sábado, 26 de agosto de 2017

PIB brasileiro deve fechar 2017 crescendo a um ritmo de 2% ao ano, diz Meirelles

PIB brasileiro deve fechar 2017 crescendo a um ritmo de 2% ao ano, diz Meirelles
Por Aluisio Alves

CAMPOS DE JORDÃO, São Paulo (Reuters) - A economia brasileira deve fechar 2017 crescendo a um ritmo anualizado de 2 por cento, refletindo vários dados setoriais que sinalizam que o Produto Interno Bruto (PIB) voltou a ganhar tração nos últimos meses, disse neste sábado o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

“A retomada da economia vai surpreender a muitos”, afirmou Meirelles, durante o 8º Congresso Internacional de Mercados Financeiro e de Capitais.

Citando dados recentes de vários setores da indústria, além da retomada da criação líquida de empregos, Meirelles também mencionou o processo de desalavancagem das empresas como fatores que dão lastro à leitura de que o país está saindo da maior recessão de sua história.

“A economia está voltando ao normal”, disse o ministro durante palestra.

Meirelles elencou ainda uma série de iniciativas do governo, entre leis e projetos que estão no Congresso Nacional, destinadas a dar maior eficiência à economia e reduzir a burocracia, além dos efeitos esperados de medidas já aprovadas, como a reforma trabalhista, que devem dar tração ao movimento.

O ministro previu, por exemplo, que a combinação da reforma trabalhista e a lei da terceirização devem criar cerca de 6 milhões de empregos num prazo de três a cinco anos.

PREVIDÊNCIA

Meirelles reafirmou sua confiança de que o projeto de reforma da previdência que está no Congresso será aprovado neste ano, sem grandes alterações.

“A chance de aprovação da reforma da previdência é real”, disse.

A afirmação contradiz o que o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) afirmou mais cedo no mesmo evento, que o governo do presidente Michel Temer não tem mais energia política para aprovar o projeto, que deve então ficar para 2019, após as eleições do ano que vem.

Para Meirelles, aprovar a reforma previdenciária é um interesse de todos os partidos, já que terá que ser feita de qualquer modo e ninguém vai querer assumir o peso político desse porte logo após a eleição.

Segundo o ministro, a aprovação de todo o pacote de reformas proposto vai ajudar o país a entrar num ciclo prolongado de crescimento, com o PIB per capita subindo a uma média anual de 3,1 por cento nos próximos 10 anos.

ELETROBRAS

Meirelles também se mostrou otimista com a execução do pacote de privatizações e concessões anunciado pelo governo Temer nesta semana.

“É factível concluir esse pacote até o fim de 2018”, disse ele mais tarde a jornalistas.

O principal ativo desse pacote, a Eletrobras, terá um impacto tão ou mais importante do que a privatização do sistema de telecomunicações brasileiro, na década de 1990, disse Meirelles.

© 2017 Reuters. All Rights Reserved.

Exército da Venezuela e milícias realizam exercícios após ameaça dos EUA


Exército da Venezuela e milícias realizam exercícios após ameaça dos EUA

Redação Reuters

CARACAS (Reuters) - Forças armadas da Venezuela realizam exercícios em todo o país neste sábado, convocando civis para juntarem-se a unidades da reserva para defenderem contra um possível ataque depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou sobre uma “opção militar” para o país.

Trump fez a ameaça de ação militar contra a Venezuela duas semanas atrás e na sexta-feira assinou uma ordem proibindo negócios envolvendo novas dívidas do governo venezuelano ou de sua companhia petrolífera, a PDVSA. A sanção foi decidida para atingir o financiamento ao que Trump chamou de “ditadura” do presidente Nicolás Maduro.

“Contra as ameaças beligerantes dos Estados Unidos, todos os venezuelanos com idades entre 18 e 60 anos devem contribuir para a defesa integral da nação”, afirma um anúncio transmitido pela televisão estatal.

O governo venezuelano disse que espera que 700 mil membros de milícias civis e 200 mil soldados, marinheiros e integrantes da força aérea devem participar dos treinamentos.

Imagens da TV estatal mostraram jovens venezuelanos e pessoas mais velhas entrando em centros de registro de reservistas. Mas não há evidência de cadastramento para além dos mais fervorosos apoiadores do partido socialista de Maduro.

A ameaça de ação militar feita por Trump está sendo usada por Maduro para apoiar seu discurso de que o “império” norte-americano está travando uma guerra econômica contra a Venezuela e quer invadir o país para roubar suas reservas de petróleo.

A ideia vinha sendo considerada como absurdo pela oposição e por autoridades dos EUA até 11 de agosto, quando Trump disse que “uma operação militar, uma opção militar é certamente algo que podemos buscar” como forma de encerrar a crise na Venezuela.

Por Hugh Bronstein

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sábado, 5 de agosto de 2017

Conselho de Segurança da ONU impõe novas sanções à Coreia do Norte

Conselho de Segurança da ONU impõe novas sanções à Coreia do Norte
Por Michelle Nichols

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) impôs neste sábado novas sanções contra a Coreia do Norte, que podem reduzir em um terço a receita de 3 bilhões de dólares anuais com exportações do país asiático, numa resposta aos testes com mísseis balísticos intercontinentais realizados por Pyongyang em julho.

A resolução, elaborada pelos Estados Unidos, bloqueia as exportações norte-coreanas de carvão, ferro, minério de ferro, chumbo, minério de chumbo e frutos do mar. A medida também proíbe os países de aumentarem o número atual de trabalhadores norte-coreanos em atividade fora do país, bem como proíbe novas joint ventures com a Coreia do Norte e qualquer novo investimento em joint ventures existentes.

