segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Trump rebate Meryl Streep e diz que atriz é “superestimada”


Trump rebate Meryl Streep e diz que atriz é “superestimada”

 Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, na Flórida. 28/12/2016 REUTERS/Jonathan Ernst
(Reuters) - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, rebateu nesta segunda-feira a atriz Meryl Streep e a chamou de “superestimada”, após a artista premiada ter condenado a imitação feita pelo republicano de um repórter com deficiência física.

A atriz transformou seu discurso ao receber um prêmio na cerimônia do Globo de Ouro, no domingo, em um ataque a Trump. “Este instinto de humilhar, quando incorporado por alguém na plataforma pública, por alguém poderoso, acaba por se infiltrar na vida de todo mundo”, disse.

Streep e grande parte de Hollywood apoiaram a rival de Trump, a democrata Hillary Clinton, na eleição presidencial de novembro nos EUA.

Nesta segunda-feira, Trump escreveu no Twitter: “Meryl Streep, uma das atrizes mais superestimadas em Hollywood, não me conhece, mas me atacou ontem à noite no Globo de Ouro”.

“Ela é uma apoiadora de Hillary, que perdeu feio.”

O tuíte foi a segunda resposta pública de Trump ao discurso de Meryl. Na manhã desta segunda-feira, ele disse em uma entrevista por telefone ao jornal New York Times: “Pessoas continuam dizendo que eu zombei da deficiência de um repórter, como se Meryl Streep e outros pudessem ler a minha mente, e eu não fiz tal coisa”.

Streep se referiu a um incidente em 2015 durante um comício na Carolina do Sul, quando Trump envergou e balançou seus braços e desacelerou a voz em tom de zombaria ao repórter Serge Kovaleski, do New York Times, que tem uma deficiência física.

Em seus comentários no Twitter, Trump repetiu a negativa de que tenha ironizado o repórter.

Sem citar o nome de Trump, Streep usou quase todo seu discurso ao receber um prêmio do Globo de Ouro pelo conjunto de sua carreira para criticar o comportamento e as políticas do presidente eleito, e para pedir que Hollywood se mantenha firme contra quaisquer ataques e que apoie uma imprensa livre.

(Por Mohammad Zargham, em Washington)

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