos Alberto Santos Cruz, que deixou o comando da Secretaria de Governo nesta semana e classificou a gestão Bolsonaro em entrevista à revista Época como “um show de besteiras”.
“Eu não li ainda. Caso Santos Cruz é página virada”, disse o presidente inicialmente. “Não sei o que ele falou, ele integrou o governo por seis meses e nunca falou que tinha bobagem lá dentro”, disse Bolsonaro.
Bolsonaro demonstrou irritação com a pergunta sobre Santos Cruz e também expressou incômodo com questionamentos relacionados à divulgação de supostas mensagens entre o ministro da Justiça, Sergio Moro, —a quem chamou de “patrimônio nacional”— e procuradores da operação Lava Jato.
Exaltado, o presidente criticou jornalistas e sugeriu o que deveriam perguntar.
“Faz uma pergunta inteligente, meu Deus do céu. Como é que está o Brasil, o que é que a gente está fazendo, a esperança, a Previdência”, disparou.
“Vocês querem voltar ao que era antes? A imprensa aqui é Lula Livre? É Lula Livre, é um bandido livre, condenado por três instâncias? Pelo amor de Deus, vamos ser coerentes. Por isso cada vez mais a imprensa cai em descrédito no Brasil.”
O presidente defendeu a medida provisória editada por seu governo que retira da Fundação Nacional do Índio (Funai) a responsabilidade pela demarcação de terras indígenas —após a proposta já ter sido rejeitada pelo Congresso— assim como o decreto que flexibiliza o porte de armas e que já teve aprovada sua derrubada pelo Senado.
“Quem demarca terras indígenas sou eu, não é nenhum ministro. Quem manda sou eu. Nessa questão e em tantas outras”, disse.
“Votaram contra o decreto (das armas) ou contra o presidente Bolsonaro, para dar um recado para mim? Ninguém dá recado para mim, eu converso com o Parlamento numa boa. Se alguns querem dar um recado para mim, estão agindo de forma errada”, afirmou.
Bolsonaro também voltou a criticar o que chama de indústrias da multa, referindo-se às punições ambientais aplicadas pelo Ibama e às penalidades impostas por radares eletrônicos por excesso de velocidade.
O presidente chegou a afirmar que, ao retirar radares eletrônicos de estradas federais, está ajudando a reduzir a inflação.
“Não tem mais o Ibama multando os outros por aí. Não tem mais o Ibama atrapalhando quem quer produzir. Acabou essa brincadeira. Como estamos tirando das costas de vocês a multagem eletrônica, indústria da multa. Quem tem prazer de dirigir aqui no Brasil? Só multa em cima de multa”, defendeu.
“Hoje em dia quem produz já coloca na planilha de custo o preço da multa. Dessa maneira, estamos ajudando a diminuir a inflação.”
(Reuters)
segunda-feira, 17 de junho de 2019
Com R$ 65,5 bi em dívidas, Odebrecht pede uma das maiores recuperações judiciais do Brasil
Com R$ 65,5 bi em dívidas, Odebrecht pede uma das maiores recuperações judiciais do Brasil
Por Aluisio Alves
SÃO PAULO (Reuters) - Cerca de três anos após ter sido atingida pelos efeitos de uma profunda recessão no Brasil e das investigações da operação Lava Jato, a Odebrecht formalizou nesta segunda-feira seu pedido de recuperação judicial, com dívidas de 65,5 bilhões de reais, um dos maiores processos do tipo na história no país.
O pedido, apresentado à Justiça de São Paulo, ocorreu quase três semanas após a Atvos, braço de agronegócio, ter sido a primeira a unidade do grupo a pedir recuperação judicial. O pedido apresentado à Justiça nesta segunda-feira exclui, além da própria Atvos, a Braskem, a empreiteira OEC, a Ocyan, a incorporadora OR, a Odebrecht Transport e o estaleiro Enseada.
Em comunicado, a companhia informou que o processo envolve 51 bilhões de reais de dívidas concursais, ou seja, passíveis de reestruturação. Outros 14,5 bilhões de reais são compostos sobretudo por dívidas lastreadas em ações da Braskem e não passíveis de reestruturação. O montante também exclui dívidas cruzadas entre as unidades do grupo, de cerca de 30 bilhões. O processo envolve as controladoras da Odebrecht, Kiepe e Odbinv.