A resolução, aprovada por unanimidade, acrescenta nove pessoas e quatro entidades na lista negra da ONU, incluindo o principal banco de câmbio norte-coreano, que ficam submetidos ao congelamento internacional de ativos e a proibição de viajar.

“Não devemos nos enganar, e achar que resolvemos o problema. Nem perto disso. A ameaça norte-coreana não nos deixou, tem se tornado rapidamente cada vez mais perigosa”, disse a embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, depois da votação.

“É preciso agir mais. Os Estados Unidos estão agindo e vamos continuar a tomar medida defensivas prudenciais para proteger a nós e a nossos aliados”, disse Haley, acrescentando que Washington manterá seus exercício militares anuais com a Coreia do Sul.

A Coreia do Norte acusa os EUA e a Coreia do Sul de escalarem a tensão ao praticar os exercícios militares.

Desde 2006, a Coreia do Norte está sujeita a sanções da ONU, devido a seus programas de mísseis balísticos e nuclear. O Conselho de Segurança resolveu agora intensificar as medidas, em resposta ao cinco testes com armas nucleares e quatro lançamentos de mísseis de longo alcance.

Os EUA negociaram com a China, principal aliada da Coreia do Norte, por um mês a respeito da resolução, antes de levarem o assunto ao pleno do Conselho, composto por 15 países.

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terça-feira, 1 de agosto de 2017

Queremos Leopoldo Lopez fora da Prisão (Compartilhem)

LEOPOLDO LOPEZ Líder da oposição contra o governo ditatorial de Nicolas Maduro foi preso injustamente.Latino-Americanos, Anistia Internacional, Direitos Humanos não podemos permitir esse descaso. Todos os órgãos e instituições nacionais e internacionais de proteção a integridade humana acionem em defesa desse cidadão venezuelano e de outros que estão sendo torturados na Venezuela por esse governo tirano.

Líderes de oposição López e Ledezma voltam a ser presos na Venezuela

Líderes de oposição López e Ledezma voltam a ser presos na Venezuela
Por Corina Pons e Alexandra Ulmer

Mitzy de Ledezma, Maria Corina Machado, Lilian Tintori e Antonieta Mendoza (da esquerda para direita) participam de protesto contra Maduro, em abril 24/04/2017
Carlos Garcia Rawlins
CARACAS (Reuters) - Os líderes de oposição venezuelanos Leopoldo López e Antonio Ledezma foram levados de casa, onde cumpriam prisão domiciliar, durante a madrugada desta terça-feira, no que críticos do presidente Nicolás Maduro disseram ser um aumento da repressão por parte do que afirmam ser um regime ditatorial.

As prisões ocorrem um dia após os Estados Unidos aplicarem sanções contra o impopular Maduro pela eleição de uma nova Assembleia Constituinte, que foi eleita no domingo em uma votação boicotada pela oposição.

O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, aliado ao governo, disse em um comunicado publicado no Facebook que determinou as prisões porque os líderes de oposição planejavam fugir.

A oposição rebateu afirmando ser mais um sinal de que Maduro busca esmagar os protestos contra o governo que já duram quatro meses.

"A ditadura de Maduro está no ataque", disse a deputada de oposição Yajaira Forero

Lopez, de 46 anos, e Ledezma, de 62, estavam sob prisão domiciliar, o primeiro por sua participação em protestos contra Maduro em 2014 e o segundo por acusações de planejar um golpe de Estado.

Os dois líderes de oposição tinham divulgado mensagens recentemente em apoio às manifestações contra o governo socialista, que já deixaram cerca de 120 mortos.

A mulher de López, Lilian Tintori, e Vanessa Ledezma, filha de Ledezma, disseram em mensagens no Twitter desconhecer o paradeiro dos líderes políticos, e divulgaram vídeos que mostram agentes do serviço de inteligência venezuelano obrigando López a entrar em um veículo e empurrando Ledezma de pijama na porta de sua casa.

"12:27 da madrugada: momento em que a ditadura sequestra Leopoldo em minha casa. Não irão dobrá-lo!", escreveu Lilian em seu Twitter, responsabilizando o presidente venezuelano Maduro "se algo acontecer".

Maduro já havia alertado sobre futuras prisões de líderes de oposição uma vez que fosse realizada no domingo a eleição para a polêmica Assembleia Constituinte, que reescreverá a Constituição e terá poderes especiais sobre as outras instituições do Estado.

Vários países do mundo não reconheceram a eleição, que foi boicotada pela oposição.

A Justiça venezuelana havia concedido no início de julho a prisão domiciliar a López, após mais de três anos em uma prisão militar acusado de instigar protestos contra o governo. Ledezma também recebeu o benefício em 2015, como medida humanitária.

O advogado de López, Juan Gutiérrez, afirmou em mensagem no Twitter que "não existe justificativa legal para revogar a medida de prisão domiciliar".

Maduro acusa a oposição de buscar um golpe contra ele e diz que a Assembleia Constituinte tem o objetivo de restaurar a paz no país.

A principal autoridade da ONU para os direitos humanos, Zeid Ra'ad al-Hussein, pediu nesta terça-feira a libertação dos líderes de oposição e cobrou uma investigação rápida e independente das mortes de ao menos 10 pessoas durante protestos no fim de semana contra a Constituinte.

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