sábado, 5 de agosto de 2017

Conselho de Segurança da ONU impõe novas sanções à Coreia do Norte

Conselho de Segurança da ONU impõe novas sanções à Coreia do Norte
Por Michelle Nichols

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) impôs neste sábado novas sanções contra a Coreia do Norte, que podem reduzir em um terço a receita de 3 bilhões de dólares anuais com exportações do país asiático, numa resposta aos testes com mísseis balísticos intercontinentais realizados por Pyongyang em julho.

A resolução, elaborada pelos Estados Unidos, bloqueia as exportações norte-coreanas de carvão, ferro, minério de ferro, chumbo, minério de chumbo e frutos do mar. A medida também proíbe os países de aumentarem o número atual de trabalhadores norte-coreanos em atividade fora do país, bem como proíbe novas joint ventures com a Coreia do Norte e qualquer novo investimento em joint ventures existentes.

A resolução, aprovada por unanimidade, acrescenta nove pessoas e quatro entidades na lista negra da ONU, incluindo o principal banco de câmbio norte-coreano, que ficam submetidos ao congelamento internacional de ativos e a proibição de viajar.

“Não devemos nos enganar, e achar que resolvemos o problema. Nem perto disso. A ameaça norte-coreana não nos deixou, tem se tornado rapidamente cada vez mais perigosa”, disse a embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, depois da votação.

“É preciso agir mais. Os Estados Unidos estão agindo e vamos continuar a tomar medida defensivas prudenciais para proteger a nós e a nossos aliados”, disse Haley, acrescentando que Washington manterá seus exercício militares anuais com a Coreia do Sul.

A Coreia do Norte acusa os EUA e a Coreia do Sul de escalarem a tensão ao praticar os exercícios militares.

Desde 2006, a Coreia do Norte está sujeita a sanções da ONU, devido a seus programas de mísseis balísticos e nuclear. O Conselho de Segurança resolveu agora intensificar as medidas, em resposta ao cinco testes com armas nucleares e quatro lançamentos de mísseis de longo alcance.

Os EUA negociaram com a China, principal aliada da Coreia do Norte, por um mês a respeito da resolução, antes de levarem o assunto ao pleno do Conselho, composto por 15 países.

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