quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Mulheres, feminismo e resistência na era da internet e redes sociais

Mulheres, feminismo e resistência na era da internet e redes sociais

No Brasil, o direito feminino ao voto foi formalizado em 1932. Em 1988, a Constituição Federal garantiu a igualdade de direitos e obrigações entre homens e mulheres perante a lei. Em 2006, a Lei Maria da Penha se tornou um mecanismo para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Os avanços existem, mas a luta pela igualdade de gêneros está longe de um final feliz.

Apesar de representarem 51,4% da população, a representação feminina na política chega a apenas 9% da Câmara e 13% do Senado. Apesar de direitos e deveres iguais, as mulheres ainda recebem, em média, 30% a menos que os homens para desempenhar as mesmas funções. E ainda que existam leis contra a brutalidade, a taxa de feminicídios no Brasil é a 5ª maior do mundo — 4,8 para cada 100 mil mulheres, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A saída para um quadro como esse? Sororidade.

Esse termo, aliás, usado para expressar a união e empatia entre mulheres, nunca esteve tão em evidência. Se feministas como Bertha Lutz, Nísia Floresta, Laudelina de Campos Melo e Pagu lutaram pelas conquistas que as brasileiras obtiveram ao longo dos anos, as mulheres contemporâneas usam os recursos disponíveis hoje, como a internet e as redes sociais, para saberem que não estão sozinhas.

Campanhas como Chega de Fiu Fiu e #PrimeiroAssedio jogaram luz sobre os abusos emocionais e físicos a que as mulheres são constantemente submetidas. Movimentos como o GamerGate denunciam o machismo e a misoginia que permeia o universo de tecnologia e dos jogos eletrônicos. Iniciativas online e presenciais criam novos espaços para a discussão, contam histórias e promovem encontros que reconhecem mulheres inspiradoras e promovem o empoderamento feminino.
A resistência tem várias formas, mas uma narrativa em comum: as mulheres, sozinhas, andam bem. Mas todas juntas andam melhor.

Se você concorda que lugar de mulher é onde ela quiser e se interessa por temas relacionados ao empoderamento feminino, venha dialogar conosco e participar de workshops, palestras e debates sobre o assunto no dia 2 de fevereiro, no TNT LAB na Campus Party.

Confira a programação do dia 02/02 e a nossa lista de convidados.

Workshop 11:00 - 12:30 | Clara Averbuck - as redes sociais como ferramenta de resistência feminista
Empreendedorismo e Resistência14:00 - 15:00 | Mente Matéria / Minas Programam
Debate 15:30 - 17:00 | Sexualidade, Pornografia e Tecnologia
Palestra 17:30 - 18:15 | Maíra Medeiros - Nunca te Pedi Nada
Celebração 19:00 - 20:00 | Batekoo
20:00 - 21:00 | Slam das Minas
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