No documento apresentado à Justiça, ao qual a Reuters teve acesso, a Odebrecht afirma que a soma de todos esses valores chega 98,5 bilhões de reais.
“Nossa decisão foi o caminho encontrado para que possamos preservar a empresa, empregos e ao mesmo tempo permitir que nossos credores tenham a maior recuperação possível de seus recebíveis”, disse em entrevista à Reuters o presidente-executivo da Odebrecht SA, Luciano Guidolin.
O pedido de recuperação judicial expõe o fracasso das conversas da Odebrecht com seus maiores credores financeiros. Na semana passada, o presidente-executivo do Bradesco, Octavio de Lazari, disse que os grandes bancos do país negociavam uma recuperação extrajudicial da Odebrecht, processo negociado que em geral descarta reestruturação de dívidas, usando em vez disso um alongamento. Foi este o caminho usado por uma das unidades do grupo a Ocyan.
Um dos ativos mais valiosos do grupo, a Braskem, vinha tendo o controle negociado pela Odebrecht para a LyondellBasell, mas as conversas para a venda foram encerradas no começo deste mês. Segundo o documento apresentado à Justiça, a Braskem respondia por 79,4% da receita bruta do conglomerado em 2018.
Segundo três fontes familiarizadas com a situação, de forma sigilosa alguns pedidos de execução de garantias começaram a ser feitos em maio, pedidas pela Caixa Econômica Federal, após lhe ter negado o pedido para receber como garantia ações da Braskem, a exemplo do que a Odebrecht já fizera com BNDES, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander Brasil.
Uma das primeiras execuções é das garantias pela Caixa foi a ligada a dívidas da Odebrecht com o banco ligadas à construção do estádio do Corinthians, em São Paulo.
A Odebrecht tem 18,1 bilhões de reais em dívidas com bancos sem garantia real, sendo 7 bilhões com o BNDES, 4,75 bilhões com o Banco do Brasil, e 4,1 bilhões de reais com a Caixa. Outros 14,5 bilhões têm garantias reais como contrapartida: 4,37 bilhões com o Bradesco, 3,1 bilhões com o BB, 3 bilhões com o BNDES e 3,5 bilhões com o Itaú Unibanco.
Procurada, a Caixa afirmou que não comentará o assunto.
Em comunicado interno enviado a funcionários, ao qual a Reuters teve acesso, Guidolin diz que a companhia foi obrigada a pedir recuperação judicial e que essa medida lhe dará, como garantidora de parcela importante dos financiamentos tomados pelas empresas operacionais “tranquilidade, transparência e resiliência para reorganizar a sua estratégia de forma coordenada com os seus credores”.
Atingida pela operação Lava Jato, que desvendou um multibilionário de esquema de corrupção envolvendo sobretudo contratos com estatais, a empresa criada em 1944 teve presos vários de seus principais executivos e linhas de financiamento interditadas para uma dívida que chegou a 110 bilhões de reais.
Com as receitas em forte queda, a companhia passou a vender ativos (Odebrecht Ambiental, Embraport, Via Rio, Via 4, Galeão, e Supervia), processo que não foi suficiente para equilibrar receitas e despesas. Com isso, a empresa que já chegou a ter 193 mil funcionários em 2013, reduziu esse quadro para 45 mil diretos e indiretos.
(Reuters)
Por Aluisio Alves
SÃO PAULO (Reuters) - Cerca de três anos após ter sido atingida pelos efeitos de uma profunda recessão no Brasil e das investigações da operação Lava Jato, a Odebrecht formalizou nesta segunda-feira seu pedido de recuperação judicial, com dívidas de 65,5 bilhões de reais, um dos maiores processos do tipo na história no país.
O pedido, apresentado à Justiça de São Paulo, ocorreu quase três semanas após a Atvos, braço de agronegócio, ter sido a primeira a unidade do grupo a pedir recuperação judicial. O pedido apresentado à Justiça nesta segunda-feira exclui, além da própria Atvos, a Braskem, a empreiteira OEC, a Ocyan, a incorporadora OR, a Odebrecht Transport e o estaleiro Enseada.
