domingo, 15 de maio de 2016

El Salvador diz não reconhecer novo governo do Brasil e chama embaixadora de volta/// Itamaraty critica declaração de secretário-geral da Unasul sobre impeachment de Dilma




El Salvador diz não reconhecer novo governo do Brasil e chama embaixadora de volta

sábado, 14 de maio de 2016

SÃO SALVADOR (Reuters) - O presidente de El Salvador, Salvador Sánchez Cerén, disse neste sábado que não reconhece o novo governo do Brasil, encabeçado por Michel Temer, que assumiu a presidência interinamente após a decisão do Senado brasileiro de iniciar um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Dilma Rousseff foi afastada do cargo por até 180 dias em meio a acusações de violações às leis de responsabilidade fiscal.

"Tomamos uma decisão de não reconhecer esse governo provisório, porque há uma manipulação política, e vamos mandar chamar nossa embaixadora para que volte ao país", disse Sánchez Cerén em discurso em um povoado ao oeste da capital.

Dilma foi "suspensa e submetida a julgamento por algo que não se comprovou ser um crime. É uma manipulação política que aconteceu", disse Sánchez, cujo partido, o ex-guerrilheiro Frente Farabundo Martí para Libertação Nacional (FMLN) tem fortes vínculos com o Partido dos Trabalhadores (PT) do Brasil.

Governos esquerdistas da América Latina têm dito que a líder brasileira é vítima de um golpe de Estado, enquanto o secretário-geral do bloco sulamericano Unasul, Ernesto Samper, afirmou que a suspensão de Dilma afeta a governabilidade democrática no país.

(Por Gerardo Arbaiza)


© Thomson Reuters 2016 All rights reserved.

Itamaraty critica declaração de secretário-geral da Unasul sobre impeachment de Dilma

sexta-feira, 13 de maio de 2016

(Reuters) - O Ministério das Relações Exteriores repudiou nesta sexta-feira as declarações do secretário-geral da Unasul, Ernesto Samper, que questionou o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

Na véspera, Samper advertiu que o processo provoca turbulências que afetam a região e disse que a decisão do Senado não tem justificativa e abre "questões preocupantes" sobre o Estado de Direito.

"Os argumentos apresentados, além de errôneos, deixam transparecer juízos de valor infundados e preconceitos contra o Estado brasileiro e seus poderes constituídos e fazem interpretações falsas sobre a Constituição e as leis brasileiras", afirmou o Itamaraty em comunicado.

"Além disso, transmitem a interpretação absurda de que as liberdades democráticas, o sistema representativo, os direitos humanos e sociais e as conquistas da sociedade brasileira se encontrariam em perigo."

O Ministério das Relações Exteriores passou a ser comandado pelo senador José Serra (PSDB-SP) a partir de quinta-feira, quando o vice-presidente Michel Temer assumiu o governo no lugar de Dilma, que foi afastada temporariamente após aprovação pelo Senado a abertura de um processo de impeachment por suposto crime de responsabilidade.

No comunicado, o Itamaraty disse ainda que as interpretações do secretário-geral "são incompatíveis com as funções que exerce e com o mandato que recebeu do conjunto de países sul-americanos" da Unasul.

(Por Tatiana Ramil)

© Thomson Reuters 2016 All rights reserved.

Nenhum comentário:

Postar um comentário