sábado, 18 de julho de 2015

Mário de Andrade


Mário de Andrade

Por Cristiana Gomes
Mário Raul de Morais Andrade nasceu em São Paulo no dia 9 de outubro de 1893.
Sua influência foi decisiva para o Modernismo se fixar definitivamente no Brasil.

Estudou música, foi professor de piano, compositor, pesquisador (interessava-se pelas várias manifestações artísticas), estudou e escreveu sobre folclore, pintura (contribuindo para a renovação da arte brasileira), além de ter sido crítico de arte em jornais e revistas.

mario-de-andradeEm 1917, escreveu seu primeiro romance sob o pseudônimo de Mario Sobral: “Há uma gota de sangue em cada poema”, nessa obra Mário de Andrade defendia a paz e criticava a Primeira Guerra Mundial e todas as conseqüências que ela causou.

Viajou o Brasil inteiro para pesquisar e conhecer. Visitou cidades históricas, conheceu poemas e canções populares, festas religiosas, lendas, músicas indígenas e etc.

Entre os anos de 1923 e 1930 escreveu “Clã do Jabuti” e “Remate de males”, frutos de suas pesquisas folclóricas.

Em 1922, publicou “Paulicéia Desvairada”, obra que na época agradou aos modernistas porque destruía os padrões literários vigentes e propunha uma nova linguagem poética (verso livre, neologismos, rupturas sintáticas).

A partir de 1930, a poesia de Mário de Andrade se volta para a reflexão, análise e denúncia dos problemas nacionais tomando dois caminhos:

Poesia intimista e introspectiva: destaca-se a obra “Poesia”, de 1942.
Poesia política: caracterizava-se por ter uma linguagem agressiva e combater as injustiças sociais. Destacam-se as obras “O carro da miséria” e “Lira Paulistana”, ambos de 1946.
Macunaíma
Considerada a obra mais importante da primeira fase modernista.

Para compor esta obra, Mário de Andrade se inspirou na obra do etnógrafo (de etnografia, significa, segundo o dicionário Aurélio: disciplina que tem por fim o estudo e a descrição dos povos, sua língua, raça, religião, etc, e manifestações materiais de sua atividade) Koch-Grünberg “Vom Roraima Zum Orinoco” (um conjunto de lendas dos índios Taulipangues e Arecunás).

Mário de Andrade chamou essa obra de rapsódia (nome que na música significa composição que envolve uma variedade de motivos populares). Porém, também pode ser chamada de Romance pois apresenta semelhanças com os romances medievais.

Características da obra Macunaíma
Vocábulos indígenas e africanos
Gírias
Provérbios
Ditados populares
Modismos
Anedotas da história brasileira
Erotismo
Surrealismo
O fantástico se confunde com o real
Superstições
Aspectos da vida urbana e rural do Brasil
Outras obras
A escrava que não é Isaura (ensaio)
Primeiro de maio (conto)
Peru de natal (conto)
Vestida de Preto (conto)
Losango cáqui (poesia)
Primeiro Andar (conto)
Contos Novos (conto)
Os filhos da Candinha (crônica)
Amar, verbo intransitivo (romance)
Macunaíma (rapsódia)
O Empalhador de Passarinho (ensaio)
Mário de Andrade morreu em São Paulo em 1945 e atualmente é considerado um dos maiores escritores da literatura brasileira.

Muitos pensam que ele e Oswald de Andrade tinham algum parentesco; porém, não é verdade. Os dois se conheceram em 1917 e por alguma razão desconhecida, essa amizade terminou em 1929.
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