Em comunicado, a companhia informou que o processo envolve 51 bilhões de reais de dívidas concursais, ou seja, passíveis de reestruturação. Outros 14,5 bilhões de reais são compostos sobretudo por dívidas lastreadas em ações da Braskem e não passíveis de reestruturação. O montante também exclui dívidas cruzadas entre as unidades do grupo, de cerca de 30 bilhões. O processo envolve as controladoras da Odebrecht, Kiepe e Odbinv.
No documento apresentado à Justiça, ao qual a Reuters teve acesso, a Odebrecht afirma que a soma de todos esses valores chega 98,5 bilhões de reais.
“Nossa decisão foi o caminho encontrado para que possamos preservar a empresa, empregos e ao mesmo tempo permitir que nossos credores tenham a maior recuperação possível de seus recebíveis”, disse em entrevista à Reuters o presidente-executivo da Odebrecht SA, Luciano Guidolin.
O pedido de recuperação judicial expõe o fracasso das conversas da Odebrecht com seus maiores credores financeiros. Na semana passada, o presidente-executivo do Bradesco, Octavio de Lazari, disse que os grandes bancos do país negociavam uma recuperação extrajudicial da Odebrecht, processo negociado que em geral descarta reestruturação de dívidas, usando em vez disso um alongamento. Foi este o caminho usado por uma das unidades do grupo a Ocyan.
Um dos ativos mais valiosos do grupo, a Braskem, vinha tendo o controle negociado pela Odebrecht para a LyondellBasell, mas as conversas para a venda foram encerradas no começo deste mês. Segundo o documento apresentado à Justiça, a Braskem respondia por 79,4% da receita bruta do conglomerado em 2018.
Segundo três fontes familiarizadas com a situação, de forma sigilosa alguns pedidos de execução de garantias começaram a ser feitos em maio, pedidas pela Caixa Econômica Federal, após lhe ter negado o pedido para receber como garantia ações da Braskem, a exemplo do que a Odebrecht já fizera com BNDES, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander Brasil.
Uma das primeiras execuções é das garantias pela Caixa foi a ligada a dívidas da Odebrecht com o banco ligadas à construção do estádio do Corinthians, em São Paulo.
A Odebrecht tem 18,1 bilhões de reais em dívidas com bancos sem garantia real, sendo 7 bilhões com o BNDES, 4,75 bilhões com o Banco do Brasil, e 4,1 bilhões de reais com a Caixa. Outros 14,5 bilhões têm garantias reais como contrapartida: 4,37 bilhões com o Bradesco, 3,1 bilhões com o BB, 3 bilhões com o BNDES e 3,5 bilhões com o Itaú Unibanco.
Procurada, a Caixa afirmou que não comentará o assunto.
Em comunicado interno enviado a funcionários, ao qual a Reuters teve acesso, Guidolin diz que a companhia foi obrigada a pedir recuperação judicial e que essa medida lhe dará, como garantidora de parcela importante dos financiamentos tomados pelas empresas operacionais “tranquilidade, transparência e resiliência para reorganizar a sua estratégia de forma coordenada com os seus credores”.
Atingida pela operação Lava Jato, que desvendou um multibilionário de esquema de corrupção envolvendo sobretudo contratos com estatais, a empresa criada em 1944 teve presos vários de seus principais executivos e linhas de financiamento interditadas para uma dívida que chegou a 110 bilhões de reais.
Com as receitas em forte queda, a companhia passou a vender ativos (Odebrecht Ambiental, Embraport, Via Rio, Via 4, Galeão, e Supervia), processo que não foi suficiente para equilibrar receitas e despesas. Com isso, a empresa que já chegou a ter 193 mil funcionários em 2013, reduziu esse quadro para 45 mil diretos e indiretos.
(Reuters)
domingo, 16 de junho de 2019
Boris Johnson, candidato na disputa para substituir a primeira-ministra britânica Theresa May.
REUTERS/Toby Melville
LONDRES (Reuters) - Vários candidatos esperançosos na disputa por substituir a primeira-ministra britânica, Theresa May, criticaram o favorito Boris Johnson neste domingo, questionando sua promessa de deixar a União Europeia até o fim de outubro.
Com o ex-prefeito de Londres e ministro das Relações Exteriores Johnson mantendo um perfil discreto, os outros candidatos têm tentado apresentar seus casos para liderar o Partido Conservador. Mas a questão sempre volta para “Boris”.
A publicidade gratuita fez pouco até agora para afetar Johnson, que, ao contrário de muitos políticos, é mais conhecido pelo seu primeiro nome, Boris. Ele garantiu uma grande liderança na primeira rodada de votação e sua equipe espera por um aumento de participação nesta semana, na segunda.
Mas agora as luvas foram tiradas. Candidato após candidato questionou, no domingo, sua capacidade de navegar a saída do Reino Unido da UE, dizendo que sua promessa de sair em 31 de outubro era quase impossível e colocaria o Reino Unido no caminho de um Brexit sem acordo.
“A diferença entre mim e Boris é que eu tentaria fazer um acordo”, disse o ministro das Relações Exteriores, Jeremy Hunt, que ocupa o segundo lugar no concurso de liderança.
“Não vou criar um conjunto de circunstâncias que tornem quase impossível um acordo, porque acho que deveríamos oferecer ao país algumas escolhas melhores”, disse ele ao Andrew Marr Show, do canal BBC, acrescentando ser a única “alternativa”.
Por Elizabeth Piper
LONDRES (Reuters) - Vários candidatos esperançosos na disputa por substituir a primeira-ministra britânica, Theresa May, criticaram o favorito Boris Johnson neste domingo, questionando sua promessa de deixar a União Europeia até o fim de outubro.
Com o ex-prefeito de Londres e ministro das Relações Exteriores Johnson mantendo um perfil discreto, os outros candidatos têm tentado apresentar seus casos para liderar o Partido Conservador. Mas a questão sempre volta para “Boris”.
A publicidade gratuita fez pouco até agora para afetar Johnson, que, ao contrário de muitos políticos, é mais conhecido pelo seu primeiro nome, Boris. Ele garantiu uma grande liderança na primeira rodada de votação e sua equipe espera por um aumento de participação nesta semana, na segunda.
Mas agora as luvas foram tiradas. Candidato após candidato questionou, no domingo, sua capacidade de navegar a saída do Reino Unido da UE, dizendo que sua promessa de sair em 31 de outubro era quase impossível e colocaria o Reino Unido no caminho de um Brexit sem acordo.
“A diferença entre mim e Boris é que eu tentaria fazer um acordo”, disse o ministro das Relações Exteriores, Jeremy Hunt, que ocupa o segundo lugar no concurso de liderança.
“Não vou criar um conjunto de circunstâncias que tornem quase impossível um acordo, porque acho que deveríamos oferecer ao país algumas escolhas melhores”, disse ele ao Andrew Marr Show, do canal BBC, acrescentando ser a única “alternativa”.
Por Elizabeth Piper
Joaquim Levy renuncia à presidência do BNDES
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Joaquim Levy pediu para deixar a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), segundo informou o economista em nota publicada neste domingo, um dia após o presidente da República, Jair Bolsonaro, ameaçar publicamente demiti-lo se ele não afastasse um executivo do banco de fomento.
No comunicado, Levy disse que já encaminhou o pedido de desligamento ao ministro da Economia, Paulo Guedes, responsável por nomeações na área econômica.
Em comunicado, Levy agradeceu ao ministro pela confiança e disse que espera sucesso do país na aprovação de reformas.
“Agradeço também, por oportuno, a lealdade, dedicação e determinação da minha diretoria. E, especialmente, agradeço aos inúmeros funcionários do BNDES, que têm colaborado com energia e seriedade para transformar o banco”, disse Levy.
A relação de Levy com o planalto vinha desgastada há algum tempo e, dentre os motivos, estão temas como a devolução de recursos ao Tesouro Nacional e a abertura de informações do banco com detalhes sobre financiamentos do passado.
Mais recentemente houve um novo desgaste interno com as mudanças propostas no Fundo Amazônia, mas a gota da água foi a nomeação de um profissional para área de mercado de capitais do banco com ligação com o PT.
Levy nomeou o advogado Marcos Pinto, que teve cargo no banco durante governos do PT, para ser diretor de Mercado de Capitais da instituição.
No sábado, Bolsonaro afirmou a jornalistas que falou a Levy que ele deveria demitir Pinto ou que ele mesmo seria demitido.
O governo ainda não anunciou oficialmente a saída de Levy e o nome do substituto.
Por Rodrigo Viga Gaier
Reuters